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TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS PERIGOSAS: reflexões

sobre a NRB 7500 no Brasil

SILVA, Adriana Regina da1 – Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba


SOUSA, Janaina Pereira de2 – Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba
SOUSA, Lucas Vinicius Lima3 – Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba
SANTOS, Michelle Rosa dos4 – Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba
COELHO, Wendel da Silva5 – Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba
VENDRAMETO, Maria Cristina6 - Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba
NOGUEIRA, Rosana Maria César D. P. A.7 - Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba

RESUMO

Este artigo promove uma reflexão acerca do transporte rodoviário de cargas perigosas sob a perspectiva
da Norma Brasileira 7500 da Associação Brasileira de Normas Técnicas. O objetivo do estudo é refletir e
explicar quais os procedimentos, as normas, a documentação e as leis vigentes para que ocorra o correto
transporte desse tipo de carga e seu respectivo impacto ambiental causado por esse modal. Trata-se de
uma pesquisa básica, trata-se de um estudo descritivo e teórico. Inicialmente foi realizada uma pesquisa
bibliográfica, admitindo assim, caráter qualitativo, explicando os processos por meio de dados teóricos.
Por fim conclui-se que quanto mais rigoroso for a fiscalização para o transporte de cargas e produtos
perigosos menores são os riscos ambientais.

Palavras-chave: Transporte. Rodoviário. Cargas. Perigosas. NBR 7500.

ABSTRACT

This article will bring the road transport of dangerous cargo with a reflection under the Brazilian Norm
7500 of the Brazilian Association of Technical Norms. The objective of the study is to analyze and
explain which the procedures are, the norms, the documentation and the laws in force so that the correct
transportation of this type of cargo and its respective environmental impact caused by this type of
transportation occurs, by means of a basic research, it is a descriptive and theoretical study. Initially a
bibliographic research was carried out, thus admitting a qualitative character, explaining the processes
through theoretical and numerical data. Finally, it can be concluded that the stricter the inspection for
the transportation of hazardous cargo and products, the lower the environmental risks.

Keywords: Transport. Road. Loads. Dangerous. NBR 7500.

1 INTRODUÇÃO
Cargas perigosas podem ser compreendidas como sendo toda e qualquer carga a
ser transportada, as quais expõem riscos ao meio ambiente, à saúde ou à segurança
pública. São classificadas, por seus fabricantes, em classes e subclasses, de acordo com
o perigo que representam (SANTOS e RIBEIRO, 2016).
Segundo Santos e Ribeiro (2016), a Organização das Nações Unidas (ONU),
considera como sendo cargas perigosas as quais possuem uma numeração e precisam
11
- Discente do Curso Superior de Tecnologia em Logística - e-mail: adriana.silva78@fatec.sp.gov.br
2
- Discente do Curso Superior de Tecnologia em Logística - e-mail: janaina.sousa2@fatec.sp.gov.br
3
- Discente do Curso Superior de Tecnologia em Logística - e-mail: lucas.sousa38@fatec.sp.gov.br
4
- Discente do Curso Superior de Tecnologia em Logística - e-mail: michelle.santos26@fatec.sp.gov.br
5
- Discente do Curso Superior de Tecnologia em Logística - e-mail: wendel.coelho@fatec.sp.gov.br
6
- Doutorado em Educação: História, Política, Sociedade - PUC/SP, 2017; Mestrado em Educação - USP,
2005 - e-mail: maria.vendrameto@fatec.sp.gov.br
7
- Doutorado em Educação e Ciências Sociais - PUC/SP, 2007; Pós-Doutorado em História _FFLCH -
USP, 2016 - e-mail: rosana.nogueira@fatec.sp.gov.br
respeitar a Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),
Resolução 701/04, e também a Norma Brasileira (NBR) 7500 para que possam ser
transportadas de forma correta e segura.
Vale a pena ressaltar ainda que a NBR 7500 é responsável por estabelecer a
simbologia convencional e o seu dimensionamento para os produtos perigosos. Deve ser
aplicada nas unidades de transporte e nas embalagens, a fim de indicar os riscos e os
cuidados a serem tomados no transporte terrestre, manuseio, movimentação e
armazenagem, de acordo com a carga contida (ABNT, 2001).
Isto posto, neste artigo sobre “Transporte rodoviário de cargas perigosas”, tendo
como foco reflexões sobre a NBR 7500 no Brasil, algumas questões estiveram
presentes: O que é carga perigosa? Como é feito o transporte deste tipo de carga no
Brasil? O que é a NBR 7500 no Brasil? Existe uma forma correta de se transportar este
tipo de produto?
Parte-se do pressuposto teórico de que quanto mais eficaz e rigoroso o sistema
de transporte dessas cargas perigosas, menores serão os riscos de impactos no meio
ambiente.
O trabalho se justifica pela relevância no conhecimento das normas vigentes
para o transporte de cargas perigosas, principalmente na seguinte pesquisa, onde
abordaremos a simbologia necessária. Também as vantagens que essas normas
apresentam como auxílio para uma operação mais segura e sustentável, em casos de
acidentes demonstrar os procedimentos corretos a fim de evitar maiores prejuízos à vida
humana e ao meio ambiente.
Objetivou-se com o estudo refletir e analisar sobre o transporte rodoviário de
cargas perigosas, tendo foco na NBR7500 no Brasil; explicar as medidas de segurança,
previstas na NBR 7500, para evitar riscos ao meio ambiente e à vida humana. Já que
planejar a logística para esse tipo de transporte não é um processo simples.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica com consulta a livros, artigos
científicos, teses de doutorado, dissertações de mestrado, monografias, entre outros.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste momento serão apresentados os referenciais teóricos que embasaram o
presente estudo.

2.1 TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL

O transporte pode ser definido como um processo de locomoção de cargas e


pessoas existente desde o princípio da humanidade, configurado como o elo entre os
centros consumidores e fornecedores com o menor custo e tempo (RODRIGUES, 2006,
p. 17 apud DEIMLING et al., 2016).
Segundo Tedesco et al. (2001), as atividades de transporte são essenciais para
qualquer economia, uma vez que a maioria das atividades econômicas globais
dependem do deslocamento de pessoas e bens. A força de trabalho e os insumos chegam
aos seus destinos produzindo e distribuindo serviços, bens e tecnologia por meio do
transporte, assim, contribuindo com o desenvolvimento econômico.
Segundo Ratton (2013), o transporte rodoviário é definido como o modal capaz
de transportar praticamente qualquer tipo de carga e de trafegar por qualquer via,
integrando regiões. Esse tipo de transporte não se prende a trajetos fixos, apresenta uma
flexibilidade a qual nenhum outro modal possui. Um ponto que chama a atenção para o
modal rodoviário é o fato de que o transporte busca a carga do exportador e então a leva
ao importador, por isso, denominado transporte porta-a-porta (door to door). E como,
normalmente, o veículo é lacrado no local de carregamento e aberto na entrega,
necessita de menos manuseio da carga, outra característica vantajosa deste modal.
Os autores ainda comentam que 60% de toda a carga, a qual trafega no território
nacional, só é possível por meio do transporte rodoviário. Esse cenário caracteriza a
economia brasileira como dependente deste modal de transporte (TEDESCO et al.,
2001).
Vale a pena salientar ainda que o transporte de carga rodoviário brasileiro
chama a atenção por movimentar 2/3 do total de carga do país e faturar mais de R$ 40
bilhões (LIMA, 2001).

2.2 CARGAS PERIGOSAS: definição e classificação

De acordo com a National Fire Protection Association (NFPA)(2002), os


produtos perigosos podem ser definidos como toda e qualquer substância (sólido,
líquido ou gás) que ao ser transportada seja capaz de provocar riscos ao meio ambiente,
ao patrimônio e ao ser humano.
Já Gorys (1989), corrobora com Organização das Nações Unidas (ONU),
quando menciona cargas perigosas como sendo produtos ou mercadorias que
apresentam perigo às pessoas, as quais venham a entrar em contato com esses tipos de
produtos, ou ao meio ambiente.
No Brasil se considera como sendo cargas perigosas a definição da própria
ONU, como se pode notar no Quadro 1.

Quadro 1 – Classes e Subclasses de Produtos Perigosos

Classificação Subclasse Definições


Substância e artigos com risco de explosão em
1.1
massa.
Substância e artigos com risco de projeção, mas sem
1.2
risco de explosão em massa.
Substâncias e artigos com risco de fogo e com
1.3 pequeno risco de explosão ou de projeção, ou
ambos, mas sem risco de explosão em massa.
Classe 1
Explosivos Substância e artigos que não apresentam risco
1.4
significativo.

Substâncias muito insensíveis, com risco de


1.5
explosão em massa;

Artigos extremamente insensíveis, sem risco de


1.6
explosão em massa.

Gases inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão


2.1
normal são inflamáveis.

Classe 2 Gases não-inflamáveis, não tóxicos: são gases


Gases 2.2 asfixiantes e oxidantes, que não se enquadrem em
outra subclasse.
Gases tóxicos: são gases tóxicos e corrosivos que
2.3
constituam risco à saúde das pessoas.
Líquidos inflamáveis: são líquidos, misturas de
Classe 3 líquidos ou líquidos que contenham sólidos em
-
Líquidos Inflamáveis solução ou suspensão, que produzam vapor
inflamável a temperaturas de até 60,5°C.
Sólidos inflamáveis, substâncias auto reagentes e
explosivos sólidos insensibilizados: sólidos que, em
condições de transporte, sejam facilmente
4.1
combustíveis, ou que, por atrito, possam causar fogo
ou contribuir para tal.
Substâncias sujeitas à combustão espontânea:
substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em
Classe 4 4.2
condições normais de transporte, ou a aquecimento
Sólidos Inflamáveis
em contato com o ar, podendo inflamar-se.
Substâncias que, em contato com água, emitem
gases inflamáveis: substâncias que por interação
4.3 com água, podem tornar-se espontaneamente
inflamáveis, ou liberar gases inflamáveis em
quantidades perigosas.
Substâncias oxidantes: são substâncias que podem
5.1 causar a combustão de outros materiais ou contribuir
Classe 5 para isso.
Substâncias Oxidantes
Peróxidos orgânicos: são poderosos agentes
e Peróxidos Orgânicos
5.2 oxidantes, periodicamente instáveis, podendo sofrer
decomposição.
Substâncias tóxicas: são substâncias capazes de
provocar morte, lesões graves ou danos à saúde
6.1
Classe 6 humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em
Substâncias Tóxicas e contato com a pele.
Substâncias Infectantes Substâncias infectantes: são substâncias que podem
6.2 provocar doenças infecciosas em seres humanos ou
em animais.
Classe 7
- Qualquer material ou substância que emite radiação.
Material Radioativo
Classe 8 São substâncias que, por ação química, causam
-
Substâncias Corrosivas severos danos quando em contato com tecidos vivos.
Classe 9
São aqueles que apresentam, durante o transporte,
Substâncias e Artigos -
um risco abrangido por nenhuma das outras classes.
Perigosos Diversos
Fonte: Manual de Produtos Perigosos, 2017, pp. 22-23-24.

Pode-se observar no Quadro 1 que, segundo a Organização das Nações


Unidas (ONU), os produtos perigosos são classificados em nove classes de riscos e
respectivas subclasses.

2.3 A LEGISLAÇÃO NACIONAL PARA O TRANSPORTE DE CARGAS


PERIGOSAS

Segundo Cordeiro (2014), a legislação brasileira destinada ao controle do


transporte terrestre de produtos perigosos foi desenvolvida ao longo dos anos, buscando
um controle rígido deste tipo de movimentação, a fim de preservar o meio ambiente, a
saúde humana e o patrimônio.
O transporte rodoviário de cargas perigosas através de vias públicas foi
instituído no Brasil através do Decreto nº 2.063 em 6 de outubro de 1983, que
estabeleceu as multas a serem aplicadas por infrações à regulamentação do transporte
rodoviário de produtos perigosos. Posteriormente, foi publicado o Decreto nº 96.044 em
18 de maio de 1988, que aprovava o Regulamento para Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos. O decreto especificava as condições dos equipamentos e do veículo
de transporte, a documentação e sinalização necessária, a capacitação dos condutores e
ações para garantir a segurança e eficiência dos procedimentos em caso de emergências
com as cargas perigosas (BRASIL, 1988).
Em 2001 houve uma reestruturação no setor federal de transporte com a Lei nº
10.233, sendo criada a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que é o
órgão responsável pela regulamentação no transporte de cargas e produtos perigosos em
rodovias e ferrovias (BRASIL, 2001).
Conforme Resolução ANTT n° 532/2016, o documento fiscal para o transporte
de cargas perigosas é qualquer documentação que contenha as informações exigidas
relativas ao produto de fácil identificação e acesso. Obrigatoriamente acompanhará o
trajeto do produto, sendo fornecido pelo expedidor ao transportador. A documentação
também deve incluir: nome, endereço, CNPJ/CPF do expedidor e do destinatário, a data
da emissão ou entrega do documento ao transportador (DIVISÃO DE EMERGÊNCIAS
AMBIENTAIS, 2020).
Segundo o Manual de Identificação de Produtos Perigosos (2020), quando o
documento fiscal é o próprio Manifesto de Transporte de Resíduos, é obrigatória a
informação do número da Organização das Nações Unidas (ONU) no mesmo. As
informações exigidas no documento fiscal para o transporte de produtos perigosos
devem conter diretrizes mínimas, para cada substância, produto ou artigo a ser
transportado como: número ONU, precedido das letras “UN” ou “ONU”; nome
apropriado do produto; número da classe de risco principal ou, quando aplicável, da
subclasse de risco do produto; número da classe ou da subclasse dos riscos subsidiários
correspondentes, figurado entre parênteses, depois do número da classe ou da subclasse
de risco principal; grupo de embalagem correspondente à substância ou artigo e a
quantidade total de produto perigoso descrito (em volume, massa, ou conteúdo líquido
de explosivos, conforme apropriado). Quando se tratar de embarque com quantidade
limitada por veículo, o documento fiscal deve informar o peso bruto do produto
expresso em quilograma.
Além do Documento Fiscal, os veículos ou equipamentos que fazem o transporte
de cargas perigosas só podem circular pelas vias públicas acompanhados de documentos
como: certificados originais dos veículos e dos equipamentos rodoviários; Certificado
de Inspeção Veicular – CIV; Certificado para o Transporte de Produtos Perigosos –
CTPP; Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos - CIPP,
expedido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Inmetro ou
entidade por ele acreditada; um documento comprobatório da qualificação do motorista,
previsto em legislação de trânsito, atestando a aprovação em curso especializado para
condutores de veículos de transporte rodoviário de produtos perigosos - Curso MOPP
(Movimentação Operacional de Produtos Perigosos); a declaração do expedidor: deve
ser anexada uma declaração de que o produto está adequadamente acondicionado e
estivado para suportar riscos normais de transporte.
Vale a pena salientar ainda que a declaração deve ser assinada e datada pelo
expedidor, e deve conter informação que possibilite a fácil identificação do responsável
pela sua emissão; a ficha e envelope de emergência e uma Licença Ambiental para o
transporte de produtos perigosos.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nesta parte serão apresentados os caminhos adotados para se chegar aos


resultados da pesquisa.

3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA

Esta pesquisa quanto à finalidade ou natureza considera-se como sendo básica,


satisfazendo a necessidade de gerar conhecimentos novos, sem preocupação com uma
aplicação prática prevista, sem levar a verdades universais (RODRIGUES, 2007).
Em relação à abordagem do problema de pesquisa foi realizada uma pesquisa
qualitativa. O Transporte de Cargas Perigosas no Brasil, onde novos fatos e
conhecimentos serão levantados para a compreensão e resolução do problema em
questão, admitindo assim, caráter qualitativo (DE MACEDO, 1995, p. 12-13).
Já em relação aos objetivos tratou-se de uma pesquisa descritiva devido ao
problema de pesquisa. De acordo com Richardson (2007), trata-se de um estudo
descritivo, uma vez que pretende, por meio de uma pesquisa teórica, descrever O
Transporte de Cargas Perigosas sob a Perspectiva da NBR 7500.
Quanto aos procedimentos técnicos para coleta de dados bem como os
instrumentos de pesquisa utilizados no trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica,
pois ocorreu mediante a consulta de artigos científicos, revistas acadêmicas, livros,
monografias, entre outros, almejando-se domínio de conhecimento sobre o objeto de
estudo. Também se realizou uma pesquisa documental, com consulta a documentos,
dados secundários, como sendo os Manuais de Produtos Perigosos de 2017 e 2020
respectivamente.

3.2 DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA

O desenvolvimento da temática do presente artigo foi possível por meio da


pesquisa bibliográfica, exploratória com consulta a sites como Google Acadêmico,
SciELO, DEDALUS USP, usando artigos científicos, monografias, teses de doutorado,
dissertações de mestrado, simpósios, anais e revistas científicas. Utilizou-se para
consulta deste material das palavras-chave: transporte rodoviário; produtos perigos e
cargas perigosas.
Foi realizada uma pesquisa também documental por meio do Manual de
Produtos Perigosos de 2017 do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e do
Manual de Identificação de Produtos Perigosos de 2020 da Divisão de Emergências
Ambientais (DEAMB).
Também se usou do conhecimento das legislações que cercam o transporte de
cargas perigosas através do Diário Oficial da União dos anos de 1988, 2001, 2004,
2008, 2009 e 2012.
Para análise dos dados coletados foi feita a seguinte categorização: NBR e o
transporte de cargas perigosas no Brasil; Produtos perigosos com suas respectivas
definições e o impacto ambiental.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Serão apresentados os resultados da coleta de dados bem como suas respectivas


análises.

4.1 NBR 7500 E O TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS NO BRASIL

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o fórum nacional de


normalização. As normas brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês
Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores
envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades,
laboratórios e outros) (ABNT, 2001).
De acordo com a ABNT (2001), o objetivo Norma Brasileira (NBR) 7500 é
estabelecer os símbolos convencionais e seu dimensionamento, para serem aplicados
nas unidades de transporte e nas embalagens para indicação dos riscos e dos cuidados a
tomar no seu manuseio, transporte e armazenamento, de acordo com a carga contida.
Ela também estabelece características complementares ao uso dos rótulos de risco,
painéis de segurança e símbolos especiais de risco e manuseio discriminados na Portaria
nº 204 do Ministério dos Transportes.
Com o crescimento do transporte de cargas de produtos perigosos no Brasil,
começou uma necessidade por parte das instituições em ter a sua disposição
informações que dizem respeito à atividade rodoviária e normas que, de forma direta ou
indireta, encontram-se relacionadas à atividade de transporte rodoviário de produtos
perigosos. Diante desse cenário, o Brasil foi o primeiro país da América Latina a criar
uma regulamentação para o transporte de produtos perigosos (MANUAL DE
PRODUTOS PERIGOSOS, 2017).
A NBR 7500 foi criada pela ABNT para a identificação do transporte terrestre,
manuseio, movimentação e armazenamento de produtos (ABNT, 2001).
Segundo o Manual de Produtos Perigosos (2017), a demanda por transportes tem
evoluído, e por via de consequência acompanha o desenvolvimento econômico do
Brasil. Dessa forma, o segmento de transportes requer adequações para atender a
demanda. A atuação do Poder Público no que se refere ao transporte rodoviário de
produtos perigosos deve não apenas assegurar condições para o desenvolvimento
socioeconômico, mas, garantir a máxima proteção e preservação do meio ambiente, da
segurança dos usuários da via e da população.
O veículo que faz o transporte de cargas com produtos perigosos deve ter na
região frontal e na traseira o painel de segurança, ficando do lado esquerdo do condutor,
já o painel de segurança juntamente com o rótulo indicador da classe ou subclasse de
risco devem dispor nas laterais, sendo ajustados do centro para a parte traseira, ficando
visível.

4.2 PRODUTOS PERIGOSOS: identificação

A presente pesquisa tece sobre a legislação que envolve o transporte de produtos


perigosos, entre esses documentos pode-se mencionar: o certificado do veículo e do
equipamento, o certificado para o transporte do produto, o certificado de inspeção, o
comprovante da qualificação do motorista ou curso MOPP, a declaração do expedidor, a
ficha de envelope de emergência, o documento impresso do Manifesto de Transporte e
Resíduos e uma licença ambiental.
Diante de todas essas medidas preventivas, para que o transporte de cargas
perigosas ocorra, pode-se dizer que quanto mais eficaz e eficiente sejam esses
procedimentos, menores serão os possíveis impactos ambientais causados por esse tipo
de modal.
A simbologia de risco para o transporte rodoviário é composta por um rótulo
de risco e um painel de segurança alaranjado. Informações que obedecem aos
padrões técnicos do transporte rodoviário de produtos perigosos.
As informações inseridas no painel de segurança e no rótulo de risco são
compostas pelo Número de Risco e o Número da ONU dentro do Painel de
Segurança, e o Símbolo de Risco e a Classe ou Subclasse de Risco no Rótulo de
Risco (D.E.R., 2017).
Na figura 1 é possível visualizar como é configurado o painel de segurança e o
rótulo desses produtos perigosos.
Figura 1 - Painel de Segurança e Rótulo de Risco

Fonte: Manual de Produtos Perigosos, 2017, p. 25.

Ainda de acordo com o Manual de Produtos Perigosos (2017), algumas


observações na classificação do número de risco dos produtos perigosos devem ser
levadas em conta como: o algarismo 9 representa que a substância apresenta risco
de reagir espontaneamente, incluindo a possibilidade de uma de explosão,
desintegração ou reação de polimerização.
Como mostrado na Figura 2, pode-se notar como é configurado o número de
risco, por meio do qual o primeiro algarismo representa o risco principal e o
segundo e terceiro algarismos representam os riscos subsidiários.
Figura 2 – Número de Risco

Fonte: Manual de Produtos Perigosos, 2017, p. 31.

Já de acordo com a Figura 3, quando o número de risco vier depois da letra


X, significa que a água não deve ser utilizada no produto, a não ser que um
especialista aprove.

Figura 3 – Substância que Reage Perigosamente com Água

Fonte: Manual de Produtos Perigosos, 2017, p. 32.

Conforme a Figura 4, o aumento da intensidade de um risco específico


geralmente é indicado pela repetição de um número.

Figura 4 – Repetição do Número Indicando a Intensidade do Risco


Fonte: Manual de Produtos Perigosos, 2017, p. 32.

Na Figura 5 pode-se observar que quando estiver associado a apenas uma


substância, indicando a ausência do risco subsidiário, poderá ser indicado por
apenas um algarismo, sendo seguido pelo algarismo zero.

Figura 5 – Ausência de Risco Subsidiário

Fonte: Manual de Produtos Perigosos, 2017, p. 33.

Na Figura 6 é possível perceber um exemplo do número ONU, que é


composto por quatro algarismos, na parte inferior do Painel de Segurança,
identificando determinada substância caracterizada como perigosa.

Figura 6 – Número ONU

Fonte: Manual de Produtos Perigoso, 2017, p. 33.

Na Figura 7 é exemplificado o painel de segurança, que deve ser fixado no


veículo a transportar cargas perigosas. Nele deve conter o número ONU e o número
de risco do produto perigoso.

Figura 7 – Número ONU e Número de Risco


Fonte: Manual de Produtos Perigoso, 2017, p. 33.

Na Figura 8 podemos ver como é feita a aplicação do rótulo de risco.


Figura 8 – Rótulo de Risco dos Líquidos Inflamáveis

Fonte: Coelho, 2016.

Salientando que de acordo com a Figura 8 o símbolo de identificação do risco


fica na parte superior, o texto com a identificação da natureza do risco na parte
central e o número da classe ou subclasse de risco do produto fica na parte inferior
do losango.
De acordo com o Quadro 2 abaixo, pode-se observar que um produto perigoso
pode vir a ter uma grande variação, que é representada por algarismos e pela letra X.
Quadro 2 – Número de Risco

Número de Risco Significado


263 Gás tóxico e inflamável
Sólido inflamável que reage
X423
perigosamente com água
33 Líquido muito inflamável
30 Líquido inflamável
Fonte: Elaborado pelos autores, 2021.

Quando o número de risco vier precedido pela letra X indica que aquele produto
não pode ser usado juntamente à água, a não ser que um especialista aprove. A repetição
de um número indica qual a intensidade do risco do produto. Já quando o produto não
indicar risco secundário, o segundo algarismo será o 0.

4.3 CARGAS PERIGOSAS E O IMPACTO AMBIENTAL

Segundo o CONAMA (1986), toda e qualquer alteração das propriedades físicas,


químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer ação resultante das
atividades humanas que diretamente ou indiretamente afetam a saúde, a segurança, o
bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.
Segundo dados do relatório da Divisão de Emergências Ambientais (DEAMB)
de 2019, entre 2004 e 2019, “60,39% dos atendimentos foram relacionadas a produtos
químicos, sendo 39,78% de transporte de produtos perigosos, 10,56% de vazamento de
óleo ou combustível e 10,05% de vazamento de produtos químicos”.
A partir dessas informações, salienta-se a importância em cumprir as leis e
normas da sinalização do transporte de produtos perigosos.
De acordo com Ferreira (2003), os acidentes no transporte rodoviário de
produtos perigosos são relacionados com a intensidade do risco, que está associada à
periculosidade do produto transportado. Os acidentes no transporte desses produtos
podem ter consequências catastróficas, sobretudo diante da proximidade de cidades,
além das perdas humanas de valor social incalculável e os custos decorrentes da
contaminação ambiental.
De acordo com a CETESB (2011), os líquidos inflamáveis mais frequentemente
envolvidos nas emergências foram os combustíveis automotivos (óleo diesel, álcool
etílico e a gasolina). Dentre os gases destacam-se os produtos GLP (gás liquefeito de
petróleo), gás natural e amônia anidra. Em relação aos líquidos corrosivos, destacam-se
o ácido sulfúrico, o ácido clorídrico e a soda cáustica. Em relação a estas situações de
emergências, tem-se o solo, a água e o ar como os principais meios atingidos em
decorrência de acidentes, causando altos impactos ao homem e ao meio ambiente.
Ainda de acordo com a CETESB, desde 1999, o número anual de ocorrências
vem oscilando em torno de 200 ocorrências anuais, com exceção dos anos de 2007 e
2008 onde foram registrados 244 e 233 casos, respectivamente.
Em 2010, a CETESB atendeu a 266 emergências no transporte rodoviário de
produtos perigosos, o que representa um aumento de 36,4% em relação aos 195
atendimentos realizados em 2009.
Os veículos que realizam o transporte rodoviário de produtos que sejam por sua
natureza poluente ao meio ambiente devem, obrigatoriamente, exibir a simbologia nas
duas extremidades e nas duas laterais, como indicado na Figura 9. Os símbolos de peixe
e da árvore devem apresentar coloração preta com um fundo de cor branca ou uma cor
que contraste. Em relação às dimensões, devem respeitar, no mínimo 10 cm x 10 cm, já
2 mm representa a largura mínima da linha que compõe o losango.

Figura 9 - Simbologia para Substâncias que Apresentam Riscos ao Meio Ambiente

Fonte: Manual de Produtos Perigosos, 2020, p. 23.

Independente do material de utilizado, o símbolo deve ser capaz de ser resistente


a quaisquer condições climáticas, não havendo perda de eficiência em relação à sua
função.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo sobre o transporte rodoviário de cargas perigosas sob a reflexão da


NBR 7500 inicialmente teve sua hipótese confirmada em relação ao fato de que, quanto
mais rigorosos os procedimentos, os quais cercam esse modal, menores os riscos de
prejuízos ambientais.
O objetivo geral de demostrar e explicar como ocorre o processo de
identificação correto para o transporte rodoviário das cargas perigosas foi alcançado
com sucesso através dos objetivos específicos sob a ótica da NBR 7500 de 2001 com
auxílio da ANTT de 2004.
Constatou-se também que toda a legislação para o transporte desse tipo de carga
requer muitos documentos e até um curso específico dos motoristas, acaba minimizando
os possíveis danos ao meio ambiente a ao ser humano.
Como sugestão de trabalho sequente temos, a continuidade de uma análise
comparativa entre a NBR 8 286 e à em questão, a NBR 7500 e suas respectivas
mudanças características, já que as duas servem para o emprego da sinalização do
transporte de cargas perigosas.

REFERÊNCIAS

ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres. Altera a Resolução n. 420, de 12


de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos e seu anexo. Resolução n. 701, de 25 de
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