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Colégios Militares

6º ano do Ensino Fundamental

1) Números e Operações ........................................................................................................ 1


a) Sistema de numeração indo-arábico ................................................................................... 1
b) Classes e ordens de um número natural c) Adição, subtração, multiplicação e divisão de
números naturais d) Expressões numéricas envolvendo números naturais ............................. 6
e) Múltiplos e divisores .......................................................................................................... 10
f) Mínimo Múltiplo Comum (MMC) g) Máximo Divisor Comum (MDC) ................................... 15
h) Escrita, comparação e ordenação de frações e de números decimais i) Frações equivalentes
j) Relação entre representações fracionária e decimal de um mesmo número k) Adição,
subtração, multiplicação e divisão de frações e de números decimais l) Expressões numéricas
envolvendo frações e números decimais ............................................................................... 17
m) Porcentagem .................................................................................................................... 24
n) Sistema de numeração romano. ........................................................................................ 29
2) Espaço e Forma ................................................................................................................ 29
a) Figuras geométricas e seus elementos ............................................................................. 29
b) Classificação de polígonos ................................................................................................ 40
c) Perímetro e área de figuras planas .................................................................................... 43
d) Classificação de sólidos geométricos e) Planificação de sólidos geométricos f) Vistas de um
objeto tridimensional g) Volume de paralelepípedos. ............................................................. 43
3) Grandezas e Medidas ....................................................................................................... 55
a) Medidas de comprimento, superfície, volume, capacidade, massa e tempo b) Múltiplos e
submúltiplos de unidades de medida c) Transformação de unidades de medida ................... 55
d) Sistema monetário brasileiro. ............................................................................................ 63
4) Tratamento da Informação ................................................................................................ 70
a) Interpretação de informações em tabelas e em gráficos b) Organização de informações em
tabelas e em gráficos ............................................................................................................ 71
c) Média aritmética ................................................................................................................ 79
d) Probabilidade. .................................................................................................................... 82

1 331.178.678-56
Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista
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Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista
1) Números e Operações

Caro(a) Candidato(a) esse assunto será dividido nos seguintes tópicos:

a) Sistema de numeração indo-arábico


b) Classes e ordens de um número natural
c) Adição, subtração, multiplicação e divisão de números naturais
d) Expressões numéricas envolvendo números naturais
e) Múltiplos e divisores
f) Mínimo Múltiplo Comum (MMC)
g) Máximo Divisor Comum (MDC)
h) Escrita, comparação e ordenação de frações e de números decimais
i) Frações equivalentes
j) Relação entre representações fracionária e decimal de um mesmo número
k) Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações e de números decimais
l) Expressões numéricas envolvendo frações e números decimais
m) Porcentagem
n) Sistema de numeração romano.

a) Sistema de numeração indo-arábico

SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL

O sistema de numeração que normalmente utilizamos é o sistema de numeração decimal.


Os símbolos matemáticos utilizados para representar um número no sistema decimal são chamados
de algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, ou algarismos indo-arábico (utilizados pelos hindus e árabes) que
são utilizados para contagem.

Leitura dos números decimais


Cada algarismo, da parte inteira ou decimal, ocupa uma posição ou ordem com as seguintes
denominações:

Lemos a parte inteira, seguida da parte decimal, acompanhada das palavras:


Décimos ...........................................: quando houver uma casa decimal;
Centésimos.......................................: quando houver duas casas decimais;
Milésimos.........................................: quando houver três casas decimais;
Décimos de milésimos ........................: quando houver quatro casas decimais;
Centésimos de milésimos ...................: quando houver cinco casas decimais e, assim sucessivamente.

Números com parte inteira


Podemos ler os seguintes algarismos abaixo com maior facilidade.

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1
2.756 → Dois mil setecentos e cinquenta e seis.
57.721.057 → Cinquenta e sete milhões, setecentos e vinte e um mil e cinquenta e sete.
376.103.035 → Trezentos e setenta e seis milhões, cento e três mil e trinta e cinco.

Questões

01. Se X é o menor número natural que tem cinco algarismos e Y é o maior número natural que tem
quatro algarismos distintos, a diferença de X - Y é
(A) divisível por 4.
(B) múltiplo de 6.
(C) maior que 150.
(D) quadrado perfeito.
(E) primo.

02. O número 0,0202 pode ser lido como:


(A) duzentos e dois milésimos.
(B) duzentos e dois décimos de milésimos.
(C) duzentos e dois centésimos de milésimos.
(D) duzentos e dois centésimos.
(E) duzentos e dois décimos

03. Ao preencher corretamente um cheque no valor de R$ 2010,50, deve se escrever por extenso:
(A) dois mil e cem reais e cinquenta centavos.
(B) dois mil e dez reais e cinquenta centavos.
(C) dois mil e dez reais e cinco centavos.
(D) duzentos reais e dez reais e cinquenta centavos.
(E) duzentos e um reais e cinco centavos.

04. O esquema abaixo apresenta a subtração de dois números inteiros e maiores que 1 000, em que
alguns algarismos foram substituídos por letras.

Se a diferença indicada é a correta, os valores de A, B, C e D são tais que:


(A) A < B < C < D.
(B) B < A < D < C.
(C) B < D < A < C.
(D) D < A < C < B.
(E) D < A < B < C.

05. O nosso sistema de numeração decimal é assim chamado, pois:


(A) É formado por números com vírgula.
(B) Não permite fugas para outros sistemas.
(C) Possui apenas 9 algarismos para a formação dos números.
(D) Possui 10 algarismos para a formação dos números e cada posição tem um significado.
(E) Possui todas as frações possíveis.

06. Um professor, preocupado com a leitura de gráficos e tabelas em uma turma de 6º ano preparou
uma atividade de leitura de tabelas para seus alunos. Aproveitou para fornecer conhecimentos sobre as
somas envolvidas nos lucros de uma lanchonete. A atividade tinha o seguinte enunciado:

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2
Nos dias atuais, existem grandes redes de lanchonetes, algumas multinacionais, isto é, espalhadas
em vários países do mundo. Essas redes são dirigidas a partir de seus países de origem, para onde é
enviada uma parte do lucro de cada produto consumido. As cifras envolvidas são de valor muito alto,
como mostra a tabela com dados de 2015.

A partir das informações apresentadas, assinale a afirmativa correta.


(A) São usados oito zeros para escrever o número que representa o total mundial do faturamento da
empresa McPizza, em dólares, no ano de 2015.
(B) A diferença, em dólares, entre o faturamento mundial da rede McPizza e o da empresa que faturou
menos, em 2015, é de 13 bilhões de dólares.
(C) A diferença entre o faturamento mundial da rede San Duiches e seu faturamento no Brasil, em
2015, é de 5 675 000 000 ou 5 675 milhões ou 5, 675 bilhões.
(D) Estando a cotação do dólar em 3,78 reais, o faturamento mundial da empresa Ram Burger, em
2015, foi de 32,4 bilhões de reais.
(E) Considerando a cotação do dólar do item acima, cada loja no Brasil da rede Mac Pizza faturou, em
média, 550 mil reais em 2015.

Comentários

01. Resposta: A
Como X é o menor número natural de 5 algarismos temos que:
X=10000
E Y é o maior natural de 4 algarismos distintos:
Y=9876
Logo a diferença X - Y:
10000 - 9876 = 124, que é divisível por 4.

02. Resposta: B
Como temos 4 casas decimais, lemos então com décimos de milésimos,
Logo: duzentos e dois décimos de milésimos.

03. Resposta: B
Dois mil e dez reais e cinquenta centavos.

04. Resposta: C
Temos que:
A15B–2CD8=4218
A15B=4218+2CD3

+ somando as unidades 8 + 3 = 11 → B = 1; 1 + 1 + D = 5 → D = 5 – 1 – 1 → D = 3 → 2 + C = 11
→ C = 11 – 2 → C = 9 → 1 + 4 + 2 = A → A = 7
1<3<7<9
B<D<A<C

05. Resposta: D
Possui 10 algarismos para a formação dos números e cada posição tem um significado é verdadeiro
→0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Unidade, dezena, centena, etc.

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06. Resposta: C
C – 5,7 x 109 – 25 x 106 = 5.675.000.000 ou 5 675 milhões ou 5,675 bilhões - Correta

SISTEMA DE NUMERAÇÃO ROMANA

É o sistema mais usado depois do decimal, utiliza-se para:


- designação de séculos e datas;
- indicação de capítulos e volumes de livros;
- nos nomes de papas e imperadores;
- mostradores de alguns relógios, etc.

Utilizam-se sete letras maiúsculas(símbolos) para designa-los:

Regras para escrita dos números romanos


01. Se a direita vem um símbolo de igual ou menor valor somamos ao valor dessa.
Exemplos:
VI = (5 + 1) = 6
XXI = (10 + 10 + 1) = 21
LXVII = (50 + 10 + 5 + 1 + 1) = 67

02. Se a esquerda vem um símbolo de menor valor subtraímos do maior.


Exemplos:
IV = (5 - 1) = 4
IX = (10 - 1) = 9
XL = (50 - 10) = 40
XC = (100 - 10) = 90
CD = (500 - 100) = 400
CM = (1000 - 100) = 900

03. Não se pode repetir o mesmo símbolo por mais de três vezes seguidas.
Exemplos:
XIII = 13
XIV = 14
XXXIII = 33
XXXIV = 34

04. A letra "V", "L" e a "D" não podem se duplicar, pois as letras “X”,”C” e “M” representam um valor
duplicado.
Exemplos:
XX = 20(10 + 10)
CC = 200(100 + 100)
MM = 2.000 (1000 + 1000)

05. Se entre dois símbolos quaisquer, existe outra menor, o valor desta pertencerá a letra seguinte a
ela.
Exemplos:

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4
XIX = 19(X = 10 + IX = 9;19)
LIV = 54(L = 50 + IV = 4;54)
CXXIX = 129 (C = 100 + XX = 20 + IX = 9; 129)

06. O valor dos números romanos quando multiplicados por mil, colocam-se barras horizontais em
cima dos mesmos.
Exemplos:

Tabela dos números Maiores que 2100

Questões

01. Qual é a representação do número 745 em algarismos romanos?


(A) CDXLV
(B) DCCXLV
(C) DCCXV
(D) CDXV
(E) DCCCXXV

02.) O valor do número romano MCM no sistema de numeração decimal, é:


(A) 1.800
(B) 1.100
(C) 1.400
(D) 1.900

03. Os números romanos XXII, XV, XXV, correspondem aos números decimais, respectivamente:
(A) 12, 5, 13;
(B) 22, 15, 25;
(C) 12, 4, 15;
(D) 12, 6, 15.

Comentários

01. Resposta: B
Sabemos que precisamos decompor o número para formá-lo:
500 – D

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5
200 – CC
45 – XLV
Juntando tudo temos 745 = DCCXLV.

02. Resposta: D
MCM:
M será 1000
Como o “C” vem antes do “M” então será subtração.
CM = 1000 – 100 = 900
Assim o número gerado será 1000 + 900 = 1900.

03. Resposta: B
XXII = 12;
XV = 15;
XXV = 25.

b) Classes e ordens de um número natural


c) Adição, subtração, multiplicação e divisão de números naturais
d) Expressões numéricas envolvendo números naturais

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS - N

O conjunto dos números naturais1 é representado pela letra maiúscula N e estes números são
construídos com os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos
indo-arábicos. Embora o zero não seja um número natural no sentido que tenha sido proveniente de
objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como um número natural uma vez que ele tem as
mesmas propriedades algébricas que estes números.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o número zero e escreveremos este
conjunto como: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}

As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos
números.

Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto será representado por:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}

Subconjuntos notáveis em N:

1 – Números Naturais não nulos


N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0}

2 – Números Naturais pares


Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n ∈ N

3 - Números Naturais ímpares


Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n ∈ N

4 - Números primos
P={2,3,5,7,11,13...}

1IEZZI,Gelson – Matemática - Volume Único


IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções

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Construção dos Números Naturais
Todo número natural dado tem um sucessor (número que vem depois do número dado), considerando
também o zero.
Exemplos: Seja m um número natural.
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 3 é 4.

Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são chamados números
consecutivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 7 e 8 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.

- Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo é sucessor do
primeiro, o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 7, 8 e 9 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.

Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número
dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.

O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais pares. Embora uma sequência
real seja outro objeto matemático denominado função, algumas vezes utilizaremos a denominação
sequência dos números naturais pares para representar o conjunto dos números naturais pares: P = {0,
2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais ímpares, às vezes também
chamados, a sequência dos números ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}

Operações com Números Naturais


Na sequência, estudaremos as duas principais operações possíveis no conjunto dos números naturais.
Praticamente, toda a matemática é construída a partir dessas duas operações: adição (e subtração) e
multiplicação (e divisão).

Adição de Números Naturais


A primeira operação fundamental da Aritmética tem por finalidade reunir em um só número, todas as
unidades de dois ou mais números.
Exemplo:
5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total

Subtração de Números Naturais


É usada quando precisamos tirar uma quantia de outra, é a operação inversa da adição. A operação
de subtração só é válida nos naturais quando subtraímos o maior número do menor, ou seja quando a-b
tal que a≥ 𝑏.
Exemplo:
254 – 193 = 61, onde 254 é o Minuendo, o 193 Subtraendo e 61 a diferença.

Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o subtraendo como subtrativo.

Multiplicação de Números Naturais

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É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou parcela,
tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador.
Exemplo:
2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.

- 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes: 2 x 5 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 10. Podemos no lugar do “x”


(vezes) utilizar o ponto “.”, para indicar a multiplicação.

Divisão de Números Naturais


Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido no
primeiro. O primeiro número que é o maior é denominado dividendo e o outro número que é menor é o
divisor. O resultado da divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor pelo quociente
obteremos o dividendo.
No conjunto dos números naturais, a divisão não é fechada, pois nem sempre é possível dividir um
número natural por outro número natural e na ocorrência disto a divisão não é exata.

Relações Essenciais numa Divisão de Números Naturais


- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor deve ser menor do que o dividendo.
35 : 7 = 5
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividendo é o produto do divisor pelo quociente.
35 = 5 x 7

A divisão de um número natural n por zero não é possível, pois, se admitíssemos que o quociente
fosse q, então poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q = 0 o que não é correto!
Assim, a divisão de n por 0 não tem sentido ou ainda é dita impossível.

Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Naturais


Para todo a, b e c ∈ 𝑁
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b +c ) = ab + ac
8) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a .(b –c) = ab –ac
9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural,
continua como resultado um número natural.

Questões

01. Dadas as proposições:


I. Zero pertence ao conjunto dos números naturais(N).
II. + 25 não pertence ao conjunto dos números naturais(N).
III. - 10 pertence ao conjunto dos números naturais(N).
IV. ( 2 – 3 ) não pertence ao conjunto dos números naturais(N).
v. O conjunto dos números naturais é finito.

Quantas são VERDADEIRAS?

(A) 1

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8
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

02. A figura dada apresenta três círculos concêntricos cujos raios (em cm) são números naturais pares
e consecutivos. Dado que as áreas hachuradas são iguais, é verdade que a soma dos três raios é cm.

(A) 12
(B) 18
(C) 24
(D) 30
(E) 38

03. A respeito dos conjuntos numéricos, assinale a alternativa CORRETA:


(A) O conjunto dos números inteiros contém o conjunto dos números racionais.
(B) O conjunto dos números irracionais contém o conjunto dos números naturais.
(C) O conjunto dos números racionais contém o conjunto dos números naturais.
(D) O conjunto dos números naturais contém o conjunto dos números reais.
(E) O conjunto dos números irracionais contém o conjunto dos números inteiros.

04. Escrevendo-se, um a um, os números naturais n>0, o milésimo algarismo escrito é o:


(A) 3
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 9

05. Alguns números naturais são resíduos quadráticos, o produto de dois resíduos quadráticos é um
resíduo quadrático, o produto de dois números que não são resíduos quadráticos é um resíduo quadrático
e o produto de um resíduo quadrático por um número que não é resíduo quadrático é um número que
não é um resíduo quadrático. Nessas condições, podemos afirmar que
(A) 5 e 7 são resíduos quadráticos se, e somente se, 35 for um resíduo quadrático.
(B) se 7 é um resíduo quadrático e 14 não é um resíduo quadrático, então 2 não é um resíduo
quadrático.
(C) se 5 não é um resíduo quadrático e 20 não é um resíduo quadrático, então 4 não é um resíduo
quadrático.
(D) se 20 é um resíduo quadrático e 10 não é um resíduo quadrático, então 3 é um resíduo quadrático.
(E) todo número par é um resíduo quadrático e todo número ímpar não é um resíduo quadrático.

Gabarito
01. B/ 02.C/ 03.C/ 04.A/ 05.B

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e) Múltiplos e divisores

MÚLTIPLOS E DIVISORES

Múltiplos de um número natural


Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.
Podemos dizer então que:

“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
Um número natural a é divisível por um número natural b, não-nulo, se existir um número natural c, tal
que c . b = a.
Ainda com relação ao exemplo 30 : 6 = 5, temos que:
30 é múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30.

Conjunto dos múltiplos de um número natural: É obtido multiplicando-se esse número pela
sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, multiplicamos por 7 cada um dos números
da sucessão dos naturais:

O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7,
14, 21, 28,...}.

Observações:
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares, e a fórmula geral desses números é 2k
(k  N). Os demais são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k + 1 (k 
N).
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z.

Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não divisível por outro, sem
efetuarmos a divisão.

Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando


ele é par.

Exemplos
a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par.
b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1, e não é par.

Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos é divisível por 3.

Exemplos

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10
a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 3.
b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 = 17, e 17 não é divisível por 3.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando seus dois últimos algarismos são 00 ou
formam um número divisível por 4.

Exemplos
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é divisível por 4.
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e 15 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.

Exemplos
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4.

Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, multiplicado
por 2, subtraído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo será
repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.

Exemplo

41909 é divisível por 7 conforme podemos conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 =
413 → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.

Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando seus três últimos algarismos forem 000 ou
formarem um número divisível por 8.

Exemplos
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos são 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 24, que é divisível por
8.
c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 125, que não é
divisível por 8.

Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos formam um número divisível por 9.

Exemplos
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 27 é divisível por 9.
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 14 não é divisível por 9.

Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10 quando seu algarismo da unidade termina em
zero.

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


11
Exemplos
a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em zero.

Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11 quando a diferença entre a soma dos algarismos
de posição ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um número divisível por 11 ou
quando essas somas forem iguais.

Exemplos
- 43813:
a) 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 =
15.)
4 3 8 1 3
2º 4º  Algarismos de posição par. (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 = 4)

15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é divisível por 11.

-83415721:
b) 1º 3º 5º 7º  (Soma dos algarismos de posição ímpar:8 + 4 + 5 + 2 = 19)
8 3 4 1 5 7 2 1
2º 4º 6º 8º  (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 + 7 + 1 = 12)

19 – 12 = 7  diferença que não é divisível por 11. Logo 83415721 não é divisível por 11.

Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 (7 + 8 + 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível por 4 (termina em 11).
c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível por 3 (8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22).

Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 (6 + 5 + 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível por 5 (termina em 2).
c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível por 3 (6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25).

FATORAÇÃO

Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores primos. Para decompormos um número


natural em fatores primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, depois repetimos a operação
com o seu quociente ou seja, dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos
o quociente 1. O produto de todos os fatores primos representa o número fatorado.

Exemplo

Divisores de um número natural


Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma fatorada:
12 = 22 . 31
O número de divisores naturais é igual ao produto dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:
22 . ⏟
⏟ 31 → (2 + 1) . (1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
(2+1) (1+1)

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


12
Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada fator da decomposição e seu
respectivo expoente natural que varia de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na
decomposição do número natural.

Exemplo:
12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

Observação
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta multiplicarmos o resultado por 2 (dois
divisores, um negativo e o outro positivo).
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros.

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B

Questões

01. O número de divisores positivos do número 40 é:


(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 20

02. O máximo divisor comum entre dois números naturais é 4 e o produto dos mesmos 96. O número
de divisores positivos do mínimo múltiplo comum desses números é:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 10

03. Considere um número divisível por 6, composto por 3 algarismos distintos e pertencentes ao
conjunto A={3,4,5,6,7}. A quantidade de números que podem ser formados sob tais condições é:
(A) 6
(B) 7
(C) 9
(D) 8
(E) 10

04. No número a=3x4, x representa um algarismo de a. Sabendo-se que a é divisível por 6, a soma
dos valores possíveis para o algarismo x vale:
(A) 2
(B) 5
(C) 8
(D) 12
(E) 15

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


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05. Em uma caixa há cartões. Em cada um dos cartões está escrito um múltiplo de 4 compreendido
entre 22 e 82. Não há dois cartões com o mesmo número escrito, e a quantidade de cartões é a maior
possível. Se forem retirados dessa caixa todos os cartões nos quais está escrito um múltiplo de 6 menor
que 60, quantos cartões restarão na caixa?
(A)12
(B)11
(C)3
(D)5
(E) 10

06. Na sequência matemática a seguir, os dois próximos números são


65 536 ; 16 384 ; 4 096 ; 1 024 ; _________ ; ________
(A) 256 e 64
(B) 256 e 128
(C) 128 e 64
(D) 64 e 32

07. Considere os números abaixo, sendo n um número natural positivo.


I) 10n + 2
II) 2 . 10n + 1
III) 10n+3 – 10n

Quais são divisíveis por 6?


(A) apenas II
(B) apenas III
(C) apenas I e III
(D) apenas II e III
(E) I, II e III

Comentários

01. Resposta: A
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51; pela regra temos que devemos adicionar 1 a cada expoente:
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2; então pegamos os resultados e multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de
40.

02. Resposta: D
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e o produto entre eles 96, logo:
4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) = 24, fatorando o número 24 temos:
24 = 23 .3, para determinarmos o número de divisores, pela regra, somamos 1 a cada expoente e
multiplicamos o resultado:
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8

03. Resposta: D
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo, e por isso deverá ser par
também, e a soma dos seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
Logo os finais devem ser 4 e 6:
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8 números.

04. Resposta: E
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo. Um número é divisível por 3
quando a sua soma for múltiplo de 3.
3 + x + 4 = .... Os valores possíveis de x são 2, 5 e 8, logo 2 + 5 + 8 = 15

05. Resposta: A
Um número é divisível por 4 quando seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível por
4.

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


14
Vamos enumerar todos os múltiplos de 4: 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, 52, 56, 60, 64, 68, 72, 76, 80 (15
ao todo).
Retirando os múltiplos de 6 menores que 60 temos: 24, 36 e 48 (3 ao todo)
Logo: 15 – 3 = 12

06. Resposta: A
Se dividimos 4096 por 1024, obtemos como resultado 4. Com isso percebemos que 4096 é o produto
de 1024 x 4, e 4096 x 4 = 16384. Então fica evidente que todos os números são múltiplos de 4. Logo para
sabermos a sequência basta dividirmos 1024/4 = 256 e 256/4 = 64.
Com isso completamos a sequência: 256; 64.

07. Resposta: C
n ∈ N divisíveis por 6:

I) É divisível por 2 e por 3, logo é por 6. (Verdadeira)


II) Os resultados são ímpares, logo não são por 2. (Falsa)
III) É Verdadeira, pela mesma razão que a I.

f) Mínimo Múltiplo Comum (MMC)


g) Máximo Divisor Comum (MDC)

MDC

O Máximo Divisor Comum(MDC) de dois ou mais números é o maior número que é divisor comum de
todos os números dados. Consideremos:

- o número 18 e os seus divisores naturais:


D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.

- o número 24 e os seus divisores naturais:


D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.

Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:


D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.

Observando os divisores comuns, podemos identificar o maior divisor comum dos números 18 e 24,
ou seja: MDC (18, 24) = 6.

Outra técnica para o cálculo do MDC é a decomposição em fatores primos. Para obtermos o MDC de
dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um deles elevado ao seu menor expoente.

Exemplo

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


15
MMC

O Mínimo Múltiplo Comum(MMC) de dois ou mais números é o menor número positivo que é múltiplo
comum de todos os números dados. Consideremos:

- O número 6 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}

- O número 8 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}
Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns:
M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}

Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8,
ou seja: MMC (6, 8) = 24

Outra técnica para o cálculo do MMC é a decomposição isolada em fatores primos. Para obter o MMC
de dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-comuns, cada um deles elevado ao seu maior
expoente.

Exemplo

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B

Questões

01. A soma dos algarismos do M.M.C. de 16, 27 e 81 é igual a:


(A) 26
(B) 24
(C) 22
(D) 20
(E) 18

02. Analise as alternativas e assinale a que representa o resultado do MDC entre os números 10, 20
e 40.
(A) 10
(B) 20

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


16
(C) 30
(D) 40

03. Três objetos luminosos brilham em intervalos regulares. O primeiro a cada 15 segundos, o segundo
a cada 20 segundos e o terceiro a cada 25 segundos. Em um dado momento os três brilharam no mesmo
instante. Depois de quanto tempo os objetos voltarão a brilhar simultaneamente?
(A) 3 minutos e 30 segundos
(B) 4 minutos
(C) 5 minutos
(D) 5 minutos e 45 segundos
(E) 6 minutos

04. Uma empresa tem 15 funcionários no controle de estoque e 20 funcionários no setor de vendas.
Essa empresa utiliza 2 tipos de máquinas, sendo que um tipo precisa de vistoria a cada 4 dias e outro, a
cada 6 dias.
Com base nesse caso hipotético, julgue o item.

Se os 2 tipos de máquinas foram vistoriados juntos hoje, então a nova vistoria conjunta será em 12
dias.
( ) Certo
( ) Errado

05. O Mínimo Múltiplo Comum (MMC) é o menor número que seja múltiplo dos números que estejam
sendo comparados. Levando em consideração essa informação, assinale a alternativa que indica o MMC
de 12 e 16.
(A) 192
(B) 96
(C) 48
(D) 16
(E) 12

Gabarito
01. E/ 02.A/ 03.C/ 04.Certo/ 05.C

h) Escrita, comparação e ordenação de frações e de números decimais


i) Frações equivalentes
j) Relação entre representações fracionária e decimal de um mesmo número
k) Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações e de números decimais
l) Expressões numéricas envolvendo frações e números decimais

NÚMEROS FRACIONÁRIOS
2
Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes iguais, uma dessas partes ou a reunião de
várias formam o que chamamos de uma fração do todo. Para representar as frações serão necessários
dois números inteiros:
a) O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi dividida a unidade (ou todo) e que dá nome a
cada parte e, por essa razão, chama-se denominador da fração;
b) O segundo, que indica o número de partes que foram reunidas ou tomadas da unidade e, por isso,
chama-se numerador da fração. O numerador e o denominador constituem o que chamamos de termos
da fração.
Observe a figura abaixo:

2CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César – Matemática básica explicada passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


17
A primeira nota dó é 14/14 ou 1 inteiro, pois representa a fração cheia; a ré é 12/14 e assim
sucessivamente.

Nomenclaturas das Frações

Numerador → Indica quantas partes


tomamos do total que foi dividida a
unidade.

Denominador → Indica quantas


partes iguais foi dividida a unidade.

Na figura acima lê-se: três oitavos.

-Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos,
nonos e décimos.
-Frações com denominadores potências de 10: décimos, centésimos, milésimos, décimos de
milésimos, centésimos de milésimos etc.
- Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enuncia-se o numerador e, em seguida, o
denominador seguido da palavra “avos”.

Exemplos:
8
lê – se: oito: vinte e cinco avôs;
25

2
100
lê – se: dois centésimos.

Tipos de Frações

- Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador.


1 5 3
Exemplos: 6 ; 8 ; 4 ; …

- Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denominador.


6 8 4
Exemplos: 5 ; 5 ; 3 ; …

- Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador. As mesmas pertencem também ao


grupo das frações impróprias.
6 8 4
Exemplos: 1 ; 4 ; 2 ; …

- Frações particulares: Para formamos uma fração de uma grandeza, dividimos esta pelo
denominador e multiplicamos pelo numerador.

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


18
Exemplos:
1 – Se o numerador é igual a zero, a fração é igual a zero: 0/7 = 0; 0/5=0
2- Se o denominador é 1, a fração é igual ao numerador: 25/1 = 25; 325/1 = 325

ATENÇÃO:
- Quando o denominador é zero, a fração não tem sentido, pois a divisão por zero não é definida.
- Quando o numerador e denominador são iguais, o resultado da divisão é sempre 1.

- Números mistos: Números compostos de uma parte inteira e outra fracionária. Podemos
transformar uma fração imprópria na forma mista e vice e versa.
Exemplos:

25 4
𝑨) =3 ⇒
7 7

4 25
𝑩) 3 = ⇒
7 7

- Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam a mesma parte da unidade.
Exemplo:
4: 4 1 4: 2 2 2: 2 1
= ; 𝑜𝑢 = ; 𝑜𝑢 =
8: 4 2 8: 2 4 4: 2 2
4 2 1
As frações , e são equivalentes.
8 4 2

-Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denominador são primos entre si.
Exemplo: 5/11; 17/29; 4/3

Comparação e simplificação de frações

Comparação:
- Quando duas frações tem o mesmo denominador, a maior será aquela que possuir o maior
numerador.
Exemplo: 5/7 >3/7

- Quando os denominadores são diferentes, devemos reduzi-lo ao mesmo denominador.


Exemplo: 7/6 e 3/7
1º - Fazer o mmc dos denominadores → mmc(6,7) = 42
7.7 3.6 49 18
𝑒 → 𝑒
42 42 42 42
2º - Compararmos as frações:
49/42 > 18/42.

Simplificação: É dividir os termos por um mesmo número até obtermos termos menores que os
iniciais. Com isso formamos frações equivalentes a primeira.
Exemplo:
4: 4 1
=
8: 4 2

Operações com frações

- Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e soma-se ou subtrai-se os numeradores.

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


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Com denominadores diferentes: Reduz-se ao mesmo denominador através do mmc entre os
denominadores.
O processo é valido tanto para adição quanto para subtração.

Multiplicação e Divisão

- Multiplicação: É produto dos numeradores dados e dos denominadores dados.


Exemplo:

Podemos ainda simplificar a fração resultante:


288: 2 144
=
10: 2 5

- Divisão: O quociente de uma fração é igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da segunda
fração.
Exemplo:

Simplificando a fração resultante:


168: 8 21
=
24: 8 3

Vamos agora encontrar as aplicações para o uso dessas frações. Teremos dois tipos, quando temos
o todo e queremos encontrar as parte, ou quando tivermos a parte e formos encontrar o todo. Vamos lá
para o primeiro tipo.

Temos o todo e queremos encontrar a parte.


Neste caso nós teremos o total correspondente a algum dado, produto, etc. e devemos encontrar uma
parte desse valor, ou seja, uma fração deste valor.

Exemplos
1
01. (EBSERH/ HUSM/UFSM/RS – Analista Administrativo – AOCP) Uma revista perdeu 5 dos seus
200.000 leitores.
Quantos leitores essa revista perdeu?
(A) 40.000.
Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56
20
(B) 50.000.
(C) 75.000.
(D) 95.000.
(E) 100.000.

Observe que os 200.000 leitores representa o todo do determinado assunto que seria os leitores da
1
revista, daí devemos encontrar 5 desses leitores.
1
Para resolver este problema, devemos encontrar 5 de 200.000.
1 1𝑥200.000 200.000
5
x 200.000 = 5
= 5
= 40.000.

Desta forma 40.000 representa a quantidade que essa revista perdeu, alternativa correta é a A.

02. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma pessoa está montando um quebra-cabeça que
5
possui, no total, 512 peças. No 1.º dia foram montados 16 do número total de peças e, no 2.º dia foram
3
montados 8 do número de peças restantes. O número de peças que ainda precisam ser montadas para
finalizar o quebra-cabeça é:
(A) 190.
(B) 200.
(C) 210.
(D) 220.
(E) 230.

Neste exemplo temos que 512 é o total e queremos encontrar a parte, portanto é a mesma forma de
resolução, porém temos uma situação problema onde teremos mais de um cálculo para encontrar a
resposta, vamos ao primeiro:
5
No 1.º dia foram montados 16 do número total de peças
5
Logo é de 512, ou seja:
16
5 5𝑥512 2560
𝑥512 = = = 160
16 16 16
Assim 160 representa a quantidade que foi montado no primeiro dia, daí para o segundo dia teremos
3
512 – 160 = 352 peças restantes, devemos agora encontrar 8 de 352, que foi a quantidade montada no
segundo dia.
3 3𝑥352 1056
𝑥352 = = = 132
8 8 8
Assim para encontrar quantas peças ainda precisam ser montadas iremos fazer 352 – 132 = 220.
Alternativa D.

Temos a parte e queremos encontrar o todo


Neste caso nós teremos o valor correspondente da fração e devemos encontrar o todo.

NÚMEROS DECIMAIS

O sistema de numeração decimal3 apresenta ordem posicional: unidades, dezenas, centenas, etc.

Leitura e escrita dos números decimais

Exemplos:

3CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César – Matemática básica explicada passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


21
Lê-se: Quinhentos e setenta e nove mil, trezentos e sessenta e oito inteiros e quatrocentos e treze
milésimos.
0,9 → nove décimos.
5,6 → cinco inteiros e seis décimos.
472,1256 → quatrocentos e setenta e dois inteiros e mil, duzentos, cinquenta e seis décimos de
milésimos.

Transformação de frações ordinárias em decimais e vice-versa

A quantidade de
zeros corresponde
aos números de
casas decimais após
a vírgula e vice-
versa (transformar
para fração).

Operações com números decimais

- Adição e Subtração
Na prática, a adição e a subtração de números decimais são obtidas de acordo com a seguinte regra:
- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando zeros.
- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula dos números dados.

Exemplos:

- Multiplicação
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas forem as do primeiro fator somadas às dos
outros fatores.
Exemplos:
1) 652,2 x 2,03
Disposição prática:

2) 3,49 x 2,5
Disposição prática:

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22
- Divisão
Na prática, a divisão entre números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Igualamos o número de casas decimais do dividendo e do divisor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão como se os números fossem naturais.

Exemplos:
1) 24 : 0,5
Disposição prática:

Nesse caso, o resto da divisão é igual a zero. Assim sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o
quociente é exato.

2) 31,775 : 15,5
Disposição prática:

Acrescentamos ao divisor a quantidade de zeros para que ele fique igual ao dividendo, e assim
sucessivamente até chegarmos ao resto zero.

3) 0,14 : 28
Disposição prática:

4) 2 : 16
Disposição prática:

Questões
01. Virgínia foi ao shopping com uma determinada quantia de dinheiro.
Ela gastou 1/3 dessa quantia na compra de um sapato. Sabendo que o sapato custou R$ 235,00, a
quantia de dinheiro que Virginia levou ao shopping foi
(A) R$ 800,00
(B) R$ 705,00
(C) R$ 650,00
(D) R$ 560,00
(E) R$ 470,00

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23
02. Na Padaria Estrela, um bolo inteiro confeitado custa R$ 116,00. Gisele comprou 3/4 desse bolo e
pagou por essa parte do bolo o valor de
(A) R$ 85,00.
(B) R$ 87,00.
(C) R$ 88,00.
(D) R$ 90,00.
(E) R$ 92,00.

03. Numa promoção de venda de assinaturas de uma revista, Maria vendeu duas assinaturas a mais
do que João, que vendeu duas a mais que José, que vendeu duas a mais que Pedro, que vendeu a terça
parte do que vendeu Maria. Assim:
(A) Pedro não vendeu nenhuma assinatura.
(B) Pedro vendeu 2 assinaturas.
(C) José vendeu 6 assinaturas.
(D) João vendeu 10 assinaturas.
(E) Maria vendeu 9 assinaturas.

04. Pedro, João, Carlos e Alberto, amigos de trabalho, foram a um restaurante para uma
confraternização de final de ano. Na hora de ir embora, Alberto pagou 2/5 do total da conta do grupo e o
restante da conta foi dividido entre os demais amigos em partes iguais. Analise as alternativas e assinale
a que representa o valor total da conta do grupo, considerando que Alberto pagou um valor de R$ 100,00.
(A) R$ 150,00
(B) R$ 200,00
(C) R$ 250,00
(D) R$ 300,00

05. Um atleta se preparava para correr uma grande maratona de pedestre que iria acontecer no final
do ano. Como parte de seu treinamento ele montou um cronograma de treino para realizar durante cada
semana, até chegar o dia da maratona. Conforme o cronograma montado pelo atleta ele iria correr um
total de 60 km semanal, sendo que de segunda-feira até quinta-feira ele correria em cada dia 1/6 do total
de 60 km, e finalmente, na sexta-feira, correria os outros 2/6 do total de 60 km que faltaram, finalizando
assim seu treino semanal. Analise as alternativas e assinale a quantidade de Km que o atleta correria na
sexta-feira.
(A) 20 km.
(B) 22 km.
(C) 24 km.
(D) 26 km.

Gabarito
01. B/ 02.B/ 03.E/ 04.C/ 05.A

m) Porcentagem

PORCENTAGEM

Razões de denominador 100 que são chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem4. Servem para representar de uma maneira prática o "quanto" de um
"todo" se está referenciando.
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo % (Lê-se: “por cento”).

𝒙
𝒙% =
𝟏𝟎𝟎

4IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva


IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com

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24
Exemplos:
01. A tabela abaixo indica, em reais, os resultados das aplicações financeiras de Oscar e Marta entre
02/02/2013 e 02/02/2014.

Notamos que a razão entre os rendimentos e o saldo em 02/02/2013 é:

50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐴;
500
50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐵.
400

Quem obteve melhor rentabilidade?

Resolução:
Uma das maneiras de compará-las é expressá-las com o mesmo denominador (no nosso caso o 100),
para isso, vamos simplificar as frações acima:

50 10
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = , = 10%
500 100
50 12,5
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = , = 12,5%
400 100

Com isso podemos concluir que Marta obteve uma rentabilidade maior que Oscar ao investir no Banco
B.

Uma outra maneira de expressar será apenas dividir o numerador pelo denominador, ou seja:
50
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = 0,10 = 10%
500
50
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = 0,125 = 12,5%
400

02. Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são moças. Qual é a taxa percentual de
rapazes na classe?
Resolução:
18
A razão entre o número de rapazes e o total de alunos é 30 . Devemos expressar essa razão na forma
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100
E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter divido 18 por 30, obtendo:
18
= 0,60(. 100%) = 60%
30

Lucro e Prejuízo

É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.


Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja negativa, temos prejuízo(P).

Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Podemos ainda escrever:

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25
C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P

A forma percentual é:

Exemplos:
01. Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Determinar:
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.

Resolução:
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 → Lucro = R$ 25,00

𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33% 𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

02. O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante tem um ganho de 25%
sobre o preço de custo deste bem. O valor do preço de custo é:
A) R$ 25,00
B) R$ 70,50
C) R$ 75,00
D) R$ 80,00
E) R$ 125,00

Resolução:
𝐿
. 100% = 25% ⇒ 0,25 , o lucro é calculado em cima do Preço de Custo(PC).
𝐶

C + L = V → C + 0,25. C = V → 1,25. C = 100 → C = 80,00


Resposta D

Aumento e Desconto Percentuais


𝒑
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V .
Logo:
𝒑
VA = (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
01. Aumentar um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 1,20, pois:
20
(1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
100

02. Aumentar um valor V de 200%, equivale a multiplicá-lo por 3, pois:


200
(1 + 100).V = (1+2).V = 3.V

03. Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% e 20%, respectivamente, a área do


retângulo é aumentada de:
(A)35%
(B)30%
(C)3,5%
(D)3,8%
(E) 38%

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26
Resolução:
Área inicial: a.b
Com aumento: (a.1,15).(b.1,20) → 1,38.a.b da área inicial. Logo o aumento foi de 38%.
Logo, alternativa E.
𝒑
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 − ).V.
𝟏𝟎𝟎
Logo:
𝒑
V D = (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
01. Diminuir um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 0,80, pois:
20
(1 − 100). V = (1-0,20). V = 0, 80.V

02. Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por 0,60, pois:


40
(1 − 100). V = (1-0,40). V = 0, 60.V

03. O preço do produto de uma loja sofreu um desconto de 8% e ficou reduzido a R$ 115,00. Qual
era o seu valor antes do desconto?

Temos que V D = 115, p = 8% e V =? é o valor que queremos achar.


𝑝
V D = (1 − ). V → 115 = (1-0,08).V → 115 = 0,92V → V = 115/0,92 → V = 125
100
O valor antes do desconto é de R$ 125,00.
𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎) ou (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎), é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil
para resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no
valor do produto.

Abaixo a tabela com alguns fatores de multiplicação:

Aumentos e Descontos Sucessivos

São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou
aumentos, fazemos uso dos fatores de multiplicação.

Vejamos alguns exemplos:


01. Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1, como são dois de 10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21
100
Analisando o fator de multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos significam um único
aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 21% e não a 20%.

02. Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um único desconto de:


𝑝
Utilizando VD = (1 − 100).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . Analisando o fator de multiplicação 0,64,
observamos que esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim o valor pago com o
desconto. Para sabermos o valor que representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:

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27
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a 36% e não a 40%.

03. Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida,
um desconto de 20%. Qual o preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
𝑝 𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V para o aumento e VD = (1 − 100).V, temos:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo
em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

Questões

01. Em uma campanha de vacinação, no primeiro dia foram vacinados 12% a mais de cães em relação
ao segundo dia de vacinação. Sabendo que no segundo dia foram vacinados 300 cães, o total de cães
vacinados nesses dois dias foi
(A) 636
(B) 601
(C) 525
(D) 478
(E) 336

02. Uma pessoa tem um cão com 12 kg de massa corporal. A quantidade diária de comida natural para
esse cão deve ser de 5% do valor de sua massa corporal, o que corresponde a
(A) 300 g.
(B) 400 g.
(C) 500 g.
(D) 600 g.
(E) 700 g.

03. Em uma loja, um determinado equipamento custava R$ 2.450,00. Em outra loja, esse mesmo
equipamento estava 16% mais caro. A diferença de preço entre as duas lojas era de
(A) R$ 368,00.
(B) R$ 370,50.
(C) R$ 377,80.
(D) R$ 381,40
(E) R$ 392,00.

04. Nas eleições de uma cidade com 12.000 habitantes, um candidato a vereador obteve 1,25% dos
votos. O número de votos que este candidato obteve foi:
(A) 150
(B) 1.500
(C) 15.000
(D) 15
(E) 300

05. Um ambulatório médico agendou o total de 475 consultas para o mês de janeiro. Nesse
ambulatório, 12% das consultas agendadas nesse mês não foram realizadas. O número de consultas
realizadas no mês de janeiro nesse ambulatório foi
(A) 408.
(B) 412.
(C) 418.
(D) 422.
(E) 428.

Gabarito
01. A/ 02.D/ 03.E/ 04.A/ 05.C

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n) Sistema de numeração romano.

Caro(a) Candidato esse assunto foi abordado no tópico “a) Sistema de numeração indo-arábico”.

2) Espaço e Forma

Caro(a) Candidato esse assunto será dividido nos seguintes tópicos:

a) Figuras geométricas e seus elementos


b) Classificação de polígonos
c) Perímetro e área de figuras planas
d) Classificação de sólidos geométricos
e) Planificação de sólidos geométricos
f) Vistas de um objeto tridimensional
g) Volume de paralelepípedos.

a) Figuras geométricas e seus elementos

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm

Perímetros de algumas das figuras planas:

Área: é a medida da superfície de uma figura plana.

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A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um
quadrado que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

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30
III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

V) circunferência inscrita:

VI) circunferência circunscrita:

Questões

01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é, em cm2, igual a:


(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
(E) 16

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-se um arame de 30 metros em duas


partes. Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados,
assim construídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande terreno foi dividido em 6 lotes retangulares
congruentes, conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em metros.

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31
Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado em negrito na figura, mede x + 285, conclui-
se que a área total desse terreno é, em m2, igual a:
(A) 2 400.
(B) 2 600.
(C) 2 800.
(D) 3000.
(E) 3 200.

04. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC) Ultimamente tem havido muito
interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com que, após
uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície retangular
totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro
quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica;
- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de largura por 8,4m de comprimento.
Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão
capazes de gerar em conjunto, em watts, é:
(A) 294000.
(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

05. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à
venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro
quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

06. Uma pessoa comprou 30 m2 de piso para colocar em uma sala retangular de 4 m de largura, porém,
ao medir novamente a sala, percebeu que havia comprado 3,6 m 2 de piso a mais do que o necessário. O
perímetro dessa sala, em metros, é de:
(A) 21,2.
(B) 22,1.
(C) 23,4.
(D) 24,3.
(E) 25,6

07. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) A pipa, também conhecida como
papagaio ou quadrado, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. Para
montar a pipa, representada na figura, foram utilizados uma vareta de 40 cm de comprimento, duas
varetas de 32 cm de comprimento, tesoura, papel de seda, cola e linha.
As varetas são fixadas conforme a figura, formando a estrutura da pipa. A linha é passada em todas
as pontas da estrutura, e o papel é colado de modo que a extremidade menor da estrutura da pipa fique
de fora.

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Na figura, a superfície sombreada corresponde ao papel de seda que forma o corpo da pipa. A área
dessa superfície sombreada, em centímetros quadrados, é:
(A) 576.
(B) 704.
(C) 832.
(D) 1 150.
(E) 1 472.

08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP) Para efeito decorativo, um arquiteto
dividiu o piso de rascunho um salão quadrado em 8 regiões com o formato de trapézios retângulos
congruentes (T), e 4 regiões quadradas congruentes (Q), conforme mostra a figura:

Se a área de cada região com a forma de trapézio retângulo for igual a 24 m², então a área total
desse piso é, em m², igual a
(A) 324
(B) 400
(C) 225
(D) 256
(E) 196

Comentários

01.Resposta: C.
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


d2 = l2 + l2
2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28
28
l2 =
2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
4
30−x
o lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l 2, temos:
S = S1 + S2
S=l²+l1²
x 2 30−x 2
S = (4) + ( 4
)

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33
x2 (30−x) 2
S = 16 + 16
, como temos o mesmo denominador 16:

x2 +302 −2.30.x+x2
S= 16
x2 +900−60x+x2
S=
16
2x2 60x 900
S= 16
− 16
+ 16
,

sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice
−b
que e dado pela fórmula: x = 2a , então:

−60 60
−( )
16 16
xv = 2 = 4
2.
16 16
60 16 60
xv = 16 . 4
= 4
= 15,

logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

03. Resposta: D.
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25
Sendo S a área do retângulo:
S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2
Sendo St a área total da figura:
St = 6.0,8x2
St = 4,8.252
St = 4,8.625
St = 3000

04. Resposta: E.
Retângulo com as seguintes dimensões:
Largura: 3,5 m = 350 cm
Comprimento: 8,4 m = 840 cm
A = 840.350
A = 294.000 cm2
Potência = 294.000.0,01 = 2940

05. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Área: A = 64.36 = 2304 m 2
Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

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34
06. Resposta: A.
Do enunciado temos que foram comprados 30 m 2 de piso e que a sala tem 4 m de largura. Para saber
o perímetro temos que calcular o comprimento desta sala.
- houve uma sobra de 3,6 m 2, então a área da sala é:
A = 30 – 3,6
A = 26,4 m2
- sendo x o comprimento:
x.4 = 26,4
x = 26,4 : 4
x = 6,6 m (este é o comprimento da sala)

- o perímetro (representado por 2p na geometria) é a soma dos 4 lados da sala:


2p = 4 + 4 + 6,6 + 6,6 = 21,2 m

07. Resposta: C.
A área procurada é igual a área de um triângulo mais a área de um retângulo.

A = AT + AR
32.20
A= 2
+ 16.32

A = 320 + 512 = 832

08. Resposta: D.

O destaque da figura corresponde a base maior do nosso trapézio, e podemos perceber que equivale
a 2x e a base menor x, portanto:
𝑏+𝐵
𝐴= ∙ℎ
2
𝑥 + 2𝑥
24 = ∙𝑥
2

48 = 3𝑥 2
X²=16
Substituindo: A total =4x 4x=16x²=1616=256 m²

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de
Siracusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados tem
um polígono regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono tende
ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é
2𝜇𝑟
semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = 2 . 𝑟, então temos:

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35
II- Coroa circular:
É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa
circular é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos
o 𝜋 como fator comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

III- Setor circular:


É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como
elementos principais o raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

IV- Segmento circular:


É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma
circunferência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área de
um triângulo da área de um setor circular, então temos:

Questões

01. A figura abaixo mostra três círculos, cada um com 10 cm de raio, tangentes entre si.

Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área sombreada, em cm 2, é:


(A) 320.
(B) 330.
(C) 340.
(D) 350.
(E) 360.

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36
02. A área de um círculo, cuja circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
(A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

03. Quatro tanques de armazenamento de óleo, cilíndricos e iguais, estão instalados em uma área
retangular de 24,8 m de comprimento por 20,0 m de largura, como representados na figura abaixo.

2
Se as bases dos quatro tanques ocupam 5
da área retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base
de cada tanque?
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 16.

04. Na figura a seguir, OA = 10 cm, OB = 8 cm e AOB = 30°.

Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π = 3,14?


(A) 5,44 cm².
(B) 6,43 cm².
(C) 7,40 cm².
(D) 8,41 cm².
(E) 9,42 cm².

05. Uma indústria de embalagens fábrica, em sua linha de produção, discos de papelão circulares
conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir de uma folha quadrada de lado L cm.
Preocupados com o desgaste indireto produzido na natureza pelo desperdício de papel, a indústria estima
que a área do papelão não aproveitado, em cada folha utilizada, é de (100 - 25π) cm2.

Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que o valor de L é:


(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
(D) Divisível por 5.
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37
06. Na figura abaixo está representado um quadrado de lado 4 cm e um arco de circunferência com
centro no vértice do quadrado. Qual é a área da parte sombreada?

(A) 2(4 – π) cm2


(B) 4 – π cm2
(C) 4(4 – π) cm2
(D) 16 cm2
(E) 16π cm2

07. Calcular a área do segmento circular da figura abaixo, sendo r = 6 cm e o ângulo central do setor
igual a 60°:

(A) 6 π - 6√3 cm²


(B) 2. (2 π - 3√3) cm²
(C) 3. (4 π - 3√3) cm²
(D) 3. (1 π - 3√3) cm²
(E) 3. (2 π - 3√3) cm²

Comentários

01. Resposta: B.
Unindo os centros das três circunferências temos um triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 =
20 cm. Então a área a ser calculada será:

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
2
𝜋𝑟
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2

𝜋𝑟 2 𝑙 2 √3
𝐴= +
2 4
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= +
2 4
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330

02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π
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38
20π
r = 2π
r = 10 cm
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
2
4.Acirc = 5.Aret

2
4.πr2 = .496
5
2 992
4.3,1.r = 5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
d = 2r =2.4 = 8

04. Resposta: E.
OA = 10 cm (R = raio da circunferência maior), OB = 8 cm (r = raio da circunferência menor). A área
hachurada é parte de uma coroa circular que é dada pela fórmula A coroa = π(R2 – r2).
Acoroa = 3,14.(102 – 82)
Acoroa = 3,14.(100 – 64)
Acoroa = 3,14.36 = 113,04 cm 2
- como o ângulo dado é 30°
360° : 30° = 12 partes iguais.
Ahachurada = 113,04 : 12 = 9,42 cm 2

05. Resposta: D.
A área de papelão não aproveitado é igual a área do quadrado menos a área de 9 círculos. Sendo que
a área do quadrado é A = L2 e a área do círculo A = π.r2. O lado L do quadrado, pela figura dada, é igual
a 6 raios do círculo. Então:
6r = L → r = L/6
A = Aq – 9.Ac
100 - 25π = L² - 9 π r² (substituir o r)
2
𝐿 2 2
𝐿2 2
𝜋𝐿2
100 − 25𝜋 = 𝐿 − 9𝜋. ( ) → 100 − 25𝜋 = 𝐿 − 9. 𝜋. → 100 − 25𝜋 = 𝐿 −
6 36 4

Colocando em evidência o 100 no primeiro membro de e L² no segundo membro:


𝜋 𝜋
100. (1 − ) = 𝐿2 . (1 − ) → 100 = 𝐿2 → 𝐿 = √100 = 10
4 4

06. Resposta: C.
A área da região sombreada é igual a área do quadrado menos ¼ da área do círculo (setor com ângulo
de 90°).
𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 𝜋. 𝑟 2 𝜋. 42
𝐴 = 𝐴𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 − → 𝐴 = 𝑙2 − → 𝐴 = 42 − → 𝐴 = 16 − 4𝜋
4 4 4

Colocando o 4 em evidência: A = 4(4 – π) cm²

07. Resposta: E.
Asegmento = Asetor - Atriângulo
Substituindo as fórmulas:
𝑎𝜋𝑟 2 𝑎. 𝑏. 𝑠𝑒𝑛𝑎 60°. 𝜋. 62 6.6. 𝑠𝑒𝑛60° 36𝜋 √3
𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − 6.3.
360° 2 360° 2 6 2

Aseg = 6 π - 9√3 = 3. (2 π - 3√3) cm²

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39
b) Classificação de polígonos

POLÍGONOS

Um polígono5 é uma figura geométrica fechada, simples, formada por segmentos consecutivos e não
colineares.

Uma região do plano designa-se por convexa quando qualquer segmento de reta que tenha as
extremidades dentro da região, tem todos os seus pontos na região.
Por exemplo, o seguinte polígono é convexo porque o segmento de reta [A,B], seja para onde for que
o desloquemos e desde que os pontos A e B permaneçam "dentro" do polígono, terá todos os pontos do
segmento também "dentro" da região.

Neste segundo exemplo, o seguinte polígono não é convexo porque o segmento de reta [C,D], apesar
de ter as extremidades "dentro" do polígono, possui pontos que estão "fora".

Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

- Lados: cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: ̅̅̅̅
AB, ̅̅̅̅
BC, ̅̅̅̅
CD, ̅̅̅̅
DE e ̅̅̅̅
AE.

- Vértices: ponto de intersecção de dois lados consecutivos: A, B, C, D e E.

̅̅̅̅, AD
- Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: AC ̅̅̅̅, BD
̅̅̅̅, CE
̅̅̅̅ e BE
̅̅̅̅.

- Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos (assinalados em azul na figura):
, , , , .

- Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo
(assinalados em vermelho na figura): , , , , .

Classificação: os polígonos são classificados de acordo com o número de lados, conforme a tabela
abaixo.
Fórmulas: na relação de fórmulas abaixo temos a letra n que representa o número de lados ou de
ângulos ou de vértices de um polígono.
5DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
www.somatematica.com.br

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40
1 – Diagonais de um vértice: dv = n – 3.

(𝐧−𝟑).𝐧
2 - Total de diagonais: 𝐝 = .
𝟐
3 – Soma dos ângulos internos: Si = (n – 2).180°.

4 – Soma dos ângulos externos: para qualquer polígono o valor da soma dos ângulos externos é uma
constante, isto é, Se = 360°.

Polígonos Regulares: um polígono é chamado de regular quando tem todos os lados congruentes
(iguais) e todos os ângulos congruentes. Exemplo: o quadrado tem os 4 lados iguais e os 4 ângulos de
90°, por isso é um polígono regular. E para polígonos regulares temos as seguintes fórmulas, além das
quatro acima:

(𝐧−𝟐).𝟏𝟖𝟎° 𝐒𝐢
1 – Ângulo interno: 𝐚𝐢 = ou 𝐚𝐢 = .
𝐧 𝐧
𝟑𝟔𝟎° 𝐒𝐞
2 - Ângulo externo: 𝐚𝐞 = ou 𝐚𝐞 = .
𝐧 𝐧
Semelhança de Polígonos: Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes
são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais.
Vejamos:
Fonte: http://www.somatematica.com.br

1) Os ângulos correspondentes são congruentes:

2) Os lados correspondentes (homólogos) são proporcionais:


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴
= = = 𝑜𝑢
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′
3,8 4 2,4 2
= = =
5,7 6 3,6 3

Podemos dizer que os polígonos são semelhantes. Mas a semelhança só


será válida se ambas condições existirem simultaneamente.

A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhante denomina-se razão de


semelhança, ou seja:
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴 2
= = = = 𝑘 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑘 =
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′ 3

Questões
01. No projeto de um estacionamento, um arquiteto pretendia reservar um espaço em forma de trapézio
e, para isso, iniciou seu desenho com uma reta r, posicionada na horizontal. Sua segunda ação foi traçar
a reta s, perpendicular a r, de modo que as duas se interceptavam no ponto A. Em seguida, traçou a reta
t, que cortava a reta r no ponto B (diferente do ponto A), de modo que o menor ângulo formado entre r e
t era de 30º.

Para finalizar o trapézio ABCD, o arquiteto desenhou o ponto C sobre a reta t e o ponto D sobre a reta
s.
Então, a reta CD é
(A) paralela à reta r
(B) paralela à reta s.
(C) perpendicular à reta r.
(D) perpendicular à reta t.

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41
02. Considere um triângulo equilátero, um quadrado e um pentágono regular, todos com o mesmo
perímetro.

(A) 0,24
(B) 0,40
(C) 0,64
(D) 0,76
(E) 1,36

03. As bases maiores de dois trapézios isósceles têm a mesma medida e foram sobrepostas formando
um hexágono, conforme mostra a figura, que também indica a medida das alturas de cada trapézio e as
medidas de alguns lados.

A área do hexágono formado é


(A) 24 cm2
(B) 32 cm2
(C) 48 cm2
(D) 50 cm2
(E) 64 cm2

04. No quadriculado está representado um pentágono ABCDE. Se cada quadradinho tem 1 cm de


lado, a área total desse pentágono mede, em centímetros quadrados,

(A) 18
(B) 19
(C) 21
(D) 22
(E) 23

Gabarito
01. E/ 02.C/ 03.B/ 04.B

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42
c) Perímetro e área de figuras planas

Caro(a) Candidato(a) esse assunto foi abordado no tópico “a) Figuras geométricas e seus
elementos”

d) Classificação de sólidos geométricos


e) Planificação de sólidos geométricos
f) Vistas de um objeto tridimensional
g) Volume de paralelepípedos.

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Sólidos Geométricos6 são figuras geométricas que possui três dimensões. Um sólido é limitado por
um ou mais planos. Os mais conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera, dessas figuras
podemos encontrar o seu volume, pois são figuras geométricas espaciais.

- Principio de Cavalieri
Bonaventura Cavalieri foi um matemático italiano, discípulo de Galileu, que criou um método capaz de
determinar áreas e volumes de sólidos com muita facilidade, denominado princípio de Cavalieri. Este
princípio consiste em estabelecer que dois sólidos com a mesma altura têm volumes iguais se as secções
planas de iguais altura possuírem a mesma área.
Vejamos:
Suponhamos a existência de uma coleção de chapas retangulares (paralelepípedos retângulos) de
mesmas dimensões, e consequentemente, de mesmo volume. Imaginemos ainda a formação de dois
sólidos com essa coleção de chapas.

Tanto em A como em B, a parte do espaço ocupado, ou seja, o volume ocupado, pela coleção de
chapas é o mesmo, isto é, os sólidos A e B tem o mesmo volume.
Mas se imaginarmos esses sólidos com base num mesmo plano α e situados num mesmo semiespaço
dos determinados por α.

Qualquer plano β, secante aos sólidos A e B, paralelo a α, determina em A e em B superfícies de áreas


iguais (superfícies equivalentes). A mesma ideia pode ser estendida para duas pilhas com igual número
de moedas congruentes.

6
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar – Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual
Editora
www.brasilescola.com.br

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43
Dois sólidos, nos quais todo plano secante, paralelo a um dado
plano, determina superfícies de áreas iguais (superfícies
equivalentes), são sólidos de volumes iguais (sólidos
equivalentes).

A aplicação do princípio de Cavalieri, em geral, implica na colocação dos sólidos com base num mesmo
plano, paralelo ao qual estão as secções de áreas iguais (que é possível usando a congruência).

Sólidos geométricos

I) PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais e paralelas.

Elementos de um prisma:
a) Base: pode ser qualquer polígono.
b) Arestas da base: são os segmentos que formam as bases.
c) Face Lateral: é sempre um paralelogramo.
d) Arestas Laterais: são os segmentos que formam as faces laterais.
e) Vértice: ponto de intersecção (encontro) de arestas.
f) Altura: distância entre as duas bases.

Classificação:
Um prisma pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto à base:
- Prisma triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Prisma quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Prisma pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Prisma hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um ângulo diferente de 90°.

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44
Fórmulas:
- Área da Base
Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a base é um triângulo
calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e assim
por diante.
- Área Lateral:
Soma das áreas das faces laterais
- Área Total:
At=Al+2Ab
- Volume:
V = Abh

Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte e que são chamados de prismas especiais,
que são:

a) Hexaedro (Paralelepípedo reto-retângulo): é um prisma que tem as seis faces retangulares.

Temos três dimensões: a= comprimento, b = largura e c = altura.

Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)

- Volume: V = a.b.c

- Diagonal: D = √a2 + b 2 + c 2

b) Hexaedro Regular (Cubo): é um prisma que tem as 6 faces quadradas.

As três dimensões de um cubo: comprimento, largura e altura são iguais.

Fórmulas:
- Área Total: At = 6.a2

- Volume: V = a3

- Diagonal: D = a√3

II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um vértice superior.

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Elementos de uma pirâmide:

A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base, arestas da base, face lateral, arestas
laterais, vértice e altura. Além destes, ela também tem um apótema lateral e um apótema da base.
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema da base e o apótema lateral forma um
triângulo retângulo, então pelo Teorema de Pitágoras temos: a p2 = h2 + ab2.

Classificação:
Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras:
1- Quanto à base:
- Pirâmide triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Pirâmide quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Pirâmide pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base pode ser qualquer polígono não existe uma
fórmula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado
calculamos a área desse quadrado, e assim por diante.
- Área Lateral: 𝐴𝑙 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠

- Área Total: At = Al + Ab
1
- Volume: 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ
3

- TRONCO DE PIRÂMIDE
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção transversal numa pirâmide, como mostra a
figura:

O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as arestas destacadas em vermelho.


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46
É interessante observar que no tronco de pirâmide as arestas laterais são congruentes entre si; as
bases são polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são trapézios isósceles, congruentes entre
si; e a altura de qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco.

Cálculo das áreas do tronco de pirâmide.


Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e base menor, e a área da superfície lateral.
De acordo com a base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas observe que na superfície
lateral sempre teremos trapézios isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por exemplo,
se a base da pirâmide for um hexágono regular, teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral.
A área total do tronco de pirâmide é dada por:
St = Sl + SB + S b
Onde:
St → é a área total
Sl → é a área da superfície lateral
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

Cálculo do volume do tronco de pirâmide.


A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide é obtida fazendo a diferença entre o volume
de pirâmide maior e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que produziu o tronco.
Colocando em função de sua altura e das áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
tronco é:

Onde,
V → é o volume do tronco
h → é a altura do tronco
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais, paralelas e circulares.

Elementos de um cilindro:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre as duas bases.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral é formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele só pode ser classificado de acordo com
a inclinação:
- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um ângulo reto (90°).
- Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


47
- Área da Base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = 2.π.r.h

- Área Total: At = 2.π.r.(h + r) ou At = Al + 2.Ab

- Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h

Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo centro do cilindro. O retângulo obtido através
desse corte é chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo a área da secção meridiana
é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.

Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um


quadrado, para isto temos que: h = 2r.

IV) CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e vértice superior.

Elementos de um cone:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral e formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cone é um círculo, ele só tem classificação quanto à inclinação.
- Cone Reto: o vértice superior está na direção do centro da base.
- Cone Obliquo: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = π.r.g

- Área total: At = π.r.(g + r) ou At = Al + Ab

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48
1 1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo retângulo, então: g2 = h2 + r2.

Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone. O triângulo obtido através desse corte é
chamado de secção meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da secção meridiana é
dada pela fórmula: ASM = r.h.

Cone Equilátero: um cone é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um triângulo
equilátero, para isto temos que: g = 2r.

TRONCO DE CONE
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua base circular, a uma determinada altura,
teremos a constituição de uma nova figura geométrica espacial denominada Tronco de Cone.

Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção transversal é a base menor;
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.

Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas bases circulares em que uma delas é maior
que a outra, dessa forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do tronco envolverão a
medida dos dois raios. A geratriz, que é a medida da altura lateral do cone, também está presente na
composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de cone com a medida da altura de sua lateral
(geratriz), pois são elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um ângulo de 90º. No caso
da geratriz os ângulos formados são um agudo e um obtuso.

Área da Superfície e Volume

Onde:
h = altura
g = geratriz

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49
Exemplo:
Os raios das bases de um tronco de cone são 6 m e 4 m. A altura referente a esse tronco é de 10 m.
Determine o volume desse tronco de cone. Lembre-se que π = 3,14.

V) ESFERA

Elementos da esfera
- Eixo: é um eixo imaginário, passando pelo centro da esfera.
- Polos: ponto de intersecção do eixo com a superfície da esfera.
- Paralelos: são “cortes” feitos na esfera, determinando círculos.
- Equador: “corte” feito pelo centro da esfera, determinando, assim, o maior círculo possível.

Fórmulas

- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo (r), a distância do centro ao paralelo ao centro
da esfera (d) e o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, podemos aplicar o Teorema
de Pitágoras: R2 = r2 + d2.
- Área: A = 4.π.R2
4
- Volume: V = 3 . π. R3

Fuso Esférico:

Fórmula da área do fuso:


𝛼. 𝜋. 𝑅2
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 =
90°
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50
Cunha Esférica:

Fórmula do volume da cunha:


𝛼. 𝜋. 𝑅3
𝑉𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
270°

Questões

01. Um tanque em formato de prisma reto retangular, cujas dimensões são 3,5 m, 1,2 m e 0,8 m, está
completamente cheio de água. Durante 3 horas e 15 minutos, há a vazão de 12 litros por minuto de água
para fora do tanque. Lembre-se de que 1 m3 é equivalente a 1000 litros. Após esse tempo, o número de
litros de água que ainda permanecem no tanque é igual a
(A) 980.
(B) 1020.
(C) 1460.
(D) 1580.
(E) 1610.

02. O número de furtos a bancos tem crescido muito nos últimos anos. Em um desses furtos,
criminosos levaram 20 barras de ouro com dimensões dadas, em centímetros, pela figura a seguir.

Se a densidade do ouro é de aproximadamente 19g/cm³, aproximadamente quantos quilogramas de


ouro foram furtados?
(A) 0,456
(B) 9,120
(C) 24,000
(D) 45,600
(E) 91,200

03. Em um canteiro de obra, para calcular o volume de areia contida na caçamba de um caminhão,
mede-se a altura da areia em cinco pontos estratégicos (indicados por M), a largura (L) e o comprimento
(C) da base da caçamba, conforme ilustra a figura a seguir.

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O volume de areia na caçamba do caminhão é dado pelo produto da área da base da caçamba pela
média aritmética das alturas da areia. Considere um caminhão carregado com 13,25 m³ de areia. A largura
de sua caçamba é 2,4 m e o comprimento, 5,8 m. Assim, a média aritmética das alturas da areia na
caçamba, em metros, é, aproximadamente, de:

(A) 9,5
(B) 2,3
(C) 0,95
(D) 0,23

04. Dado o cilindro equilátero, sabendo que seu raio é igual a 5 cm, a área lateral desse cilindro, em
cm2, é:
(A) 90π
(B) 100π
(C) 80π
(D) 110π
(E) 120π

05. Um prisma hexagonal regular tem aresta da base igual a 4 cm e altura 12 cm. O volume desse
prisma é:
(A) 288√3 cm3
(B) 144√3 cm3
(C) 200√3 cm3
(D) 100√3 cm3
(E) 300√3 cm3

06. Um cubo tem aresta igual a 3 m, a área total e o volume desse cubo são, respectivamente, iguais
a:
(A) 27 m2 e 54 m3
(B) 9 m2 e 18 m3
(C) 54 m2 e 27 m3
(D) 10 m2 e 20 m3

07. Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8 cm e altura 15 cm. O volume dessa
pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60√3
(C) 80
(D) 80√3
(E) 90√3

08. Um reservatório vertical de água com a forma de um cilindro circular reto com diâmetro de 6 metros
e profundidade de 10 metros tem a capacidade aproximada de, admitindo-se π=3,14:
(A) 282,60 litros.
(B) 28.260 litros.
(C) 282.600,00 litros.
(D) 28.600,00 litros.

09. Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone, em cm, é:
(A) 6√3
(B) 6√2
(C) 8√2
(D) 8√3
(E) 8

10. O volume de um tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases são iguais a 36 dm²
e 144 dm² vale:

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(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³

Comentários

01. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume do paralelepípedo, depois a quantidade de água que vaza para
poder descobrir quanto de agua ainda resta, basta subtrair o volume pela quantidade de água que vazou.
V= a . b . c
V= 3,5 . 1,2 . 0,8
V= 3,36 m³
1 m³__________ 1000 LITROS
3,36__________ x
x= 3.360 L

Aqui precisamos descobrir quanto vazou de água


3 H 15 MIN = 3*60 +15 = 180 +15= 195 MIN
12L ----------- 1 MIN
y ----------- 195 MIN
y= 195 . 12
y= 2.340 L
x-y = 3.360 - 2.340= 1020 LITROS

02. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume de 1 das barras e depois basta multiplicar por 20, logo:
V = 8x3x1 = 24cm³
24x19 = 456 g (pois ele possui 19g por cada cm³)
456 x 20 (foram furtadas) = 9120g, devemos lembrar que 1 kg equivale à 1000g.
9120/1000 = 9,120kg.

03. Resposta: C.
Como ele quer saber a média aritmética das alturas basta substituirmos na fórmula:
V=M.L.C
13,25 = M . 2,4 . 5,8 =
13,92M = 13,25
M = 13,25/13,92
M = 0,95m

04. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado r = 5 cm.
h = 2r → h = 2.5 = 10 cm
Al = 2.π.r.h
Al = 2.π.5.10 → Al = 100π

05. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = A b.h, do enunciado temos que a aresta da base é a
= 4 cm e a altura h = 12 cm.
A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono regular
6.𝑎 2√3
𝐴𝑏 =
4

6.42 √3 6.16√3
𝐴𝑏 = ➔ 𝐴𝑏 = ➔ 𝐴𝑏 = 6.4√3 ➔ 𝐴𝑏 = 24√3 cm2
4 4

V = 24√3.12
V = 288√3 cm3

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06. Resposta: C.
Do enunciado, o cubo tem aresta a = 3 m.
At = 6.a2 V = a3
2
At = 6.3 V = 33
At = 6.9 V = 27 m3
2
At = 54 m

07. Resposta: D.
𝑙 2√3
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula da área do triângulo equilátero é 𝐴 = 4
.
A aresta da base é a = 8 cm e h = 15 cm.

Cálculo da área da base:


𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4

82 √3 64√3
𝐴𝑏 = 4
= 4

𝐴𝑏 = 16√3

Cálculo do volume:
1
𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

1
𝑉 = 3 . 16√3. 15

𝑉 = 16√3. 5

𝑉 = 80√3

08. Resposta: C.
Pelo enunciado sabemos a altura (h) = 10 m e o Diâmetro da base = 6 m, logo o Raio (R) = 3m.
O volume é Ab.h , onde Ab = π .R² → Ab = 3,14. (3)² → Ab = 28,26
V = Ab. H → V = 28,26. 10 = 282,6 m³
Como o resultado é expresso em litros, sabemos que 1 m³ = 1000 l, Logo 282,26 m³ = x litros
282,26. 1000 = 282 600 litros

09. Resposta: D.
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16
cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192
h = √192
h = √26 . 3
h = 23√3
h = 8√3 cm

10. Resposta: E.
ℎ𝑡
𝑉 = (𝐴𝐵 + √𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝑏 + 𝐴𝑏 )
3
AB=144 dm²
Ab=36 dm²
4 4 4
𝑉 = (144 + √144 ∙ 36 + 36) = (144 + 72 + 36) = 252 = 336 𝑑𝑚 3
3 3 3

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3) Grandezas e Medidas

Caro(a) Candidato(a) esse assunto será dividido nos seguintes tópicos:

a) Medidas de comprimento, superfície, volume, capacidade, massa e tempo


b) Múltiplos e submúltiplos de unidades de medida
c) Transformação de unidades de medida
d) Sistema monetário brasileiro.

a) Medidas de comprimento, superfície, volume, capacidade, massa e tempo


b) Múltiplos e submúltiplos de unidades de medida
c) Transformação de unidades de medida

SISTEMA DE MEDIDAS

Sistema de Medidas Decimais: Área, volume, comprimento, capacidade, massa

Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre
si. O sistema métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte,
listamos as unidades de medida de comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o metro,
porque dele derivam as demais.

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema
tenha um padrão: cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Por isso, o sistema é chamado decimal.

E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado
com o nome popular de litro.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km 2), hectômetro quadrado (hm 2), etc. As mais usadas, na prática, são
o quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades
rurais com o nome de hectare (há): 1 hm 2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10
vezes, como nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100
= 102.
Existem outras unidades de medida mas que não pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as
relações entre algumas essas unidades e as do sistema métrico decimal (valores aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

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A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento acrescidas de quadrado.

Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km 3), hectômetro
cúbico (hm3), etc. Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm 3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor
seguinte. Como 1000 = 103, o sistema continua sendo decimal.

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é
de 7.000 litros, dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir
capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm 3 e 1m³ = 1000l.
Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o
grama(g).

Nomenclatura:
Kg – Quilograma
hg – hectograma
dag – decagrama
g – grama
dg – decigrama
cg – centigrama
mg – miligrama

Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda
a tonelada (t).
Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

Relações entre unidades

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Temos que:
1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

SISTEMA DE MEDIDAS NÃO DECIMAIS (TEMPO E ÂNGULO)

Antigamente, para saber o melhor momento de caçar e plantar, entre outras atividades, as civilizações
observavam a natureza, ou seja, utilizavam-se de fenômenos naturais periódicos.
A unidade básica para a contagem do tempo é o dia, que corresponde ao período de tempo entre dois
eventos equivalentes sucessivos: por exemplo, o intervalo de tempo entre duas ocorrências do nascer do
Sol, que corresponde, em média (dia solar médio), a 24 horas.
O ano solar é o período de tempo decorrido para completar um ciclo de estações (primavera, verão,
outono e inverno). O ano solar médio tem a duração de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos
e 47 segundos (365,2422 dias). Também é conhecido como ano trópico. A cada quatro anos, as horas
extras acumuladas são reunidas no dia 29 de fevereiro, formando o ano bissexto, ou seja, o ano com 366
dias.
Temos uma maneira prática de verificar se um ano é bissexto:
- Se o número que indica o ano é terminado em 00, esse ano será bissexto se o número for divisível
por 400.
- Se o número que indica o ano não é terminado em 00, esse ano será bissexto se o número for divisível
por 4.
Exemplo:
O ano de 2000, por exemplo, foi bissexto porque 2000 termina em 00 e é divisível por 400.

Os calendários antigos baseavam-se em meses lunares (calendários lunares) ou no ano solar


(calendário solar) para contagem do tempo. Eles ainda podem definir outras unidades de tempo, como a
semana, para o propósito de planejar atividades regulares que não se encaixam facilmente com meses
ou anos.
O Ano é dividido em 12 meses, os meses, em semanas, e cada semana, em 7 dias.
O período de 2 meses corresponde a um bimestre, o de 3 meses a um trimestre e o de 6 meses, a um
semestre.
Concluindo:
- 1 ano tem 365 a 366(bissexto) dias;
- 1 ano está dividido em 12 meses;
- 1 mês tem de 30 a 31 dias;
- 1 dia tem 24 horas

Para medirmos o tempo durante o dia, utilizamos o relógio, que pode ser de ponteiros ou digital.

Em geral, os relógios marcam as HORAS, os MINUTOS e os SEGUNDOS.


- 1 dia tem 24 horas.
- 1 hora tem 60 minutos.
Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56
57
- 1 minuto tem 60 segundos.

Observe-se que não é correto escrever 3,20 horas como forma de representar 3h20min, pois o sistema
de medida de tempo não é decimal. O 0,20h representa 12 minutos, pois 0,20.60 min = 12, logo 3,20h =
3horas 12 minutos.

- Adição e Subtração de Medida de tempo


Ao adicionarmos ou subtrairmos medidas de tempo, precisamos estar atentos as unidades. Vejamos
os exemplos:

A) 1 h 50 min + 30 min

Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como sabemos que 1 hora tem 60 minutos,
temos, então acrescentamos a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos, é o que resta nos minutos:

Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min.

B) 2 h 20 min – 1 h 30 min

Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min, então devemos passar uma hora (+1) dos 2 para
a coluna minutos.

Então teremos novos valores para fazermos nossa subtração, 20 + 60 = 80:

Logo o valor encontrado é de 50 min.

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Medidas de Ângulos e suas
Transformações

Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau.
Na astronomia, na cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema de tempo – hora,
minuto e segundo. Há uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:

1h 32min 24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.


1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema
grau – minuto – segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

Questões

01. Uma criança desenvolveu uma infecção cujo tratamento deve ser feito com antibióticos. O
antibiótico utilizado no tratamento tem recomendação diária de 1,5 mg por um quilograma de massa
corpórea, devendo ser administrado três vezes ao dia, em doses iguais. Se a criança tem massa
equivalente a 12 kg, cada dose administrada deve ser de
(A) 7,5 mg.
(B) 9,0 mg.
(C) 4,5 mg.
(D) 6,0 mg.
3
02. O suco existente em uma jarra preenchia da sua capacidade total. Após o consumo de 495 mL,
4
1
a quantidade de suco restante na jarra passou a preencher 5 da sua capacidade total. Em seguida, foi
adicionada certa quantidade de suco na jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é
correto afirmar que a quantidade de suco adicionada foi igual, em mililitros, a
(A) 580.
(B) 720.
(C) 900.
(D) 660.
(E) 840.

03. Em uma casa há um filtro de barro que contém, no início da manhã, 4 litros de água. Desse filtro
foram retirados 800 mL para o preparo da comida e meio litro para consumo próprio. No início da tarde,
foram colocados 700 mL de água dentro desse filtro e, até o final do dia, mais 1,2 litros foram utilizados
para consumo próprio. Em relação à quantidade de água que havia no filtro no início da manhã, pode-se
concluir que a água que restou dentro dele, no final do dia, corresponde a uma porcentagem de
(A) 60%.
(B) 55%.
(C) 50%.
(D) 45%.
(E) 40%.

04. Admita que cada pessoa use, semanalmente, 4 bolsas plásticas para embrulhar suas compras, e
que cada bolsa é composta de 3 g de plástico. Em um país com 200 milhões de pessoas, quanto plástico
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será utilizado pela população em um ano, para embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano é
formado por 52 semanas. Indique o valor mais próximo do obtido.
(A) 108 toneladas
(B) 107 toneladas
(C) 106 toneladas
(D) 105 toneladas
(E) 104 toneladas

05. Uma chapa de alumínio com 1,3 m 2 de área será totalmente recortada em pedaços, cada um deles
com 25 cm2 de área. Supondo que não ocorra nenhuma perda durante os cortes, o número de pedaços
obtidos com 25 cm2 de área cada um, será:
(A) 52000.
(B) 5200.
(C) 520.
(D) 52.
(E) 5,2.

Gabarito
01. D/ 02. B./ 03. B./ 04. D./ 05. C.
7
Conversão de unidades de comprimento
A unidade de comprimento no sistema internacional é metro. Nesse sistema, metro é definido a partir
da velocidade da luz, ou seja, trata-se do espaço percorrido pela luz durante um intervalo de tempo de
1/299.792.458 s.
Existem diversas unidades de comprimento derivadas do metro que são escritas por meio de prefixos.
Confira a tabela abaixo:

Unidade prefixada Correspondente em metro


1 μm - micrômetro 0,000001 m
1mm - milímetro 0,001 m
1 dm - decímetro 0,1 m
1 dam - decâmetro 10,0 m
1 hm - hectômetro 100,0 m
1 km - quilômetro 1000,0 m

Podemos realizar a conversão entre essas unidades de comprimento por meio seguinte processo:

A figura acima mostra que, para cada unidade subsequente entre km e mm, dividimos ou multiplicamos
por 10 de acordo com a transformação desejada.
Exemplos:
1 km = 1 x 10 hm = 10 hm

7 https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/conversao-unidades.htm#:~:text=A%20unidade%20de%20comprimento%20no,1%2F299.792.458%20s.

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


60
1 hm = 1 x 10 x 10 dam = 10 m
1 mm = 1/10 cm = 0,1 cm
Além das unidades de comprimento estabelecidas pelo SI, existem diversas unidades conhecidas,
porém menos utilizadas. Confira abaixo algumas unidades de comprimento e sua relação com metro:

Unidade Relação com metro


1 polegada 0,0254 m
1 pé 0,3048 m
1 jarda 0,91 m
1 milha 1.609,34 m
1 légua 4828,032 m

Para transformar qualquer medida em légua para metro, basta multiplicarmos o valor informado pelo
valor de correspondência dessa unidade em metro. Por exemplo:

Conversão de unidades de área


As unidades de área do sistema internacional de unidades e suas derivadas podem ser facilmente
transformadas de forma similar àquela empregada para a transformação das unidades de distância.
Observe:

Podemos converter medidas de área do SI em outras medidas de área desse sistema. Nesse caso,
basta multiplicarmos ou dividirmos seu valor por 10² (100) quantas vezes forem necessárias. Por
exemplo:
1 km² = 1 x 100 hm² = 100 hm²
1 hm² = 1 x 100 x 100 m² = 10 000 m²
1 mm² = 1/100/100 dm² = 0,0001 dm²
Existem algumas unidades de áreas que são escritas em sistemas diferentes do SI. Confira algumas
delas:

Unidade Relação com metro quadrado (m²)


1 hectare 10000 m²
1 acre 4046, 86 m²
1 milha quadrada 2.590.000 m²

Conversão de unidades de volume


Para realizarmos conversões de volumes em unidades do sistema internacional é muito simples, basta
operarmos de forma similar às transformações que fazemos em metros, dividindo ou multiplicando o valor
pelo fator 10³ (1000) pela quantidade de vezes que forem necessárias. Observe a figura abaixo:

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


61
Confira alguns exemplos de conversão de volume:
1 km³ = 1 x 1000 hm³ = 1000 hm³
1 mm³ = 1 / 1000 / 1000 dm³ = 0,000001 dm³

Conversão de unidades de tempo


A unidade tempo do sistema internacional de unidades é segundo (s). Atualmente, segundo é definido
a partir do intervalo de tempo decorrido entre 9.192.631.770 transições hiperfinas do estado fundamental
de energia do átomo de césio.
Existem diversas unidades de medida de tempo, e todas podem ser relacionadas ao segundo. Observe
a tabela abaixo:

Unidade Relação com o segundo (s)


1 minuto 60 s
1 hora 3600 s
1 dia 86.400 s
1 ano 31.557.600,0 s

Conversão de unidades de velocidade


A conversão entre unidades de velocidade mais comum é aquela que relaciona metros por segundo
(m/s) com quilômetros por hora (km/h). Para realizarmos essa conversão, basta multiplicarmos a
velocidade por 3,6 caso desejemos transformá-la de metros por segundo para quilômetros por hora.
Observe a figura abaixo:

Veja abaixo alguns exemplos de conversão de velocidade:


10 m/s = 10 x 3,6 = 36 km/h
54 km/h = 54/3,6 = 15 m/s

Questões
01. Fazendo a conversão de 12 km para metro, quanto obtemos?
(A) 12000 m
(B) 14000 m
(C) 12 m
Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56
62
(D) 120 m
(E) 12,0 m

02. Determine quanto vale em mm 2 dam.


(A) 100 mm
(B) 2000 mm
(C) 20000 mm
(D) 2 mm
(E) 2000 km

03. Calcule a soma de 3 km + 20 m.


(A) 600 m
(B) 3021 m
(C) 3020 m
(D) 2030 m
(E) 1520 m

04. Se um cubo possui 2 cm de altura, 2 cm de largura e 20 mm de altura. Calcule o volume deste


cubo.
(A) 3 cm
(B) 8 cm
(C) 8 mm
(D) 9 cm
(E) 5 cm

05. Quanto vale em hectômetro (hm) 300 decímetro (dm)?


(A) 8 cm
(B) 9 hm
(C) 0,2 hm
(D) 0,3 hm
(E) 20 hm

Gabarito
01. A/ 02.C/ 03.C/ 04. B/ 05.D

d) Sistema monetário brasileiro.

SISTEMA MONETÁRIO NACIONAL8

O primeiro dinheiro do Brasil foi à moeda-mercadoria. Durante muito tempo, o comércio foi feito por
meio da troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal.
As primeiras moedas metálicas (de ouro, prata e cobre) chegaram com o início da colonização
portuguesa. A unidade monetária de Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período colonial.
Assim, tudo se contava em réis (plural popular de real) com moedas fabricadas em Portugal e no Brasil.
O Real (R) vigorou até 07 de outubro de 1833. De acordo com a Lei nº 59, de 08 de outubro de 1833,
entrou em vigor o Mil-Réis (Rs), múltiplo do real, como unidade monetária, adotada até 31 de outubro de
1942.
No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou nove moedas diferentes (mil-réis, cruzeiro,
cruzeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real, real), por este motivo estaremos
abordando o sistema monetário brasileiro.
Por meio do Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942, uma nova unidade monetária, o cruzeiro
– Cr$ veio substituir o mil-réis, na base de Cr$ 1,00 por mil-réis.

8
www.bcb.gov.br
www.casadamoeda.gov.br

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63
A denominação “cruzeiro” origina-se das moedas de ouro (pesadas em gramas ao título de 900
milésimos de metal e 100 milésimos de liga adequada), emitidas na forma do Decreto nº 5.108, de 18 de
dezembro de 1926, no regime do ouro como padrão monetário.
O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de 1965, transformou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro novo –
NCr$, na base de NCr$ 1,00 por Cr$ 1.000. A partir de 15 de maio de 1970 e até 27 de fevereiro de 1986,
a unidade monetária foi novamente o cruzeiro (Cr$).
Em 27 de fevereiro de 1986, Dílson Funaro, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Cruzado (Decreto-
Lei nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986): o cruzeiro – Cr$ se transformou em cruzado – Cz$, na base de
Cz$ 1,00 por Cr$ 1.000 (vigorou de 28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989). Em novembro do
mesmo ano, o Plano Cruzado II tentou novamente a estabilização da moeda. Em junho de 1987, Luiz
Carlos Brésser Pereira, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Brésser: um Plano Cruzado “requentado”
avaliou Mário Henrique Simonsen.
Em 15 de janeiro de 1989, Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Verão (Medida
Provisória nº 32, de 15 de janeiro de 1989): o cruzado – Cz$ se transformou em cruzado novo – NCz$,
na base de NCz$ 1,00 por Cz$ 1.000,00 (vigorou de 16 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990).
Em 15 de março de 1990, Zélia Cardoso de Mello, ministra da Fazenda, anunciou o Plano Collor
(Medida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990): o cruzado novo – NCz$ se transformou em cruzeiro
– Cr$, na base de Cr$ 1,00 por NCz$ 1,00 (vigorou de 16 de março de 1990 a 28 de julho de 1993). Em
janeiro de 1991, a inflação já passava de 20% ao mês, e o Plano Collor II tentou novamente a estabilização
da moeda.
A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de1993, transformou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro real –
CR$, na base de CR$ 1,00 por Cr$ 1.000,00 (vigorou de 29 de julho de 1993 a 29 de junho de 1994).
Em 30 de junho de 1994, Fernando Henrique Cardoso, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Real:
o cruzeiro real – CR$ se transformou em real – R$, na base de R$ 1,00 por CR$ 2.750,00 (Medida
Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994, convertida na Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995).
O artigo 10, I, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, delegou ao Banco Central do Brasil
competência para emitir papel-moeda e moeda metálica, competência exclusiva consagrada pelo artigo
164 da Constituição Federal de 1988.
Antes da criação do BCB, a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil e
o Tesouro Nacional desempenhavam o papel de autoridade monetária.
A SUMOC, criada em 1945 e antecessora do BCB, tinha por finalidade exercer o controle monetário.
A SUMOC fixava os percentuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas do redesconto
e da assistência financeira de liquidez, bem como os juros. Além disso, supervisionava a atuação dos
bancos comerciais, orientava a política cambial e representava o País junto a organismos internacionais.
O Banco do Brasil executava as funções de banco do governo, e o Tesouro Nacional era o órgão
emissor de papel-moeda.

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64
Como surgiram as moedas
Por muito tempo, os objetos de metal foram mercadorias muito apreciadas. Como sua produção exigia,
além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser
encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todas as pessoas. A valorização, cada
vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como moeda, e ao aparecimento de réplicas de
objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como dinheiro.
Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: são pequenas
peças de metal, com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem
as emitiu, e lhes garante seu valor. Moedas de prata foram cunhadas na Grécia. A princípio, essas peças
eram fabricadas por processos manuais muito rudimentares e não eram exatamente iguais, como as de
hoje, que são peças absolutamente iguais umas às outras.

Moedas utilizadas no Brasil (Real)


As moedas utilizadas oficialmente no Brasil, e que compõem o Sistema Monetário Brasileiro são:

É interessante notar que a moeda de 1 centavo (R$ 0,01) foi desativada em 2004.

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65
Cédulas utilizadas no Brasil (Real)

1ª Família do Real

As notas apresentadas no
anverso e verso.
Atualmente não circula mais
a cédula de R$ 1,00, dando
lugar a de R$ 2,00.

As notas da Primeira
Família continuam valendo
e podem ser usadas
normalmente. Aos poucos,
serão substituídas por suas
versões mais recentes: a
Segunda Família do Real.

2ª Família do Real

Por que mudar as notas?


O Real está consolidado como uma moeda forte, utilizado cada vez mais nas transações cotidianas e
como reserva de valor. Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, é necessário dotar as
nossas cédulas de recursos gráficos e elementos antifalsificação mais modernos, capazes de continuar
garantindo a segurança do dinheiro brasileiro no futuro.

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Glossário

Banco Central (BC ou Bacen) - Autoridade monetária do País responsável pela execução da política
financeira do governo. Cuida ainda da emissão de moedas, fiscaliza e controla a atividade de todos os
bancos no País.

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - Órgão internacional que visa ajudar países
subdesenvolvidos e em desenvolvimento na América Latina. A organização foi criada em 1959 e está
sediada em Washington, nos Estados Unidos.

Banco Mundial - Nome pelo qual o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)
é conhecido. Órgão internacional ligado a ONU, a instituição foi criada para ajudar países
subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Empresa pública federal


vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que tem como objetivo
financiar empreendimentos para o desenvolvimento do Brasil.

Casa da Moeda do Brasil (CMB) - é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.
Fundada em 8 de março de 1694, acumula mais de 300 anos de existência. Foi criada no Brasil Colônia
pelos governantes portugueses para fabricar moedas com o ouro proveniente das minerações. Na época,
a extração de ouro era muito expressiva no Brasil e o crescimento do comércio começava a causar um
caos monetário devido à falta de um suprimento local de moedas. A Casa da Moeda possui, atualmente,
três fábricas: de cédulas, moedas e gráfica geral.

Questões

01. O carro do pai de Tiago gasta R$ 1,00 em gasolina a cada 1min. Para levar Tiago à escola, seu
pai sai de casa às 13h45min e chega lá às 13h55min. Sabendo que o pai dele só tem moedas de R$ 0,50
no bolso, quantas moedas ele deverá gastar com a gasolina deste percurso?
(A) 5 moedas
(B) 10 moedas
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(C) 15 moedas
(D) 20 moedas

02. Lita comprou um sorvete por R$ 1,55. Que moedas ela utilizou para realizar essa compra?
(A) 1 moeda de 1 real, 1 moeda de 25 centavos e 1 moeda de 10 centavos
(B) 1 moeda de 1 real, 1 moeda de 25 centavos e 2 moedas de 10 centavos
(C) 1 moeda de 1 real, 2 moedas de 25 centavos e 1 moeda de 5 centavos
(D) 1 moeda de 1 real, 2 moedas de 25 centavos e 1 moeda de 10 centavos

03. Durante o ano inteiro, Aliene poupou em seu cofrinho 20 moedas de 1 real, 11 moedas de 50
centavos, 19 moedas de 25 centavos, 15 moedas de 10 centavos e 12 moedas de 5 centavos. Quantos
reais ela terá quando for abrir o cofrinho?
(A) R$ 32,25
(B) R$ 32,35
(C) R$ 33,25
(D) R$ 33,35

04. Tadeu foi ao cinema do shopping. Antes de entrar para assistir ao filme ele foi comprar pipoca. O
saco de pipoca custa R$ 2,50 e ele tinha três moedas de R$ 1,00. Quanto ele recebeu de troco?

(A)

(B)

(C)

(D)

05. Joana ganhou de seu avô R$ 5,00 em moedas diversas do real. Qual das respostas abaixo
representa este valor?

(A)

(B)

(C)

(D)

06. Possuo 20 moedas na carteira. Sabe-se que 1/4 delas são de 1 real e 4/8 de todas as moedas são
de 50 centavos. Se as restantes são de 25 centavos, o valor que possuo em moedas na carteira é
(A) R$ 11,50.
(B) R$ 11,25.
(C) R$ 10,75.
(D) R$ 10,25.
(E) R$ 10,00.
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07. A distância da cidade A à cidade B é de km 473. Fazendo-se esse percurso num automóvel que
consome 1 litro de gasolina a cada km 11 e sabendo-se que o litro desse combustível é comprado a R$
2,50, gastar-se-á com combustível nessa viagem a quantia de:
(A) R$ 112,50
(B) R$ 110,50
(C) R$ 109,50
(D) R$ 107,50
(E) R$ 106,50

08. A partir de 1º de março, uma cantina escolar adotou um sistema de recebimento por cartão
eletrônico. Esse cartão funciona como uma conta corrente: coloca-se crédito e vão sendo debitados os
gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores
no cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o seu consumo e os pagamentos na seguinte
tabela:

Valor Valor
Gasto Creditado
1ª R$ 27,00 R$ 40,00
semana
2ª R$ 33,00 R$ 30,00
semana
3ª R$ 42,00 R$ 35,00
semana
4ª R$ 25,00 R$ 15,00
semana

No final do mês, Enzo observou que tinha


(A) crédito de R$ 7,00.
(B) débito de R$ 7,00.
(C) crédito de R$ 5,00.
(D) débito de R$ 5,00.
(E) empatado suas despesas e seus créditos .

09. José, funcionário público, recebe salário bruto de R$ 2000,00. Em sua folha de pagamento vem o
desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. Qual o salário líquido de José?
(A) R$ 1800,00
(B) R$ 1765,00
(C) R$ 1675,00
(D) R$ 1665,00

Comentários

01. Resposta: D.
Como a cada 1 min é gasto R$ 1,00, e o pai dele gastou 10 min, 1,00.10= 10,00. Como o pai só tem
moedas de 0,50 centavos, logo: 10,00:0,5 = 20 moedas. Podemos também pensar da seguinte maneira:
Como 10,00 = 10 moedas e com moedas de 0,50 , precisamos de 2 moedas para fazer um total de
1,00, logo precisaríamos do dobro de moedas para chegar a 10,00.

02. Resposta: C.
R$ 1,55 = 1 moeda de 1 real + 2 moedas de 25 centavos= 0,50 + 1 moeda de 0,05 centavos =
1+0,50+0,05 = 1,55.

03. Resposta: B.
20 x 1,00 = 20,00
11 x 0,50 = 5,50
19 x 0,25 = 4,75
15 x 0,10 = 1,50
12 x 0,05 = 0,60

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04. Resposta: A.
3 x 1,00 = 3,00 – 2,50 da pipoca = 0,50. A única opção que tem o valor correto é a A, 2 moedas de
0,25 = 0,50.

05. Resposta: D.
Vamos somar cada um valor das alternativas para acharmos a correta:
Alternat Moeda R$ Moeda R$ Moeda R$ Tota
iva 1,00 0,50 0,25 l
A 2 x 1 = 2,00 3 x 0,50 = 0 3,50
1,50
B 1 x 1 = 1,00 3 x 0,50 = 4x 0,25 = 3,50
1,50 1,00
C 2 x 1 = 2,00 2 x 0,50 = 3 x 0,25 = 3,75
1,00 0,75
D 3 x 1 = 3,00 3 x 0,50 = 2 x 0,25 = 5,00
1,50 0,50

06. Resposta: B.
1
4
. 20 = 5 (são de 1 real)

4 1
. 20 = . 20 = 10 (são de 50 centavos)
8 2

Restantes são de 25 centavos: 20 – 5 – 10 = 5


Assim, o total é: 5.1,00 + 10 . 0,50 + 5 . 0,25
T = 5 + 5 + 1,25 = R$ 11,25

07. Resposta: D.
Vamos dividir a km total 473, pela quantidade de km percorridos por 1 litro de gasolina: 473/11 = 43
litros serão gastos para percorrer essa km total.
Se cada litro custa R$ 2,50 ➔ 43 x 2,50 = 107,50 reais serão gastos.

08. Resposta: B.
Crédito: 40+30+35+15=120
Débito: 27+33+42+25=127
120-127=-7
Ele tem um débito de R$ 7,00.

09. Resposta: B.
2000-200=1800-35=1765
O salário líquido de José é R$1765,00.

4) Tratamento da Informação

Caro(a) Candidato(a) esse assunto será dividido nos seguintes tópicos:

a) Interpretação de informações em tabelas e em gráficos


b) Organização de informações em tabelas e em gráficos
c) Média aritmética
d) Probabilidade

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a) Interpretação de informações em tabelas e em gráficos
b) Organização de informações em tabelas e em gráficos

TABELAS E GRÁFICOS

O nosso cotidiano é permeado das mais diversas informações, sendo muito delas expressas em
formas de tabelas e gráficos9, as quais constatamos através do noticiários televisivos, jornais, revistas,
entre outros. Os gráficos e tabelas fazem parte da linguagem universal da Matemática, e compreensão
desses elementos é fundamental para a leitura de informações e análise de dados.
A parte da Matemática que organiza e apresenta dados numéricos e a partir deles fornecer conclusões
é chamada de Estatística.

Tabelas: as informações nela são apresentadas em linhas e colunas, possibilitando uma melhor
leitura e interpretação. Exemplo:

Fonte: SEBRAE

Observação: nas tabelas e nos gráficos podemos notar que a um título e uma fonte. O título é utilizado
para evidenciar a principal informação apresentada, e a fonte identifica de onde os dados foram obtidos.

Tipos de Gráficos

Gráfico de linhas: são utilizados, em geral, para representar a variação de uma grandeza em certo
período de tempo.
Marcamos os pontos determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os ligados por
segmentos de reta. Nesse tipo de gráfico, apenas os extremos dos segmentos de reta que compõem a
linha oferecem informações sobre o comportamento da amostra. Exemplo:

Gráfico de barras: também conhecido como gráficos de colunas, são utilizados, em geral, quando há
uma grande quantidade de dados. Para facilitar a leitura, em alguns casos, os dados numéricos podem
ser colocados acima das colunas correspondentes. Eles podem ser de dois tipos: barras verticais e
horizontais.

9https://www.infoenem.com.br
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br

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71
Gráfico de barras verticais: as frequências são indicadas em um eixo vertical. Marcamos os pontos
determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os ligamos ao eixo das classes por meio de
barras verticais. Exemplo:

Gráfico de barras horizontais: as frequências são indicadas em um eixo horizontal. Marcamos os


pontos determinados pelo pares ordenados (frequência, classe) e os ligamos ao eixo das classes por
meio de barras horizontais. Exemplo:

Observação: em um gráfico de colunas, cada barra deve ser proporcional à informação por ela
representada.

Gráfico de setores: são utilizados, em geral, para visualizar a relação entre as partes e o todo.
Dividimos um círculo em setores, com ângulos de medidas diretamente proporcionais às frequências
de classes. A medida α, em grau, do ângulo central que corresponde a uma classe de frequência F é
dada por:
360°
𝛼= .𝐹
𝐹𝑡
Onde:
Ft = frequência total

Exemplo

Para acharmos a frequência relativa, podemos fazer uma regra de três simples:
400 --- 100%
160 --- x
x = 160 .100/ 400 = 40%, e assim sucessivamente.

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Aplicando a fórmula teremos:

360° 360°
−𝐹𝑢𝑡𝑒𝑏𝑜𝑙: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 160 → 𝛼 = 144°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑉ô𝑙𝑒𝑖: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 120 → 𝛼 = 108°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝐵𝑎𝑠𝑞𝑢𝑒𝑡𝑒: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 60 → 𝛼 = 54°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑁𝑎𝑡𝑎çã𝑜: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 20 → 𝛼 = 18°
𝐹𝑡 400

Como o gráfico é de setores, os dados percentuais serão distribuídos levando-se em conta a proporção
da área a ser representada relacionada aos valores das porcentagens. A área representativa no gráfico
será demarcada da seguinte maneira:

Com as informações, traçamos os ângulos da circunferência e assim montamos o gráfico:

Pictograma ou gráficos pictóricos: em alguns casos, certos gráficos, encontrados em jornais,


revistas e outros meios de comunicação, apresentam imagens relacionadas ao contexto. Eles são
desenhos ilustrativos. Exemplo:

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Histograma: o consiste em retângulos contíguos com base nas faixas de valores da variável e com
área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta forma, a altura de cada retângulo é denominada
densidade de frequência ou simplesmente densidade definida pelo quociente da área pela amplitude da
faixa. Alguns autores utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na construção do histograma, o
que pode ocasionar distorções (e, consequentemente, más interpretações) quando amplitudes diferentes
são utilizadas nas faixas. Exemplo:

Polígono de Frequência: semelhante ao histograma, mas construído a partir dos pontos médios das
classes. Exemplo:

Gráfico de Ogiva: apresenta uma distribuição de frequências acumuladas, utiliza uma poligonal
ascendente utilizando os pontos extremos.

Cartograma: é uma representação sobre uma carta geográfica. Este gráfico é empregado quando o
objetivo é de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou políticas.

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Interpretação de tabelas e gráficos

Para uma melhor interpretação de tabelas e gráficos devemos ter em mente algumas considerações:
- Observar primeiramente quais informações/dados estão presentes nos eixos vertical e horizontal,
para então fazer a leitura adequada do gráfico;
- Fazer a leitura isolada dos pontos.
- Leia com atenção o enunciado e esteja atento ao que pede o enunciado.

Exemplos

(Enem) O termo agronegócio não se refere apenas à agricultura e à pecuária, pois as atividades
ligadas a essa produção incluem fornecedores de equipamentos, serviços para a zona rural,
industrialização e comercialização dos produtos.
O gráfico seguinte mostra a participação percentual do agronegócio no PIB brasileiro:

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).


Almanaque abril 2010. São Paulo: Abril, ano 36 (adaptado)
Esse gráfico foi usado em uma palestra na qual o orador ressaltou uma queda da participação do
agronegócio no PIB brasileiro e a posterior recuperação dessa participação, em termos percentuais.
Segundo o gráfico, o período de queda ocorreu entre os anos de
A) 1998 e 2001.
B) 2001 e 2003.
C) 2003 e 2006.
D) 2003 e 2007.
E) 2003 e 2008.

Resolução

Segundo o gráfico apresentado na questão, o período de queda da participação do agronegócio no


PIB brasileiro se deu no período entre 2003 e 2006. Esta informação é extraída através de leitura direta
do gráfico: em 2003 a participação era de 28,28%, caiu para 27,79% em 2004, 25,83% em 2005,
chegando a 23,92% em 2006 – depois deste período, a participação volta a aumentar.
Resposta: C
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(Enem) O gráfico mostra a variação da extensão média de gelo marítimo, em milhões de quilômetros
quadrados, comparando dados dos anos 1995, 1998, 2000, 2005 e 2007. Os dados correspondem aos
meses de junho a setembro. O Ártico começa a recobrar o gelo quando termina o verão, em meados de
setembro. O gelo do mar atua como o sistema de resfriamento da Terra, refletindo quase toda a luz solar
de volta ao espaço. Águas de oceanos escuros, por sua vez, absorvem a luz solar e reforçam o
aquecimento do Ártico, ocasionando derretimento crescente do gelo.

Com base no gráfico e nas informações do texto, é possível inferir que houve maior aquecimento global
em
(A)1995.
(B)1998.
(C) 2000.
(D)2005.
(E)2007.

Resolução

O enunciado nos traz uma informação bastante importante e interessante, sendo chave para a
resolução da questão. Ele associa a camada de gelo marítimo com a reflexão da luz solar e
consequentemente ao resfriamento da Terra. Logo, quanto menor for a extensão de gelo marítimo, menor
será o resfriamento e portanto maior será o aquecimento global.
O ano que, segundo o gráfico, apresenta a menor extensão de gelo marítimo, é 2007.

Resposta: E

Mais alguns exemplos:

01. Todos os objetos estão cheios de água.

Qual deles pode conter exatamente 1 litro de água?

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(A) A caneca
(B) A jarra
(C) O garrafão
(D) O tambor

O caminho é identificar grandezas que fazem parte do dia a dia e conhecer unidades de medida, no
caso, o litro. Preste atenção na palavra exatamente, logo a resposta está na alternativa B.

02. No gráfico abaixo, encontra-se representada, em bilhões de reais, a arrecadação de impostos


federais no período de 2003 a 2006. Nesse período, a arrecadação anual de impostos federais:

(A) nunca ultrapassou os 400 bilhões de reais.


(B) sempre foi superior a 300 bilhões de reais.
(C) manteve-se constante nos quatro anos.
(D) foi maior em 2006 que nos outros anos.
(E) chegou a ser inferior a 200 bilhões de reais.
Analisando cada alternativa temos que a única resposta correta é a D.

Questões

01. Uma pesquisa realizada com 200 chefes de cozinha italianos mostra 5 ingredientes que não podem
faltar. Cada entrevistado indicou um ingrediente que considerava fundamental na cozinha, e os dados
contabilizados são apresentados no gráfico a seguir.

O número de chefes de cozinha que indicaram o Manjericão como o ingrediente fundamental foi
(A) 15
(B) 18
(C) 20
(D) 27
(E) 30

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02. Em dois dias de trabalho voluntário com animais, nas cinco regiões brasileiras, foram atendidos
1000 animais, conforme mostra o gráfico a seguir.

Em relação aos dados apresentados, é correto afirmar que


(A) o maior número de atendimentos ocorreu na região Nordeste.
(B) as regiões Sul e Sudeste, juntas, realizaram metade do número total de atendimentos.
(C) a região Norte, comparada às outras regiões, é a que teve menos atendimentos.
(D) as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, juntas, realizaram 400 atendimentos.
(E) o número de atendimentos realizados na região Sul supera os da região Centro-Oeste em 350
atendimentos.

03. Paola compra verduras e legumes de uma empresa que faz entregas em domicílio. Ela recebeu a
seguinte tabela com as ofertas da semana:

Paola comprou 0,8 Kg de banana prata, 2 Kg de laranja pera e um mamão de 2,1 Kg. A compra de Paola
totalizou o valor de
(A) R$ 15,16.
(B) R$ 16,60.
(C) R$ 17,60.
(D) R$ 19,16.
(E) R$ 20,60.

Gabarito
01. E/ 02.D/ 03.D

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78
c) Média aritmética

Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e efetue uma certa operação com todos os
elementos de A.
Se for possível substituir cada um dos elementos do conjunto A por um número x de modo que o
resultado da operação citada seja o mesmo diz – se, por definição, que x será a média dos elementos de
A relativa a essa operação.

Média Aritmética Simples10

A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição é chamada média aritmética.

Cálculo da média aritmética


Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por
definição:

A média aritmética(x) dos n elementos do conjunto numérico A é a soma de todos os seus


elementos, dividida pelo número de elementos n.
Exemplos:
1) Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9, e 13.
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3, 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5
elementos, dividida por 5. Assim:

3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥=7
5 5

A média aritmética é 7.

2) Os gastos (em reais) de 15 turistas em Porto Seguro estão indicados a seguir:


65 – 80 – 45 – 40 – 65 – 80 – 85 – 90
75 – 75 – 70 – 75 – 75 – 90 – 65

Se somarmos todos os valores teremos:

65 + 80 + 45 + 40 + 65+, , , +90 + 65 1075


𝑥= = = 71,70
15 15

Assim podemos concluir que o gasto médio do grupo de turistas foi de R$ 71,70.

Questões

01. Na festa de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam presentes. A idade de
João nessa ocasião representava 2 vezes a média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a
soma das idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

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IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


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02. Os censos populacionais produzem informações que permitem conhecer a distribuição territorial e
as principais características das pessoas e dos domicílios, acompanhar sua evolução ao longo do tempo,
e planejar adequadamente o uso sustentável dos recursos, sendo imprescindíveis para a definição de
políticas públicas e a tomada de decisões de investimento. Constituem a única fonte de referência sobre
a situação de vida da população nos municípios e em seus recortes internos – distritos, bairros e
localidades, rurais ou urbanos – cujas realidades socioeconômicas dependem dos resultados censitários
para serem conhecidas.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm
(Acesso dia 29/08/2011)
Um dos resultados possíveis de se conhecer, é a distribuição entre homens e mulheres no território
brasileiro. A seguir parte da pirâmide etária da população brasileira disponibilizada pelo IBGE.

http://www.ibge.gov.br/censo2010/piramide_etaria/index.php
(Acesso dia 29/08/2011)
O quadro abaixo, mostra a distribuição da quantidade de homens e mulheres, por faixa etária de uma
determinada cidade. (Dados aproximados)
Considerando somente a população masculina dos 20 aos 44 anos e com base no quadro abaixo a
frequência relativa, dos homens, da classe [30, 34] é:

(A) 64%.
(B) 35%.
(C) 25%.
(D) 29%.
(E) 30%.

03. Em uma turma a média aritmética das notas é 7,5. Sabe-se que a média aritmética das notas das
mulheres é 8 e das notas dos homens é 6. Se o número de mulheres excede o de homens em 8, pode -
se afirmar que o número total de alunos da turma é
(A) 4.
(B) 8.
(C) 12.
(D) 16.
(E) 20.

04. A altura média, em metros, dos cinco ocupantes de um carro era y. Quando dois deles, cujas
alturas somavam 3,45 m, saíram do carro, a altura média dos que permaneceram passou a ser 1,8 m
que, em relação à média original y, é
(A) 3 cm maior.
(B) 2 cm maior.
(C) igual.
(D) 2 cm menor.
(E) 3 cm menor.

05. Em uma empresa com 5 funcionários, a soma dos dois menores salários é R$ 4.000,00, e a soma
dos três maiores salários é R$ 12.000,00. Excluindo-se o menor e o maior desses cinco salários, a média

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dos 3 restantes é R$ 3.000,00, podendo-se concluir que a média aritmética entre o menor e o maior
desses salários é igual a
(A) R$ 3.500,00.
(B) R$ 3.400,00.
(C) R$ 3.050,00.
(D) R$ 2.800,00.
(E) R$ 2.500,00.

Comentários

01. Alternativa: E.
Foi dado que: J = 2.M

𝑎+𝑏+⋯+𝑔
𝐽= 7
= 2. 𝑀 (I)

𝑎+𝑏+⋯+𝑔
Foi pedido: 𝐽
=?

Na equação ( I ), temos que:


𝑎+𝑏+⋯+𝑔
7= 𝐽

7 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
2
= 𝑀

𝑎 +𝑏 + ⋯+𝑔
= 3,5
𝑀

02. Alternativa: E.
[30, 34] = 600, somatória de todos os homens é: 300+400+600+500+200= 2000
600 600
= = 0,3 . (100) = 30%
300+400+600+500+200 2000

03. Alternativa: D.
Do enunciado temos m = h + 8 (sendo m = mulheres e h = homens).
𝑆
A média da turma é 7,5, sendo S a soma das notas: 𝑚+ℎ = 7,5 → 𝑆 = 7,5(𝑚 + ℎ)

𝑆1
A média das mulheres é 8, sendo S 1 a soma das notas: = 8 → 𝑆1 = 8𝑚
𝑚

𝑆2
A média dos homens é 6, sendo S 2 a soma das notas: = 6 → 𝑆2 = 6ℎ

Somando as notas dos homens e das mulheres:


S1 + S2 = S
8m + 6h = 7,5(m + h)
8m + 6h = 7,5m + 7,5h
8m – 7,5m = 7,5h – 6h
0,5m =1,5h
1,5ℎ
𝑚 = 0,5
𝑚 = 3ℎ
h + 8 = 3h
8 = 3h – h
8 = 2h → h = 4
m = 4 + 8 = 12
Total de alunos = 12 + 4 = 16

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04. Alternativa: A.
Sendo S a soma das alturas e y a média, temos:
𝑆
5
= 𝑦 → S = 5y

𝑆−3,45
3
= 1,8 → S – 3,45 = 1,8.3
S – 3,45 = 5,4
S = 5,4 + 3,45
S = 8,85, então:
5y = 8,85
y = 8,85 : 5 = 1,77
1,80 – 1,77 = 0,03 m = 3 cm a mais.

05. Alternativa: A.
x1 + x2 + x3 + x4 + x5
x1 + x2 = 4000
x3 + x4 + x5 = 12000

𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4
= 3000
3

x2 + x3 + x4 = 9000
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4 + 𝑥5 = 4000 + 12000 = 16000

Sendo 𝑥1 𝑒 𝑥5 o menor e o maior salário, respectivamente:


𝑥1 + 9000 + 𝑥5 = 16000

𝑥1 + 𝑥5 = 16000 − 9000 = 7000

Então, a média aritmética:


𝑥1 + 𝑥2 7000
= = 3500
2 2

d) Probabilidade.

A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o estudo dos jogos de azar, tais como jogos de
cartas e roleta. Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística e com diversos ramos do
conhecimento.

Definições11:
A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que cria e desenvolve modelos matemáticos para
estudar os experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários para efetuarmos os cálculos
probabilísticos.

Experimentos aleatórios

São fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as condições
sejam semelhantes.

Exemplos:
a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces voltadas para cima

11
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
BUCCHI, Paulo – Curso prático de Matemática – Volume 2 – 1ª edição - Editora Moderna

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82
b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número das suas páginas.

Espaço amostral

É o conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer em um determinado experimento aleatório.


Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U, S, A, Ω ... variando de acordo com a bibliografia
estudada.

Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces voltadas para cima, sendo as faces da moeda
cara (c) e coroa (k), o espaço amostral deste experimento é:
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}, onde o número de elementos do
espaço amostral n(A) = 8

Evento

É qualquer subconjunto de um espaço amostral (S); muitas vezes um evento pode ser caracterizado
por um fato. Indicamos pela letra E.

Exemplo:
a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face


E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

Veremos agora alguns eventos particulares:

Evento certo: que possui os mesmos elementos do espaço amostral (todo conjunto é subconjunto de
si mesmo); E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a 12.

Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


E: o número de uma das faces de um dado comum ser 7.
E: Ø

Evento simples: evento que possui um único elemento.


E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
E: {(6,6)}

Evento complementar: se E é um evento do espaço amostral S, o evento complementar de E indicado


por C tal que C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não ocorre.
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser menor ou igual a 2.
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser maior que 2.
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo:

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E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3) (2,4), (2,5), (2,6)}
Como, C = S – E
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4),
(5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a
ocorrência de um deles implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada para cima é par.
A = {2,4,6}
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada para cima é divisível por 5.
B = {5}
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = Ø.

Probabilidade em Espaços Equiprováveis

Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de


ocorrer o evento E é o número real P (E), tal que:

𝐧(𝐄)
𝐏(𝐄) =
𝐧(𝐒)

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma


“chance” de acontecer.
Onde:
n(E) = número de elementos do evento E.
n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número ímpar na face voltada para cima é obtida
da seguinte forma:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
E = {1, 3, 5} n(E) = 3

n(E) 3 1
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2

Probabilidade da União de dois Eventos

Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral A, o número de


elementos da reunião de A com B é igual ao número de elementos do evento A somado ao número de
elementos do evento B, subtraindo o número de elementos da intersecção de A com B.

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Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral, vamos dividir os dois membros da equação
por n(S) a fim de obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)

Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a equação será:

P (A U B) = P(A) + P(B)

Exemplo:
A probabilidade de que a população atual de um país seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110 milhões.
Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais: P(A) = 95% = 0,95
Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos: P(B) = 8% = 0,08
P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B) = ?
P (A U B) = 100% = 1
Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)
P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%

Probabilidade Condicional

Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral S, definimos como probabilidade


𝐴
condicional do evento A, tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 (𝐵 ), a razão:

𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)

Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.

Exemplo:
No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima, para calcular a probabilidade de sair o
número 5 no primeiro dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Montando temos:

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S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4),
(3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4),
(6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}


P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵 ) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36

Probabilidade de dois Eventos Simultâneos (ou sucessivos)

A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de um deles pela probabilidade do outro em


relação ao primeiro. Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos
simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles
P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B).
Sendo:

𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)

Eventos independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando


P(A|B) = P(A) ou P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

P (A ∩ B) = P(A). P(B)

Exemplo:
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda, determine a probabilidade de se obter 3 ou 5
no dado e cara na moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.

S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), (5,k), (6,c), (6,k)}
Evento A: 3 ou 5 no dado
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)}
4 1
𝑃(𝐴) = =
12 3

Evento B: cara na moeda


B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)}
6 1
𝑃(𝐵) = =
12 2

Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o evento A não modifica a probabilidade de
ocorrer o evento B. Com isso temos:
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
1 1 1
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵) = . =
3 2 6

Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder ser calculada também por:


𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = =
𝑛(𝑆) 12 6

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No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é fácil dependendo do nosso espaço
amostral.

Lei Binomial de probabilidade

Vamos considerar um experimento que se repete n número de vezes. Em cada um deles temos:
P(E) = p, que chamamos de probabilidade de ocorrer o evento E com sucesso.
P(𝐸̅) = 1 – p, probabilidade de ocorrer o evento E com insucesso (fracasso).

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o experimento se repete é dado por uma lei
binomial.

A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k

As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem ocupar qualquer ordem. Então,


precisamos considerar uma permutação de n elementos dos quais há repetição de k elementos e de (n –
k) elementos, em outras palavras isso significa:

[𝑘,(𝑛−𝑘)] 𝑛!
𝑃𝑛 = 𝑘.(𝑛−𝑘)! = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k vezes o evento E no n experimentos é
dada:

𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
𝒌

A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:

- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as n vezes.


- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅.
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes.
- Cada experimento é independente dos demais.

Exemplo:
Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de ocorrência 3 caras?
Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma coroa. Umas das possíveis situações, que
satisfaz o problema, pode ser:

Temos que:
n=4
k=3
1 1
̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸 ) = , 𝑃(𝐸)
2 2

Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada por:


1 3 1 1
( ) . (1 − ) , como essa não é a única situação de ocorre 3 caras e 1 coroa. Vejamos:
2 2

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87
1 3 1 1
Podemos também resolver da seguinte forma: (43) maneiras de ocorrer o produto (2) . (1 − 2) ,
portanto:
4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸 ) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
3 2 2 8 2 4

Questões

01. Dados os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {4, 5, 6, 7}, João escolhe ao acaso um elemento de cada
um deles. A probabilidade de que o produto dos dois elementos escolhidos seja um número par é:

(A) 1/4;
(B) 1/3;
(C) 1/2;
(D) 2/3;
(E) 3/4.

02. Em uma escola, a probabilidade de um aluno compreender e falar inglês é de 30%. Três alunos
dessa escola, que estão em fase final de seleção de intercâmbio, aguardam, em uma sala, serem
chamados para uma entrevista. Mas, ao invés de chamá-los um a um, o entrevistador entra na sala e faz,
oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser respondida por qualquer um dos alunos.
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua pergunta oralmente respondida em inglês é
(A) 23,7%
(B) 30,0%
(C) 44,1%
(D) 65,7%
(E) 90,0%

03. Em uma central de atendimento, cem pessoas receberam senhas numeradas de 1 até 100. Uma
das senhas é sorteada ao acaso.
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100

04. O quadro a seguir mostra a distribuição das idades dos funcionários de certa repartição pública:

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

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88
05. Um casal pretende ter 3 filhos. A probabilidade de nascerem 2 meninos e 1 menina, desse casal,
é
(A) 45,5%
(B) 37,5%
(C) 33,3%
(D) 30%
(E) 26,5%

06. Um tabuleiro de damas tem 32 quadradinhos pretos e 32 quadradinhos brancos.

Um desses 64 quadradinhos é sorteado ao acaso.


A probabilidade de que o quadradinho sorteado seja um quadradinho preto da borda do tabuleiro é:
(A) ½;
(B) ¼;
(C) 1/8;
(D) 9/16;
(E) 7/32.

07. Fernanda organizou um sorteio de amigo secreto entre suas amigas. Para isso, escreveu em
pedaços de papel o nome de cada uma das 10 pessoas (incluindo seu próprio nome) que participariam
desse sorteio e colocou dentro de um saco. Fernanda, como organizadora, foi a primeira a retirar um
nome de dentro do saco. A probabilidade de Fernanda retirar seu próprio nome é:
(A) 3/5.
(B) 2/10.
(C) 1/10.
(D) ½.
(E) 2/3.

08. Uma loja de eletrodoméstico tem uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse
total, seis apresentam algum tipo de problema nos primeiros seis meses e precisam ser levados para o
conserto em um serviço autorizado.
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de que ambos não apresentem problemas nos
seis primeiros meses é de aproximadamente:
(A) 90%
(B) 81%
(C) 54%
(D) 11%
(E) 89%

Comentários

01. Resposta: D
Vamos fazer o total de possíveis resultados entre os conjuntos A e B.
Como em A temos 3 elementos e em B temos 4 elementos, teremos um total de 12 possibilidades de
fazer A vezes B,
Vamos ver quais serão pares agora:
A = {1, 2, 3} e B = {4, 5, 6, 7},
A.B
1.4=4
1.6=6
2.4=8
2 . 5 = 10
2 . 6 = 12

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89
2 . 7 = 14
3 . 4 = 12
3 . 6 = 18
Assim, teremos 8 possibilidades de um total de 12, logo a probabilidade desse número ser par será de
8/12 = 2/3 (simplificando a fração)

02. Resposta: D
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% – 34 ,3% = 65,7%

03. Resposta: C
A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20 é 20/100, pois são 20 números entre
100.

04. Resposta: D
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18
Logo a probabilidade é:
18
𝑃(𝐸 ) = = 0,45 = 45%
40

05. Resposta: B
1 1
Como terá três filhos a probabilidade de sair menino será 2
e de sair menina será 2, assim como terá
1 1 1 1
três filhos será: 2 𝑥 2 𝑥 2 = 8, mas atente-se pelo fato que ele não pediu em determinada ordem, ou seja,
podemos ter:
Menino/Menino/Menina
Menino/Menina/Menino
Menina/Menino/Menino
1 3
Três ordens, logo a resposta será: 𝑥3 = = 0,375 = 37,5%
8 8

06. Resposta: E
Como são 14 quadrinhos pretos na borda e 64 quadradinhos no total, logo a probabilidade será de:
14 7
𝑃(𝐸 ) = =
64 32

07. Resposta: C
𝑟𝑒𝑡𝑖𝑟𝑎𝑑𝑜
A probabilidade é calculada por 𝑃 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
1
Assim, 𝑃 = 10

08. Resposta: B
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam problemas.
90 90 8100
𝑃= . = = 81%
100 100 10000

Apostila gerada especialmente para: Liliane Fernanda Moreno Batista 331.178.678-56


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