Tema: De que maneira o passado contribui para a compreensão do presente?

Aluno: João Marques Oliveira

O perigo de uma história única.

Brás Cuba, encontra Prudêncio – escravo de quem judiava na infância. Agora jovem e
livre, Prudêncio maltrata o seu o próprio escravo sem compaixão. Nessa passagem, da obra
Machadiana, sublinha que o homem que não conhece seu passado está condenado a repeti-la.
Portanto, compreender o passado contribui ao homem a liberdade crítica do seu destino.

A priori, as histórias são escritas pelos vencedores, em vista disso, se faz necessário a
compreensão da versão de ambos os lados: a do opressor e a do oprimido. Neste prisma, o
perigo de uma história única, causa consequência, afastando as pessoas ou lugar, pois essa
enfatiza as diferenças ao invés das semelhanças. Tendo isso em vista, destaca-se a importância
de como as narrativas contribuem no convívio social e na noção sociocultural. A exemplo, o
continente Africano, que apresenta uma diversidade cultural e social, mas que é retratada pela
ótica eurocentrista como um país homogêneo e singular. Deste modo, o homem necessita de
uma visão plural do passado para compreender as estruturas sociais do presente.

Em seguida, ausência da compreensão do passado influência uma sociedade a ser

passível a qualquer imposição. Neste sentindo, na obra “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury,
narra a história de uma sociedade, na qual bombeiros põem fogo nos livros por serem
considerados ameaça pelo Estado. Sendo assim, essa sociedade distópica apresenta caráter
inerte as questões sociais e de poder. Sem os livros, simbolizando o conhecimento (história), a
população fica refém das imposições, esvaziando quaisquer diversidades social ou cultural.
Portanto, o passado é fundamental para o homem não ser uma marionete na imposição de um
poder.

Mediante aos dados exposto, o passado contribui de diversas maneiras na

compreensão do presente, seja nas relações interpessoais, socioculturais e nas relações de
poder. Ademais, assim como Prudêncio repetiu o seu passado em outro escravo, a
humanidade sem compreender sua história está condenada a repeti-la. Em suma, a
compreensão do passado torna-se necessário para atingir o progresso no futuro.