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MERITÍSSIMO JUÍZO DA ______ VARA DO TRABALHO DE SETE

LAGOAS/MG

NELSON AVIZ, (nacionalidade), (estado civil), Técnico de Informática,


portador da carteira de identidade de nº -, e inscrito no CPF sob o nº (CPF),
com CTPS nº (CTPS), série (série), PIS nº(PIS) ou NIT (n.º NIT) ou nascida
em (data de nascimento) e filha de (nome da mãe), residente e domiciliada à
Rua (endereço), CEP (CEP), com endereço eletrônico (e-mail), vem, nos
termos da procuração (anexa) e por meio do seu patrono (Nome do
Advogado), que a subscreve, advogado inscrito no OAB/RJ sob o n.º(n.º OAB),
com endereço eletrônico (e-mail do advogado) e endereço profissional sito, à
(endereço completo com CEP), onde receberá as intimações, com fulcro no
Art. 840, § 1º da CLT c/c Art.319 do CPC, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo rito Sumaríssimo, contra a Empresa ALFA LTDA, qualificações e
endereço completos, que faz de acordo com os fundamentos fáticos e jurídicos
a seguir expostos:

I. DOS FATOS

O Reclamante foi admitido pela Reclamada no dia 17/12/2017, para


exercer o cargo de Técnico de informática, no município de Sete Lagoas/MG,
percebendo o salário mensal de R$ 1.200,00.
Sua jornada de trabalho das 20:00h às 05:00H de segunda a
sábado, com 20 minutos de intervalo para refeições e descanso. Embora sua
função exercida fosse de técnico em informática, na CTPS constava a função
de “auxiliar de serviços gerais”, o que deverá ser corrigido.
O Reclamante nunca recebeu adicional noturno, cabível nas horas
compreendidas das 22:00 às 05:00h. Entretanto também, nunca recebeu o
pagamento de horas extraordinárias, de acordo com a jornada de excedente.
Recebia salário-família, porém a Reclamada nunca integrou a citada
parcela no salário do Reclamante.
O Reclamante possuía descontos salariais referentes ao FGTS e
vale-transporte, embora a Reclamada fornecesse o transporte de forma
graciosa a seus empregados.
A Convenção Coletiva da categoria prevê que o piso salarial do
técnico em informática para o período de 2017/2018 era de R$1.800,00.
Fora demitido por justa causa sem qualquer justificativa, tendo
ainda tal condição anotada na CTPS. Tendo em vista os argumentos jurídicos a
seguir apresentados, interpõe- se a presente Reclamação Trabalhista no intuito
de serem satisfeitos todos os direitos do Reclamante.
II. DO DIREITO

Cumpre ressaltar que deverá ser corrigida a anotação na CTPS do


Reclamante para que conste a real função desempenhada desde o início do
pacto laboral, qual seja, de técnico de informática, respeitando-se preceito
legal contido no Art.29 da CLT. Além disso, invocando o Princípio da primazia
da Realidade, cabível também se faz o pagamento da diferença salarial entre o
valor pago ao Reclamante e o piso salarial da função desempenhada que no
período do pacto existente era de R$ 1.800,00.
Também se torna cabível o pagamento e a integração nas
demais verbas, de 01 hora extra diária, acrescida de 50% da hora normal
conforme Art.58-A, §3º da CLT, decorrente da redução do horário noturno
prevista no Art.73, § 1º da CLT, além do pagamento do intervalo suprimido de
40 minutos, que também deverá acrescido de 50% da hora normal, nos termos
do Art. 71, § 4º da CLT.
O Reclamante também não recebeu o adicional noturno previsto
no Art.73 da CLT, de 20% sobre a hora normal no labor compreendido entre as
22:00h e as 05:00h, o que deverá ser devidamente pago e integrado na verba
salarial para todos os fins.
A Reclamada ainda descontava indevidamente do salário do
Reclamante a quota referente aos depósitos fundiários, contrariando preceito
da Lei 8.036/90, em seu Art.15, o que deverá ser ressarcido, assim como
descontos pertinentes ao vale-transporte, embora não o fornecesse como bem
define o Art.1º da lei 7.418/85, onde providenciava o transporte particular aos
seus funcionários. Como agravante de toda situação vivenciada pelo
Reclamante, este ainda fora dispensado por justa causa sem ter cometido
qualquer falta grave, conforme descreve o Art.482 da CLT e, além disso, tal
situação foi indevidamente anotada na sua CTPS, causando-lhe inequívoco
prejuízo moral e imensurável constrangimento.
Desta forma, deverá a Reclamada ser penalizada a compensar o
Reclamante pecuniariamente por todo dissabor que tal conduta ilegal lhe
proporcionou, pois contrariou determinação prevista no Art. 29, § 4º CLT, bem
como a Portaria 41, §8º do Ministério do Trabalho Sem qualquer comprovação
de que o Reclamante dera motivação ao rompimento laboral, deverá tal
terminação ser convertida em demissão imotivada e caberá em favor do
Reclamante o pagamento de todas as verbas rescisórias decorrentes quais
sejam, férias proporcionais acrescida de 1/3 constitucional conforme Art.146
parágrafo único da CLT Art.7º XVII da CF/88, 13º salário proporcional
previsto nas leis 4.090/62 e 4.749/65, aviso prévio e sua devida projeção de
acordo com Art.487, IT e 1º da CLT, indenização de 40% sobre o saldo da
conta vinculada do FGTS conforme Art.18, § 1 da Lei 8.036/90,
recolhimento previdenciário e depósito fundiário referente a projeção do aviso
prévio. No prazo estabelecido no art. 477 § 6º, da CLT, nada foi pago a
Reclamante pelo que se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um
mês de salário pervertida em favor da Reclamante, conforme §8º do mesmo
artigo. A Reclamada deverá pagar ao Reclamante, no ato da audiência, todas
as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme Art.467 da
CLT.
III. DOS PEDIDOS

Diante das considerações expostas, pleiteia a Reclamante


condenação da Reclamada nos seguintes
pedidos, resumidamente.

1. Que seja deferido o benefício da Gratuidade de Justiça, devido à difícil


situação econômica do ator que não possui condições de custear o processo,
sem prejuízo próprio.

2. Que seja ratificada as anotações na CTPS do Reclamante para constar a


função de Técnico de Informática e o salário de R$ 1800,00;

3. Pagamento da diferença salarial por todo período laborado, qual seja, de


17/12/2017 a 28/05/2018 (com proteção do aviso prévio).

4. Pagamento do adicional noturno refletido em todo o período trabalhado,


totalizando em ... horas.

5. Pagamento das horas extraordinárias acrescidas de 50%, totalizadas em ....


no valor de.

6. Pagamento dos intervalos suprimidos acrescidos de 50%, em todo o período


laborado, totalizados em ... horas, no valor de.

7. Ressarcimento dos descontos indevidamente efetuados a título de vale-


transporte, no valor de.

8. Ressarcimento dos descontos indevidamente efetuados a título de FGTS, no


valor de.

9. Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação,


condenando o Reclamado a pagar o Reclamante.
9.1. Aviso Prévio indenizado (30 dias)

9.2. Férias proporcionais 5/12.

9.3. 1/3 das férias proporcionais.

9.4. 13º proporcional 5/12 (2018).

9.5. 40% sobre o saldo do FGTS.

10. Multa do Art. 477, § 8º da CLT.

11. Recolhimento Previdenciário relativo à projeção do aviso prévio.


12. Depósito fundiário relativo à projeção do aviso prévio.
13. Que seja a Reclamada condenada a pagar ao Reclamante a indenização
pelo dano moral vivenciado no montante de.

14. Liberar as guias para saque do FGTS e para fins do seguro-desemprego ou


indenização correspondente deste.

15. Condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no §8º do Art.


477da CLT.

16. Não sendo pagas as parcelas incontroversas na primeira audiência, seja


aplicada multa do Art. 467 da CLT, tudo acrescido de correção monetária e
juros moratórios.

Requer, pois, a condenação da Reclamada nos honorários sucumbenciais no


percentual de 15% sobre o valor bruto total resultante desta demanda, como
medida apta a custar o trabalho advocatício, seguindo o que determina o Art.
791-A da CLT.

IV – DAS PROVAS

Requer provar por todos os meios de prova em direito admitidos,


especialmente testemunhal, documental, pericial e depoimento pessoal da
Reclamada, sob pena de confissão.

V – VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de (Valor total) (valor por extenso) para fins de alçada.
Nestes termos pede e espera deferimento.

Local, data.
Advogado
OAB/UF

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