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Aula 00
00000000000 - DEMO
Equipe Túlio Lages, Tulio Lages
Aula 00
Apresentação .................................................................................................................... 1
Introdução ......................................................................................................................... 2
Análise Estatística .............................................................................................................. 2
Análise das Questões ......................................................................................................... 3
Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar ...................................................... 6
Questionário de Revisão .................................................................................................... 9
0
Anexo I – Lista de Questões ............................................................................................. 26
Referências Bibliográficas ................................................................................................ 28
APRESENTAÇÃO
Olá!
Meu nome é Túlio Lages e, com imensa satisfação, serei o analista de Direito
Administrativo do Passo Estratégico!
Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha experiência
profissional, acadêmica e como concurseiro:
INTRODUÇÃO
Este relatório aborda o(s) assunto(s) “Princípios básicos da Administração
Pública”.
Com base na análise estatística (tópico a seguir), concluímos que o assunto possui
importância Baixa a Mediana.
Boa leitura!
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para identificarmos estatisticamente quais assuntos são os mais cobrados pela banca,
classificamos todas as questões cobradas em provas para cargos da área de controle,
realizadas pelo CESPE, desde 2015.
Com base na análise estatística das questões colhidas (por volta de 332!), temos o
seguinte resultado para o(s) assunto(s) que será(ão) tratado(s) neste relatório:
Princípios da
Administração Pública 1,8%
Tabela 1
Com base na tabela acima, é possível verificar que, no contexto das provas do CESPE
para cargos da área de controle, que o assunto “Princípios da Administração Pública”
possui importância baixa a mediana, já que foi cobrado em 1,8% das questões.
De 3% a 6,9% Média
De 7% a 9,9% Alta
10% ou mais Muito Alta
Tabela 2
d) eficiência.
e) supremacia do interesse público.
GABARITO: LETRA E
As cláusulas exorbitantes são as prerrogativas e privilégios da Administração
contratante que a posicionam em uma situação de supremacia em relação ao
particular contratado.
Vamos às assertivas:
Letra A – Incorreta, pois o princípio da publicidade impõe que a Administração
confira a mais ampla divulgação de seus atos aos interessados diretos e ao povo em
geral, possibilitando-lhes, assim, controlar a conduta dos agentes administrativos,
não guardando relação, portanto, com as cláusulas exorbitantes mencionadas.
Letra B – Incorreta, O princípio da moralidade preceitua que os agentes públicos
atuem com ética, honestidade, probidade, boa-fé, decoro, lealdade, fidelidade
funcional, não guardando relação, portanto, com as cláusulas exorbitantes
mencionadas.
Letra C – Incorreta. Naturalmente, a existência de cláusulas exorbitantes obedece
ao princípio da legalidade, sob pena de tais cláusulas serem anuladas. Contudo, não
é este princípio que justifica a existência de tais termos.
Letra D – Incorreta. O princípio da eficiência refere-se à Administração tentar
alcançar o melhor resultado possível da forma menos onerosa possível. Logo, não
guarda pertinência estrita com o exposto na questão.
Letra E – Correta. O princípio da supremacia do interesse público preceitua que o
interesse público deve prevalecer sobre o privado sempre que houver conflito entre
eles nas relações verticais, com vistas ao benefício da coletividade, respeitando-se
sempre, por óbvio, os direitos e garantias individuais. Decorre de tal princípio,
portanto, a previsão das cláusulas exorbitantes aplicáveis aos contratos
administrativos.
2.(CESPE/2016/TCE-PR/Analista de Controle) O princípio da proteção à
confiança da administração pública
a) determina que a administração pública atenda apenas ao que a lei impõe.
b) dá à administração pública o poder da execução imediata das decisões
administrativas, possibilitando a criação de obrigações para o particular.
c) corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica.
d) é considerado uma imposição da limitação à discricionariedade da administração
pública.
e) é um dos princípios expressamente arrolados no art. 37 da Constituição Federal
de 1988.
GABARITO: LETRA C
A questão embaralha alguns conceitos de princípios distintos. Vejamos:
Letra A – Incorreta, pois o conceito apresentado refere-se ao princípio da legalidade.
Letra B - Incorreta. Na verdade, trata-se, aqui, não de um princípio, mas de um
atributo do ato administrativo denominado “autoexecutoriedade”.
Letra C – Correta. O princípio da proteção à confiança leva em conta a boa-fé do
cidadão, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder Público sejam
lícitos e, nessa qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria Administração
e por terceiros1.
Trata-se, assim, de princípio que corresponde ao aspecto subjetivo da segurança
jurídica.
Letra D - Incorreta. Trata-se, na verdade, do princípio da razoabilidade, uma vez
que, ao se distanciar deste, a discricionariedade administrativa passa a não ser mais
legítima, podendo, inclusive, consistir em violação ao princípio da legalidade.
Letra E - Incorreta, haja vista que o princípio não consta expressamente no texto
constitucional.
3.(CESPE/2013/SEFAZ-ES/Auditor Fiscal da Receita Estadual/Adaptada)
Acerca do direito administrativo, julgue o item a seguir.
A indisponibilidade do interesse público, princípio voltado ao administrado, traduz-se
pela impossibilidade de alienação ou penhora de um bem público cuja posse
detenha o particular.
GABARITO: Errado
Na verdade, o princípio da indisponibilidade do interesse público preceitua que as
pessoas administrativas não possuem a disponibilidade dos interesses públicos
confiados à sua guarda e realização, exatamente porque os bens e interesse
públicos não pertencem à Administração nem a seus agentes (cabe-lhes apenas
geri-los, conservá-los e por eles velar em prol da coletividade, que é sua verdadeira
titular).
4.(CESPE/2018/PC-MA/Escrivão de Polícia) A conduta do agente público que
busca o melhor desempenho possível, com a finalidade de obter o melhor resultado,
atende ao princípio da
a) eficiência.
b) legalidade.
c) impessoalidade.
d) moralidade.
1
Di Pietro, 2016, p. 117-118.
e) publicidade.
GABARITO: LETRA A
Esse é o tipo de questão que o candidato abre um sorriso quando aparece na prova.
Letra A – Correta. Vale aqui, fazer a distinção entre eficiência e eficácia. Dizer que
algo é eficaz significa dizer que ele alcança a sua finalidade. Em contrapartida, dizer
que algo é eficiente significa dizer que ele alcança sua finalidade da forma menos
onerosa possível e é isso que a Constituição Federal determina que a Administração
o faça.
Letra B – Incorreta. O princípio da legalidade transmite a ideia de que a
Administração Pública apenas pode fazer aquilo que está previsto em lei.
Letra C - Incorreta. A impessoalidade se refere à vedação de que a administração
pública aja (ou deixe de agir) no sentido de beneficiar especificamente determinado
indivíduo, em prejuízo do interesse público e do ordenamento jurídico.
Letra D – Incorreta. O princípio da moralidade preceitua que os agentes públicos
atuem com ética, honestidade, probidade, boa-fé, decoro, lealdade, fidelidade
funcional.
Letra E – Incorreta. A publicidade impõe a administração o dever de dar
transparência aos seus atos.
Com base na análise das questões sobre o(s) assunto(s) deste relatório, para
um bom desempenho na sua prova, recomendamos que sejam
compreendidos e memorizados, pelo menos, os seguintes pontos:
reserva legal prevista no CF/88, art. 5º, inciso II. Diferença entre legalidade e
legitimidade.
3. Princípio da impessoalidade: conceito. Diferença entre interesse público e
privado. Enfoques do princípio da impessoalidade: imputação dos atos praticados
pelos agentes públicos diretamente às pessoas jurídicas em que atuam; vedação à
promoção pessoal de autoridades e servidores públicos. Relação entre o princípio da
impessoalidade e o da isonomia (previsto na CF/88, arts. 5º, inciso I, e 19, inciso
III).
4. Princípio da moralidade: conceito. Pessoas que devem observar o princípio da
moralidade. A questão da prescindibilidade de normas positivadas para a
observância do princípio da moralidade. Súmula vinculante 13 (vedação ao
nepotismo).
4.1 Para alunos intermediários e avançados, que já possuem alguma base em
direito administrativo e direito constitucional: a relação entre moralidade
administrativa e probidade administrativa. As espécies de penalidades
decorrentes dos atos de improbidade administrativa, conforme CF/88,
art. 37, § 4º, com atenção para a impossibilidade de pena de cassação de
direitos políticos, consoante CF, art. 15, caput.
4.2 Para alunos intermediários e avançados, que já possuem alguma base em
direito administrativo e direito constitucional: a possibilidade de atuação
do Ministério Público na defesa da moralidade administrativa mediante
ação civil pública, consoante CF/88, art. 129, inciso III c/c Lei 8.625/93,
art. 25, inciso IV, alínea “b”).
5. Princípio da publicidade: conceito. A questão da não consideração da
publicidade como elemento para a formação do ato administrativo. A transparência
como regra na Administração Pública, com fulcro no direito fundamental à
informação previsto na CF, art. 5º, inciso XXXIII, bem como no previsto na CF, art.
5º, inciso LX. A concretização do princípio da publicidade por meio dos direitos
constitucionais de petição (CF, art. 5º, inciso XXXIV, alínea “a”) e de certidão (CF,
art. 5º, inciso XXXIV, alínea “b”). Diferença entre publicidade e publicação.
Precedente importante:
5.1.1. a divulgação da remuneração bruta dos cargos e funções titularizados
por servidores públicos, com seu nome e lotação, consubstancia informação de
interesse coletivo ou geral, “sem que a intimidade deles, vida privada e
segurança pessoal e familiar se encaixem nas exceções de que trata a parte
derradeira do mesmo dispositivo constitucional (inciso XXXIII do art. 5º)”2.
2
STF – SS 3.902 AgR.
3
STF – RE 693.456.
4
STF – ARE 654.432.
XXXVI).
16. Princípio da proteção à confiança: conceito.
17. Princípio da sindicabilidade: conceito
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
A seguir, apresentamos um questionário por meio do qual é possível realizar uma
revisão dos principais pontos da matéria. Faremos isso para todos os tópicos do
edital, um pouquinho a cada relatório!
É possível utilizar o questionário de revisão de diversas maneiras. O leitor pode, por
exemplo:
1. ler cada pergunta e realizar uma autoexplicação mental da resposta;
2. ler as perguntas e respostas em sequência, para realizar uma revisão mais rápida;
3. eleger algumas perguntas para respondê-las de maneira discursiva.
5
Maurice Hauriou, Précis Elementaires de Droit Administratif, Paris, 1926, pp. 197 e ss apud Meirelles,
2014, p. 92.
6
Meirelles, 2014, p. 92.
7
TJSP, RDA 89/134 apud Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. ed. São Paulo,
Malheiros Editores: 2005, p. 91.
Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral deve ser a
transparência na Administração Pública e, somente em situações excepcionais, a
lei (necessariamente, não pode ser ato infralegal) pode estabelecer situações
em que o sigilo é justificável – quando imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado (CF/88, art. 5º, inciso XXXIII - já) ou quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5º, inciso LX).
20) Como os direitos constitucionais de petição e de certidão concretizam o
princípio da publicidade?
De acordo com Carvalho Filho8, o direito de petição, previsto na CF, art. 5º,
inciso XXXIV, alínea “a”, concretiza o mencionado princípio na medida em que,
por meio das petições, os indivíduos podem dirigir-se aos órgãos administrativos
para formular qualquer tipo de postulação.
Por sua vez, o autor esclarece que as certidões (CF, art. 5º, inciso XXXIV, alínea
“b”), expedidas pela Administração, registram a verdade dos fatos
administrativos, cuja publicidade permite aos administrados a defesa de seus
direitos ou o esclarecimento de certas situações.
Para fins de fixação, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de
taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
8
Carvalho Filho, 2016, p. 27.
9
STF, SS 3.902 AgR segundo, rel. min. Ayres Britto, j. 9/6/2011, P, DJE de 3/10/2011; = RE 586.424
ED, rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-2-2015, 2ª T, DJE de 12-3-2015.
10
Carvalho Filho, 2016, p. 33.
Súmula 346:
A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
Inclusive, sobre o direito de greve dos servidores, convém destacar que o STF
proferiu recente entendimento no sentido de que os dias parados por greve de
servidor devem ser descontados, exceto se houver acordo de compensação12.
b) necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substituição
para preencher as funções públicas temporariamente vagas;
c) a impossibilidade da invocação, por parte de quem contrata com a
Administração Pública, da exceção do contrato não cumprido nos contratos que
tenham por objeto a execução de serviço público;
d) a faculdade da Administração de utilizar os equipamentos e instalações
da empresa que com ela contrata, para assegurar a continuidade dos serviços
públicos, bem como a possibilidade de encampação da concessão de serviço
público, para atingir a mesma finalidade.
36) O que preceitua o princípio da razoabilidade e proporcionalidade?
Razoabilidade: impõe que haja compatibilidade entre os meios empregados e os
fins visados na atuação da Administração, a fim de evitar excessos, abusos,
arbitrariedades.
Proporcionalidade: impõe que os agentes públicos não ultrapassem os limites
adequados ao fim pretendido, de maneira a evitar o excesso de poder. É
fundamentado em três aspectos:
a) Adequação: compatibilidade entre o meio empregado e o fim vislumbrado;
b) Exigibilidade ou necessidade: a conduta deve ser necessária e a que cause
menos prejuízo aos indivíduos;
c) Proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens a serem alcançadas
devem superar as desvantagens.
É importante destacar que razoabilidade e proporcionalidade são conceitos
muito parecidos, de modo que alguns autores entendem que esta seria uma das
vertentes daquela.
Esses princípios são muito utilizados no controle da discricionariedade da
Administração. Trata-se de controle de legalidade ou legitimidade, não de mérito
11
Di Pietro, 2016, p. 102.
12
STF, RE 693.456.
Tal regra também é aplicável ao Ministério Público por força do art. 129, §4º da
CF:
§ 4º - aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93.
13
Di Pietro, 2016, p. 117-118.
Túlio Lages
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4.A
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito
constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO,
2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília:
STF, Secretaria de Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São
Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte:
Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São
Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva,
2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo:
Malheiros, 2014.