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HISTÓRIA DO CEARÁ

PROFESSOR MARIANO JUNIOR


CEARÁ COLONIAL
HISTÓRIA DO CEARÁ

O CEARÁ COLÔNIA
1. O principal objetivo dos europeus na colonização da América era buscar
metais preciosos.
2. Nas regiões onde os metais preciosos não foram encontrados de imediato,
outras atividades econômicas foram desenvolvidas:
a) Cana-de-açúcar;
b) Extrativismo vegetal (pau-brasil e as drogas do sertão);
c) Pecuária;
d) Algodão;
3. E o Ceará tinha o quê?
HISTÓRIA DO CEARÁ

A PRESENÇA ESPANHOLA:
1. A frota chefiada por Vicente Yanes Pinzón, que
aportou no Ceará e desembarcou duas vezes em
fevereiro de 1500;

2. Primeiro desembarque: Aracati.

3. Segundo desembarque: Porto do Mucuripe.


DISCIPLINA
MODOS DE VIDA EM CONFRONTO
1- A OCUPAÇÃO TARDIA DO CEARÁ:
1.1. As dificuldades impostas pela natureza
(clima árido e ventos muito fortes no litoral);
1.2. A hostilidade indomável dos nativos;
2- O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS:
2.1. Falta de investimentos e falência;
2.2. O “Siará Grande” e o capitão Antônio Cardoso de Barros;
2.3. A necessidade de ocupação portuguesa devido a presença francesa no
Maranhão e no Ceará;
DISCIPLINA

A EXPEDIÇÃO DE PERO COELHO DE SOUSA (1603-1604):


1. Capitão-mor: expedição para explorar o rio Jaguaribe, combater piratas
estrangeiros, “oferecer” a paz aos índios e descobrir minas;
2. Dois fortes: Forte de São Tiago(Rio Ceará ) ;
Forte de São Lourenço (Rio Jaguaribe)
3. O comportamental brutal dos seus homens fez a aliança com os nativos acabar;
abandono dos fortes;
4. Vitória na Ibiapaba contra os índios tabajaras e os franceses;
5. A seca, os ataques indígenas e a marcha da morte;
DISCIPLINA

Forte de São
Tiago

Forte de
Pero
Coelho

SERRA DA IBIAPABA
A PRIMEIRA TENTATIVA DE ALDEAMENTO –
1607
1. Serra da Ibiapaba; Viçosa do Ceará;
2. Padres Francisco Pinto e Luís Figueira;
3. Os índios Tabajaras e o comércio com os
franceses;
4. A morte de Francisco Pinto e a fuga de Luís
Figueira;
5. A Igreja Católica só retomou a
evangelização do Ceará após a expulsão dos
holandeses em 1656.
A EXPEDIÇÃO DE MARTINS SOARES MORENO:
1. Segundo capitão-mor: participou da expedição de Pero Coelho;
amizade com chefe indígena, Jacaúna; voltou ao Ceará com apenas seis
soldados e um padre;
2. Construção do Forte São Sebastião 1613; Século XVII
3. A luta constante contra os franceses;
4. Tentativas de desenvolver a economia local: pecuária, cana-de-
açúcar, pesquisas minerais;
5. Lutou contra os holandeses em Pernambuco;
6. Voltou para Portugal onde faleceu.
Forte de São Sebastião
A PRESENÇA HOLANDESA NO CEARÁ:
1. A ocupação do Nordeste: Seus
objetivos eram controlar a região
produtora de cana-de-açúcar e explorar
outras riquezas na região;
2. Ocupação do Ceará: explorar suas
riquezas e servir de apoio à manutenção
militar e econômica de Pernambuco;
3. Alianças e desavenças com os nativos;
4. Quebra do acordo com Portugal após a Restauração da
coroa lusitana em 1640; Consolidação da ocupação em 1649
sob o comando de Matias Beck; construção do Forte
Schoonenborch;
5. Retorno para Holanda após a derrota holandesa em
Pernambuco;
6. Ocupação do forte pelos portugueses; Fortaleza de Nossa
Senhora da Assunção;
Franz Post (1645): Forte São Sebastião;
Forte Schoonenborch
QUARTEL DO COMANDO DA 10ª. REGIÃO MILITAR
FORTALEZA DE NOSSAS SENHORA DE ASSUNÇÃO
A OCUPAÇÃO/COLONIZAÇÃO DO SIARÁ-GRANDE:

1. Litoral: Vilas criadas pelos colonos que se destacaram na defesa da


América portuguesa contra os “invasores” franceses e holandeses.

2. Sertões: pecuária e algodão;

3. O apoio da Igreja Católica: obediência ao Estado e manutenção do modo


de vida europeu;
O POVOAMENTO EFETIVO DO
CEARÁ

1. A fundação das Vilas de São José


do Ribamar de Aquiraz e de
Fortaleza de Nossa Senhora da
Assunção, ambas no litoral.

MAPA DE FORTALEZA DE 1726 FEITO POR


PADRES JESUÍTAS
Mapa Geográphico da Capitania do Ceará;
1800; Mariano Gregório do Amaral;

Obs.: O Ceará foi subordinado


politicamente à Pernambuco até 1799.
2- OCUPAÇÃO DO SERTÃO: VALE DO
JAGUARIBE E VALE DO ACARAÚ.
2.1. Sertão de dentro: dominada pelos
baianos, que teriam sido responsáveis
pela ocupação do Piauí e do Sul do
Ceará;
2.2. Sertão de fora: que margeando a
zona da mata, seguia até o litoral
cearense.
Obs.: os conflitos com os nativos
pelo domínio com os sertões
PECUÁRIA:
1. Foi implantada como atividade complementar à economia
açucareira:
a) Força motora; transporte e alimento;
b) Proibição da criação de gado a menos de 10 léguas do litoral;
2. A mão-de-obra:
a) Pobres: brancos, mestiços e negros (libertos e escravos);
b) Na maioria das vezes não tinham um salário fixo; recebiam o
pagamento através da quartiação;
c) Rara possibilidade de ascensão social no Brasil colônia
3. A “Civilização do Couro” :
a) Lucratividade independente do açúcar;
b) Charque: alimento para pobres e escravos;
c) Couro: matéria-prima para as mais diversas
necessidades dos habitantes dos sertões e era
exportado para Europa;
d) Casas: as residências das fazendas serviam de fortaleza;
conflitos com os nativos e outros fazendeiros;
e) Interiorização através dos leitos dos rios: São Francisco,
o “Rio dos Currais”
4. A decadência da pecuária no nordeste:
a) As constantes secas e a dizimação do gado; final do século XVIII;
b) O crescimento da cotonicultura: Revolução Industrial; necessidade de
matéria-prima; Século XVIII Guerra de Independência das 13 colônias
britânicas (EUA); Século XIX Guerra Civil Estadunidense;
c) A concorrência do charque gaúcho; Século XVIII.
ARACATI
SOBRADO DO BARÃO DE ICÓ
CEARÁ IMPERIAL
O CEARÁ REVOLUCIONÁRIO
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817:
1. Liberal republicano e de caráter emancipacionista;
2. Insatisfação generalizada nas províncias nordestinas:
• Crise econômica: queda no preço internacional do açúcar e do algodão;
• A seca de 1816: perda da lavoura e fome;
• Pagamento de altos impostos à Corte;
• Controle do comércio pelo portugueses;
• Influência das ideias liberais.
3. A eclosão do movimento: a prisão de algumas lideranças políticas
(latifundiários) em Pernambuco acusadas de traição por conspiração;

4. Os revolucionários queriam de imediato:


• A independência;
• A proclamação de uma república;
• A liberdade de comércio;
• As questões sociais não eram contempladas.

5. A participação cearense: A família Alencar e a cidade do Crato;


6. PODEMOS APONTAR COMO FATORES DECISIVOS PARA O FRACASSO DO
MOVIMENTO NO CEARÁ OS SEGUINTES PONTOS:
• Pouca mobilização das camadas populares que ligadas, e dependentes, dos
grandes latifundiários se ausentaram do movimento.

• A falta de articulação dentro da Igreja Católica, que era o único “veículo de


comunicação” da época, e pelo fato dos padres estarem em paróquias muito
distantes não conseguiram se organizar para o movimento.

• A forte presença do governador Inácio de Sampaio fiel servo do rei, que se


preveniu contra os rebeldes antes mesmos deles entrarem na província.
BÁRBARA DE ALENCAR
2. CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR:1824
2.1. CONTEXTO HISTÓRICO:
a) Brasil independente;
b) Continuidade da crise econômica (algodão e açúcar);
c) Domínio português no comércio;
d) Autoritarismo e centralismo de D.Pedro I;
e) Dissolução da Assembleia Nacional Constituinte; a nomeação de um aliado
de D.Pedro I para o governo de PE.
2.2. Por quê o CEARÁ participou?
a) Interesses políticos da família Alencar;
b) Descontentamento em relação ao centralismo e ao autoritarismo.
2.3. As ações rebeldes:
a) Insatisfação generalizada das camadas populares;

b) Aliança militar: PE,CE,RN, PB; compra de armas aos EUA;

c) Formação do Grande Conselho no Ceará-445 pessoas;


• Tristão Gonçalves foi confirmado na presidência da província
2.4. A derrota:
a) Na tentativa de ajudar aos pernambucanos Pereira Filgueiras e Tristão
Gonçalves partiram para o Estado vizinho, e ambos foram mortos em
combate;
b) Os demais revolucionários acabaram se rendendo, sem luta, para o Lord
Cochrane;

c) As punições do Padre Alencar e do Padre Mororó: o grupo social do


revolucionário influenciava na punição.
OS NEGROS NO CEARÁ:
1) Os negros (escravos, libertos e livres) constituíam, em média 60% da
população cearense no século XIX, segundo os censos oficiais;
2) Negro não é a mesma que escravo; A “coisificação” ou “objetificação” do
negro;
3) O mito da “boa” convivência entre senhores e escravos no Ceará,como
motivação para a abolição precoce.
4) RESISTÊNCIA NÃO-VIOLENTA DOS NEGROS
4.1) O sincretismo religioso; as irmandades negras católicas;
4.2) O “lundu”: tristeza profunda e morte;
4.3) As negociações: folga aos domingos; as festas negras (congadas)
lavoura de subsistência (“brecha camponesas”); casamentos;
4.4) A alforria: a manumissão (“bondade cristã”) e a compra da liberdade;

OBS.: 4.3. e 4.4. SÃO ESPAÇOS DE AUTONOMIA CONQUISTADAS PELOS


NEGROS.
5) A resistência violenta: fugas, assassinatos, formação de
quilombos, suicídio, rebeliões, etc.
6) O FIM DA ESCRAVIDÃO – 25 de março
de 1884:
6.1. As mudanças no conceito de trabalho
na modernidade;
6.2. O movimento abolicionista:
jornal “O Libertador”; Sociedade
Libertadora Cearense; Francisca Clotilde,
Maria Tomásia;
6.3. Não houve grandes atritos entre escravistas e abolicionistas:
a) Os escravistas esperavam que os abolicionistas indenizações;
paternalismo;
6.4. A ação épica de Chico da Matilde; Francisco Nascimento; “Dragão do
Mar”;
6.5. Ceará “Terra da Luz”.
O CEARÁ NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX:
1. CONTEXTO HISTÓRICO:
a) “... o século XIX é, por excelência, o século de afirmação do Ceará” (Saraiva
Câmara apud Pinto Paiva, 1979:39);
b) A formação de um governo próprio, após a emancipação de Pernambuco em
1799;
c) Nossas elites políticas, econômicas e intelectuais viram a “necessidade” de
“civilizar” e “domesticar” a população, sobretudo os pobres, de acordo com os
padrões da burguesia europeia;
d) Produziu movimentos
políticos de envergadura
nacional:
•Abolicionismo; Romantismo;
Padaria Espiritual ;
e) Influência política:
Senadores Alencar e Pompeu;
f) Intelectuais: Capistrano de
Abreu e José Alencar; CAPISTRANO DE ABREU
JOSÉ ALENCAR
2- Fortaleza consolidou-se enquanto principal cidade do Ceará por vários
motivos, dentre os quais podemos destacar:

a) Centralização política e tributária no Segundo Reinado;

b) Acúmulo de capitais decorrentes do comércio exportador do algodão, do


café, da borracha e do couro.

c) A condição de capital que acabava privilegiando-a no que concerne a


realização de obras públicas

d) Intensa migração rural-urbana; períodos de seca; reserva de mão de


obra.
3- ECONOMIA: b) Café:
a) Algodão: • Mercado interno (RN; PI; PB) e
externo (Europa);
• A divisão internacional do
trabalho ;a Independência dos • Maciço de Baturité;
EUA e a Guerra de Secessão;
c) As primeiras indústrias:
• O “ouro branco” e a fome;
• Têxteis: disponibilidade de matéria-
• A modernização da cidade de prima;
Fortaleza.
• Sabão, calçados, cigarros e bebidas;
• Manutenção da estrutura
agropecuária;
4- SÍMBOLOS DA “BELLE ÉPOQUE”:
a) Calçamento em algumas ruas do centro da cidade.
(1856);
b) Linha de vapor para Europa e Rio de Janeiro.
(1856);
c) Telégrafos (1881);
d) Novo porto (1891);
e) Telefonia (1893);
Liceu do
Ceará- 1845

Colégio da
Imaculada Biblioteca
Conceição - pública -1867
1864

Instituto do Academia
Ceará- 1887 Francesa -1872
Colégio da Imaculada
Conceição
5. O símbolo máximo desse processo de modernização da cidade foi a
implantação de um novo plano urbanístico em 1875, elaborado por Adolfo
Hebster.

5.1. Forte influência do plano criado por Silva Paulet; 1818;


5.2. Sistema quadrilátero parisiense: facilitação da circulação de pessoas e
mercadorias e vigilância sob as classes populares.

"Um turba não será mais uma turba se for bem alimentada, bem vestida, bem
alojada e bem disciplinada". T. S. Elliot
Plano
urbanístico
em 1875,
elaborado
por Adolfo
Hebster.
A OPOSIÇÃO INTELECTUAL BEM HUMORADA
1. Padaria espiritual-1892-1898;
2. Membros oriundos das camadas médias e populares;
3. Movimento pré-modernista;

2. Outros jornais populares: “O Vadio”, O Bilontra, O


Moleque, Ceará Moleque, O Diabo e O Frivolino.
TEATRO JOSÉ DE ALENCAR
TEATRO JOSÉ DE ALENCAR
FACULDADE DE DIREITO
CEARÁ REPUBLICANO
PRIMEIRA REPÚBLICA
“Por oligarquia acciolyna entendemos
o grupo político liderado por Nogueira
Accioly, que administrou de forma
autoritária, nepótica, despótica,
corrupta e monolítica o estado do
Ceará entre 1896 e 1912”
(FARIAS, Aírton de, História do Ceará:
dos índios a Geração Cambeba;
Tropical ,1997.)
CAMPANHA CIVILISTA (1910):
1. Hermes da Fonseca (RS,MG) vs. Rui Barbosa
(BA,SP):
PRIMEIRA GRANDE FISSURA NA POLÍTICA DO
CAFÉ COM LEITE;
2. Política das Salvações (1912): substituição de
oligarquias adversárias de Hermes da Fonseca.
a) Nogueira Accioly apoiou Rui Barbosa, e por
isso, seria substituído.
b) Hermes da Fonseca enviou uma aliado para
tomar o poder no Ceará, o coronel Franco
Rabelo
PASSEATA DAS CRIANÇAS
(1912)
DEPOSIÇÃO DO ACCIOLY:

COMEMORAÇÃO DA DEPOSIÇÃO
DE NOGUEIRA ACCIOLY
Vs.

Franco Rabelo Padre Cícero


Sedição de Juazeiro
1914:
Fortaleza e RJ
Vs.
Coronéis Acciolystas
FLORO BARTOLOMEU E PADRE CÍCERO
PADRE CÍCIERO ROMÃO BATISTA:
1. Formação religiosa formal no
Seminário da Prainha e
herdeiro da religiosidade
popular sertaneja;
2. Auxílio aos flagelados das
secas;
3. Aliança com os coronéis do
Cariri;
4. A liderança política pessoal
após a fuga de Accioly.
CEARÁ REPUBLICANO
O CEARÁ GETULISTA
1930-1945
O CEARÁ GETULISTA -1930-1945
1) Os primeiros interventores foram Fernandes Távora e o
capitão Carneiro de Mendonça ; dificuldades de “acomodação”
das diferentes forças políticas.
2) A constante, e implacável, perseguição estatal aos grupos
políticos comunistas, populares e independentes do Estado, abriu
espaço para movimentos conservadores;
2.1) Círculos Operários Católicos 2.2) Legião Cearense do Trabalho (LCT); 1931-
(COC - 1915) 1937;
3) A professora Simone de Sousa, da Universidade Federal do Ceará, define a
atuação da Liga Eleitoral Católica, dos Círculos Operários Católicos e da Legião
Cearense do Trabalho da seguinte forma:

“... colaboram (...) na montagem de um projeto político para o operariado


cearense, educando-o para, juntamente como os patrões, fundarem uma
sociedade em que a organização corporativista das classes impede as
manifestações dos conflitos sociais.”

Obs.: A Liga Eleitoral Católica, passou de organização de orientação eleitoral,


para partido político.
Obs.2: A Encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII (1891)
4) O Estado Novo no Ceará:
4.1. O governador Menezes Pimentel – 1934/1945

4.2. Lei de Segurança Nacional: criada para dificultar a reorganização de


movimentos populares sindicais; clima democrático pós-Constituição 1934;

4.3. A perseguição e o fechamento da ANL no Ceará.

4.4. O Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (DEIP); O uso da


Ceará Rádio Club

4.5. O autoritarismo, a repressão e as perseguições aos opositores do regime


varguista
4.6. Delegacia de Ordem Política e Social (DEOPS)

4.7. Perseguições e prisões:


a) Jader de Carvalho e Rachel de Queiroz ;
b) Morte de líderes comunistas, como Miguel Pereira Lima (o “Amaral”) e Luís
Miguel dos Santos (“Luis Pretinho”).
5- O CEARÁ NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Restaurante Estoril - Praia de Iracema


FORTALEZA E NATAL – PONTOS ESTRATÉGICOS
Visita do presidente norte-
americano F.D. Roosevelt
Filme: Alô, amigos 1942
POLÍTICA DA BOA VIZINHANÇA
A Política de boa vizinhança (ou Good
Neighbor Policy, em língua inglesa) foi uma
iniciativa política criada e apresentada pelo
governo dos Estados Unidos presidido
por Franklin D.Roosevelt durante a Conferência
Panamericana de Montevideo, em dezembro
de 1933.
Ela se referiu ao período das
relações políticas estadunidenses com os
países da América Latina entre 1933 até 1945 -
ao final da Segunda Guerra Mundial e Harry
Truman assumindo a presidência do país.
Os “soldados da
borracha”
As Batalhas de Montese e Monte
Castelo
CEARÁ REPUBLICANO
DEMOCRACIA “POPULISTA”
(1946 A 1964):
O CEARÁ NA DEMOCRACIA
“POPULISTA” (1945 A 1964):
1- A organização dos primeiros partidos nacionais:
Partido Social Democrático (PSD);
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB);
União Democrática Nacional (UDN);
Partido Social Progressista (PSP);

1.1. Fernandes Távora (UDN), Olavo Oliveira (PSP), Carlos Jereissati (PTB) e
Menezes Pimentel (PSD);
1.2. Na capital, Fortaleza, destacou-se a liderança de Acrísio Moreira da Rocha;
1.3. Entre 1945 e 1964 houve uma alternância no poder entre os partidos
políticos e lideranças oligárquicas que migravam de um partido para outro de
acordo com os seus interesses pessoais.
2- “A UNIÃO PELO CEARÁ E A CONSOLIDAÇÃO DAS LIDERANÇAS DE CARLOS
JEREISSATI E VIRGÍLIO TÁVORA”:
2.1. Távora e Jereissati eram representantes locais do nacional-
desenvolvimentismo de JK e c&a;

2.2. A oposição sempre serviu como “fiel da balança”; trocavam de lado de


acordo com as conveniências do momento;

2.3. Em Fortaleza houve a construção de um eleitorado independente, ou seja,


longe do domínio dos “coronéis” do sertão.

a) Farmacêutico, negociantes, empregados no comércio, artesãos; contato com


rádio, jornais, viajantes, etc.
CEARÁ REPUBLICANO
DITADURA CIVIL-MILITAR (1964-1985)
O CEARÁ DOS CORONÉIS (1963 –
1982):
1. CORONÉIS DO EXÉRCITO
BRASILEIRO: Virgílio Távora,
César Cals e Adauto Bezerra;
Obs.: Távora permaneceu no
governo estadual, mesmo sendo
aliado de João Goulart;
2. O bipartidarismo no Ceará: ARENA
(apoio à ditadura civil-militar) e MDB
(oposição à ditadura);
3. O Acordo de Brasília ou Acordo dos Coronéis: a indicação de Gonzaga
Mota para o governo do Estado com o apoio dos três coronéis;
a) Aliança de curta duração; Gonzaga Mota rompeu o pacto, perdeu apoio
político local e nacional, fato que agravou as dificuldades econômicas do
Estado.

4. Política modernizadora voltada para os incentivos à industrialização:


a) Administradores-técnicos: BNB; SUDENE; UFC;
b) Concessão de financiamento para novas indústrias;
c) Montagem de uma infraestrutura: energia, porto e estradas.
DISTRITO INDUSTRIAL
MARACANAÚ

ESMALTEC
EXPANSÃO DO ENSINO SUPERIOR
PRIVADO
CONSTRUÇÃO DA BEIRA MAR
IMPLANTAÇÃO DAS LINHAS DA CHESF
CEARÁ REPUBLICANO
NOVA REPÚBLICA
A ERA DAS MUDANÇAS
1- A “Era das Mudanças” ou “Geração Cambeba” é o nome dado ao
grupo político, liderado por Tasso Jereissati, que assumiu o controle
político do Ceará, em 1987:

A- Tasso, Ciro, Tasso, Tasso, Lúcio Alcântara e Cid Gomes, Cid


Gomes*;

Camilo Santana*.

B- Os “jovens empresários” do CIC (Centro Industrial Cearense);


Adauto Bezerra Tasso Jereissati
O MODELO POLÍTICO ECONÔMICO DA GERAÇÃO CAMBEBA/
NEOLIBERALISMO:

1- Diminuição do Estado: nas atividades econômicas; na prestação de


serviços;

2- Combate real a corrupção e promoção no aumento da arrecadação


tributária;

3- Corte nos gastos públicos, inclusive na educação e saúde:


Demissão de 50 mil funcionários públicos, sendo 20 mil deles fantasmas.
4- Continuidade do incentivo a industrialização e ao turismo.
5- Autoritarismo e centralismo do jovem governador.
6- Forte estrutura publicitária de apoio ao governo.
7- “Um ponto fora da curva”: a eleição de Maria Luiza Fontenele para
prefeitura de Fortaleza em 1985; a independência do eleitorado da capital.
O CEARÁ COMO SINÔNIMO DE MISÉRIA E EXCLUSÃO
Mais vale um jegue que me carregue
do que um camelo que me derrube… lá
no Ceará!
1995
JERICOACARA
FORTALEZA
IRAUÇUBA

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