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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA - A POLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidades, Ciência e Tecnologia

Curso: Engenharia Civil


2º Ano 3º Semestre

Donald Teodósio de Jesus


Faira Cacilda de A. R. Mema
Mack Armando Chimpota

Roberto Valentino Segredo

Quelimane
2021
Donald Teodósio de Jesus
Faira Cacilda de A. R. Mema
Mack Armando Chimpota
Roberto Valentino Segredo

Tema: Bombas Centrífugas

Projecto de Pesquisa a ser avaliado na


disciplina de Hidráulica I como requisito
parcial para a obtenção do Grau de
Licenciado em Engenharia Civil

Docente: Sousa Cafrage

Quelimane
2021
ÍNDICE
1. Introdução .................................................................................................................. 4

1.1. Objectivo geral ................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo específico ................................................................................... 4

2. Bomba centrífuga ...................................................................................................... 5

2.1. Funcionamento de uma bomba centrifuga ......................................................... 6

2.2. Rotores ............................................................................................................... 7

3. Associação de bombas centrifugas ............................................................................ 9

3.1. Associação em série ......................................................................................... 10

3.1.1. Rendimento de associação em série ......................................................... 12

3.2. Associação em paralelo.................................................................................... 14

3.2.1. Rendimento de associação em paralelo .................................................... 16

3.3. Associação mista.............................................................................................. 18

4. Pontos a ter em vista com a instalação de uma bomba centrífuga .......................... 19

4.1. Elementos necessários para a escolha de uma bomba centrífuga .................... 20

5. Conclusão ................................................................................................................ 21

6. Referências bibliográficas ....................................................................................... 22


1. INTRODUÇÃO
Bombas hidráulicas são máquinas hidráulicas operatrizes, isto é, máquinas que
recebem energia potencial (força motriz de um motor ou turbina), e transformam parte
desta potência em energia cinética (movimento) e energia de pressão (força), cedendo
estas duas energias ao fluido bombeado, de forma a transportá-lo de um ponto a outro.
O uso de bombas hidráulicas ocorre sempre que há a necessidade de aumentar-se
pressão de trabalho de uma substância líquida contida em um sistema, a velocidade de
escoamento, ou ambas.
As bombas hidráulicas se dividem em dois grandes grupos: Bombas centrífugas
ou Turbo-Bombas, também conhecidas como Hidro ou Rotodinâmicas e Bombas
Volumétricas, também conhecidas como de Deslocamento Positivo. Neste trabalho,
focará mais nas bombas centrífugas.

1.1.Objectivo Geral

Este trabalho fala acerca Bombas hidráulicas, que são componentes muito
importantes para a sociedade e industrias.

1.1.1. Objectivo específico

Existem diversos tipos de bombas hidráulicas, mas especificamente neste


trabalho, aborda apenas as bombas centrífugas, dando as devidas definições,
subdivisões, componentes, associações, etc.

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2. BOMBA CENTRÍFUGA

Uma bomba centrifuga se define como um tipo de equipamento rotativo


utilizado para mover líquidos de um ponto a outro. Por exemplo, para transportar
líquido de um tanque A para um tanque B em um sistema de bombeamento a primeira
coisa a se determinar é a velocidade em que o líquido será bombeado. Para encontrar a
velocidade é necessário saber a quantidade de liquido contida no tanque A e relaciona-la
com o tempo requerido para chegar ao tanque B, obtendo-se assim a taxa média de
vazão que é quantidade de liquido contido no tanque A dividido pelo tempo requerido
para chegar até o tanque B. Essa vazão representará a capacidade da bomba, além disso
a bomba deverá fornecer energia suficiente para vencer todos os obstáculos entre o
tanque A e o tanque B. Esses obstáculos podem ser a altura manométrica ou as perdas
de carga.

Altura manométrica é a altura total que o líquido irá subir, pode ser medida
como uma diferença vertical entre as superfícies dos líquidos em ambos os tanques ou a
diferença entre a superfície do líquido do tanque A e o ponto mais alto da tubulação
para chegar ao tanque B.

Figura 1: Ilustração da altura manométrica (Fonte: Scribd)

Apesar de aparentemente simples, a manutenção do escoamento de fluidos não é


tarefa fácil e muito menos barata, visto que ocorrem perdas energéticas durante o
percurso. Isso ocorre principalmente por atrito, problema conhecido como perda de
carga e que, provavelmente, está presente em seu processo, aumentando seus custos.

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Além disso, frequentemente é necessário adicionar energia ao sistema,
permitindo um aumento de velocidade, pressão ou altura do fluido durante o
escoamento. Assim, as bombas centrífugas são equipamentos capazes de suprir essa
demanda impelindo um volume de líquido que depende da pressão de descarga ou
energia necessária a ser adicionada.

Elas podem ser usadas em diversas situações na indústria, são relativamente


simples e de pequeno custo inicial e, por isso, tornam-se escolha frequente dos
engenheiros ou responsáveis pelo processo.

Porém, é importante reforçar que o fornecimento de energia para um fluido em


escoamento não é algo barato. Pelo contrário, ele constitui parte considerável do
consumo energético do seu processo. Assim, para que você reduza custos e potencialize
os lucros da sua produção, é essencial verificar quais as bombas adequadas para seu
processo e saber seu correto dimensionamento. O primeiro passo para isso é entender o
funcionamento desses equipamentos.

Afinal, como a bomba centrífuga, um dispositivo aparentemente simples,


fornece energia para o líquido escoado e torna-se fundamental para o sucesso da
produção?

2.1. Funcionamento de uma bomba centrifuga

A principal função da bomba de água centrífuga é transportar líquidos de um


ponto a outro! Muitas vezes para esse processo acontecer, é necessária uma tubulação
preparada próxima ao ponto onde acontecerá a captação. O seu funcionamento é ligado
à um motor (eléctrico, combustão ou vapor), que permite um aumento de pressão e
altura do líquido durante o processo, assim possibilita transferir líquidos em diferentes
elevações.

O seu funcionamento ocorre através de impulsos vindo de um rotor ligado ao


motor por meio de um eixo motriz, que está dentro de uma carcaça. Esse rotor possui
palhetas que giram rapidamente em espiral, e com essa acção é criada uma zona de alta
pressão que faz a bomba sugar o fluido (convertendo a energia do motor em energia
cinética), aumentando o seu fluxo de rotação.

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Isso faz com que o volume seja transferido, bombeando da entrada para uma
voluta dentro da carcaça, que atua como contentor do líquido. Este volume é levado
para um bocal de saída, onde é escoado para as tubulações.

No escoamento de fluidos pode ocorrer perdas energéticas principalmente por


atrito, essa perda de carga pode variar durante o processo de uso das bombas. Se
necessário, pode ser adicionada energia ao sistema, aumentando a velocidade, pressão
ou nível do fluido durante o período de uso. Essa demanda depende da pressão de
descarga ou da quantidade de energia a ser adicionada.

Figura 2: Ilustração de uma bomba centrifuga detalhando os seus componentes (Fonte: Scribd)

2.2. Rotores

De acordo com o fluido escoado em seu processo, diferentes tipos de rotores


podem ser empregados, sendo a escolha dependente da melhor adequação do
equipamento à situação. Simplificadamente, existem bombas com rotores fechados,
abertos, semiabertos e semifechados:

 Rotores fechados: São indicados para líquidos limpos, pois possuem


passagens estreitas. Caso sejam usados para escoar algum líquido que
contenha partes sólidas, podem ocorrer entupimento s.

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 Rotores abertos: São recomendados para líquidos viscosos em
suspensão contendo partículas sólidas, pois têm passagens mais livres
que evitam entupimentos. As suas palhetas costumam sofrer um desgaste
maior, por causa do contacto directo com sólidos.
 Rotores semiabertos: Possuem um dos seus lados livre. O seu uso
mescla materiais sólidos e líquidos.
 Rotores semifechados: Possuem pás na parte das costas da cobertura. O
seu uso também mescla materiais sólidos e líquidos.

Em função da direcção do movimento do fluído dentro do rotor, estas bombas dividem-


se em:

 Centrífugas Radiais: A movimentação do fluido dá-se do centro para a periferia


do rotor, no sentido perpendicular ao eixo de rotação;
 Centrífugas de fluxo misto: O movimento do fluido ocorre na direcção inclinada
(diagonal) ao eixo de rotação;
 Centrífugas de fluxo axial: O movimento do fluido ocorre paralelo ao eixo de
rotação.

Figura 3: Representação do fluxo radial, misto e axial

(Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/andouglassilva/disciplinas/mecanica-dos-fluidos/aula-8-bombas)

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A movimentação do fluido é causada directamente pela acção do órgão de
impulsão da bomba que obriga o fluido a executar o mesmo movimento a que está
sujeito este impulsor (êmbolo, engrenagens, lóbulos, palhetas).

Agora que já se sabe resumidamente como uma bomba centrífuga funciona, o


próximo passo é entender como ela pode ser empregada em sua produção. Além disso, é
essencial verificar o dimensionamento adequado desses equipamentos, evitando perda
de eficiência no processo.

3. ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS CENTRIFUGAS

Em inúmeras aplicações industriais bem como em sistemas elevatórios de água


ou esgoto, o campo de variação da descarga e da altura manométrica pode ser
excessivamente amplo, para ser abrangido pelas possibilidades de uma única bomba.

Desta forma um sistema poderá exceder às faixas de operação de bombas de


simples estágio. Nestes casos, uma das soluções é a associação de bombas. Podemos
avaliar algumas razões para a associação destes dispositivos:

 Razões técnicas: quando um desnível elevado acarretar em um rotor de


grande diâmetro e alta rotação, e com isso altas acelerações centrífugas e
dificuldades na especificação de materiais.
 Razões económicas: quando o custo de duas bombas menores é inferior
ao de uma bomba de maiores dimensões para fazer o mesmo serviço.

Recorre-se então a associações ou ligações de duas ou mais bombas em série ou


em paralelo.

Figura 4: Associação em série

(Fonte: http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM 120/APOSTILA_M H/AT087-Aula06_ASSOC.PARALELO.PDF)

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Figura 5: Associação em paralelo

(Fonte: http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM 120/APOSTILA_M H/AT087-Aula06_ASSOC.PARALELO.PDF)

3.1. Associação em série

Este sistema é utilizado quando se necessita variar muito a altura manométrica


de elevação. Características: A vazão não é alterada; A pressão é aumentada a medida
que passa pelo equipamento; Altura manométrica: Ht = Hbomba(a) + Hbomba(b)

Onde:

- Pressão de recalque da bomba (Pa)

- Pressão de sucção da bomba (Pa)

O sistema é empregado quando a elevatória deve atender a reservatórios em


níveis ou distâncias diferentes ou a processamentos industriais onde reservatórios sob
pressões diferentes devam ser sucessivamente abastecidos, ou ainda quando num
processo houver condições de pressões bastante diversas.

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Figura 6: Curva característica de uma associação em série com bombas diferentes

(Fonte: https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/nestorproenzaperez/asociacao-bombas-serie-paralelo-
modificado-nestor.pdf)

Figura 7: Curva característica de uma associação em série com bombas iguais

(Fonte: https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/nestorproenzaperez/asociacao-bombas-serie-paralelo-
modificado-nestor.pdf)

Podemos concluir que, quando associamos duas ou mais bombas em série, para
uma mesma vazão, a carga manométrica será a soma da carga manométrica fornecida
por cada bomba. Portanto, para se obter a curva característica resultante de duas bombas
em série, iguais ou diferentes, basta somar as alturas manométricas totais,
correspondentes aos mesmos valores de vazão, em cada bomba.

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Figura 8: Bombas em série abastecendo um reservatório a uma dada altura

(Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/files/2019/05/Associa%C3%A7%C3%A3o-de-bombas.pdf)

Quando a altura manométrica for muito elevada, devemos analisar a


possibilidade do emprego de bombas em série, pois esta solução poderá ser mais viável,
tanto em termos técnicos como económicos.

Como principal precaução neste tipo de associação, devemos verificar se cada


bomba a jusante tem capacidade de suporte das pressões de montante na entrada e de
jusante no interior da sua própria carcaça. Para melhor operacionalidade do sistema é
aconselhável a associação de bombas idênticas, pois este procedimento flexibiliza a
manutenção e reposição de peças.

3.1.1. Rendimento de associação em série

 Para cada vazão medida, calcular a altura manométrica da bomba 1


(H1), e da bomba 2 (H2)

 Calcular a altura manométrica total (HT ) do conjunto em série,


somando as alturas manométricas de cada bomba.

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 Para cada medição, calcular a vazão correspondente

 Determinar as perdas de carga no sistema

( ) ( ) ∑

 Determinar a potência útil P

Onde:
– Potência útil da bomba (W)
– Vazão volumétrica (m3 /s)
– Carga (m)

 Potencia motriz Pm

Onde:
– Potência motriz (W)
– Tensão linear (V)
– Corrente linear (A)
– Ângulo entre a tensão e a corrente de fase
– Eficiência do motor

a) Rendimento da bomba

É a relação entre a potência útil (potência fornecida pela bomba ao liquido) e


a potência motriz (potência cedida à bomba pelo motor)

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Onde:
– Rendimento da bomba

b) Rendimento nas associações em série

Na associação em série de duas bombas, a vazão das bombas é igual à da


associação. O rendimento da associação em série pode ser explicitado
conforme a equação:

3.2. Associação em paralelo

Este sistema é utilizado quando se necessita variar muito a vazão.


Características: A vazão é alterada; A pressão é aumentada; Altura manométrica se
mantém praticamente constante.

O emprego de bombas em paralelo permitirá uma vantagem operacional de que


havendo falha no funcionamento em uma das bombas, não acontecerá a interrupção
completa e, sim, apenas uma redução da vazão bombeada pelo sistema.

No caso de apenas uma bomba aconteceria a interrupção total, pelo menos


temporária, no fornecimento.

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Figura 9 Bombas em paralelo abastecendo um reservatório a uma dada altura

(Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/files/2019/05/Associa%C3%A7%C3%A3o-de-bombas.pdf)

Em uma segunda situação a associação em paralelo possibilitará uma


flexibilização operacional no sistema, pois como a vazão é variável poderemos retirar
ou colocar bombas em funcionamento em função das necessidades e sem prejuízo da
vazão requerida.

A associação de bombas em paralelo, no entanto requer precauções especiais por


parte do projectista. Algumas "lembranças" são básicas para se ter uma boa análise da
situação, como por exemplo, quando do emprego de bombas iguais com curvas estáveis.

Vazão: uma bomba isolada sempre fornecerá mais vazão do que esta mesma
bomba associada em paralelo com outra igual porque a variação na perda de carga no
recalque é diferente;

NPSHr (Altura livre positiva de sucção requerida): este será maior com uma só
bomba em funcionamento, pois neste caso a vazão de contribuição de cada bomba será
maior que se a mesma estiver funcionando em paralelo;

Potencia consumida: este item dependerá do tipo de fluxo nas bombas, onde
temos para o caso de fluxo radial potência maior com uma bomba, fluxo axial potência
maior com a associação em completo funcionamento e, no caso de fluxo misto, será
necessário calcularmos para as diversas situações para podermos indicar o motor mais
adequado.

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Para outras situações, como nos casos de associação com bombas diferentes,
sistemas com curvas variáveis, as análises tornam-se mais complexas, mas não muito
difíceis de serem desenvolvidas.

Figura 10: Curva característica de uma associação em paralelo

(Fonte: https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/nestorproenzaperez/asociacao-bombas-serie-paralelo-
modificado-nestor.pdf)

Curva característica de uma associação em paralelo:

 Soma das curvas originais de cada bomba, seguindo o critério de que


ambas as bombas estão sujeitas à mesma pressão manométrica.
 Como a pressão é a mesma e as bombas contribuem cada uma com a sua
vazão, referente àquela pressão, a curva da associação em paralelo é
obtida pela soma das vazões de cada curva, para cada pressão

Muitas vezes a utilização deste tipo de associação é realizada apenas como um


sistema de segurança e não visando ou aumento ou a variação da vazão. Um exemplo
deste tipo de situação é a bomba reserva que é necessário no sistema de alimentação de
água em um gerador de vapor (caldeira).

3.2.1. Rendimento de associação em paralelo

 Para cada medição, calcular a altura H do sistema

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 Para cada medição, calcular a vazão correspondente a cada bomba

 Par cada medição, calcular a vazão total do conjunto, somando as vazões


de cada bomba.

 Determinar as perdas de carga no sistema

( ) ( ) ∑

 Determinar a potência útil P

Onde:
– Potência útil da bomba (W)
– Vazão volumétrica (m3 /s)
– Carga (m)

 Potencia motriz Pm

Onde:
– Potência motriz (W)
– Tensão linear (V)
– Corrente linear (A)
– Ângulo entre a tensão e a corrente de fase
– Eficiência do motor

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a) Rendimento da bomba
É a relação entre a potência útil (potência fornecida pela bomba ao liquido) e
a potência motriz (potência cedida à bomba pelo motor)

Onde:
– Rendimento da bomba

b) Rendimento nas associações em paralelo


No caso de uma associação em paralelo, as bombas vão experimentar o
mesmo diferencial de pressões, portanto: H1+2 = H1 = H2 Deste modo, o
rendimento para uma associação em paralelo de duas bombas é:

Em virtude de diversos factores mencionados e em função das características


intrínsecas ao sistema de transporte de fluídos a ser projectado, se verifica a necessidade
de um cuidadoso estudo técnico e económico do sistema a ser instalado.

3.3. Associação mista

Como referenciado ao longo do trabalho, as bombas centrífugas podem ser


associadas em série ou em paralelo, porem, podem ainda, em determinadas situações,
terem associações mistas. Associações mistas nada mais é que a associação em série e
paralela simultaneamente. A necessidade de tais associações decorre de razões de
naturezas diversas.

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Figura 11: Associação em série e em paralelo (associação mista)

(Fonte: Original)

Este tipo de associação tem a grande vantagem de possuir as características de


associações em série e da associação em paralelo. O sistema é empregado quando a
elevatória deve atender a reservatórios em níveis ou distâncias diferentes e permitirá
uma vantagem operacional de que havendo falha no funcionamento em uma das
bombas, não acontecerá a interrupção completa e, sim, apenas uma redução da vazão
bombeada pelo sistema.

4. PONTOS A TER EM VISTA COM A INSTALAÇÃO DE


UMA BOMBA CENTRÍFUGA

Uma bomba centrífuga, se estiver instalada em boas condições e houver


cuidados com a sua exploração e manutenção, tem uma duração bastante longa e
geralmente livre de avarias. Os principais pontos a ter em vista são:

 A bomba deve ser colocada tão próximo quanto possível do líquido a


elevar, a fim de evitar grandes alturas de aspiração. Na conduta de
elevação devem evitar-se curvas e outras singularidades que aumentam
as perdas de carga;
 A bomba deve ser protegida contra as inundações. O motor eléctrico
deve ser instalado em lugar seco (excepto as bombas submersíveis);
 A fundação deve ser suficientemente robusta de modo a garantir um bom
alinhamento do grupo;

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 O grupo deve ser assente e nivelado antes de ser ligado às tubagens de
aspiração e de compressão. Estas devem justapor-se aos respectivos
flanges (é um elemento que une dois componentes de um sistema de
tubulações, permitindo ser desmontado sem operações destrutivas), sem
exercerem qualquer esforço sobre a bomba;
 A tubagem de aspiração deve estar isenta de qualquer entrada de ar,
sobretudo quando existe uma altura de aspiração grande. Esta nunca deve
ser horizontal, devendo ter uma inclinação ascendente para a bomba;
 Deve evitar-se a entrada de corpos estranhos na tubagem de aspiração.
Para isso deve instalar-se um sistema de filtragem;
 Antes da bomba ser posta em funcionamento deve assegurar-se a
lubrificação de acordo com as instruções do fabricante;
 Deve também garantir-se que a conduta de aspiração e bomba esteja
ferrada (cheia de água) antes de ser posta em funcio namento.

4.1. Elementos necessários para a escolha de uma bomba centrífuga

 Esquema da instalação, cotado;


 Líquido a ser bombeado e caudal;
 Impurezas e peso específico da solução
 Tensão de vapor do líquido;
 Natureza do serviço (contínuo, intermitente, outros tipos).

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5. CONCLUSÃO

De forma conclusiva, as bombas centrífugas são tipos de bombas d’água usadas


para a transferência de volumes de fluidos, sendo muito utilizada no campo para
irrigação e abastecimento de casas. Também está presente nas cidades, principalmente
em obras de saneamento e para controle de reservatórios. Outro ambiente que ela se faz
presente é no processo produtivo das indústrias, sendo fundamental para o
deslocamento de líquidos como a água potável e outros resíduos.

A movimentação do fluido ocorre pela acção de forças que se desenvolvem na


massa do mesmo, em consequência da rotação de um eixo no qual é acoplado um disco
(rotor, impulsor) dotado de pás (palhetas, hélice), o qual recebe o fluido pelo seu centro
e o expulsa pela periferia, pela acção da força centrífuga, daí o seu nome mais usual.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JUNIOR, Andouglas Gonçalves da Silva. Bombas Hidráulicas. Instituto Federal


do Rio Grande do Norte. 2016. Disponível em:
<https://docente.ifrn.edu.br/andouglassilva/disciplinas/mecanica-dos-fluidos/aula-8-
bombas> Acesso a 2 de Junho de 2021

MATTEDE, Henrique. Bomba centrífuga – O que é e como funciona. Mundo da


Eléctrica. Disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/bomba-centrifuga-o-
que-e-como-funciona/> Acesso a 2 de Junho de 2021

MERCADO. Como funciona uma bomba centrifuga? Propeq. 2019. Disponível


em: <https://propeq.com/post/como-funciona-uma-bomba-centrifuga/> Acesso a 2 de
Junho de 2021

SILVA, Andressa Carla Cintra. Características de funcionamento das bombas.


Scribd. 2010. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/79145833/Bombas-
Centrifugas> Acesso a 2 de Junho de 2021

ANDRADE. Alan Sulato. Maquinas Hidráulicas. Disponível em:


<http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/AT087-
Aula06_ASSOC.PARALELO.PDF> Acesso a 2 de Junho de 2021

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