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Em conversa com o líder

Salmos vivos
Estudar os salmos é mergulhar nas prof
undezas da poesia hebraica, é
descobrir afirmações teológicas que com
põem o nosso corpo de doutri-
nas. É o livro mais conhecido das Escr
ituras Sagradas, é tão conhecido
que só se comparam com ele os Evangelhos
e algumas epístolas de Paulo.
Por isso, este é um trimestre muito espe
cial para os leitores da Diálogo e
Ação e para os alunos da Escola Bíblica
Dominical.
Trata-se de uma abordagem profunda
dos salmos, mostrando a im-
portância de se ter critérios segundo a Pala
vra de Deus para escolher ami-
gos, saber enfrentar e vencer problemas
e aprender a louvar a Deus ape-
sar das situações adversas que a vida nos
proporciona. Entender, portan-
to, o valor dos salmos, seu conteúdo atua
l e aplicá-lo à vida cristã nos dias
atuais constitui o principal objetivo dest
es estudos.
Para os estudos desenvolvidos na Div
isão de Crescimento Cristão
(DCC) são apresentadas três unidades
abordando problemas e questões
que envolvem a família moderna, movime
ntos relgiosos que têm confun-
dido muitos adolescentes despreparado
s e a questão dos vícios que des-
troem a vida de muita gente como beb
ida, cigarro e as drogas em geral.
São temas que precisam ser debatidos
com bastante profundidade e se-
riedade para que os nossos adolescente
s saibam lidar e driblar estas ar-
madilhas que são colocadas ao longo do
caminho deles. Para deixar bem
claros os efeitos maléficos das drogas, há
uma peça muito intressante na
“Atividade especial ” que pode ser prep
arada com bastante antecedência
e ser apresentada em um sábado do trim
estre. Incentivar os adolescentes
a prepararem e convidarem seus amigos
da rua e da escola.
Para que o seu trabalho seja desenvolvid
o com bastante dinamicida-
de, são oferecidos planos de aula para os
estudos da EBD e outros dife-
renciados para os estudos da DCC.
Há outras seções que são preparadas,
exclusivamente, para você. É
só conferir.
Desejamos um bom trimestre de estudos
para você e seus alunos. Que
Deus a todos abençoe.

Diálogo e Ação – Liderança• 1


Sumário Diálogo e Ação
ISSN 1984-8358
Em conversa com o líder .................................................1
Expediente . ......................................................................2 LITERATURA BATISTA
Agenda – Calendário trimestral ......................................3 Ano LXXXIII • Nº 334
Bíblioteca ..........................................................................4
Para falar com os pais .....................................................6 revista destinada a
Diálogo e Ação – Professor é uma
Recursos pedagógicos . .................................................10 sores de adole scente s (12 a 17 anos) na Escola
profes
Divisão de Crescimento
Reflexão sobre o tema do trimestre .............................12 Bíblica Dominical e aos líderes na
o, conte ndo orient ações didáti cas e outras matérias
Cristã
Recurso para o trimestre . .............................................18 o seu trabal ho em busca do crescimento
que favore cem
Hino do trimestre ...........................................................19 áreas
do adolescente nas mais diferentes
EBD – Visão geral ..........................................................20

PLANOS DE AULA – EBD ight © 2015


Todos os direitos reservados. Copyr
Publicações da
EBD 1 – Caminhos e companhias ................................21 da Junta de Educação Religiosa e
Convenção Batista Brasileira
EBD 2 – Deus e os meus problemas . ..........................24
EBD 3 – Alegria é isso aí ...............................................27
EBD 4 – Sede de Deus ..................................................30 total ou parcial por
Proibida a reprodução deste texto
EBD 5 – A dor do pecado e a alegria do perdão .........33 nicos, fotográficos,
quaisquer meios (mecânicos, eletrô
dados etc.), a não ser
EBD 6 – Fortaleza indestrutível ....................................36 gravação, estocagem em banco de
informação da fonte
EBD 7 – Deus nos faz cantar ........................................39 em breves citações, com explícita
EBD 8 – É tempo de louvar ...........................................42
EBD 9 – Muito mais que palavras ................................45
Publicado com autorização
EBD 10 – A palavra que liberta ....................................48 por Convicção Editora
EBD 11 – Luz no final do túnel .....................................51 CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36
EBD 12 – Diminuir para crescer ...................................54
Endereços
EBD 13 – De mãos dadas .............................................57
Caixa Postal, 13333
Avaliação do trimestre ...................................................60 CEP: 20270-972 – Rio de Janeiro, RJ
DCC – Visão geral ..........................................................61 Telegráfico – BATISTAS
m
Reunião de planejamento .............................................62 Eletrônico – literatura@batistas.co

Editor
PLANOS DE AULA – DCC
Sócrates Oliveira de Souza
Unidade 1 – Firmes no mundo em crise Coordenação Editorial
(RP/16897)
DCC 1 – Uma visão equilibrada do sexo ......................63 Solange Cardoso de Abreu d’Almeida
DCC 2 – Drogas, nem morto .........................................64
Redação
DCC 3 – Nem tudo que é lícito convém .......................65
Carlos Daniel de Campos
DCC 4 – Se beber, não dirija .........................................66
Unidade 2 – Crises que a família enfrenta Produção Editorial
DCC 5 – Conflito entre gerações . .................................67 OliverarteLucas
DCC 6 – Disciplina, eu quero ........................................68
DCC 7 – Meus pais se separaram, e agora? ...............69 Produção e Distribuição
Convicção Editora
DCC 8 – Mãe, quero um iphone ...................................70
Unidade 3 – Seitas do nosso tempo Tel.: (21) 2157-5567
DCC 9 – Seitas e heresias: tô fora . ..............................71 Rua José Higino. 416 – Prédio 16
DCC 10 – {A velha} nova era, o que tenho a ver com Sala 2 – 1o Andar
isso? . ..............................................................................72 Tijuca – Rio de Janeiro, RJ
CEP 20510-412
DCC 11 – A teologia da prosperidade ..........................73
literatura@conviccaoeditora.com.br
DCC 12 – Testemunhas de Jeová ................................. 74

Atividade especial: O caminho da ilusão . ....................75

2 • Diálogo e Ação – Liderança


Agenda

Calendário trimestral
13 – Dia da Libertação dos Escravos
Abril Terceiro domingo – Programa regular
Quarto domingo – Programa regular
Mês dedicado à Escola Bíblica Dominical
Quinto domingo – Programa regular
Principais datas do mês:
Atividade especial – Estabelecer contato
Primeiro domingo – Reunião de plane- com os responsáveis pelo programa do Dia
jamento das Mães e incentivar os adolescentes a pro-
Segundo domingo – Programa regular gramarem alguma atividade com suas pró-
Terceiro domingo – Programa regular prias mães, numa homenagem do grupo que
21 – Dia de Tiradentes envolva, também, as demais mães da igreja.
22 – Dia do Descobrimento do Brasil
23 – Dia Mundial do Livro Junho
Quarto sábado – Programa especial:
teatro Mês dedicado às comemorações do Dia
Quarto domingo – Programa regular do Pastor, dia da Imprensa, Dia do Homem
Quarto domingo – Dia da Escola Bíblica Batista, Dia Mundial da Ecologia, Dia dos
Dominical Namorados
Atividade especial – Verificar com a di- Principais datas do mês
reção da EBD se foi programada alguma 1 – Dia da Imprensa
atividades especial, por exemplo, gincana, Primeiro domingo – Dia do Homem
e incentivar os adolescentes a participarem Batista
ativamente. Além disso, agendar um culto 7 – Dia da Liberdade da Imprensa
especial quando será apresentada a drama-
tização “O caminho da ilusão”. Segundo domingo – Programa regular
Segundo domingo – Dia do Pastor
12 – Dia dos Namorados
Maio 13 – Dia da Libertação dos Escravos
Terceiro domingo – Programa regular
Mês dedicado à família, às noivas, às mães
23 – Dia de Educação Feminina
e às comemorações do Dia do Trabalho
Quarto domingo – Programa regular
Atividade especial – A União de adoles-
Principais datas do mês: centes pode aproveitar pelo menos três datas
1 – Dia do Trabalho bonitas do calendário para realizar alguma
Primeiro domingo – Programa regular atividade especial como, por exemplo, no
Segundo domingo – Programa regular dia do pastor, preprar uma surpresa com
uma bonita cesta de café da manhã, uma
Segundo domingo – Dia das Mães caminhada ecológica, jantar dos namorados.

Diálogo e Ação – Liderança • 3


Biblioteca
Indicações especiais
para o trimestre
Para auxiliar o seu trabalho na preparação das aulas deste trimestre, tanto com
relação aos estudos da EBD quanto no que diz respeito aos estudos da DCC, esta-
mos oferecendo uma lista de livros que poderão ser consultados e, se examinados,
contribuirão para uma melhor qualidade do ensino.
Livros sugeridos para os estudos da EBD
COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Teologia dos Salmos – Princípios para hoje
e sempre. Rio de Janeiro: JUERP, 152p.
Nota: A preocupação do autor é fazer com que o leitor enxergue os salmos sob
uma nóva ótica, levando a extrair deles seu néctar.
KIDNER, Derek. Salmos 1-72 – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova,
2000, 280p.
Nota: Os comentários foram elaborados de modo a dar ao leitor uma compreensão
do real significado do texto bíblico.
KIDNER, Derek. Salmos 73-150 – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 2000, 216p.
Nota: O comentário é de inestimável valor para os professores e estudantes que
desejam dar e requerer informações sobre os pontos-chave contidos nos salmos.
Livros sugeridos para os estudos da DCC

Unidade 1 – Firmes no mundo em crise


VELOSO, José Francisco. Um tapa nas drogas. Rio de Janeiro: JUERP, 1988, 95p.
Nota: O autor procura apresentar de maneira clara a problemáticas das drogas e
sua influência na vida da juventude.
GRAHAM, Billy. Paz com Deus. 3ed. Trad. Jorge Rosa. Rio de Janeiro: JUERP,
256p.
Nota: Trata-se de um livro para o homem comum. O seu propósito é dar uma
clara compreensão de um novo modo de viver apresentado por Jesus.
AZEVEDO, Israelo Belo de. O olhar da incerteza – Crítica da cultura contempo-
rânea. São Paulo: Eclésia, 1988, 116p.

4 • Diálogo e Ação – Liderança


Nota: O livro discute, sem nenhuma complicação, como devemos interagir com
este admirável mundo novo e complexo.
PERROTA, Kevin. Controlando a TV-mania. 2ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1989,
178p.
Nota: Segundo o autor, “a contínua projeção de cenas de sexo e de violência pela
televisão é deplorável aos cristãos”. O livro constitui-se, então, de uma análise
acerca dos efeitos de longo alcance da televisão na família cristã.
Unidade 2 – Crises que a família enfrenta
ROSA, Merval. Problemas da família moderna. Rio de Janeiro: JUERP, 1979, 175p.
Nota: O autor discute em profundidade temas como conceito dinâmico de família,
problemas típicos de cada fase do ciclo familiar, mudanças de padrões de família.
WALDROP, C. Sybil. Guiando seu filho a Deus. Rio de Janeiro: JUERP, 1979, 107p.
Nota: Um guia prático para ajudar os pais a conduzir os seus filhos pequenos em
direção ao Senhor. A autora procura mostrar que nenhuma tarefa no lar é mais
importante do que conduzir os filhos a Deus e que tudo no ambiente do lar deve
levar a esta comunhão.
PRATTA, Elisângela Maria Machado. Família com filhos adolescentes. Psicologia
em estudo, 2007.
Nota: Famílias com filhos adolescentes enfrentam grandes problemas mas que
são solicionáveis.
Unidade 3 – Seitas do nosso tempo
ROMEIRO, Paulo. Super-crentes. 3ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1993, 83p.
Nota: A proposta do autor é fazer uma análise séria do evangelho conforme apre-
goado por alguns adeptos da teologia da prosperidade.
GAMA FILHO, Tácito Leite da. Heresias, seitas e denominações. Rio de Janeiro:
JUERP, 1993, 152p.
Nota: Resultado de uma dissertação de mestrado em Teologia apresentada no STBSB, o
livro apresenta uma tentativa de explicar o problema do sectarismo ao longo da história
da igreja.
STOTT, John. Cristianismo básico. São Paulo: Vida Nova, 1988, 172p.
Nota: Este escritor cristão procura mostrar nesta obra o que significa ser um ver-
dadeiro cristão. Fala da necessidade humana e apresenta o valor da obra realizada
por Cristo.

Diálogo e Ação – Liderança • 5


Para falar com os pais

Pais, vocês conhecem seus filhos?

Pr. Josué Ebenézer possa desenvolver com os pais dos ado-


Nova Friburgo, RJ lescentes uma conversa especial.
No mundo moderno, convivemos
Muitos problemas que os adolescen- com pessoas e pensamos que as conhe-
tes evidenciam no ambiente da igreja cemos. Nem sempre isso é verdade. A
têm a ver com a sua realidade no lar. aproximação física não nos garante um
Infelizmente, esta é a triste realidade dos estreitamento afetivo nos relacionamen-
dias modernos, em que lares se apresen- tos. Ao contrário, muitas vezes somos
tam cada vez mais desajustados, e a igreja mais distantes em afeição daqueles que
não está imune a essa atuação maligna. nos estão próximos do que de estranhos
Será importante o líder de adolescen- que conhecemos na rua.
tes focar também a figura dos pais como O absurdo disso é constatar que mui-
alvo de seu interesse e atuação, para que tos filhos estão distantes de seus pais
o trabalho sério e atencioso que for de- e mantêm com eles um realcionamen-
senvolvido com eles possa redundar em to meramente burocrático e sem sabor.
benefícios para a vida dos próprios ado- Quando se descobre a realidade, o filho
lescentes. Neste sentido, estamos apre- está totalmente mudado, com a cabeça
sentando o texto abaixo para que o líder “virada”, envolvido em circunstâncias

6 • Diálogo e Ação – Liderança


mundanas e na reta final de um desas- até hoje teve uma relação com seu filho
tre premeditado. como: “fiz, agora sou responsável”, mu-
de esta situação. Adote seu filho com o
Adote seu filho também coração, pois ele precisa do seu amor, de
Há alguns anos, tornou-se conhe- sua atenção, de seus cuidados.
cido um ditado que é muito elucida- Pare para ouvir seu
tivo do que vem ocorrendo em muitas filho
famílias: “Seja o pai de seu filho antes
que um traficante o adote”. Isto porque Nossos filhos se comunicam conos-
vários pais se deixaram tragar pela ro- co de várias formas. Com sua rebeldia,
da-viva da vida; entregaram os filhos às sua ausência, seu afastamento. Com
teias do mundo e perderam o contro- palavras, no silêncio, no choro, zanga-
le da situação. dos, sorrindo, falando alto, fugindo, es-
Circunstâncias como estas são um condendo-se, com boas notas na esco-
prato feito para a mídia, para os pro- la, com notas ruins, por meio da apa-
motores das drogas, para a internet do rência, dos gestos, das atitudes, pelo an-
mal, para o ócio maligno e para a con- dar, pelo cheiro, pelo vestir-se e de mui-
sequente perda de uma vida. O que os tas outras formas.
pais deixam de fazer pela formação do Só não vê que não quer. Você está
caráter e da espiritualidade de seus fi- percebendo seu filho? Talvez, muito do
lhos, estes agentes do mal, listados aci- comportamento de seu filho esteja di-
ma, fazem de forma gratuita e ostensi- zendo em alto e bom som para você (e
va, em sentido contrário. você simplesmente não quer ouvir): “Pai,
Quando se vai dar conta da situa- mãe, eu estou aqui. Você me percebeu?”
ção, os filhos estão fazendo o que os Talvez, seu filho esteja precisando de ca-
artistas fazem, vestindo-se como os es- rinho, mas sua vida estã tão árida que
tilistas imorais planejaram, imitando você nem sequer tem tempo para amar.
gestos e trejeitos que gente sem Deus Ou, então, o comportamento dele
inventou para difundir a carnalidade; esteja dizendo: “Socorro, alguém po-
estão consumindo tudo o que o diabo de me ajudar?” Simplesmente você tem
inoculou em mentes prenhes de criati- olhado para o seu filho, achado ele meio
vidade maliciosa para criar um sistema- estranho e racionalizado consigo mes-
mundo governado não por Deus, mas mo: “Ah! Isso é coisa de adolescente;
por uma nova era demoníaca. dá e passa. É só uma fase!” Só que, para
A ideia da adoção é mais bonita do além do que seriam meros sinais de ado-
que se pode supor. Afinal, somos filhos lescência, podem estar existindo tam-
adotivos de Deus (Rm 8.23). Adotar é, bém evidências de problemas, dificul-
deliberadamente, escolher alguém pa- dades e inadequações que precisam ser
ra ser nosso filho, para ser amado, para resolvidas. Seu filho clama por socorro
ser cuidado, para ser valorizado. Se você da forma como ele sabe (direta ou indi-

Diálogo e Ação – Liderança • 7


retamente), mas você está muito ocupa- seguinte advertência: “Acordai” (v. 34).
do para se preocupar com “besteira de Os pais que não sabem com quem seus
adolescentes”. filhos estão andando estão “dormindo
É preciso que você encontre tempo no ponto”; estão deixando seus filhos à
nos seus afazeres diários para dar um própria sorte.
pouco de atenção ao seu filho. Ele pre- O Salmo 1 é um monumento de afir-
cisa de você. Não existe melhor amigo mação da necessidade do afastamento da
para aconselhá-lo, orientá-lo e discipli- impiedade e dos destinos daqueles que
ná-lo do que você. É melhor que o uso da se envolvem (andar, deter e assentar-se)
vara, como preconiza Provérbios 13.24; com gente ímpia, escarnecedora, pecado-
19.18; 22.15; 29.15,17, seja no ambiente ra: ruína total. Mas este salmo, também,
do lar – porque, certamente, será com é uma declaração de vitória na vida da-
amor – para que, no futuro, seu filho queles que são justos e tementes a Deus.
não apanhe da vida. Aí, com certeza,
será cruel, implacável e com muita dor. Saiba o que seu filho
está lendo
Conheça a “tchurma” do
seu filho Vivemos numa sociedade plural. O
poder das comunicações está lançado
Uma maneira de saber que tipo de sobre a humanidade e nem sempre so-
influências seu filho está recebendo fora bre bases sólidas. Pode-se consumir o
do lar é saber com quem ele está andan- que se quiser em nível de informação,
do. A “galera” de seu filho será muito tanto pela mídia televisiva quanto pela
influente na vida dele, posto que, nesta mídia impressa. TV, rádio, cinema, in-
fase, existe uma tendência muito natu- ternet, revistas e jornais disponibilizam
ral de imitar comportamentos. Se seu uma gama tão variada de informações
filho estiver envolvido com uma turma que uma vida inteira não seria suficien-
barra pesada, fatalmente, mais cedo ou te para degluti-la e digeri-la.
mais tarde, estará também agindo co- Diante disso, mais do que nunca se
mo os colegas e sujeitando-se a situa- precisa ser seletivo com relação ao que
ções vexatórias que trarão desconten- ler, quando ler e para que ler. Milhares
tamento para a família e, o que é pior, de títulos de publicações são disponibi-
derrota para a sua própria vida. lizadas nas bancas de jornais e nas pra-
Outo ditado muito conhecido e que teleiras das livrarias. Se já não bastasse
se torna esclarecedor desta ques- a pouca quantidade de tempo disponí-
tão é “Diga-me com quem tu an- vel para ler, agora precisamos submeter
das e dir-te-ei quem és”. A Bíblia nossas leituras ao filtro da ética cristã.
já adverte: “Não vos enganeis. As más Há muita literatura perniciosa sendo
companhias corrompem os bons costu- veiculada com capa de coisa boa, inclu-
mes” (1Co 15.33). É sintómático que, lo- sive, material religioso, pretensamente
go em seguida, o apóstolo Paulo faça a evangélico, mas carregado de esoteris-

8 • Diálogo e Ação – Liderança


mo, misticismo, teologia da prosperi- – e geralmente o são – para dizer das
dde e outras aberrrações típicas destes coisas da fé. Mas se é para ter algum,
tempos “modernos”. que este seja o de “cristão”. Desde que
Não deixe seu filho solto no mundo esta alcunha foi usada pela primeira vez
da insanidade da comunicação moder- em Antioquia (At 11.26), não se inven-
na. Junto com isso, acrescente-se: sai- tou nada melhor para retratar o segui-
ba o que ele está lendo, mas, também, dor de Cristo. O melhor conselho aos
o que está vendo no cinema, no DVD, pais com relação à educação de filhos
na televisão. Muitos pais transforma- é: não abandone o “Manual de Deus”.
ram a “telinha” numa econômica babá O mundo está sempre inventando uma
eletrônica, que faz o filho ficar quieto novidade teórica sobre qualquer coisa,
e não encher a paciência. tudo e nada, mas a Palavra de Deus sub-
Nesta primeira infância ingênua, siste para sempre (Mt 24.35).
muitos pais perderam o contato com É bom que cada pai tenha em men-
os filhos e transferiram para terceiros te algo que muitos estão perdendo: o
(gente ou coisas) a responsabilidade que controle do seu lar. Como disse Khalil
era deles, somente deles, de gerirem o Gibran: “Os filhos não são nossos fi-
futuro de suas crianças. lhos. São os filhos e as filhas da ânsia
Se você caiu neste “conto do vigá- da vida por si mesma. Eles não são de
rio das comunincações”, arrependa-se ti, vêm de ti. Não queiras fazê-los co-
e volte atrás. Interesse-se por seu filho. mo tu, pois a vida não anda para trás”.
Saiba o que ele está fazendo, lendo, e Se os filhos não nos pertencem – nós
as coisas das quais está participando. os criamos para a vida – não podemos
perder de vista que, enquanto eles estão
Exija obediência “debaixo do nosso teto”, em nosso lar, é
intetral de nossa responsabilidade zelar pelo que
eles estão fazendo. Não é possível permi-
Uma falsa psicologia moderna impôs tir que se quebre a cadeia de comando da
durante um período da história um sis- autoridade que Deus estabeleceu para o
tema de “não-contrariedade” para a edu- bom funcionamento da família. Assim
cação de filhos. A psicologia contempo- sendo, a desobediência tem sido uma ar-
rânea fala em “impor limites”, “aprender ma satânica para infernizar os lares e tor-
a dizer não”. Muitos pais fixaram-se nes- nar filhos que são criados nos caminhos
tes manuais e se deram mal. Filhos de de Deus pedras de tropeço para o evan-
“rebeldes” hoje são “caretas”; filhos de gelho. Como pai, exerça o seu direito à
“cafonas” hoje são “descolados”; filhos obediência de seus filhos. Isso, também,
de “liberais” tornaram-se “conservado- será importante na formação da perso-
res”; filhos de “crentes” mundanizaram- nalidade e do caráter deles.
se; filhos de “pagãos” cristianizaram-se.
Vivemos num mundo de rótulos. O autor é pastor em
Talvez, os rótulos sejam muitos fracos Nova Friburgo, RJ.

Diálogo e Ação – Liderança • 9


Recursos pedagógicos

O conhecimento bíblico do professor


Alguns observadores notam a tris- Se os próprios professores são dis-
te falta de conhecimento bíblico em plicentes com a mensagem que foram
nossas próprias igrejas. Há crentes fa- encarregados de ensinar, quão grande
mintos por conhecerem a Bíblia, e ali- sera o desconhecimento das verdades
mentam suas almas diariamente com as bíblicas! “Pode porventura um cego
Escrituras. Mas, infelizmente, são pou- guiar outro cego?” (Lc 6.39). Mas, en-
cos. Há, virtualmente, centenas de ho- quanto houver homens e mulheres fi-
mens e mulheres nas igrejas, incapazes éis, que amam a Bíblia a ponto de es-
de citar os quatro Evangelhos ou quatro tudá-la com diligência e ensiná-la cor-
profetas do Antigo Testamento ou, ain- retamente, há esperança de que presen-
da, localizar os livros de Habacuque ou ciaremos em nossos dias uma renova-
Filemom se for preciso. Ficariam mais ção do conhecimento bíblico.
aturdidos se lhes pedissem para locali- Manejando bem a Palara
zar os Dez Mandamentos, as bem-aven- da verdade
turanças ou o maravilhoso capítulo de
Paulo sobre o amor. Infelizmente, já vi “Procura apresentar-te aprovado
até mesmo professores da Escola Bíblica diante de Deus, como obreiro que não
Dominical que não conseguiam loca- tem de que se envergonhar, que maneja
lizar uma passagem bíblica relaciona- bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
da à natureza de Deus e à doutrina do
Esta palavra de encorajamento ao
Espírito Santo. jovem pastor Timóteo deveria ser o le-
Se resta algum comentário sobre ma de todo professor de Bíblia. A men-
o assunto, que seja feito com simplici- sagem está clara. Não basta manejar-
dade, mas com vigor: o professor cris- mos a Palavra da verdade; somos divi-
tão precisa conhecer a Bíblia. Não há namente obrigados a manejá-la bem.
substituto para o conhecimento bíbli- Não devemos nos contentar em apre-
co, e sua falta não se justifica. Nem to- sentar qualquer interpretação plausível
do professor é vivaz, persuasivo, simpá- das Escrituras; devemos nos esforçar pa-
tico, bem dotado intelectualmente ou ra descobrir a interpretação correta.
possuidor de fluência verbal. Mas to- Conta-se que o Dr. A. T. Robertson,
dos podem ter conhecimento bíblico. que lecionou Novo Testamento no
Nem todo professor é capaz de ser um Southern Baptista Theological Seminary
estudioso da Bíblia altamente treinado, em Louisville, Kentucky, gracejou cer-
mas pode conhecer mais a Bíblia ama- ta vez: “Uma prova concreta de inspira-
nhã do que conhece hoje. ção da Bíblia é que ela vem contrarian-

10• Diálogo e Ação – Liderança


do mais de 3.000 anos de pregação”. A e corruptos. Eles caem porque estão en-
graça desta afirmação está no fato de charcados de vinho.
ela conter tanta verdade. A mensagem A tragédia toda é que esse indi-
da Bíblia tem sido deturpada, distorci- víduo era professor da Escola Bíblica
da, corrompida, mal-entendida, diluí- Dominical de sua igreja. Só Deus sabe
da, aumentada e alterada de milhares quantas verdades distorcidas ele trans-
de formas no decorrer dos séculos, de mitiu no decorrer dos anos para alunos
que outra maneira você explica o fato que de nada suspeitavam. O problema
de que Adolf Hitler, umas das perso- não era tanto sua falta de sinceridade
nalidades mais demoníacas dos tempos que, errônea, pode ser muito mais peri-
modernos e Kikita Kruschev, ateísta de- gosa do que indiferença passiva. O pro-
clarado, faziam citações da Bíblia quan- blema é que ele não era suficientemen-
do lhes convinha? De que outra manei- te zeloso ou honesto para interpretar a
ra podem os segregacionistas e os inte- Palavra da verdade de maneira correta.
gracionistas convictos encontrar respal-
do para suas concepções divergentes na Muita gente acredita (erroneamente)
mesma Bíblia? que a Bíblia é, por alguma razão, miste-
riosa demais para ser interpretada com
Meu filho, que é entregador de jor-
precisão. Assim, acata ingenuamente o
nais, estava fazendo sua arrecadação
conceito de que “as suposições de uma
mensal certo dia e acabou travando uma
pessoa são tão boas quanto as de qual-
longa conversa com um indivíduo que
quer outra”, no que diz respeito à de-
se gabava de ser um grande intérprete
cifração do significado das Escrituras.
da Escritura. Meu filho ouviu 45 mi-
nutos de meias-verdades e distorções. “Cada um tem sua própria crença”
Catando aqui e ali explicações bíblicas é um ponto de vista bastante democrá-
para servir de apoio ao que já se decidira tico, mas não confere com a realidade
a crer, o sujeito insistia que Isaías 28 re- da interpretação bíblica. A mensagem
feri-se ao “falar em línguas” e a “morrer da Bíblia foi e é divinamente inspirada;
no Espírito”. A passagem declara que o é uma mensagem inteligível, feita para
Senhor falará ao seu povo “por lábios es- ser compreendida e praticada. Seu sig-
tranhos e por outra língua” e diz: “pa- nificado pode ser alcançado por aque-
ra que vão, e caiam para trás, e fiquem les que estão dispostos a estudá-la com
quebrantados, enlaçados, e presos” (v. zelo. Não se pode negar que há passa-
11,13). Segundo suas palavras, esta era gens difíceis de entender. São, contudo,
uma alusão às pessoas que ficavam tão exceções à regra. O professor de Bíblia
cheias do Espírito Santo que caíam no deve abordar as Escrituras com a cer-
chão inconscientes. Como é triste dis- teza de que Deus quer que sua Palavra
torcer assim o sentido desta passagem, seja compreendida.
uma vez que a simples leitura do capí-
tulo revela que o profeta está abordan- Extraído de Como ensinar a Bíblia.
do o problema dos sacerdotes bêbados JUERP, 1988, p. 51-55.

Diálogo e Ação – Liderança •11


Reflexão sobre o
tema do trimestre
A estrutura do Livro dos Salmos

Tem-se chamado, costumeiramente, David escreveu seus salmos, inspi-


o livro dos Salmos de “Salmos de Davi”, rado pelo Santo Espírito (Ruach Há-
mas esta nomenclatura é inadequada, Kodesch), quando a harpa tocava à meia-
porque os salmos não são autoria exclu- noite, ao sopro de um vento do norte.
siva de Davi. Pelo menos, no que nos é As cordas dessa harpa provinham do
dado observar, nove outros autores par- carneiro oferecido em sacrifício a Deus
ticiparam da composição dos tehillym. por Abraão, na akedá. (UNTERMAN,
Mas a atribuição a Davi sucede por ter Alan, Dicionário Judaico de Lendas e
sido ele o autor da maioria dos cânticos e Tradições. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
por ter se notabilizado como “o rei can- Editor, 1992, p.226).
tor”. Isso fez com que a influência da- Mas, na realidade, o livro dos Salmos
vídica nos salmos se tornasse tão gran- é uma coletânea de cinco volumes. É as-
de que os judeus chegaram a criar len- sim que se divide o Saltério. Tudo indi-
das ao redor da composição do Saltério. ca que esta divisão foi feita para torná-
Veja-se, a propósito disto, esta fantasio- lo semelhante à Tora – nome hebraico
sa declaração, própria da superstição re- para a Lei ou o nosso Pentateuco – que
ligiosa dos hebreus.

12• Diálogo e Ação – Liderança


tem cinco livros também. É até mesmo dos no tempo do rei Josias para desen-
provável que isto tenha sucedido quan- volver o avivamento promovido por ele
do da canonização do Saltério, para as- ou, ainda, nos tempos do rei Ezequias,
semelhá-lo à Torá. Assim, ele passou a com o mesmo propósito avivalista. À
receber também o mesmo tratamento luz de Provérbios 25.1 ficamos saben-
de obra inspirada. A divisão em cinco do que Ezequias tinha um grupo de re-
obras foi a mostra de sua canonização. datores religiosos. Eles, os redatores de
Eis a divisão: Ezequias, podem ter desempenhado es-
sa tarefa. Tanto isso é provável que o
Livro I – Salmos 1 a 41 Salmo 72.20 não é uma declaração bí-
Livro II – Salmos 42 a 72 blica, mas uma nota editorial, feita por
Livro III – Salmos 73 a 89 um copista: “Findam aqui as orações
Livro IV – Salmos 90 a 106 de Davi, filho de Jessé”. Até mesmo os
Livro V – Salmos 107 a 150 versículos 18 e 19 receberam esta obser-
vação, em nota de rodapé de uma ver-
são bíblica: “Uma doxologia, que não
pertencia ao salmo, acrescentada como
O Livro I consiste de salmos que são
material editorial, assinalando o fim do
claramente atribuídos a Davi, com ex-
seu segundo livro de Salmos (La Bíblia
ceção dos de números 1, 2, 10 e 33. No
de Estúdio Mundo Hispano). Amesma
entanto, Atos 4.25 traz uma declaração
declaração é feita, nesta versão, para o
dos apóstolos, que atribuem o Salmo
texto de Salmo 89.52: “Uma doxolo-
2 a Davi, tendo sua aplicação na vida
gia. Um acréscimo editorial que mar-
de Jesus.
ca o fim do livro terceiro do Saltério.”
O Livro II é também chamado de
Os Livros IV e V são coletâneas de
“Salmos dos filhos de Coré” e parece
salmos mais ou menos independentes,
ser uma compilação de salmos que fo-
em termos de conteúdo. O Livro IV é
ram empregados em cânticos no templo.
chamado de “Salmos da segunda co-
O Livro III é conhecido também munidade”. O curioso é que ele come-
como “Salmos de Asafe”. ça com o Salmo 90, que é o mais antigo
O Livro IV tem o seu primeiro (Sl (datado provavelmente em 1400 a.C.) e
90) atribuído a Moisés, dois a Davi, e os cuja autoria é atribuída a Moisés. Surge,
demais como sendo anônimos. inevitavelmente, uma pergunta: o que
estaria fazendo aqui um salmo mosai-
O Livro V se compõe de salmos li-
co, num volume da segunda comuni-
túrgicos.
dade, os retornados com Zorobabel? A
O Livro I “foi provavelmente ar- resposta é fácil, mais uma vez observan-
ranjado por Davi, ou talvez por al- do-se como a estrutura foi criada para
gum outro colaborador sob sua dire- ensinar lições: é uma clara tentativa dos
ção” (ARCHER, Gleason). O Livro II retornados em se associarem como pri-
e o Livro III podem ter sido compila- meira comunidade, e que foi organiza-

Diálogo e Ação – Liderança •13


da por Moisés. Eles queriam deixar cla- termina com uma grande doxologia. E
ro que não era um povo diferente, ou- o quarto volume se encerra com outra
tra nação, era o mesmo povo de Moisés. grande doxologia. E o quinto volume
E para provar isso, escolheram um sal- se encerra com outro tipo de doxolo-
mo de sua autoria, abrindo volume de gia, um convite para que tudo quanto
seu hinário. em fôlego louve a Deus. Vejamos co-
Ou seja, a própria estrutura do livro mo isso se dá:
seguiu um propósito teológico. Os sal- 1. O Livro I termina com o Salmo
mos trazem teologia, sim, até mesmo 41.13, que diz: “Bendito seja o Senhor
em sua estrutura. Eles ensinam com Deus de Israel, de eternidade a eterni-
o conteúdo e com a forma. A segun- dade. Amém e amém”.
da comunidade canta a mesma espe- 2. O Livro II termina com o Salmo
rança da primeira, porque é sua con- 72.19, que diz: “Bendito seja para sem-
tinuadora. O arranjo, ou compilação, pre o seu nome glorioso, e encha- se da
do livro de salmos é nítido inclusi-
sua glória toda a terra. Amém e amém”.
ve no uso dos nomes de Deus. O li-
O versículo 20 não é uma declaração bí-
vro I, por exemplo, prefere o nome sa-
blica, mas uma provável “nota de roda-
grado, Iahaweh, traduzido em nossas
pé” do compilador do livro, que acabou
Bíblias como “O Senhor”. O Livro II,
entrando para o texto bíblico.
por exemplo, prefere Elohym, tradu-
zido em nossas Bíblias como “Deus”. 3. O Livro III termina com o Salmo
Eles refletem uma época e uma ten- 89.52, que diz: “Bendito seja o Senhor
dência teológica. para sempre. Amém e amém”.
Ainda na área da estrutura literá- 4. O Livro IV termina com o Salmo
ria, sendo empregada como veículo pa- 106.48 que diz: “Bendito seja o Senhor,
ra comunicar uma atitude teológica; Deus de Israel, de eternidade em eter-
outra consideração que devemos fazer nidade! E diga todo o povo: Amém.
está na questão bem atraente, não aci- Louvai ao Senhor”.
dental, mas muito bem arranjada: ca- 5. O Livro V termina com o Salmo
da um dos quatro primeiros volumes 150.6: “tudo que tem fôlego louve ao
senhor; louvai ao Senhor!”
Morris (MORRIS, Henry. Amostra
de Salmos. Miami: Vida, 1986, p. 12)
fez uma divisão que, com todo respei-
to, me parece um pouco forçada, encer-
rando o volume IV com o Salmo 145
e tomando os Salmos 146 a 150 como
“epílogo”, de maneira a criar cinco do-
xologias (a quinta seria 145.21). Mas es-
ta divisão por ele elaborada vai contra

14• Diálogo e Ação – Liderança


toda a compreensão que os estudiosos 10, Isaías 38.10-20, Jonas 2.3-10 e o fa-
antes dele tiveram e é bastante artificial, moso salmo de Habacuque 3, para ficar
mostrando ter sido claramente elabora- só com alguns deles. Nossa coletânea
da para dar suporte à sua ideia previa- tem 150 salmos, embora alguns manus-
mente estabelecida. A divisão em cin- critos da Septuaginta e a Versão Siríaca
co volumes, como aqui apresentada, não tragam o Salmo 151, mas este não faz
uma criação nossa, deste autor, mas é um parte da coleção considerada como bí-
modelo seguido por vários estudioso e blica. Algumas versões católicas trazem
tem unanimidade a sua aceitação. Vários diferença na sua enumeração dos Salmos
eruditos, tanto cristãos como judeus, di- em relação às Bíblias protestantes. Isto
zem que a divisão do Saltério em cinco se explica da seguinte maneira.
livros foi feita para harmonizá-lo com a Na Septuaginta, os Salmos 9 e 10
Torá: ela tem cinco livros, mas é um li- bem como 114 e 115 são reunidos num
vro só. Da mesma forma, o Saltério tem único Salmo, enquanto o Salmo 116 e
cinco livros, mas é um livro só. o Salmo 147 são divididos em dois sal-
Voltando, no entanto, a Morris, mas mos, de tal modo que sua numeração do
sem a preocupação de combatê-lo: uma Salmo 9.22 até 146.11 não corresponde
posição melhor que a sua é a adotada à do texto hebraico (WEISER, p. 10).
por Schultz, que assim se expressa: “Na As versões católicas, em sua maior
última divisão, o salmo final serve de parte, seguem a Septuaginta. As versões
doxologia de conclusão” (SCHULTZ, protestantes seguem o texto hebraico.
Samuel. A História de Israel. São Paulo: Isso explica a diferença na enumeração.
Vida Nova, 1977, p. 272). Com esta ob- A Vulgata, tradução para o latim, segue
servação, sem forçar a estrutura, Schultz a numeração da Septuaginta (também
nos alerta para uma verdade: o último conhecida pela sigla LXX) e, portanto,
salmo é a doxologia de conclusão de to- muitas traduções católicas modernas fa-
do o livro dos Salmos. Assim como o zem o mesmo. Por exemplo, numa tra-
primeiro é uma introdução e, ao mesmo dução antiga, que foi muito usada no
tempo, uma síntese, o último encerra de Brasil, a do Padre Matos Soares, uma
forma doxológica. Pode-se entender, en- das primeiras em nosso país, vê-se isso:
tão, que os dois limites do Saltério pre- O Salmo 1 é igual ao nosso.
tendem comunicar uma verdade teoló-
gica, também. Ensina-se com o conteú- O Salmo 2 divide nosso versículo
do e com a estrutura literária. 12 em versículos 12 e 13.
Devemos lembrar, ainda, que o li- O Salmo 3 traz o título como sen-
vro de Salmos não inclui todos os sal- do o primeiro versículo e contém nove
mos dos judeus. Há textos bíblicos fo- versículos no total.
ra do Saltério que são, na sua estrutu- O Salmo 4 traz o título como sen-
ra e na forma como foram escritos, sal- do o primeiro versículo e divide o nosso
mos, como Êxodo 15.1-18,1Samuel 2.1- versículo 8 em versículos 9 e 10.

Diálogo e Ação – Liderança •15


O Salmo 9 traz o título como sen- (51.1; 56.1; 57.1). Em alguns salmos, es-
do o primeiro versículo e tem, portan- ta invocação é repetida em outros versí-
to, um total de 21 versículos. culos, além do inicial. Há, a seguir, de-
O Salmo 10 tem 18 versículos como clarações em que o salmista se apresenta
acontece em nossa Bíblia, mas acrescen- e clama por socorro, posto que enfren-
ta um segundo Salmo 10, que é o nos- ta um momento delicado em sua vida,
so Salmo 11 em conteúdo. esta é a introdução.
Daí em diante, os salmos, confor- A seção seguinte é a principal, o cor-
me a tradução do padre. Matos Soares, po do salmo. É quando o salmista desa-
sempre estão um número atrás da nossa foga seu interior, abre seu coração dian-
tradução, até o Salmo 113 (que é o nosso te de Iahweh. Descreve sua situação de
Salmo 114). Na tradução do Pe. Matos perigo. Ele é perseguido ou difamado,
Soares, há dois Salmos 113 (Sl 113a - v. ou está enfermo, ou sofre nas mãos dos
1-8), que correspondem ao nosso Salmo ímpios, sente-se abandonado por Deus
114, e o Salmo 113b (v. 9-18), que cor- ou por amigos. A isto se segue uma per-
respondem ao nosso Salmo 115. Porém, gunta mais ou menos nestes termos: “até
chegando ao final do livro dos Salmos, quando?” ou, então, “por quê?” Alguns
o Salmo 146.1-11 e o Salmo 147. l-10 da salmos nos mostram isso. “Até quando”,
versão do padre. Matos Soares corres- por exemplo, aparece em 6.3: “Também
pondem ao nosso Salmo 147. Assim, a minha alma está muito perturbada;
os Salmos 148,149 e 150 correspondem mas tu, Senhor, até quando...” É um de-
aos mesmos Salmos em nossas Bíblias. sabafo e, ao mesmo tempo, um pedido
Toda essa explicação dá para mostrar, de socorro. Também em 35.17 lemos a
em caso de leitura em versões católicas, mesma expressão: “Ó Senhor, até quan-
o porquê da diferença da enumeração. do contemplarás isto?” Parece que Deus
O conteúdo, no entanto, é o mesmo. Os se esqueceu e recolheu a sua mão de so-
números não fazem diferença. corro, por isso surge o clamor de 10.12:
“Levanta-te, Senhor; ó Deus, levanta a
Já a Bíblia de Jerusalém, uma versão
católica de excelente nível, segue a nu- tua mão; não te esqueças do necessi-
meração hebraica (...) Individualmente, tado”. Em outras ocasiões, parece que
não em termos de livro, mas como uni- Iahweh está dormindo: “Desperta! Por
dade, como capítulo do Saltério, há tam- que dormes, Senhor? Acorda! Não nos
bém uma estrutura na composição dos rejeites para sempre.”
salmos, principalmente os que tratam Todas estas expressões são empre-
de oração individual. Ou seja, cada sal- gadas para que aquele que ora desabafe
mo individual segue um padrão estru- seus sentimentos, expresse toda a sua dor
tural mais ou menos estabelecido. Na e toda a sua ansiedade diante de Deus.
maioria das vezes, seu início se dá com Para que ore de verdade. Não há neles
uma invocação a Iahweh, com o vocati- nenhum formalismo nem um encobri-
vo: “Compadece-te de mim, ó Deus...” mento de emoções. Os salmos não são

16• Diálogo e Ação – Liderança


literatura formal. São orações passionais depreciá-la: uma teofania, uma mani-
e não diálogos frios, profissionais, obri- festação de Deus. No salmo 18, Iahweh
gados. Encontramos a essência da ver- ouviu a oração que foi feita no templo
dadeira oração: o coração escancarado (“do seu templo ouviu ele a minha voz”
diante de Deus, expondo suas dores, su- – v. 6), e isso ficou claro com os versí-
as lutas, seus medos, sem nada mascarar, culos seguintes, todos numa linguagem
mostrando-se como realmente é. É por
teofânica impressionante. Muito da lin-
isso que eles são fantásticos: eles nos en-
sinam como orar e nos mostram o que guagem, como só acontece com a po-
é oração. Orar é mostrar-se a Deus co- esia, é figurada, mas vê-se que há uma
mo realmente se é, sem necessidade de compreensão de Deus fora dos padrões
uma capa para impressioná-lo. A ora- mais racionais. Uma quarta é que o sal-
ção é o grito da alma que está sofren- mista, em sua oração (que já fora formu-
do e não a elaboração de conceitos por lada antes, e, agora, se manifesta mais
parte da mente tranquila. uma vez no templo), recebeu um sinal
De repente, há uma modificação no de Deus. Vemos indício disso no pedi-
conteúdo do salmo, de uma forma qua- do que é apresentado no Salmo 86.17:
se abrupta. Num determinado momen- “Mostra-me um sinal do teu favor, pa-
to, o salmista, que até então se mostrava ra que vejam aqueles que me odeiam
inquieto, clamando a Deus e até mesmo e sejam envergonhados, por me have-
se queixando dele por sua aparente in- res tu, Senhor, ajudado e confortado”.
diferença, prorrompe em júbilo, cânti-
co de confiança e de gratidão. Por fim, o salmo termina com uma
expressão de confiança e com proclama-
Como acontece isto? Por que a mu-
dança de ânimo? Os exegetas têm apre- ção. De aflito, aquele que está orando
sentado pelo menos quatro respostas pa- passa a ter certeza de livramento. A an-
ra isso. A primeira é que o salmista pa- siedade que foi inicialmente manifesta
rece ter recebido uma resposta de Deus. cede agora lugar à fé. Essa estrutura in-
Seja no seu íntimo, seja pela participação dividual dos salmos de lamento é uma
no culto, seja pela instrução da Torah ou das maiores declarações de que Deus
de um sacerdote, ele recebeu a resposta ouve a oração. Por isso mesmo seu es-
de que Deus intervirá em seu favor. Isso tudo se reveste de grande valor para a
o tranquiliza. A segunda é que mesmo, comunidade cristã.
por sua experiência espiritual, sabe que
Iahweh escuta. Pelo que já passou em
momentos pretéritos de sua vida tem Extraído do livro: COELHO,
esta certeza: “Busquei ao Senhor, e ele
Isaltino Gomes Filho.
me respondeu e de todos meus temo-
res me livrou” (34.4). A terceira é mais Teologia dos Salmos. Rio de Janeiro:
mística, embora não se queira com isso JUERP, 2000, p. 23-31.

Diálogo e Ação – Liderança •17


Recurso para o trimestre

Como usar o suplemento didático


Dividir o suplemento didático em dois cartazes, que deverão estar expostos em
lugar visível na sala dos adolescentes. Um cartaz terá o título “Necessidades e metas
do adolescente cristão; e o outro, “Passos a dar”. A cada domingo, ao final da lição, o
professor deverá preenchê-los com a classe, com base na lição estudada.
Questionar, sempre que possível, os adolescentes se eles estão dando os passos ne-
cessários para que suas metas sejam alcançadas.

18• Diálogo e Ação – Liderança


Hino do trimestre

Cantemos os louvores

Hino 27 do Hinário para o Culto Cristão


Letra: Rodolfo Hasse
Música: Hinário Alemão

Diálogo e Ação – Liderança •19


EBD – Visão geral

Salmos vivos
Uma abordagem profunda dos salmos, mostrando a
importância de se ter critérios segundo a Palavra de Deus
para escolher amigos, saber enfrentar e vencer problemas
e aprender a louvar a Deus apesar das situações adversas
que a vida nos proporciona

Objetivos – Entender o valor dos salmos, seu conteúdo atual e aplicá-lo à vida
cristã nos dias atuais. Incentivar o adolescente a desfrutar a alegria da presença
de Deus, o regozijo da comunhão com ele, o bálsamo do perdão divino e a viver
uma vida de adoração e louvor.

Estudos da EBD

EBD 1 – Caminhos e companhias


EBD 2 – Deus e os meus problemas
EBD 3 – Alegria é isso aí
EBD 4 – Sede de Deus
EBD 5 – A dor do pecado e a alegria do perdão
EBD 6 – Fortaleza indestrutível
EBD 7 – Deus nos faz cantar
EBD 8 – É tempo de louvar
EBD 9 – Muito mais que palavras
EBD 10 – A palavra que liberta
EBD 11 – Luz no final do túnel
EBD 12 – Diminuir para crescer
EBD 13 – De mãos dadas

Planos de aula da EBD – Redação desta revista, em parceria com a Coordena-


ção Editorial da CBB e da professora Lúcia Cerqueira.

20• Diálogo e Ação – Liderança


PLANO DE AULA 1

Caminhos e companhias
Texto bíblico: Salmo 1
Texto para memorizar: Josué 1.8

OBJETIVOS 2. Utilização de material visual


(placas de trânsito) em cada tópico
▪ Entender que todas as nossas da lição;
ações têm consequências diretas. 3. Dinâmica para conclusão (o
▪ Identificar a importância do es- salmo nos nossos dias).
tudo da Palavra de Deus.
▪ Identificar os ensinamentos da DICAS
Palavra como guia nas decisões do
dia a dia. 1. Imprimir placas com sinais de
trânsito com um tamanho visível
▪ Fazer distinção entre o caminho para classe (uma ou duas folhas de
do Senhor e os outros caminhos. papel ofício). Durante a preparação
do estudo, pensar em quais momen-
RECURSOS DIDÁTICOS tos poderá utilizar as placas.
▪ Folhas de papel para os grupos; 2. Tentar, ao final da elaboração
da lição, reescrever este salmo no
▪ Canetas;
contexto de sua vida particular des-
▪ Imagens com sinais de trânsito. tacando: onde deve “parar”, “andar
PARAR – SEGUIR EM FRENTE mais rápido”, o que deve “evitar”.
– PROIBIDO PARAR.
DESENVOLVIMENTO DO
TÉCNICAS DE ENSINO
ESTUDO
▪ Para este estudo, sugerimos al- 1. Fazer a introdução da aula de
gumas atividades: forma expositiva, trazendo um es-
1. Aula expositiva – descrição do clarecimento do que significa o livro,
livro dos Salmos e suas divisões; suas principais divisões com base nas

Diálogo e Ação – Liderança •21


informações que são apresentadas na a serem seguidos pelo adolescente
reflexão sobre o tema do trimestre. cristão Exemplo: amizade saudável.
2. Apresentar as figuras que re- Como uma última atividade,
presentam os sinais de trânsito e dividir em grupos de três a cinco
perguntar seus significados. Propor adolescentes e entregar-lhes folhas
a leitura do Salmo 1 como se ele nos e caneta. Cada grupo deve discutir
convidasse para uma caminhada e a importância deste salmo para sua
que os conceitos apresentados no vida diária.
texto fossem códigos de sinais de Após a discussão, reescrever este
trânsito (proibido estacionar, não salmo no contexto atual e pedir aos
pare, siga em frente, pare, mão dupla adolescentes, representantes de cada
etc.). grupo, que leiam o texto produzido.
3. Desenvolver os tópicos da lição Após as leituras, desafiá-los a seguir
utilizando os sinais de trânsito: os princípios da Palavra de Deus
como regra para o dia a dia.
▪ A felicidade é a porta do saltério;
▪ Os três estágios da queda; PARA A MENTE E CORAÇÃO
▪ Uma comparação inspiradora;
A meditação na Palavra de Deus
▪ Os caminhos se separam. e a obediência aos preceitos divinos
são aspectos fundamentais para que
ATIVIDADES DE CONCLUSÃO o cristão seja bem-sucedido. É pre-
ciso tomar a resolução de profunda
Como os adolescentes são muito devoção ao Senhor, de toda a mente,
criativos, é possível pensar na con- força e vontade.
clusão dessa lição de maneira drama-
tizada. Portanto, dividir a classe em TAREFA PARA A SEMANA
dois grupos e distribuir as seguintes
tarefas: Solicitar aos alunos que pesqui-
▪ GRUPO I – Com base na lição sem em diversos jornais e revistas re-
estudada e na experiência vivencia- portagens que enfatizem os proble-
da, encenar um exemplo de amizade mas enfrentados pelos adolescentes
que não deve ser aceita pelo adoles- da sociedade atual.
cente cristão. Exemplo: más compa- Para facilitar, fazer com a classe
nhias. um rápido levantamento dos possí-
veis problemas como, por exemplo,
▪ GRUPO II – Encenar um envolvimento com drogas, estresse
exemplo de relacionamento amigá- do ENEM, vestibular, maus tratos
vel que não interfere nos princípios familiares, dentre outros.

22• Diálogo e Ação – Liderança


INFORMAÇÕES 5. “O Senhor conhece o caminho
COMPLEMENTARES dos justos” – Por mais que queiramos
O majestoso saltério de Israel co- esconder da família e da igreja nossas ati-
tudes indevidas, o Senhor conhece todos
meça com um pequeno salmo de ape-
os nossos passos e todas nossas intenções.
nas seis versículos, que são de profun-
da mensagem ao coração do crente. 6. “A tonalidade e os temas deste
Ele é o pórtico majestoso que dá en- salmo fazem lembrar os escritos da
trada para o palácio magnífico da po- sabedoria, especialmente Provérbios,
esia hebréia, louvando e engrandecen- que se preocupam com a convivência
que o homem cultiva, com os dois
do o Senhor da criação e do homem.
caminhos, que ficam diante dele
No Salmo 1, encontramos diretri- e com tipos morais, notavelmente
zes para cultivar bons relacionamentos: os zombadores; nota-se, também, a
1. “Não se assentar na roda dos linguagem figurativa da natureza e
escamecedores” – Evitar o convívio o interesse no fim lógico de um pro-
com pessoas e ambientes que estejam cesso. A sabedoria que ele recomenda,
fora dos padrões cristãos deve ser a no entanto, se arraiga na lei, e o parale-
conduta do adolescente que deseja lismo mais próximo do salmo se acha
seguir os propósitos de Deus. num dos profetas (Jeremias); tal é a
2. “Antes, o seu prazer” – Buscar harmonia das vozes diferentes do An-
tigo Testamento” (Sl 1-72, Introdução
uma vida devocional, procurando
e comentário, Derek Kidner, p. 62).
obedecer à vontade de Deus, é pon-
to-chave para não se deixar levar por Este salmo apresenta, também, as
atrativos mundanos. características do homem justo, pois,
o homem faz ou não faz, de acordo
3. “Como árvore plantada junto com o que ele é ou não é. As obras
a correntes de águas” – O crente é a correspondem ao caráter. Pode o ho-
árvore que bebe direto da fonte e, por mem enganar o seu semelhante, mas
isso, está sempre florescendo. A fonte não engana Deus, que o conhece no
na qual o adolescente pode saciar a íntimo de seu coração e o julga se-
sua sede é a comunhão com Deus, por gundo o que ele é e o que faz. Este
meio da leitura bíblica e da oração. homem justo não faz determinadas
4. “Os ímpios não são assim” – A coisas, mas faz outras.
pessoa que não experimentou a graça O homem justo não faz: não
de Deus não busca seguir os ensina- anda segundo a orientação dos ím-
mentos bíblicos, nem se sente inco- pios, não se detém em conversas com
modada com atitudes impróprias à os pecadores, não se assenta junto
vida espiritual e moral. aos zombadores e escarnecedores.

Diálogo e Ação – Liderança •23


PLANO DE AULA 2

Deus e os meus problemas


Texto bíblico: Salmo 27
Texto para memorizar: Hebreus 4.16

OBJETIVOS leia o Salmo 27 de forma dramáti-


ca para a conclusão da aula. Deixar
▪ Entender que, como cristãos, claro que sua oração dramática será
não estamos isentos de problemas. a conclusão da lição e, por isso, não
▪ Compreender que o Senhor nos deve comentar com nenhum outro
ajuda a vencer o medo e nos dá cora- membro da classe.
gem para lutar. 2. Preparar a sala deixando es-
paço para a dinâmica sugerida. Se
▪ Crer na presença do Senhor em possível, deve-se formar um grande
todos os momentos de nossa vida. círculo com as cadeiras.
▪ Aprender a esperar no Senhor.
DESENVOLVIMENTO DO
RECURSOS DIDÁTICOS ESTUDO

▪ Faixa com o tema da lição: DEUS 1. Dinâmica – Dividir a turma


E OS MEUS PROBLEMAS. em grupo de três, sendo que cada
trio deve ser proporcional a peso,
altura e sexo. Colocar dois partici-
TÉCNICAS DE ENSINO pantes um de frente para o outro e o
1. Dinâmica de grupo; terceiro no meio.
2. Aula expositiva; Pedir que o participante do meio
junte as pernas e fique com o corpo
3. Leitura dramática do texto. rígido. Com ajuda do professor, pe-
dir que ele feche os olhos e se jogue
DICAS para trás. O amigo o segurará pelas
costas e o impulsionará para frente
1. Pedir a um adolescente bem
quando, também, será amparado.
expressivo que recite de memória ou

24• Diálogo e Ação – Liderança


Repetir esta ação e depois trocar poderá apresentar algumas questões
as posições. Ficar atento quanto à para direcionar a discussão:
segurança do grupo. Após algumas ▪ A reportagem enfatiza algum
tentativas, perguntar: problema enfrentado pelo adoles-
▪ Qual a sensação de cair para trás cente da sociedade atual?
e para frente de olhos fechados? ▪ O problema mencionado é co-
▪ Se os amigos lhe transmitiram mum em nossa sociedade?
segurança? ▪ Adolescentes crentes costumam
▪ Se a segurança estava no fato de enfrentar problemas semelhantes
confiarem nas pessoas ou em suas es- aos da reportagem lida?
truturas físicas? 4. Formar um círculo com os alu-
Lembrar que estes, às vezes, são nos para que os relatores contem a
os sentimentos que nos envolvem reportagem e apresentem a opinião
diante de problemas. Temos medo, do grupo.
estamos inseguros mas que a mão 5. Após a apresentação dos gru-
do Senhor não nos deixa cair, que pos, expor o tema do estudo num
ele está sempre pronto a nos ajudar quadro ou escrevê-lo bem grande
e proteger. numa faixa na parede
2. Leitura do texto bíblico: Sal- 6. Desenvolver os tópicos da lição
mo 27. de forma expositiva e, após a descri-
3. Fazer um levantamento dos ção do texto e dos tópicos da lição,
alunos que trouxeram as reportagens apresentar palavras-chave contextu-
solicitadas no domingo anterior e, se alizadas: luz, refúgio, inimigos, casa
preciso, distribuir entre eles as re- do Senhor.
portagens separadas por você. Em
seguida, organizar a classe em gru- ATIVIDADES DE CONCLUSÃO
pos para que leiam as reportagens e
discutam sobre os problemas nelas Pedir que todos fechem os olhos
enfatizados. e coloquem suas angústias, incerte-
Para facilitar, distribuir entre os zas e pecados nas mãos do Senhor.
grupos uma folha de papel ofício e Dar dois minutos em silêncio para
caneta para que sejam feitas as devi- cada um falar com Deus. O momen-
das anotações. to será interrompido com a leitura
do texto do Salmo 27 feita de forma
Cada grupo deverá escolher um dramática por um adolescente pre-
relator para apresentar o que foi viamente selecionado que terminará
observado e discutido. O professor dizendo amém!

Diálogo e Ação – Liderança •25


TEXTO PARA MEMORIZAR ça em Deus e revela quanto o seu
Nenhum problema é tão grande coração anelava pela presença dele
ou maior que o nosso Deus e a sua em todos os momentos de sua vida.
graça para conosco. Por isso, pode- Não tem sido possível situar o sal-
mos chegar com profunda confiança mo quanto ao tempo e circunstân-
diante dele e expor-lhe todas as tris- cias cm que foi escrito, sendo alguns
tezas, mágoas, sofrimentos porque, de opinião que Davi o escreveu nos
no momento certo, seremos socorri- dias agitados quando aguardava a
dos. É preciso sublinhar a expressão sua ascensão ao trono de todo o Is-
“momento certo” porque Deus sabe rael, após a morte de Saul, ou diante
o quando e o como nos prestará o da rebelião motivada pelo seu filho
devido socorro. É preciso, também, Absalão.
desenvolver a confiança nele. Este salmo pode ser dividido em
duas partes.
TAREFA PARA A SEMANA
Pedir aos alunos que durante 1. O salmista proclama sua plena
a semana realizem uma entrevista confiança em Deus – É interessante
com seus avós ou com alguém de observar quantas vezes o salmista
mais idade, de preferência que seja cita o nome do Senhor (Jeová), por
crente. Esta entrevista não precisa meio das linhas desse piedoso cân-
ser formal; pode ser um bate-papo. tico (em 14 versículos, 12 vezes).
Feliz o homem que tem sempre esta
Ideias de perguntas: palavra em sua mente. O salmista
1. O senhor ou senhora já era proferia o nome divino com a má-
crente na adolescência? xima reverência e em expressões de
2. Havia alguma dificuldade de sublime sentimento. Os versículos
relacionamento com seus pais? 1,2,3,5,6,10,14 são uma evidência
3. Como foi tomar decisões quan- belíssima da confiança que o salmis-
to à vida profissional e sentimental? ta depositava no Senhor.
4. Quais os principais problemas 2. O refúgio do homem de
enfrentados pelos adolescentes na Deus e sua oração em tempos difí-
sua época? ceis – Os demais versículos expri-
mem o anelo de Davi pela presença
INFORMAÇÕES de Deus, em face dos problemas ou
COMPLEMENTARES acontecimentos que enfrentava.
Os versículos 4,7,8,9,11,12 e 13 ex-
No Salmo 27, o salmista, mais pressam esta realidade de busca na
uma vez, reafirma a sua confian- vida do salmista.

26• Diálogo e Ação – Liderança


PLANO DE AULA 3

Alegria é isso aí
Texto bíblico: Salmo 33
Texto para memorizar: Neemias 8.10

OBJETIVOS 4. Testemunho de um adolescente;


▪ Entender que a nossa alegria não 5. Desafio de um projeto de vida
está pautada em um momento qual- semanal.
quer de nossa vida, mas, na certeza
da presença de Deus. DICAS
▪ Reconhecer nosso papel como 1. Preparar, durante a semana,
agentes de transformação – promo- cartaz com a definição da palavra ou
tores de alegria. tema escolhido: louvor ou alegria.
2. Elaborar o quadro para a vida
▪ Reconhecer a soberania de Deus
semanal.
e a necessidade de sermos fiéis.
3. Escolher o cântico a ser utili-
RECURSOS DIDÁTICOS zado e possibilitar a letra (quadro,
cópia, data-show, transparência) e,
▪ Quadro para escrever as palavras de acordo com a realidade, convidar
da dinâmica (tempestade cerebral); um adolescente para tocar.
▪ Cartas com a definição da pala- 4. Pedir, previamente, a um ado-
vra- chave; lescente que conte um testemunho
que expresse a vitória produzida me-
▪ Folha com quadro dos dias da
diante a confiança no Senhor. É im-
semana - “Projeto por uma semana
portante ouvir antes o testemunho e
feliz”.
determinar um tempo para que ele
seja exposto (2 minutos).
TÉCNICAS DE ENSINO
1. Dinâmica: explosão de ideias; DESENVOLVIMENTO DO
2. Utilização de música para re- ESTUDO
forçar o tema da aula; 1. Iniciar a aula solicitando aos ado-
3. Aula expositiva; lescentes que relatem a experiência vi-

Diálogo e Ação – Liderança •27


venciada ao realizarem a entrevista ▪ Apresentar um cartaz com a de-
com seus avós ou alguma pessoa ido- finição da palavra escolhida.
sa. Ressaltar que, apesar da diferença ▪ Cantar um cântico que expresse
de época, o ser humano sempre vai teor das palavras sugeridas.
passar por um período em que se- ▪ Apresentar os tópicos da lição e
rão necessárias tomadas de decisões, o significado dos termos principais
bem como o enfrentamento de situ- de forma expositiva. Após apresen-
ações desagradáveis como sofrimen- tar o último tópico, o adolescente, já
to por um erro cometido, decepção determinado, ficará de pé e contará
com amigos brevemente seu testemunho.
▪ O professor deve ressaltar a ne-
▪ Fazer a introdução da aula com cessidade de sermos felizes e, ao
tempestade cerebral (a palavra pode mesmo tempo, a necessidade de pro-
ser louvor ou alegria). Anotar no mover alegria em nossos grupos de
quadro as principais expressões dos convivência: família, igreja, colégio,
alunos. amigos, time etc.
Projeto: Por uma semana feliz
Nome:
PROJETO POR UMA SEMANA FELIZ
NOME:

O que posso
De que eu
fazer para O que recebi Avaliação
necessito
alguém
Segunda-
feira
Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

Domingo

28• Diálogo e Ação – Liderança


ATIVIDADES DE CONCLUSÃO TAREFA PARA A SEMANA
Enfocar os principais ensinos que Durante a semana, preparando
podem ser extraídos do estudo: os alunos para a próxima lição, de-
1) O imenso amor de Deus; verá ser realizada uma atividade de
observação. Os alunos devem estar
2) A necessidade de se ter um co-
atentos às suas ações, verificando:
ração puro para louvar a Deus;
– Quantas vezes por dia beberam
3) O conhecimento que Deus
água ou outros líquidos;
tem de toda a nossa vida, inclusive o
nosso coração; – Quantas vezes na semana se-
pararam tempo para estar em comu-
4) A confiança que devemos de-
nhão com Deus por meio da leitura
positar em Deus. Ele ouve e atende as
da Bíblia e da oração.
nossas orações, conforme a sua von-
tade, mas é preciso saber que o nosso
tempo não é o mesmo de Deus. INFORMAÇÕES
2. Desafiar os adolescentes a ten- COMPLEMENTARES
tarem viver uma semana feliz. Sa- No livro dos Salmos, encontra-
bendo que felicidade é fruto do que mos o salmista enfrentando proble-
se estudou e não é só minha, mas, do mas e como ele procurou resolvê-
outro também. Entregar o quadro los. Especialmente no Salmo 33 ele
de atividades semanais e desafiá-los aponta alguns caminhos:
a viver cada dia com as propostas do
Versículo 1 – “Exultai”. O sal-
quadro.
mista convida os salvos a louvarem
Avaliação geral: descrever as prin- ao Senhor por sua fidelidade.
cipais experiências e sensações desfru-
Versículo 3 – “A palavra do Se-
tadas nesta semana:
nhor é reta”. Deus, em sua retidão,
orienta o seu povo à verdade. A Bí-
TEXTO PARA MEMORIZAR blia, como a Palavra de Deus, reflete
O Senhor é a fonte da nossa ale- também o caráter o de Deus.
gria e está o tempo todo cuidando de Versículo 8 – “Tema ao Senhor”.
nós e prova, a cada instante, o quan- Para que possamos honrar e adorar
to vale a pena confiar nele. Mesmo ao Senhor é preciso amá-lo de todo o
que enfrentemos tempos difíceis, coração e obedecer aos seus desígnios.
devemos viver como ele deseja: com Versículo 11 – Mesmo que a his-
alegria, esperança, confiança e certe- tória mude, os costumes mudem, nós
za da vitória. próprios mudemos, Deus não muda.
Ele está no controle de todas as coisas.

Diálogo e Ação – Liderança •29


Avaliação do trimestre

Escola Bíblica Dominical


Sugerimos que a avaliação seja dividida em três etapas, sendo uma a cada
final de mês, incluindo as lições já estudadas naquele mês e, cumulativamente, à
medida que o trimestre for se desenrolando. A ideia da avaliação é tão somente
ajudar o avaliado a crescer no seu desempenho como cristão a partir dos co-
nhecimentos adquiridos. Além do mais, com a avaliação, o próprio professor é
ajudado, visto que pode conhecer melhor o seu trabalho e aperfeiçoá-lo.
CONTEÚDOS APRESENTADOS NO TRIMESTRE – Neste trimes-
tre, os adolescentes estiveram frente a frente com a realidade poética e inspirado-
ra dos salmos. Vários salmos foram estudados e eles tiveram uma visão geral do
conteúdo, do valor, da mensagem, da teologia e da praticidade dos salmos e sua
aplicação para os nossos dias.
PRIMEIRA AVALIAÇÃO – Fazer uma avaliação por meio de questio-
nário. Preparar cinco perguntas-chave das lições estudadas até este domingo,
inclusive, entregar a cada aluno para responder. Lembrar-se que o tempo é curto
e as respostas devem ser dadas no sistema de marcar opções predeterminadas.
Lembrar-se de ter algumas canetas de reserva para quem não dispuser. Pode ser
realizada nos últimos 15 minutos da aula do quarto domingo de abril.
SEGUNDA AVALIAÇÃO – Solicitar a três alunos, escolhidos aleatoria-
mente, mas com objetivo de haver maior representatividade da classe que,
por cinco minutos, relatem para a turma o que aprenderam com os estudos
no livros dos Salmos. Pode ser realizada nos últimos 15 minutos da aula do
quinto domingo de maio.
TERCEIRA AVALIAÇÃO – Fazer perguntas sobre as lições do trimestre.
Preparar uma pergunta-chave para cada lição estudada e escrever as respostas
no seu gabarito pessoal. Fazer as perguntas aos adolescentes, direcionando uma
para um adolescente em particular e outra para toda a classe, alternadamente.
Em função do tempo, caso haja alguma dificuladade na reposta, oferecer ajuda
ou, então, responder e passar para a pergunta seguinte. Pode ser realizada nos
últimos 15 minutos da aula do quarto domingo de junho.

60• Diálogo e Ação – Liderança


DCC – Visão geral

Durante o trimestre, os adolescentes vão estudar três assuntos bem interessantes.

Unidade 1 – Firmes no mundo em crise

1º Domingo Reunião de planejamento


2º Domingo Estudo 1 Uma visão equilibrada do sexo
3º Domingo Estudo 2 Drogas, nem morto
4º Domingo Estudo 3 Nem tudo que é lícito convém
5º Domingo Estudo 4 Se beber, não dirija

Unidade 2 – Crises que a família enfrenta

6º Domingo Estudo 5 Conflito entre gerações


7º Domingo Estudo 6 Disciplina, eu quero
8º Domingo Estudo 7 Meus pais se separaram, e agora?
9º Domingo Estudo 8 Mãe, quero um iphone

Unidade 3 – Seitas do nosso tempo

10º Domingo Estudo 9 Seitas e heresias: tô fora


11º Domingo Estudo 10 {A velha} nova era, o que tenho a ver com isso?
12º Domingo Estudo 11 A teologia da prosperidade
13 Domingo
o
Estudo 12 Testemunhas de Jeová

Ouem escreveu
Os planos de aula foram elaborados pela Coordenação Editorial do DER e a professor Lúcia
Cerqueira, Rio de Janeiro, RJ.

Diálogo e Ação – Liderança •61


Reunião de planejamento

Planejar é antecipar resultados


As reuniões de planejamento nem 1. Objetivos – Sem que se trace os
sempre são vistas com bons olhos. objetivos a que se quer chegar, não se
Alguns acham que seja uma perda poderá mensurar se de fato os alcan-
de tempo. Outros não gostam de seu çou.
formato, classificando-as como monó-
tonas. Mas, sem planejamento não se 2. Tarefas – O que está no centro
chega a lugar algum. É preciso plane- dos interesses dos adolescentes em re-
jar para que saibamos o que queremos, alizar nesse momento de suas vidas e
como queremos, aonde chegaremos e o que é mais importante dentro dos
o que faremos para alcançar os resul- objetivos propostos.
tados almejados. 3. Datas – Definir as datas em que
REUNIÃO DE PLANEJAMENTO as atividdes serão realizadas é de vital
importância para que não haja qual-
Nossa sugestão é que o líder separe quer atropelo. Faça um calendário de
o primeiro domingo do trimestre para atividades.
planejar com os adolescentes tudo o que
vai acontecer ao longo do trimestre. 4. Responsabilidades – Delegue
tarefas para os adolescentes, definindo
Prepare com antecedência algu- quem vai estar cuidando de cada área
mas ideias de programas, datas, par- para que tudo possa funcionar como
ticipações especiais, passeios, tudo o o previsto.
que está na pauta para a consecução
dos objetivos propostos para o trimes- 5. Divulgação – “A promoção é
tre na União de adolescentes. a alma do negócio”. Sem divulgação
perde-se, em muito, na atração do
Caso haja uma diretoria dos pró-
prios adolescentes, faça isso em co- público-alvo para o que estamos pla-
mum acordo com ela para que no nejando. Não descuide desta área.
dia da reunião de planejamento haja CONCLUSÃO
uma harmonia entre o que está sendo
proposto e a expectativa dos próprios É intessante conversar com a tur-
adolescentes. ma e preparar um ótimo trimestre
com as ideias que a sua revista prepa-
COMPONENTES DE UM BOM
PLANEJAMENTO rou com carinho e outras que você
vai levar para a União. Consulte as
Vamos listar, pelo menos, cinco com- sugestões apresentadas na “Agenda do
ponentes esseciais de um planejamento: trimestre”.

62• Diálogo e Ação – Liderança


plano de estudo 1

Uma visão equilibrada do sexo


OBJETIVOS Isaque e Rebeca – Gênesis 24.58-67:
• Esperaram o momento certo;
• Construir uma visão bíblica sobre o
sexo. • Buscaram a aprovação de Deus.
José – Gênesis 39.7-12:
• Analisar pontos positivos e negativos
na vida de alguns personagens bíblicos. • Soube ser íntegro;
• Resistiu a aparência externa;
TÉCNICAS DE ENSINO • Renunciou a confortos e regalias ofe-
• Gincana bíblica; recidas;
• Não aceitou convites inadequados.
• Chuva de ideias;
Um triste exemplo: Davi e Bate-
• Técnica interrogativa. Seba – 2Samuel 11.1,2:
MATERIAL DIDÁTICO • Cobiça por meio do olhar;
• Homicídio – Davi colocou Urias à
• Marcador de livro com a frase: “Cui- frente da batalha;
de de sua mente”; • Consequências:
• Quadro e giz ou quadro branco e caneta; – Morte do filho (2Sm 12.15-18);
• Cartazes para as ênfases especiais. – Incesto na família (2Sm 13);
DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO – Homicídios entre irmãos (2Sm
13.23-36).
1. Gincana bíblica entre dois grupos:
5. Destacar os versículos de Mateus
um grupo deverá encontrar exemplos
6.22,23.
bíblicos positivos sobre sexo, e o outro,
exemplos bíblicos negativos. 6. Ressaltar que o adolescente deve
2. Chuva de ideias – Pedir aos alunos “cuidar” dos olhos, evitando revistas por-
que escrevam, no quadro, palavras que ve- nográficas, filmes impróprios e situações
nham à mente ao pensarem sobre o assun- ilícitas. Por meio dos olhos, as imagens
to em estudo. são levadas à mente. Portanto, se lixo
entrar, lixo sairá. No entanto, se a exem-
3. Usar cartazes com as ênfases espe-
plo de José, buscar a integridade perante
ciais, intercalando a apresentação do estu-
do com perguntas. Deus, nossos olhos serão luz para o corpo.
4. Lançar a pergunta: a virgindade é TAREFA SEMANAL
válida nos dias de hoje? Ouvir as respostas
com atenção e orientar seus alunos sobre Leia um bom livro esta semana. Dis-
exemplos positivos e negativos que a Bí- tribuir entre os alunos o marcador de li-
blia apresenta: vros: “Cuide de sua mente”.

Diálogo e Ação – Liderança •63


plano de estudo 2

Drogas, nem morto


OBJETIVOS devem ser rejeitadas. Além da maconha,
cocaína, LSD, os calmantes e antidepres-
• Conhecer os problemas e os perigos sivos podem causar dependência. Aten-
do uso das drogas. ção! Procure orientação médica antes de
• Destacar os princípios e valores cris- usar remédios que você “julgue” necessá-
tãos. rios.

TÉCNICAS DE ENSINO  O caminho das drogas é um ca-


minho tortuoso, sofrido, que pode levar
• Tarefa individual; à depressão, às doenças como, por exem-
plo, HIV, problemas familiares, sociais e,
• Palestra com profissional específico
acima de tudo, espirituais, pois o corpo
da área de saúde ou aula expositiva inter-
do cristão deve ser o templo, do Espírito
calada com pesquisa e montagem de car-
Santo. Seja sábio! Não entre por este ca-
tazes sobre o tema.
minho. Reflita a luz do Caminho, que é
MATERIAL DIDÁTICO Cristo.
2. Desenvolver um momento de tare-
• Papel ofício e canetas para a tarefa
fa individual. Para isso, solicitar aos alu-
individual;
nos que façam um slogan contra o uso das
• Revistas que abordam o assunto em drogas. As frases deverão ser afixadas em
estudo, cartolinas, pilot, tesouras e cola. murais da sala e corredores da igreja.
DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 3. Convidar, com antecedência, um
especialista na área de saúde para falar aos
1. Iniciar o estudo destacando quatro adolescentes. Caso isso não seja possível,
ênfases especiais: solicitar, também com antecedência, que
 Tudo o que Deus criou tem a sua os alunos levem revistas sobre o assunto e
finalidade para o bem-estar do ser huma- orientá-los numa pesquisa e confecção de
no. No entanto, o homem, em seu peca- cartazes sobre o tema.
do, escolhe outros valores, desvia-se dos 4. Destacar os pontos do estudo e dei-
caminhos traçados por Deus e utiliza, de xar que os alunos apresentem seus traba-
maneira imprópria, a natureza. Por isso, lhos e encerrar com uma oração.
as drogas têm sido um grande mal deste
século. TAREFA SEMANAL
 Manter-se bem informado é uma Falar a um colega da escola a respeito
boa maneira de evitar cair em “ciladas”. do único caminho verdadeiro, que é Jesus
 Há muitos tipos de drogas e todas Cristo. Procurar entregar-lhe um folheto.

64• Diálogo e Ação – Liderança


plano de estudo 3

Nem tudo que é lícito convém


OBJETIVOS de um corpo limpo, templo do Espírito
Santo. A nossa tendência é de nos im-
• Reconhecer que o corpo é o templo porta somente com os nossos problemas,
do Espírito Santo. esquecendo-nos do outro (um tapinha na
• Perceber as implicações dos vícios. bola, mantendo-a no alto). Demonstre-
mos amor ao próximo, antes que o cigarro
o apague. Oriente-o a deixar de fumar;
fale do mal que tem feito à sua saúde e
TÉCNICAS DE ENSINO apresente-lhe Cristo que pode, também,
purificar a sua alma.
• Dinâmica de sensibilização;
2. Painel integrado – Dividir a clas-
• Painel integrado.
se em cinco grupos. Cada grupo estudará
um ponto da lição. Distribuir uma letra
entre os representantes dos grupos, de A
MATERIAL DIDÁTICO a D (ABCD). Se os grupos tiverem mais
de quatro componentes, repetir as letras.
• Bolas de soprar, Bíblia, revista; Exemplo: ABCDD ou AABCD. Após
alguns minutos de estudo, solicitar que
• Lápis e papel.
os alunos com letras iguais formem no-
vos grupos. No novo grupo, cada aluno
explicará o ponto estudado e ouvirá a ex-
DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO plicação do colega. Assim, cada aluno terá
estudado um ponto, explicando o que
1. Dinâmica com bolas – Oferecer estudou e terá ouvido a explicação dos ou-
uma bola de soprar para cada aluno, se pos- tros pontos. O professor deverá fazer uma
sível, de cores diferentes. Dizer que esta bola síntese geral dos temas estudados.
é um problema e deverá ser mantida no alto.
Observar se houve solidariedade ao ajudar TAREFA SEMANAL
a manter as bolas no alto, ou se cada um se
Caso você tenha um colega ou paren-
preocupou somente com o seu “problema”.
te que, infelizmente, faça uso do cigarro,
Após alguns minutos, dar um sinal para
converse com ele sobre o mal que este
encerrar a dinâmica e analisar a atividade,
vício está lhe causando e fale do amor
dialogando com os alunos. Destacar:
de Cristo, mostrando que somos feitos à
 O ar que utilizamos para encher a imagem e semelhança de Deus e que ele
bola é uma dádiva de Deus, e o pulmão quer nos purificar mediante o lavar rege-
que se enche deste ar deve fazer parte nerador do sangue de Jesus.

Diálogo e Ação – Liderança •65

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