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Brazilian Journal of Health Review 16058

ISSN: 2595-6825

Perfil nutricional de crianças menores de 5 anos beneficiárias do


programa bolsa família antes e durante a pandemia da Covid-19
residentes da região nordeste do Brasil

Nutritional profile of children under 5 years of beneficiary of the bolsa


família program before and during the Covid-19 pandemic residents of
the northeast region of Brazil

DOI:10.34119/bjhrv4n4-131

Recebimento dos originais: 13/06/2021


Aceitação para publicação: 31/07/2021

Sara Elita de Castro


Nutricionista
Centro Universitário do Rio Grande do Norte – UNIRN
Endereço: R. Prefeita Eliane Barros, 2000 - Tirol, Natal - RN, 59014-545
E-mail: saraelita315@gmail.com

RESUMO
A prevalência da pobreza e escassez de alimentos ainda são presentes no Brasil e, nos
últimos anos, vêm aumentando consideravelmente, agravando-se, no ano de 2020, devido
ao surgimento da COVID-19. O bom estado nutricional influencia diretamente na
prevenção e enfrentamento da COVID-19 bem como de outras enfermidades, sendo
importante analisar se a pandemia do novo coronavírus vem causando impacto no estado
nutricional da população para então realizar intervenções apropriadas. Deste modo, o
presente estudo teve como objetivo analisar o estado nutricional das crianças beneficiárias
do PBF antes e durante a pandemia. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e
retrospectivo, realizado a partir dos dados secundários de crianças registradas no
SISVAN. A análise do estado nutricional foi realizada através do parâmetro IMC/I.
Foram analisados também o estado nutricional de acordo com o sexo, raça/cor e por
estado da região Nordeste do Brasil. Observou-se que a amostra geral nos dois anos
analisados apresentou predominância quanto ao peso adequado/eutrofia. Apesar de
manter o mesmo percentual nos dois anos analisados, houve grande diferença em relação
ao número de crianças acompanhadas. Em relação ao sobrepeso e obesidade, houve
aumento durante a pandemia da COVID-19. Esse aumento pode ser justificado pelo
isolamento social, visto que aumenta-se a permanência em casa, contribuindo para o
surgimento de comportamentos sedentários. Dado a magnitude da doença, é necessário
maiores estudos quanto ao estado nutricional das crianças durante esse período, além de
investigar a respeito do consumo alimentar por parte dessa população, para então realizar
intervenções apropriadas.

Palavras-chave: Estado nutricional, Crianças, Coronavírus, Nordeste, Bolsa Família.

ABSTRACT
The prevalence of poverty and food shortages are still present in Brazil and, in recent
years, have been increasing considerably, worsening, in the year 2020, due to the

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emergence of COVID-19. A good nutritional status directly influences the prevention and
facing of COVID-19 as well as other diseases, being important to analyze if the pandemic
of the new coronavirus is having an impact on the nutritional status of the population in
order to make appropriate interventions. Thus, the present study aimed to analyze the
nutritional status of PBF beneficiary children before and during the pandemic. This is a
cross-sectional, quantitative and retrospective study, carried out from secondary data of
children registered in SISVAN. The analysis of nutritional status was performed through
the BMI/I parameter. The nutritional status according to sex, race/color and by state of
the Northeast region of Brazil were also analyzed. It was observed that the general sample
in the two years analyzed showed a predominance of adequate/eutrophic weight. Despite
keeping the same percentage in the two years analyzed, there was a great difference
regarding the number of children followed up. Regarding overweight and obesity, there
was an increase during the pandemic of COVID-19. This increase can be justified by
social isolation, as the time spent at home increases, contributing to the emergence of
sedentary behaviors. Given the magnitude of the disease, further studies are needed on
the nutritional status of children during this period, in addition to investigating the food
intake of this population for appropriate interventions.

Keywords: Nutritional status, Children, Coronavirus, Northeastern Brazil, Bolsa


Família.

1 INTRODUÇÃO
No ano de 2018, cerca de 43% das crianças brasileiras, de zero a cinco anos,
viviam na linha da pobreza, indicando situação de vulnerabilidade da infância e de seus
familiares, ocasionando na ingestão insuficiente de alimentos e nutrientes contribuindo
para o surgimento da desnutrição (FREITAS; PENA, 2020; BARBOSA; SOARES,
2021).
Conforme Martinelli et al. (2020), fica o governo responsável pelas ações de
garantia ao direito humano à alimentação adequada e saudável, bem como ao acesso físico
e econômico a alimentos de qualidade. Uma das ações adotadas pelo governo brasileiro
foi a instituição dos programas de transferência de renda (MARTINELLI, 2020).
Tais programas possuem o objetivo de melhorar as condições de vida, de saúde e
educação da população considerada pobre e extremamente pobre (MARTINELLI, 2020;
GOMES, 2020). À vista disso, em 2004 foi instituído o Programa Bolsa Família (PBF)
(MORAES; PITTHAN; MACHADO, 2018).
Segundo Brasil (2004), O PBF tem por objetivos

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I – promover o acesso à rede de serviços púbicos, em especial de saúde,


educação e assistência social; II – combater a fome e promover a segurança
alimentar e nutricional; III – estimular a emancipação sustentada das famílias
que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza; IV – combater a fome;
V – promover a intersetorialidade, a complementariedade e a sinergia das
ações do Poder Público (BRASIL, 2004, seção II).

As famílias beneficiarias do programa devem sempre realizar o acompanhamento


do crescimento e desenvolvimento infantil (CD), bem como da vigilância alimentar e
nutricional de crianças menores de sete anos (BRASIL, 2004).
O acompanhamento do CD é realizado através do Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional – SISVAN, que, conforme Brasil (2015), trata-se de um sistema
com os objetivos de registrar, analisar e monitorar os dados antropométricos e de
consumo alimentar da população brasileira, principalmente das famílias beneficiarias do
PBF (BRASIL, 2011; BRASIL, 2015; BRASIL, 2008).
Após a implementação do programa houve diminuição de 16% da pobreza no
Brasil (CARVALHO et al., 2020). Contudo, a prevalência da pobreza e escassez de
alimentos ainda são presentes e, nos últimos quatro anos, vêm aumentando
consideravelmente (FREITAS; PENA, 2020; MARTINELLI, 2020), agravando-se, no
ano de 2020, devido ao surgimento da COVID-19, no Brasil e no mundo (RIBEIRO et
al., 2020; MARTINELLI, 2020; FREITAS; PENA, 2020).
A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus que vem
ocasionando grandes impactos pelo mundo, sendo o Brasil um dos principais países mais
afetados (OPAS; WHO, 2020).
Devido à alta capacidade de contágio, as medidas adotadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) para evitar a disseminação do vírus foram através de isolamento
e distanciamento social (WHO, 2020; MARTINELLI, 2020), resultando no fechamento
das escolas, universidades e restaurantes, aumento nos preços dos alimentos e do
desemprego pela redução das atividades econômicas das famílias (FREITAS; PENA,
2020; RIBEIRO et al., 2020), atingindo principalmente a população mais vulnerável
socialmente e economicamente (MARTINELLI et al., 2020).
À vista disso, acarreta no acesso à alimentação adequada (MEHTA, 2020). A
população acaba recorrendo a alimentos mais baratos de menor valor nutricional,
propiciando o comprometimento da segurança alimentar e estado nutricional,
principalmente das crianças (CARVALHO et al., 2020; CEOLIN et al., 2020).

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Sabe-se que a alimentação e nutrição adequadas são fatores determinantes nas


condições de saúde da coletividade e indivíduos, sendo imprescindíveis para a proteção
e promoção da saúde (BRASIL, 1990).
É de fundamental importância o controle de peso e o acompanhamento da situação
nutricional das crianças, principalmente as menores de cinco anos, visto que estão em
fase de importante crescimento e desenvolvimento (AMARAL; FURYAMA;
RODRIGUES, 2018; BRASIL, 2019). O acompanhamento do estado nutricional dessa
população possibilita a identificação precoce de mudanças que podem ocorrer nesse
período e do início da intervenção nutricional de forma a não prejudicar o crescimento
até a fase adulta (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2019).
O bom estado nutricional influencia diretamente na prevenção e enfrentamento da
COVID-19 bem como de outras enfermidades, sendo importante analisar se a pandemia
do novo coronavírus vem causando impacto no estado nutricional da população para
então realizar intervenções apropriadas (FREITAS; PENA, 2020; RIBEIRO-SILVA et
al., 2020; MEHTA, 2020; BRASIL, 2015). Deste modo, o presente estudo teve como
objetivo analisar o estado nutricional das crianças beneficiárias do PBF antes e durante a
pandemia.

2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e retrospectivo, realizado a partir
dos dados secundários de crianças registradas no SISVAN. Os dados foram coletados no
período de janeiro a fevereiro de 2021.
Segundo a Resolução n° 510 de 07 de abril de 2016, que dispõe sobre “as normas
aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais”, o presente trabalho se enquadra
nas pesquisas que utiliza informações de acesso público e com bancos de dados, cujas
informações são agregadas, sem possibilidade de identificação individual, ou seja, não
necessita do registro e aprovação do Comitê de Ética.
Para a presente pesquisa foram utilizados os relatórios de domínio público
disponíveis no endereço eletrônico do SISVAN, usando os filtros descritos na Tabela 1.
A análise do estado nutricional foi realizada através do parâmetro Índice de Massa
Corporal (IMC/I). Foram analisados também o estado nutricional de acordo com o sexo,
raça/cor da pele e por estado da região Nordeste.
Os cálculos de cada parâmetro antropométrico foi efetuado pelo próprio sistema
que estabelece as classificações para análise e diagnóstico do estado nutricional, de

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acordo com Ministério da Saúde: magreza acentuada, magreza, eutrofia, risco de


sobrepeso, sobrepeso e obesidade.
Os valores foram apresentados em porcentagem e valor de n, que equivale ao
número de crianças registradas. Os dados foram analisados através das tabelas geradas
pelo SISVAN e organizados e tabulados em tabelas e gráficos utilizando o software da
Microsoft® Office Excel 2010.

Tabela 1 – Filtros utilizados para a pesquisa do presente estudo


Anos de referência: 2019 e 2020
Mês de referência: todos
Agrupado por: região – Nordeste – estado: AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI,
RN, SE.
Região de cobertura: todas (Amazônia legal, Semi-árido, ANDI)
Acompanhamento: Sistema de Gestão do Bolsa Família
Fase da vida: crianças de 0 a <5 anos
Índice: IMC para idade (IMC/I)
Sexo: feminino e masculino
Raça/cor: todas (branca, preta, amarela, parda e indígena)
Povos e comunidades: todos (povos quilombolas, agroextrativistas,
caatingueiros, caiçaras, comunidades de fundo e fecho de pasto, comunidades
do cerrado, extrativistas, faxinalenses, geraizeiros, marisqueiros, pantaneiros,
pescadores artesanais, pomeranos, povos ciganos, povos de terreiro,
quebradeiras de coco-de-babaçu, retireiros, ribeirinhos, seringueiros,
vazanteiros, outros).
Escolaridade: creche e pré-escola
Fonte: SISVAN WEB (2021).

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A população do estudo foi composta por 2.151.494 crianças de zero a cinco anos,
residentes da região Nordeste, registradas no SISVAN, beneficiárias do PBF nos anos de
2019 e 2020, sendo 1.700.846 crianças no ano de 2019 e 450.648 crianças em 2020.
Conforme descrito na Tabela 2, o número de crianças registradas no Brasil e na
região Nordeste foi maior no ano 2019 do que no ano de 2020. Isso se deve ao fato que,
durante a pandemia da COVID-19, o acompanhamento dos beneficiários do PBF tornou-
se não obrigatório durante o ano de 2020, para prevenir a transmissão e contagio do vírus
(BRASIL, 2020), ocasionando a diminuição de crianças acompanhadas pelo SISVAN no
respectivo ano.

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Tabela 2 – Percentual de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família registradas no SISVAN
residentes da região Nordeste do Brasil nos anos de 2019 e 2020
Ano Nordeste Brasil
2019 1.700.920 (46,16%) 3.685.072
2020 450.687 (41,52%) 1.085.702
Fonte: SISVAN WEB (2021).

Em relação ao sexo, tanto no ano de 2019 como em 2020, o sexo masculino


apresentou percentuais maiores comparado ao feminino, conforme descrito na Tabela 3.
Quanto a escolaridade, não é obrigatório a oferta para crianças menores de seis
anos (OLIVEIRA et al., 2019). Porém, segundo a Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de
1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, a educação infantil
configura a primeira etapa da educação básica e tem por finalidade “o desenvolvimento
integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual
e social, complementando a ação da família e da comunidade” e, poderá ser oferecida em
creches ou entidades equivalentes para crianças de até três anos de idade e, pré-escolas,
para as crianças de quatro a cinco anos de idade (BRASIL, 1996).
No presente estudo, de acordo com o apresentado na Tabela 4, 30% (n=5.813) da
amostra frequentou a creche, sendo 15% do sexo feminino e 15% do masculino. Já na
pré-escola, 40% (n=2.243) das crianças à frequentaram, sendo 20% do sexo feminino e
20% do masculino. No ano de 2020, o número de crianças que frequentaram a escola foi
diminuído devido a pandemia da COVID-19, pois uma das medidas para evitar a
propagação do coronavírus foi o fechamento das escolas públicas e privadas (FREITAS;
PENA, 2020; RIBEIRO et al., 2020). Até o fechamento da rede de ensino, apenas 1.034
crianças frequentaram a creche e, 417, a pré-escola.
Quanto a raça/cor da pele, a predominância foram das raças amarela e parda tanto
em 2019 como em 2020, sendo 55% em 2019 e, 49% da raça amarela e 48% da raça parda
em 2020, conforme Tabela 5.

Tabela 3 – Percentual de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família registradas no SISVAN
residentes da região Nordeste do Brasil de acordo com o sexo nos anos de 2019 e 2020
Feminino Masculino
Ano
%n %n
2019 48,87 (831.304) 51,13 (869.616)
2020 48,93 (220.512) 51,07 (230.175)
Fonte: SISVAN WEB (2021).

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Tabela 4 – Percentual de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família registradas no SISVAN
residentes da região Nordeste do Brasil de acordo com a escolaridade nos anos de 2019 e 2020
Creche Pré-escola
Ano
%n %n
2019 30 (5.813) 40,4 (2.243)
Sexo feminino 15 (2.857) 19,7 (1.094)
Sexo masculino 15 (2.856) 20,70 (1.149)
2020 37,11 (1.034) 35,40 (417)
Sexo feminino 17,69 (493) 15,71 (185)
Sexo masculino 19,42 (541) 19,64 1.178)
Fonte: SISVAN WEB (2021).

Tabela 5 – Percentual de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família registradas no SISVAN
residentes da região Nordeste do Brasil de acordo com a raça/cor nos anos de 2019 e 2020
Branca Preta Amarela Parda Indígena
Ano
%n %n %n %n %n
2019 42,61 (39.181) 54,84 (482.443) 54,90 (544.062) 19,80 (6.838)
30,17 (195.664)
Total Brasil 648.567 91.943 879.673 991.082 34.527
2020 27,81 (59.185) 38,22 (11.658) 49,35 (105.688) 48,83 (172.322) 16,83 (1.702)
Total Brasil 212.819 30.504 214.142 352.935 10.110
Fonte: SISVAN WEB (2021).

3.1 ESTADO NUTRICIONAL


O estado nutricional é fator imprescindível para a análise das condições de vida e
saúde de uma população, principalmente das crianças, visto que estão em fase de
importante crescimento e desenvolvimento. (PEREIRA et al., 2017).
O acompanhamento da situação nutricional dessa população propicia o
planejamento e desenvolvimento de intervenções apropriadas para esse público,
especialmente no cenário atual de pandemia, (BRASIL, 2015; FREITAS; PENA, 2020;
RIBEIRO-SILVA et al., 2020) onde indivíduos, famílias e comunidades mais vulneráveis
socialmente e economicamente, vivem em situação de insegurança alimentar,
ocasionando no acesso a alimentos em quantidade e qualidade suficientes, influenciando
no estado nutricional (CARVALHO et al, 2020; CEOLIN et al, 2020).
Pode-se observar, no presente estudo, que as crianças registradas apresentaram
percentuais maiores de peso adequado/eutrofia nos dois anos analisados, sendo 58,1%
(n=987.692) em 2019 e, 58,3% (n=262.543) em 2020. No entanto, 4% da amostra, tanto
no ano de 2019 como em 2020, apresentou magreza acentuada e 16% apresentou risco de
sobrepeso, de acordo com o descrito na Tabela 6. Apesar de manter o mesmo percentual
nos dois anos analisados, houve grande diferença em relação ao número de crianças
acompanhadas.

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O mesmo foi observado no estudo feito por Oliveira e Pires (2020), onde
realizaram a avaliação o estado nutricional de crianças do PBF e, foi constatado que
ocorreu um predomínio de eutrofia na maior parte da amostra analisada.

Tabela 6 - Percentual do estado nutricional de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família segundo o
parâmetro antropométrico IMC para idade de crianças da região Nordeste do Brasil dos anos de 2019 e
2020
2019 2020
Classificação
%n %n
Magreza acentuada 4,4 (74.898) 4,08 (18.402)
Magreza 4,31 (73.228) 4,2 (18.930)
Eutrofia 58,07 (987.692) 58,25 (262.543)
Risco de sobrepeso 16,11 (274.035) 16,43 (74.034)
Sobrepeso 8,42 (143.255) 8,69 (39.144)
Obesidade 8,69 (147.812) 8,35 (37.634)
Total 1.700.920 450.687
Fonte: SISVAN WEB (2021).

Ao analisar a Tabela 6, em 2019, 8% das crianças registradas encontravam-se com


sobrepeso e, 7%, com obesidade. Já em 2020, esses percentuais aumentaram para 9% e
8%, respectivamente. Esse aumento dos índices de sobrepeso e obesidade durante a
pandemia da COVID-19 pode estar relacionado ao isolamento social, visto que aumenta-
se a permanência em casa, contribuindo para o aumento de comportamentos sedentários
e reduzindo os níveis de atividade física da população infantil (SÁ et al., 2021).
Já há evidências que as crianças com sobrepeso/obesidade podem ter maior risco
de desenvolver formas mais severas da doença do novo coronavírus, sendo importante o
acompanhamento do peso para a redução dos riscos, tanto da COVID-19 como de outras
complicações ao longo da infância (COSTA, 2020; COSTA, 2021).
Em relação ao estado nutricional de acordo com o sexo, ao analisar as Tabelas 7
e 8, foi observado que o sexo feminino apresentou percentuais maiores em relação ao
masculino segundo o peso adequado, sendo 59,3% (n=493.138) em 2019 e, 59,4%
(n=130.966) em 2020.
Ainda de acordo com as Tabelas 7 e 8, observou-se que a amostra do sexo
feminino em 2020 (9%), apresentou percentual maior de sobrepeso quando comparado
ao ano de 2019 (8%). Quanto a magreza acentuada, houve diminuição do percentual do
sexo masculino, sendo 5% em 2019 e, 4%, em 2020, já o sexo feminino o percentual foi
o mesmo nos dois anos analisados.

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Tabela 7 - Percentual do estado nutricional de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família segundo o
parâmetro antropométrico IMC para idade de crianças do sexos feminino e masculino do ano de 2019
Feminino Masculino
Classificação
%n %n
Magreza acentuada 4,14 (34.417) 4,66 (40.481)
Magreza 4,27 (35.466) 4,34 (37.762)
Eutrofia 59,32 (493.138) 56,87 (494.554)
Risco de sobrepeso 16,01 (133.127) 16,2 (140.908)
Sobrepeso 8,34 (69,334) 8,5 (73.921)
Obesidade 7,92 (65.822) 9,43 (81.990)
Total 831.304 869.616
Fonte: SISVAN WEB (2021).

Tabela 8 - Percentual do estado nutricional de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família segundo o
parâmetro antropométrico IMC para idade de crianças dos sexos feminino e masculino do ano de 2020
Feminino Masculino
Classificação
%n %n
Magreza acentuada 3,9 (8.604) 4,26 (9.798)
Magreza 4,19 (9.242) 4,21 (9.688)
Eutrofia 59,39 (130.966) 57,16 (131.577)
Risco de sobrepeso 16,43 (36.241) 16,42 (37.793)
Sobrepeso 8,51 (18.763) 8.85 (20.381)
Obesidade 7,57 (16.696) 9,1 (20.938)
Total 220.512 230.175
Fonte: SISVAN WEB (2021).

No que diz respeito ao estado nutricional segundo a raça/cor da pele da amostra,


observou-se que a raça indígena obteve maior percentual de peso adequado antes da
pandemia, com 62% (n=4.240) de crianças adequadas. Já em 2020, a raça amarela
apresentou o maior percentual (62%) de eutrofia. Quanto ao sobrepeso e obesidade, a raça
branca obteve os maiores índices, sendo 8% (n=16.259) e 9% (n=17.672) em 2019 e, 9%
(n=5.266) e 8% (n=5.025) em 2020, conforme descrito nas Tabela 9 e 10.
Ainda conforme as Tabelas 9 e 10, em relação ao estado de magreza acentuada,
em 2019 as raças preta, parda e indígena apresentaram os maiores índices (5%,
respectivamente). Em 2020, apenas a raça indígena apresentou percentual maior
comparado ao ano de 2019 (6%).

Tabela 9 - Percentual do estado nutricional de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família segundo o
parâmetro antropométrico IMC para idade de acordo com a raça/cor no ano de 2019
Branca Preta Amarela Parda Indígena
Classificação
%n %n %n %n %n
Magreza acentuada 4,56 (1.796) 4,21 (20.331) 4,55 (24.732) 5,22 (357)
4,11 (8.033)
Magreza 4,1 (8.028) 4,86 (1.906) 4,5 (21.698) 4,39 (23.897) 4,09 (280)
Eutrofia 58,4 (114.266) 60,59 (23.739) 60,11 (290.001) 58,3 (318.292) 62,01 (4.240)
Risco de sobrepeso 16,05 (31.406) 14,43 (5.653) 14,99 (72.331) 16,01 (87.080) 14,9 (1.019)
Sobrepeso 8,31 (16.259) 7,27 (2.847) 7,83 (37.753) 8,2 (44.614) 7,53 (515)
Obesidade 9,03 (17.672) 8,27 (3.240) 8,36 (40.329) 8,35 (45.447) 6,24 (427)
Total 195.664 39.181 482.443 544.062 6.838
Fonte: SISVAN WEB (2021).

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Tabela 10 - Percentual do estado nutricional de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família segundo
o parâmetro antropométrico IMC para idade de acordo com a raça/cor da pele no ano de 2020
Branca Preta Amarela Parda Indígena
Classificação
%n %n %n %n %n
Magreza
4,43 (517) 3,99 (4.218) 4,25 (7.319) 5,7 (97)
acentuada 3,84 (2.270)
Magreza 3,76 (2.227) 4,74 (553) 4,53 (4.785) 4,12 (7.094) 5,58 (95)
Eutrofia 58,05 (34.358) 60,65 (7.071) 61,51 (65.008) 56,9 (98.051) 60,11 (1.023)
Risco de
16,96 (10.039) 14,7 (1.714) 14,22 (15.032) 17,37 (29.925) 16,04 (273)
sobrepeso
Sobrepeso 8,9 (5.266) 7,81 (910) 7,7 (8.140) 9,04 (15.571) 6,64 (113)
Obesidade 8,49 (5.025) 7,66 (893) 8,05 (8.505) 8,33 (14.362) 5,93 (101)
Total 59.185 11.658 105.688 172.322 1.702
Fonte: SISVAN WEB (2021).

Borba (2020), analisou o estado nutricional de pré-escolares residentes de um


município do recôncavo da Bahia beneficiários do PBF antes da pandemia da COVID-19
e, foi observado que a predominância de eutrofia foi da raça preta. No mesmo estudo, a
raça amarela apresentou maior percentual em relação ao sobrepeso e obesidade.
Embora haja carência de estudos comparando o estado nutricional com raça/cor
da pele de crianças entre 0 a 5 anos, antes e durante a pandemia do novo coronavírus, os
resultados da presente pesquisa indica que apesar de dados raciais e o cenário atual de
pandemia, maior parte das crianças registradas apresentaram eutrofia segundo o IMC/I.
Em relação ao estado nutricional das crianças de cada estado da região Nordeste,
o Gráfico 1, demonstra que o maior número de crianças com risco de sobrepeso em 2019
foi nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará com 18%, respectivamente. Já em relação
ao peso adequado, o maior índice foi nos estados do Piauí (62%), Bahia (61%) e
Maranhão (60%). No que diz respeito a magreza acentuada, o percentual prevaleceu nos
estados da Bahia, Pernambuco e Maranhão com 5% cada.
Segundo o Gráfico 2, que descreve o estado nutricional de acordo com os estados
da região Nordeste, no ano de 2020, o maior índice de crianças com magreza acentuada
foram nos estados da Bahia e Maranhão (5%) e, com peso adequado, foi no Piauí (62%).
No que se concerne ao risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade a predominância foi no
estado do Ceará com 19% e 11%, respectivamente.

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Gráfico 1 - Percentual do estado nutricional de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família segundo
o parâmetro antropométrico IMC para idade de acordo com os estados da região Nordeste do Brasil no ano
de 2019
70
60
50
Percentual

40
30
20
10
0
Magreza Magreza Peso adequado Risco de Sobrepeso Obesidade
acentuada sobrepeso
IMC para idade - 2019

AL BA CE MA PB PE PI RN SE

Fonte: SISVAN WEB (2021).

Gráfico 2 - Percentual do estado nutricional de crianças < 5 anos beneficiárias do Bolsa Família segundo
o parâmetro antropométrico IMC para idade de acordo com os estados da região Nordeste do Brasil no ano
2020
70
60
50
Percentual

40
30
20
10
0
Magreza Magreza Peso adequado Risco de Sobrepeso Obesidade
acentuada sobrepeso
IMC para idade - 2020

AL BA CE MA PB PE PI RN SE

Fonte: SISVAN WEB (2021).

Estudo conduzido por Moraes (2020), com crianças beneficiárias do PBF


residentes da região Noroeste de Goiânia durante a primeira vigência de 2020, foi
observado que 54% da amostra apresentou eutrofia, 13% estava com risco de sobrepeso
e, 10%, com magreza acentuada. Resultados semelhantes foi encontrado por Oliveira et
al. (2020), que analisaram o perfil nutricional de crianças beneficiárias do PBF de um
município de Minas Gerais, a maior parte das crianças apresentaram peso adequado
segundo o parâmetro IMC/I.
Apesar da escassez de estudos correlacionando o estado nutricional e a pandemia
da COVID-19, os resultados encontrados na presente pesquisa indicam que apesar do

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cenário atual, as crianças que foram acompanhadas apresentaram maior percentual em


relação ao peso adequado segundo o IMC/I durante a pandemia do novo coronavírus.
O PBF tem o impacto importante na melhoria das condições de vida, saúde e
educação de indivíduos, famílias e comunidades consideradas vulneráveis socialmente e
economicamente (MARTINELLI, 2020).
Com o surgimento da COVID-19, a insegurança alimentar da população agravou-
se durante o ano de 2020, favorecendo para a diminuição do acesso a alimentos,
contribuindo para a piora da qualidade alimentar e surgimento da fome. Já é evidente que
ações voltadas para o aumento da renda das famílias contribui positivamente no acesso a
alimentos em quantidade e qualidade suficientes, resultando na diminuição da fome e
desnutrição infantil (MORAES, 2020; JAIME, 2020).
Portanto, medidas emergenciais durante a pandemia do novo coronavírus são
necessárias para o enfrentamento dessa situação, colaborando para à garantia de renda
durante esse cenário e, consequentemente, para a melhoria no acesso a alimentos e
promoção da segurança alimentar e nutricional (JAIME, 2020; MARTINELLI, 2020;
FREITAS; PENA, 2020).

4 CONCLUSÃO
Observou-se que a amostra geral nos dois anos analisados apresentou
predominância quanto ao peso adequado/eutrofia. Apesar de manter o mesmo percentual
nos dois anos analisados, houve grande diferença em relação ao número de crianças
acompanhadas. Em relação ao sobrepeso e obesidade, houve aumento dos índices durante
a pandemia da COVID-19.
Quanto ao sexo, o feminino apresentou percentuais melhores em relação ao peso
adequado/eutrofia do que o masculino, tanto no ano de 2019 como em 2020. Pode-se
observar que a amostra do sexo feminino em 2020, apresentou percentual maior de peso
elevado quando comparado ao ano de 2019. Esse aumento pode ser justificado pelo
isolamento social, visto que aumenta-se a permanência em casa, contribuindo para o
surgimento de comportamentos sedentários.
No que diz respeito ao estado nutricional segundo a raça/cor da pele da amostra,
foi observado que a prevalência maior de peso adequado foi da raça indígena, antes da
pandemia, e, em 2020, passou a ser o da raça amarela. Quanto ao sobrepeso e obesidade,
a raça branca obteve os maiores índices, antes e durante a pandemia.

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Tendo em vista que o sobrepeso e obesidade podem aumentar o risco de


desencadear formas mais graves da COVID-19 e outras complicações no decorrer da
infância, é importante que os profissionais de saúde acompanhem, sempre que possível,
o peso das crianças, além de orientar e incentivar o consumo de alimentos considerados
saudáveis. É de fundamental importância, a criação de políticas públicas para que a
população mais vulnerável socialmente e economicamente tenham acesso físico,
econômico, regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes para
que possam manter o bom estado nutricional.
Dado a magnitude da doença, é necessário maiores estudos quanto ao estado
nutricional das crianças, além de investigar a respeito do consumo alimentar por parte
dessa população, para então realizar intervenções apropriadas.

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