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CAPÍTULO I

INTROSPECÇÃO

A eterna busca pela felicidade. Seria uma deficiência psicológica a


respeito das frustrações do seu próprio passado ? Que não muito compreensivo
com uma certa maioria, e sem olhar características físicas, atropela boa parte das
pessoas? Talvez!. Muitos tropeçam neste argumento, é dominado ou
influenciado pôr ele, sem filosofia de vida. Já outros; por ironia dos fatos
cominam ideologias mais nunca concretizam seus ideais, por acharem que a
atribuição destes fatores interfere diretamente. A introspecção neste momento
faz-nos encaixar na relação no íntimo psicológico.
A transferência de carências, afetivas, profissionais, decepções,
influenciam coabitando no sub-conciente, e inconscientemente têm representado
um valor significativo em certas atitudes; e na chamada fase adulta onde se crê
que os domínios emocionais estão mais apurados, engana-se muito a respeito,
pois tais carências têm aflorado de forma imperceptível direcionando certos
valores afetivos.
Surge então uma dúvida a respeito do que somos e como nos
comportamos mediante os acontecimentos da vida, se somos direcionados
involuntariamente ou tomamos nossas próprias decisões acertadamente.
Creio que não tem sido de forma tão consciente assim , pois quantas, e na
maioria delas fazemos aquela conhecida lamentação: ‘Ah! Se eu pudesse voltar
atrás à ....;”ou “Como não seria se tivesse ocorrido assim ”.
Muitas das vezes nos frustramos sim com as adversidades ,nos
surpreendemos com os fatos e corremos no intuito de minimiza-los, lutando para
corrigi-los em tempo hábil. Seja qual for a carência a ser preenchida, ela sempre
é o alvo dos anseios, sonhos e utopias.
Quem não sonha nesta vida?
Quem nunca teve seus momentos de ansiedade por uma felicidade?
Você já teve todas suas fantasias realizadas?
É indiscutível que a felicidade existe, porém não está alicerçada em
ideologias humanas ou nas decepções de um subconsciente direcionado, não
existe fórmula, mas está aliada ao tempo, real vilão da paciência e que
impulsiona ao desespero em certas ocasiões, mas que em momento oportuno nos
traz a tão desejada felicidade ou pelo menos nos coloca frente a ela para que
tomemos o passo exato. O pior é quando somos surpreendidos por este tão
esperado acontecimento, a chance de mudar, e não nos damos conta, passamos
apercebidos, inertes, e nessa incompreensibilidade, amargamos mais longos anos
ou até a vida toda a espera de uma outra oportunidade.
Alguns fatos durante a nossa vida nos cauterizam deixando-nos alheios
à percepção, ao passo que também quando já fora da influência dos problemas,
eles nos levam a uma experiência, porque podemos analisar como os outros
estavam nos vendo, fora deles, e que aí já lutamos para reparar o acontecido, e
quando não conseguimos voltamos à indagação de que poderíamos mudar se
soubéssemos ou se tivesse ocorrido assim ou assado.

O pior de tudo, talvez, seria você um dia lamentar por não ter feito,
não ter experimentado o que poderia mudar a sua vida, para que também
não envelheça com essa dúvida já que estava preso aos seus paradigmas,
que por diversas vezes nem são seus, mais dos que os cercam, os ditadores
de normas e condutas.

Passei a crer que a utopia é irrelevante , por objetivar o prático e o


exato,os sonhos ainda aceitáveis porque vivemos praticamente deles ,mas a
ansiedade pode ser controlada quando a vida trabalha um senso crítico apurável
e munido de dircenimento , porém ; quando o confronto com a realidade passa
a ser inevitável os nossos padrões caem, talvez desestruturados até caímos com
eles, já no levantar : ganhamos ,e somos trabalhados na nossa maneira de pensar.
Anteriormente não pensava assim, porém os dias passam e com eles caem os
velhos conceitos a medida em que somos forçados a adaptar-nos a uma nova
necessidade de vida.
De novo o vilão tempo nos impulsiona trazendo consigo o vento da
modificação forçada.

O TEMPO

Não há quem mude;


Cai todo argumento;
Já não existe o rude;
Talvez só exista lamento;
Daquilo que não fiz.

CAPÍTULO II

O PRINCÍPIO

A sua infância não foi fácil, Alex deparava já aos seis anos com a
necessidade de adaptar sua vida a uma nova situação, pois perdera sua mãe,
acometida de uma doença cardíaca que lhe inchava o peito e que retirava as
forças. Vendo seu pai a situação de cuidar de três legítimos e três bastardos, em
uma condição social precária e por motivos que até hoje são remoídos, entregou-
os ao restante da família, direcionando o seu próprio destino.
Morando com os avós maternos, as coisas não mudavam e a
desestruturação familiar pesava no conceito de formação do caráter. Já em idade
avançada, o descanso perturbava mais do que a vontade de criar os netos, ao
qual resultou na distribuição dos vitimados pela família mais distante.
Estes fatos deram-se em algumas cidades interioranas do Goiás e São
Paulo, e findaram em Minas Gerais, onde despejados pelos padrões da maioria,
na situação de coitados, foram encaixados com Primos e Tios.
Alex ficou morando com um Primo, onde o grau, se pudesse classificar
seria de 2º , juntamente com uma irmã bastarda, já mocinha na época.Iniciava o
seu martírio.O anfitrião possuía um filho da mesma idade e uma menina recém-
nascida que com toda certeza, os carinhos, as atenções e até as formas de
representação destes através de presentes, eram direcionados de forma
diferenciada aos legítimos do que aos recém-chegados.
Porém explicar isto a uma criança que estava a descobrir o mundo e
com um único referencial de família, era difícil, frustrante e até revoltante. A
irmã que chegara no auge da iniciação dos trabalhos domésticos, não foi
poupada, recebendo educação, e sustento com a mais adaptada forma de
escravidão, a domiciliar. A revolta do passado, a frustração de uma adoção como
filho, não concretizada, crescia no íntimo, alimentando a necessidade de uma
busca de resolução de problemas afetivos.
A formação do caráter dos filhos é imprescindível para a obtenção de
uma sociedade estruturada, o desmembramento familiar precoce gera a omissão
do referencial de uma criança ou adolescente. Quando esta falha não vem da
falta de interesse dos pais, da manipulação de uma sociedade modificada pelos
meios de destruição televisiva ,vem da necessidade social da mãe, alicerce
familiar em se desmembrar para custear o financeiro da linhagem. Neste caso
Alex estava numa família que não era a sua, e por hora representava ser ,para
não haver frustração mais completa; mas a transparência dos fatos é visível ao
coração de uma criança, que na maioria das vezes o seu intelecto não foi capaz
de processar.
O menino crescia e apoiava-se nos referenciais jovens para amenizar
suas carências, que fossem no namoro ou nos esportes ao qual se adaptou muito
bem. O fato de desempenhar uma atividade por conta própria sem receber aquele
tão desejado incentivo ou uma palavra de entusiasmo, era frustrante mais não
desencorajava a necessidade de busca constante. Se psicologicamente estivesse
sendo avaliado, não se acharia normalidade a buscar de horários isolados, tais
como pelas madrugadas para efetuar os treinos de ciclismo, onde sua presença
não era notada na saída ou entrada.

CAPÍTULO III
DECISÃO

Talvez a sua oportunidade de vida teria chegado, todo jovem sonha com
lindas fardas, carros de combate, aviões e navios, não foi diferente com ele que
ao ver um panfleto, daqueles ilusórios, das forças armadas, encheu-lhe os olhos
em saber que na sua frente estava o direcionamento da sua vida, tão decisório
que já sem planos, não pensava em voltar atrás.
Mais que depressa, já em torno de três meses os planos já estavam
traçados, de mala pronta, passagem compra, disposto a cumpri-los.
A identificação com uma das irmãs era notória, por causa dos mesmos
ideais de liberdade e convicção de vitória na escalada da vida. Já inclusa nas
idéias, a concretização não estava longe e a ansiedade do novo rumo, do
inesperado.
Algumas pessoas acreditam que mais vale o que está de concreto nas
mãos, mesmo sendo pouco, do que se arriscarem a conquistar o muito, o mais do
que o concreto, o dessemelhante.
Sua infância e adolescência não contribuíram para um rumo traçado
pelos desacreditados; por uma quantidade de acomodados que pensavam na
desgraça alheia, a frustração de tentar algo e ser reprovado por quase todos
também não o desencorajavam, o passo estava para ser tomado, seria como punir
aqueles que não depositaram confiança, os maldizentes com a sua ausência, se é
que era notada, e com notícias de que ele se deu bem na vida, seria como fazer
engolir o que diziam.
Mais cada vez aumentava a necessidade da busca; pelas críticas, pelo
desencorajo, pelo sonho que sempre esteve enraizado no seu coração e não
morreria mesmo que tivesse que voltar aquela cidade por definitivo.
De dia certo, de hora marcada, não pensou em deixar para traz sua
grande paixão de juventude, sua vida, seu rumo era mais que um namoro ou uma
paixão, era a afirmação de que nada, nem ninguém o segurava.
Quando aquele ônibus já saía daquela pequena cidade, os últimos
olhares fitavam para os bairros onde brincou, as praças onde namorou, aos
costumes que seriam esquecidos, as ruas de paralelepípedos que não mais
incomodariam os finos pneus de seu esporte preferido. Os olhares apenas
fixavam no passado, nenhuma palavra era dita, atônitos no êxito da vida nova
que o esperava. À sua irmã perguntava se um dia tivesse que tomar a mesma
decisão, se o faria; a resposta veio como de um forno quente e saíra antes mesmo
da frase ser concluída. Estava então mais convicto do que fazia pois concretizou
nas palavras dela não só o que almejava mais a certeza de que logo seria
seguido.
A cidade das luzes estava diante dos teus olhos, e juntamente com a
empolgação do novo, trazia a uma visão de um enorme território a ser explorado,
o Distrito da incerteza, mais este desconhecido porém não era visto como um
enorme dragão que tragaria mais um aventureiro urbano recém-chegado, não ,
era visto como uma fera dominada pelos pequenos ideais de triunfo.
Na bagagem trazia a certeza, a intrepidez, para que muitas roupas? O
certo foi que naquela madrugada em que a noite já se dividia na sua terça parte,
o sono não lhe serrava os olhos, o cansaço não era mais duro do que aquele
banco de rodoviária onde a aurora já estava a acontecer. Como animal em terra
estranha, observava a todos que passavam, olhares diferentes, regionalismos, e
naqueles reparos sobrava-lhe um tempo maior para reclamar do frio, em que
uma diferença de dez graus conseguia trazer, gelando a ponta do nariz.
Aventureiro. Pensavam alguns, doido, diziam a maioria. O que não
entendiam era a vontade daquele jovem em sair de um mundo pequeno, ampliar
horizontes, determinar o próprio rumo da vida, fugir dos padrões e tabus
impostos por aqueles que vivem cercados, alienados.
O ousado aventureiro, tomava já de manhã , o primeiro ônibus,
indicado por um senhor que mostrara as luzes no horizonte, que resistiam com o
raiar do sol, ofuscadas, mas direcionando o seu destino. A determinação então
soava cada vez mais alto, na sua frente e atônito olhava a arquitetura da cidade
planejada. Seguiu procurando os ministérios, e deparando com os três das forças
armadas, perguntou a sua irmã:
- Qual das fardas é a mais bonita?
- A da Marinha. Respondeu ela.
Entrou então no ministério e alistou-se. Sua vontade era de receber um
acolhimento instantâneo e não ter que voltar, a fim de esperar ainda longos seis
meses para o retorno. Naquele instante seu orgulho falou mais alto e o pulsar das
suas vontades batia, e batia aflorando seus pesares.
Lamentações em vão, já era acostumado aos “não” da vida, e esse apenas
mais um a ser superado, e ainda na certeza de uma definição de vida, que estava
bem próximo. Em fim retornou.
Agora estava certo de que ninguém o detinha, andava como se já
estivesse em sucesso de vida, mais na sua cabeça passava o medo a ansiedade do
novo. Mudanças na vida requerem um trabalho grande em nosso ser, pois muitas
vezes não tomamos os passos para uma grande decisão, porque temos medo,
medo do novo, medo de experimentar, de tentar. Alex superava esse medo com a
determinação de objetivos, mesmo que em planos sequer elaborados, mas de
aflição,de necessidades, decididos.

CAPITULO IV
MUNDO NOVO

Na Marinha, em meados da década de oitenta a noventa, as coisas ainda


eram seguidas de forma tradicional, militarmente tradicional. O recém chegado não
estava de fora destas incursões, era quem mais sofria, pois seus ideais de liberdade
de pensamento, estavam prontos a serem despertados; fatores desencadeantes é que
não faltariam.
No primeiro dia, já sofreu a angústia de ver um quinto dos que queriam ficar
na corporação, serem dispensados, a roleta passou bem próxima, como se desafiasse
seus objetivos, afrontasse. Adiante foram recepcionados de forma calorosa, pra não
dizer insultante, como se o mundo do qual eles estavam fosse alheio ou
intransponível. Os pertences eram abertos em um grande pátio de quartel isolado
revolto por grandes eucaliptos, inspecionados, censurados, criticados e por fim
chutados, como que despertando uma revolta já pronta a ser punida.
Os cabelos, os mais engraçados, eram ridicularizados até que tornassem o
padrão estabelecido pelos monitores, que com aquela máquina barulhenta aguardava
a próxima vítima a ser mudada de fisionomia. Por isso que alguns pais evitam que
seus filhos estivessem ali, porque um dia passaram pelas mesmas humilhações,
coisa que dizem: é para quem não estudou na vida.
De poucos pertences nas mãos, de fisionomias idênticas, que só não eram
confundidas com os quais tinham um nariz ou orelha protuberante, receberam um
número e uma identificação como se fossem animais a serem adestrados ás vontades
políticas de uma minoria privilegiada. O alojamento, lotado de triliches, parecia
grandes gaiolas prontas a receber seus ocupantes, que agora tinham de condicionar
seus estudos , mentes e objetivos aos quais eram dominados, ou pelo menos fingir
para isso.
Os dias eram desgastantes em novas instruções, castigos exagerados e
tratamentos desumanos. As mãos ardiam em bolhas, como se empurrássemos o
mundo para um lugar desconhecido. As noites eram intermináveis, sem parentes
sem família para que no final de semana, quando muitos iam aos seus lares,pudesse
abrandar o sofrimento. Alex ficava ali, a espera do fim do começo que procurara.
A escuridão do dia era amenizado com o tocar de um pente envolto em
papel para dar um som parecido com uma gaita, a embalar canções ora esquecidas
ora lembradas, porém melódicas e tristes. O cerrado fazia-lhe companhia quando se
sentia só, entrava em meio aquela vegetação, sentindo o aroma agradável do campo
e de um capim típico do lugar, que engordurava suas pernas.
Alguns acontecimentos são determinantes para a mudança de
comportamento e adequação da vida á nova realidade, Ele saíra de um mundo
simples onde as brincadeiras e as intenções ainda eram puras, de cidade interiorana;
agora entrara em um mundo novo, individualista, onde as intenções do coração são
voltadas as necessidades próprias, ou direcionadas a elas.
Adaptou-se então ao novo, de coração mais frio, e de pensamentos
calculistas, começou a sobressair em suas atitudes, liderar grupos. A restrição de
que não podia ter comida estranha a da caserna, já não era regra, entendia que as
regras foram feitas para serem burladas. Saiu um dia, comprou uma rapadura e ao
adentrar para a revista de bolsas, jogou a mesma do campo de futebol escuro
enrolada em saco preto. Quando o sentinela passava a rondar, corria em direção ao
tijolo doce, atirando-se no chão, e repetindo o processo inverso a fim de adoçar a
boca após as refeições marcadas por gritos e varas batendo nas mesas pois o
caminho permitido a ser percorrido sem problemas, a fim de dar mais energia
durante aqueles longos seis meses de recrutamento. O tijolo era enterrado próximo
ao piano: banheiro improvisado no mato com divisórias e cobertura, que recebeu
este nome pelo barulho das fezes, quando dos navios caiam no rio ou mar fazendo
um repetido barulho nas águas.
Existia fila para tudo, como se fossemos cegos direcionados pelos que
conseguiram abrir os olhos depois de passarem pelo mesmo processo ou pior,
enxergando além da sua vã ignorância militar, também domesticada pelos seus
superiores.
Quando eram afrontados da sua maneira exímia de pensar, puniam com
castigos físicos a fim de que tal fato não fosse repetido e exemplificado para os
demais seguidores. Audaz , Alex teve que rolar em chão cheio de formigas que
picavam como fogo, passar a noite numa piscina com a temperatura de mais ou
menos oito graus, com a ordem de procurar sapos, e contar toda a frente do quartel
dobrando tampinhas de caneta a cada dois centímetros, esta por sua vez muito bem
feita, pois as situações de dificuldade, fazem-nos superar os objetivos, inventando e
sobressaindo, assim dobrou as tampinhas contando uma grade de esgoto em trinta
tampas, e posteriormente dobrando a grade a cada trinta. Por causa da inovação, foi
punido duas vezes mais, pois o objetivo não era buscar uma saída inteligente para o
fato, mais sim punir com cansaço físico.
Mundo estranho , diferente, porém já superado com boa aceitação, não tão
intransponível assim, apenas desnecessário, irracional aos fundamentos da
inteligência humana; pois para adaptar ao sistema de fome para quem era
aquartelado teve que liderar grupos de assaltos aos pães que sobejavam no grande
caixote branco, que eram disputados com os ratos, e enche-los de chocolate em pó,
esta iguaria rara que tinha que ser conquistada pulando o balcão de acesso ao
refeitório dos sargentos. Fome superada, os problemas se tornavam mais fáceis de
serem resolvidos.
Quando este processo de adestramento humano acabou, vestimos de roupas
brancas como as nuvens, sapatos polidos, fivelas reluzentes e ainda estávamos
orgulhosos por este feito, porém repetir de novo? Jamais. Nem aconselharia quem
quisesse aventurar a tal. Possível? Com certeza é. Mas o desnecessário foi muito
maior. Existem condições mais acessíveis, alheias ao sofrimento, este custeado pelo
Governo, a fim se obter trabalho quase escravo, a título de lei e soberania nacional
indiscutível.
No novo período de processo militar “obrigatório”, sua sorte foi um pouco
maior, conseguindo através de notas razoáveis , um lugar dentro do ministério que
um dia parou na porta e admirou, e que agora aprendia uma profissão de gráfico, no
segundo pavimento do subsolo. Ainda estava um pouco decepcionado com o
panfleto que mostrava cenas de lugares jamais conhecidos e de ações não realizadas.
Porém não comia as pressas, dormia melhor e tinha até tempo para andar a noite
toda no gramado da esplanada dos ministérios, como se fosse um fantasma de
branco a espera de que algo pudesse acontecer, algo que nem mesmos sabia o que
era.

CAPITULO X
UM MUNDO MELHOR

Findando o processo militar, e as incansáveis caminhadas de fantasma, Alex


se sentia só, incompreendido, insatisfeito, frustrado; porém ainda com o orgulho de não
retomar o caminho que um dia seguiu, não olhar para traz, como se quisesse calar a boca
dos que o comparavam a seu irmão mais velho que não teve um bom destino, aos olhos
deles, intitulado ovelha negra.
Através de colegas, ficou conhecendo outro, que se dispôs a ceder espaço
em sua casa, caso desse baixa da Marinha, abrindo assim um predisposto as suas
idealizações de conseguir algo melhor. Assim o fez, indo morar na Cidade Satélite do
Gama, por alguns meses. Deus direciona-nos ao encontro de decisões de mudanças, foi
direcionado a um lugar onde teve a oportunidade de realizar dois concursos públicos
oferecidos na época, o primeiro para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal ao
qual passou em classificação mediana, esperando convocação; o segundo foi para Caesb,
empresa prestadora se serviços de água e esgotos do Distrito Federal, este por sua vez na
fila de inscrição, conheceu uma senhora que olhou em seus olhos e dizendo palavras que
entraram em seu coração, palavras tentavam convence-lo de que podia por fim a sua
angústia e necessidade que tanto almejava. Palavras estas recebidas de bom grado, porém
devolvidas com inúmeras indagações, estas não respondidas devido ao pouco conhecimento
que tinha da Bíblia, mas encaminhando-me a um rapaz, conhecedor da palavra e audaz no
entendimento.
As perguntas foram respondidas, o vazio preenchido....

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