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LETRAS INGLÊS – PRÁTICA DE ENSINO EM PRODUÇÃO TEXTUAL EM LÍNGUA

PORTUGUESA
Professora Elisa Novaski Cordeiro

ATIVIDADES ASSÍNCRONAS: 04/11 a 17/11 (2 semanas)

Escolha um filme ou livro e faça uma resenha sobre ele, pode ser positiva ou negativa.
Não se esqueça de que, em geral, a resenha tem duas características básicas. Segundo Faraco e
Mandryc (2008):
- ela apresenta informações ao leitor, partindo do princípio de que o leitor não conhece o objeto
analisado. Se for sobre um livro, indica o título, o autor, a editora, eventualmente o tradutor e até
o seu preço. Se for um filme, o nome do diretor, os atores principais e outros dados relevantes.
Uma resenha sobre um disco deve dar nome das músicas (ou das principais), o acompanhamento,
etc. Se o comentário é sobre um programa de televisão, deve informar o leitor do canal e do
horário. Nesse sentido, a resenha é também um serviço ao leitor, uma informação.
- ela apresenta uma opinião sobre o objeto analisado. É bom, é ruim, é mais ou menos? E uma
boa resenha sempre apresenta argumentos: por que é bom, ruim ou mais ou menos?

Max linhas: 30.


Prazo para postagem: 18/11.

Resenha: Into the wild - Na natureza selvagem.


Quando seguir seus sonhos cegamente pode ser trágico.
O filme de 2007 de Sean Penn leva o mesmo nome e é baseado no livro de Jon Krakauer, que
narra a odisséia de um jovem estadunidense e seu fim.
Por Adryano Quegi

O filme se inicia logo após a formatura universitária de Christopher McCandless, interpretado


por Emile Hirsch. Jovem e de família rica composta de pai, mãe e uma irmã, o típico “american
way of life”. Ao som da belíssima trilha sonora exclusiva de Eddie Vedder, em cenas logo após a
formatura nosso herói aparece abandonando seu carro e queimando seu dinheiro e documentos e
de mochila nas costas segue viagem a oeste. 2 anos durou sua viagem, na qual Christopher
adotou o pseudônimo de “Alexander Supertramp”, enquanto se preparava para sua grande
aventura ao Alaska.
Finalmente sozinho em seu destino final, o filme nos mostra as dificuldades de Supertramp a
lidar com a sobrevivência, seus valores e principalmente a solidão. O fim de sua jornada nos diz
muito sobre conhecimento e autoconhecimento.
Nessa obra baseada na história real de Christopher, vemos claramente suas críticas à sociedade.
Henry David Thoreau, Jack London e Leon Tolstoy aparecem frequentemente em suas cenas de
leitura, suas visões anarquistas de rompimento com os valores materialistas da sociedade são
traços marcantes do protagonista. Vemos também flashbacks das situações familiares
complicadas, disfarçadas e escondidas perfeitamente atrás das janelas da grande casa em bairro
nobre. Christopher exala a cada cena sua aversão a tudo aquilo que a sociedade mais valoriza:
riqueza, estética, carreira, aparências. Ele vive para sua aventura de maneira invejável a qualquer
entusiasta de atividades na natureza e de viagens ‘improvisadas’.
Apesar de invejável, temos que frisar pontos específicos do contexto de McCandless: Seus pais
são ricos, ele é branco e é homem. Não podemos deixar de levar em conta como a sociedade trata
seus sujeitos levando em conta esses fatores. Segurança, abordagens de outros, e o que fazer em
possíveis emergências são pontos críticos em nossa vida. Quem nasceu rico e nunca sofreu não
teme tanto o sofrimento quanto quem o vive todo dia, encara-o até como parte da aventura. Para
quem sofre a vida toda não é bem assim.
Um ‘Alexander Supertramp’ existe adormecido dentro de todos nós, essa vontade de largar tudo
e viver intensamente o mundo, aventuras sem julgamento de valores que somos obrigados a
acreditar. Porém é muito mais simples despertá-lo quando se é homem, branco e filho de pais
ricos.

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