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SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA


Luis Cláudio Fernandes Lourenço Gomes

SUBSECRETÁRIO-GERAL
EQUIPE BOLETIM DE TRANSPARÊNCIA FISCAL
Fábio Rodrigo Amaral Assunção

SUBSECRETÁRIA DE FINANÇAS
Alessandro Lima da Rocha
Lígia Helena da Cruz Ourives Alexandre Emilio Zaluar
SUBSECRETÁRIA DE POLÍTICA FISCAL Ana Cecília de Souza
Josélia Castro de Albuquerque Ana Paula Quedinho
Creusa Mattoso de Almeida
SUBSECRETÁRIO DE RECEITA
Cristiane dos Santos Oliveira
Adilson Zegur
Eduardo de Andrade
Hamilton Correa Zambito Horacio
SUPERINTENDENTE DO TESOURO ESTADUAL
Cláudia Torres Santoro Henrique Reis Pompeu de Moraes
Joana Pimentel Meneses de Farias
SUPERINTENDENTE DE PROGRAMAÇÃO
FINANCEIRA Leila Klein
Daniela de Melo Faria Liliane Figueiredo da Silva
Luciana Vicky Mazloum
SUPERINTENDENTE DE RELAÇÕES
FEDERATIVAS E TRANSPARÊNCIA FISCAL Luísa Regina Mazer
Raphael Philipe Moura Marcos Buarque Montenegro
SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E Maria Gisele Bastos Soares
ACOMPANHAMENTO DA DÍVIDA Maria Helena Pitombeira
Diana Cabral Siqueira
Neusa Lourenço Silva
SUPERINTENDENTE DE FINANÇAS Paulo Roberto Arduini Carvalho Júnior
Elvécio Vital da Silva Pedro Bastos Carneiro da Cunha

SUPERINTENDENTE DE CAPTAÇÃO DE Sérgio da Costa Peixoto


RECURSOS
Giovana dos Santos Itaboraí

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O BOLETIM DE TRANSPARÊNCIA FISCAL é uma publicação iniciada em 2008 pela Secretaria de
Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, trabalho conjunto da Subsecretaria de Finanças, Subsecretaria
Geral e Subsecretaria de Política Fiscal, esta última também responsável pela edição do documento.
Ele é chamado de TRANSPARÊNCIA fiscal porque vai além do registro de cifras macroeconômicas ou
associadas a metas de equilíbrio fiscal, que são essenciais para a avaliação da solvência do Estado. O
boletim procura também dar uma ampla visão do uso dos recursos públicos pelas diversas funções do
gasto. Este é um elemento chave para posteriores análises da efetividade e eficiência no uso das
receitas de impostos e de outros recursos públicos, com vistas a avaliar se este uso atende aos
objetivos do governo e da sociedade, respondendo corretamente às demandas sociais e atuando como
elemento indutor do desenvolvimento econômico.

É permitida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação desde que mencionada a fonte.

Informações:

Tel: (21) 2334-4929

Home Page: http://www.fazenda.rj.gov.br

Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro

Av. Presidente Vargas, n º 670

Rio de Janeiro, RJ, CEP 20071-001

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Sumário
I. Economic Outlook .................................................................................................................................... 12

I.I Brazil and Rio de Janeiro. ......................................................................................................... 12

I. Panorama Econômico .............................................................................................................................. 15

I.I O Brasil e Rio de Janeiro. .......................................................................................................... 15

II. Metas Quadrimestrais de Arrecadação e Cronograma de Desembolso do Estado do Rio de Janeiro . 18

III. Resultados Fiscais ............................................................................................................................... 25

III.I Resultado Orçamentário........................................................................................................ 25

III.II Resultado Primário ............................................................................................................... 27

IV. Receita Estadual .................................................................................................................................... 31

IV.I Receitas Correntes .................................................................................................................. 32

IV.I.1 Receita Tributária .................................................................................................................. 33

IV.I.2 Receita Patrimonial e Royalties ............................................................................................ 39

IV.I.3 Demais Receitas Correntes .................................................................................................. 41

IV.I.3.1 Receita de Transferências ................................................................................................. 44

IV.I.3.2 Transferências da União .................................................................................................... 45

IV.II Receitas de Capital ................................................................................................................. 46

V. Despesas do Estado do Rio de Janeiro ................................................................................................. 48

V.I Despesa Total ........................................................................................................................... 48

V.II Créditos Adicionais .................................................................................................................. 49

V.III Despesas por Grupo ............................................................................................................... 50

V.IV - Cumprimento das despesas vinculadas aos índices constitucionais: Educação, Saúde,

FAPERJ, FECAM e FEHIS. ........................................................................................................... 54

VI – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................................................ 64

4
VI.1 Cota Financeira ....................................................................................................................... 64

VI.2 Pagamento de PD´s ................................................................................................................ 64

VI.3 Adimplemento de concessionárias e prestadores de Serviços Públicos ............................... 64

VI.4 Requisições Judiciais de Pagamento ..................................................................................... 66

VI.5 Evolução da Dívida Financeira do Estado do Rio de Janeiro e de seu Dispêndio com a

Dívida Pública................................................................................................................................. 67

VI.6 Acompanhamento Financeiro de Convênios .......................................................................... 75

VI. 7 Análise de Viabilidade Econômica de PPP ........................................................................... 76

VI.8 Captação de Recursos ........................................................................................................... 77

Glossário ..................................................................................................................................................... 79

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Apresentação

Este é o quinquagésimo quinto número do Boletim de


Transparência Fiscal. Elaborado pela Secretaria de
Fazenda e Planejamento do Estado do Rio de Janeiro,
é o primeiro referente ao exercício de 2018.

Até 2015 a edição deste documento foi bimestral, mas


em 2016, a implantação do SIAFE RIO - novo sistema
É parte do Estado Democrático de
orçamentário, financeiro e contábil - exigiu um período
Direito a obrigação do administrador
de adequação e conferência dos relatórios, o que foi
público de prestar contas à sociedade,
equacionado já ao fim do primeiro bimestre. Assim,
demonstrando a adequabilidade da
passou-se a editá-lo a cada quatro meses, na mesma
aplicação dos recursos às demandas
periodicidade dos relatórios de Gestão Fiscal da Lei de
econômicas e sociais.
Responsabilidade Fiscal / 2000. Seu objetivo é fazer
chegar aos cidadãos os mecanismos de controle e dar
transparência à execução do orçamento estadual -
recursos arrecadados, sua origem e aplicação a título
de retorno para a sociedade, em linguagem fácil e
amigável.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impõe metas O Boletim procura fornecer, com
fiscais que devem ser cumpridas sob o risco de presteza, detalhes da despesa em cada
sanções aos administradores e ao próprio ente área, para que haja transparência nos
federativo, como a suspensão de transferências gastos públicos e efetivo
voluntárias. No cenário de estabilidade fiscal o Estado acompanhamento pela sociedade.
deve, por exemplo, alcançar uma meta de superávit
primário suficiente para, no mínimo, cumprir as
obrigações com pagamento da dívida, e dispor de
suficiente folga de caixa de maneira que toda a
Administração possa planejar seus gastos com “O Orçamento Nacional deve ser
segurança. equilibrado. As Dívidas Públicas devem
ser reduzidas, a arrogância das
No entanto, desde 2015, o ERJ vem enfrentando autoridades deve ser moderada e
expressiva frustração de receita, influência de um controlada. Os pagamentos a governos
cenário econômico adverso. Em valores nominais, a estrangeiros devem ser reduzidos, se a
Receita de 2017 está praticamente no mesmo patamar Nação não quiser ir à falência. As
que a de 2014, em evidente descompasso com o pessoas devem novamente aprender a
aumento da despesa. trabalhar, em vez de viver por conta
pública.” Marcus Tullius Cícero – Roma,
No que diz respeito à aplicação dos recursos, importa
55 A.C.
cumprir a lei (e.g., vinculações) e procurar alcançar,

6
entre outros, os objetivos constitucionais de eficiência,
economicidade e efetividade. Para essa avaliação, é
importante que se conheçam detalhes da aplicação de
recursos por função (e.g., saúde, educação) e o perfil
temporal desses gastos, uma das finalidades desta
publicação.

Os dados aqui disponibilizados foram extraídos do


Sistema Integrado de Gestão Orçamentária, Financeira
e Contábil do Rio de Janeiro (SIAFE-RIO) no dia
11/06/2018.

A despesa refere-se, em regra, ao conceito de


empenho liquidado; já a receita, por sua vez,
corresponde ao conceito de realizada (regime de
caixa), ambas depuradas das rubricas
intraorçamentárias.

O Boletim é dividido em seis seções, além desta


apresentação. As quatro seções iniciais fazem uma
breve análise dos agregados fiscais, da evolução das
diversas rubricas de receita e das metas
correspondentes. A quinta seção apresenta a despesa
no seu agregado de execução orçamentária e detalhes
dos gastos por área, principalmente aquelas que se
beneficiam de vinculação de receitas e pisos de gastos,
como Saúde, Educação e Meio Ambiente. Por fim, a
sexta seção remete aos elementos da política
financeira do Estado, aos pagamentos requeridos pelos
órgãos, à aplicação dos saldos do Tesouro, à quitação
de restos a pagar de administrações anteriores, assim
como dos precatórios judiciais. A seção também
informa a situação da dívida pública do Estado e traz
dados sobre a execução de convênios.

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RESUMO EXECUTIVO

Apesar da tímida recuperação demostrada o longo de 2017, as dificuldades econômicas, fiscais e


políticas enfrentadas pelo Estado do Rio de Janeiro e pelo Brasil persistem. A fim de abreviar o
processo de estabilização fiscal, o Estado do Rio de Janeiro celebrou, em setembro de 2017, o Plano
de Recuperação Fiscal – PRF , junto ao Governo Federal, cujos efeitos começam a ser observados já
nesse primeiro quadrimestre.
A Receita Total, incluídas todas as Fontes cresceu 16,2% (+ R$ 4.183,72 milhões) em relação à meta
estipulada. As Receitas Correntes também apresentaram variação acumulada acima da meta em 7,4%
(+ R$ 1.875,64 milhões). Tal resultado foi influenciado fortemente pelas Receitas Tributárias do ICMS,
principal fonte de receita do ERJ, e pelas Receitas Patrimoniais - dado o comportamento das receitas
de Participações Governamentais, derivadas da atividade petrolífera.
As Receitas de Capital ficaram bem acima da meta acumulada definida para o período, com acréscimo
de 412,6%, influenciado por alienações de bens, pela entrada de valores residuais fruto da alienação
das ações da CEDAE, e operações de crédito, fruto da cessão definitiva de crédito de royalties do
petróleo e participação especial.
O resultado orçamentário no 1º quadrimestre de 2018 foi superavitário em R$ 4.922,71, 6.215,8%
superior comparado ao do ano anterior, fruto do esforço fiscal e do compromisso assumido junto ao
Governo Federal (Plano de Recuperação Fiscal – PRF). As Receitas Correntes realizaram R$
18.834,88 milhões, enquanto as Despesas Correntes R$ 16.774,38 milhões, gerando um superávit
corrente de R$ 2.060,51 milhões. Já as Receitas de Capital, totalizaram R$ 2.867,50 milhões enquanto
as respectivas despesas somaram R$ 296,91 milhões, registrando um superávit de capital de R$
2.570,59 milhões.
O resultado primário foi positivo no 1° quadrimestr e. A receita primária foi superior à despesa primária
em R$ 3.754,41 milhões (+ 345,5%), principalente como consequência da redução dos investimentos
e postergação do pagamento da dívida com o Governo Federal.

As despesas do Estado do Rio de Janeiro (ERJ) para o exercício 2018 foram fixadas na Lei
Orçamentária Estadual em R$ 73,73 bilhões (somando-se os superávits incorporados), R$ 12,45
bilhões permaneceram contingenciados (30,0%) em virtude do atual momento econômico do Estado e
da Federação, resultando em um orçamento de disponível de R$ 61,28 bilhões.
Em relação à execução, foram liquidados R$ 16,17 bilhões no Poder Executivo e R$ 2,34 bilhões nos
Outros Poderes, totalizando R$ 18,48 bilhões, excluídas as empresas públicas independentes (CEDAE
e Imprensa Oficial). Este montante é 8,6% menor que o verificado no mesmo período de 2017, essa
diferença é justificada pela diminuição das despesas intraorçamentárias. Do total de despesas pagas
(R$ 19,13 bilhões), R$ 15,08 são referentes ao orçamento de 2018 e R$ 4,06 são Restos a Pagas, dos
quais 73% em Pessoal.
Dentre as despesas orçamentárias, as Despesas Correntes do ERJ liquidadas até o momento
indicaram diminuição de 0,3% ante 2017. Foram R$ 16,77 bilhões nesse primeiro quadrimestre. O

8
grupo de Pessoal executou R$ 12,34 milhões, redução de 0,8%, já o grupo de Outras Despesas
Correntes apresentou R$ 4,39 bilhões em despesas liquidadas, aumento de 14,8% frente os dados do
mesmo período de 2017, puxada principalmente pela maior execução em Segurança e Educação. Já
os recursos aplicados em Despesas de Capital somaram R$ 302 milhões, uma redução de 49% ante
2017.
No aspecto dos índices constitucionais, todos os índices apresentaram crescimento da Receita Base
em relação ao mesmo período do ano passado - consequência da melhora na arrecadação dos
principais tributos estaduais. No tocante a execução, todos os índices executaram montante superior
ao 1º quadrimestre de 2017, com exceção do FEHIS , assim como no exercício anterior, não houve
execução.

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EXECUTIVE SUMMARY

Despite the shy recovery demonstrated over the course of 2017, the economic, fiscal and political
difficulties faced by the State of Rio de Janeiro and Brazil persist. In order to shorten the fiscal
stabilization process, in September 2017, the State of Rio de Janeiro celebrated the Fiscal Recovery
Plan - PRF, with the Federal Government, whose effects began to be observed already in the first four
months.
Total Revenue, including all Sources grew 16,2% (+ R$ 4.183,72 million) in relation to the stipulated
target. Current Revenues also showed cumulative variation above the target by 7,4% (+ R$ 1.875,64
million). This result was strongly influenced by ICMS Tax Revenues, the main source of income of the
ERJ, and by the Property Revenues - given the behavior of Government Revenues derived from the oil
activity.
Capital Revenues were well above the accumulated target defined for the period, with an increase of
412,6%, influenced by disposals of assets, justified by residual values resulting from the sale of CEDAE
shares, and credit operations, as a result of the oil royalties and special participation credit definitive
sale.
The budgetary result in the first four months of 2018 was a surplus of R$ 4.922,71, 6.215,8% higher
than that of the previous year, due to the fiscal effort and the commitment made to the Federal
Government (Fiscal Recovery Plan - PRF). Current Revenues totaled R$ 18.834,88 million, while
Current Expenses were R$ 16.774,38 million, generating a current surplus of R$ 2.060,51 million.
Capital Revenues totaled R$ 2.867,50 million, while the respective expenses totaled R$ 296,91 million,
recording a capital surplus of R$ 2.570,59 million.
The primary result was positive in the first four months. Primary revenue was higher than the primary
expense of R$ 3.754,41 million (+ 345,5%), mainly as a consequence of investments decrease and
postponement of payment of debt with the Federal Government.

Expenditures of the State of Rio de Janeiro (ERJ) for fiscal year 2018 were set in the State Budget Law
at R$ 73.73 billion (including the surpluses incorporated), R$ 12.45 billion remained restricted (30.0% )
due to the current economic situation of the State and the Federation, resulting in an available budget of
R$ 61.28 billion.
In terms of execution, R$ 16.17 billion were paid by the Executive Branch and R$ 2.34 billion by other
branches, totaling R$ 18.48 billion, excluding independent public companies (CEDAE and the Official
Press). This amount is 8.6% lower than the one verified in the same period of 2017, justified by the
reduction of expenses between public Departments. Of the total expenses paid (R$ 19.13 billion), R$
15.08 refers to the budget of 2018 and R$ 4.06 are remaining balance, of which 73% are related to
personnel expenses.
Among budgetary expenditures, the ERJ Current Expenses spent thus far indicated a decrease of 0.3%
compared to 2017. The amount of R$ 16.77 billion was paid in the first four months. The Personnel
group executed R$ 12.34 million, a reduction of 0.8%, while the other Current Expenses group
presented R$ 4.39 billion in expenses, an increase of 14.8% compared to the same period of 2017,

10
pulled mainly by the largest execution in Security and Education. The resources invested in Capital
Expenditures totaled R $ 302 million, a reduction of 49% compared to 2017.
Regarding the mandatory spending, all indices showed a growth of the basic revenue in relation to the
same period of last year - a consequence of the improvement in the collection of the main state taxes.
Regarding execution, all the indices executed more than in the first four-month of 2017, except for
FEHIS, as in the previous year, there was no execution.

11
I. Economic Outlook

I.I Brazil and Rio de Janeiro.

The result of GDP in this first quarter of 2018, in the seasonally adjusted series, shows a low growth of
0.4% in relation to the fourth quarter of 2017, slightly lower than expected by the market and with
emphasis on Agriculture (+1, 4%) on the supply side; and household consumption (+ 0.5%), on the
demand side. There was, therefore, a continuation of the main factors of resumption of activity in the
country in 2017, but at a slower pace.

Also from the demand side, Gross Fixed Capital Formation increased 0.6% in the first quarter in relation
to the fourth quarter of 2017, the fourth positive result consecutive, but the lowest among all previous
ones. On the other hand, the manufacturing and construction industries declined in the first quarter (-
0.4% and -0.6%, respectively). And the services sector ended the first quarter in stability compared to
the last quarter of 2017 (+ 0.1%). Thus, in addition to the slower recovery of domestic activity, events in
the external context, such as below-expected growth in countries that are Brazil's major trading
partners, such as Argentina; uncertainties over this year's presidential elections and the truck drivers'
strike at the end of May that should affect GDP in the second quarter, projections for Brazilian GDP
growth are being revised downwards, especially in the manufacturing industry with the slower recovery
of investments. Four weeks ago, market expectations for GDP growth in 2018 were at 2.37%. Today,
expectations are at 1.55%. With the increase in US interest rates and the consequent appreciation of
the dollar (and devaluation of several currencies, including the real in Brazil), future expectations for the
domestic interest rate to soften the pass-through of exchange rate depreciation to the inflation rate
should affect GDP growth in 2019. Four weeks ago, expectations for GDP growth in 2019 were at
1
3.00%. Today, the market expects a high of 2.60% for GDP next year .

The Extended National Consumer Price Index (IPCA) increased by 0.40% in May 2018, 0.18
percentage point above the month of April and 0.09 above May 2017. Nevertheless, it recorded a
cumulative result in the year in May of + 1.33%, the lowest result for the month since the beginning of
the Real Plan, which shows the slow recovery of economic activity in the country, especially in services
sector. In May, the highlight was the housing segment, corresponding to a third of all the increase seen
in the month and with a direct influence of electric energy, which increased 3.53% with the new tariff.
With the currency depreciation that has been occurring and its impacts on domestic prices, there is
already a slight revision for the IPCA at the end of the year, rising from 3.60% a month ago to 4.00%
2
today .

1
Boletim Focus de 22/06/2018.

2
Idem

12
General industry showed a good result in April 2018, both in Brazil and Rio de Janeiro, with increases of
respectively 8.9% and 9.5% in relation to the same month of 2017. It is considered a good result in due
to the bad results in the previous three months, especially in Rio de Janeiro, with negative results for the
manufacturing industry, as in the 'beverage manufacturing' and 'Pharmaceuticals and Pharmaceuticals'
segments. 'Metallurgy', although it still has positive results in the state, has already begun to feel the
recent impacts on the international scene, such as the taxation of Brazilian steel and aluminum by the
United States and the slower recovery of some partner countries in Brazil. The positive highlight
remains the 'Manufacture of motor vehicles, trailers and bodies', up since last year. The extractive
industry also surprised positively in April in the state after results below the expected between the
months of January and March of 2018. The results in April for the country and Rio de Janeiro were,
respectively, 0.1% and 7.3%. Even so, because of events such as the truckers' strike in May and the
drop of international demand for Brazilian manufactured products, the results in the industry are
expected to disappoint already in May, with possible impacts for June. In the formal labor market
(CAGED), the month of May already shows this, with layoffs of formal jobs in the manufacturing industry
both in Brazil and in the state.

A sector that had been leading the resumption of GDP growth in the country, the retail trade (restricted)
registered in April a slight increase of 0.6% in Brazil (-0.1% in Rio de Janeiro). In the four-month period
between January and April, the results were, respectively, + 3.3% and + 1.9%. Positive highlights in
Brazil for 'Vehicles, motorcycles, parts and pieces' and 'Construction material'; and in Rio de Janeiro for
'Furniture and Appliances', which points to a recovery in the credit market favoring the consumption of
durable goods. The most recent highlight in Rio, 'Hypermarkets, supermarkets, food products,
beverages and tobacco' ended the month and April with the second consecutive positive variation,
which also shows a small (and recent) recovery of both employment and the average income in Rio ,
favoring the consumption of non-durable products.

A sector that has not been giving more consistent signs of recovery since the second half of 2016,
especially in Rio, services finished April in comparison with the same month of the previous year in +
2.2% in Brazil (-1.1% in Rio de Janeiro). 'Services provided to families' and 'Professional, administrative
and complementary services', both labor-intensive, continue to have negative results. However,
comparing with the immediately previous month with seasonal adjustment, in the last four monthly
results, the state recorded three positive, and higher than the national numbers. These results show two
distinct situations: first, an exclusive crisis in our state after the end of the Olympics, with the expressive
decrease of the service sector in the state, especially in 2017, preventing positive results in these initial
months of 2018 in comparison with the last year. But, at the same time, shows in the seasonally
adjusted data a recent recovery in the sector, supported by the recent improvement in the labor market
in Rio de Janeiro, especially in the segments with the most employment deficits in the sector of
services.

The unemployment rate, according to the PNAD Continuous, increased again in the country, from
11.8% in the fourth quarter of 2017 to 13.1% in the first quarter of 2018. However, this increase is due
more to a seasonal factor than an interruption of the cyclical recovery of the labor market. This can be

13
confirmed for two reasons: first, this increase in the unemployment rate in the first quarter has been
occurring since the beginning of the historical series in 2012, so before the beginning of the depression;
and seasonally adjusted, the rate actually declines in the first quarter compared to the fourth quarter of
2017, according to IBRE/FGV. In addition, compared with the same quarter of 2017, the rate also
declined (-0.6 percentage points). In this way, it is undeniable that there is no reversal of the continuity
of the process of labor market recovery, even if gradual.

In Rio de Janeiro, there was an improvement in the labor market in the first quarter: only Rio and Piauí
recorded reductions in the unemployment rate in the first quarter compared to the fourth quarter of
2017, without the seasonal adjustment. The rate in the state went from 15.1% in the fourth quarter to
15.0% in the first quarter of 2018. However, the rate still remains above that of the same quarter of 2017
(14.5%), also showing the exclusive crisis in sector of services in Rio throughout 2017. With the
unemployment rate falling even without the seasonal adjustment, the impacts on average income and
retail trade are immediate, as verified in the supermarket segment in the state in March and April. The
real average income actually received rose in the first quarter in the ERJ after many consecutive
quarters of decline (+ 0.8%), and the trend is a positive evolution, both in income and in the
unemployment rate for the next quarters.

The formal labor market data (CAGED) corroborate the positive evolution of employment in the state
verified above. It was five consecutive months between January and May 2018 creating formal jobs in
services sector in the state, and precisely in the most deficient segments with the deepening of the
crisis in 2017. However, the month of May returned to register negative balance in total sectors in the
state after two consecutive months of job creation, with negative highlights for trade and manufacturing
industry, showing the influence of the factors already mentioned above, especially the truckers' strike
and the reduction of international trade, in addition to the North American taxation of products in steel
and aluminum, affecting the steel sector of the state. In this sense, the new expectations for the end of
the year, both in Brazil and in the state, are of investments reduction in the manufacturing industry,
sector that should have the greatest impact in reducing the forecast for GDP growth.

14
I. Panorama Econômico

I.I O Brasil e Rio de Janeiro.

O resultado do PIB neste 1º trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal, mostra um leve
crescimento de 0,4% em relação ao 4º trimestre de 2017, um pouco abaixo do esperado pelo mercado
e com destaque para a Agropecuária (+1,4%) pelo lado da oferta; e consumo das famílias (+0,5%),
pelo lado da despesa. Houve, desta forma, uma manutenção dos principais fatores de retomada da
atividade no país em 2017, mas em ritmo mais lento.

Também pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou alta de 0,6% no 1º
trimestre em relação ao 4º trimestre de 2017, a quarta alta consecutiva, mas a menor entre todas as
anteriores. Já a indústria de transformação e a construção recuaram neste 1º trimestre (-0,4% e -0,6%,
respectivamente). E o setor de serviços encerrou o 1º trimestre em estabilidade frente ao último
trimestre de 2017 (+0,1%). Desta forma, somando-se à recuperação mais lenta da atividade doméstica
os acontecimentos no cenário internacional, como o crescimento abaixo do previsto de países que são
grandes parceiros comerciais do Brasil, como a Argentina; as incertezas em relação às eleições
presidenciais deste ano e a greve no fim de maio dos caminhoneiros que deve afetar o resultado do
PIB no 2º trimestre, as projeções para o crescimento do PIB brasileiro estão sendo revistas para baixo,
especialmente na indústria de transformação com a recuperação mais lenta dos investimentos. Há
quatro semanas, es expectativas de mercado para o crescimento do PIB em 2018 estavam em 2,37%.
Hoje, as expectativas estão em 1,55%. Com a aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e
consequente valorização do dólar (e desvalorização de diversas moedas, inclusive o real no Brasil), as
expectativas futuras para a taxa de juros doméstica para amenizar o repasse da depreciação cambial à
taxa de inflação deve afetar o crescimento do PIB em 2019. Há quatro semanas, as expectativas para
o crescimento do PIB em 2019 estavam em 3,00%. Hoje, o mercado espera alta de 2,60% para o PIB
3
no próximo ano .

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,40% em maio de 2018, 0,18 ponto
percentual acima do mês de abril e 0,09 acima do mês de maio de 2017. Ainda assim, registrou um
resultado acumulado no ano em maio de +1,33%, o menor para o mês desde o início do Plano Real, o
que mostra a lentidão da recuperação da atividade econômica no país, especialmente em serviços. Em
maio, o destaque foi o segmento de habitação, correspondendo a um terço de todo o aumento
verificado no mês e com influência direta de energia elétrica, que subiu 3,53% com a nova bandeira
tarifária. Com a depreciação cambial que vem ocorrendo e seus impactos sobre os preços domésticos,
4
já há uma leve revisão para o IPCA ao final do ano, passando de 3,60% há um mês para 4,00% hoje .

3
Boletim Focus de 22/06/2018.

4
Idem

15
A indústria geral apresentou um bom resultado em abril de 2018, tanto no Brasil quanto no Rio de
Janeiro, com altas de, respectivamente, 8,9% e 9,5% em relação ao mesmo mês de 2017. É
considerado um bom resultado em virtude do arrefecimento nos três meses anteriores, especialmente
no Rio de Janeiro, com destaque negativo para a indústria de transformação, como nos segmentos
‘Fabricação de bebidas’ e ‘Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos’. ‘Metalurgia’,
apesar de ainda registrar resultados positivos no estado, já começou a sentir os impactos recentes
ocorridos no cenário internacional, como a taxação do aço e alumínio brasileiros por parte dos Estados
Unidos e a recuperação mais lenta de alguns países parceiros do Brasil, como a Argentina. O destaque
positivo continua sendo a ‘Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias’, em alta desde
o ano passado. A indústria extrativa também surpreendeu positivamente em abril no estado após
resultados abaixo do esperado entre os meses de janeiro e março de 2018. Os resultados em abril
para o país e Rio de Janeiro foram de, respectivamente, 0,1% e 7,3%. Ainda assim, em virtude dos
acontecimentos como a greve dos caminhoneiros em maio e o arrefecimento da demanda internacional
pelos produtos manufaturados brasileiros, os resultados na indústria devem decepcionar já em maio,
com possíveis impactos para junho. No mercado de trabalho formal (CAGED), o mês de maio já mostra
isso, com demissões líquidas de vagas formais na indústria de transformação tanto no Brasil quanto no
estado.

Setor que vinha liderando a retomada do crescimento do PIB no país, o comércio varejista (restrito)
registrou em abril leve alta de 0,6% no Brasil (-0,1% no Rio de Janeiro). No acumulado no
quadrimestre, os resultados foram de, respectivamente, +3,3% e +1,9%. No acumulado no ano,
destaques positivos no Brasil para ‘Veículos, motocicletas, partes e peças’ e ‘Material de construção’; e
no Rio de Janeiro para ‘Móveis e eletrodomésticos’, mostrando uma recuperação no mercado de
crédito favorecendo o consumo de bens duráveis. Destaque mais recente no Rio, ‘Hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo’ registrou em abril a segunda alta seguida na
comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que mostra também uma pequena (e recente)
recuperação tanto do emprego quanto do rendimento médio no estado, favorecendo o consumo de
bens não duráveis.

Setor que não vinha dando sinais mais consistentes de recuperação desde o 2º semestre de 2016,
especialmente no ERJ, serviços fechou o mês de abril na comparação com o mesmo mês do ano
anterior em +2,2% no Brasil (-1,1% no Rio de Janeiro). Os ‘Serviços prestados às famílias’ e os
‘Serviços profissionais, administrativos e complementares’, ambos intensivos em mão de obra,
continuam em queda no estado. No entanto, realizado o ajuste sazonal, isto é, comparando com o mês
imediatamente anterior, os dados mostram que dos últimos quatro resultados mensais, o ERJ registrou
três positivos, e superiores aos números nacionais. Esses resultados mostram duas situações distintas:
primeiro, um braço da crise exclusivo no nosso estado após o fim das olimpíadas, com a queda
expressiva do setor de serviços no estado, especialmente em 2017, impedindo resultados positivos
nesses meses iniciais de 2018 na comparação com o ano anterior; mas, a mesmo tempo, mostra nos
dados dessazonalizados uma recuperação recente do setor respaldada pela melhora recente no
mercado de trabalho fluminense, especialmente nos segmentos mais deficitários em emprego do setor.

16
A taxa de desemprego, de acordo com a PNAD Contínua trimestral, voltou a crescer no país, passando
de 11,8% no 4º trimestre de 2017 para 13,1% no 1º trimestre de 2018. No entanto, este aumento se
deve mais a um fator sazonal, como demissões de contratações temporárias de fim de ano, do que
uma interrupção da recuperação cíclica do mercado de trabalho. Isto pode ser confirmado por dois
motivos: primeiro, este aumento na taxa de desemprego no 1º trimestre já vem ocorrendo desde o
início da série histórica em 2012, portanto antes mesmo do início da crise; e ainda, feito o ajuste
sazonal, na verdade a taxa diminui no 1º trimestre na comparação com o 4º trimestre de 2017, de
acordo com o IBRE/FGV. Além disso, na comparação com o mesmo trimestre de 2017, a taxa também
recuou (-0,6 p.p.). Desta maneira, é inegável que não há uma reversão da continuidade do processo de
recuperação do mercado de trabalho, mesmo que gradual.

No Rio de Janeiro, houve no 1º trimestre uma melhora já prevista no mercado de trabalho: apenas Rio
de Janeiro e Piauí registraram quedas na taxa de desemprego no 1º trimestre na comparação com o 4º
trimestre de 2017, e isto sem o ajuste sazonal. A taxa no ERJ saiu de 15,1% no 4º trimestre para
15,0% no 1º trimestre de 2018. No entanto, a taxa ainda permanece acima da verificada no mesmo
trimestre de 2017 (14,5%), evidenciando também como 2017 foi um ano mais delicado no ERJ,
especialmente no setor de serviços. Com a queda da taxa de desemprego mesmo sem realizar o
ajuste sazonal, os impactos sobre a renda e o varejo são imediatos, como verificado no segmento de
supermercados no estado em março e abril. O rendimento médio real efetivamente recebido subiu no
1º trimestre no ERJ após muitos trimestres consecutivos de queda (+0,8%), e a tendência é de
evolução positiva, tanto na renda quanto na taxa de desemprego para os próximos trimestres.

Os dados do mercado de trabalho formal (CAGED) corroboram a situação de evolução positiva do


emprego no estado verificada acima. Foram cinco meses seguidos entre janeiro e maio de 2018 de
criação de vagas líquidas de trabalho formal em serviços no estado, e justamente no setor mais
deficitário com o aprofundamento da crise em 2017. No entanto, o mês de maio voltou a registrar saldo
total negativo no estado após dois meses seguidos de criação de vagas, com destaque negativo para o
comércio e a indústria de transformação, mostrando a influência dos fatores já citados acima,
especialmente a greve dos caminhoneiros e o arrefecimento do comércio internacional, além da
taxação norte americana de produtos em aço e alumínio, afetando o setor siderúrgico do estado. Nesse
sentido, as novas expectativas para o fim do ano, tanto no Brasil quanto no estado, atuam no sentido
de redução de investimentos na indústria de transformação, devendo ser o setor de maior impacto na
redução da previsão para o crescimento do PIB.

17
II. Metas Quadrimestrais de Arrecadação e Cronograma de
Desembolso do Estado do Rio de Janeiro

As receitas e metas bimestrais de arrecadação para 2018,


divulgadas no Anexo I da Resolução SEFAZ N° 209 de 06 de
fevereiro de 2018, demonstradas na Tabela 1, a seguir, considera
a Receita Bruta arrecadada no exercício, aí incluídos os valores
de transferências aos Municípios e ao FUNDEB, que requereram
R$ 6.654,81 milhões no primeiro quadrimestre de 2018. O
orçamento autorizado na Lei nº 7.844 (LOA para 2018) evidencia
desequilíbrio entre receita e despesa, apontando para um déficit
de R$ 10.016,14 milhões.

- Receita Total Realizada X Metas Estabelecidas

Quadrimestre: R$ 30.074,63 milhões / 116,2% da meta realizada.

Tabela 1
METAS DE ARRECADAÇÃO DA RECEITA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EM 2018.

Metas de Receita
(R$ milhões)

META DE RECEITA % REALIZADO


RECEITA REALIZADA SOBRE A
DISCRIMINAÇÃO
(JAN - ABR) (JAN - ABR) META
2018 2018 ACUMULADA

RECEITAS CORRENTES ( 1) 25.331,45 27.207,09 107,4%


RECEITAS DE CAPITAL( 1) 559,45 2.867,54 512,6%
TOTAL 25.890,90 30.074,63 116,2%
Fo nte: SIA FERIO em 11/06/2018.
No ta: Segundo artigo 13º da LRF.
(1) Valo res incluem Receitas Intrao rçamentárias.

As receitas correntes são os ingressos de recursos financeiros


oriundos das atividades operacionais que não decorrem de uma A receita total realizada, no 1º

mutação patrimonial, ou seja, são receitas efetivas. quadrimestre de 2018 atingiu


116,2% da meta e somou o
Já as receitas de capital são as entradas de recursos financeiros
montante de $ 30.074,63 milhões.
decorrentes de atividades operacionais ou não operacionais
derivadas da obtenção de recursos mediante a constituição de
dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos ou
alienação de componentes do ativo permanente.

18
Ainda que o Brasil tenha apresentado leve crescimento no ano de
2017, ainda persistem as dificuldades econômicas, fiscais e
políticas que acometem o Brasil e o Estado do Rio de Janeiro,
desde 2014. Diante da gravidade do cenário e na busca pelo
reequilíbrio fiscal em médio prazo, o ERJ homologou junto ao
Governo Federal, em setembro de 2017, o Plano de Recuperação
Fiscal - PRF, nos termos da Lei Complementar Federal nº
159/2017 pelo período de três anos (até 2020) com possibilidade
de renovação por mais três (até 2023).

Durante o Regime de Recuperação Fiscal o ERJ passa a ter


acesso a mecanismos de equilíbrio fiscal, dentre eles o não
pagamento da Dívida Pública durante 3 (três) anos, a implantação
de medidas para melhoria da arrecadação e a contratação de
determinadas operações de crédito definidas no Plano como
reforço de caixa para cumprir o pagamento dos servidores em
atraso. Em contrapartida, fica vedada qualquer ação que produza
aumento de despesa. A implantação de medidas estruturantes
que visem o aumento da arrecadação e a contenção de despesas
compõem os dois principais eixos do PRF.

Neste primeiro quadrimestre de 2018, a evolução na arrecadação


do ERJ já pode ser observada, quando comparada às metas
definidas, conforme detalhado a seguir.

A Receita Realizada Bruta, no 1º quadrimestre de 2018, atingiu o


montante de R$ 30.074,63 milhões, valor 16,2% superior à meta
estipulada para o período (+ R$ 4.183,72 milhões).

As Receitas Correntes apresentaram um bom desempenho e


totalizaram R$ 27.207,09 milhões - 7,4% acima do previsto. As
Receitas de Capital também superaram as expectativas. No 1º
quadrimestre a arrecadação atingiu R$ 2.867,54 milhões, 512,6%
da meta prevista, comentada mais adiante.

O Gráfico 1 exibe a participação das respectivas Receitas


Corrente e de Capital no total arrecadado pelo Estado. Bem como
a Tabela 2 e a Tabela 3 discriminam, por Origem, os recursos
arrecadados em cada Categoria Econômica, Corrente e Capital.
O Gráfico 2 e o Gráfico 4 detalham as Receitas Correntes e
Capital por Origem e a participação de cada uma delas no total
realizado. Já o Gráfico 3 e o Gráfico 5 exibem a evolução das
Receitas Corrente e de Capital acumuladas.

19
Gráfico 1

20
- Receita Corrente Realizada

Quadrimestre: R$ 27.207,09 milhões / 107,4% da meta realizada.

Tabela 2
METAS DE ARRECADAÇÃO DA RECEITA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EM 2018.

Metas de Receita
(R$ milhões)

META DE RECEITA % REALIZADO


RECEITA REALIZADA SOBRE A
DISCRIMINAÇÃO
(JAN - ABR) (JAN - ABR) META
2018 2018 ACUMULADA

RECEITAS CORRENTES ( 1) 25.331,45 27.207,09 107,4%


TRIBUTÁRIA 17.421,83 18.644,95 107,0%
CONTRIBUIÇÕES 821,73 881,83 107,3%
PATRIMONIAL 2.610,96 3.211,59 123,0%
AGROPECUÁRIA 0,11 0,02 21,8%
INDUSTRIAL 52,39 1,36 2,6%
SERVIÇOS 115,83 81,57 70,4%
TRANSF. CORRENTES 2.223,26 2.311,75 104,0%
OUTRAS 485,32 375,41 77,4%
INTRAORÇAMETÁRIA 1.600,03 1.698,61 106,2%
Fo nte: SIA FERIO em 11/06/2018.
No ta: Segundo artigo 13º da LRF.
(1) Valo res incluem Receitas Intrao rçamentárias.

A Receita Corrente alcançou,


no 1º quadrimestre de 2018,
Como citado anteriormente, as Receitas Correntes somaram no
o valor de R$ 27.207,09
quadrimestre, R$ 27.207,09 milhões, 107,4% da meta estipulada
milhões.
para o período, por conta, do bom desempenho, principalmente,
das Receitas Tributárias, e Patrimoniais.

Gráfico 2

21
Entre os tributos do ERJ, o ICMS, principal fonte de receita do
Estado, arrecadou R$ 11.855,75 - 7,6% acima da meta estimada.
Observa-se um panorama de leve melhora no cenário econômico,
na comparação com os anos anteriores quando a crise econômica
estava em seu estágio mais agudo, agregando o resultado de
medidas de melhoria da arrecadação, especificamente alteração
de alíquotas e início de projetos voltados para modernização da
arrecadação.

As Receitas Patrimoniais apresentaram um bom desempenho


devido às Participações Governamentais que, no período,
recolheram aos cofres do Estado R$ 2.971,63 milhões, superando
a meta do período em 20,1%. Mais informações acerca das
Receitas Correntes na seção IV.

Gráfico 3

22
- Receita de Capital Realizada X Metas Estabelecidas

Quadrimestre: R$ 2.867,54 milhões / 512,6% da meta


realizada.

Tabela 3
METAS DE ARRECADAÇÃO DA RECEITA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EM 2018.

Metas de Receita
(R$ milhões)

META DE RECEITA % REALIZADO


RECEITA REALIZADA SOBRE A
DISCRIMINAÇÃO
(JAN - ABR) (JAN - ABR) META
2018 2018 ACUMULADA

RECEITAS DE CAPITAL( 1) 559,45 2.867,54 512,6%


OPERAÇÕES DE CRÉDITO 385,04 923,60 239,9%
ALIENAÇÃO DE BENS 6,32 1.871,25 29.589,6%
AMORT. EMPRÉSTIMOS 26,10 40,45 155,0%
TRANSF. CAPITAL 141,99 32,20 22,7%
OUTRAS 0,00 0,0%
INTRAORÇAMETÁRIA 0,04 0,0%
Fo nte: SIA FERIO em 11/06/2018.
No ta: Segundo artigo 13º da LRF.
(1) Valo res incluem Receitas Intrao rçamentárias.

Gráfico 4

As receitas de capital atingiram


o montante de R$ 2.867,54
No 1º quadrimestre de 2018, as Receitas de Capital realizaram milhões no 1º quadrimestre
512,6% da meta estimada para o período. Em valores absolutos 2018, o que representa 512,6%
representa R$ 2.867,54 milhões. da meta proposta.

23
O resultado apresentado pelas Receitas de Capital ocorreu,
principalmente, pela Alienação de Bens e Operações de Crédito.
Em relação à primeira, Alienação de Bens, a receita de R$
1.871,25 milhões, 29.589,6% da meta estabelecida, ocorreu,
principalmente, em função da cessão definitiva de crédito de
Royalties e Participações Especiais que rendeu aos cofres do
Rioprevidência R$ 1.867,22 milhões. Já as Receitas advindas de
Operações de Crédito, somaram R$ 923,60 milhões, 239,9% do
valor previsto, que inclui valor residual referente à operação de
receita antecipada da alienação das ações da CEDAE no valor de
R$ 900 milhões, conforme previsto no Programa de Recuperação
Fiscal - RRF celebrado em 2017.

Informações mais detalhadas estão comentadas na seção IV.II


deste Boletim.

Gráfico 5

24
III. Resultados Fiscais5

Neste item, o montante da Receita não considera as


Transferências aos Municípios e ao FUNDEB, por tratar-se de
cumprimento de obrigação constitucional e legal.

A receita segue demonstrada pelo valor líquido com objetivo de


evidenciar o financiamento dos gastos do Estado e sua
capacidade de cumprir os pagamentos devidos.

III.I Resultado Orçamentário

Quadrimestre: R$ 4.922,71 milhões / 6.153,8%

Tabela 4
RESULTADO ORÇAMENTÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2017 - 2018.
Resultado Orçamentário

(R$ milhões)

EXECUÇÃO QUADRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %

2017 2018
I. RECEITA TOTAL (A) 20.144,98 23.401,03 16,2%
I.1 RECEITA CORRENTE 16.535,92 18.834,88 13,9%
I.2 RECEITA DE CAPITAL 863,68 2.867,50 232,0%
I.3 RECEITA INTRAORÇAMENTÁRIA 2.745,37 1.698,65 -38,1%

II. DESPESA TOTAL (B) 20.067,04 18.473,20 -7,9%


II.1 DESPESA CORRENTE 16.821,42 16.774,38 -0,3%
II.2 DESPESA DE CAPITAL 433,36 296,91 -31,5%
II.3 DESPESA INTRAORÇAMENTÁRIA 2.812,25 1.401,92 -50,1%

III. AMORT. DA DÍV. / REFINANCIAMENTO 159,26 5,12 -96,8%

RES. ORÇAMENTÁRIO -81,32 4.922,71 6153,8%


Fonte: RREO - 2º Bimestre de 2018 emitido em 21/05/2018

O resultado orçamentário reflete o balanço orçamentário, relação


O resultado orçamentário, no 1º
entre as receitas realizadas e as despesas liquidadas, que pode ser
quadrimestre de 2018, foi
superavitária ou deficitária. Nessa análise, a receita está considerada
deficitário em R$ 4.922,71
com suas respectivas deduções - FUNDEB, as Transferências
milhões.

5
O Resultado Fiscal leva em conta as despesas apuradas até o final do prazo limite para a liquidação do orçamento de alguns
itens, que ocorrem em janeiro do exercício subsequente, conforme definido no Decreto n°42/2010.

25
Constitucionais aos Municípios e outras deduções, tais como,
Restituições, Descontos, Retificações e Outras.

O resultado orçamentário, no 1º quadrimestre de 2018, foi positivo em


R$ 4.922,71 milhões, 6.153,8% superior em relação ao mesmo
período de 2017. Este resultado, em parte, reflete o descompasso
entre receita realizada e despesa executada, cuja liquidação neste
primeiro quadrimestre ficou abaixo da de 2017, apontando para o
ritmo lento de sua execução, vide Tabela 4.

A receita líquida, no quadrimestre, totalizou R$ 23.401,03 milhões


16,2% superior quando comparada ao mesmo período do ano de
2017. A despesa alcançou R$ 18.473,20 milhões, 7,9% inferior ao
alcançado no ano anterior. Em 2018, no 1º quadrimestre, as Receitas
Correntes realizaram R$ 18.834,88 milhões, enquanto as Despesas
Correntes R$ 16.774,38 milhões, gerando um superávit corrente de
R$ 2.060,51 milhões no período.

Já as Receitas de Capital somaram R$ 2.867,50 milhões enquanto as


respectivas Despesas somaram R$ 296,91 milhões – superávit de
capital de R$ 2.570,59 milhões. Cabe registrar que a receita de
cessão definitiva de crédito de Royalties e Participação Especial e o
saldo da operação pactuada com o Banco BNP Paribas foram
aplicados em Despesas Correntes, no caso despesas previdenciárias,
pagamento de inativos e pensionistas, consoante autorização
expressa em lei.

26
III.II Resultado Primário

Quadrimestre: R$ 3.754,41 milhões / 345,5%

Tabela 5

RESULTADO PRIMÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2017-2018

(R$ milhões)

EXECUÇÃO QUADRIM
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %

2017 2018
RECEITAS TOTAL 20.144,98 23.401,03 16,2%
RECEITAS FINANCEIRAS 365,97 1.077,63 194,5%
RECEITAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 2.745,37 1.698,65 -38,1%
RECEITA PRIMÁRIA TOTAL (A) 17.033,64 20.624,75 21,1%
DESPESAS TOTAL 20.067,04 18.478,32 -7,9%
DESPESAS FINANCEIRAS 1.063,82 206,06 -80,6%
DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 2.812,25 1.401,92 -50,1%
DESPESA PRIMÁRIA TOTAL (B) 16.190,96 16.870,34 4,2%
RESULTADO PRIMÁRIO 842,68 3.754,41 345,5%
Fonte: RREO - 2º Bimestre de 2018 emitido em 21/05/2018

O Resultado Primário retrata a capacidade de pagamento do Ente


O ERJ obteve um resultado
Federativo em cumprir seus compromissos. É calculado pela
primário positivo de R$ 3.754,41
diferença entre as receitas não financeiras (não inclui recursos
milhões no 1º quadrimestre de
provenientes de operações de crédito, de receitas financeiras e de
2018.
alienação) e as despesas não financeiras (exclui despesas com o
serviço da dívida).

No 1° quadrimestre, o Resultado Primário foi positi vo. A receita


primária foi superior a despesa primária em R$ 3.754,41 milhões. Em
relação a 2017, observa-se uma variação positiva de 345,5% no
mesmo período, consequência da redução dos investimentos e
postergação do pagamento da dívida com o Governo Federal. As
receitas primárias totais atingiram R$ 20.624,75 milhões, enquanto as
despesas primárias R$ 16.870,34 milhões.

27
Cronograma de Desembolso do Estado do RJ

6
- Despesa Total Realizada: R$ 19,13 bilhões / 16,9%

Neste primeiro quadrimestre, a dotação autorizada foi expandida em


R$ 591,68 milhões 7 (aumento de somente 0,8%) em razão de
incorporação de superávit financeiro, essencialmente em convênios e
receitas próprias. Do orçamento autorizado (R$ 73,73 bilhões), R$
12,45 bilhões permaneceram contingenciados (16,9%) como medida
de controle pelo momento econômico do Estado e da Federação. A
Tabela 6 – LOA 1º Quadrimestre 2018
Tabela 6 sintetiza os dados apresentados.

Essa análise não considera os valores referentes às empresas


controladas não dependentes (CEDAE e Imprensa Oficial), bem como
as despesas intra-orçamentárias.

Para o primeiro quadrimestre do ano, a meta de execução, conforme


divulgado no Cronograma de Desembolso (Resolução SEFAZ Nº 210
de 2018), foi de R$ 16,37 bilhões. Neste período, a despesa total
realizada (R$ 19,13 bilhões) mostrou-se acima à estimada: uma
variação positiva de 16,9% que representa uma execução a maior de
R$ 2,76 bilhões.

Do total pago até Abril, uma parcela equivale ao RP (Restos a Pagar)


do exercício anterior. Do montante inscrito (estoque de R$ 10,47
bilhões), 38,8% foram pagos (R$ 4,06 bilhões). Esse valor
correspondeu a aproximadamente 21,2% do total de despesa
executada no primeiro quadrimestre.

6
As informações representam: a execução até o quadrimestre e a variação percentual comparada à meta de desembolso
publicada.
7
Valor exclui apenas as empresas independentes do ERJ.

28
A Tabela 7 sintetiza a execução orçamentária e financeira do período
de acordo com a meta de execução.

Tabela 7 – Cronograma de Desembolso

Na análise por grupo de despesa, apenas as despesas pagas com


Investimentos e Inversões Financeiras e Juros e Encargos da Dívida /
Amortizações que registraram um grau de execução abaixo do
esperado.

Devido à necessidade de compatibilizar os gastos públicos com a


atual capacidade arrecadatória do estado, as despesas pagas têm
sofrido revisões e ajustes, acarretando um realinhamento natural
frente à meta elaborada no início do ano.

• Pessoal e Encargos Sociais apresentou uma realização a


maior de 23,8% (+R$ 2,62 bilhões). Do montante pago, R$
2,97 bilhões (21,7% do total registrado no grupo) foram de
Restos a Pagar. Dos R$ 10,70 bilhões de despesas
realizadas no quadrimestre, R$ 5,40 bilhões foram gastos na
Previdência Social, R$ 1,90 bilhão em Segurança Pública e
R$ 952,59 milhões em Educação.

• O grupo de Outras Despesas Correntes apresentou execução


superior à meta em 30,0% (+R$ 1,18 bilhão). Nesse grupo, o
pago com RP de 2017 também foi expressivo (R$ 1,02
bilhão) representando 20,0% do total de despesa realizada.
Dos R$ 4,09 bilhões de despesas orçamentárias realizadas
até abril, R$ 1,18 bilhão foi gasto na Previdência Social, R$
1,04 bilhão em Encargos Especiais e R$ 470,17 milhões em
Saúde.

29
• As despesas pagas no grupo Investimentos e Inversões
Financeiras foram baixas. Excluído o pagamento de Restos a
Pagar, R$ 18,30 milhões foram executados na função
Judiciária, R$ 14,75 milhões foram para a Segurança Pública
e R$ 11,38 milhões foram para a Indústria. Uma queda de
87,7% do previsto nas metas de execução do cronograma de
desembolso.

• Por fim, as despesas totais pagas no grupo Serviço da Dívida


(Juros e Encargos somados com a Amortização do principal)
contabilizaram R$ 215 milhões, dos quais R$ 197,98 milhões
foram na função de Encargos Especiais, R$ 3,49 milhões em
Transporte e R$ 2,19 milhões na Função Saúde.

As despesas realizadas no período são analisadas com maior


detalhamento no próximo item deste Boletim (parte V).

30
IV. Receita Estadual89

10
Quadrimestre: R$ 30.074,63 milhões / + 14,3%

Tabela 8
DECOMPOSIÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA, 2017/2018.
(R$ milhões)

EXECUÇÃO QUADRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %

2017 2018

Total 26.323,14 30.074,63 14,3%


REC.CORRENTE 22.714,09 25.508,48 12,3%
REC. CAPITAL 863,68 2.867,50 232,0%
REC. INTRAORÇAMENTÁRIA 2.745,37 1.698,65 -38,1%
Fo nte: SIA FERIO em 11/06/2018.

A Tabela 8 demonstra a Receita Total arrecadada pelo Estado no No 1º quadrimestre de 2018, a


primeiro quadrimestre de 2018 a qual representa acréscimo de R$ Receita Corrente e de Capital
3.751,49 milhões, motivado tanto pela Receita Corrente quanto apresentaram, acréscimos de R$
pela Receita de Capital. 2.794,40 milhões e R$ 2.003,81
milhões respectivamente. O
Os desempenhos da Receita Corrente e da Receita de Capital,
resultado da Receita Estadual
serão analisados nas seções IV.I e IV.II, respectivamente.
cresceu 14,3% (+ R$ 3.751,49
milhões).

8
Desta seção em diante, todas as tabelas levam em consideração as Receitas e Despesas do RIOPREVIDÊNCIA.
9
A classificação orçamentária por Natureza de Receita é estabelecida pelo § 4o do art. 11 da Lei no 4.320, de 1964. No âmbito
da União, sua codificação é normatizada por meio de Portaria da SOF, órgão do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão. A normatização da codificação válida para Estados e Municípios é feita por meio de Portaria
Interministerial (SOF e STN). Importante destacar que a classificação da receita por natureza é utilizada por todos os entes da
Federação e visa identificar a origem do recurso segundo o fato gerador, acontecimento real que ocasionou o ingresso da receita
nos cofres públicos. (Fonte:MTO-2018)
A partir de 2018 o código da natureza da receita passa a ser constituído por dez algarismos, cujo detalhamento é apresentado
no Glossário deste Boletim.
10
As informações representam: a arrecadação no período; e a variação percentual comparado ao mesmo período do ano
anterior.

31
IV.I Receitas Correntes

Quadrimestre: R$ 25.508,48 milhões / +12,3%

Tabela 9
RECEITA CORRENTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2017/2018.

EXECUÇÃO QUADRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %

2017 2018

REC. CORRENTE 22.714,09 25.508,48 12,3%


TRIBUTÁRIA 16.859,92 18.359,80 8,9%
CONTRIBUIÇÕES 555,66 881,83 58,7%
PATRIMONIAL 2.202,28 3.211,59 45,8%
AGROPECUÁRIA 0,01 0,02 237,8%
INDUSTRIAL 23,87 1,36 -94,3%
DE SERVIÇOS 92,68 81,57 -12,0%
TRANSF. CORRENTES 2.108,72 2.311,75 9,6%
OUTRAS CORRENTES 870,94 660,57 -24,2%
Fo nte: SIA FERIO em 22/01/2018.

Os valores alcançados pela Receita Tributária, Receita Patrimonial,


No comparativo com 2017, a
Receitas de Contribuições e Transferências Correntes contribuiram
Receita Corrente apresentou
para o resultado positivo da Receita Corrente durante o 1º
comportamento positivo, sendo
quadrimestre de 2018 (+ R$ 2.794,40 milhões).
os acréscimos da Receita
Importante ressaltar a as mudanças na classificação orçamentária por Tributárias, Patrimoniais, Receitas
Natureza de Receita, que reposicionou várias rubricas relativas às de Contribuições e Transferências
Multas, Juros de Mora e Dívida Ativa, entre outras, em novas Correntes as principais fontes de
naturezas de receita resultando no decréscimo das Outras Receitas acréscimo no resultado
Correntes. quadrimestral.

32
IV.I.1 Receita Tributária

Quadrimestre: R$ 18.664,95 milhões / + 10,6%

Tabela 10
RECEITA TRIBUTÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 2017/2018.
(R$ milhões)

EXECUÇÃO QAUDRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %

2017 2018
RECEITA TRIBUTÁRIA 16.859,92 18.644,95 10,6%
ICMS 10.845,21 11.682,20 7,7%
Adicional do ICMS 1.525,94 1.585,62 3,9%
IRRF 950,54 1.281,01 34,8%
IPVA 2.261,71 2.281,09 0,9%
ITD 239,57 418,97 74,9%
Multas e Juros 0,00 212,49 100,0%
Dívida Ativa 0,00 72,66 100,0%
Taxas 1.036,95 1.110,90 7,1%
Fo nte: SIA FERIO em 11/06/2018.

A Receita Tributária arrecadada no primeiro quadrimestre de 2018 O Estado do Rio de Janeiro, a

apresentou crescimento de R$ 1.785,03 milhões, em comparação ao partir de janeiro de 2018,

mesmo período de 2017. O crescimento nominal foi reflexo do enquadrou-se na nova

comportamento do ITD, do IRRF e do ICMS dado o comportamento classificação proposta pela 7º

da atividade econômica fluminense. Ressalta-se que houve mudança edição do MCASP (Manual de

na classificação da estrutura de contas das Receitas Tributárias, de Contabilidade Aplicado ao

acordo com a 7º edição do MCASP (Manual de Contabilidade Setor Público), já seguida

Aplicada ao Setor Público), que passou a incluir, em 2018, os valores pela União, pela sua

arrecadados com juros, multas de mora e dívida ativa dos tributos, Secretaria do Tesouro

antes classificados como Outras Receitas Correntes. Esse grupo de Nacional, desde janeiro de

receitas apresentou valor aproximado de R$ 285 milhões no 2017.

quadrimestre.

33
– Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS):

1º Quadrimestre: R$ 11.682,20 milhões / + 7,7%

A arrecadação de ICMS apresentou variação positiva no primeiro


quadrimestre de 2018, com acréscimo R$ 1.010,54 milhões em
relação ao mesmo período do ano anterior , denotando pequena
melhora do cenário econômico nacional. Cumpre salientar que o
desempenho citado é reflexo da entrada em operação de nova
plataforma da Petrobrás, que gerou receita de ICMS extraordinária de
aproximadamente R$ 240 milhões em fevereiro, da alteração de
alíquotas que vigoraram já abril e o início de projetos voltados para
modernizar a arrecadação, previstos no PRF.

O ICMS, a seguir, será analisado por setor econômico através da


classificação disponível no Sistema de Arrecadação da Secretaria de
Estado de Fazenda (Fonte: IBM CognosViewer - Arrecadação por
Seção e Divisão). Destacam-se os grupos que obtiveram maior
participação no total das receitas do ICMS:

ICMS Indústrias de Transformação (Participação → 25,81%)

1º Quadrimestre: + 3,33%

A variação positiva da respectiva seção foi significativamente


influenciada pelos setores de Metalurgia, Fabricação de Produtos
Farmoquímicos e Farmacêuticos, Fabricação de Produtos Químicos e
Fabricação de Produtos Minerais Não Metálicos.

ICMS Eletricidade e Gás (Participação → 18,92%)

1º Quadrimestre: + 5,93%

O crescimento do ICMS relacionado à Eletricidade e Gás deve-se à


distribuição de energia elétrica.

ICMS Comércio, Reparação de Veículos Automotores e


Motocicletas (Participação → 32,47%)

1º Quadrimestre: + 10,26%

O resultado da seção é reflexo do desempenho do Comércio


Atacadista, excluídos os veículos automotores e motocicletas.

34
ICMS Informação e Comunicação (Participação  10,59%)

1º Quadrimestre: - 8,83%

O setor de destaque é o de Telecomunicações, responsável por 98%


da arrecadação desta seção. Sua queda está diretamente
relacionada à queda dos Serviços de Telefonia Fixa Comutada –
STFC.

- Adicional do ICMS - FECP (Fundo Estadual de Combate à


Pobreza e às Desigualdades Sociais)

1º Quadrimestre: R$ 1.585,62 milhões / + 3,9%

A receita do FECP, no 1º quadrimestre, foi maior em R$ 69,80


milhões em relação a 2017. O crescimento desta natureza de receita
está diretamente relacionado com o ICMS uma vez que é alíquota
adicional desse tributo. A variação positiva foi alavancada pelo setor
de Comércio por Atacado e pelo Comércio Varejista. Ressalta-se que,
da variação citada, R$ 10,12 milhões são relativos às multas, juros e
dívida ativa do adicional do ICMS que passaram a ser classificados
em 2018 como Receita Tributária.

- Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores


11
(IPVA ):

1º Quadrimestre: R$ 2.281,09milhões / + 0,9%

O IPVA apresenta um comportamento sazonal significativo, que se


consolida nos quatro primeiros meses do ano.

No primeiro quadrimestre de 2018 o IPVA registrou crescimento total


de R$ 109,91 milhões. A arrecadação do IPVA em 2018 sofreu
pequeno aumento, em parte decorrente da Lei 7.718/2017 que
autorizou a vistoria veicular sem necessidade de estar adimplente
com o IPVA, dessa forma, um crescimento tímido foi registrado. O

11
De forma geral, a receita de IPVA fica concentrada amplamente nos primeiros meses do ano, quando do vencimento das
placas dos veículos usados. No restante do ano, a receita provém principalmente do pagamento do IPVA dos veículos novos, do
pagamento de débitos atrasados dos veículos usados e das eventuais cobranças coletivas organizadas pela SEFAZ-RJ.

35
fluxo de recolhimento do tributo tem a possibilidade de ter uma maior
pulverização ao longo do exercício, devido a Lei citada.

– Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e por Doação


(ITD):

1º Quadrimestre: R$ 418,97 milhões / 74,9% Lei Estadual 7.786/17 aumentou


a alíquota de incidência do ITD:
Em comparação com mesmo período de 2017, a arrecadação do ITD 8% sobre valores acima de
apresentou acréscimo de R$ 190,37 milhões no quadrimestre. 400.000 UFIR-RJ.
Grande parte do crescimento, concentrado nos meses de janeiro e
fevereiro de 2018, pode ser creditado a uma antecipação à majoração
da alíquota do ITD (de 4,5% e 5% para até 8%) que passou a valer
em 16 de fevereiro de 2018.

– Imposto de Renda (IRRF):

1º Quadrimestre: R$ 1.281,01 milhões / + 34,8%

O aumento de R$ 330,47 milhões do Imposto de Renda no


quadrimestre foi impactado por ajustes no fluxo de repasses do
RIOPREVIDÊNCIA diverso ao do exercício anterior. A adaptação do
cronograma de repasses é indispensável ao equilíbrio financeiro do
Estado no pagamento de inativos e pensionistas.

- Multas e Juros e Dívida Ativa:

1º Quadrimestre: R$ 285,15 milhões

Como já descrito no início da análise, aqui estão consideradas as


mudanças na classificação da estrutura de contas das Receitas
Tributárias, de acordo com a 7º edição do MCASP (Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público), que passou a incluir, em
2018, as parcelas dos juros, multas de mora e dívida ativa dos
tributos, antes classificados como Outras Receitas Correntes.
Sendo assim a comparação com exercício anterior é feita de uma
forma particular, considerando o quadro a seguir:

36
Tabela 11

O bom desempenho das receitas acessórias – multa, juros e


dívida ativa - acompanha o crescimento do ICMS e do período de
maior arrecadação do IPVA.
.

37
– Taxas:

1º Quadrimestre: R$ 1.110,90 milhões / + 7,1%

Tabela 12

O crescimento de R$ 73,94 milhões é justificado pelo subgrupo Taxa


de Fiscalização de Trânsito em que o crescimento foi de R$ 24,52
milhões e pelas Taxas pela Prestação de Serviços, destacando-se as
taxas de Serviços de Trânsito com desempenho de R$ 31,74 milhões
em relação ao exercício anterior.

Indicamos que as receitas acessórias dos grupos das taxas não


foram isoladas pois seus valores são pouco representativos, o grupo
de multas e juros e dívida ativa foram incluídas nesse exercício
seguindo a orientação do MCASP citado anteriormente.

38
IV.I.2 Receita Patrimonial e Royalties

Quadrimestre: R$ 3.211,59 milhões / + 45,8%

Tabela 13
RECEITA PATRIMONIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2017/2018.
(R$ milhões)

EXECUÇÃO QUADRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %

2017 2018

RECEITA PATRIMONIAL 2.202,28 3.211,59 45,8%


Petróleo 2.011,85 2.971,63 47,7%
Royalties 903,52 1.132,56 25,4%
Part. Especial 1.105,87 1.836,20 66,0%
FEP 2,47 2,87 16,4%
Dividendos 0,01 71,39 819362,8%
Aplic. Financeiras 134,23 109,36 -18,5%
Dem ais Rec. Patrim oniais 56,18 59,20 5,4%
Fo nte: SIA FERIO em 11/06/2018.

A Receita Patrimonial, no primeiro quadrimestre de 2018, cresceu R$


1.009,30 em relação ao mesmo período de 2017. O acréscimo está
concentrado nas Receitas de Petróleo – Royalties (+ R$
229,05milhões) e Participações Especiais (+ R$ 730,33 milhões).

- Petróleo: As receitas pela extração de petróleo e gás cresceram no


1º quadrimestre de 2018 dada a variação positiva do preço do barril,
do câmbio, além de pequena variação positiva na produção do pré-
sal.

Tabela 14
Participação Governamental do Petróleo
(R$ milhõ es)
EXECUÇÃO
QUADRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO VAR %
(JAN - ABR)
2017 2018
Produção (milhões de m³) 33,45 34,41 2,9%
Brent (US$) 53,34 68,13 27,7%
Taxa de Câmbio (R$/US$) 3,14 3,28 4,6%
Fo ntes: P ro dução : A gência Nacio nal do P etró leo ,Gás Natural e
B io co mbustíveis - ANP . B rent: Energy Info rmatio n Administratio n, EIA.
Câmbio : Ipeadata.
No ta: O pagamento do s ro yalties o co rre do is meses apó s a extração do
petró leo . Sendo assim, para a análise das entradas de receita do 1º Quadrimestre
de 2018 são apresentado s o s dado s de pro dução de No vembro de 2017 a
Fevereiro de 2018.

39
Ainda segundo dados da ANP, a produção do Rio de Janeiro
correspondeu a 69,5% da produção total brasileira.

Gráfico 6

- Aplicações Financeiras: apresenta decréscimo em relação ao


mesmo período de 2017, relacionado à queda das receitas de
Remuneração de Depósitos Bancários, especialmente, nos Fundos
de Investimento. A queda alcançou R$ 24,87 milhões no
quadrimestre.

Ressalta-se que o patamar dessa receita era bem maior em 2016,


antes dos constantes arrestos autorizados pelo Poder Judiciário e
pela Defensoria Pública nas contas correntes administradas pelo
Tesouro do ERJ que alcançaram, inclusive, os saldos de contas
vinculadas a operações de crédito.

- Dividendos: o acréscimo da arrecadação quadrimestral foi de R$


71,39 milhões, influenciado principalmente por Receitas de
Dividendos sobre Valores Mobiliários referentes à CEDAE junto ao
Tesouro Estadual no 1º quadrimestre de 2018.

40
12
IV.I.3 Demais Receitas Correntes

Quadrimestre: R$ 1.40,20 milhões / -9,6%

Tabela 15
DEMAIS RECEITAS CORRENTES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2017/2018.
(R$ milhões)

EXECUÇÃO QUADRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %
2017 2018
DEMAIS RECEITAS CORRENTES 1.483,23 1.340,20 -9,6%
Receita de Contribuições 555,66 881,83 58,7%
Receita Agropecuária 0,01 0,02 237,8%
Receita Industrial 23,87 1,36 -94,3%
Receita de Serviços 92,68 81,57 -12,0%
Multas e Juros de Mora 236,49 71,45 -69,8%
Indenizações e Restituições 339,43 99,98 -70,5%
Receitas Diversas 235,09 203,98 -13,2%
Fo nte: SIA FERIO em 11/06/2018.

As Demais Receitas Correntes, detalhadas na Tabela 15,


apresentaram acréscimo no 1º quadrimestre 2018. As receitas que a
compõem são detalhadas a seguir:

– Receitas de Contribuições: são receitas originárias das


Contribuições Previdenciárias do Regime Próprio de Servidores
Ativos e Inativos Civis e sua variação relaciona-se com a folha de
pagamento. No 1º quadrimestre de 2018, registraram acréscimo de
R$ 326,17 milhões em grande parte relacionado ao aumento da
alíquota da contribuição previdenciária e, em menor escala,
consequência do acerto do fluxo financeiro de repasses entre o
Tesouro e o RIOPREVIDÊNCIA.

– Receita Industrial: a queda concentrou-se na Indústria de Produtos


Farmacêuticos e Veterinários gerada pelo Instituto Vital Brazil. No

12
A classificação orçamentária por Natureza de Receita é estabelecida pelo § 4o do art. 11 da Lei no 4.320, de 1964. No
âmbito da União, sua codificação é normatizada por meio de Portaria da SOF, órgão do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão. A normatização da codificação válida para Estados e Municípios é feita por meio de Portaria
Interministerial (SOF e STN). Importante destacar que a classificação da receita por natureza é utilizada por todos os entes da
Federação e visa identificar a origem do recurso segundo o fato gerador, acontecimento real que ocasionou o ingresso da
receita nos cofres públicos. (Fonte:MTO-2018)
A partir de 2018 o código da natureza da receita passa a ser constituído por dez algarismos, cujo detalhamento é aresentado no
Glossário deste Boletim.

41
quadrimestre, a Receita Industrial apresentou retração de R$ 22,51
milhões.

– Receita de Serviços: O desempenho do Serviço de


Processamento de Dados foi o principal influenciador da queda na
Receita de Serviços (- R$ 11,12 milhões), no 1º quadrimestre de
2018.

– Indenizações e Restituições: apresentaram queda de R$ 239,45


milhões em relação ao 1º quadrimestre de 2017. A queda é resultado
do decréscimo das Receitas de Restituições que, em 2017, incluiu R$
250,00 milhões repatriados na apuração de infrações penais pelo
Ministério Público Federal, distorcendo a base comparativa.

– Multas e Juros de Mora: a queda de R$ 165,04 milhões na receita


de Multas e Juros de Mora está relacionada à mudança da
classificação contábil que transferiu os Juros e Multas de Mora dos
tributos para Receita Tributária.

– Receitas Diversas: apresentaram no 1º quadrimestre de 2018 um


decréscimo de R$ 13,02 milhões, relacionado, igualmente às
Receitas de Contribuições, ao fluxo de repasses entre o Tesouro e o
RIOPREDÊNCIA. As principais receitas que compõem esse grupo
são:

- Os recursos do RIOPREVIDÊNCIA que participam com 24% do


valor total da arrecadação desse grupo. Parte são recursos
repassados pelo DETRAN, nos termos da Lei 7.391/2016, para
adimplir o pagamento de seus inativos e pensionistas que integram o
sistema previdenciário gerenciado pelo RIOPREVIDÊNCIA. O
restante é originário de Compensações Financeiras entre o Regime
Geral e o RPPS;

- Os recursos do Tribunal de Justiça com 31%, referentes às receitas


de arrecadação própria, basicamente originárias dos Cartórios;

- Os recursos da LOTERJ com 26%, referente a receitas de


arrecadação própria: loteria esportiva, venda de bilhetes, apostas,
etc.

O restante está pulverizado em diversas Unidades Orçamentárias,


sendo essas receitas consideradas também como arrecadação

42
própria, resultado de esforço do órgão no exercício de sua atividade
fim.

43
IV.I.3.1 Receita de Transferências

Quadrimestre: R$ 2.311,75 mil / + 9,6%

Tabela 16
RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2017/2018.
(R$ milhões)

EXECUÇÃO QUADRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %

2017 2018

RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS 2.108,72 2.311,75 9,6%


Transf da União 1.124,19 1.319,23 17,3%
FPE 460,67 502,56 9,1%
IPI exp 212,52 331,86 56,2%
IOF 0,04 0,01 -61,3%
CIDE 40,93 38,78 -5,3%
SUS 217,29 269,66 24,1%
Salário Educação 148,07 136,41 -7,9%
Lei Kandir 28,59 28,01 -2,1%
Outras Transf. da União 16,07 11,93 -25,7%
FUNDEB 932,24 933,43 0,1%
Convênios 52,32 56,94 8,8%
Outras Transf. Corr. -0,02 9,78 100,0%
Fo nte: SIA FERIO em 11/06/2018.

As Receitas de Transferências apresentaram acréscimo de 9,6% (+


R$ 203,02 milhões) no primeiro quadrimestre de 2018, se comparado
ao mesmo período de 2017. Tal resultado tem sua explicação no
desempenho positivo das Transferências da União, principalmente
nas receitas do IPI-Exportação, do SUS e FPE.

Gráfico 7

44
IV.I.3.2 Transferências da União

As Transferências da União foram responsáveis por


aproximadamente 57% do total das Receitas de Transferências neste
1º quadrimestre de 2018. Este grupo apresentou acréscimo de 17,3%
(+R$ 195,04 milhões) em relação ao mesmo quadrimestre de 2017.
Neste contexto, notou-se crescimento relevante do IPI Exportação e
dos recursos provenientes do Sistema Único de Saúde - SUS, o que
mais do que compensou o baixo desempenho das receitas referentes
à CIDE, Salário Educação e Outras Transferências da União.

13
– FPE : O Fundo de Participação dos Estados é composto por 21,5%
da arrecadação do IPI e do IR. O resultado quadrimestral positivo
dessa transferência foi consequência do avanço dos dois impostos
pela União.

Os recursos do FPE no 1º quadrimestre apresentaram acréscimo de


9,1% (+ R$ 41,88 milhões) em comparação ao mesmo período de
2017.

Tal fato é consequência do acréscimo de arrecadação no item IPI


Vinculado à Importação. Neste caso, destacam-se o crescimento das
importações em dólar, bem como aumento da taxa de câmbio.
Ademais, notou-se aumento da receita relacionada ao IRPJ das
Demais Empresas, resultado do crescimento da estimativa mensal
recolhida pelas empresas não financeiras.

–IPI-EXP: A Constituição de 1988 determina que 10% da


arrecadação do IPI seja distribuída para os Estados e Distrito Federal,
“proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos
industrializados”, como forma de compensação à desoneração das
exportações. A competência para estabelecer e divulgar os
coeficientes de participação de cada Estado é do Tribunal de Contas
da União e os mesmos estão disponíveis em

13
Fonte: Análise da Arrecadação das Receitas Federais de janeiro a abril de 2018, Receita Federal.
http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/arrecadacao/relatorios-do-resultado-da-arrecadacao/arrecadacao-2018/janeiro2018/analise-
mensal-jan-2018.pdf
http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/arrecadacao/relatorios-do-resultado-da-arrecadacao/arrecadacao-2018/fevereiro2018/analise-
mensal-fev-2018.pdf
http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/arrecadacao/relatorios-do-resultado-da-arrecadacao/arrecadacao-2018/marco2018/analise-
mensal-mar-2018.pdf
http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/arrecadacao/relatorios-do-resultado-da-arrecadacao/arrecadacao-2018/abril2018/analise-
mensal-abr-2018.pdf

45
http://portal.tcu.gov.br/comunidades/transferencias-constitucionais-e-
legais/coeficientes-ipi-exportacao/.

Nesse quadrimestre essa receita apresentou acréscimo de 56,2% (+


R$ 119,35 milhões), comparativamente ao mesmo período do ano
anterior. Esse resultado é reflexo do novo coeficiente de participação
do IPI-Exportação para o Rio de Janeiro. O percentual que, em 2017,
era de 14,946822%, em 2018 foi reajustado para 17,910467%.

IV.II Receitas de Capital

Quadrimestre: R$ 2.867,50 milhões / + 232,0 %

Tabela 17
RECEITA DE CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2017/2018.

EXECUÇÃO QUADRIMESTRAL
DISCRIMINAÇÃO (JAN - ABR) VAR %

2017 2018

REC. CAPITAL 863,68 2.867,50 232,0%


OPERAÇÕES DE CRÉDITO 25,30 923,60 3550,5%
ALIENAÇÕES DE BENS 75,17 1.871,25 2389,2%
AMORTIZ. DE EMPRÉSTIMOS 131,26 40,45 -69,2%
TRANSF. DE CAPITAL 11,82 32,20 172,3%
OUTRAS REC. DE CAPITAL 620,12 0,00 -100,0%
Fo nte: SIA FERIO em 22/01/2018.

As Receitas de Capital apresentaram crescimento de 232,0% (+R$


2.003,81 milhões) nesse quadrimestre, em relação ao mesmo período
de 2017. Tal fato decorreu em razão do aumento pecebido na Receita
de Alienações de Bens e Operações de Crédito, já comentada
anteriormente.

46
Gráfico 8

OPERAÇÕES DE CRÉDITO: Houve incremento de 3.550,5% (+ R$ Aumento da receita de


898,30 milhões) justificado pela entrada extemporânea de R$ 900 operações de crédito no valor
milhões, em janeiro de 2018, da Operação de Crédito Interna junto ao de R$ 900 milhões relativa ao
Banco BNP Paribas, realizada em 2017, como antecipação da receita Programa de Recuperação
futura de alienação das ações da CEDAE, autorizada no Programa de Fiscal – PRF em janeiro de
Recuperação Fiscal. Do total da operação de R$ 2,90 bilhões, R$ 2 2018.
bilhões foram repassados no último quadrimestre de 2017.

ALIENAÇÕES DE BENS: A Receita de Alienações de Bens


apresentou crescimento de 2.389,2%, se comparado ao primeiro
quadrimestre de 2017. Trata-se também de receita extemporânea,
Cessão Definitiva de Crédito de Royalties e de Participação Especial
no valor de R$ 1,867 bilhão realizada em abril de 201 e no PRF
programada para 2017.

OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL: Não houve receita referente às


Outras Receitas de Capital no primeiro quadrimestre 2018, face R$
620,12 milhões registrados no mesmo período de 2017. Trata-se de
uma receita extemporânea de Depósitos Judiciais, no valor de R$ 620
milhões, recebidos em fevereiro de 2017, oriundos do saque efetuado
na conta de Depósitos Judiciais Tributários, nos termos da Lei
151/2015.

47
V. Despesas do Estado do Rio de Janeiro

V.I Despesa Total

A Tabela 18 mostra as despesas do ERJ no seu aspecto mais


genérico.

Tabela 18 – Execução da Despesa Total

Inicialmente, a LOA fixou as despesas do Poder Executivo em R$


64,44 bilhões. Ao fim do 1º quadrimestre, com o registro das
alterações no orçamento, a dotação alcançou R$ 64,90 bilhões.
Desse valor, R$ 12,45 bilhões encontram-se contingenciados
(19,2%), um controle que orienta as despesas orçamentárias de
acordo com a realidade financeira.

Neste primeiro quadrimestre, R$ 17,31 bilhões já foram empenhados


pelos órgãos que compõem a estrutura administrativa do Poder
Executivo (33,0% do orçamento disponível).

Para os Demais Poderes, a despesa incialmente fixada foi de R$ 8,70


bilhões, atingindo R$ 8,83 bilhões com as alterações orçamentárias.
Do montante total das despesas planejadas para os órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público, Defensoria

48
Pública e Tribunal de Contas, já foram empenhados R$ 3,99 bilhões,
o equivalente a 45,2% do orçamento disponível.

V.II Créditos Adicionais

Neste primeiro quadrimestre de 2018, R$ 592 milhões foram


adicionados no orçamento inicial (+0,8%).
Tabela 19 – Alterações Orçamentárias
Avaliando as alterações registradas pelos dois grupos de recursos
(Recursos do Tesouro e Demais Fontes), verificou-se que o aumento
da dotação inicial na Fonte Tesouro foi de R$ 24 milhões, enquanto
as Demais Fontes sofreram acréscimo de R$ 568 milhões. Essa
alteração na previsão da despesa é um mecanismo de controle para
preservar a capacidade financeira do Estado, na medida em que é
observada a realização de receitas ao longo do exercício.

Analisando as alterações por suas respectivas Fontes de Recursos


(FR), verificou-se que a maior parcela ocorreu em Recursos Próprios
e Taxas (FR 230 e 232), que totalizaram R$ 329 milhões, o
equivalente a 55,7% do total suplementado. A Tabela 19 apresenta
as alterações orçamentárias incluídas no orçamento do Estado,
ocorridas basicamente nas fontes de recursos não consideradas do Tabela 20 – Funções
Tesouro.

Num recorte por função governamental, o maior acréscimo ocorreu na


função Educação: R$ 443,48 milhões. A função apresentou aumento
de 5,8% em seu orçamento original. No tocante às ações
desenvolvidas, a maior variação ocorreu em Pessoal e Encargos
Sociais da Educação Básica – Ensino Médio (aumento de R$ 112,66
milhões), em Pessoal e Encargos Sociais (crescimento de R$ 75,48
milhões) e na Manutenção das Atividades Operacionais e
Administrativas (incremento de R$ 52,43 milhões).

Na função Segurança Pública, houve aumento de R$ 282,12 milhões.


O ajuste suplementou em R$ 200 milhões o Fornecimento de
Alimentação aos Custodiados, em R$ 46,71 milhões a Ampliação da
Frota do CBMERJ e em R$ 31,24 milhões a Segurança nas Ações de
Trânsito.

Por fim, a Função Legislativa também apresentou resultados a serem


destacados na análise. A função registrou incremento total de R$
133,15 milhões (variação de 7,5% sobre o orçamento inicial). Esse

49
acréscimo foi alocado em Edificação, Implantação e Recuperação das
Unidades Administrativas da ALERJ.

Somando-se os créditos adicionais das demais funções, que


apresentaram soma negativa no montante final, o resultado gerado foi
de R$ 592 milhões para este primeiro quadrimestre.

A Tabela 20 apresenta as principais alterações orçamentárias


ocorridas nas funções contidas no orçamento.

V.III Despesas por Grupo

Este tópico analisa os gastos pela ótica da Categoria Econômica


(Corrente ou Capital) e pelo Grupo de Despesa, classificações que
proporcionam uma melhor visibilidade das ações
Tabela 21 – Despesas por Grupo
executadas.

A Tabela 21 apresenta os dados apurados neste


1º quadrimestre comparando-os com os do ano
anterior.

A Categoria das Despesas Correntes, grupo que


engloba as despesas de Pessoal e Encargos
Sociais, Juros e Encargos da Dívida e Outras
Despesas Correntes, foi responsável por 98,2%
(R$ 16,77 bilhões) do total liquidado até abril. O
grupo de Outras Despesas Correntes é composto
pelas despesas constitucionais e legais
(transferências obrigatórias de recursos aos
municípios e o pagamento de encargos com o
Governo Federal) e pelo custeio da máquina.

A Categoria das Despesas de Capital


(Investimentos, Inversões Financeiras e
Amortização da Dívida) executou R$ 302
milhões, o equivalente a 1,8% do total liquidado
pelo ERJ nesse primeiro quadrimestre.

Cabe ressaltar que as despesas


intraorçamentárias foram excluídas no processamento dos dados
selecionados.

50
Nos próximos tópicos serão averiguados os gastos, as variações e as
justificativas apresentado por cada grupo de despesa.

 Despesas de Pessoal

A Tabela 22 demonstra os maiores gastos realizados pelo Governo


do Estado na área de pessoal neste primeiro quadrimestre de 2018.
No acumulado, foram liquidados R$ 12,34 bilhões, uma execução Tabela 22 – Despesas de Pessoal
inferior quando comparada ao mesmo período de 2017, porém bem
próxima, indicando um desempenho conservador sobre os gastos
com pessoal.
Quando consideradas as despesas intraorçamentárias (R$ 1,08
bilhão), o gasto de pessoal atinge os R$ 13,43 bilhões, em virtude
das contribuições patronais, justificando o crescimento de 0,2%.

Na esfera do Poder Executivo, as áreas de gastos prevalecentes


foram: Previdência Social, Segurança Pública e Educação - essas
duas últimas consideradas áreas prioritárias do Governo. Juntas, as
três funções foram responsáveis por R$ 9,68 bilhões da despesa
liquidada. Desse montante, R$ 3,93 bilhões (40,6%) foram
financiados com recursos do Tesouro Estadual.

Por fim, a despesa de pessoal realizada pelos Outros Poderes


representaram 11,9% do montante liquidado: R$ 1,47 bilhão,
financiados com FR 100 (Ordinários Provenientes de Impostos).

51
 Outras Despesas Correntes

A Tabela 23 apresenta o gasto com as despesas de manutenção do Tabela 23 – Custeio


Estado neste início de 2018.

O grupo apresentou uma despesa liquidada de R$ 4,39 bilhões.


Comparando-se o mesmo período de 2017, houve uma variação
positiva de 14,8%, ou, +R$ 567,53 milhões.

No que se refere às atividades governamentais, observa-se um


crescimento na Previdência Social, +R$ 394,16 milhões, resultante da
contabilização da cessão de ativos futuros (Royalties do Petróleo).

Em outras áreas do governo, quando se compara o mesmo período


em 2017, a Segurança Pública destacou-se com uma variação de
48,3%, identificando-se aí as despesas de concessão de Auxílios
Alimentação, Saúde e Transporte aos policiais civis e militares,
inspetores penitenciários e bombeiros militares (R$ 51,99 milhões),
fornecimento de Alimentação aos Custodiados (R$ 31,16 milhões),
manutenção dos serviços de Habilitação de Motorista, Identificação
Civil e Registro de Veículos (R$ 106,44 milhões), serviço de Gestão
da Frota da Polícia Militar (R$ 11,91 milhões), manutenção do
Comando Central de Defesa Civil /CBMERJ (R$ 11,75 milhões).

A Educação sendo uma área prioritária, também demonstrou uma


variação positiva de 34,3% sobressaindo-se as despesas com os
Auxílios Transporte e Alimentação para os servidores da pasta (R$
71,36 milhões), Oferta de Nutrição Escolar (R$ 51,74 milhões), Apoio
aos Serviços Educacionais (R$ R$, 30,76 milhões) no tocante à
higiene e limpeza das unidades escolares, Suporte Financeiro à
Estudantes e Pesquisadores no desenvolvimento de projetos de
pesquisa científica, tecnológica e de inovação (R$ 36,81 milhões).

A Saúde apesar de ter apresentado uma aplicação significativa, de


seus recursos, R$ 548,02 milhões, apontou uma variação do grupo
de 12,9%. Do montante executado, R$ 419,70 milhões foram
aplicados na Manutenção das diversas Unidades de Pronto
Atendimento (UPA’s) e Hospitais Estaduais no ERJ (76,6%).

52
 Investimentos e Inversões Financeiras

Neste primeiro quadrimestre de 2018, o Estado do Rio de Janeiro Tabela 24 – Investimentos e Inversões
investiu R$ 133,09 milhões em Investimentos e Inversões Financeiras
Financeiras, uma variação positiva de 76,6% em relação aos R$
75,34 milhões investidos no mesmo período de 2017 (Tabela 24).

Os projetos mais relevantes foram:

 Construção e Reforma das Edificações do Poder Judiciários -


R$ 23,30 milhões;

 Promoção do Desenvolvimento Rural Sustentável em


Microbacias Hidrográficas – R$ 18,86 milhões;

 Recuperação da Região Serrana – R$12,39 milhões;

 Desenvolvimento dos Distritos Industriais e Logísticos da


CODIN – R$ 10,92 milhões;

 Gestão da Frota da Polícia Militar – R$ 10,09 milhões.

53
V.IV - Cumprimento das despesas vinculadas aos índices
constitucionais: Educação, Saúde, FAPERJ14, FECAM15 e FEHIS16.
Tabela 25 – Execução dos Índices
Constitucionais
A Tabela 25 ao lado, apresenta os percentuais verificados pelos
índices constitucionais e legais com base na arrecadação da receita e
a liquidação das despesas acumuladas de 2017 e 2018.

Ressalta-se que para fins legais a apuração destes índices é


realizada ao fim do exercício. O acompanhamento ao longo do ano e
a divulgação de tais resultados por meio deste Boletim de
Transparência tem a finalidade de balizar a gestão orçamentária e
financeira adequada ao cumprimento dos percentuais.

A apuração dos índices leva em consideração as receitas e despesas


previstas pela respectiva legislação: para os Índices de Educação e
Saúde são contabilizados os recursos provenientes da arrecadação
de impostos e de transferências recebidas pelo Estado e as despesas
por eles financiados; para o Índice da FAPERJ, a receita base são os
recursos líquidos de impostos (deduzida a transferência aos
municípios) subtraindo-se os montantes equivalentes à aplicação em
Educação e Saúde; para o FECAM, a aplicação mínima em gastos
com meio ambiente é igual a 5% dos recursos de royalties oriundos
da exploração dos campos de pós-sal, mais 10% do pré-sal; e, por
fim, para o FEHIS, o mínimo equivale a 10% dos recursos
provenientes do Fundo de Estadual de Combate à Pobreza e às
Desigualdades Sociais – FECP –, receita tributária que incide
adicionalmente ao ICMS.

Até abril, as Receitas (Bases de Cálculo) dos Índices Constitucionais


apresentaram crescimento em relação ao mesmo período do ano
passado - consequência da melhora na arrecadação dos principais
tributos estaduais.

Em uma mera análise dos percentuais aplicados, a Tabela 25 mostra

14
FAPERJ- Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

15
FECAM- Fundo Estadual de Conservação Ambiental

16
FEHIS- Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social

54
panoramas distintos em relação à execução dos índices. No caso dos
índices de Educação, FAPERJ e FECAM, o percentual de aplicação
no período foi superior ao do ano passado, já que o crescimento na
execução de despesas superou o crescimento das receitas. Contudo,
no índice da Saúde, observa-se uma queda, pois a execução das
despesas, embora superiores ao mesmo período de 2017, não
apresentou um crescimento maior do que ao da Receita Base. Já no
índice do FEHIS não houve execução alguma, assim como em 2017,
diante da restrição de caixa, evidenciando a priorização na execução
de despesas correntes como pessoal e manutenção da máquina
pública.

A seguir, os gastos correspondentes aos índices serão tratados


detalhadamente, de forma a esclarecer como o Estado está aplicando
obrigatoriamente tais recursos.

 Educação

Nesse primeiro quadrimestre do ano, o índice Educação apontou para


uma aplicação de 20,5% da receita base (conforme a Tabela 25). Tabela 26 – Aplicação no Índice
Dos R$ 3,56 bilhões a aplicar, o Estado alocou R$ 2,92 bilhões em
despesas, sendo R$ 2,02 bilhões repassados ao FUNDEB.

A Tabela 26 demonstra a despesa executada por grupo de despesa


no índice.

A despesa total liquidada alcançou R$ 2,92 bilhões,


comparativamente ao mesmo período de 2017, registrando um
acréscimo de 13,6% (+R$ 349,81 milhões).

Nas despesas de pessoal, boa parcela foi financiada com recursos


provenientes do retorno do FUNDEB (44,8%).

O grupo de Outras Despesas Correntes, quando comparado ao


montante apurado em 2017, apresentou uma variação de 36,9%. A
SEEDUC também está sendo financiada com recursos da FR 105
(Salário Educação) nas atividades de custeio, cujos gastos não são
contabilizados para o índice.

Informamos que o cumprimento do índice relativo ao ano de 2017 foi


complementado neste exercício, conforme § 2º, do art.21º, da Lei nº

55
11.494 de 20/07/2007, atingindo nesse primeiro quadrimestre uma
despesa executada no montante de R$ 223,01 milhões, alocadas na
UERJ (R$ 203,88 milhões), UENF (R$ 15,91 milhões) e UEZO (R$
3,21 milhões), cumprindo integralmente o índice Constitucional da
Educação de 2017. Cabe destacar que tais despesas não foram
computadas na apuração do índice do exercício de 2018.

A Tabela 27 demonstra a distribuição da despesa do índice por


Unidade Orçamentária do ERJ, além da análise das maiores
participações executadas neste 1º quadrimestre.

Tabela 27 – Distribuição do Índice por UO

O somatório das despesas desembolsadas pelas unidades em 2018


apresentou uma variação positiva de 14,1% (+R$ 360,93 milhões) em
relação ao mesmo período de 2017. A Secretaria de Estado de
Educação (SEEDUC) apresentou participação de 9,9% na
composição do índice, com uma execução total de R$ 287,89
milhões, quase que na sua totalidade com gasto em pessoal (R$
284,45 milhões).

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) também figura


com montante expressivo de gastos, registrando uma participação de
10,5% no índice de 2018 (+R$ 32,53 milhões). No quadrimestre, a
variação da Universidade ficou em 11,8% em relação a 2017.

56
A Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro
(FAETEC) contabilizou um acréscimo de R$ 109,28 milhões, variação
de 157,6% em comparação ao mesmo período em 2017, refletindo o
pagamento da progressão funcional concedida aos funcionários do
Órgão.

 Educação – Demais Fontes de Recursos

A função Educação conta ainda com outras fontes de financiamento


que são responsáveis por montantes significativos dentro do gasto
total e que não são contabilizados para fins de cumprimento do
Índice. Neste 1º quadrimestre totalizaram R$ 119,49 milhões.

A Tabela 28 ao lado discrimina por FR a aplicação desses recursos


Tabela 28 – Demais Fontes de Recursos
que, em relação ao 1º quadrimestre de 2017, registrou variação
positiva de 11,8% (+R$ 12,65 milhões). Nesta tabela, a participação
do Salário Educação (FR 105) de 80,2% é relevante, financiando
fortemente despesas operacionais na SEEDUC.

O montante financiado através do Salário Educação (FR 105),


contribuição social arrecadada pela União e distribuída às Secretarias
de Educação de Estados e Municípios através do FNDE, apresentou
um acréscimo de 10,4% (+R$ 9,03 milhões) em comparação ao
mesmo período de 2017. Neste quadrimestre, R$ 41,32 milhões
foram alocados no Programa de Alimentação Escolar.

O valor aplicado com recursos da FR 224 foi executado integralmente


no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE – pela
Secretaria de Educação (R$ 10,42 milhões).

As despesas alocadas com a FR 225 (SUS), aplicadas pela UERJ,


sofreram variação de 118,4%. Os R$ 4,12 milhões executados foram
direcionados à Operacionalização do Hospital Universitário Pedro
Ernesto.

Dos recursos diretamente arrecadados (FR 230), a UERJ foi


responsável pela execução de R$ 6,18 milhões.

57
 Saúde

A Função Saúde é financiada com recursos do Tesouro e com de


Outras Fontes (Tabela 29 e Tabela 31, respectivamente). De acordo
com metodologia de cálculo do índice da saúde, este segundo grupo
não é contabilizado para fins de apuração do Índice Constitucional. O
modelo calculado nesse boletim está em consonância com as
determinações do TCE, com a legislação pertinente e com os
relatórios oficiais da LRF. Dessa forma, o FES (Fundo Estadual de
Saúde) atualmente é a única Unidade Orçamentária da Função
Saúde que contabilizará para a aplicação das Ações e Serviços
Públicos de Saúde do índice.

A Tabela 29 abaixo traça o detalhamento da liquidação das fontes do


Tesouro no índice da saúde ao longo do primeiro quadrimestre de
2018.

Tabela 29 – Aplicação do Índice por Grupo de Despesa

Neste primeiro quadrimestre, a aplicação de recursos do Tesouro em


ações direcionadas à Rede de Saúde Pública do ERJ foi positiva em
9,5% em relação ao mesmo período do ano passado (+R$ 56,31
milhões), conforme Tabela 29 acima.

Podemos observar também que o grupo de despesa de Outras


Despesas Correntes participou com 63,5% na execução do índice
com aplicações em Ações e Serviços Públicos de Saúde. Foi
constatada uma variação de 14,6% (+R$ 52,69 milhões) em relação
ao mesmo período do ano anterior. A análise das principais ações

58
desenvolvidas nesse grupo será abordada abaixo conforme as
destinações finais mais expressivas, em ordem decrescente:

1- Assistência Ambulatorial e Hospitalar - investiu-se R$ 194,40


milhões nesse programa, dos quais R$ 113,50 milhões foram
referentes às despesas de pessoal decorrentes de contrato de
terceirização e R$ 67,62 milhões foram direcionados para a Gestão
de Serviços de Saúde (custeio das OS’s). Os valores referentes às
despesas com pessoal e ao custeio supracitados foram distribuídos
nos Hospitais conforme a Tabela 30, totalizando R$ 181,12 milhões.

2- Execução do Contrato de Gestão – FES – houve uma aplicação de


Tabela 30 – Repasse para OS´s
R$ 138,40 milhões. Nesse programa de trabalho são executadas as
despesas da Fundação Saúde com seus postos de assistência
médica e com outras unidades da Secretaria de Estado de Saúde,
incluindo as despesas com pessoal, despesas obrigatórias e de
custeio.

3- Apoio ao Hospital Universitário Pedro Ernesto - investiu-se R$


26,36 milhões, dos quais R$ 5,38 milhões foram destinados à Apoio
Administrativo, Técnico e Operacional, R$ 5,38 milhões para
Limpeza e Conservação e R$ 3,45 milhões para Vigilância, dentre
outras despesas.

4- Assistência em Unidade de Tratamento Intensivo para Crianças no


Período Neonatal – liquidou-se R$ 19,07 milhões.

No grupo Investimento/Inversões foram liquidados até o momento R$


1,69 milhão. Desta forma, este grupo foi responsável por apenas
0,3% da liquidação do quadrimestre em tela.

No grupo de Pessoal houve um decréscimo de 24,5% (-R$ 76,88


milhões) em relação ao ano passado. Neste ponto, é importante
ressaltar a modificação na classificação dos gastos por determinação
do TCE/RJ. A Unidade Orçamentária da Fundação Saúde está sendo
inteiramente executada num programa de trabalho no FES dentro do
grupo de despesa de Outras Despesas Correntes (Ação 2911).
Assim, houve migração dos valores executados em pessoal da
Fundação Saúde do grupo de despesa de pessoal para o grupo de
despesa de Outras Despesas Correntes.

A Tabela 31 aborda as Fontes Não Tesouro, bem como são traçadas


comparações da aplicação atual com o mesmo período de 2017.

59
Lembrando que essas fontes não são contabilizadas para fins de
apuração do Índice Constitucional, entretanto elas foram mencionas
neste documento visando uma maior transparência e controle social
do gasto do dinheiro público na área de saúde.

Tabela 31 – Distribuição da Função Saúde nas Fontes Não Tesouro


Em R$

FUNÇÃO SAÚDE
JAN a ABRIL Variação Participação
FR - FONTES NÃO TESOURO
2017 2018 % em 2018
RECURSOS PRÓPRIOS (FR 230) 45.581.735 8.867.778 -80,5% 2,6%
CONTRATOS INTRAORÇAMENTÁRIOS GESTÃO DE SAÚDE (FR 223) - 84.433.475 - 25,1%
SUS (FR 225) 205.912.183 243.590.646 18,3% 72,3%
TOTAL 251.493.917 336.891.900 34,0% 100,0%
Fonte: SIAFE RIO/FLEXVISION

Obs : Da dos extra ídos em 18/05/2018.

1. Exclui des pes a s i ntra-orçamentária s

A Tabela 31 demonstra que no primeiro quadrimestre de 2018, as


despesas do Sistema Único de Saúde (SUS - FR 225) foram o grande
destaque de aplicação de recursos Não Tesouro na Função Saúde,
correspondendo ao montante de 72,3%. Esse aumento das despesas
financiadas com a fonte do SUS provém da substituição do uso dessa
fonte nos programas de trabalho diante da escassez de fonte tesouro
pela crise econômica que se encontra o ERJ. Assim sendo, pode-se
constatar um crescimento de 18,3% (R$ 37,68 milhões) em relação
ao primeiro quadrimestre de 2017.

Do montante de R$ 243,59 milhões executados na FR 225, R$


116,08 milhões foram direcionados para a Operacionalização das
UPA’s 24h Estaduais; R$ 88,67 milhões para a Assistência
Ambulatorial e Hospitalar; R$ 9,26 milhões para a Assistência Pré-
Hospitalar Móvel de Urgência e Emergência - SAMU 192; dentre
outras despesas de menor vulto.

60
 FAPERJ

A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do ERJ


(FAPERJ), órgão executor das ações na área de Ciência e Tabela 32 – Execução Orçamentária do
Tecnologia, executou R$ 65,52 milhões nesse primeiro Índice da FAPERJ
quadrimestre, valor 96,0% superior ao mesmo período de 2017. O
ERJ está passando por um longo período recessivo e vem
apresentando uma pequena recuperação, acarretando um aumento
na execução da despesa. Esse acréscimo foi voltado basicamente
aos estudantes e pesquisadores na FAPERJ e aos fomentos de
estudos e pesquisas desenvolvidos na UERJ.

A despesa liquidada neste primeiro quadrimestre pela Fundação


representou 1,1% da receita base do índice arrecadada (Tabela 25).

A Tabela 32 demonstra a execução do índice nas principais ações


do ano com recursos do Tesouro. Até o fechamento do
quadrimestre, não ocorreu despesas em outras fontes.

Principal projeto desenvolvido, a ação “Apoio a Estudantes e


Pesquisadores” registrou uma variação positiva de 87,5% (+R$
17,18 milhões) nas despesas liquidadas. O projeto atende às
demandas dos alunos com bolsas e auxílios nos programas da
FAPERJ.

A ação “Fomento para Estudos e Pesquisas através da UERJ”


desembolsou neste período, R$ 9,85 milhões (+145,3%). Ela atende
ao PROATEC e PROCIÊNCIA, além do programa de Apoio à
Pesquisa e Docência.

 FECAM

O Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento


Urbano (FECAM), responsável pela gestão de projetos de
investimento direcionados para o setor de meio ambiente do ERJ,
conta, a partir de norma estadual, com 5% dos recursos provenientes
da indenização pela extração do petróleo e gás do ERJ e com 10%
dos recursos provenientes da camada do pré-sal.

No primeiro quadrimestre de 2018, o valor total destinado à aplicação


no FECAM foi de R$ 3,47 milhões, custeados com recursos da fonte

61
104 (Compensações Financeiras pela Exploração de Petróleo). Assim
sendo, pode-se constatar um crescimento de 242% (+R$ 2,04
milhões) quando comparado ao primeiro quadrimestre do exercício de
2017.

As ações realizadas no primeiro quadrimestre de 2018 por meio dos


recursos do Fundo estão descritas na Tabela 33 abaixo. Nela são
apresentados os projetos desenvolvidos, assim como o órgão
responsável pela execução e os valores liquidados até o momento.

A ação com maior expressividade no período foi a 3977 -


Intervenções em Saneamento Ambiental, com um gasto de R$ 2,75
milhões, representou 79,1% do total liquidado nos quatro primeiros
meses de 2018. Seguida da ação 3979 - Cidades Sustentáveis, cujo
montante liquidado foi de R$ 661,04 mil (19,0% do total).

Tabela 33 - Ìndice FECAM


Em R$

ÓRGÃO EXECUTOR AÇÃO/INVESTIMENTO Total


SEA 3977 - Intervenções em Saneamento Ambiental / Fecam 1.691.854
3977 - Intervenções em Saneamento Ambiental / Fecam 1.056.211
INEA
3979 - Cidades Sustentáveis 661.037
OUTRAS AÇÕES 364.143
RESTOS A PAGAR PROCESSADOS CANCELADOS -300.481
Total Geral 3.472.763
Fonte: SIAFE Rio / Flexvision

Obs: Dados extraídos em 18/05/2018

 FEHIS

O Fundo Estadual de Habitação e de Interesse Social (FEHIS) é


financiado com 10% dos recursos oriundos do Fundo Estadual de
Combate à Pobreza (FECP – FR 122) aplicados na área de
habitação. Neste início de exercício, o Fundo apresentou um
comprometimento de R$ 9,02 milhões (despesa empenhada),
conforme apresenta a Tabela 34.

62
Tabela 34 - FEHIS

A SEASDH destacou-se com a concessão de aluguéis sociais para


famílias residentes nos municípios de Niterói, São Gonçalo,
comunidade de Manguinhos e para aquelas residentes na Região
Serrana (R$ 6,59 milhões). O restante da despesa foi executado pela
SEOBRAS, na urbanização de comunidades como o Pavão-
Pavãozinho e Bom Jardim (R$ 2,43 milhões).

63
VI – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

VI.1 Cota Financeira


Tabela 35
O pagamento de folha de pessoal foi o objetivo prioritário do
ACOMPANHAMENTO DOS GASTOS ATÉ
Governo do Estado do Rio de Janeiro durante os anos de ABRIL DE 2018
fragilidade das finanças estaduais. Por isso, há redução nas R$ Milhões

liberação de cotas financeiras para o pagamento das DESP. COTA FIN. COTA FIN. DESP.
LIQUIDADA LIBERADA UTILIZADA PAGA
obrigações relativas a custeio e investimento das unidades (A) (B) (C) (D)
administrativas. 1.984 1.022 730 958
(B)/(A) (C)/(A) (C)/(B) (D)/(C)
As cotas liberadas no primeiro quadrimestre de 2018 51,5% 36,8% 71,5% 131,2%
Fonte: SIAFE-RIO
representaram 36,8% das despesas liquidadas e desse total,
Obs: Posição acumulada até ABR/2018
71,5% foram utilizadas. As despesas pagas representaram
131,2% das cotas utilizadas.

Com relação as Programações de Desembolso (PD), as


Tabela 36
áreas prioritárias de assistência social e segurança
consumiram 74,5% e 70,6% das cotas liberadas, ACOMPANHAMENTO DOS GASTOS ATÉ ABRIL DE 2018 POR ÁREAS
respectivamente, conforme demostrado na Tabela 36.
R$ MILHÕES
DESP. COTA FIN. COTA FIN. DESP.
No quadrimestre, o Tesouro Estadual executou o ÁREAS LIQUIDADA LIBERADA UTILIZADA PAGA
equivalente a 131,2% das PDs existentes, o que significa (A) (B) (C) (D)
EDUCAÇÃO 22 37 17 16
que houve pagamento de restos a pagar e de despesas do
SAÚDE 443 426 298 287
exercício de 2018. SEGURANÇA 875 160 113 151
ASSISTÊNCIA SOCIAL 7 5 4 2
DEMAIS ÁREAS 637 394 299 501
VI.2 Pagamento de PD´s TOTAL GERAL 1.984 1.022 730 958
Fonte: SIAFE-RIO

O prazo médio de pagamento no quadrimestre foi de 9 dias. Obs: Posição acumulada até ABR/2018

Grande parte dos pagamentos, cerca de 93,6%, ocorreu em ÁREAS (B)/(A) (C)/(A) (C)/(B) (D)/(C)
até 20 dias. Os pagamentos de 21 até 30 dias EDUCAÇÃO 166,9% 77,7% 46,5% 92,5%
SAÚDE 96,2% 67,2% 69,9% 96,3%
representaram 4,2% do total e acima de 30 dias, 2,2%.
SEGURANÇA 18,3% 12,9% 70,6% 134,4%
ASSISTÊNCIA SOCIAL 69,9% 52,1% 74,5% 55,2%
DEMAIS ÁREAS 61,8% 46,9% 75,8% 167,9%
TOTAL GERAL 51,5% 36,8% 71,5% 131,2%
Fonte: SIAFE-RIO
Obs: Posição acumulada até ABR/2018
VI.3 Adimplemento de concessionárias e prestadores de
Serviços Públicos

Uma medida que colabora para a eficiência na conciliação das


despesas com serviços públicos e celeridade dos pagamentos é o
emprego do Sistema Integrado de Pagamento de Concessionárias –

64
SIPC. Este sistema centraliza os procedimentos de execução
orçamentária e financeira das despesas efetuadas pelos entes
estaduais com serviços públicos essenciais, e abarca atualmente 19
concessionárias.

Gráfico 9
Considerando o faturamento acumulado de 2018 de R$ 101,08
milhões referentes a serviços essenciais, R$ 1,748,86 mil, ou Participação dos órgãos no faturamento total SIPC
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
seja, 2,0 % do total foram adimplidos.
Secretaria de Estado de Educação
Secretaria de Estado de Saúde
O Governo do Estado, preocupado em sanar a grande
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
inadimplência junto às concessionárias de serviços públicos Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
devido as restrições orçamentárias e financeiras impostas pelo Secretaria de Estado de Admin.Penitenciária
Fundação Universidade do Estado do RJ
cenário econômico atual, apresentou à ALERJ o Projeto de Lei nº
Fund de Apoio à Escola Técnica do Est do RJ
4129/18, que trata de compensação de dívidas líquidas e certas Fund Univ Est Norte Fluminense Darcy Ribeiro

do Estado do Rio de Janeiro com concessionárias ou Secretaria de Estado de Fazenda


Secretaria de Estado de Obras
autorizatárias por conta da prestação de serviço público de
Superintendência de Desportos do Estado do RJ
telecomunicações, de fornecimento de energia elétrica e de Secretaria de Estado de Segurança

fornecimento de gás canalizado, permissionárias de serviços de OUTROS 40 ÓRGÃOS

transportes rodoviários intermunicipais de passageiros e com


empresas fornecedoras de combustíveis ao Estado.

VI.3.1 Características de Consumo Gráfico 10

Analisando-se o consumo de energia elétrica em kWh (Light e Faturamento kWh 2018


Ampla) no primeiro quadrimestre, verifica-se redução global de
12
11,22%, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
10

Quanto ao estudo de alta tensão, observou-se que, de janeiro a


8
kWh

abril de 2018, R$ 7,58 milhões foram gastos com demanda de alta


LIGHT
Milhões

6
tensão, sendo R$ 5,57 milhões de demanda contratada e R$ 2,01
AMPLA
milhões de demanda ultrapassada. 4

2
Na área de comunicação, o Estado utiliza vários serviços, como
-
telefonia fixa, telefonia móvel, transmissão de dados e transmissão 1º BIM 2º BIM 3º BIM 4º BIM 5º BIM 6º BIM
de dados wireless.

No tocante aos serviços de telefonia fixa, os quais são prestados


pela Oi/Telemar, observa-se que, de janeiro a abril de 2018, a
média do faturamento foi de R$ 400,93 mil.

Quanto aos serviços de telefonia móvel, os serviços estão sendo


automaticamente substituídos pela operadora Claro S.A., antes

65
prestados pela operadora TIM, que manteve as linhas ativas dos Tabela 37
órgãos do Governo do RJ até o dia 23 de março de 2018.
R$ mil
FAVORECIDOS 1º Quadrim /18
Em relação aos serviços de transmissão de dados e sem fio, a
ÁGUAS DAS AGULHAS NEGRAS 90
Oi/Telemar aderiu ao SIPC para quitação das faturas por meio de
ÁGUAS DE NITERÓI 2.377
descentralização. Após a implementação das rotinas necessárias, o ÁGUAS DE NOVA FRIBURGO 118
faturamento abarcado pelo SIPC em 2018 somou R$ 11,66 milhões, ÁGUAS DO IMPERADOR 115
tendo sido quitado 1,38%. ÁGUAS DO PARAÍBA 2.898
CEDAE 34.336
Na área de distribuição de água e esgoto, no primeiro quadrimestre, FÓZ ÁGUAS 6.047

R$ 47,30 milhões foram faturados. Como ilustração, a CEDAE C. ÁGUAS DE JUTURNAÍBA 516
PROLAGOS 201
compreende cerca de 75% deste total.
SAAE/B. MANSA 206
SAAE/V. REDONDA 396
VI.4 Requisições Judiciais de Pagamento Total Faturado 47.302
Fonte: Faturamento enviado pelas Concessionárias
Precatórios

Em 2016, não foi possível desembolsar recursos para pagamento dos


precatórios, devido à grave crise financeira que o Estado enfrenta.

Em 2017, em 10 de novembro, publicou-se a Lei nº 7.781, que


cancelou os pagamentos dos precatórios e requisições de pequeno
valor estaduais depositados há mais de 3 anos, para a utilização
desses recursos em pagamentos de novos precatórios.

Com isso, em 05 de dezembro de 2017, o Estado fez o repasse de


R$ 1,14 bilhão ao Tribunal de Justiça para pagamentos de
precatórios estaduais, correspondente a parcela devida no Regime
Especial de Pagamento, consoante a Emenda Constitucional nº 94,
de 15 de dezembro de 2016.

Em 07 de dezembro de 2017, o Governador do Estado e o Presidente


do Tribunal de Justiça firmaram acordo de repasses mensais pelo
Estado ao Tribunal de Justiça, no valor de R$ 87,85 milhões, para
pagamento de precatórios, por meio de bloqueio de recursos do FPE,
a partir de janeiro de 2018.

Em 14 de dezembro de 2017, publicou-se a Emenda Constitucional nº


99, que prorrogou o prazo do Regime Especial de Pagamento de
Precatórios para quitação do estoque de precatórios até o exercício
de 2024.

66
Até abril de 2018, o estoque de precatórios expedidos contra o
Estado do Rio de Janeiro foi de R$ 3,39 bilhões, dos quais R$ 3,25
bilhões foram inscritos até o orçamento de 2018.

A gestão dos recursos destinados aos pagamentos dos precatórios é


feita pelo Tribunal de Justiça, que rateia os recursos com o Tribunal
Regional do Trabalho e o Tribunal Regional Federal, e aos seus
critérios, realizam os pagamentos, e posteriormente informam a
Secretaria de Fazenda e Planejamento para contabilização do
pagamento e baixa da obrigação nas contas patrimoniais.

Requisições de Pequeno Valor – RPV

No 1º quadrimestre de 2018, não foram pagas requisições de


pequeno valor pelo Tesouro Estadual.

Até abril de 2018, o montante de requisições de pequeno valor


pendentes de pagamento foi de aproximadamente R$ 78 milhões.

Total de Requisições Judiciais de Pagamento

No primeiro quadrimestre de 2018, R$ 163,47 milhões, oriundos de


bloqueios do FPE, para pagamentos de precatórios, foram
repassados ao Tribunal de Justiça.

Como os pagamentos pelos Tribunais ainda não foram realizados, até


abril de 2018, o passivo dos precatórios e requisições de pequeno
valor equivale a aproximadamente R$ 4 bilhões.

VI.5 Evolução da Dívida Financeira do Estado do Rio de Janeiro e


de seu Dispêndio com a Dívida Pública

O Tesouro Estadual desembolsou R$ 211,78 milhões com o serviço


17
da dívida no 1° quadrimestre de 2018, 80,1% inferior ao valor pago
no mesmo período do ano anterior.

Esta variação foi influenciada pela adesão, por parte do Estado do


Rio de Janeiro, ao Regime de Recuperação Fiscal, em 05 de
setembro de 2017, de acordo com a Lei Complementar nº 159, de 19
de maio de 2017.

17
Serviço da Dívida pago com as fontes do Tesouro Estadual.

67
De acordo com o artigo 9º da LC 159/2017, a União concederá
redução extraordinária integral das prestações relativas aos contratos
de dívidas administrados pela Secretaria do Tesouro Nacional, por
prazo igual ou inferior ao estabelecido para a vigência do Regime de
Recuperação Fiscal. Nesse caso, o Plano de Recuperação do Estado
aprovado tem como premissa o prazo de 3 anos para previsão de
redução extraordinária das dívidas devidas.

Ademais, o Estado não está sendo executado, pela União, em


relação ao inadimplemento em operações de crédito com o sistema
18
financeiro e instituições multilaterais, garantidas pela União .

Gráfico 11

O pagamento da dívida da Administração Indireta, honrada com


19
recursos do Tesouro Estadual, alcançou R$ 4,73 milhões, 246,7%
superior ao 1º quadrimestre de 2017. O aumento ocorreu devido à
inclusão na Dívida do Estado de novos parcelamentos da
Administração Indireta com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional.

18
No artigo 17º, da Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017, é previsto que durante a vigência do Regime de
Recuperação Fiscal, na hipótese de inandimplência em operações de crédito com o sistema financeiros e instituições
multilaterais, garantidas pela União e contratadas em data anterior à homologação do pedido de adesão ao Regime de
Recuperação Fiscal, fica a União impedida de executar as contragarantias ofertadas.

19
A Administração indireta honrada com recursos do Tesouro Estadual é formada pelas entidades que não têm recursos
próprios para honrar suas dívidas. As demais entidades, como CODERTE e CEPERJ, por possuírem fontes de receitas próprias,
não são citadas no quadro do serviço da dívida.

68
Tabela 38
Dispêndio com a Dívida Pública (Adm. Dir. + Adm. Ind. Honradas)
∆ % do
1º Quad. 2017 1º Quad. 2018 total
Principal Encargos Total Principal Encargos Total
ADM. DIRETA 515.041 545.991 1.061.032 168.526 38.517 207.043 -80,49%
INTERNA 409.366 492.059 901.425 168.526 38.517 207.043 -77,03%
EXTERNA 105.675 53.932 159.608 - - - -100,00%
ADM. INDIRETA HONRADA 1.051 314 1.365 4.158 574 4.732 246,73%
TOTAL 516.092 546.305 1.062.397 172.684 39.091 211.775 -80,07%

Dívida Financeira x Receita Líquida Real

No primeiro quadrimestre, o estoque da Dívida Financeira


alcançou R$ 139,79 bilhões, superior em 27,8% ao mesmo Gráfico 12 - Composição por índices de correçao
período do ano anterior. A variação foi decorrente do ingresso
de recursos de operação de crédito contratada no âmbito do
Regime de Recuperação Fiscal, pela atualização dos saldos
20
devedores , conforme cláusulas específicas dos contratos,
incorporação dos juros e encargos não honrados e do
recálculo do Contrato de Refinanciamento da Lei nº
21
9.496/97 .

O estoque da dívida interna cresceu 30,7%, quando


comparado ao mesmo período do ano anterior pelos motivos
explanados acima.

O estoque da dívida externa, que corresponde a 8,7% do total da


dívida financeira, encerrou o 1º quadrimestre de 2018 com saldo de
R$ 12,23 bilhões, ou seja, 3,2% superior ao 1º quadrimestre de 2017,
22
consequência da desvalorização do real frente ao dólar .

20
O contrato de Assunção de Dívidas do BERJ, segundo maior contrato do Estado, é corrigido pelo IGP-DI do mês anterior, o
qual no 1º quadrimestre fechou em 0,6% (IGP-DI de jan/18 a abr/18) e nos últimos 12 meses (de mai/17 a abr/18) em 2,0%.
21
Em 22 de dezembro de 2017, o Estado do Rio de Janeiro aderiu ao Plano de Auxílio aos Estados e Municípios, conforme Lei
Complementar nº 156, de 28 de dezembro de 2016 que prevê no §8º, art 1º que a concessão de prazo adicional depende da
desistência de ações judiciais que tenham por objeto a dívida ou o contrato renegociado.

22
A cotação do dólar (US$) no dia 30 de abril de 2018 foi de 3,4811. Ou seja, 8,8% superior a cotação do dia 30 de abril de
2017 que foi de 3,1984.

69
O saldo devedor da dívida da Administração Indireta Tabela 39
fechou o 1º quadrimestre de 2018 em R$ 213,55 milhões, R$ mil
DÍVIDA FINANCEIRA X RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 2018
expandindo 79,6% em relação ao saldo verificado em
1º Quad. 2017 1º Quad. 2018 Δ%
abril de 2017. O aumento ocorreu devido à adesão, pelo DÍVIDA FUNDADA TOTAL 109.369.787 139.786.218 27,81%
Estado, aos parcelamentos com a Procuradoria–Geral da INTERNA 97.408.728 127.345.398 30,73%
Fazenda Nacional e Secretaria da Receita Federal, de Dívida com a União 76.331.772 102.991.919 34,93%
Outras Dívidas Contratuais 21.076.956 24.353.479 15,55%
acordo com as Leis nº 13.485, de 02 de outubro de 2017
EXTERNA 11.842.155 12.227.268 3,25%
e nº 13.496, de 24 de outubro de 2017. Com Aval do Tesouro Nacional 11.837.371 12.222.020 3,25%
Mobiliária 4.784 5.248 9,70%
ADM INDIRETA - CUSTEADA (F.TESOURO) 118.904 213.552 79,60%
DÍVIDA FINANCEIRA 109.369.787 139.786.218 27,81%
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 50.194.045 52.260.893 4,12%
RELAÇÃO DÍVIDA FINANCEIRA / RCL 2,18 2,67 22,76%
Valores a preços correntes.

Perfil da Dívida Financeira


Gráfico 13
A parcela pré-fixada da Dívida Financeira representou
81,7% do estoque, dos quais 71,8% encontra-se vinculado
a taxas de juros fixadas entre 4,1% e 6,0%. A taxa média
dos contratos é de 6,0%.

No tocante ao cálculo do total do serviço a pagar até 2043,


23
os vencimentos de curto prazo representam 0,5% e,
desse percentual, 7,3% está exposto a taxas variáveis. Isso
ocorre devido à suspensão do pagamento dos contratos
administrados pela STN e os contratos com garantia da
União, no âmbito do Regime de Recuperação Fiscal.
Tabela 40
COMPOSIÇÃO DO ESTOQUE POR FAIXAS DE TAXA DE JUROS
O Gráfico 13 apresenta o serviço a pagar por natureza da R$ mil

operação. Com a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, Prefixado


Taxa de Juros (%) Estoque Estoque/ Subtotal Estoque/ Total
as contas gráficas são destaque entre 2020 e 2026, período 0-2 1.190.001 1,04% 0,85%
2,1 - 4 146.392 0,13% 0,10%
no qual o Estado deve quitar os valores que se encontram 4,1 - 6 100.277.757 87,89% 71,80%
acima de 6,1 12.482.206 10,94% 8,94%
suspensos até 2020. O maior credor do Estado é a União. Subtotal 114.096.356 100,00% 81,69%
Pósfixado
24 Taxa de Juros (%) Estoque Estoque/ Subtotal Estoque/ Total
O prazo médio de amortização atingiu 15,8 anos e o prazo 0-2 6.989.181 27,34% 5,00%
25 2,1 - 4 5.860.713 22,92% 4,20%
médio de repactuação , 14,4 anos.
4,1 - 6 10.817.274 42,31% 7,75%
acima de 6,1 1.900.000 7,43% 1,36%
Subtotal 25.567.167 100,00% 18,31%
Total 139.663.523 100,00%

23
Dívidas vincendas até o exercício seguinte.
24
Prazo médio de Amortização – Período médio ponderado entre o bimestre e as amortizações vincendas (excluindo as contas
gráficas no Regime de Recuperação Fiscal).

70
A Tabela 41 representa o montante da Receita Corrente Tabela 41
Líquida comprometido com o pagamento do serviço da dívida Em R$ milhões
de 2018 a 2026, ao fim do pagamento das contas gráficas Serviço da Receita Corrente Serviço/RCL
ANO
resultantes do Regime de Recuperação Fiscal. Com o retorno Dívida Líquida (%)
2018 766,58 57.296,99 1,34%
dos pagamentos do serviço da dívida, o Estado, em 2023,
2019 379,95 62.066,96 0,61%
30% da RCL estará comprometida com o pagamento de 2020 8.011,79 65.820,19 12,17%
2021 13.560,31 69.520,26 19,51%
dívidas. 2022 19.926,57 76.124,83 26,18%
2023 24.216,82 76.162,03 31,80%
O Gráfico 14 apresenta a projeção do estoque da dívida em 2024 22.521,91 81.188,72 27,74%
2025 21.698,33 86.547,18 25,07%
relação ao RCL, cujo limite de endividamento equivale a 200% 2026 16.380,29 92.259,29 17,75%
da RCL e é definido na Lei de Responsabilidade Fiscal e
nas Resoluções do Senado Federal. Devido à adesão ao Gráfico 14

Regime de Recuperação Fiscal, o Estado está suspenso


de cumprir a relação durante sua vigência. De acordo com
nossas estimativas, o retorno ao enquadramento ao limite
legal está previsto para 2025, dois anos após o término do
Regime de Recuperação Fiscal considerando sua
prorrogação.

Análise de Sensibilidade Por Variável Chave

A análise de sensibilidade tem por objetivo mensurar as mudanças no


serviço e no estoque da dívida pública, dada uma oscilação em
variáveis-chaves, tais como taxas de câmbio e taxas de juros.

25
Prazo médio de Repactuação de Taxas – Período médio ponderado entre o bimestre e as amortizações vincendas,
considerando o prazo de repactuação das taxas flutuantes (pós-fixadas) (excluindo as contas gráficas no Regime de
Recuperação Fiscal).

71
Tabela 42

CENÁRIO ATUAL CENÁRIO OTIMISTA CENÁRIO PESSIMISTA


R$ mil R$ mil R$ mil
Índices % ESTOQUE Índices % ESTOQUE Índices % ESTOQUE
IGP-DI 9,27% 13.972.675,54 IGP-DI 8,86% 13.029.895,65 IGP-DI 9,85% 15.209.898,68
CAM 60,88% 91.723.361,06 CAM 60,59% 89.139.913,64 CAM 61,05% 94.292.281,56
DÓLAR 17,83% 26.867.985,31 DÓLAR 18,26% 26.867.985,31 DÓLAR 17,40% 26.867.985,31
TR 0,93% 1.401.189,83 TR 0,95% 1.401.189,83 TR 0,91% 1.401.189,83
TJLP 5,42% 8.162.773,92 TJLP 5,55% 8.162.773,92 TJLP 5,28% 8.162.773,92
LIBRA 0,00% 5.278,45 LIBRA 0,00% 5.278,45 LIBRA 0,00% 5.278,45
IENE 0,09% 142.876,53 IENE 0,10% 142.876,53 IENE 0,09% 142.876,53
SELIC 1,98% 2.985.615,38 SELIC 2,03% 2.985.615,38 SELIC 1,93% 2.985.615,38
IPCA 2,17% 3.275.255,24 IPCA 2,23% 3.275.255,24 IPCA 2,12% 3.275.255,24
S/ CORREÇÃO 1,40% 2.114.143,00 S/ CORREÇÃO 1,44% 2.114.143,00 S/ CORREÇÃO 1,37% 2.114.143,00
TOTAL 100,00% 150.651.154 TOTAL 100,00% 147.124.927 TOTAL 100,00% 154.457.298
abr/19 abr/19 abr/19

Coeficiente de Atualização Monetária – CAM

A partir da série histórica de 5,0 anos do coeficiente de


atualização divulgado pela STN, utilizando o cálculo de Gráfico 15

duas vezes o desvio padrão para se chegar a um ESTOQUE X CENÁRIOS


intervalo de 95% de confiança, foram construídos os 165,00
150,65
R$ Milhões

154,46
155,00
147,12
cenários otimista e pessimista com variação acumulada 145,00
135,00
de 2,1%a.a. e 5,8%a.a., respectivamente. Considerando 125,00
os possíveis cenários de variação da projeção do CAM, 115,00
105,00
ocorre uma diferença na dívida atrelada a esse índice, 95,00
85,00
em valores absolutos, entre o cenário otimista e 75,00
65,00
pessimista de aproximadamente R$ 5,1 bilhões,
55,00
passando, no total da dívida, de 60,59% no cenário abr/19 CENÁRIO ATUAL CENÁRIO OTIMISTA CENÁRIO PESSIMISTA

otimista para 61,05% no cenário pessimista.

IGP-DI

A partir da série histórica de 10 anos do IGP-DI, utilizando o cálculo


de duas vezes o desvio padrão para se chegar a um intervalo de 95%
de confiança, foram construídos os cenários otimista e pessimista
com variação acumulada de -1,1%a.a. e 10,7%a.a., respectivamente.
Considerando os possíveis cenários de variação da projeção do IGP-
DI, ocorre uma diferença na dívida atrelada a esse índice, em valores
absolutos, entre o cenário otimista e pessimista de aproximadamente

72
R$ 2,18 bilhões, passando, no total da dívida, de 8,86% no cenário
otimista para 9,85% no cenário pessimista.

Quando observada a composição total da dívida por índices, nota-se


uma variação absoluta de R$ 7,33 bilhões entre o cenário otimista e
pessimista e, em valores relativos de 5%.

Moeda Estrangeira e Libor

No período de 12 meses, o estoque da dívida atrelado ao


Tabela 43
dólar norte-americano passou de R$ 19,36 bilhões para R$ mil
R$ 25,27 bilhões e de 20,1% para 18,1 %, no total da Variável Chave Variação Estoque %
MOEDA ESTRANGEIRA
composição da dívida. Essa queda deu-se em
Dólar Americano +10% +2.655.953,57 +1,798
consequência da inclusão na dívida interna dos saldos não Iene Japonês +10% +8.514,74 +0,006
pagos em conta gráfica a pagar à União.

A tabela 9 demonstra o quanto varia o estoque da dívida no período


de 12 meses, em função de uma oscilação de dez pontos percentuais
(10%) nas variáveis-chaves.

Analisando-se o estoque ao final dos próximos 12 meses, conforme


tabela 5, observa-se que um aumento de 10% no dólar americano e
no iene japonês, gera um aumento de no máximo 1,8 % e 0,01% em
relação ao estoque vinculado a essas moedas, respectivamente.

Receita de Operações de Crédito

A liberação de R$ 923,60 milhões de receita oriunda de operações de


crédito nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril equivale a:

 R$ 900,00 milhões referentes à Antecipação da Receita da


CEDAE (recursos provenientes do BNP - PARIBAS); e

 R$ 23,60 milhões destinados ao Financiamento Adicional ao


Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias
Hidrográficas (recursos provenientes do BIRD).

73
Tabela 44
Cronograma de Liberações
Operações Contratadas, Autorizadas e em Tramitação na STN e no Senado Federal
Data: 30/04/2018 R$ mil
2018 2019/24
Liberado (¹) a Liberar (²) a Liberar (²)
1. Operações de Crédito Contratadas 923.604 1.851.495 1.096.826
Operações contratadas com o Sistema Financeiro Nacional 900.000 610.654 36.273
1. SANEAMENTO PARA TODOS I - CAIXA - 214.575 34.347
2.CONTRAPARTIDA PAC - CAIXA - 18.114 1.926
3. PROGRAMA SANEAMENTO P TODOS II - CAIXA - 314.404 -
4. PROCOI - CAIXA - 63.561 -
5. ANTECIP. CEDAE - BNP 900.000 - --
Demais 23.604 1.240.841 1.060.553
6. PET II - BIRD - 22.723 1.254
7. PRODETUR - BID - 137.469 107.995
8. PSAM - BID - 595.420 624.033
9. PET II Adicional - BIRD - 396.527 327.271
10. RIO RURAL ADICINAL FA - BIRD 23.604 88.703 -
2. Operações de Crédito Autorizadas e em Tramitação - - -
3. Operações de Crédito a Contratar Incluídas no PAF - 1.989.210 -
Total 923.604 3.840.705 1.096.826
Fonte: SOC - Sistema de Operações de Crédito, 2018.
(1) Valores realizados em 2018, a preços correntes
(2) Contém o valor total a ser liberado das operações de crédito contratadas, a preços de ABR/2018

Tabela 45

Liberações ocorridas dos Contratos em Fase de Desembolso


Data: 30.04.2018
DATA DA INSTITUIÇÃO ORGÃO MOEDA VALORES EM MOEDA CONTRATUAL VALORES EM REAIS
OPERAÇÃO %
ASSINATURA FINANCEIRA EXECUTOR CONTRATUAL CONTRATADO LIBERADO CONTRATADO LIBERADO
2009
07/07/2009 SANEAMENTO P/ TODOS I CAIXA CEDAE REAL 558.000.000,00 312.204.404,90 56% 558.000.000,00 312.204.404,90
24/09/2009 PET II BIRD SETRANS DÓLAR 211.700.000,0000 204.812.405,46 97% 747.470.360,00 396.769.308,74
2010
24/06/2010 CONTRAPARTIDA PAC CAIXA SEOBRAS URTJLP 307.002.052,90 296.848.677,73 97% 625.038.987,59 586.006.600,71
2011
08/08/2011 PRODETUR BID SEOBRAS DÓLAR 112.000.000,00 41.486.692,47 37% 395.449.600,00 100.942.714,48
2012
20/03/2012 PSAM BID SEA DÓLAR 451.980.000,00 101.673.000,00 22% 1.595.850.984,00 297.005.905,80
22/06/2012 SANEAMENTO P TODOS II CAIXA CEDAE REAL 415.372.248,98 100.968.042,49 24% 415.372.248,98 100.968.042,49
05/09/2012 PET II Adicional BIRD SETRANS DÓLAR 600.000.000,00 392.077.859,95 65% 2.118.480.000,00 1.245.116.043,94
20/12/2012 PROCOI CAIXA SEOBRAS REAL 1.199.871.427,00 1.136.310.761,55 95% 1.199.871.427,00 1.136.310.761,55
2013
22/02/2013 INCLUSÃO SOCIAL BID SEELJE DÓLAR 60.000.000,00 20.102.483,24 34% 211.848.000,00 62.757.422,65
19/08/2013 RIO RURAL ADICIONAL FA BIRD SEAPEC DÓLAR 100.000.000,00 34.518.666,87 35% 353.080.000,00 110.480.130,56
2014
30/04/2014 PRÓ - GESTÃO II BIRD SEOBRAS DÓLAR 48.000.000,00 9.923.031,07 21% 169.478.400,00 30.246.060,24
2017
15/12/2017 ANTECIPAÇÃO RECEITA - CEDAE BNP PARIBAS SEFAZ REAL 2.900.000.000,00 2.900.000.000,00 100% 2.900.000.000,00 2.900.000.000,00
Fonte: Sistema de Operações de Crédito - SOC / SEFAZ

74
Gráfico 16
OPERAÇÕES CONTRATADAS EM FASE DE DESEMBOLSO
PERCENTUAL LIBERADO POR CONTRATO
2017

ANTECIPAÇÃO RECEITA - CEDAE


2013

RIO RURAL ADICIONAL FA

PROCOI

PET II Adicional
2012

SANEAMENTO P TODOS II

PSAM
2011

PRODETUR
2010

CONTRAPARTIDA PAC

PET II
2009

SANEAMENTO P/ TODOS I

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Sistema de Operações de Crédito - SOC / SEFAZ

26
VI.6 Acompanhamento Financeiro de Convênios

O Estado do Rio de Janeiro encerrou o 1º Quadrimestre de 2018 com


27
343 convênios de despesa e 177 convênios de receita vigentes .
Entre os convênios de despesa, os mais importantes para o Estado
28
são aqueles celebrados no âmbito do Programa Somando Forças .
Na esfera dos convênios de receita, o Programa de Aceleração do

26
Os dados utilizados nesta seção foram extraídos de relatórios do Sistema Integrado de Administração Financeira do Estado do
Rio de Janeiro - SIAFE-Rio.
27
Convênios de Receita são aqueles em que órgãos ou entidades da administração pública federal aportam receitas ao Estado.
Convênios de Despesa são aqueles em que o Estado do Rio de Janeiro destina seus recursos à disposição das Prefeituras
Municipais e/ou Entidades não Governamentais. Contempla, ainda, as parcerias realizadas por meio de termos de fomento e
colaboração, em conformidade com a Lei Federal nº 13.019/2014, que entrou em vigor em 23 de janeiro de 2016.
28 Decreto nº 42.384, de 29 de março de 2010

75
29
Crescimento Econômico – PAC engloba os investimentos de maior
relevância.
Os Convênios de Despesa vigentes, abrangendo programas em
infraestrutura, saúde, educação, esporte e lazer, encerram o 1º
quadrimestre de 2018 com o montante total de R$ 4,26 milhões.
Os Convênios de Receita vigentes, abrangendo programas em
segurança, infraestrutura, saúde, educação, esporte e lazer,
encerram o 1º quadrimestre de 2018 com o montante total de R$ 5,13
bilhões.

VI. 7 Análise de Viabilidade Econômica de PPP

O Estado do Rio de Janeiro inicia o ano de 2018 com o grande


desafio de superar as restrições financeiras de grande magnitude,
honrar seus compromissos financeiros tempestivamente, tentando
manter algum nível de investimento. Para tanto, busca-se incrementar
as receitas estaduais captando recursos em forma de operações de
crédito, Parcerias Público-Privadas, entre outras. Nesse contexto, o
Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas – PROPAR,
destinado a disciplinar e promover a realização de Parceria Público-
Privada (PPP) no âmbito da Administração Pública do Estado do Rio
de Janeiro, encerra o ano de 2017 com 02 (dois) Procedimentos de
Manifestação de Interesse para obtenção de estudos técnicos com
vistas à consolidação e modelagem de projetos de Parceria:
• PPP Saneamento: Projeto destinado à prestação de serviços
de saneamentos a regiões da Baixada Fluminense e Bacia do
Rio Guandu, beneficiando uma população de 12 milhões de
pessoas. O intuito é alcançar de forma progressiva a total
despoluição da Baía de Guanabara. Os estudos técnicos estão
sendo elaborados pela Empresa Brasileira de Projetos – EBP.
• PPP Ilha Grande: Projeto destinado à prestação de serviço de
apoio a gestão, conservação e visitação pública das Unidades
30
de Conservação , da Ilha Grande.

29
Lei nº 11.578/2007 regula a transferência obrigatória de recursos financeiros federais para Estados, DF e Municípios, para
execução das ações do PAC, cuja descentralização seja do interesse da União.

76
Alinhado com as estratégias do Governo do Estado, no 1º
quadrimestre de 2018, o Conselho Gestor do Programa Estadual de
Parcerias Público-Privadas (CGP) decidiu publicar um Edital de
Chamamento Público de PMI para concessão de rodovias estaduais e
discutir sobre o andamento dos demais projetos de PPP.
A estruturação de PPP, que faz parte de um conjunto de estratégia do
Governo do Estado para o desenvolvimento econômico e social do
Estado, compreende uma série de procedimentos e estudos
complexos que permitem verificar a viabilidade técnica, econômico-
financeira e jurídica da concessão. De modo que, somente quando os
projetos estiverem com suas modelagens econômico-financeiras
estabelecidas, será possível verificar se o mesmo agrega de forma
positiva valor para a sociedade, considerando para tanto seus custos
e benefícios.
Nesse quadrimestre, a única PPP do Estado em execução, Contrato
Casa Civil nº 27/2013, cujo objeto compreende a concessão
administrativa de serviços de gestão, operação e manutenção dos
Estádios Maracanã e Maracanãzinho, permaneceu em processo de
reequilíbrio econômico-financeiro em andamento na Câmara FGV de
31
Conciliação e Arbitragem , obedecendo às diretrizes previstas na Lei
Federal nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.

VI.8 Captação de Recursos

No primeiro quadrimestre de 2018, no que tange à captação de


recursos, área responsável por identificar, fomentar e negociar as
contratações de operações de crédito para o Estado do Rio de

30
À luz do art. 2º, I da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC),
uma Unidade de Conservação é um “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as aguas jurisdicionais, com
características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público com objetivos de conservação e limites definidos,
sob regime especial de administração ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.”

31
“A Câmara FGV de Mediação e Arbitragem é presidida pelo Presidente da Fundação Getúlio Vargas, assistido, em suas
funções, por dois Vice-Presidentes egressos do Conselho Diretor da Instituição. Completam a Direção da Câmara um Diretor
Executivo, um Diretor Jurídico e o Presidente da Comissão de Arbitragem, tal como previsto no respectivo Regulamento.
A função precípua da Câmara é a de administrar e monitorar os procedimentos da mediação e o arbitral, garantindo que todas as
suas fases e prazos sejam cumpridos rigorosamente de acordo com os respectivos regramentos.”, informa a Fundação Getúlio
Vargas.

77
Janeiro, cabe destacar a publicação das Leis Estaduais nº 7.940 e
7.941, de 17 de abril de 2018 e 20 de abril de 2018, respectivamente.
O teor da primeira Lei autoriza a contratação de operação de crédito
pelo Estado do Rio de Janeiro de R$ 250 milhões junto a instituições
financeiras nacionais ou internacionais, organismos multilaterais e
bilaterais de crédito, agências de fomento ou agência multilateral de
garantia de financiamentos, destinado à modernização da área de
tecnologia da informação da Secretaria do Estado de Fazenda e
Planejamento.
Quanto à segunda Lei, autoriza-se a contratação de operações de
crédito com garantia da União, até o valor de R$ 200 milhões, junto a
instituições financeiras nacionais ou internacionais, organismos
multilaterais e bilaterais de crédito, agências de fomento ou agência
multilateral de garantia de financiamentos no âmbito da
reestruturação administrativa, destinado à reestruturação da
administração pública do Estado do Rio de Janeiro.
Após as referidas publicações, a Subsecretaria de Finanças vem
efetuando os procedimentos necessários para seleção de instituição
credora da operação que financiará o projeto de modernização da
área de tecnologia da informação da Secretaria do Estado de
Fazenda e Planejamento. Destaque-se que a operação em comento,
assim como as demais previstas, estão incluídas no Plano de
Recuperação Fiscal do Estado do Rio de Janeiro.

78
Glossário

32
- Receitas correntes : são os ingressos de recursos financeiros
oriundos das atividades operacionais que não decorrem de uma
mutação patrimonial, ou seja, são receitas efetivas.

As receitas correntes são classificadas nos seguintes níveis de


33
origem :

a) Receita Tributária: Arrecadação de impostos, taxas e


contribuições de melhoria.

b) Receita de Contribuições: Contribuições sociais, de


intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas.

c) Receita Patrimonial: Rendimentos sobre investimentos do


ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em
operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de
ativos permanentes.

d) Receita Agropecuária: Receita da atividade ou da exploração


agropecuária de origem vegetal ou animal.

e) Receita Industrial: Receita da atividade industrial de extração


mineral, de transformação, de construção e outras, definidas como
atividades industriais, de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE.

f) Receita de Serviços: Receita da prestação de serviços de


transporte, saúde, comunicação, portuária, armazenagem,
inspeção e fiscalização, judiciária, processamento de dados,
vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da
entidade e outros serviços.

g) Transferência Corrente: Ingresso proveniente de outros entes


ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou
entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora,
efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem
qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em
despesas correntes.

32
Fonte: Manual de Procedimentos de Receitas Públicas do Tesouro Nacional, página 24, 4ª Edição.
33
Fonte: Manual de Procedimentos de Receitas Públicas do Tesouro Nacional, página 25, 4ª Edição.

79
h) Outras Receitas Correntes: Ingressos correntes provenientes
de outras origens não classificáveis nas anteriores.

34
- Receitas de capital : são as entradas de recursos financeiros
decorrentes de atividades operacionais ou não operacionais
derivadas da obtenção de recursos mediante a constituição de
dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos ou
alienação de componentes do ativo permanente.

De acordo com a Lei nº 4.320/64, as receitas de capital são


classificadas nos seguintes níveis de origem:

a) Operações de Crédito: São os ingressos provenientes da


colocação de títulos públicos ou da contratação de
empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades
estatais ou privadas.

b) Alienação de Bens: Valores oriundos da alienação de


componentes do ativo permanente.

Amortização de Empréstimos: É o ingresso decorrente da


amortização, ou seja, parcela referente ao recebimento de
parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos
ou contratos.

c) Transferência de Capital: É o ingresso resultante de outros


entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente
ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora,
efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo
sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação
em despesas de capital.

d) Outras Receitas de Capital: São os ingressos de capital


advindos de outras origens não classificáveis nas anteriores.

34
Fonte: Manual de Procedimentos de Receitas Públicas do Tesouro Nacional, página 27, 4ª Edição.

80
35
- Natureza da Receita : A classificação orçamentária por
Natureza de Receita é estabelecida pelo § 4o do art. 11 da Lei no
4.320, de 1964. No

âmbito da União, sua codificação é normatizada por meio de


Portaria da SOF, órgão do Ministério do Planejamento,

Desenvolvimento e Gestão. A normatização da codificação válida


para Estados e Municípios é feita por meio de Portaria

Interministerial (SOF e STN). Importante destacar que a


classificação da receita por natureza é utilizada por todos os entes
da

Federação e visa identificar a origem do recurso segundo o fato


gerador, acontecimento real que ocasionou o ingresso da

receita nos cofres públicos. (Fonte:MTO-2018)

A partir de 2018 o código da natureza da receita passa a ser


constituído por dez algarismos, que indicam:

• 1º = Categoria Econômica

• 2º = Origem

• 3º = Espécie

• 4º a 7º = Desdobramento

• 8º = Tipo

• 9º e 10º = Detalhamento

O Tipo, correspondente ao 8º dígito na natureza de receita, tem a


finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se

refere aquela natureza, sendo:

35
A Receita Pública é classificada por diversos aspectos com o objetivo de possibilitar sua estimativa, execução,
acompanhamento, avaliação e controle. Portanto, a classificação das receitas é fundamental para evidenciar as suas origens e
aplicações no âmbito do orçamento público.
A Classificação das Receitas compreende, dentre outras classificações, as Fontes de Recursos (FR) e a Natureza da
Receita (NR). O Classificador de Receita poderá ser consultado no site de Transparência Fiscal do Estado do Rio de Janeiro
(http://www.transparencia.rj.gov.br/ ).

81
• 0- Natureza de receita não valorizável ou agregadora;

• 1- Principal da receita;

• 2- Multas e Juros de Mora da respectiva receita;

• 3- Dívida Ativa da respectiva receita;

• 4- Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita.

82

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