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DEPARTAMENTO DE ELETRÔNICA E BIOMÉDICA

CURSO TÉCNICO E M E QUIPAMENTOS B IOMÉDICOS

PROTEUS
Prof. Mateus A. Ferreira

2016
A POSTILA DE I NFORMÁTICA A PLICADA

Mateus Andrade Ferreira

Professores do Departamento de Eletrônica e Biomédica (DEEB)


Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

Histórico
i. Primeira versão – Dezembro de
Elaborada pelo professor Mateus Andrade Ferreira
EBM 2016 INFORMÁTICA APLICADA

Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
1.1 O PROTEUS .................................................................................................... 7
1.2 Iniciando o PROTEUS ...................................................................................... 8
2. ISIS ......................................................................................................................... 9
2.1. Interface gráfica ................................................................................................... 9
2.1.1. Visão Panorâmica.......................................................................................... 9
2.1.2. Área de Trabalho ......................................................................................... 11
2.1.3. Seleção de Dispositivos ............................................................................... 11
2.1.4. Controle da Simulação ................................................................................ 12
2.1.5. Sistema de Coordenadas ............................................................................ 13
2.1.6. Grid ............................................................................................................. 13
2.1.7 Barra de Ferramentas................................................................................... 13
2.1.8. Alternar páginas .......................................................................................... 14
2.2. Simulação de circuitos ....................................................................................... 14
2.2.1. Inserção de Dispositivos .............................................................................. 14
2.2.2. Orientação dos dispositivos ......................................................................... 17
2.2.3. Conectar Dispositivos .................................................................................. 18
2.2.4. Inserção de Fontes e Terra.......................................................................... 19
2.2.5. Inserção de Instrumentos ............................................................................ 20
2.2.6. Pontas de prova .......................................................................................... 21
2.2.7. Copiar Dispositivos e Blocos ....................................................................... 23
2.2.8. Conexão Virtual de Dispositivos .................................................................. 23
2.2.9. Análise Gráfica ............................................................................................ 24
2.3. Lista de Materiais Para Compras ....................................................................... 27
2.4. Criando Componentes no Isis ............................................................................ 29
3. ARES..................................................................................................................... 34
3.1. Interface Gráfica................................................................................................. 34
3.1.1. Layers.......................................................................................................... 34
3.1.2. Sistema de Coordenadas ............................................................................ 35
3.1.3. Erros de conexão......................................................................................... 35
3.1.4. Regras de Roteamento ................................................................................ 35
3.2. Criação de Placa de Circuito a Partir de Circuito Montado e Sumulado no Isis .. 37
3.2.2. Borda da Placa ............................................................................................ 41
3.2.3. Medição de Distâncias ................................................................................. 42
EBM 2016 INFORMÁTICA APLICADA
3.2.4. Inserção de Componentes ........................................................................... 42
3.2.5. Falsa Origem ............................................................................................... 43
3.2.6. Orientação dos Componentes ..................................................................... 43
3.2.7. Fazendo as conexões com trilhas ................................................................ 44
3.2.8. Inserção de Jumpers ................................................................................... 45
3.2.9. Alterações de Ilhas e Vias ........................................................................... 46
3.2.10. Visualização 3D ............................................................................................ 47
3.3. Criação de Placa de Circuito Diretamente no ARES .......................................... 47
3.3. Criando encapsulamentos.................................................................................. 48
3.4. “SAÍDA” DA PLACA ........................................................................................... 51
EBM 2016 LAB. ELETRÔNICA ANALÓGICA

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
A pontuação durante os bimestres será distribuída da seguinte maneira:

Bimestre 1º 2º 3º 4º Total
Pontuação 20 30 20 30 100

Considera-se aprovado o aluno, que no final do curso, obtenha nota maior ou igual a 60
pontos.
As avaliações serão feitas por meio de relatório semanal sobre a prática realizada e
prova prática, definidas posteriormente.
As aulas práticas serão realizadas por grupos de no máximo 2 (dois) alunos por
bancada, sendo que os grupos serão definidos no início do curso, informado ao professor e
mantidos até o seu término.
A nota correspondente à prática executada será composta de uma avaliação da correta
execução do procedimento executado e do relatório correspondente.
Um relatório individual deverá ser entregue ao término da prática realizada, observando
que no caso da ausência de um dos integrantes, o aluno ausente ficará sem nota na
respectiva prática.
Os alunos podem e devem discutir os procedimentos e resultados com os colegas e o
professor, mas é preciso entender que cada aluno deve tirar suas conclusões
individualmente. Não serão admitidas cópias.

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EBM 2016 LAB. ELETRÔNICA ANALÓGICA

NORMAS GERAIS PARA USO DO LABORATÓRIO

1. O acesso ao laboratório só é permitido se o aluno estiver vestindo calça comprida, sapato


fechado e guarda-pó. O aluno que não estiver devidamente uniformizado será proibido de
entrar no laboratório.
2. Use os óculos de segurança quando solicitado.
3. Não é permitido comer e beber no laboratório. Não colocar alimentos ou bebidas sobre as
bancadas.
4. O uso de aparelhos celulares e similares é proibido. Deixe o seu celular no silencioso e
afastado do seu material de trabalho.
5. Não mexa nos aparelhos e instrumentos que estão sobre a bancada e que não fazem
parte do experimento - não girar ou apertar os seletores, botões e os demais meios de
ajustes desses equipamentos.
6. Somente energize os circuitos montados ou ligue os equipamentos necessários após
prévia autorização do professor.
7. Respeitar as advertências do professor sobre perigos e riscos. Esteja sempre atento às
atividades evitando brincar no laboratório.
8. Não é permitido a entrada do aluno após 15 minutos do início da aula.
9. O material necessário às experiências é sempre revisto e colocado sobre as bancadas,
antes de cada aula. Se o aluno notar qualquer anormalidade ou dúvida deve consultar o
professor.
10. Ao terminar a aula, o aluno deverá deixar sua bancada em perfeita ordem, observando:
i. As mesas deverão estar limpas, sem resíduos de borrachas, restos de papel,
retalhos de fios, etc.
ii. Os equipamentos deverão estar desligados e em ordem para o aluno que for
utilizar a bancada em seguida.
iii. Devolver todo o material recebido no início da aula e em bom estado.
11. Defeitos constatados em componentes, cabos ou equipamentos deverão ser
comunicados ao professor para que sejam tomadas providências no sentido de se efetuar a
manutenção adequada;
12. Consulte o professor quando tiver dúvidas e avise-o de qualquer acidente que ocorra por
menor que pareça.
13. O não cumprimento destas normas poderá acarretar punição ao aluno ou à turma.

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Informática Aplicada

1 INTRODUÇÃO

O software do PROTEUS VSM é uma ferramenta ideal para os estudantes e


profissionais que desejam desenvolver e simular aplicações envolvendo circuitos analógicos
e digitais. Ele permite desenvolvimento completo de projetos através de diagramas
esquemáticos, simulações e layout’s (PCB).
Esta apostila foi elaborada exclusivamente para os alunos do curso técnico em
Equipamentos Biomédicos do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais e
tem o objetivo de apresentar as funções básicas para a utilização do software PROTEUS.
A apostila foi desenvolvida com uma linguagem simples e abordando as funções mais
utilizadas no desenvolvimento de um projeto eletrônico, desde seu diagrama esquemático
até a criação do layout.
Não temos o objetivo de ensinar ou demonstrar os conceitos de circuitos elétricos ou
eletrônicos, já que este conhecimento assim como o do sistema operacional Windows e
seus pacotes básicos, são considerados pré-requisitos para a utilização do PROTEUS.

1.1 O PROTEUS
O grande diferencial do PROTEUS com relação a outros softwares é a capacidade de
simular circuitos elétricos e circuitos microcontrolados, pois além de fornecer componentes
animados, também possui as ferramentas necessárias para depurar o software
desenvolvido para o microcontrolador, acompanhando seu comportamento na simulação do
hardware.
No PROTEUS quatro módulos trabalham em conjunto fornecendo todas as ferramentas
necessárias para o processo de desenvolvimento, veja abaixo quais são eles:

 ISIS – Inteligent Schematic Input System (Sistema de entrada de diagrama


esquemático inteligente)
Ferramenta para desenvolvimento de diagramas esquemáticos, sendo possível gerar
projetos com várias páginas, relatórios, listas de compras, entre outras funcionalidades.

 VSM – Virtual System Modeling (Modulação de Sistema Virtual)


Este módulo é responsável pelas simulações e animações de componentes e,
principalmente, pela utilização de microcontroladores, já que é através desta tecnologia que
é possível emular microcontroladores no PROTEUS. O VSM trabalha em conjunto com o
ISIS, permitindo que, diretamente no diagrama esquemático, sejam utilizados componentes
animados, como motores, led’s, display’s, etc.

 PRO-SPICE – para simulação matemática (SPICE Simulation Program with


Integrated Emphasis)
O PRO-SPICE também trabalha em conjunto com o ISIS, permitindo que na simulação
sejam utilizados instrumentos e gráficos, como voltímetro, amperímetros, osciloscópio, etc.

 ARES – Advanced Routing and Editing Software (Roteamento Avançado e Edição de


software)

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Informática Aplicada

O desenvolvimento de layout’s (PCB) é realizado no ARES, onde através de uma


interface própria, é possível importar os componentes e suas respectivas conexões do ISIS,
definir padrão de trilhas, pad’s, vias, etc. O ARES permite desenvolver projetos de um até 16
layers, roteamento automático, auto-placement, etc.

Apesar de termos quatro módulos trabalhando no PROTEUS apenas o ISIS e o ARES


têm interface com o usuário, sendo o ISIS responsável pelo diagrama esquemático,
simulação e animação de componentes e o ARES a ferramenta para o desenvolvimento do
layout.

1.2 INICIANDO O PROTEUS


Ao iniciar o PROTEUS o usuário é direcionado para a página inicial (Home), mostrada
na Figura 1. Nessa janela são apresentadas informações sobre a licença do PROTEUS que
está instalada, informações sobre atualizações, sistema de ajuda, projetos recentemente
utilizados e os ícones para inicialização do ISIS e do ARES.

Figura 1 - Tela inicial.

Para iniciar um novo projeto deve-se clicar na aba File e em seguida escolher a opção
New Project. Feito isso uma janela se abrirá e serão necessárias várias configurações,
como local de salvamento, tamanho da página do diagrama esquemático, modelo do layout
PCB e o Firmware utilizado (caso seja utilizado algum microcontrolador). No entanto pode-
se simplesmente iniciar o ISIS ou o ARES clicando em seus ícones na barra de ferramentas
superior e fazer todas as configurações no próprio projeto.

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Informática Aplicada

2 ISIS
Conforme apresentado anteriormente o ISIS possui duas funções, a criação de
diagramas esquemáticos e a simulação de circuitos analógicos e digitais.
O diagrama esquemático nada mais é do que a "planta" de um equipamento eletrônico
ou circuito. Nele são representados todos os componentes, através de seus símbolos e,
além disso, de que modo eles são interligados. É fundamental na documentação técnica de
um equipamento ou projeto, seja ele profissional ou acadêmico.
A simulação consiste na reprodução virtual do funcionamento de um circuito dentro do
ambiente do ISIS e é muito importante para realização de qualquer projeto, pois com ela é
possível verificar o funcionamento de cada parte do circuito, fazer medições e, com isso,
prever possíveis problemas antes de comprar os componentes e montar um circuito físico.
Para iniciar o ISIS basta clicar no ícone na página inicial.

2.1 INTERFACE GRÁFICA

Ao iniciar o ISIS o usuário é direcionado para a tela inicial, mostrada na Figura 2. A


seguir os principais itens de sua interface serão mais bem explicados.

Figura 2 - Tela inicial ISIS.

2.1.1 VISÃO PANORÂMICA

Esta pequena janela localiza-se à esquerda da área de trabalho e apresenta uma visão
reduzida desta. Dentro dessa janela há um retângulo verde, o qual mostra qual parte da
área de trabalho está sendo mostrada na tela para o usuário. Podemos visualizar outras
partes da área de trabalho movendo esse retângulo pela janela de visão panorâmica sem

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Informática Aplicada

precisar alterar o zoom. Isso também pode ser feito clicando-se diretamente na área de
trabalho com o botão central do mouse e arrastando para qualquer direção.
Também é possível auto-ocultar ou mudar essa janela para o lado direito. Para auto-
ocultar deve-se clicar com o botão direito do mouse e escolher a opção “auto hide” conforme
Figuras 3a e 3b.

Figura 3a - Opção de auto- Figura 3b - Janela


ocultar. ocultada.

Para mudar a janela de visão panorâmica para o lado direito deve-se clicar na borda da
janela, como se fosse expandi-la e mover o mouse ao máximo para o lado direito, conforme
Figuras 4a e 4b a seguir.

Figura 4a - Expandindo a janela de


visão panorâmica.
Figura 4b - Janela de visão
panorâmica movida para o
lado direito.

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Informática Aplicada

2.1.2 ÁREA DE TRABALHO

Na área de trabalho podemos observar um retângulo azul com um pequeno círculo no


centro. Este retângulo representa o tamanho da folha em que o esquemático será feito, que
inicialmente possui o tamanho A4, o qual pode ser modificado a qualquer momento
seguindo o caminho System -> Set sheet sizes na barra de menu.
Ao se escolher essa opção a janela mostrada na Figura 5 se abrirá, com isso o usuário
poderá optar entre 5 tamanhos pré-definidos ou escolher as dimensões que quiser na opção
user. Vale a pena ressaltar que as dimensões estão em polegadas (inches) e que o
tamanho máximo é de 64in.

Figura 5 - Escolhendo o tamanho da folha.

Nesse momento você já deve ter percebido que o Scroll do mouse altera o Zoom
para mais ou para menos centralizado no ponto da folha onde se encontra o cursor do
mouse, facilitando e muito o trabalho dentro do desenho.

2.1.3 SELEÇÃO DE DISPOSITIVOS

Na janela “Devices”, mostrada na Figura 6, é onde ficarão todos os componentes que


estiverem sendo utilizados no projeto, sendo que, se for necessário usar um mesmo
dispositivo mais de uma vez bastará seleciona-lo nessa janela, não havendo necessidade
de fazer uma nova busca por ele.

Figura 6 - Janela de seleção de dispositivos.

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2.1.4 CONTROLE DA SIMULAÇÃO

É onde se controla a execução da simulação. A Figura 7 mostra os 4 botões que tem as


funções de iniciar, executar passo-a-passo, pausa e finalizar a simulação.

Figura 7 - Controle de simulação.

Uma função bastante útil para as simulações é tornar o circuito animado. Com isso, nos
fios onde circula corrente elétrica aparece uma seta indicando o sentido da corrente. Além
disso, os fios podem receber cores de acordo com o nível de potencial em que eles se
encontram. Ao acessar essa função pelo caminho System -> Set Animation Options, será
exibida uma janela semelhante a da Figura 8 onde é possível escolher quais animações
queremos ativar.

Figura 8 - Configuração de animações.

A Figura 9 mostra um circuito com as animações mencionadas acima. Percebe-se que


as setas mostram o fluxo da corrente no sentido convencional.

Figura 9 - Circuito com animações indicando o fluxo da corrente e o potencial nos fios.

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Informática Aplicada

2.1.5 SISTEMA DE COORDENADAS

A área de trabalho do ISIS pode ser vista como um grande plano cartesiano, onde cada
ponto tem coordenadas x e y com valores expressos em milésimos de polegadas (th), sendo
sua origem no pequeno círculo azul localizado no centro da área de trabalho.
A origem do sistema pode ser alterada de forma a facilitar o posicionamento dos
componentes no circuito. Esse recurso é acessado no ícone . Sua utilização é bastante
simples, basta clicar uma vez no ícone e em seguida no local da nova origem. Enquanto
essa função estiver ativa os números que indicam as coordenadas são exibidos na cor rosa,
conforme Figura 10.

Figura 10 - Sistemas de coordenadas com falsa origem.

Para desabilitar essa função é só clicar novamente em seu ícone.

2.1.6 GRID

O grid é uma grade que aparece ao fundo da área de trabalho, e pode ser visualizado
por linhas ou pontos, ou ainda pode ser desativado. Para alternar entre estas opções deve-
se teclar a letra G ou clicar no ícone .
O grid tem a função de mostrar ao usuário qual é a menor distância que se pode mover
qualquer objeto da área de trabalho, portanto é interessante alternar entre os valores
possíveis para melhorar a precisão ao posicionar componentes no circuito. Na opção View -
> Snap xx th ou pelos atalhos Ctrl + F1, F2, F3 e F4 podemos escolher essa distância entre
4 valores diferentes, conforme Figura 11.

Figura 11 - Opções de grid.

2.1.7 BARRA DE FERRAMENTAS

As funções presentes na barra de ferramentas são divididas em três grupos diferentes:


edição, visualização e design. Podemos escolher quais desses grupos queremos ter a
disposição, e essa escolha é feita na opção View -> Toolbar configuration. Ao acessá-la, a
janela mostrada na Figura 12 será aberta e bastará marcar ou desmarcar as opções.

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Informática Aplicada

Figura 12 - Opções de barra de ferramentas.

2.1.8 ALTERNAR PÁGINAS

No ISIS um projeto pode ter várias páginas, no rodapé da área de trabalho é exibido o
número da página que está sendo editada, conforme Figura 13.

Figura 13 - Indicação da página que está sendo editada.

Para adicionar uma nova página ao projeto basta clicar no ícone e para mudar de
página deve-se clicar na opção Design na barra de menu e escolher a página, conforme
mostrado a seguir.

Figura 14 - Mudança de página.

A exclusão de uma página é feita no ícone .

2.2 SIMULAÇÃO DE CIRCUITOS


Neste tópico serão abordadas as principais funções para simulação de circuitos CC.

2.2.1 INSERÇÃO DE DISPOSITIVOS

Para inserir um dispositivo no circuito deve-se clicar no ícone e em seguida na letra


P abaixo da janela de visão panorâmica, conforme Figura 15.

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Figura 15 - Inserção de dispositivos.

Feito isso será aberta uma janela semelhante a da figura 16, onde o usuário deve fazer
a busca pelo dispositivo desejado. Essa busca pode ser feita pela navegação entre as
categorias, subcategorias e fabricantes ou por meio de palavras chave. Como o programa é
em inglês deve-se digitar o nome do dispositivo em inglês ou apenas parte do nome e, em
seguida verificar nos resultados da busca se algum dos dispositivos encontrados é o
procurado.
Quando um dispositivo é selecionado aparece uma imagem à direita, na janela
Schematic Preview, e outra abaixo, na janela PCB Preview. Essas imagens são
respectivamente o símbolo que representará esse dispositivo no esquemático e o
encapsulamento desse dispositivo que será utilizado no projeto do Layout da placa.
O PROTEUS possui uma biblioteca bastante ampla de dispositivos, portanto se em um
primeiro momento você não encontrar o dispositivo que está procurando tente refazer a
busca de outra forma ou alterar a palavra chave utilizada.

Figura 16 - Janela de busca de dispositivos.

O resultado da busca por dispositivos é mostrado em uma tabela com três colunas, a
Device com o nome do dispositivo, a Library que indica a biblioteca a qual esse dispositivo
pertence e a Description que é uma breve descrição do dispositivo. Se nos resultados do
da sua busca existir algum dispositivo pertencente à biblioteca ACTIVE dê preferência para
utilizá-lo, pois esses dispositivos possuem animações e/ou funções que podem ser ativadas
durante a simulação pelo próprio funcionamento do circuito ou pelo usuário. Entre essas
funções estão abertura de chaves e contatos, mudança de resistência de potenciômetros,
lâmpadas e leds que acendem, etc.

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Informática Aplicada

Figura 17 - Dispositivos "Active".

Depois de encontrar o dispositivo desejado o usuário pode clicar em ok para finalizar a


busca ou clicar duas vezes no nome do dispositivo e continuar a busca, nesse caso o
dispositivo selecionado será carregado na lista de dispositivos que fica abaixo da janela de
visão panorâmica, conforme Figura 18.

Figura 18 - Lista de dispositivos.

Estando o dispositivo nessa lista, o usuário poderá utilizá-lo no projeto quantas vezes
forem necessárias sem ter que fazer a busca novamente.
Por fim para inserir o dispositivo na área de trabalho basta clicar uma vez no nome do
dispositivo e em seguida clicar outra vez na área de trabalho, na posição onde desejar que o
objeto seja inserido. Se você não estiver conseguindo posicionar o dispositivo exatamente
onde você quer, tente mudar o snap e provavelmente esse problema desaparecerá.
Todos os dispositivos inseridos em um circuito devem ser configurados, pois
todos têm características que são especificadas para cada aplicação, por exemplo, valores
de resistência, capacitância, tensão e corrente em fontes etc. O acesso às configurações de
dispositivos é feito de duas formas, clicando duas vezes no símbolo do dispositivo ou
clicando uma vez com o botão direito do mouse e escolhendo a opção Edit Properties,
ambas em um dispositivo que se encontra na área de trabalho. Qualquer um desses dois
caminhos abrirá a janela com as propriedades de cada tipo de dispositivo, cabendo ao
usuário fazer a configuração de acordo com aplicação do circuito.

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Informática Aplicada

2.2.2 ORIENTAÇÃO DOS DISPOSITIVOS

Muitas vezes é preciso girar e/ou espelhar dispositivos para melhorar a disposição
destes no circuito. O PROTEUS possui essas duas funções.
Para girar um dispositivo que está na área de trabalho basta clicar nele com o botão
direito do mouse e escolher a opção com o sentido de rotação desejado. Mas se quiser
pode girá-lo ainda na lista de dispositivos, selecionando o dispositivo e em seguida clicando
na ferramenta de rotação, nesse caso você conseguirá ver a orientação do dispositivo na
mesma janela onde fica a visão panorâmica. As Figuras 19a e 19b mostram as duas
funções de rotação.

Figura 19b - Rotação


Figura 19a - Rotação de
de dispositivo antes de
dispositivo na área de
ser inserido.
trabalho.

Espelhar um dispositivo consiste em inverter os lados dos seus terminais vertical ou


horizontalmente. Em um dispositivo com apenas dois terminais como um resistor isso não
tem utilidade, mas observe a Figura 20, na qual é mostrado o espelhamento de um
amplificador operacional, fica claro que com esse recurso certos circuitos podem ficar muito
melhor organizados.

Figura 20 - Exemplo de dispositivo espelhado.

Assim como para rotação, existem duas formas de espelhar um dispositivo. Você pode
fazer isso clicando com o botão direito do mouse no dispositivo já na área de trabalho e
escolhendo o tipo de espelhamento, horizontal (x mirror) ou vertical (y mirror). Outra forma é
selecionando o dispositivo na lista e utilizando a ferramenta de espelhamento. As Figuras
21a e 21b mostram as duas formas.

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Informática Aplicada

Figura 21a - Figura 21b –


Espelhamento de Espelhamento de
dispositivo na área de dispositivo antes de
trabalho. ser inserido.

2.2.3 CONECTAR DISPOSITIVOS

Para fazer a conexão entre os componentes do circuito basta selecionar o modo de


seleção no ícone e em seguida clicar uma vez em cada um dos terminais que devem ser
conectados.

Figura 22 - Conexão de dispositivos.

Ao fazer isso você perceberá que os fios que ligam os componentes são sempre
ortogonais (verticais ou horizontais). Isso é bom, pois melhora a aparência do circuito. No
entanto, se for de seu interesse fazer conexões transversais basta desativar a opção
autorouter no caminho Tool -> Wire Autorouter. Isso também pode ser feito pela tecla W
ou pelo ícone .
Para desfazer uma conexão você pode clicar com o botão direito do mouse e escolher
a opção Delete Wire, ou clicar duas vezes com o botão direito do mouse em cima do fio,
estes comandos servem para excluir qualquer objeto da área de trabalho.
Também é possível mudar a aparência dos fios, para fazer isso clique com o botão
direto do mouse no fio e escolha a opção Edit Wire Style e faça as alterações na janela que
se abrirá, conforme figura a seguir.

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Informática Aplicada

Figura 23 - Mudar aparência dos fios.

2.2.4 INSERÇÃO DE FONTES E TERRA

Para um circuito funcionar ele precisa de pelo menos uma fonte de alimentação, e o
terminal de terra pode facilitar bastante a montagem do circuito por evitar que vários
terminais precisem ser conectados em um mesmo ponto.
Vamos começar pelo terminal de terra. Esse terminal não pode ser encontrado na
busca por dispositivos, ele é acessado pelo ícone Terminals Mode , na barra de
ferramentas no modo seleção. Após clicar no ícone basta selecionar o terminal GROUND na
lista e inseri-lo no circuito. É possível colocar quantos terras forem necessários, a fim de não
precisar que todos os pontos de terra do circuito estejam ligados em apenas um único
ponto. Todos os pontos onde haver um terminal de terra estarão virtualmente conectados.

Figura 24 - Inserção do terminal de terra.

Existem pelo menos três formas principais de se alimentar o circuito. A primeira delas é
por meio do terminal POWER, visto na Figura 24, esse terminal equivale a uma fonte de
tensão CC fixa de 5V. Nesse caso é necessário o uso do terminal terra, pois ele será o
“negativo” da fonte.
A segunda forma é por meio de dispositivos, localizados da mesmo forma que os
dispositivos comuns, conforme item 2.2.1. Para fonte DC pode-se utilizar uma “VSOURCE”
ou uma “BATTERY” e para fonte CA uma “VSINE”, conforme Figura 25.

Figura 25 - Da esquerda para a direita: BATTERY, VSOURCE e VSINE.

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Informática Aplicada

A terceira e última forma de alimentar um circuito é por meio de geradores. Os


geradores alimentam o circuito com tensão ou corrente de diferentes formas de onda e
valores. O circuito que contiver um gerador também precisará ter pelo menos um terminal de
terra.
Para inserir um gerador clique no ícone depois selecione o tipo da alimentação na
lista, conforme Figura 26.

Figura 26 - Inserção de gerador.

Depois de inserido, o gerador precisa ser configurado. Para acessar as configurações,


clique com duas vezes no símbolo do gerador e uma janela semelhante à da Figura 27 se
abrirá. As principais configurações são: o nome do gerador, o tipo de fonte (tensão ou
corrente), o valor da fonte e o tipo de forma de onda.

Figura 27 - Configuração de gerador.

2.2.5 INSERÇÃO DE INSTRUMENTOS

Instrumentos de medição são elementos essenciais na simulação de circuitos, pois é


através deles que conseguimos a garantia de que a simulação está reproduzindo resultados
realistas.
O acesso aos instrumentos é feito por meio do ícone . Ao acessá-lo bastará escolher
o instrumento desejado na lista, conforme Figura 28.

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Informática Aplicada

Figura 28 - Inserção de instrumentos.

Os instrumentos devem ser conectados ao circuito da mesma forma que instrumentos


reais, por exemplo, amperímetro em série e voltímetro em paralelo. Já o osciloscópio possui
4 canais sendo que todos fazem medições em relação ao terminal terra.
Assim como instrumentos reais, os instrumentos virtuais do ISIS precisam ser
configurados para apresentarem medições mais precisas. Por exemplo, voltímetros e
amperímetros precisam ter suas escalas ajustadas de acordo com as grandezas que estão
sendo medidas. O acesso a essas configurações é feito da mesma forma que nos
dispositivos, clicando duas vezes no símbolo do instrumento ou clicando uma vez com o
botão direito do mouse e escolhendo a opção Edit Properties. As Figuras 29 e 30 mostram
os ajustes de escala de um voltímetro e de um amperímetro, respectivamente.

Figura 29 - Ajuste de escala de um Figura 30 - Ajuste de escala de um


voltímetro. amperímetro.

2.2.6 PONTAS DE PROVA

As pontas de prova são uma alternativa ao voltimetro e ao amperimetro para


acompanhar, em tempo real, valores de tensão e de corrente em um circuito.
Elas são mais precisas que o voltímetro e o amperímetro por mostrar o valor com muito
mais casas decimais, e são fundamentais para criação de gráficos.
Para utilizar uma ponta de prova deve-se selecionar o ícone Probe Mode e em seguida
escolher o tipo de ponta de prova desejado. A Figura 31 ilustra esse procedimento.

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Informática Aplicada

Figura 31 - Seleção de ponta de prova.

Para inserir a ponta de prova de tensão você deve selecioná-la na lista e depois
conectá-la no ponto do circuito no qual você deseja medir o potencial. Como a medição é
feita em um ponto, o potencial medido é sempre em relação ao terminal de terra.
Para inserir a ponta de prova de corrente você deve selecioná-la na lista e depois
posicioná-la em cima do fio no qual você deseja medir a corrente. Para que ela funcione
corretamente, a seta do símbolo da ponta de prova deve estar no mesmo sentido da
corrente, seja ele qual for, caso contrário o ISIS apontará um erro de simulação. A Figura 32
mostra a forma correta de conexão.

Figura 32 - Inserção de ponta de prova de corrente.

Note na Figura 32 que a seta que está dentro do círculo indica a mesma direção do
fluxo de corrente pelo fio, da esquerda para a direita.
A Figura 33 mostra um circuito com pontas de prova, voltímetros e amperímetros.

Figura 33 - Uso das postas de prova, voltímetros e amperímetros.

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Informática Aplicada

2.2.7 COPIAR DISPOSITIVOS E BLOCOS

Algumas vezes montamos circuitos onde um dispositivo ou determinado conjunto de


dispositivos (bloco) aparece várias vezes. Para facilitar a montagem podemos inserir apenas
um e fazer quantas cópias forem necessárias.
Para utilizar esse recurso basta selecionar o(s) dispositivo(s) que será(ão) copiado(s) e
clicar na opção block copy mostrada na Figura 33.

Figura 34 - Copiar dispositivos ou blocos.

Os botões à direita da função de cópia servem para mover, rotacionar e apagar blocos
respectivamente e são utilizados da mesma forma.

2.2.8 CONEXÃO VIRTUAL DE DISPOSITIVOS

Imagine que você vai construir um circuito onde terá muitas ligações elétricas, e por
isso será necessário que vários fios se cruzem. Do ponto de vista do funcionamento da
simulação não haverá nenhum problema, no entanto, a análise do circuito ficará
comprometida pelo desenho poluído. Por isso, podemos substituir os fios por conexões
virtuais. Isso é feito por meio de terminais que são acessados no ícone Terminals Mode,
que foi utilizado para encontrarmos os terminais de terra (GROUND) e POWER
anteriormente.
O funcionamento desse recurso é bastante simples. Primeiramente deve-se clicar no
ícone e, em seguida escolher um terminal entre OUTPUT, INPUT e DEFAULT,
dependendo da função desejada que cada terminal irá fazer, apenas por convenção.

Figura 35 - Terminals Mode.

A seguir deve ser colocado um terminal no ponto de origem do fio removido


(geralmente OUTPUT) e outro terminal no ponto de destino do fio (geralmente INPUT). Por
fim clique duas vezes em cima de cada um dos terminais para ver a janela mostrada na
Figura 36, e no campo String dê a eles o mesmo nome.

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Informática Aplicada

Figura 36 - Janela de edição de terminal.

A partir daí todos os terminais que tiverem o mesmo nome estarão virtualmente
conectados. A Figura 36 apresenta um exemplo de utilização em um circuito simples.

Figura 37 - Exemplo de utilização de conexões virtuais.

Assim, como na figura acima, é comum utilizar terminais do tipo INPUT nos pontos
onde a corrente está entrando no terminal e do tipo OUTPUT onde está saindo, porém isso
fica a critério do usuário, já que terminais de tipos diferentes (INPUT, OUTPUT e DEFAULT)
podem ser utilizados juntos desde que tenham o mesmo nome.

2.2.9 ANÁLISE GRÁFICA

O PROTEUS permite a realização de 13 tipos de análises gráficas. São elas:

 Análise Analógica: também conhecida como análise de Transiente, neste tipo de


análise a tensão ou corrente é representada em função do tempo.
 Análise Digital: nesta análise os valores binários (Zero e Um) serão representados
em função do Tempo.
 Análise Mista: (Mixed Mode), combina no mesmo gráfico a análise Analógica com a
Digital.

24
Informática Aplicada

 Análise de Frequência: conhecida como Análise AC ou Análise de Bode, mostra o


gráfico de Ganho de Tensão e/ou Corrente em função da Frequência. Podemos também
adicionar a fase dos sinais conforme veremos adiante.
 Curva de transferência: (Transfer), Desenha curvas, fazendo a varredura de um ou
mais geradores.
 Ruído: (Noise), Desenha curvas do ruído de entrada ou saída em função da
Frequência.
 Distorção: (Distortion), Desenha gráficos de distorção da 2ª ou 3ª harmônicas em
função da Frequência.
 Análise por Fourier: (Fourier), Mostra o conteúdo das harmônicas de uma análise de
Transiente, similar ao Analisador de Espectro.
 Áudio: Realiza uma análise de transiente e gera um arquivo wave para reproduzir o
resultado em uma placa de som.
 Interativa: (Interactive), realiza uma simulação interativa e mostra os resultados no
gráfico.
 Conformance: Realiza uma simulação digital e compara com uma simulação feita
previamente.
 Varredura DC: (DC Sweep), Representa o ponto de operação do circuito, em função
de uma varredura de parâmetros.
 Varredura AC: (AC Sweep), Representa várias curvas de resposta de freqüência em
função de uma varredura de parâmetros.

A seguir estão apresentados os passos para montagem de gráficos.


I) Monte o circuito a ser analisado;
II) Insira pontas de prova de tensão e/ou corrente nos pontos onde as grandezas elétricas
serão analisadas;
III) Clique no ícone da ferramenta gráfica (GRAPH MODE) e em seguida selecione o tipo
de gráfico, conforme Figura 38;

Figura 38 - Inserção de gráfico.

IV) Depois de selecionar o tipo de gráfico deve-se clicar na área de trabalho e fazer uma
“janela” a qual conterá o gráfico gerado.

25
Informática Aplicada

V) Clique com o botão direito do mouse no gráfico criado, selecione a opção Add Traces e
indique quais grandezas serão representadas no gráfico. Isso é feito selecionando as
pontas de prova que estão medindo os sinais analisados. Você também deve indicar o
nome da curva e a relação entre as pontas de prova selecionadas (se for o caso). A
Figura 39 mostra a janela de inserção de curvas.

Figura 39 - Inserção de curvas no gráfico.

VI) Clique com o botão direito do mouse no gráfico e selecione a opção Edit Graph para
configurar a simulação do gráfico. Os itens mais importantes são os tempos inicial e final
que o gráfico mostrará e o título do gráfico, como mostra a figura a seguir.

Figura 40 - Configuração da simulação do gráfico.

VII) Para finalmente gerar a curva clique com o botão direito do mouse sobre a janela do
gráfico e escolha a opção Simulate Graph. Para melhor visualização clique com o
botão direito do mouse sobre o gráfico e escolha a opção Maximize. Agora é possível
clicar na curva e ver, no rodapé do gráfico, o valor da curva em cada ponto indicado
com o mouse, como mostra a Figura 41.

26
Informática Aplicada

Figura 41 - Exemplo de gráfico.

2.3 LISTA DE MATERIAIS PARA COMPRAS

O PROTEUS oferece uma opção para criação da lista de materiais para compras (Bill of
Materials, em inglês). Sua utilização é feita por meio do ícone , e ao selecioná-lo será uma
nova aba se abrirá, conforme Figura 42 a seguir.

Figura 42 - Lista de Materiais.

Ao clicar em Property Editor, opção para inserir preços, será exibida a tela
apresentada na Figura 43, onde o usurário deve inserir o preço unitário de cada
componente.

27
Informática Aplicada

Figura 43 - Inserção de preços.

É possível exportar a lista para Excel ou PDF, conforme mostrado na Figura 42. Ao
selecionar qualquer uma das opções, a lista de materiais será aberta no seu computador no
software apropriado para o formato escolhido. A Figura 44 mostra a lista exportada para o
Excel, que é um formato que permite a edição da lista de forma mais simples.

Figura 44 - Lista de compras exportada para o Excel.

28
Informática Aplicada

2.4 CRIANDO COMPONENTES NO ISIS


Um problema comum enfrentado por desenvolvedores é a falta de um componente na
biblioteca. Para contornar isso podemos criar novos componentes que serão inseridos nas
bibliotecas de componentes.
Para criar novos componentes, devemos fazer uso de algumas ferramentas gráficas da
barra de ferramentas à esquerda, conforme Figura 45. Inicialmente selecione a ferramenta
gráfica adequada ao formato do símbolo do componente a ser criado e faça o desenho
utilizando o estilo COMPONENT da lista GRAPHICS.
É muito importante ter em mente que o componente criado não terá função de
simulação, servirá apenas para ilustrar o esquemático.

Figura 45 - Desenho do componente.

Em seguida selecione o ícone e insira os pinos do componente, conforme Figura 46.

Figura 46 - Inserção de pinos do componente.

29
Informática Aplicada

Após inserir os pinos desejados, clique com o botão direito sobre um dos pinos, de
preferência o primeiro, e escolha Edit Properties. Na janela aberta, conforme Figura 47,
atribua os nomes e números de pinos um a um clicando em next ou previous para alternar
entre os pinos.

Figura 47 - Configurar pinos do componente.

Após configurar os pinos, selecione todo o componente, clique com o botão direito do
mouse na área selecionada e escolha a opção Make Device, conforme Figura 48. Essa
opção também pode ser acessada pela barra de menu, por meio da aba Library.

Figura 48 - Opção Make Device.

Com isso será aberta uma janela para configuração do componente (Figura 49). Na
primeira tela você deverá inserir um nome e um prefixo para o componente e clicar em Next.

30
Informática Aplicada

Figura 49 - Inserção de nome e prefixo do componente.

Na tela seguinte, Figura 50, será solicitado que você atribua um encapsulamento para o
seu novo componente. Se for um encapsulamento clássico, como o do exemplo que é um
DIL8, clique em Add/Edit, e na janela seguinte clique em Add. Se o encapsulamento não
for encontrado na biblioteca do PROTEUS ele pode ser criado. Isso será abordado
futuramente.

Figura 50 - Seleção de Encapsulamento.

Após clicar em Add, uma nova janela será aberta, onde você deverá fazer a busca pelo
encapsulamento desejado (Figura 51). Note que no canto inferior esquerdo é possível ver o
desenho do encapsulamento antes de ser escolhido.

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Informática Aplicada

Figura 51 - Busca por encapsulamento.

Depois de selecionar um encapsulamento, a janela Package Device, mostrada na


Figura 50, será exibida novamente. Nela o usuário deve relacionar os pinos do componente
criado com os pinos do encapsulamento escolhido. Para fazer isso basta clicar no número
do pino na coluna A e em seguida no pino mostrado na imagem do encapsulamento.
Em seguida, clique em Assign Package(s) e a janela Make Device será mostrada
novamente, no qual o usuário deve clicar em Next.
Na próxima janela exibida (Component Properties & Definitions) serão solicitadas
algumas propriedades e definições do componente. É recomendado que se mantenha o
padrão e clique novamente em Next.
O próximo passo, feito na janela Device Data Sheet & Help File, é a inserção do data
sheet (folha de dados) e arquivo de ajuda (help file) do componente, que são arquivos que
descrevem o componente. Não é muito comum adicionar esses arquivos ao PROTEUS, já
que na maioria dos casos eles são facilmente encontrados na internet. Terminadas as
configurações o usuário deve clicar em Next.
A próxima e última janela é a Indexing and Library Selection, nela o usuário deve inserir
informações importantes como categoria, sub-categoria e fabricante do componente, além
de indicar em qual biblioteca o novo componente será salvo. O mais comum é escolher a
biblioteca USERDVC, pois assim se você precisar reinstalar o programa ou utilizar em outro
computador poderá salvar o arquivo USERDVC.lib que normalmente fica no endereço
C:\Program Files (x86)\Labcenter Electronics\Proteus 8 Professional\LIBRARY e assim
manter suas personalizações. A Figura 52 mostra as principais configurações necessárias.

32
Informática Aplicada

Figura 52 - Janela Indexing and Library Selection

Ao final das configurações o usuário deve clicar em Ok para finalizar o processo de


criação de componente. Para utilizá-lo deve-se apagar o rascunho que ficou na área de
trabalho e em seguida localizar o componente normalmente.

33
Informática Aplicada

3 ARES
O ARES é o módulo do PROTEUS responsável pela criação do Layout da placa de
circuito impresso. Ele tem interface gráfica própria e pode ser iniciado pelo ícone na tela
inicial do PROTEUS, ou por meio do mesmo ícone presente na barra de ferramentas
superior do ISIS.
Existem duas formas básicas de se trabalhar com o ARES. Uma delas é criar a placa
de circuito impresso a partir de um circuito montado e simulado do ISIS, e outra é abrir
diretamente o ARES e fazer a placa sem passar pela simulação. As duas formas serão
abordadas nessa apostila.

3.1 INTERFACE GRÁFICA


Ao iniciar o ARES o usuário é direcionado para a tela inicial, mostrada na Figura 53.
Percebe-se que ela é bem semelhante à tela inicial do ISIS, portanto nem todos os seus
elementos necessitarão ser detalhados.

Figura 53 - Tela inicial do ARES.

3.1.1 LAYERS

Na interface gráfica existe um botão para seleção de Layer (camada). Tudo que é feito
no ARES é feito em um Layer específico. Por exemplo, se for feito um desenho utilizando o
Layer Board Edge o ARES vai entender esse desenho como sendo a borda da placa.
Também existem Layers específicos para as trilhas, textos escritos na placa, etc. Esse tema
ficará mais claro no tópico de criação de Layouts.

34
Informática Aplicada

3.1.2 SISTEMA DE COORDENADAS

O sistema de coordenadas do ARES funciona exatamente da mesma forma do ISIS,


assim como o GRID e o SNAP.
No entanto, tudo que relaciona dimensões ganha maior importância no ARES, pois
enquanto no ISIS o desenho do circuito é feito em uma folha e, muitas vezes, utilizado
apenas para simulação, no ARES o desenho é feito para se tornar uma placa de circuito
impresso real, portanto todas as distâncias e tamanhos dos componentes são reais.
Por isso existe a opção de se utilizar o sistema métrico, que apresenta as distâncias em
milímetros, ao invés do sistema imperial, que apresenta as distâncias em mils. Para alternar
entre os sistemas basta clicar no ícone na barra de ferramentas ou utilizar o caminho
View -> Toggle Metric/Imperial, ou ainda pressionar a tecla M.

3.1.3 ERROS DE CONEXÃO

O ARES “sabe” quais componentes estão conectados em si, pois como será explicado
nos tópicos seguintes, as conexões entre os componentes são importadas do ISIS ou são
indicadas pelo usuário no próprio ARES antes da criação das trilhas, caso o ISIS não tenha
sido usado.
Por isso no rodapé da janela do ARES existe um campo que indica a quantidade de
erros de conexão existentes na placa. Enquanto esse valor não for zero significa que
existem conexões sem fazer ou feitas de forma errada.

3.1.4 REGRAS DE ROTEAMENTO

Antes de começar a fazer uma placa de circuito no ARES o usuário pode determinar
uma série de regras que determinam as distâncias mínimas entre elementos da placa.
Existem valores padrão para essas regras, e a verificação delas pode ser desabilitada.
Para acessar as configurações das regras deve-se clicar no ícone na barra de
ferramentas ou seguir o caminho Technology - > Design Rules Manager na barra de
menu. Quando essa ferramenta é selecionada uma janela é aberta onde as regras podem
ser modificadas. A Figura 54 mostra essa janela e na sequência são apresentadas suas
principais funcionalidades.

35
Informática Aplicada

Figura 54 - Configuração de regras de roteamento.

Os valores de distância mínima ajustáveis são entre: PAD – PAD (ilha – ilha), PAD –
TRACE (ilha – trilha), TRACE – TRACE (trilha – trilha), Graphics (a menor distância entre
desenhos silkscreen e outro elemento) e EDGE/SLOT (a menor distância entre a borda e
qualquer outro elemento.).
Normalmente a condição de verificação de erros já vem habilitada (Enable design rule
checking).
No botão New é possível criar e salvar regras para utilizar em outros projetos, e na
opção Apply to Layer pode-se escolher para qual Layer essas regras devem ser
verificadas.
No rodapé da janela do ARES existe um campo onde é indicado em quantos pontos
alguma regra de roteamento foi desrespeitada e além disso o ponto exato é destacado por
um círculo vermelho.
A Figura 55 apresenta um Layout com 4 erros por quebra de regras de roteamento.

Figura 55 - Exemplo de quebra de regra de roteamento.

36
Informática Aplicada

3.2 CRIAÇÃO DE PLACA DE CIRCUITO A PARTIR DE CIRCUITO MONTADO E


SIMULADO NO ISIS
Se existe um circuito no ISIS basta clicar no ícone para iniciar o ARES com todos os
componentes deste circuito e as respectivas conexões entre eles. No entanto se isso for
feito é muito provável que alguns itens da lista de dispositivos fiquem com um X vermelho na
frente, conforme mostra Figura 56 a seguir. Isso significa que há algo errado.

Figura 56 - Lista de componentes importados do ISIS.

Os erros indicados significam que não há um encapsulamento associado a este


dispositivo, ou seja, o PROTEUS não sabe qual o formato físico deste para representá-lo em
suas dimensões reais.
Há duas formas de saber se existe um encapsulamento associado ao componente. A
primeira é ainda na janela de pesquisa do componente do ISIS, antes de selecioná-lo. Ao
clicar no componente localizado na busca verifique se existe a imagem do componente na
janela PCB Preview, conforme Figura 57.

Figura 57 - Verificação da existência de encapsulamento associado ao componente.

A outra forma é clicando com o botão direito do mouse em um dispositivo da área de


trabalho do ISIS e escolhendo a opção Packaging Tool. Na janela que se abrirá é possivel
verificar se há ou não um encapsulamento associado a esse componente. Caso não exista,
dentro do retângulo preto aparecerá a mensagem “No packages available for preview”. A

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Informática Aplicada

Figura 58 mostra um exemplo de um dispositivo que possui um encapsulamento associado.


Note que dentro do retângulo preto aparece a representação do encapsulamento.

Figura 58 - Janela Package Device.

Para atribuir um encapsulamento ao dispositivo com indicação de erro e resolver o


problema deve-se clicar com o botão direito do mouse no dispositivo ainda na área de
trabalho do ISIS e escolher a opção Packaging Tool. Isso levará a mesma janela mostrada
na Figura 58. O próximo passo é escolher a opção Add para abrir uma janela semelhante a
da Figura 59 e então bastará pesquisar pelo encapsulamento desejado. A pesquisa é
semelhante à busca por componentes, pode ser feita filtrando por meio das categorias ou
por palavra-chave. Ao encontrar o encapsulamento apropriado deve-se clicar em Ok.

Figura 59 - Exemplo de busca por encapsulamento.

Agora que o encapsulamento foi encontrado e selecionado deve-se associar os pinos


do dispositivo aos pinos do encapsulamento. A Figura 60 a seguir mostra como fazer isso.

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Informática Aplicada

Figura 60 - Associação dos pinos do componente aos pinos do encapsulamento escolhido.

Se os pinos do encapsulamento tiverem os mesmos nomes dos pinos do componente,


a associação pode ser feita conforme Figura 61.

Figura 61 - Forma alternativa de se associar pinos do componente aos pinos do encapsulamento.

Após concluir será exibida uma pequena janela solicitando a escolha de uma biblioteca
para salvar as alterações. Conforme visto anteriormente é recomendado escolher a
biblioteca USERDVC.
Se por acaso o encapsulamento não for encontrado nas bibliotecas do PROTEUS ele
pode ser criado. Como fazer isso será detalhado nas sessões seguintes.
Apesar de ser possível atribuir um encapsulamento a qualquer dispositivo, é comum
substituir alguns desses por terminais ou conectores. Para explicar essa situação será
utilizado como exemplo o circuito da Figura 62: trata-se de um dimmer, que é um circuito
usado para controle de luminosidade de lâmpadas incandescentes.

39
Informática Aplicada

Figura 62 - Circuito de um dimmer.

Quando o ARES é iniciado a partir desse circuito acontecem 4 erros de


encapsulamento, conforme pode ser visto na Figura 63.

Figura 63 - Lista de dispositivos com erros de encapsulamento.

Dos dispositivos que apresentaram problema, apenas o do potenciômetro (RV1) será


resolvido da maneira vista anteriormente, pois é um componente do circuito e o PROTEUS
possui um encapsulamento adequado para ele.
Já a chave (SW1), a fonte (V1) e a lâmpada (L1) não têm encapsulamentos nas
bibliotecas do PROTEUS e, além disso, a fonte nem sequer é um componente eletrônico,
ela será conectada ao circuito depois que a placa ficar pronta. Nesses casos é muito comum
se criar um circuito para simulação e outro para a criação da placa.
No circuito da placa alguns dispositivos são substituídos por conectores e terminais nos
pontos onde eles serão conectados na placa. Como exemplo temos o circuito da Figura 64
que é o mesmo circuito da Figura 62 adaptado para a criação da placa.

Figura 64 - Circuito do dimmer adaptado para criação da placa.

40
Informática Aplicada

Perceba que a fonte, a chave e a lâmpada foram substituídas por pares de conectores.
Muitas vezes isso é feito apenas para que na placa exista uma ilha para a conexão dos
dispositivos substituídos, então o projetista deve planejar com antecedência o que será feito
para posicionar os conectores nos locais corretos.
Como pode ser visto na figura a seguir, ao iniciar o ARES a partir do circuito da Figura
64 não ocorrem mais erros de encapsulamento.

Figura 65 - Lista de componentes (ARES) do circuito adaptado para criação da placa.

Agora que sabemos como resolver problemas com encapsulamento ao iniciar o ARES
podemos avançar para os tópicos seguintes onde será descrito o processo de criação das
placas de circuito impresso.

3.2.1 BORDA DA PLACA

A determinação das dimensões da placa não precisa ser a primeira coisa a ser feita no
projeto de placas de circuito impresso, mas é bastante comum isso ser uma limitação do
projeto.
Para desenhar a placa deve-se selecionar a ferramenta de desenho 2D mais adequada
para o formato da placa desejado, depois seleicionar o layer Board Edge e então desenhar
a placa. A Figura 66 mostra esses passos.

Figura 66 - Desenho da placa.

É recomendável utilizar o sitema de coordenadas para se orientar ao fazer o desenho


da placa, asssim como alternar os valores de snap e entre os sistemas métrico e imperial,
conforme visto anteriormente.

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Informática Aplicada

3.2.2 MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS

No ARES é possível medir distâncias, isso é feito com utilização da opção Dimension
mode, no ícone . Depois de selecionar esta opção basta clicar em dois pontos e
aparecerá uma seta indicando a distância entre eles, conforme visto na Figura 67. As setas
podem ser feitas em qualquer Layer.

Figura 67 - Exemplo de medição do tamanho de uma placa.

3.2.3 INSERÇÃO DE COMPONENTES

Conforme mencionado anteriormente, ao iniciar o ARES a partir de um projeto do ISIS,


todos os componentes são exportados automaticamente. Para visualizar a lista de
componentes deve-se selecionar a opção Component Mode no ícone .
Para inserir um componente na placa basta selecioná-lo na lista e posicioná-lo no local
desejado. Sempre que um componente é movido para a área de trabalho ele é removido da
lista. Isso é importante, pois impede a inserção de componentes repetidos.
Para melhorar a precisão ao se posicionar um componente, pode ser interessante
alterar o valor do snap, assim como no ISIS. Outra forma de se obter mais precisão é
clicando com o botão direito do mouse em alguma parte do componente (já colocado na
área de trabalho) e selecionando a opção Move to.... Com isso será aberta uma janela
semelhante a mostrada na Figura 68 onde o usuário deve inserir as coordenadas X e Y nas
quais a parte selecionada do componente vai estar posicionada. Por exemplo, se o clique for
dado em cima de uma ilha de um componente, este será movido de forma que a ilha
selecionada fique sobre as coordenadas X e Y escolhidas.

Figura 68 - Janela da opção Move to.

Existe uma ferramenta chamada Auto-Placer para o posicionamento automático dos


componentes, ela é acessada pelo caminho Tools - > Auto-placer. Normalmente seu uso
não é conveniente, já que o PROTEUS apenas tenta deixar os componentes mais próximos
uns dos outros, de forma que as trilhas fiquem mais curtas. No entanto outros fatores
42
Informática Aplicada

importantes como as características físicas dos componentes e a aparência da placa são


deixados de lado.
Quando os componentes são colocados na área de trabalho aparecem várias linhas
verdes e setas amarelas, como mostra a Figura 69.

Figura 69 - Componentes posicionados na área de trabalho.

As linhas verdes indicam as conexões entre os componentes enquanto as setas


amarelas são dicas para melhorar o posicionamento dos componentes, deixando-as trilhas
entre eles mais curtas, mas não há necessidade de seguir essas dicas.

3.2.4 FALSA ORIGEM

Para ter-se um melhor controle das distâncias entre os componentes, trilhas e borda da
placa, pode-se mudar, temporariamente, a origem do sistema de coordenadas da área de
trabalho. Isso é feito na opção Toggle False Origin, no ícone . Você deve clicar no ícone
e depois no ponto onde vai ser a nova origem. Para voltar à origem original basta clicar
novamente no ícone.

3.2.5 ORIENTAÇÃO DOS COMPONENTES

O ARES dispõe de ferramentas de rotação e espelhamento de componentes que


funcionam da mesma forma que as utilizadas no ISIS. Porém a ferramenta de espelhamento
praticamente não é usada, pois ela transfere o componente para a outra face da placa.
Quando isso acontece o componente fica na cor rosa, conforme a Figura 70.

Figura 70 - Componente espelhado no ARES.

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Informática Aplicada

3.2.6 FAZENDO AS CONEXÕES COM TRILHAS

Para fazer as conexões com as trilhas você precisa selecionar inicialmente o modo de
trilhas por meio do botão na barra de ferramentas à esquerda. Em seguida deve-se
selecionar o tipo da trilha e a camada onde ela será colocada, como indicado na Figura 71.
Na maioria das placas desenvolvidas apenas uma ou duas camadas de trilhas são
utilizadas: bottom e top. Nas placas de face simples as trilhas ficam na parte de baixo da
placa (camada bottom ou lado das soldas) e os componentes ficam no lado de cima
(camada top ou lado dos componentes). Uma boa estratégia de desenvolvimento é colocar
todas as trilhas possíveis na camada bottom. Os caminhos que não forem possíveis na
camada bottom devem ser feitos utilizando a camada Top. Caso a placa implementada seja
dupla face (com cobre nas duas faces) as trilhas Top serão trilhas como todas as outras,
mas se a placa for face simples, as trilhas Top servem para representar os Jumpers (salto
por sobre trilhas).

Figura 71 - Conectar os componentes com trilhas.

Para fazer as conexões clique sobre uma ilha (um clique apenas, sem segurar o botão),
em seguida mova o mouse pelo caminho desejado. Cada novo clique insere um ponto fixo
para a trilha criando uma dobra. Faça o caminho desejado até encontrar o ponto de conexão
final em outra ilha ou trilha. Com o clique num outro ponto de conexão (reconhecido pela net
sendo executada) a trilha será encerrada e novos cliques iniciarão outras trilhas. Para
encerrar uma trilha no meio do caminho, sem finalizar a conexão em outro ponto de
conexão, dê um clique simples no ponto final desejado e em seguida clique com o botão
direito do mouse. A tecla Esc desiste da trilha sendo executada e a apaga.
Ao escolher o tipo da trilha o principal fator a ser escolhido é a sua espessura. A trilha
padrão (default) tem 10th de espessura. 1 th = 1 milésimo (thousandth) de polegada = 2,54
44
Informática Aplicada

cm / 1000 = 0,0254 mm. Logo, 10th = 0,25mm. O padrão de notação dos nomes é bem
simples, a trilha T10 também tem, assim como a trilha padrão, 10th de espessura. A trilha
T30 tem 30th, e assim por diante.
Para elaborar placas artesanais, seja ele com um simples ferro de passar roupa ou com
prensas térmicas, as trilhas não podem ser muito finas (pois conterão muitas falhas) nem
muito grossas (pois se espalharão para as laterais).
Para editar a largura das trilhas basta clicar duas vezes sobre um dos estilos de trilha
da lista e mudar o valor na janela que é aberta. Também é possível criar novos estilos
clicando no botão C acima da lista de estilos.

Figura 72 - Edição e criação de estilos de trilhas.

3.2.7 INSERÇÃO DE JUMPERS

Jumpers são conexões feitas com fios para dar continuidade a uma trilha que não pode
ser feita totalmente em sua camada por conta da inexistência de caminho livre. Essa
estratégia é muito usada mesmo em placas profissionais. Um jumper pode ser representado
como trilha numa camada que não será implementada. Considerando que a placa será de
face simples podemos representar os jumpers na camada Top (Figura 73). Enquanto estiver
traçando o caminho das trilhas, um clique duplo em um ponto qualquer da placa insere uma
via e muda o caminho da trilha para a camada Top, outro clique duplo insere nova via e
retorna à camada Bottom. Esse recurso economiza muito tempo no desenvolvimento do
Layout da PCB. O uso de jumpers não viola regras de design, pois não representa conexões
indevidas.

Figura 73 - Exemplo do uso de jumpers.

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Informática Aplicada

3.2.8 ALTERAÇÕES DE ILHAS E VIAS

Para realizar as alterações do formato de ilhas, escolha o modelo de ilha desejado na


barra de ferramentas à esquerda, nos botões . Escolha a camada, o tamanho da ilha
e a sua orientação e clique uma vez sobre cada ilha que se deseja mudar (Figura 74).

Figura 74 - Modificação de ilhas.

É possível criar novos padrões de ilhas. Basta selecionar o modelo de ilha desejado e
em seguida clicar no botão C (create). Nas janelas abertas (Figura 75) digite o nome da
trilha e as dimensões. Ao digitar o número, coloque a unidade desejada, pois o ARES aceita
as dimensões em milímetros. O mesmo procedimento pode ser feito para as Vias.

Figura 75 - Criar ou padrões de ilhas.

Tome cuidado com componentes como botões ou conectores, normalmente eles


possuem pinos grossos. Cuidado para o seu furo não ser fino demais para impedir a
inserção do componente.

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Informática Aplicada

3.2.9 VISUALIZAÇÃO 3D

O ARES permite que o usuário tenha uma pré-visualização da placa criada, isso é feito
por meio da opção 3D Visualizer, acessada no ícone , na barra de ferramentas superior.
A Figura 76 apresenta um exemplo de placa.

Figura 76 - Exemplo de visualização 3D de uma placa de circuito feita no ARES.

A visualização é feita em uma nova aba. Com o mouse pode-se girar a placa em 3
dimensões sendo possível ver ambas as faces.

3.3 CRIAÇÃO DE PLACA DE CIRCUITO DIRETAMENTE NO ARES


Muitas vezes já temos o projeto do circuito pronto, e com isso a certeza de que ele
funciona. Nesses casos pode ser interessante não fazer o esquemático do circuito no ISIS,
mas sim fazer diretamente o Layout da placa no ARES.
A diferença básica dessa forma de trabalhar é que se a opção Component Mode
d for selecionada, não haverá componentes na lista. Então o circuito deverá ser montado de
forma semelhante ao ISIS, mas com os encapsulamentos ou invés dos símbolos dos
componentes.
Para buscar os encapsulamentos deve-se selecionar a opção Package Mode e clicar
no botão P. Com isso será aberta uma janela de busca semelhante a do ISIS, bastando
digitar uma palavra-chave ou navegar entre as categorias até localizar o encapsulamento
desejado (Figura 77).

47
Informática Aplicada

Figura 77 - Busca por encapsulamentos.

Depois de localizados e selecionados, os encapsulamentos ficarão disponíveis na lista


Packages.
Na sequência deve-se inserir os encapsulamentos na placa, de acordo com o projeto, e
indicar as conexões entre eles por meio da opção Ratsnest Mode, localizada na barra de
ferramentas à esquerda . O uso dessa ferramenta é bastante semelhante a conectar
dispositivos no ISIS, depois de clicar uma vez no ícone, deve-se clicar uma vez em cada um
dos dois terminais que serão conectados. Ao terminar, o circuito ficará como o da Figura 78,
semelhante a quando se importa todo o projeto do ISIS, com linhas verdes que indicam as
conexões entre os componentes.

Figura 78 - Placa feita diretamente no ARES.

O restante do projeto é feito da mesma forma mostrada no tópico 3.2.

3.4 CRIANDO ENCAPSULAMENTOS


Novos encapsulamentos criados podem ser associados a dispositivos presentes no
layout de circuito impresso como qualquer outro existente nas bibliotecas.
A primeira coisa a se fazer ao criar um encapsulamento é encontrar o datasheet do
dispositivo, pois nele estarão disponíveis todas as informações em relação as dimensões
deste.

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Informática Aplicada

Comece o processo de criação desenhando o contorno principal do seu novo


encapsulamento. Selecione a ferramenta para desenho 2D mais apropriada e verifique se a
camada Top Silk está selecionada. Esta é camada que deve ser utilizada para o desenho
dos componentes na parte de cima da placa. Escolha entre os sistemas imperial e métrico
para visualização das dimensões do desenho. As dimensões do desenho sendo realizado
são mostradas na barra de status (rodapé da janela do ARES). Pode ser necessário arrastar
a mensagem de “No CRC erros” para a direita para poder visualizar as dimensões. A Figura
79 ilustra o procedimento descrito acima.

Figura 79 - Desenho do contorno do novo encapsulamento.

Em seguida insira todas as ilhas necessárias ao seu novo encapsulamento. Neste


momento talvez seja necessário alterar as dimensões da grade para poder posicionar as
ilhas com maior precisão. Isso pode ser feito no caminho View -> Snap xx. Selecione o
tamanho (xx) do passo adequado.
Uma vez adicionados todos os contornos e todas as ilhas, selecione todo o componente
e clique com o botão direito. Então escolha a opção Make Package. Na caixa de diálogo
seguinte adicione, na aba Indexing and Library Selection, as descrições do seu
encapsulamento para indexação nas bibliotecas (Figura 80).

49
Informática Aplicada

Figura 80 - Aba Indexing and Library Selection.

 Nome do encapsulamento (New Package Name).


 Categoria do encapsulamento (Package Category).
 Tipo de encapsulamento (Package Type).
 Sub-categoria do encapsulamento (Package Sub-category).

Na aba 3D Mechanical Model é possível ver um esboço de como o novo


encapsulamento aparecerá em 3D. No help do ARES há vários parâmetros de configuração
para alterar essa visualização. As configurações devem ser feitas dentro da janela Model
Parameters, conforme Figura 81.

Figura 81 - Aba 3D Mechanical Model.

Os 3 parâmetros mais importantes são:


 COLOUR=(R,G,B) – define as cores no padrão RGB, deve-se colocar um valor entre 0
e 255 para cada componente de cor (R= red (vermelho), G= Green (verde) e B= Blue
(azul)). A cor do componente será a resultante da mistura das 3 componentes.
 MAXHEIGTH=XXuu – define a altura máxima do componente a partir da placa xx-valor,
uu unidade (no exemplo MAXHEIGTH=10mm).
 MINHEIGHT=XXuu – define a altura mínima do componente, ou seja, a distância de sua
base até a placa (no exemplo MINHEIGHT=12mm).

O novo encapsulamento aparecerá normalmente nas bibliotecas do ARES e do ISIS.


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Informática Aplicada

3.5 “SAÍDA” DA PLACA


O PROTEUS permite que a placa criada seja exportada para diversos formatos, ou
impressa diretamente. Estas opções são encontradas na aba OUTPUT da barra de menu
(Figura 82).
A seguir veremos dois exemplos de “saída” mais utilizados em placas artesanais.

Figura 82 - Opções de "saída" para a placa.

A melhor opção é imprimir o Layout, pois dessa forma mantem-se as dimensões reais
da placa. Esse recurso é acessado pela opção Print Layout. Na janela de configuração os
principais ajustes a serem feitos são: Seleção da impressora, Rotação e espelhamento,
seleção de layers a serem impressos, escala e sistema de cores. A Figura 83 mostra onde
se localizam cada uma dessas configurações.

Figura 83 - Janela de impressão de Layout.

O layout criado pode ser exportado para diversos formatos, como exemplo vamos
exportar para o formato Bitmap, que pode ser aberto pelo visualizador de imagens do
próprio Windows.
Na aba OUTPUT siga o caminho: Export Graphics -> Export Bitmap
Na janela que se abrirá (Figura 84) faça as seguintes configurações: Selecione os
layers que devem aparecer na imagem, escolha a qualidade da imagem, sistema de cores,
Rotação e espelhamento (se necessário), nome do arquivo e local onde o arquivo de
imagem será salvo.

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Informática Aplicada

Figura 84 - Janela configuração para exportar o Layout para o formato bitmap.

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