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Geologia

Métodos e técnicas aplicados na avaliação


ambiental do aterro da BR-040 da Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte - MG
Helio Antonio de Sousa
Geólogo, MSc. pela UFOP. E-mail: helio@cprmbh.gov.br

Hubert Mathias Peter Roeser


Dr., Professor do Depart. de Geologia da UFOP, Orientador
E-mail: hubert@degeo.ufop.br

Antônio Teixeira de Matos


Dr., Professor do Depart. de Engenharia Agrícola da UFV, Co-Orientador
E-mail: atmatos@ufv.br

Resumo Abstract
Esse trabalho representa a primeira parte da seqüência de This work evaluated the level of heavy metals
três artigos a serem publicados pela Revista Escola de Minas – contamination of a sanitary landfill area in Belo Horizonte,
REM, sobre a avaliação do nível de contaminação por metais Minas Gerais, Brazil. This landfill is situated at the edge of the
pesados e substâncias orgânicas na área do Aterro Sanitário da BR-040 highway, and is close to the Belo Horizonte-Contagem
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte-MG, Brasil, como re- borderline. Samples of free-of-waste soils and soils covered by
sultado da Dissertação de Mestrado na área de Concentração urban waste of different ages were analyzed by physical and
Geoquímica Ambiental, defendida junto ao Departamento de chemical means. The same analysis was performed on superficial
Geologia da UFOP, em julho de 1998. Essa primeira publicação and underground water samples, and leachate samples. The
trata-se dos métodos e técnicas utilizados na realização dos physical analyses included textural, mineralogical, and micro-
trabalhos. A discussão dos resultados será feita nos próximos morphological analyses. Chemical analyses determined the
dois artigos. A área está situada às margens da BR-040, km 2, na cationic change capacity of the different soils. Several ways of
divisa do município de Belo Horizonte com o município de metal retention in the soils were investigated by sequencial
Contagem. Amostras de solos coletadas em áreas sem lixo so- extraction procedures in the following fractions: (1) total fraction,
breposto e em áreas cobertas por lixo urbano com diferentes (2) exchanged fraction, (3) bound to organic matter fraction,
idades, além de amostras de água superficial, do nível freático e (4) bound to Fe oxides fraction, and (5) bound to Mn oxides
de chorume, foram analisadas por meios físicos e químicos. As fraction using samples from 07 soil profiles, and 02 trenches
análises físicas incluíram análises textural, mineralógica e micro- that were opened in the waste pile. Nine samples were taken,
morfológica. As análises químicas permitiram determinar a ca- including leachate samples for water analysis. Physical and
pacidade de troca catiônica dos diversos solos da área. As for- chemical analyses of the soils allowed the understanding of the
mas de retenção dos metais no solo foram investigadas por mobility of the heavy metals, and their dispersion in the profiles.
extrações químicas seqüenciais nas seguintes frações: total, tro- The sanitary landfill area is essentially composed of young
cável, matéria orgânica e óxidos de ferro e manganês, realizadas soils of acid pH, and clayey to clayey loamy sandy texture. The
em amostras de 07 perfis de solos e de 02 trincheiras abertas no mineralogy of these soils is composed by minerals from acid
perfil de resíduos sólidos. Para o estudo das águas, foram cole- rocks (gneiss) and basic rocks (gabbro and micro gabbro).
tadas e analisadas 09 amostras, incluindo as de chorume. As Kaolinite is the main minerals of the clay fraction. These studies
análises físicas e químicas dos solos permitiram o entendimento show that the superficial layers of soil retain part of the heavy
da mobilidade dos metais pesados e sua dispersão nos perfis. metals that come from solid waste piles. In addition, superficial
and underground waters in the sanitary landfill are
Palavras-chave: aterro sanitário, poluição por metais pesados contaminated by organic and inorganic compounds.
e orgânicos, poluição de águas e solos. Keywords: sanitary landfill, heavy metals and organics
substances contamination, water and soils contamination in
sanitary landfill.
Artigo recebido em 20/08/2002 e aprovado em 07/11/2002.

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 55(4): 291-300, out. dez. 2002 291
1. Introdução luição das águas no local, identificando, 2. Localização da área
também, a associação entre os metais,
A poluição do solo e de águas su- objeto principal desse estudo, e as ca- A área estudada está localizada ao
perficiais e subterrâneas, provocada por racterísticas mineralógicas, químicas e lado da BR-040, km 2, no sentido Belo
resíduos sólidos urbanos, passou a ser físicas dos solos, como meio de avaliar o Horizonte-Brasília, na Regional Noroes-
motivo de estudos em todo o mundo, nível de contaminação da cobertura su- te do município de Belo Horizonte (Figu-
principalmente nos países industrializa- perficial na área do aterro. Por outro ra 1), limite com o município de Conta-
dos, dado ao reconhecido potencial po- lado, objetivaram chamar a atenção gem.
luidor e o grande volume gerado diaria- dos responsáveis pela Superinten-
mente. A possibilidade de contaminação dência de Limpeza Urbana da Prefei-
ambiental, associada à necessidade de tura Municipal de Belo Horizonte so- 3. Contexto geológico
grandes áreas para a disposição e trata- bre a situação ambiental no Aterro e hidrogeológico
mento, tornou a solução para o proble- Sanitário da BR-040 e sobre os riscos
ma do lixo urbano um dos mais sérios O mapa geológico apresentado (Fi-
de contaminação das águas subterrâ- gura 2) mostra apenas parte da região do
desafios para as administrações públi- neas da área e adjacências.
cas municipais. município de Belo Horizonte que se en-
Devido a impossibilidade de publi- contra mais intimamente ligada ao aterro
Por esse motivo, o propósito dessa car integralmente o trabalho e com o in- sanitário, área de interesse do trabalho.
publicação é divulgar, em primeira mão, tuito de não prejudicar sua divulgação,
os resultados dos trabalhos relativos aos A geologia do município de Belo
achou-se por bem dividi-lo em três arti- Horizonte é compreendida pelo chama-
estudos geoquímicos realizados na área gos seqüenciais, sendo este primeiro o
do Aterro Sanitário da BR-040, da Prefei- do Domínio do Complexo Belo Horizon-
que trata dos aspectos gerais da área, te, termo introduzido por Noce et al.
tura Municipal de Belo Horizonte – MG, técnicas e métodos utilizados, enquanto
que foram apresentados como Disserta- (1994) e que representa 70% do território
que os próximos dois artigos a serem municipal, tendo sua área de maior ex-
ção de Mestrado na área de Concentra- publicados, também pela REM, aborda-
ção Geoquímica Ambiental, junto ao pressão ao norte da calha do ribeirão
rão em detalhe e especificamente os es- Arrudas. Segundo Silva et al. (1995), nes-
Departamento de Geologia - DEGEO, da tudos desenvolvidos sobre as águas,
Universidade Federal de Ouro Preto – se domínio predominam as rochas gnáis-
sedimentos de corrente e solos de todo sico-migmatíticas, bandadas, localmen-
UFOP, em junho de 1998, cujo título é: o aterro sanitário.
“Estudos da contaminação ambiental na te milonitizadas.
área do Aterro Sanitário da BR-040, da
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
– MG”.
Vale ressaltar que o material aqui
apresentado é apenas um documento
resumido de um minucioso trabalho de
investigação sobre a questão ambiental
na área do aterro, com o objetivo de mos-
trar procedimentos adequados de pes-
quisa em área de disposição de lixo ur-
bano, visando a identificar o grau de po-
luição ambiental de águas e solos pro-
vocada por metais pesados e substânci-
as orgânicas liberados por processos fí-
sico-químicos responsáveis pela degra-
dação e lixiviação do material disposto.
O trabalho enfocou o estudo da
contaminação provocada pelos princi-
pais metais pesados presentes em lixo
urbano: Cu, Pb, Zn, Cd, Ni, Cr, Ag, Fe e
Mn. O elemento Li, embora não seja um
metal pesado, foi também incluído no
estudo sobre os solos, devido à sua pre-
sença nos materiais dispostos em ater-
ros de lixo urbano. Os estudos busca-
Figura 1 - Mapa do município de Belo Horizonte com a localização do Aterro Sanitário
ram, por um lado, mostrar o grau de po- da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte - MG.

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As Formações superficiais são re- do tipo livre, constituído, na sua parte Esse aqüífero apresenta, em geral,
presentadas por solos residuais de es- superior, por rochas inconsistentes do grande vulnerabilidade à poluição de
pessura variada: o solo é raso ou ausen- manto de decomposição das rochas suas águas, cuja recarga é realizada ex-
te nas áreas de exposição dos maciços gnáissico-migmatíticas ou por material clusivamente por infiltração de águas
rochosos, espesso e silto-argiloso nas alúvio-coluvionar depositado sobre esse superficiais, em zonas de recarga prefe-
áreas de relevo muito suave. As maiores manto ou mesmo em rocha sã e, na parte rencial, ou em todas as partes das sub-
espessuras do manto de intemperismo inferior, por rochas fraturadas. Assim,
bacias, e, principalmente, por percolação
têm-se um aqüífero granular poroso su-
encontram-se na Pampulha, atingindo de águas fluviais, a exemplo do Bairro
perior e um fissurado sotoposto, em co-
valores de até 100m, conforme dados de Califórnia, que fica ao sul do aterro. A
municação hidráulica íntima, constituin-
perfuração de poços tubulares. parte granular porosa superficial desse
do um só sistema.
Sistemas de juntas e fraturas secci-
onam o Complexo Belo Horizonte segun-
do direções variadas, em geral com mer-
gulhos fortes a verticais.
A geologia da área do aterro é com-
preendida, predominantemente, por di-
ques de rochas básicas, ocupando apro-
ximadamente 70% da área e por gnaisses
migmatíticos do Complexo Belo Horizon-
te. Segundo a Figura 3.1, observa-se que
o córrego dos Coqueiros corre sobre um
fotolineamento, podendo, inclusive, re-
dundar numa comunicação de suas
águas com regiões mais profundas do
maciço, caso seja um fraturamento pe-
netrativo. As rochas encontram-se in-
temperizadas, apresentando uma cober-
tura superficial, cuja profundidade pode
atingir até 20m no domínio do gnaisse
(dados de perfuração feita no local pela
SLU).
O modelo hidrogeológico do muni-
cípio de Belo Horizonte (Silva et al., 1995)
é composto por dois sistemas aqüíferos
principais. O primeiro é o aqüífero nas
rochas do embasamento que constitu-
em o chamado Complexo Belo Horizonte
(domínio do embasamento cristalino),
ocupando uma maior área. O segundo
sistema é o encontrado nas rochas me-
tassedimentares do Supergrupo Minas
(domínios hidrogeológicos do Grupo
Sabará e dos grupos Piracicaba e Itabi-
ra), que contêm as maiores reservas de
água subterrânea, ocorrendo na porção
sul do município.
Serão feitas considerações apenas
sobre o sistema aqüífero do Complexo
Belo Horizonte, sobre o qual encontra-
se o aterro sanitário da prefeitura muni-
cipal de Belo Horizonte. Esse sistema é Figura 2 – Mapa geológico regional onde se encontra a área do Aterro Sanitário.

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aqüífero apresenta normalmente grande nas partes elevadas não foi encontrado pulação residente, acrescida da flutuan-
capacidade de infiltração de líquidos, o o nível de água. te, de 2.500.000 habitantes. Desse total,
que o torna vulnerável à percolação de aproximadamente 85% eram atendidos
poluentes. Acresce-se, ainda, o fato de com serviços de limpeza urbana. A pro-
a cabeceira do córrego Ressaca, que de- 4. Características gerais dução média de lixo/dia era de 3.204,41t,
ságua na lagoa da Pampulha, ter, como do aterro sanitário conforme indica a Quadro 1, consideran-
tributário, o córrego dos Coqueiros, que
O aterro, com área de 132ha (ver do os 92 dias do 4º trimestre de 1994.
nasce dentro da área do aterro sanitário.
Figura 2), entrou em operação em 1973, Atualmente a produção é superior a
Por outro lado, as características 4.300t/dia, segundo informação verbal da
contando, até 1997, com 4 bacias de dis-
hidrogeológicas do aterro sanitário pro- SLU.
posição de lixo (Figura 3), panorama que
priamente dito, assentado sobre o aqüí-
fero do Complexo Belo Horizonte, são começou a ser mudado com a implanta-
pouco conhecidas ou estudadas em ter- ção do projeto de biorremediação, ainda
em andamento, caracterizado por acele-
5. Material e métodos
mos qualitativos. Os estudos existentes
e feitos pela própria SLU, no ano de 1974, rar a degradação do lixo pela inoculação 5.1 Caracterização física e
portanto, anteriores ao início do funcio- de bactérias de alta resistência e com química do lixo
namento do aterro, incluem 275,66m de grande capacidade de transformação da
As taxas de geração de lixo urbano
sondagem distribuídos em 23 poços ao celulose. Todo o lixo coletado no muni-
no município de Belo Horizonte (SLU-
longo de toda a área do aterro. Os dados cípio de Belo Horizonte é atualmente dis- Prefeitura Municipal de Belo Horizonte,
mostram que o nível de água (N.A.) na posto no Aterro Sanitário da BR-040. 1994) são as seguintes, tomando-se
área do aterro variava de ± 0,50m, nas
Segundo dados fornecidos pela como base uma coleta em, aproximada-
baixadas, a ± 9,00m, nas partes mediana-
SLU, para o ano de 1994, havia uma po- mente, 70% da cidade:
mente elevadas. Em vários poços feitos

Figura 3 - Mapa de localização das bacias de lixo no período de 1997.

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Quadro 1 - Produção de lixo/dia na cidade de Belo Horizonte em 1994. orgânicos (matéria putrescível),
25dag.kg-1 de materiais potencialmente
PROCEDÊNCIA DO LIXO PRODUÇÃO MÉDIA (t) recicláveis (papel, plástico, vidro, metais)
Lixo domiciliar/comercial 922,82 e 10,6dag.kg-1 de materiais descartáveis
(trapos, couro, madeira, etc).
Lixo domiciliar recolhido por caçambas 72,06
Lixo comercial usinado 4,97
5.2 Estudo das águas
Lixo público 952,49
Para esse estudo foram coletadas
Lixo unidades de saúde 21,64 nove (09) amostras, em uma única cam-
Entulho de construção civil 1.200,00 panha de campo, sendo duas (02) de
poços escavados (cisternas), uma (01)
Resíduos de particulares 30,43
do córrego Coqueiros, a jusante do ater-
TOTAL 3.204,41 ro, uma (01) da lagoa a jusante das baci-
Fonte: SLU/PMBH - Relatório trimestral de estatística (4º TRIM/94). as B-1 e B-2 de lixo, além de cinco (05)
amostras de chorumes para análise da
concentração de metais pesados no lixi-
Classes de lixo kg.(hab.dia)-1 viado (Figura 4).

• Lixo domiciliar/comercial 0,58 Os métodos utilizados para as aná-


lises de águas de superfície foram base-
• Lixo público 0,36 ados no “STANDARD Methods for the
• Lixo dos serviços de saúde 0,01 Examination of Water and Wastewater”,
(19th Edition, 1995). Foram analisados, ao
• Entulhos da construção civil 0,48 todo, 46 parâmetros para cada amostra.
• Outros (grandes produtores) 0,02 As amostras foram analisadas no labo-
ratório de Análises de Água da CPRM -
A composição física do lixo antigo (Quadro 2) foi obtida de ensaios de segrega-
Serviço Geológico do Brasil, Superinten-
ção (SLU, 1994), tomando como base duas (2) amostras retiradas de locais diferen-
dência Regional de Belo Horizonte - MG.
tes, sem idades definidas. Essas amostras foram segregadas em três categorias:
• Segregado leve graúdo (SLG), que consiste de plásticos, trapos, couros, etc.
5.3 Estudos petrográficos de
• Segregado pesado graúdo (SPG), que consiste de metais, vidros, pedras, etc. rochas
• Segregado pesado miúdo (SPM), que consiste de matéria orgânica bioestabiliza- Para caracterizar petrograficamen-
da e terra. te as rochas do aterro, foram realizados
A composição química do lixo antigo (SLU, 1994) foi determinada em duas estudos petrográficos em apenas duas
amostras, retiradas de locais diferentes no aterro, e os resultados são apresentados (02) amostras de rochas básicas, por ine-
no Quadro 3. xistirem afloramentos de rochas gnáissi-
cas, devido ao intenso intemperismo na
A composição física dos resíduos urbanos gerados mais recentemente no mu- área. As lâminas delgadas foram confec-
nicípio (SLU, 1994) evidencia que 64,4dag.kg-1 do lixo são compostos de resíduos

Quadro 2 - Resultado do ensaio de segregação do lixo antigo do Aterro Sanitário da BR-040 da Prefeitura Municipal de Belo
Horizonte-MG.

-1
Valor ajustado
Categorias Amostra 1 (kg) Amostra 2 (kg) Média (kg) Valor (dag.kg ) -1
(dag.kg )

SLG 12,7 2 7,4 27,7 27


SPG 3,7 8,5 6,1 24 23
SPM 11,5 14,6 13,1 49,2 50
Total 27,9 25,1 26,5 100 100
Fonte: LM - Tratamento de Resíduos (SLU, 1994).

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Quadro 3 - Resultados analíticos do lixo antigo do Aterro Sanitário da BR-040 da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte-MG.

AMOSTRAS Amostra 1 Amostra 2


(039, nº original) (040, nº original)
PARÂMETROS -1 -1
(dag.kg ) (dag.kg )
Umidade original 25,01 20,18
Umidade (100 – 105ºC) 1,37 1,25
Potássio total (K2O) 0,45 0,38
Sódio (Na) 0,13 0,10
Nitrogênio total (N) 0,35 0,31
Matéria orgânica 13,43 9,54
Fósforo total (P2O5) 0,18 0,21
Fósforo solúvel em H2O(P2O5) - -
Fósforo solúvel em ácido cítrico a 2% relação 1/100 (P2O5) 0,15 0,15
Fósforo solúvel em citrato neutro de amônio + H2O 0,14 0,19
Potássio solúvel em H2O (K2O) O,17 0,14
Cálcio total (CaO) 2,60 3,70
Magnésio total (MgO) 0,08 0,13
R2O3 (Fe2O3 + Al2O3) 16,20 15,00
Fe2O3 7,50 6,60
Al2O3 8,70 8,40
Insolúveis em HCl (SiO2) 65,22 66,70
Cinza 85,20 85,20
pH 8,2 (s/ unid.) 8,2 (s/ unid.)
Fonte: SLU-BH (1994).

cionadas no setor de Preparação de 5.5 Análises geoquímicas de para uma proveta, sendo o volume com-
Amostras do DEGEO/UFOP, uma lâmina rochas pletado com HCl 10%. Os teores dos ele-
para cada ponto de coleta, cujas análi- mentos foram determinados por Espec-
ses petrográficas foram feitas na Seção Inicialmente as amostras foram bri- trometria de Absorção Atômica.
de Petrografia da CPRM/BH. tadas em britador de mandíbula a uma
granulometria de 10mesh, homogeneiza-
das e quarteadas. Numa segunda fase 5.6 Análises geoquímicas de
5.4 Estudos geoquímicos de foram moídas em moinho de disco de
sedimentos de corrente
porcelana até uma granulometria de 120
rochas e de sedimentos de
a 150mesh. Depois de peneiradas em (-) A amostra de sedimentos foi seca-
corrente 150mesh, as amostras foram homogenei- da em estufa, a uma temperatura de 40 a
Foram coletadas duas (02) amostras zadas, de onde foram retiradas ± 25g do 80ºC. Após esse procedimento, ela foi
de rochas básicas e apenas uma (01) material para análises. peneirada a 80mesh (especificação
amostra de sedimentos de corrente (Fi- ABNT nº 80), depois quarteada, obten-
Os elementos foram determinados
gura 4), com cerca de 1kg cada uma e do-se uma amostra de aproximadamente
por abertura total, sendo pesados 0,2g
analisadas para Cu, Pb, Zn, Ni, Cd, Li, 100g. A amostra foi, então, pulverizada a
de amostra a (-) 150mesh, aquecida em
Fe, Mn, Ag e Cr. As amostras foram pre- chapa, com HNO3, HF e HClO4, até a eli- 100mesh (especificação ABNT nº 100),
paradas e analisadas em laboratórios da minação de fumaças brancas. O resíduo transferindo-se o material fino para um
CPRM/BH, segundo métodos de prepa- foi retomado com HCl 1:1 e levado à se- frasco de polietileno devidamente iden-
ração de amostras e de análises tendo- cura incipiente. O resíduo dessa etapa tificado com número de lote, número de
se como base o Manual Técnico de Aná- foi novamente retomado com HCl 10%, campo e número de laboratório. A
lises Minerais do LAMIN-CPRM (1987) sendo o material residual aquecido para amostra foi submetida a análises total
e em GEOANALYSIS (1992). solubilização. A solução foi transferida e parcial.

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77
00
32

98
60

00
B A IR R O N O V O G L Ó R IA

0
IM O B ILIÁ R IA F ILA D É LF IA 850

P7 910
A4
920 0
940 TR2 90
880
B A IR R O S ra . D A G L Ó R IA

890

CH2 870

A3 860 R1 P2
920
890 CH4 860

P6 910
930
900
CH3 930

870 880

970 910
CH5
960
920
CH1
ROD

950 870
920 A2 930

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890 0
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40

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950 2 00
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890 91
CO 880
O
PE 900
890 900 P3
RA 910 890
TI 880
VA
HA
BI 870 920 P4 S1,R2 870

TA
CI
O
NA GOS
L CAM AR
Á LV A R O
B A IR R O

77
98
00
0
ESCALA APROXIMADA

0 80 1 60 2 40 32 0 m
Base Topográfica cedida pela SLU-PMBH
AUTORIA: HELIO A. SOUSA

Figura 4 – Mapa de pontos de amostragem.

Para a análise total, a técnica foi a detalhadamente os solos, foi feito um 5.7.1 Amostragem
mesma adotada nas análises de rocha, mapeamento pedológico na escala
Os materiais foram amostrados,
anteriormente apresentada, com a dife- 1:8.000, tendo-se como base os estudos após o mapeamento pedológico, em sete
rença de que a granulometria utilizada de vários perfis, sendo determinadas (07) perfis previamente selecionados,
para sedimentos é (-) 80mesh e não (-) seis (06) classes de solos. Eles foram clas- pela sua representatividade na área (Fi-
150mesh. sificados com base em avaliação de cam- gura 4) e condições de amostragem. Fo-
po, em trincheiras e os dados foram res- ram escolhidas áreas sobrepostas por
Para a determinação dos elementos
paldados por análises laboratoriais. As lixo e áreas não sobrepostas por lixo. Nas
por abertura parcial, foram pesados 0,2g
suas cores foram classificadas de acor- primeiras, foram coletadas ao todo 18
de amostra preparada a (-) 80mesh e titu-
do com a Carta de Cores de Munsell amostras dos horizontes A, B e C (Perfis
lada a frio com uma solução de EDTA
(1975) e a nomenclatura, baseada na cor, 2 a 7). Nos perfis 2 e 5, foram coletadas 6
2,5%, agitando por 15 minutos. Os teo-
segundo Prado (1993). amostras não-deformadas, uma em cada
res dos elementos foram medidos por
um dos seus horizontes A, B e C, para
Espectrometria de Absorção Atômica. Vale ressaltar que o solo do Perfil 1
análises micromorfológicas. Em uma área
não foi classificado como os demais,
O pH da amostra foi determinado sobreposta por lixo, foi amostrado o Per-
devido ao local de amostragem ter pas- fil 1, tendo em vista a facilidade de amos-
após agitação de 1g de amostra com
sado por processos de atividades antró- tragem em um corte de estrada, escolhi-
100mL de água destilada e período de
picas de decapeamento dos horizontes do propositadamente em um local de dis-
repouso de 1 hora. Os valores de pH
A e B originais. Atualmente, percebe-se posição de entulhos, com idade aproxi-
foram medidos usando-se um poten-
o início da formação de novos horizon- mada de 8 anos. Nesse perfil foram reti-
ciômetro.
tes, originados do material de entulho radas, ao todo, 06 amostras em espaça-
acumulado na área. Nesse estudo, a mentos de 0,50 em 0,50 m, devido à inde-
5.7 Caracterização e amostra coletada nos supostos horizon- finição de horizontes, sendo a primeira
classificação dos solos tes, em formação, foi considerada como amostra coletada na base da pilha de
sendo de lixo posicionado sobre o hori- entulhos já decompostos, próximo ao
Para caracterizar e classificar mais zonte C. contato com o horizonte C do solo.

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 55(4): 291-300, out. dez. 2002 297
Além disso, foram feitas duas (02) ses foram realizadas no Laboratório de Veloc. do registrador = 40 mm/min
trincheiras com retroescavadeira, de Fertilidade do Solo da UFV.
Tensão = 40 Kv
aproximadamente 5,5-6 m de profundi-
As análises químicas incluíram a
dade cada (Figura 4), sendo a primeira Fator de escala =8 x 102
determinação do pH em H2O, de P, de Al,
na bacia de lixo B-4, em local de solo
cátions trocáveis (Ca2+, Mg2+ e K+) e aci- Corrente = 30 mA
derivado de rochas gnáissicas e lixo com
dez total (H+ + Al3+). Para a determina-
idade aproximada de 3 a 4 anos e a se- A técnica utilizada para realização
ção de P e K, foi utilizado o extrator Mehli-
gunda na bacia de lixo B-3, em local de das análises mineralógicas obedeceram
ch 1, para Al, Ca e Mg, o extrator KCl a 1
solo derivado de rochas básicas e lixo aos seguintes procedimentos:
mol.L-1 e, para determinar H + Al, o extra-
com idade estimada em torno de 16 anos. • Preparação da amostra e obtenção da
tor Ca(OAc)2 a 0,5 mol.L-1, em pH 7,0. A
Foram coletadas 2 amostras do solo abai- amostra analítica (150g).
capacidade de troca catiônica (CTC) foi
xo da pilha de lixo na trincheira 1 (TR 1),
determinada pelo método da soma de • Separação granulométrica da amostra
sendo a primeira amostra no contato do
bases. utilizando-se a série de peneiras tipo
lixo com o solo (primeiros 5 cm) e a se-
gunda 0,25 m abaixo; na trincheira 2 (TR Tyler e obtenção das frações -60 + 100,
2) foram coletadas 4 amostras, sendo a 5.7.3 Caracterização física -100 + 325 e - 325mesh.
primeira, também, no contato da pilha de • Deslamagem da fração -60 + 100mesh
lixo com o solo (primeiros 5 cm) e as de- A caracterização física dos solos foi
feita no Laboratório de Fertilidade do e separação densimétrica da fração
mais espaçadas 0,25 m umas das outras. deslamada, utilizando-se o bromofór-
No contato do lixo com o solo, na trin- Solo da UFV.
mio como líquido separador (densida-
cheira TR 2, foi coletada uma amostra de = 2,84) e obtenção das frações le-
não-deformada, para análises micromor- 5.7.3.1 Análises texturais ves, intermediária e pesada.
fológicas.
A metodologia utilizada foi a mes- • Separação magnética e eletromagnéti-
A amostragem de perfis de solos ma descrita pelo Método 1.16 da EM- ca da fração pesada utilizando-se, res-
sem lixo urbano sopreposto teve, como BRAPA (1979). As amostras de solo fo- pectivamente, ímã de mão e separador
principal objetivo, caracterizar física e ram dispersas com NaOH 0,1mol.L-1 e eletromagnético Frantz e obtenção das
quimicamente os solos da área, além da agitação durante cerca de 15 minutos. A frações ímã de mão, 0,25A, 0,25PM,
obtenção de dados sobre as concentra- fração areia (>230mesh ou 0,053mm) foi 0,50A e 0,50PM (A = ampère e PM =
ções naturais de metais nas várias fra- separada por tamização, a argila (<2µm), paramagnética).
ções de retenção analisadas. As con- determinada pelo método da pipeta (se-
centrações naturais dos metais, nos so- dimentação segundo a Lei de Stokes) e a • Identificação dos constituintes mine-
los sem lixo sobreposto, servirão de parâ- fração silte, por diferença. rais por difratometria de Raios X das
metro para as análises sobre as concen- frações obtidas e avaliação quantita-
trações dos metais nos solos com lixo tiva de seus conteúdos.
sobreposto, visando a identificar, por ana- 5.7.4 Análises mineralógicas
Para os estudos da fração argila,
logia, os horizontes cujas concentrações Dezoito (18) amostras de solo dos foram utilizadas amostras de 5g de solo
metálicas naturais sofreram modificações horizontes A, B e C dos Perfis 2 a 7 foram e misturadas em um becker de 250mL com
em função da presença do lixo no aterro. selecionadas para análises por DRX. As um volume 4 vezes maior de água desti-
As amostras dos perfis de solo com lixo lâminas para estudos da fração argila lada e 0,5g de pirofosfato de sódio
sobreposto contribuíram para os estudos foram preparadas no DEGEO/UFOP. As (Na4P2O7). A mistura foi agitada mecani-
sobre a concentração e distribuição dos análises foram feitas no Laboratório de camente durante 6 minutos para homo-
metais nas áreas contaminadas. Química e Mineralogia do CDTN/CNEN geneizar o material, sendo posteriormente
As amostras coletadas, em quanti- (BH-MG). colocada em tubo de ensaio e levada ao
dade suficiente (± 3kg cada) para todas As análises foram feitas utilizando- ultra-som por cerca de 3 minutos para
as análises químicas e físicas pertinen- se um difratômetro de Raios X de fabri- desagregar os minerais argilosos.
tes, foram acondicionadas em sacos plás- cação RIGAKU, modelo Geigerflex 3034, Os tubos de ensaio foram, então,
ticos, etiquetadas e encaminhadas aos semi-automático, com goniômetro hori- levados à centrífuga durante 8 minutos
laboratórios. zontal, monocromador de cristal curvo a uma velocidade de 750 rpm, para sepa-
de grafite, tubo de cobre e porta-amos- rar a fração < 2µm. A solução sobrena-
tra giratório. dante foi transferida para outros tubos
5.7.2 Caracterização química de ensaio e centrifugada a uma veloci-
Os estudos de caracterização quí- Condições de operação dade de 5.000rpm durante 38 minutos.
mica dos solos foram feitos nos horizon- Depois de retirada a água límpida sobre-
tes A, B e C dos perfis 2 a 7, totalizando Constante de tempo = 1 seg nadante, usou-se o material precipitado
18 amostras analisadas. Todas as análi- Velocidade do goniômetro = 8º 20/min para confeccionar as lâminas orientadas.

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5.7.5 Análises micromorfológicas minutos e depois centrifugada, transfe- 5.7.6.5 Fração total
rindo-se a solução sobrenadante para
Com a meta de identificar, principal- Para abertura total das amostras,
uma proveta, sendo o volume completa-
mente, as feições pedogenéticas, liga- foram pesados 0,2g de amostra prepara-
do para 20mL com acetato de sódio. Os
das a processos de eluviação/iluviação, da a (-) 80mesh, aquecida em chapa, com
teores dos elementos foram medidos por
devido à percolação de água, foram es- HNO3, HF e HClO4 até a eliminação de
Espectrometria de Absorção Atômica
tudadas e descritas 8 lâminas delgadas fumaças brancas. O resíduo foi retoma-
(AA).
de amostras não deformadas, sendo seis do com HCl 1:1 e levado à secura incipi-
(06) referentes aos solos não sobrepos- ente. O resíduo de fundo foi novamente
tos por lixo urbano (horizontes A, B e C 5.7.6.2 Fração matéria orgânica retomado com HCl 100% e aquecido para
dos perfis P2 e P5, respectivamente, so- solubilização. A solução foi, então,
O resíduo insolúvel da operação
bre rochas básicas e gnáissicas) e as transferida para uma proveta, onde teve
anterior foi agitado com solução de hi-
duas (02) restantes da zona de transição seu volume completado para 20mL com
poclorito de sódio e aquecido em banho-
entre a pilha de lixo e o solo da trincheira HCl 100%. Os teores dos elementos fo-
maria por 3 horas. Depois de centrifuga-
TR 2 sobre rochas básicas (bacia de lixo ram medidos por Espectrometria de Ab-
da, a solução sobrenadante foi transferi-
B-3). sorção Atômica.
da para uma proveta, sendo o volume
As amostras foram secadas em es- completado para 20mL com hipoclorito
tufa, a 80ºC, durante 1 hora, e depois im- de sódio. Os teores dos elementos extra-
pregnadas com araldite a uma propor- ídos dos sítios de adsorção foram medi- 5.8 Interpretação dos dados
ção de 10 x 1 (endurecedor), adicionan- dos por Espectrometria de Absorção geoquímicos
do-se 3 partes de álcool absoluto. Nova- Atômica. A caracterização da área estudada
mente foram colocadas na estufa por ± foi obtida com base nos dados físicos e
15 minutos até a secagem total. Após o químicos dos solos e da geologia local.
processo de secagem total, a amostra foi 5.7.6.3 Fração óxidos hidratados
de manganês O Cd e a Ag foram excluídos das consi-
serrada para a confecção das lâminas derações em razão de não terem sido
delgadas. As amostras e as lâminas fo- A concentração de metais pesados detectados pelos métodos adotados.
ram preparadas e descritas no DEGEO/ nos óxidos hidratados de manganês foi
UFOP. determinada utilizando-se o resíduo in- Os resultados foram organizados e
solúvel da operação anterior, que foi agi- separados em apenas dois grupos de
Para a descrição das lâminas delga- dados, tornando a interpretação mais
das utilizaram-se o microscópio ótico tado com solução 0,1mol.L-1 de cloridra-
to de hidroxilamina em HNO3 0,01mol.L-1 objetiva e prática, a saber: grupo de so-
ZEISS e as fotomicrografias tiradas com los não sobrepostos por lixo urbano (Per-
teleobjetiva de aumento 10x. A nomen- por 30 minutos. Depois de centrifugada,
a solução sobrenadante teve seu volu- fis 2 a 7) e grupo de solos sobrepostos
clatura utilizada no estudo teve como por entulhos de construção (Perfil 1) e
base Brewer (1964) e Lima et al. (1985). me completado para 20mL com a solu-
ção extratora. Os teores dos elementos por lixo urbano (Trincheira TR1 da bacia
foram medidos por Espectrometria de de lixo B-4 e Trincheira TR2 da bacia de
5.7.6 Análises geoquímicas Absorção Atômica. lixo B-3).
As amostras de solo foram pre-
paradas e analisadas no LAMIN 6. Conclusões
5.7.6.4 Fração óxidos hidratados
(SGB-CPRM/RIO), sendo submetidas
de ferro O levantamento realizado constitui-
a um procedimento analítico-seqüen-
cial (Fletcher, 1981) das frações trocá- Para a determinação dos metais ad- se num método de aplicação prática para
vel, matéria orgânica, óxidos de Fe-Mn e sorvidos nos óxidos hidratados de fer- estudos ambientais em áreas de aterro
fração total, para melhor compreender o ro, o resíduo insolúvel da operação an- sanitário, ou mesmo em áreas de lixão,
comportamento dos elementos químicos terior foi agitado com solução 0,1mol.L-1 que visem, sobretudo, à avaliação do
e suas interações físico-químicas com o de cloridrato de hidroxilamina em HCl grau de poluição das águas (subterrâne-
solo. 0,25mol.L-1 e aquecido em banho-maria, as e superficiais) e dos solos submeti-
a 70oC. Após o aquecimento, a solução dos a impactos provocados pela dispo-
foi agitada por 5 minutos e centrifugada, sição de rejeitos sólidos urbanos.
5.7.6.1 Fração trocável
sendo o material sobrenadante transfe-
Para a determinação da concentra- rido para uma proveta, completando-se
ção de metais associados à fração trocá- o volume para 20mL com solução Agradecimentos
vel, foi utilizado 1g de amostra prepara- 0,1mol.L-1 de hidroxilamina em HNO3 O autor agradece aos Professores
da a (-) 80mesh (preparação padrão de 0,01mol.L-1. Os teores dos elementos fo- Dr. Hubert M. Roeser (DEGEO/ UFOP),
solos) com solução 1mol.L-1 de acetato ram medidos por Espectrometria de Ab- Dr. Antônio Teixeira de Matos (Depart.
de sódio e a amostra foi agitada por 30 sorção Atômica. Eng. Agrícola/UFV), Dr. Liovando Mar-

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 55(4): 291-300, out. dez. 2002 299
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