Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Muitas pessoas questionam o porquê de não escrevermos como falamos, seria tão mais fácil
se escrevêssemos do mesmo modo que falamos, não é? Mas por que isso não acontece? O
português padrão usa uma forma para todas as palavras, porém a maioria das pessoas não as
pronuncia como deveriam ser pronunciadas. Para que isso seja observado, basta pegar uma
palavra no dicionário, verificar a transcrição fonética da mesma e observar como as pessoas
pronunciam, por isso, temos um português padrão, para que não se torne tão complicado
aprender o nosso idioma.
Premissas da fonêmica:
1) Os sons tendem a ser modificados pelo ambiente (contexto onde o seguimento sonoro
vai estar em uma palavra) em que se encontram.
3) Os sons tendem a flutuar. Propriedades fonéticas, quando não distintivas (quando não
distingue significado), podem flutuar.
Ex: [p] e [b]: [p]ato e [b]ato (não tendem a flutuar, pois distinguem significado)
[e] e [ɛ] em posição pretônica: r[e]lógio e r[ɛ]lógio (tendem a flutuar, pois não
distingue significado)
Assim:
senho[ɾã]tônio senho[ɾu]go
senho[ɾo]rácio senho[hp]línio
senho[ɦb]runo senho[htʃ]iago
Método fonêmico (método estruturalista para encontrar fonemas de uma língua).
PAPALAR
SPOMB
As palavras não existem, não tem significado no português brasileiro, mas como falantes
nativos da língua, conseguimos identificar qual seria possível e qual não seria possível.
Pensando nos padrões silábicos, já sabemos qual a resposta. As sílabas da sequência PA-PA-
LAR existem no português, já SPOMB, “SP” não ocorre em início de palavras em português e
nem terminamos palavras com oclusivas. Mas, se essa palavra fosse lançada no mercado como
uma marca, entenderíamos como uma palavra estrangeira e tenderíamos a colocar o “i” no
início e no final da palavra, formando “is-põ-bi” para ficar como padrão silábico da nossa
língua.