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DIREITO 

EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 1
Títulos de Crédito

Tema
Títulos de Crédito: Teoria Geral dos títulos de crédito.

Palavras­chave
Títulos de crédito; Introdução;

Objetivos

­ compreender o conceito de Título de Crédito, bem como relacioná­lo com o direito das obrigações;

­ analisar os atributos dos títulos de crédito quais sejam, a negociabilidade e executoriedade;

­ compreender os princípios gerais dos títulos de crédito, para aplicar aos casos concretos;

­ distinguir as modalidades de classificação e aplicá­las à especificidade de cada título de crédito.

Estrutura de Conteúdo

1. Noções introdutórias: conceito de títulos de crédito.

De acordo com Cesare Vivante, Título de Crédito: "É o documento necessário para o exercício do direito
literal e autônomo nele mencionado". De acordo com o artigo 887 do Código Civil, “O título de crédito,
documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito
quando preencha os requisitos da lei”. A natureza jurídica do título de crédito é a de títulos executivos
extrajudiciais, conforme determina o artigo 784, I do Código de Processo Civil. Historicamente,
nasceram na época do comércio das navegações, e alguns autores discutem se foi a letra de câmbio ou o
cheque, os primeiros títulos que surgiram no mercado como um todo. São Atributos dos títulos de
Crédito: A Negociabilidade e a Executividade ou Executoriedade.

2. Princípios dos Títulos de Crédito:

São Princípios dos Títulos de Crédito:

i. Cartularidade: O Título deve ser representado por uma cártula, um papel, para que seja válido como
título e para que possa ser cobrado. Sem a apresentação do título, não se tem como executar o devedor e
pagando o título, a quitação deverá ser realizada na própria cártula.

ii. Literalidade: Ou seja, "vale o que está escrito". Todas as pessoas que figurarem no título serão
coobrigados, respeitando­se os valores, datas e locais de pagamento do Título de Crédito.

iii. Autonomia: As obrigações que se apresentam no título, são autônomas entre si. Os co obrigados
possuem no caso, autônomas as suas obrigações e mesmo sendo inválida a obrigação de um dos co
obrigados, não vicia o título e nem as demais. Este Princípio se subdivide em dois sub­princípios:
Abstração e Inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa fé.

3. Classificação dos Títulos de Crédito:
3. Classificação dos Títulos de Crédito:

i. Quanto ao Modelo: Livres ( Letra de Câmbio e Nota Promissória) e Vinculados (Cheque e Duplicata).

ii. Quanto à estrutura: Ordem de Pagamento, temos a Letra de Câmbio a Duplicata e o Cheque como
exemplos. E a Promessa de pagamento, no caso, a Nota Promissória.

iii. Quanto às hipóteses de Emissão: Não Causais, no caso o cheque, a Nota Promissória e a Letra de
Câmbio e Causais, a Duplicata, pois somente nasce de uma Compra e Venda mercantil ou de uma
Prestação de Serviços.

iv. Quanto à forma de circulação: À Ordem, pois circulam através do endosso e Não á Ordem, pois
circulam através da Cessão Civil de Crédito.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

Fernando emitiu um título de crédito em favor de Renata, o qual circulou através de diversos endossos
até o atual portador. Após o prazo de vencimento, o portador decidiu executar um dos endossantes,
tendo em vista que o título não foi pago pelo devedor original. Todavia, ao ser executado, o endossante
alegou em sua defesa que não poderia ser executado, haja vista que recebeu o título de um menor, o qual
não teria capacidade civil, e o que tornaria nula a cadeia de endossos. Diante dessa situação hipotética,
pergunta­se:

a) Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante?

b) Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela?

QUESTÃO OBJETIVA 1:

São princípios gerais dos títulos de crédito:

a) literalidade, forma e causa.

b) forma, causa e abstração.

c) negociabilidade, anterioridade e literalidade.
b) forma, causa e abstração.

c) negociabilidade, anterioridade e literalidade.

d) modelo, cártula e autonomia

e) cartularidade, literalidade e autonomia

QUESTÃO OBJETIVA 2:

Quanto à classificação dos títulos de crédito, é incorreto afirmar:

a) Quanto ao modelo, os títulos podem ser classificados como livres (letra de câmbio e nota promissória)
e vinculados (cheque e duplicata).

b) quanto à estrutura, os títulos se classificam como ordem de pagamento ou promessa de pagamento.

c) como exemplo de ordem de pagamento, temos a letra de câmbio, e como promessa de pagamento a
nota promissória.

d) quanto às hipóteses de emissão, os títulos de créditos podem ser classificados em causais e não
causais.

e) todos os títulos de crédito existentes no Brasil podem ser considerados não causais, visto que não
dependem de causa específica para serem emitidos.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 2
Atos cambiais

Tema

Atos cambiais: Saque e emissão; Apresentação, aceite, endosso e aval; Vencimento e pagamento.

Palavras­chave
Cambiais; Saque; Emissão; Aceite; Endosso; Aval; Vencimento; Pagamento;

Objetivos

­ compreender a dinâmica da transferência do título de crédito e os efeitos jurídicos decorrentes;

­ entender a função do aceite e seus reflexos jurídicos, e fazer uma correlação aos demais títulos de
crédito;

­ compreender as características de cada uma das modalidades de vencimento;

­ analisar e entender a função do instituto do aval e seus reflexos jurídicos.

Estrutura de Conteúdo
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 2
Atos cambiais

Tema

Atos cambiais: Saque e emissão; Apresentação, aceite, endosso e aval; Vencimento e pagamento.

Palavras­chave
Cambiais; Saque; Emissão; Aceite; Endosso; Aval; Vencimento; Pagamento;

Objetivos

­ compreender a dinâmica da transferência do título de crédito e os efeitos jurídicos decorrentes;

­ entender a função do aceite e seus reflexos jurídicos, e fazer uma correlação aos demais títulos de
crédito;

­ compreender as características de cada uma das modalidades de vencimento;

­ analisar e entender a função do instituto do aval e seus reflexos jurídicos.

Estrutura de Conteúdo

1. Instituto do endosso

Para que um título de crédito possa facilmente ser transferido e se opere a circulação dos direitos de
crédito nele incorporados, emprega­se um meio próprio dos títulos de crédito chamado de endosso, que
consiste na simples assinatura do proprietário no verso do título, antecedida ou não de uma declaração
indicando a pessoa a quem a soma deve ser paga ­ com essa assinatura a pessoa que endossa o título,
chamada endossante, transfere a outrem chamado endossatário, a propriedade da letra (L.U., art. 14) ­
nessa condição, o endossatário ao receber a letra torna­se o titular dos direitos emergentes nela contidos,
podendo, assim, praticar todos os atos que se fizerem necessários para resguardar a sua propriedade. O
endosso é ato cambiário que opera a transferência do crédito, representado por título “à ordem”. A
alienação do crédito fica condicionada, também, à tradição do título, levando­se em conta o Princípio da
Cartularidade. Já que se está transferindo um direito, quem pode faze­lo é opossuidor do título.

2. Instituto do aceite:

É o ato cambial pelo qual o sacado concorda em acolher a ordem incorporada pela letra de câmbio. É de
livre iniciativa do sacado aceitar ou não a ordem recebida. O aceite é ato exclusivo de sua vontade.
Resulta da simples assinatura do sacado no anverso do título; no verso, a assinatura vem seguida da
palavra “aceito” ou qualquer outra equivalente. O aceitante é o devedor principal da letra de câmbio.

3. Instituto do aval:

Entende­se por aval a obrigação cambiária assumida por alguém no intuito de garantir o pagamento da
letra de câmbio nas mesmas condições de um outro obrigado. É uma garantia especial, que reforça o
Entende­se por aval a obrigação cambiária assumida por alguém no intuito de garantir o pagamento da
letra de câmbio nas mesmas condições de um outro obrigado. É uma garantia especial, que reforça o
pagamento da letra, podendo ser prestada por um estranho ou mesmo por quem já se haja anteriormente
obrigado no título. A pessoa que dá tal garantia tem o nome de avalista e aquela a quem ele se equipara,
e por intermédio da qual é assumida a obrigação de pagar o título, denomina­se avalizado. Para assumir
tal obrigação o avalista necessita ser capaz, como, aliás, deve acontecer com todos quantos se obrigam
cambialmente.

4. Vencimento e pagamento

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

Fernando Lopes emite uma letra de câmbio em face de Luan e a favor de Eduarda, que a endossa em
branco para Rebeca, a qual endossa em preto para Maria que, por sua vez, também endossa em preto
para João. Este endossa em branco e repassa o título para Dora, que repassa o título por tradição para
Eunice, e assim vai por Emerson e Vitor. Por fim, Vitor transmite o título para Miro, através de endosso
em preto. Diante disso:

a) Determine quais os obrigados pelo pagamento do referido título.

b) Especifique o principal efeito do endosso realizado por Vitor.

QUESTÃO OBJETIVA 1:

No que se refere ao instituto do aval, assinale a alternativa correta:

a) o aval tem exatamente os mesmos efeitos do endosso.

b) em qualquer título de crédito, é vedado o aval parcial, conforme determina o artigo 897, parágrafo
único do Código Civil.

c) no caso das letras de câmbio, é permitido o aval parcial, por força de previsão em legislação especial.

d) o aval corresponde a um tipo de fiança, tendo em vista que possui as mesmas características.

e) assim como a fiança, o aval admite benefício de ordem, ou seja, primeiramente a cobrança deve recair
d) o aval corresponde a um tipo de fiança, tendo em vista que possui as mesmas características.

e) assim como a fiança, o aval admite benefício de ordem, ou seja, primeiramente a cobrança deve recair
sobre o avalizado, e depois sobre o avalista.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 3
Atos Cambiais (Cont)

Tema

Protesto e Ações Cambiais

Palavras­chave
Protesto; Ações cambiais;

Objetivos

­ identificar e entender o conceito e os tipos de protesto previstos na legislação;

­ compreender os procedimentos necessários para a execução de título de crédito em virtude da
inadimplência do devedor ou da recusa de aceite;

­ analisar os tipos de ações cambiais previstas no ordenamento jurídico para a cobrança de um título de
crédito em Juízo;

­ analisar os prazos de prescrição das ações tendentes à cobrança judicial do título de crédito.

Estrutura de Conteúdo

1. Protesto: conceito, objetivo, tipos e prazo.

O protesto está regulamentado na Lei n° 9.492/97 Um título não aceito ou não pago no vencimento
incidirá em uma ação de execução que será fundamentada pelo protesto cambial, ato notarial
extrajudicial de responsabilidade do portador do título. Entende­se por protesto o ato solene destinado
principalmente a comprovar a falta ou recusa do aceite ou do pagamento do título de crédito. Vale
ressaltar, que o protesto apenas atesta esses fatos, não criando direitos e consiste num simples meio de
prova para o exercício do Direito Cambiário. Dessa forma, com o protesto, o juiz tem o convencimento
de que o credor esgotou todas as tentativas para a cobrança do título. Se não forem observados os prazos
fixados na lei para a extração do protesto, o portador do título perderá o direito de regresso contra os
coobrigados da letra, permanecendo o direito contra o devedor principal ­ diante dessas consequências
previstas em lei, a doutrina costuma classificar o protesto em necessário (contra os coobrigados) ou
facultativo (contra o devedor principal e seu avalista). Tais consequências não se aplicam no caso da
letra de câmbio contemplar a cláusula “sem despesa”, “sem protesto” ou outra equivalente (L.U.,art.
46), que dispensa o portador de fazer um protesto por falta de aceite ou de pagamento, para poder
exercer os seus direitos de ação. Compelido a comparecer em cartório para datar o título, se não o fizer,
a data do aceite pode ser pautada a partir da data do protesto ou considerar o aceite praticado no último
dia do prazo para a apresentação da letra (ou seja, um ano da data do saque).
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 3
Atos Cambiais (Cont)

Tema

Protesto e Ações Cambiais

Palavras­chave
Protesto; Ações cambiais;

Objetivos

­ identificar e entender o conceito e os tipos de protesto previstos na legislação;

­ compreender os procedimentos necessários para a execução de título de crédito em virtude da
inadimplência do devedor ou da recusa de aceite;

­ analisar os tipos de ações cambiais previstas no ordenamento jurídico para a cobrança de um título de
crédito em Juízo;

­ analisar os prazos de prescrição das ações tendentes à cobrança judicial do título de crédito.

Estrutura de Conteúdo

1. Protesto: conceito, objetivo, tipos e prazo.

O protesto está regulamentado na Lei n° 9.492/97 Um título não aceito ou não pago no vencimento
incidirá em uma ação de execução que será fundamentada pelo protesto cambial, ato notarial
extrajudicial de responsabilidade do portador do título. Entende­se por protesto o ato solene destinado
principalmente a comprovar a falta ou recusa do aceite ou do pagamento do título de crédito. Vale
ressaltar, que o protesto apenas atesta esses fatos, não criando direitos e consiste num simples meio de
prova para o exercício do Direito Cambiário. Dessa forma, com o protesto, o juiz tem o convencimento
de que o credor esgotou todas as tentativas para a cobrança do título. Se não forem observados os prazos
fixados na lei para a extração do protesto, o portador do título perderá o direito de regresso contra os
coobrigados da letra, permanecendo o direito contra o devedor principal ­ diante dessas consequências
previstas em lei, a doutrina costuma classificar o protesto em necessário (contra os coobrigados) ou
facultativo (contra o devedor principal e seu avalista). Tais consequências não se aplicam no caso da
letra de câmbio contemplar a cláusula “sem despesa”, “sem protesto” ou outra equivalente (L.U.,art.
46), que dispensa o portador de fazer um protesto por falta de aceite ou de pagamento, para poder
exercer os seus direitos de ação. Compelido a comparecer em cartório para datar o título, se não o fizer,
a data do aceite pode ser pautada a partir da data do protesto ou considerar o aceite praticado no último
dia do prazo para a apresentação da letra (ou seja, um ano da data do saque).

2. Ações Cambiais.

Se o título de crédito não for pago no vencimento, o credor poderá promover a execução judicial contra
qualquer devedor cambial, observadas as condições de exigibilidade do crédito e a cadeia de
anterioridade e posterioridade, já examinada. Vale ressaltar que os títulos de crédito têm natureza jurídica
de título executivo extrajudicial, nos temos do que dispõe o art. 784, I do CPC, razão pela qual cabe a
execução do crédito correspondente.
qualquer devedor cambial, observadas as condições de exigibilidade do crédito e a cadeia de
anterioridade e posterioridade, já examinada. Vale ressaltar que os títulos de crédito têm natureza jurídica
de título executivo extrajudicial, nos temos do que dispõe o art. 784, I do CPC, razão pela qual cabe a
execução do crédito correspondente.

3. Prescrição.

Para o exercício do direito de cobrança por via de execução a lei determina prazos prescricionais,
ressaltando que a depender do título o prazo pode variar, conforme determina a legislação especial
aplicável ao referido título de crédito, como, por exemplo, a Letra de Câmbio que tem os prazos de
prescrição previstos no artigo 70 da Lei Uniforme, que são: 3 anos, contra o sacado aceitante, o avalista
do aceitante e sacador; 1 ano, contra os endossantes e avalistas dos demais coobrigados; 6 meses, dos
coobrigados contra os demais coobrigados.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(VIII Exame Unificado da OAB – 2ª Fase – Empresarial – Prático­Profissional – 2012) Pedro emite nota
promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a
respectiva nota promissória para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse
não realiza o pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da
nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes indagações:

A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido?

B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória?

Responda, justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e indicando os dispositivos
legais pertinentes.

QUESTÃO OBJETIVA :
QUESTÃO OBJETIVA :

(MAGISTRATURA/MG – VUNESP – 2012) É correto afirmar que o cancelamento do protesto, após
quitação do débito:

a) é ônus do credor

b) é ônus do devedor

c) é ônus do tabelião de protestos, que deverá proceder de ofício.

d) dependerá sempre de intervenção do Poder Judiciário, mediante alvará ou mandado, conforme
seja jurisdição voluntária ou contenciosa

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 4
Títulos de crédito em espécie

Tema
Letra de Câmbio e Nota Promissória

Palavras­chave
Letra de câmbio; Promissória;

Objetivos

­ analisar a letra de câmbio como título de crédito, suas características, principais aspectos e importância
no contexto das relações cambiais;

­ reconhecer uma nota promissória e diferenciá­la de uma letra de câmbio, pela aplicação dos institutos
cambiais e classificações aplicáveis.

­ analisar a aplicação de todos os institutos anteriormente estudados nos referidos títulos de crédito.

Estrutura de Conteúdo

1. Letra de Câmbio:

A Letra de Câmbio consiste numa ordem dada, por escrito, a uma pessoa, para que pague a um
beneficiário indicado, ou à ordem deste, uma determinada importância em dinheiro. A letra de câmbio é
um título de crédito dotado de literalidade e de autonomia das obrigações. Desempenha importantíssima
função econômica pela ampla utilização do crédito que proporciona. Portanto, é uma ordem de
pagamento à vista ou a prazo. Tem como figuras intervenientes: i)  sacador, subscritor ou emitente  ­
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 4
Títulos de crédito em espécie

Tema
Letra de Câmbio e Nota Promissória

Palavras­chave
Letra de câmbio; Promissória;

Objetivos

­ analisar a letra de câmbio como título de crédito, suas características, principais aspectos e importância
no contexto das relações cambiais;

­ reconhecer uma nota promissória e diferenciá­la de uma letra de câmbio, pela aplicação dos institutos
cambiais e classificações aplicáveis.

­ analisar a aplicação de todos os institutos anteriormente estudados nos referidos títulos de crédito.

Estrutura de Conteúdo

1. Letra de Câmbio:

A Letra de Câmbio consiste numa ordem dada, por escrito, a uma pessoa, para que pague a um
beneficiário indicado, ou à ordem deste, uma determinada importância em dinheiro. A letra de câmbio é
um título de crédito dotado de literalidade e de autonomia das obrigações. Desempenha importantíssima
função econômica pela ampla utilização do crédito que proporciona. Portanto, é uma ordem de
pagamento à vista ou a prazo. Tem como figuras intervenientes: i)  sacador, subscritor ou emitente  ­
aquele que dá a ordem de pagamento, ou seja, que cria e emite a letra; ii) sacado ou devedor ­ aquele a
quem a ordem é dada, contra quem a ordem é dirigida. Em princípio o sacado não tem obrigação
nenhuma com o título, nem de aceitá­lo e nem de pagá­lo. Somente se torna obrigado principal, com o
seu aceite, em razão do Princípio da Literalidade; iii)  tomador ou beneficiário ­ é aquele a favor de
quem é emitida a ordem ­ é aquele que porta o título e que fica no lugar do credor.

2. Nota Promissória.

Consiste numa promessa de pagamento à vista ou a prazo, que uma pessoa faz em favor de outra. Tem
como figuras intervenientes: i) sacador, emitente, subscritor ou devedor – emite a Nota Promissória.
Nesta espécie de título, o sacador também é o devedor principal da obrigação; e ii)  tomador,
beneficiário ou credor ­ em favor de quem o sacador fez a promessa. A Nota Promissória está sujeita às
mesmas normas aplicadas com relação à Letra de Câmbio, com as exceções estabelecidas pela Lei
Uniforme (arts. 77 e 78). O subscritor da nota promissória é o seu devedor principal. A lei prevê a mesma
responsabilidade para o aceitante da letra e o subscritor da promissória. O exercício do direito de crédito
contra o emitente prescreve em 3 anos contados a partir da data do vencimento. Também encontramos a
previsão da Ação Cambial ou de Locupletamento quando a nota promissória encontra­se ligada a um
contrato individual e onde for observado o enriquecimento ilícito por parte do credor. Todas as normas
relativas à Letra de Câmbio serão aplicadas à Nota Promissória naquilo que não desnaturar a essência do
Título (L.U.G, art. 77).
relativas à Letra de Câmbio serão aplicadas à Nota Promissória naquilo que não desnaturar a essência do
Título (L.U.G, art. 77).

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(OAB – XIV Exme – Prático­Profissional – 2ª Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi sacada por Celso
Ramos com cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto,
transferiu a cambial por endosso para Pedro Afonso no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos
antes do vencimento, sendo dois em branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio
Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário apresentou o título para pagamento ao aceitante no
dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo dia, apresentou o título a protesto por falta de
pagamento, que foi lavrado no dia 18.09.2013.

Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos seguintes itens.

A) Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São avais simultâneos ou
sucessivos? Justifique.

B) Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser demandado em eventual
ação cambial proposta pelo endossatário?

QUESTÃO OBJETIVA:

(TJMG – Juiz – 2014) Com relação à nota promissória, analise as afirmativas, assinalando com  V  as
verdadeiras e com F as falsas.

( ) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força
executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.

( ) A ação cambial contra o endossador e o avalista da nota promissória prescreve em trinta e seis meses
contados do dia em que ação pode ser proposta.

(  ) O devedor somente poderá opor ao portador da nota promissória exceção fundada em direito pessoal,
na nulidade de sua obrigação e na falta de requisito necessário ao exercício da ação cambial.

( ) Sendo a nota promissória rural, emitida por uma cooperativa em favor de seus cooperados, um título
de crédito de natureza causal, a respectiva execução se encontra vinculada à eficácia do negócio jurídico
subjacente.
de crédito de natureza causal, a respectiva execução se encontra vinculada à eficácia do negócio jurídico
subjacente.

Assinale a alternativa que apresenta sequência CORRETA.

a) FVVF

b) VFVV

c) VVFF

d) FFFV

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 5
Títulos de crédito em espécie (Cont)

Tema

Cheque

Palavras­chave
Cheque;

Objetivos

­ compreender a classificação do cheque como ordem de pagamento à vista, e suas decorrências
jurídicas;

­ identificar e analisar os tipos de cheque usualmente emitidos, bem como suas implicações jurídicas;

Estrutura de Conteúdo

1. Cheque: Noções gerais, natureza jurídica e requisitos essenciais.

É uma ordem de pagamento, sempre à vista, sacada (emitida) contra um banco ou instituição financeira
que seja reputada como tal, com suficiente provisão de fundos. O cheque está disciplinado pela Lei
7.357/85 e subsidiariamente pela Lei Uniforme do Cheque promulgada pelo Decreto 57.595/66, naquilo
que não foi derrogada. Devemos observar, além dessas, todas as outras normas que regulam o cheque:
tributárias, CDC, normas do Banco Central, etc. São figuras intervenientes: i) emitente: é a pessoa
autorizada a emitir cheques sobre os fundos disponíveis, em virtude de um contrato (de abertura de
conta corrente, depósito ou abertura de crédito). É quem dá a ordem de pagamento para o sacado
(banco) efetuar o pagamento. É o sacador da ordem. ii) sacado: é o banco ou instituição financeira a ele
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 5
Títulos de crédito em espécie (Cont)

Tema

Cheque

Palavras­chave
Cheque;

Objetivos

­ compreender a classificação do cheque como ordem de pagamento à vista, e suas decorrências
jurídicas;

­ identificar e analisar os tipos de cheque usualmente emitidos, bem como suas implicações jurídicas;

Estrutura de Conteúdo

1. Cheque: Noções gerais, natureza jurídica e requisitos essenciais.

É uma ordem de pagamento, sempre à vista, sacada (emitida) contra um banco ou instituição financeira
que seja reputada como tal, com suficiente provisão de fundos. O cheque está disciplinado pela Lei
7.357/85 e subsidiariamente pela Lei Uniforme do Cheque promulgada pelo Decreto 57.595/66, naquilo
que não foi derrogada. Devemos observar, além dessas, todas as outras normas que regulam o cheque:
tributárias, CDC, normas do Banco Central, etc. São figuras intervenientes: i) emitente: é a pessoa
autorizada a emitir cheques sobre os fundos disponíveis, em virtude de um contrato (de abertura de
conta corrente, depósito ou abertura de crédito). É quem dá a ordem de pagamento para o sacado
(banco) efetuar o pagamento. É o sacador da ordem. ii) sacado: é o banco ou instituição financeira a ele
equiparado, que detém os fundos à disposição do sacador; iii) beneficiário: é a pessoa a quem o sacado
deve pagar a ordem emitida pelo sacador.

2. Prescrição e ação por falta de pagamento.

O rito da ação do cheque é executivo e está regulado nos termos do art. 784, I, CPC e o valor a receber é
o da importância do cheque não pago, acrescida de juros moratórios, taxa legal e das despesas que
houver feito com o protesto. A proibição da lei na cobrança de juros é com relação aos compensatórios
(art. 10) e a permissão contida em seus arts. 52 e 53 se referem a juros moratórios, isto é, devidos pela
falta de pagamento. Ação de Enriquecimento Indevido: O portador que não exerceu a competente ação
executiva (6 meses a partir da expiração do prazo de apresentação) no prazo legal, contra o sacador ou
endossantes, tem o direito de agir, já não mais cambiariamente, mas em ação comum, contra o sacador
ou endossantes que hajam feito lucros ilegítimos às suas custas. Nesse tipo de ação, não poderá agir
contra os avalistas, pois estes são sempre obrigados cambiários e, prescrito o cheque, o documento perde
a sua natureza cambiaria. A ação de execução prescreve em 6 meses a contar da data em que expirou o
prazo para a apresentação ou da data do protesto. Não interposta a ação nos prazos acima mencionados,
prescreveu os direitos do portador à dita ação, perdendo o cheque a sua natureza cambiária. Poderá o
portador, alegando enriquecimento de outrem à sua custa (rito ordinário), entrar com uma ação ordinária
de locupletamento, que prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição da
ação de execução.
portador, alegando enriquecimento de outrem à sua custa (rito ordinário), entrar com uma ação ordinária
de locupletamento, que prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição da
ação de execução.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro S.A. Para efetuar o
pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um cheque no valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo assim, o dentista depositou o cheque e foi
surpreendido pela devolução do cheque por falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o
pagamento do cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo em vista que foi a usuária
do tratamento dentário. Analisando caso concreto, responda as seguintes questões:

a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a execução em face de Maria?

b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque?

QUESTÃO OBJETIVA:

(TJCE – Juiz – 2014) Antônio emitiu um cheque nominativo a José contra o Banco Brasileiro S.A. No
mesmo dia, José endossou o cheque a Ricardo, fazendo constar do título que não garantiria o seu
pagamento e que a eficácia do endosso estava subordinada à condição de que Maria, irmã de Ricardo,
lhe pagasse uma dívida que venceria dali a dez (10) dias. Vinte (20) dias depois da emissão do título e
sem que Maria tivesse honrado a dívida para com José, Ricardo apresentou o cheque para pagamento,
mas o título lhe foi devolvido porque João não mantinha fundos disponíveis em poder do sacado. Nesse
caso,

a) Ricardo não poderá endossar o cheque a terceiro, pois o cheque só admite um único endosso.

b) o endosso em preto de cheque nominativo exonera o emitente do título de responsabilidade pelo seu
pagamento.

c) por força de lei, o emitente do cheque deve ter fundos disponíveis em poder do sacado, e a infração
desse preceito prejudica a validade do título como cheque.

d) José responderá perante Ricardo pelo pagamento do cheque, porque se reputa não escrita cláusula
c) por força de lei, o emitente do cheque deve ter fundos disponíveis em poder do sacado, e a infração
desse preceito prejudica a validade do título como cheque.

d) José responderá perante Ricardo pelo pagamento do cheque, porque se reputa não escrita cláusula
que isente o endossante de responsabilidade pelo pagamento do título.

e) a despeito do inadimplemento de Maria, Ricardo ostenta legitimidade para cobrar o pagamento do
título porque se reputa não escrita qualquer condição a que o endosso seja subordinado.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 6
Títulos de crédito em espécie (Cont)

Tema

Duplicata

Palavras­chave
Duplicata;

Objetivos

­ compreender a dinâmica da duplicata, sua emissão, remessa, aceite e devolução.

­ Identificar os aspectos legais de sua causalidade.

­ compreender a aplicação dos institutos cambiais, suas diferenças e especificidades em relação aos
demais títulos.

Estrutura de Conteúdo

1. Duplicata: Noções gerais e requisitos

A Duplicata pode ser entendida como um título de crédito formal, caracterizado por um saque fundado
em crédito concedido pelo vendedor ao comprador, baseado em contrato de compra e venda mercantil
ou de prestação de serviços celebrado entre ambos, cuja circulação é possível mediante endosso. Dessa
forma, é uma ordem de pagamento do preço estipulado numa compra e venda mercantil ou na prestação
de serviços. É um título de natureza vinculada, ou seja, apesar de serem autônomas as relações, o
princípio da autonomia não se perfaz totalmente por estar, a duplicata, vinculada a um contrato de
compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. Os Requisitos da Duplicata estão previstos no
artigo 2º da Lei nº 5.474/68.

2. Fatura
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 6
Títulos de crédito em espécie (Cont)

Tema

Duplicata

Palavras­chave
Duplicata;

Objetivos

­ compreender a dinâmica da duplicata, sua emissão, remessa, aceite e devolução.

­ Identificar os aspectos legais de sua causalidade.

­ compreender a aplicação dos institutos cambiais, suas diferenças e especificidades em relação aos
demais títulos.

Estrutura de Conteúdo

1. Duplicata: Noções gerais e requisitos

A Duplicata pode ser entendida como um título de crédito formal, caracterizado por um saque fundado
em crédito concedido pelo vendedor ao comprador, baseado em contrato de compra e venda mercantil
ou de prestação de serviços celebrado entre ambos, cuja circulação é possível mediante endosso. Dessa
forma, é uma ordem de pagamento do preço estipulado numa compra e venda mercantil ou na prestação
de serviços. É um título de natureza vinculada, ou seja, apesar de serem autônomas as relações, o
princípio da autonomia não se perfaz totalmente por estar, a duplicata, vinculada a um contrato de
compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. Os Requisitos da Duplicata estão previstos no
artigo 2º da Lei nº 5.474/68.

2. Fatura

É o documento representativo do contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços,
emitido pelo comerciante ou prestador de serviços, por ocasião da venda de produto ou de serviço,
descrevendo o objeto do fornecimento, quantidade, qualidade e preço além de outras circunstâncias de
acordo com os usos da praça. Por Nota Fiscal/Fatura entende­se o documento que resultou do convênio
firmado, em 1970, entre o Ministério da Fazenda e as Secretarias de Fazenda dos Estados e do Distrito
Federal, pelo qual a nota fiscal passa a funcionar, também, como fatura comercial contendo as
informações necessárias às finalidades tributárias.

3. Ações fundadas na duplicada e triplicata
3. Ações fundadas na duplicada e triplicata

A duplicata poderá ser protestada por falta de aceite, por falta de devolução ou por falta de pagamento.
O prazo para protesto é de 30 dias a contar da data do vencimento. O protesto pode ocorrer mediante a
prova de remessa ou entrega de mercadoria. Essa forma de protesto supre a falta de aceite, podendo
servir de subsídio para fundamentar a ação de cobrança, pois é sabido que, de acordo com a Lei
5.474/68, a duplicata é Título Executivo Extrajudicial. A ação fundada na duplicata é a Ação de
Execução, conforme o disposto no art. 784, I, CPC. O prazo de prescrição da ação de cobrança da
duplicata é de 3 anos, contra o sacado e respectivos avalistas, contados da data do vencimento do título;
de 1 ano, contra endossante e seus avalistas, contado da data do protesto; e de 1 ano, de qualquer dos
coobrigados, contra os demais exercendo o direito de regresso, contado da data em que haja sido
efetuado o pagamento do título. A Triplicata é a reprodução da duplicata mercantil ou da prestação de
serviços em caso de perda ou extravio (Lei 5.474/68, art. 23).

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada "duplicata virtual '', "duplicata escritural" ou
"duplicata eletrônica", esclareça como se dá o seu saque e quais são os requisitos necessários para que
tenha eficácia executiva, bem como forneça dois argumentos, retirados exclusivamente da Lei 5.474168
que, em tese, não permitiriam a constituição do crédito cambial na forma esclarecida.

QUESTÃO OBJETIVA:

(Magistratura PE – FCC/2011) No que tange à duplicata:

a) o comprador poderá deixar de aceitá­la por vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na
quantidade das mercadorias, exclusivamente.

b) é lícito ao comprador resgatá­la antes do aceite, mas não antes do vencimento.

c) trata­se de título causal, que por isso não admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento.

d) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado
mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta
de devolução do título.

e) em nenhum caso poderá o sacado reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, devendo
comunicar eventuais divergências à apresentante com a devolução do título.
e) em nenhum caso poderá o sacado reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, devendo
comunicar eventuais divergências à apresentante com a devolução do título.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 7
Contratos Empresariais

Tema

Contratos Empresariais: características, princípios gerais e espécies.

Palavras­chave
Contrato empresarial; Introdução;

Objetivos

­ analisar as principais características desses tipos de contrato, bem como seus requisitos de validade.

­ compreender os princípios aplicáveis a esses tipos de contratos.

­ conhecer os contratos empresariais e identificar suas espécies e aplicabilidade.

Estrutura de Conteúdo

1. Contratos Empresariais: características e princípios gerais.

Basicamente, contratos empresariais são aqueles celebrados entre empresários, ressaltando que o regime
jurídico que será aplicado aos contratos realizados entre empresários varia de acordo com o tipo e a
natureza do negócio jurídico realizado, tendo em vista que se a relação jurídica for caracterizada como
uma relação de consumo, serão aplicadas as regras do direito consumerista. Nesse aspecto, os contratos
empresariais estudados na presente aula, serão analisadas sob o prisma da legislação aplicável aos
contratos realizados entre empresários no exercício da atividade empresarial. Vários princípios podem
ser aplicados a esses tipos de contrato, como os princípios da autonomia da vontade; princípio do
consensualismo; princípio da relatividade; princípio da boa­fé, dentre outros.

2. Espécies de contratos

2,1, A Compra e Venda Mercantil:
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 7
Contratos Empresariais

Tema

Contratos Empresariais: características, princípios gerais e espécies.

Palavras­chave
Contrato empresarial; Introdução;

Objetivos

­ analisar as principais características desses tipos de contrato, bem como seus requisitos de validade.

­ compreender os princípios aplicáveis a esses tipos de contratos.

­ conhecer os contratos empresariais e identificar suas espécies e aplicabilidade.

Estrutura de Conteúdo

1. Contratos Empresariais: características e princípios gerais.

Basicamente, contratos empresariais são aqueles celebrados entre empresários, ressaltando que o regime
jurídico que será aplicado aos contratos realizados entre empresários varia de acordo com o tipo e a
natureza do negócio jurídico realizado, tendo em vista que se a relação jurídica for caracterizada como
uma relação de consumo, serão aplicadas as regras do direito consumerista. Nesse aspecto, os contratos
empresariais estudados na presente aula, serão analisadas sob o prisma da legislação aplicável aos
contratos realizados entre empresários no exercício da atividade empresarial. Vários princípios podem
ser aplicados a esses tipos de contrato, como os princípios da autonomia da vontade; princípio do
consensualismo; princípio da relatividade; princípio da boa­fé, dentre outros.

2. Espécies de contratos

2,1, A Compra e Venda Mercantil:

Na Compra e Venda Mercantil, comprador e vendedor devem ser empresários e o objeto da compra é
comprar para revender. A partir de 2002, o regime jurídico da Compra e Venda Mercantil passou a ser
basicamente o mesmo de qualquer outro contrato de Compra e Venda Civil. Os conceitos e
especificidades de cada contrato foram mantidos, mesmo com a uniformização legislativa do direito
privado. A única distinção repousa na delimitação dos direitos e obrigações dos contratantes, no que diz
respeito às conseqüências nos casos de insolvência ou falência. Na Compra e Venda Mercantil, em casos
de falência, procede­se a execução concursal do devedor. A obrigação principal do comprador é pagar o
preço no prazo e no local avençados, como também receber a coisa no prazo, modo e localcontratado.
Quanto ao devedor, são três suas obrigações: a) Proceder a entrega da coisa no prazo estipulado; b)
responder pelos vícios da coisa; c) responder pela evicção.
respeito às conseqüências nos casos de insolvência ou falência. Na Compra e Venda Mercantil, em casos
de falência, procede­se a execução concursal do devedor. A obrigação principal do comprador é pagar o
preço no prazo e no local avençados, como também receber a coisa no prazo, modo e localcontratado.
Quanto ao devedor, são três suas obrigações: a) Proceder a entrega da coisa no prazo estipulado; b)
responder pelos vícios da coisa; c) responder pela evicção.

2.2. Representação Comercial ou Agência ou Distribuição:

Este contrato encontra­se definido no artigo 710 do Código Civil, como aquele em que uma das partes, o
representante comercial, se obriga, mediante uma remuneração, a angariar negócios mercantis, como a
compra e venda, dos produtos fabricados ou comercializados pelo representado. Pelo novo Código Civil,
o Contrato de Representação Comercial, adotou a denominação de Contrato de Agência. Não se
confunde este contrato com o Contrato de Mandato Mercantil, pois o representante não age em nome do
representado (fabricante), quem conclui a compra e venda é sempre o representado.

2.3.Comissão Mercantil:

O artigo 693 do Código Civil define o Contrato de Comissão, como aquele que ”tem por objeto a
aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente.” Tem­se de
um lado o comissário, empresário que angaria negócios em seu próprio nome, mas por conta e risco do
empresário comitente, empresário, fabricante ou fornecedor. Este contrato se diferencia do mandato na
medida em que o comissário atua em nome próprio, assumindo a responsabilidade pessoal perante
terceiros por seus atos praticados e no mandato o mandatário atua em nome do mandante.

2.4.Concessão Mercantil:

Este contrato se define como aquele em que um empresário, denominado concessionário, se obriga a
comercializar os produtos fabricados por outro empresário, denominado concedente. Este contrato pode
ter ou não cláusula de exclusividade ou territorialidade. Por exclusividade, entende­se que o
concessionário se obriga a não comercializar com produtos diversos dos fabricados pelo concedente e
por territorialidade, e a proibição do concedente em comercializar na área de atuação do concessionário,
em razão da Concorrência Desleal, pois o fabricante, óbvio, venderia o produto a preço de fábrica.

2.5. Franquia:

É o contrato através do qual um empresário (franqueador), concede a outro empresário (franqueado), o
uso de sua marca, prestando­lhe serviços de organização empresarial, para comercializar produtos ou as
marcas de sua propriedade, mediante uma remuneração, sem que os mesmos estejam ligados por
qualquer vínculo de subordinação.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica
Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(TJRJ – XLIV Concurso – Magistratura – 2ª fase – adaptada) A Representações de Papéis Ltda, com
sede nesta cidade, é notificada por B Celulose S/A, dando conta da extinção do contrato firmado entre
as partes, em maio de 2017, que vigorava por prazo indeterminado. Na oportunidade, foi esclarecido que
a partir do recebimento da referida notificação, novos negócios em nome da notificante, não poderiam
ser realizados, pois esta passaria a operar diretamente com os clientes os respectivos pedidos.
Inconformada, A propõe ação em face de B, onde sustenta que fez grandes investimentos no interesse
desta última, não deu causa à extinção do contrato, cujos negócios dele oriundos representavam 80% do
seu faturamento, não tendo sido observado o prazo legal para que a notificação pudesse surtir o efeito
pretendido. Além disso, a cessação abrupta da atividade desenvolvida acarretara danos materiais e
morais que pretendia ver indenizados. Esclareça qual a disciplina legal a ser adotada, bem como explique
as peculiaridades do contrato e o alegado direito à indenização.

QUESTÃO OBJETIVA:

(ADVOGADO PETROBRÁS – CESGRANRIO/2011) Quando um empresário licencia o uso de sua
marca a outro, prestando­lhe serviços de organização empresarial, com ou sem venda de produtos,
mediante remuneração direta ou indireta, sem que fique caracterizado vínculo empregatício, tem­se um
contrato de:

a) compra e venda mercantil.

b) comodato.

c) franquia.

d) corretagem.

e) comissão mercantil.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 8
Contratos Empresariais (Cont)

Tema

Espécies de Contratos Empresariais: Contratos Bancários.
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 8
Contratos Empresariais (Cont)

Tema

Espécies de Contratos Empresariais: Contratos Bancários.

Palavras­chave
Espécies; Contrato bancário;

Objetivos

­ analisar os tipos de contratos bancários próprios e impróprios.

­ identificar a prática usual dos contratos bancários, e a aplicabilidade do CDC..

­ analisar os contratos de financiamento usuais do mercado.

Estrutura de Conteúdo

1. Contrato de Depósito Bancário:

Quando a Instituição Financeira assume na relação negocial o polo passivo, ela se encontra na posição
de devedora, pois tais contratos têm a função econômica de captação de recursos dos quais o banco
necessita para poder desenvolver a sua atividade bancária. Neste tipo de atividade podemos citar
principalmente os Contratos de Depósito e Conta Corrente. No caso, o Contrato de Depósito é aquele
através do qual uma pessoa, física ou jurídica, depositante, entrega valores monetários a um banco,
depositário, que se obriga a restituí­los quando solicitado pelo depositante. Este é um dos contratos mais
comuns, realizados pelos chamados bancos comerciais, sendo o cartão de débito e o cheque um dos
instrumentos de restituição dos valores depositados.

2. Contrato de Mútuo Bancário:

Este tipo de contrato possui peculiaridades próprias, pois o mútuo bancário é o contrato através do qual
o banco, mutuante, empresta a seu cliente uma determinada quantia em dinheiro, cobrando juros e
encargos devidos pelo mutuário em razão da utilização do dinheiro, objeto do contrato. O Contrato de
Mútuo Bancário se classifica como um contrato, unilateral e real, pois o banco não assume obrigação
alguma perante o cliente após a entrega da quantia contratada e somente se concretiza com a efetiva
entrega do dinheiro ao cliente mutuário. As obrigações do mutuário, portanto são duas a partir da efetiva
entrega do dinheiro: 1) Devolver o valor emprestado no prazo avençado, pagando juros, correção, taxas
e encargos, se for o caso; 2) Amortizar a quantia emprestada dentro dos prazos estabelecidos no
contrato.

3. Contrato de Desconto Bancário:
3. Contrato de Desconto Bancário:

No desconto propriamente dito o banco antecipa ao cliente o valor do crédito deste contra terceiros.
Note­se bem, o instrumento deste contrato tem como base os Títulos de Crédito, como Letras de
Câmbio, Notas Promissórias, Duplicatas e Cheques e os demais equiparados por legislação específica do
Direito Cambiário. Este tipo de contrato encontra­se regulamentado e tutelado pela doutrina e pelas Leis
Cambiarias, ou seja, pelos princípios básicos do direito cambiário. Acentue­se que o instituto do endosso
é ato indispensável à concretização do Desconto. No caso, se o título não for pago na data aprazada pelo
devedor principal ou por seus coobrigados, o banco tem o direito de cobrar do cliente o crédito
consignado no título que não foi realizado pelo terceiro devedor, protegido por toda a legislação
cambiaria e processual.

4. Contrato de Abertura de Crédito:

Popularmente conhecido como “Cheque Especial”, representa o contratos pelo qual o banco coloca à
disposição do seu cliente, determinada quantia a seu favor, que poderá ou não ser utilizada por este. Se o
cliente utilizar este limite, será obrigado a pagar os encargos e juros provenientes da apropriação deste
crédito. Tal contrato encontra­se intimamente vinculado aos Contratos de Conta Corrente e Depósito. O
Contrato de Abertura de Crédito classifica­se como consensual e bilateral, podendo o Banco, terminado
o prazo contratual ou por questões de conveniência quando não for mais do seu interesse disponibilizar o
crédito ao seu cliente, extingui­lo, ou seja, cortar o crédito.

5. Contratos bancários Impróprios.

5.1 Contrato de Arrendamento Mercantil (Leasing):

Quando mencionamos a expressão Leasing, nos vem à ideia de uma compra financiada. Isto para os
leigos de uma forma geral. Para os estudiosos no assunto, o Leasing ou Arrendamento Mercantil é
definido doutrinariamente como um contrato de natureza mista que envolve uma locação de um bem que
é caracterizada pela faculdade que possui o locatário, ao término da locação de optar pela compra deste
bem locado. Na realidade este contrato reúne intrinsecamente dois contratos, o da locação e o opcional
de compra e venda. Por ato unilateral, o arrendatário ou locatário do bem, findo o prazo locatício pode
optar pela compra deste bem pagando o chamado valor residual, ou seja, pagando o equivalente ao valor
do bem locado debitado as prestações anteriormente pagas durante a locação a título de aluguel.

5.2. Alienação Fiduciária em Garantia:

É o contrato através do qual uma das partes denominada fiduciante, proprietária do bem, objeto do
contrato, aliena­o em confiança (em fidúcia) para outra parte, denominada fiduciário, que se obriga a
devolver a propriedade deste bem ao fiduciante, de acordo com as condições estabelecidas no contrato.
No caso, o fiduciante é o devedor e mutuário e o fiduciário o mutuante, credor. Em outras palavras,
dando o exemplo da compra e venda de veículos, o proprietário do bem é o fiduciante, que aliena o
veículo à financeira que lhe concedeu o financiamento para o pagamento deste veículo. Sendo quitada a
dívida pelo fiduciante, o fiduciário, credor ou mutuante, que é a financeira, devolve ao fiduciante a
propriedade do bem.
dando o exemplo da compra e venda de veículos, o proprietário do bem é o fiduciante, que aliena o
veículo à financeira que lhe concedeu o financiamento para o pagamento deste veículo. Sendo quitada a
dívida pelo fiduciante, o fiduciário, credor ou mutuante, que é a financeira, devolve ao fiduciante a
propriedade do bem.

5.3. Contrato de Factoring:

Também chamado de fomento mercantil, o Contrato de Faturização ou Factoring é aquele através do
qual o faturizador (Instituição Financeira) presta ao faturizado (Empresário) o serviço de administração
de crédito, garantindo ao empresário o pagamento das faturas por ele emitidas. Nos dias atuais, em razão
da grande concorrência no comércio, na indústria e na prestação de serviços, se o empresário não
colocar à disposição do consumidor ou de seu cliente a facilitação no pagamento das mercadorias ou
serviços, pode perdê­los para outro empresário concorrente.Permitindo o pagamento com prazos maiores
instrumentados por cheques, promissórias ou duplicatas, realiza a sua atividade empresária a contento e
em contrapartida, utiliza­se do mecanismo da faturização para a antecipação destes créditos.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(XIII Exame OAB ­ 2014.1 (FGV – MAR/14) Direito Empresarial Banco Colares S/A, com
fundamento no inadimplemento de contrato de alienação fiduciária em garantia celebrado nos termos do
artigo 66­B, da Lei nº 4.728/65, requereu a busca e apreensão do bem, com pedido de liminar.
Previamente ao pedido, o fiduciário comprovou o não pagamento por Augusto Corrêa, fiduciante, das
quatro últimas parcelas do financiamento. O pedido foi deferido e a liminar executada. O fiduciante não
apresentou resposta no prazo legal, porém, dois dias após executada a liminar, pagou a integralidade da
dívida pendente, em conformidade com os valores apresentados pelo fiduciário na inicial. Diante do
pagamento comprovado nos autos, o Juiz determinou a entrega do bem livre de ônus, mas este já havia
sido alienado pelo fiduciário durante o prazo legal para o pagamento da dívida. O fiduciário justificou
sua conduta pela ausência de resposta do fiduciante ao pedido de busca e apreensão.

a) Poderá ser aplicada alguma penalidade ao fiduciário pela alienação do bem, ou este agiu em exercício
regular do direito? Justifique

b) Comprovado pelo fiduciante que a alienac¸a~o do bem lhe causou danos emergentes e lucros
cessantes, que medida podera´ propor seu advogado em face do fiducia´rio?

QUESTÃO OBJETIVA:
QUESTÃO OBJETIVA:

(MAGISTRATURA/DF – 2011) Espécie de  leasing em que o bem arrendado já pertence à empresa
arrendadora é:

A) leasing financeiro;

B) leasing de retorno;

C) leasing operacional;

D) nenhuma das alternativas anteriores é correta.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 9
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência

Tema

Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência: Disposições Preliminares.
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 9
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência

Tema

Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência: Disposições Preliminares.

Palavras­chave
Recuperação Judicial, Extrajudicial; Falência;

Objetivos

­ Conhecer o plano de ensino da disciplina e sua importância;

­ Visualizar através da apresentação do mapa conceitual o encadeamento existente entre as unidades que
compõe a ementa da disciplina;

­ Compreender a evolução histórica dos institutos Falência, Recuperação Judicial e Extrajudicial;

­ Verificar as disposições preliminares estabelecidas na Lei 11.101/2005;

Estrutura de Conteúdo

Os institutos da Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência estão disciplinados pela Lei n°
11.101/2005, que prevê todas as disposições comuns e específicas dos referidos institutos. Importante
mencionar que a referida Lei não se aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista; assim
como às instituições financeiras públicas ou privadas, cooperativas de crédito, consórcios, entidades de
previdência complementar, sociedades operadoras de plano de assistência à saúde, sociedades
seguradoras, sociedades de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. Vale
ressaltar ainda, que na Recuperação Judicial e na Falência não são exigíveis do devedor as obrigações a
título gratuito, bem como as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial
ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor. Além disso, de acordo com
a Lei n° 11.101/2005, a decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação
judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive
aquelas dos credores particulares do sócio solidário. As disposições previstas nos artigos 7° ao 20 da
aludida Lei referem­se aos procedimentos adotados para a verificação e habilitação créditos tanto no
Processo de Recuperação Judicial quanto na Falência.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(XXII Exame de Ordem Unificado – 2017.1) Na recuperação judicial de Têxtil Sonora S/A, o Banco
Japurá S/A, titular de 58% dos créditos com garantia real, indicou ao juiz os representantes e suplentes
(XXII Exame de Ordem Unificado – 2017.1) Na recuperação judicial de Têxtil Sonora S/A, o Banco
Japurá S/A, titular de 58% dos créditos com garantia real, indicou ao juiz os representantes e suplentes
de sua classe no Comitê de Credores. Xinguara Participações S/A, credora da mesma classe, impugnou a
referida indicação, alegando descumprimento do Art. 35, inciso I, alínea b, da Lei nº 11.101/2005,
porque a assembleia­geral de credores tem por atribuições deliberar sobre a constituição do Comitê de
Credores, assim como escolher seus membros e sua substituição, não tendo havido deliberação nesse
sentido. Ademais, aduz a impugnante que não houve manifestação do Comitê de Credores, já constituído
apenas com representantes dos credores trabalhistas e quirografários, sobre a proposta do devedor de
alienação de unidade produtiva isolada não prevista no plano de recuperação. Ouvido o administrador
judicial, este não se manifestou sobre a primeira impugnação e, em relação à segunda, opinou pela sua
improcedência em razão de não constar do rol de atribuições legais do Comitê manifestar­se sobre a
proposta do devedor. Com base na hipótese apresentada, responda aos itens a seguir.

a) Deveria ter sido convocada assembleia de credores para eleição dos representantes da classe dos
credores com garantia real, como sustenta a credora Xinguara Participações S/A?

b) Deve ser acatada a opinião do administrador judicial sobre a dispensa de oitiva do Comitê de
Credores por falta de previsão legal?

QUESTÃO OBJETIVA:

(Ministério Público/SP – 2011) A atual Lei de Falências, que regula a Recuperação Judicial, a
Extrajudicial e a Falência do empresário e da sociedade empresária, instituída por meio da Lei n.º
11.101, de 9 de fevereiro de 2005, trouxe uma profunda reforma no direito falimentar brasileiro. Das
alternativas a seguir, a única correta é:

a) a suspensão das ações de execução contra o devedor, na Recuperação Judicial, não excederá o
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados do deferimento do processamento da Recuperação,
prorrogáveis uma única vez por 60 (sessenta) dias, a critério do Juiz.

b) a remuneração do administrador judicial não pode exceder a 10% (dez por cento) do valor
devido aos credores submetidos à Recuperação Judicial.

c) a constituição do Comitê de Credores é obrigatória, na Falência e na Recuperação Judicial, e,
dentre suas responsabilidades, estão a fiscalização e o exame das contas do administrador judicial.

d) havendo objeção ao Plano de Recuperação Judicial, o Juiz deverá deliberar sobre o assunto,
após parecer do Comitê de Credores, administrador judicial e Ministério Público.

e) a intimação do Ministério Público será realizada, no processo de Recuperação Judicial, após o
deferimento do processamento da Recuperação Judicial.

Considerações Adicionais
Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 10
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Disposições Comuns à Recuperação judicial e à Falência.

Palavras­chave
Similitudes; Recuperação Judicial; Falência;

Objetivos

­ Analisar as disposições comuns aos institutos da Recuperação Judicial e da Falência.

­ Compreender os procedimentos legais para habilitação e verificação de créditos.

­ Conhecer os órgãos atuantes na Recuperação Judicial e Falência;

­ Compreender a importância do administrador judicial;

­ Compreender a atuação do Comitê e Assembleia de Credores.

Estrutura de Conteúdo

A Lei n° 11.101/2005 prevê algumas disposições que são comuns aos institutos da Recuperação Judicial
e da Falência, e que consistem basicamente no procedimento de verificação e habilitação dos créditos,
bem como nos órgãos atuantes nos dois processos. Nesse sentido, do artigo 7º ao artigo 20 da referida
Lei, estão previstas as disposições sobre a verificação e habilitação dos créditos, que deverão ocorrer nos
dois processos, disciplinando os procedimentos e os prazos que devem ser adotados pelos órgãos
atuantes na Recuperação Judicial e na Falência. A partir do artigo 21, a Lei n° 11.101/2005 passa a
dispor sobre os órgãos atuantes nos dois tipos de processo. Nesse contexto, do artigo 21 ao 35, a Lei
disciplina a atuação do Administrador Judicial e do Comitê de Credores, determinando suas funções,
prerrogativas e competências. Ao Administrador, dentre outras coisas, compete fornecer, com presteza,
todas as informações pedidas pelos credores interessados; exigir dos credores, do devedor ou seus
administradores quaisquer informações;   b e m   c o m o   contratar, mediante autorização judicial,
profissionais ou empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá­lo no exercício de suas
funções.  Quanto ao Comitê de Credores, este órgão também tem funções definidas no artigo 27 da
referida Lei, dentre as quais, fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial;
zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei; e comunicar ao juiz, caso detecte
violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 10
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Disposições Comuns à Recuperação judicial e à Falência.

Palavras­chave
Similitudes; Recuperação Judicial; Falência;

Objetivos

­ Analisar as disposições comuns aos institutos da Recuperação Judicial e da Falência.

­ Compreender os procedimentos legais para habilitação e verificação de créditos.

­ Conhecer os órgãos atuantes na Recuperação Judicial e Falência;

­ Compreender a importância do administrador judicial;

­ Compreender a atuação do Comitê e Assembleia de Credores.

Estrutura de Conteúdo

A Lei n° 11.101/2005 prevê algumas disposições que são comuns aos institutos da Recuperação Judicial
e da Falência, e que consistem basicamente no procedimento de verificação e habilitação dos créditos,
bem como nos órgãos atuantes nos dois processos. Nesse sentido, do artigo 7º ao artigo 20 da referida
Lei, estão previstas as disposições sobre a verificação e habilitação dos créditos, que deverão ocorrer nos
dois processos, disciplinando os procedimentos e os prazos que devem ser adotados pelos órgãos
atuantes na Recuperação Judicial e na Falência. A partir do artigo 21, a Lei n° 11.101/2005 passa a
dispor sobre os órgãos atuantes nos dois tipos de processo. Nesse contexto, do artigo 21 ao 35, a Lei
disciplina a atuação do Administrador Judicial e do Comitê de Credores, determinando suas funções,
prerrogativas e competências. Ao Administrador, dentre outras coisas, compete fornecer, com presteza,
todas as informações pedidas pelos credores interessados; exigir dos credores, do devedor ou seus
administradores quaisquer informações;   b e m   c o m o   contratar, mediante autorização judicial,
profissionais ou empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá­lo no exercício de suas
funções.  Quanto ao Comitê de Credores, este órgão também tem funções definidas no artigo 27 da
referida Lei, dentre as quais, fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial;
zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei; e comunicar ao juiz, caso detecte
violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(FGV ­ OAB – VIII Exame – Prova Prático­Profissional – 2014 – adaptada) Em 29/01/2010, ABC
(FGV ­ OAB – VIII Exame – Prova Prático­Profissional – 2014 – adaptada) Em 29/01/2010, ABC
Barraca de Areia Ltda. ajuizou sua recuperação judicial, distribuída à 1ª Vara Empresarial da Comarca
da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Em 03/02/2010, quarta­feira, foi publicada no Diário de Justiça
Eletrônico do Rio de Janeiro (“DJE­RJ”) a decisão do juiz que deferiu o processamento da recuperação
judicial e, dentre outras providências, nomeou o economista João como administrador judicial da
sociedade. Decorridos 15 (quinze) dias, alguns credores apresentaram a João as informações que
entenderam corretas acerca da classificação e do valor de seus créditos. Quarenta e cinco dias depois, foi
publicado, no DJE­RJ e num jornal de grande circulação, novo edital, contendo a relação dos credores
elaborada por João. No dia 20/04/2010, você é procurado pelos representantes de XYZ Cadeiras Ltda.,
os quais lhe apresentam um contrato de compra e venda firmado com ABC Barraca de Areia Ltda.,
datado de 04/12/2009, pelo qual aquela forneceu a esta 1.000 (mil) cadeiras, pelo preço de R$
100.000,00 (cem mil reais), que deveria ter sido pago em 28/01/2010, mas não o foi. Diligente, você
verifica no edital mais recente que, da relação de credores, não consta o credor XYZ Cadeiras Ltda. E,
examinando os autos em cartório, constata que o quadro­geral de credores ainda não foi homologado
pelo juiz.

Diante da situação narrada no enunciado da questão, qual seria a medida processual cabível e o
respectivo fundamento legal para que a sociedade XYZ Cadeiras Ltda. possa ser incluída no quadro de
credores da referida recuperação judicial?

QUESTÕES OBJETIVAS:

1. (CESPE – OAB/SP – 2007) No tocante à habilitação de crédito e impugnação previstas na Lei
n.º 11.101/05, é correto afirmar que:

a) na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, com exceção daqueles derivados
da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembléia geral de credores,
ressalvada a hipótese de homologação do quadro geral de credores contendo tais créditos.

b) na falência, os credores retardatários farão jus aos rateios extras eventualmente realizados, mas
ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o
término do prazo e a data do pedido de habilitação.

c) após a homologação do quadro geral de credores, é vedado qualquer pedido de retificação para
inclusão de créditos retardatários.

d) da decisão judicial sobre a impugnação caberá recurso de apelação.

2. (EJEF – Juiz Estadual/MG – 2008) Quanto à falência e à recuperação judicial,
é INCORRETO afirmar que:

a) Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente realizados e
ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o
término do prazo e a data do pedido de habilitação.

b) Após a homologação do quadro­geral de credores, aqueles que não habilitaram seu crédito
poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil,
requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação do quadro­geral para inclusão
do respectivo crédito.
b) Após a homologação do quadro­geral de credores, aqueles que não habilitaram seu crédito
poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil,
requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação do quadro­geral para inclusão
do respectivo crédito.

c) Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários têm direito a voto nas
deliberações da assembléia­geral de credores.

d) As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação do quadro­geral
de credores, serão recebidas como impugnação.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 11
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Recuperação Extrajudicial: Conceito, Pressupostos e Processamento.

Palavras­chave
Recuperação Extrajudicial;

Objetivos

­ Identificar os requisitos da Recuperação Extrajudicial;

­ Conhecer os Créditos abrangidos na Recuperação Extrajudicial;

­ Verificar a Homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial;

­ Identificar a Impugnação ao plano.

Estrutura de Conteúdo

A Lei n° 11.101/2005 também disciplina o instituto da Recuperação Extrajudicial nos seus artigos 161 a
167, e prevê, dentre outras disposições, que o devedor que preencher os requisitos para requerer
Recuperação Judicial (art. 48), poderá propor e negociar com credores plano de recuperação
extrajudicial. Todavia, o devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver
pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de
outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos. Além disso, o devedor poderá
requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o
documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos respectivos credores que a ele
aderiram.

Vale ressaltar que a homologação do plano de recuperação extrajudicial depende da juntada, por parte do
devedor: i) da exposição da situação patrimonial do devedor; ii) das demonstrações contábeis relativas
ao último exercício social e as levantadas especialmente para instruir o pedido; e iii) dos documentos que
comprovem os poderes dos subscritores para novar ou transigir, relação nominal completa dos credores,
com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito,
discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 11
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Recuperação Extrajudicial: Conceito, Pressupostos e Processamento.

Palavras­chave
Recuperação Extrajudicial;

Objetivos

­ Identificar os requisitos da Recuperação Extrajudicial;

­ Conhecer os Créditos abrangidos na Recuperação Extrajudicial;

­ Verificar a Homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial;

­ Identificar a Impugnação ao plano.

Estrutura de Conteúdo

A Lei n° 11.101/2005 também disciplina o instituto da Recuperação Extrajudicial nos seus artigos 161 a
167, e prevê, dentre outras disposições, que o devedor que preencher os requisitos para requerer
Recuperação Judicial (art. 48), poderá propor e negociar com credores plano de recuperação
extrajudicial. Todavia, o devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver
pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de
outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos. Além disso, o devedor poderá
requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o
documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos respectivos credores que a ele
aderiram.

Vale ressaltar que a homologação do plano de recuperação extrajudicial depende da juntada, por parte do
devedor: i) da exposição da situação patrimonial do devedor; ii) das demonstrações contábeis relativas
ao último exercício social e as levantadas especialmente para instruir o pedido; e iii) dos documentos que
comprovem os poderes dos subscritores para novar ou transigir, relação nominal completa dos credores,
com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito,
discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de
cada transação pendente.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:
CASO CONCRETO:

(BNDES – Advocacia – 2010) Uma empresa propôs aos seus credores recuperação extrajudicial em 15
de janeiro de 2014, solicitando a homologação judicial 2 (dois) meses depois, com a assinatura de 2/3
(dois terços) das dívidas com credores trabalhistas e 3/5 (três quintos) das dívidas com credores
quirografários. Esse pedido foi acompanhado do respectivo plano de recuperação, nos mesmos moldes
do que havia sido concedido em dezembro de 2012 pelo mesmo Juízo. O procedimento adotado pela
empresa teve como principal finalidade afastar qualquer possibilidade de pedido de falência, bem como
priorizar o recebimento dos créditos que estavam vencidos em detrimento dos vincendos, caso afalência
fosse decretada. Considerando esses dados, emita sua opinião legal, de maneira fundamentada, com base
no pedido formulado pela empresa, à luz do ordenamento jurídico em vigor.

QUESTÃO OBJETIVA:

(MPT – Procurador do Trabalho – 2008) A respeito da recuperação extrajudicial assinale a alternativa
CORRETA:

a) os credores trabalhistas, tributários, titulares de posição de proprietário fiduciário de bens
móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóveis
cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, e de
proprietário em contrato de venda com reserva de domínio e o credor decorrente de adiantamento
de contrato de câmbio para exportação, não serão atingidos pelo plano de recuperação
extrajudicial;

b) para simplesmente procurar seus credores e tentar encontrar, junto com eles, uma saída
negociada para a crise, o empresário ou sociedade empresária precisará atender aos requisitos da
Lei para a recuperação extrajudicial;

c) não haverá qualquer requisito a ser preenchido pelo empresário e a sociedade empresária para
requerer a homologação do acordo de recuperação extrajudicial;

d) a desistência da adesão ao plano por parte do credor poderá ocorrer a qualquer momento,
independentemente da distribuição do pedido de homologação;

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 12
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Recuperação Judicial: Conceito, Pressupostos, Pedido e Processamento.

Palavras­chave
Recuperação Judicial;
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 12
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Recuperação Judicial: Conceito, Pressupostos, Pedido e Processamento.

Palavras­chave
Recuperação Judicial;

Objetivos

­ Conhecer a recuperação Judicial: Conceito. Pressupostos. Do pedido. Processamento.

­ Identificar as consequências do Despacho de Deferimento de Processamento: Efeitos. Recursos.

­ Conhecer o Plano Especial da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, o conceito e
características;

­ Identificar os casos de convolação da recuperação judicial em falência e seu processamento;

Estrutura de Conteúdo

O instituto da Recuperação Judicial está disciplinado na Lei n° 11.101/2005, a partir do artigo 47, e pode
ser entendido como o processo  que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise
econômico­financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos
trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função
social e o estímulo à atividade econômica. Posteriormente, em seu artigo 48, a referida Lei prevê os
impedimentos para requerer recuperação judicial. Além disso, há a previsão dos possíveis meios de
recuperação judicial que podem ser adotados pelos devedores que optarem pela recuperação judicial.
Vale ressaltar que se trata de um rol exemplificativo, e traz alguns meios de recuperação, tais como, a
concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; a
alteração do controle societário; a substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou
modificação de seus órgãos administrativos; a concessão aos credores de direito de eleição em separado
de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; o aumento de
capital social, dentre outros. Os artigos posteriores trazem as disposições sobre o Pedido e o
processamento da recuperação judicial, sendo que o artigo 51 elenca os documentos que deverão instruir
a petição inicial, e os artigos 55 a 69 descrevem o procedimento da Recuperação Judicial.

Importante mencionar que a Lei nº 11.101/2005 também disciplina o Plano Especial de Recuperação
Judicial que poderá ser apresentado pelas microempresas e empresas de pequeno porte, e que prevê,
dentre outras coisas, o parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas,
acrescidas de juros equivalentes à taxa SELIC, podendo conter ainda a proposta de abatimento do valor
das dívidas, além do pagamento da 1a (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias,
contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica
Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(TJRJ – Juiz ­ 2013) Determinada empresa ingressa com pedido de recuperação judicial perante uma das
Varas Empresarias do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo o juiz deferido seu processamento.

a) Discorra sobre a possibilidade, ou não, da prorrogação do prazo de 180 dias previsto no art. 6º,
parágrafo 4º da Lei nº 11.101/2005.

b) Responda, de forma fundamentada, se o crédito decorrente de adiantamento de 
contrato de câmbio se sujeita à recuperação judicial.

QUESTÕES OBJETIVAS:

1. (TJDFT – Juiz Substituto/2005) Assinale a alternativa incorreta. Nos termos da Lei nº
11.101/2005, na hipótese de recuperação judicial, pode­se afirmar que:

a) não tem legitimidade para obter o benefício quem já o obteve há menos de 5 anos;

b) se o sócio controlador tiver sido condenado por crime falimentar.

c) pode ser requerida pelos herdeiros do devedor.

d) que são legitimados para o pedido apenas as sociedades empresárias e não o empresário
individual.

2. (FCC – TRT 6ª Região/PE – Juiz do Trabalho – 2013) O plano de recuperação judicial poderá
prever, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros meios de recuperação,

a) a ineficácia dos contratos de alienação fiduciária.

b) a alienação de bem objeto de garantia real, com a supressão da garantia, independente de
aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia.

c) nos créditos em moeda estrangeira, o afastamento da variação cambial, independentemente de
aprovação expressa do credor titular do respectivo crédito.

d) a redução salarial e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva

e) o parcelamento dos créditos tributários no prazo máximo de quinze anos.
d) a redução salarial e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva

e) o parcelamento dos créditos tributários no prazo máximo de quinze anos.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 13
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Falência: Conceito, Princípios, Objetivos, Legitimidade e Pressupostos.

Palavras­chave
Falência;

Objetivos

­ Identificar o conceito de falência, os princípios, objetivos, pressupostos e legitimidade;

­ Verificar as causas de insolvência, a impontualidade, execução individual frustrada e os atos de
falência;

­ Conhecer as defesas pré falimentares;

­ Conhecer o depósito elisivo, bem como as causas impeditivas da falência.

Estrutura de Conteúdo

O processo de Falência está disciplinado na Lei n° 11.101/2005, a partir do artigo 75, e prevê que tal
instituto,  ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a
utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa.
Cumpre ressaltar que a Falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual. Nesse
contexto, a falência pode ser compreendida como o processo de execução coletiva contra o devedor
empresário em crise econômico­financeira.

Uma vez confirmado o estado falimentar do devedor, a falência pode ser decretada por três caminhos
procedimentais, quais sejam, a falência litigiosa, a falência voluntária e a falência incidental.

A falência litigiosa, caracterizada pela possibilidade de contraditório, será ensejada por três situações
distintas: i) por impontualidade, conforme artigo 94, I da Lei nº 11.101/2005; ii) por execução frustrada,
conforme artigo 94, II da Lei nº 11.101/2005; e iii) por atos de falência, conforme artigo 94, III.

A Falência voluntária é aquela requerida pelo próprio devedor, conforme preconiza o artigo 105 da Lei
nº 11.101/2005, e que também é conhecida como autofalência. Nesse caso, a lei determina que o
devedor em crise econômico­financeira que considere não atender aos requisitos para pleitear sua
recuperação judicial, deve requerer falência.
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 13
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Falência: Conceito, Princípios, Objetivos, Legitimidade e Pressupostos.

Palavras­chave
Falência;

Objetivos

­ Identificar o conceito de falência, os princípios, objetivos, pressupostos e legitimidade;

­ Verificar as causas de insolvência, a impontualidade, execução individual frustrada e os atos de
falência;

­ Conhecer as defesas pré falimentares;

­ Conhecer o depósito elisivo, bem como as causas impeditivas da falência.

Estrutura de Conteúdo

O processo de Falência está disciplinado na Lei n° 11.101/2005, a partir do artigo 75, e prevê que tal
instituto,  ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a
utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa.
Cumpre ressaltar que a Falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual. Nesse
contexto, a falência pode ser compreendida como o processo de execução coletiva contra o devedor
empresário em crise econômico­financeira.

Uma vez confirmado o estado falimentar do devedor, a falência pode ser decretada por três caminhos
procedimentais, quais sejam, a falência litigiosa, a falência voluntária e a falência incidental.

A falência litigiosa, caracterizada pela possibilidade de contraditório, será ensejada por três situações
distintas: i) por impontualidade, conforme artigo 94, I da Lei nº 11.101/2005; ii) por execução frustrada,
conforme artigo 94, II da Lei nº 11.101/2005; e iii) por atos de falência, conforme artigo 94, III.

A Falência voluntária é aquela requerida pelo próprio devedor, conforme preconiza o artigo 105 da Lei
nº 11.101/2005, e que também é conhecida como autofalência. Nesse caso, a lei determina que o
devedor em crise econômico­financeira que considere não atender aos requisitos para pleitear sua
recuperação judicial, deve requerer falência.

Já a Falência incidental decorre da convolação de recuperação judicial em falência, e recebe essa
classificação de incidental porque é proveniente de algum incidente ocorrido no processo de recuperação
judicial, conforme determina o artigo 73 da Lei nº 11.101/2005. Tal convolação ocorrerá nas seguintes
hipóteses: i) por deliberação da assembléia­geral de credores; ii) pela não apresentação, pelo devedor, do
plano de recuperação no prazo previsto em Lei; iii) quando houver sido rejeitado o plano de
recuperação; e iv) por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação judicial
apresentado pelo devedor.
judicial, conforme determina o artigo 73 da Lei nº 11.101/2005. Tal convolação ocorrerá nas seguintes
hipóteses: i) por deliberação da assembléia­geral de credores; ii) pela não apresentação, pelo devedor, do
plano de recuperação no prazo previsto em Lei; iii) quando houver sido rejeitado o plano de
recuperação; e iv) por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação judicial
apresentado pelo devedor.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(OAB – XI Exame de Ordem – Prático Profissional – 2013) José, empresário individual que teve sua
falência decretada em 20.10.2011, vendeu um sítio de sua propriedade para Antônio, em agosto de 2011.
Antônio prenotou a escritura de compra e venda do sítio em 18.10.2011, mas o registro da transferência
imobiliária só foi efetuado em 05.11.2011, 15 (quinze) dias após a decretação da falência. Isto posto,
responda aos itens a seguir.

A) É válida e eficaz a compra e venda acima referida?

B) A referida compra e venda poderia eventualmente vir a ser revogada?

QUESTÃO OBJETIVA:

1. (TJDFT – Juiz Substituto/DF – 2007) Assinale a assertiva correta:

a) A falência cessa os efeitos do mandato, cabendo ao mandatário, de imediato, prestar contas de
sua gestão ao juízo falimentar.

b) Os juros bancários posteriores à decretação da falência, debitados da conta do falido, devem
ser creditados de novo, a não ser que o banco depositário desconhecesse a falência de seu cliente
quando apurou o lançamento.

c) O credor de coobrigados solidários cujas falências sejam decretadas tem o direito de concorrer
em apenas uma delas, pela totalidade de seu crédito.

d) A decretação da falência não suspende o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos
à arrecadação.
à arrecadação.

2. (VUNESP – Procurador do Município/Ribeirão Preto­SP – 2007) O prazo de contestação na ação de
falência será de:

a) 24 horas

b) 48 horas

c) 5 dias

d) 10 dias

e) 15 dias

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 14
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema
Sentença no processo de falência: natureza jurídica, elementos constitutivos, efeitos e recursos.

Palavras­chave
Sentença; Falência; Efeitos; Recursos;

Objetivos

­ Conhecer a sentença denegatória da falência, natureza jurídica e recurso;

­ Identificar a sentença de decretação da falência, a natureza jurídica e recurso;

­ Identificar os elementos constitutivos da sentença de decretação da falência.

­ Identificar e analisar os efeitos da sentença de decretação da falência

Estrutura de Conteúdo

A sentença que decreta a falência do devedor está prevista no artigo 99 na Lei n° 11.101/2005, que
prevê que tal decisão: i) conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem
a esse tempo seus administradores; ii) fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí­lo por mais de
90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro)
protesto por falta de pagamento, excluindo­se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido
cancelados; iii) ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal
dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta
já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; iv) explicitará o prazo para as habilitações de
crédito; v) ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido; vi) proibirá a prática de
qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo­os preliminarmente à autorização
judicial e do Comitê de Credores, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades
normais do devedor se autorizada a continuação provisória; vii) determinará as diligências necessárias
para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 14
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema
Sentença no processo de falência: natureza jurídica, elementos constitutivos, efeitos e recursos.

Palavras­chave
Sentença; Falência; Efeitos; Recursos;

Objetivos

­ Conhecer a sentença denegatória da falência, natureza jurídica e recurso;

­ Identificar a sentença de decretação da falência, a natureza jurídica e recurso;

­ Identificar os elementos constitutivos da sentença de decretação da falência.

­ Identificar e analisar os efeitos da sentença de decretação da falência

Estrutura de Conteúdo

A sentença que decreta a falência do devedor está prevista no artigo 99 na Lei n° 11.101/2005, que
prevê que tal decisão: i) conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem
a esse tempo seus administradores; ii) fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí­lo por mais de
90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro)
protesto por falta de pagamento, excluindo­se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido
cancelados; iii) ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal
dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta
já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; iv) explicitará o prazo para as habilitações de
crédito; v) ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido; vi) proibirá a prática de
qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo­os preliminarmente à autorização
judicial e do Comitê de Credores, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades
normais do devedor se autorizada a continuação provisória; vii) determinará as diligências necessárias
para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou
de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta
Lei; viii) ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do
devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação
empresarial do falido; ix) nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções de acordo
com Lei nº 11.101/2005; x) determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras
entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido; xi) pronunciar­se­á a respeito da
continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos
estabelecimentos; xii) determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia­geral de
credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê
eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência; xiii)
ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de
todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento
da falência.

Vale ressaltar que da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a
improcedência do pedido cabe apelação. Isso porque, a decisão que decreta a falência tem natureza de
decisão interlocutória, haja vista que o processo continuará tramitando até o encerramento da falência.
No caso da decisão que julga improcedente o pedido de falência, trata­se de uma decisão de natureza
terminativa, culminando com a extinção do processo, razão pela qual o recurso cabível nesse tipo de
decisão é o recurso de apelação.
No caso da decisão que julga improcedente o pedido de falência, trata­se de uma decisão de natureza
terminativa, culminando com a extinção do processo, razão pela qual o recurso cabível nesse tipo de
decisão é o recurso de apelação.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(FGV – OAB ­ XV Exame de Ordem Unificado – 2014 ­ Adaptada) João Lima Artigos Esportivos Ltda.
celebrou contrato de locação de imóvel comercial, localizado na Galeria Madureira, para a instalação do
estabelecimento comercial da sociedade. Atingida por forte crise setorial, a sociedade acumulou dívidas
vultosas e não conseguiu honrá­las. Com a decretação da falência, como ficaria a situação do contrato
de locação comercial celebrado pelo locatário?

QUESTÃO OBJETIVA:

(OAB/MG – 2007) São efeitos da sentença declaratória da falência, exceto:

a) a perda da administração dos bens do falido, que passam a ser guardados e conservados pelo
administrador judicial nomeado pelo juiz.

b) a sujeição dos credores ao concurso universal da falência.

c) o encerramento dos contratos bilaterais do falido.

d) o encerramento das contas correntes do falido.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 15
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Ações Incidentais; Liquidação do Ativo e Pagamento do Passivo; Encerramento da Falência; e Crimes
Falimentares.

Palavras­chave
Incidentais; Ativo; Passivo; Crimes; Falência;
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 15
Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont)

Tema

Ações Incidentais; Liquidação do Ativo e Pagamento do Passivo; Encerramento da Falência; e Crimes
Falimentares.

Palavras­chave
Incidentais; Ativo; Passivo; Crimes; Falência;

Objetivos

­ Identificar a liquidação do ativo na Falência, bem como as formas de liquidação;

­ Conhecer o pagamento do passivo na falência e as restituições.

­ Conhecer o encerramento da Falência;

­ Identificar as formas de extinção das obrigações;

Estrutura de Conteúdo

Dentre as ações incidentais previstas na Lei nº 11.101/2005, está a ação revocatória que pode ser
proposta para revogar os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, provando­se o conluio
fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa
falida. Tal ação deve ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo Ministério
Público no prazo de 3 (três) anos contado da decretação da falência, e pode ser promovida contra todos
os que figuraram no ato ou que por efeito dele foram pagos, garantidos ou beneficiados, bem como seus
herdeiros; e  contra os terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, ao se criar o direito, da intenção
do devedor de prejudicar os credores. Vale salientar que a sentença que julgar procedente a ação
revocatória determinará o retorno dos bens à massa falida em espécie, com todos os acessórios, ou o
valor de mercado, acrescidos das perdas e danos.

Além disso, a Lei nº 11.101/2005 determina que logo após a arrecadação dos bens, com a juntada do
respectivo auto ao processo de falência, será iniciada a realização do ativo. Tal alienação dos bens
deverá ser realizada, preferencialmente na seguinte ordem: i) alienação da empresa, com a venda de seus
estabelecimentos em bloco; ii) alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades produtivas
isoladamente; iii) alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do devedor;
e iv) alienação dos bens individualmente considerados.

No que se refere ao pagamento do passivo, a lei determina que após a realização das restituições, o
pagamento dos créditos extraconcursais, e a consolidação do quadro­geral de credores, as importâncias
recebidas com a realização do ativo serão destinadas ao pagamento dos credores, atendendo à
classificação dos créditos prevista na Lei nº11.101/2005.

Nos artigos 154 a 160, a Lei nº 11.101/2005 traz as disposições sobre o encerramento da falência e a
extinção das obrigações do falido, e a partir do artigo 168 a referida lei disciplina os crimes falimentares.
extinção das obrigações do falido, e a partir do artigo 168 a referida lei disciplina os crimes falimentares.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(FGV – OAB ­ XIII Exame de Ordem Unificado – 2014 ­ Adaptada) A assembleia geral de credores da
sociedade falida “Concessionária de Veículos Pereira Ltda.” aprovou, com o voto favorável de credores
que representam 3/4 (três quartos) dos créditos presentes à assembleia, a constituição de sociedade
formada pelos empregados do próprio devedor. Sobre esta modalidade de realização do ativo,
determinado credor que votou contrariamente, questiona sobre a legalidade desse procedimento.
Responda ao questionamento do credor, fundamentando sua resposta.

QUESTÃO OBJETIVA:

1. (OAB/MG – 2008) Na falência, o crédito trabalhista habilitado conta com posição de destaque
na hierarquia da classificação dos credores até o valor de 150 salários mínimos. Em relação ao credor
trabalhista cujo crédito superar esse limite, é verdade afirmar:

a) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos quirografários.

b) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos subordinados.

c) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos com privilégio
especial.

d) os saldos excedentes do seu crédito não poderão ser reclamados na falência.

2. (OAB/MG – 2008) A preferência do crédito com garantia real na falência:

a) é limitada a 150 (cento e cinquenta) salários mínimos.

b) é limitada a ao valor do bem gravado.

c) é limitada a 50% da avaliação dos bens arrecadados.
b) é limitada a ao valor do bem gravado.

c) é limitada a 50% da avaliação dos bens arrecadados.

d) é ilimitada.

Considerações Adicionais

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 16
Revisão do Conteúdo Programático

Tema
Revisão do Conteúdo Programático: Títulos de crédito, Atos Cambiais, Recuperação Judicial,
Extrajudicial e Falência. 

Palavras­chave
Revisão; Conteúdo;

Objetivos

Rever os pontos abordados da disciplina Direito Empresarial Aplicado II.

Fortalecer e solidificar o conhecimento de direito empresarial, especificamente no que se refere aos
títulos de crédito, contratos empresariais e direito falimentar.

Estrutura de Conteúdo

UNIDADE I

1.  Teoria Geral dos Títulos de Crédito

1.1. Evolução histórica; 

1.2. Conceito e função do crédito e dos títulos de crédito.

1.3. Princípios do direito cambiário:

1.3.1. Cartularidade;

1.3.2. Literalidade;

1.3.3. Autonomia;

1.3.4. Independência;

1.3.5. Abstração; 

1.3.6. Independência;

1.3.7. Solidariedade cambial;

1.4. Características: negociabilidade, executoriedade e formalismo.

1.5. Classificação dos títulos de Crédito:

1.5.1. Com relação à causa;
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II ­ CCJ0134
Semana Aula: 16
Revisão do Conteúdo Programático

Tema
Revisão do Conteúdo Programático: Títulos de crédito, Atos Cambiais, Recuperação Judicial,
Extrajudicial e Falência. 

Palavras­chave
Revisão; Conteúdo;

Objetivos

Rever os pontos abordados da disciplina Direito Empresarial Aplicado II.

Fortalecer e solidificar o conhecimento de direito empresarial, especificamente no que se refere aos
títulos de crédito, contratos empresariais e direito falimentar.

Estrutura de Conteúdo

UNIDADE I

1.  Teoria Geral dos Títulos de Crédito

1.1. Evolução histórica; 

1.2. Conceito e função do crédito e dos títulos de crédito.

1.3. Princípios do direito cambiário:

1.3.1. Cartularidade;

1.3.2. Literalidade;

1.3.3. Autonomia;

1.3.4. Independência;

1.3.5. Abstração; 

1.3.6. Independência;

1.3.7. Solidariedade cambial;

1.4. Características: negociabilidade, executoriedade e formalismo.

1.5. Classificação dos títulos de Crédito:

1.5.1. Com relação à causa;

1.5.2. Com relação ao modo de circulação;

1.5.3. Com relação ao seu conteúdo e natureza;

1.5.4. Com relação ao modelo;

1.5.5. Com relação a outas formas de classificação;

UNIDADE II
UNIDADE II

2.1. Atos cambiais

2.1.1. Saque e emissão;

2.1.2. Apresentação, aceite, endosso e aval;

2.1.3. Vencimento e pagamento.


UNIDADE III

3.  Protesto de títulos e Ação Cambial

3.1. Protesto

3.1.1.  Conceito e finalidade;

3.1.2.  Fases do protesto;

3.1.3.  Protesto e notificação extrajudicial;

3.1.4.  Protesto especial; 

3.1.5.  Baixa do protesto; 

3.1.6.  Sustação do protesto; 

3.1.7.  Anulação do protesto; 

3.1.8.  Protesto judicial; 

4.2. Ação Cambial

4.2.1. Ação Direta;

4.2.2. Ação Regressiva;

4.2.3. Prescrição e Defesa

UNIDADE IV

4. Títulos de Crédito

4.1. Letra de Câmbio e Nota Promissória:

4.1.1. Origem, finalidade e natureza jurídica

4.1.2. Regras de forma, saque/emissão e apresentação

4.1.3.  Endosso, aceite e aval

4.1.4. Protesto

4.2. Cheque:

4.2.1. Noções gerais, natureza jurídica e requisitos essenciais;
4.2. Cheque:

4.2.1. Noções gerais, natureza jurídica e requisitos essenciais;

4.2.2. Provisão de fundos e devolução do cheque;

4.2.3. Espécies, endosso e aval;

4.2.4 Prescrição e ação por falta de pagamento.

4.3. Duplicata mercantil e de Serviços:

4.3.1. Noções gerais e requisitos

4.3.2. Fatura;

4.3.3. Ações fundadas na duplicada e triplicata;

UNIDADE V

5. Contratos Empresariais

5.1. Contrato de Franquia:

5.2. Contrato Bancário:

5.2.1. Contrato de Depósito;

5.2.2. Contrato de Mútuo;

5.2.3. Contrato de Desconto;

5.2.4. Contrato de Abertura de Crédito.

5.3. Contrato de Arrendamento Mercantil

5.4. Contrato de Cartão de Crédito

UNIDADE VI

6. Recuperação Extrajudicial, Judicial e Falência:

6.1. Disposições Preliminares Comuns:

6.1.1. Legitimidade, Juízo Competente e Ministério Público;

6.2. Disposições Comuns:

6.2.1. Títulos não exigíveis;

6.2.2. Dos efeitos do processamento;

6.3. Da Habilitação e Verificação dos Créditos;

6.4. Órgãos atuantes na Recuperação Judicial e Falência;

UNIDADE VII

7. Recuperação Extrajudicial.
UNIDADE VII

7. Recuperação Extrajudicial.

7.1. Conceito;

7.2. Pressupostos;

7.3. Processamento;

UNIDADE VIII

8. Recuperação Judicial

8.1. Conceito. Pressupostos. Meios de Recuperação;

8.2. Do Pedido e do Processamento da Recuperação Judicial:

8.2.1. Petição Inicial;

8.2.2. Do Plano de Recuperação Judicial;

8.2.3. Do Procedimento de Recuperação Judicial;

8.3. Do Plano de Recuperação Judicial para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte;

8.4. Da Convolação da Recuperação Judicial em Falência.

UNIDADE IX

9. Falência

9.1. Conceito e Princípios;

9.2. Objetivos e Pressupostos;

9.3. Legitimidade;

9.4. Causas de Insolvência:

9.4.1. Impontualidade;

9.4.2. Execução Individual Frustrada;

9.4.3. Atos de Falência.

9.5. Defesas Pré Falimentares.

9.5.1. Depósito Elisivo.

9.5.2. Causas Impeditivas da Falência.

UNIDADE X

10. Sentença na Falência

10.1. Sentença Denegatória da Falência:

10.1.1. Natureza Jurídica;
10.1. Sentença Denegatória da Falência:

10.1.1. Natureza Jurídica;

10.1.2. Recurso;

10.2. Sentença de Decretação da Falência. 

10.2.1. Natureza Jurídica;

10.2.2. Recurso;

10.2.3. Elementos Constitutivos da Sentença de Decretação da Falência; 
10.2.4. Efeitos da Sentença de Decretação da Falência em relação ao Falido; 
10.2.4.1. Em relação aos Bens do Falido;

10.2.4.2. Em relação aos Credores do Falido;

10.2.4.3. Em relação aos Contratos do Falido;

10.3. Arrecadação e Custódia dos Bens da Massa Falida.

UNIDADE XI

11.1. Ações Incidentais:

11.1.1. Ineficácia dos atos realizados pelo falido;

11.1.2. Ação Revocatória;

11.2. Liquidação do Ativo na Falência:

11.2.1. Formas de liquidação;

11.2.2. Atuação do Comitê de Credores;

11.2.3. Ausência de Sucessão Trabalhista e Tributária;

11.3. Pagamento do Passivo na Falência;

11.3.1. Restituições;

11.3.2. Créditos Extraconcursais;

11.3.3. Preferência dos Créditos Concursais;

11.4. Encerramento da Falência;

11.4.1. Extinção das Obrigações;

11.4.2. Reabilitação da atividade empresarial;

11.5. Crimes Falimentares.

Estratégias de Aprendizagem

Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática
Indicação de Leitura Específica

Aplicação: articulação teoria e prática

CASO CONCRETO:

(FGV – OAB ­ XIV Exame de Ordem Unificado – 2014 ­ Adaptada) Passa Sete Serviços Médicos S/A
apresentou a seus credores plano de recuperação extrajudicial, que obteve a aprovação de mais de
quatro quintos dos créditos de todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu a produção de
efeitos anteriores à homologação judicial, exclusivamente, em relação à forma de pagamento dos
credores signatários que a ele aderiram, alterando o valor dos créditos com deságio de 30% (trinta por
cento). Diante do caso em tela, a companhia questiona sobre a possibilidade e a licitude do plano de
recuperação judicial apresentado. Responda ao questionamento da companhia, fundamentando sua
resposta.

QUESTÃO OBJETIVA:

1. (TJGO – Juiz ­ 2007) Assinale a alternativa que especifica um dos requisitos objetivos para a
homologação do plano de recuperação extrajudicial:

a) Existência de plano de reestruturação do capital, propiciando o ingresso de recursos.

b) Não pode ser previsto no plano o pagamento antecipado de nenhuma dívida.

c) Previsão de realização parcial do ativo para obtenção de recursos necessários ao plano de
recuperação da empresa.

d) Previsão de equalização de encargos financeiros, com redução de direitos creditórios dos
credores da empresa.

2. (VUNESP – TJ/SP – 2013) Submetem­se aos efeitos da recuperação os seguintes créditos:

a) Garantidos por propriedade fiduciária de bens móveis ou imóveis e de arrendamento mercantil,.

b) Fiscais e parafiscais.

c) Debêntures com garantia real.

d) Importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a
contrato de câmbio para exportação (ACC).

Considerações Adicionais
Considerações Adicionais

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