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A recepção de Broad e Prior do argumento de McTag-

gart
Prof. Anderson Nakano
2/2021

A crítica de Broad1 1
Charlie Dunbar Broad. Examination
of McTaggart’s Philosophy. Vol. 2. Cam-
bridge: Cambridge University Press,
Crítica do Argumento Principal. Devemos agora considerar se este
1933, pp. 313-7 (tradução minha).
argumento de McTaggart é válido. Suponho que cada leitor tenha
sentido, a respeito desse argumento, o mesmo que qualquer um com
uma mente saudável sente a respeito do Argumento Ontológico para
a existência de Deus, a saber, que ele está obviamente errado em al-
guma parte, mas pode não ser fácil dizer, de maneira precisa, o que
há de errado com ele.

(i) Eu mesmo não posso ver que haja alguma contradição a ser
evitada. Quando se diz que passadidade, presentidade e futuri-
dade são predicados incompatíveis, isso só é verdade no sentido
de que nenhum termo poderia ter dois deles simultaneamente ou
atemporalmente. Ora, nenhum termo sequer parece ter qualquer um
deles atemporalmente, e nenhum termo sequer parece ter quais-
quer dois deles simultaneamente. O que parece ser o caso é que
certos termos os têm sucessivamente. Logo, não há nada nas aparên-
cias temporais que sugere que há uma contradição a ser evitada.

(ii) O que devemos dizer, então, sobre o suposto regresso infinito


vicioso de McTaggart? Em primeiro lugar, devemos dizer que, já que
não há contradição a ser evitada, não há necessidade de começar
com regresso algum para evitar uma contradição. Em segundo lugar,
podemos muito bem perguntar por que McTaggart supõe que, e.g.,
“M é agora presente” deva ser analisado em “Há um momento t,
tal que M tem presentidade em t e t é presente.” De modo similar,
podemos perguntar por que ele assume que, e.g., “O momento t
foi futuro” deva ser analisado em “Há um momento t0 tal que t tem
futuridade em t0 e t0 é passado.”
(a) Em primeiro lugar, notamos que McTaggart introduziu de
repente a noção de momentos, em adição àquela de eventos. Nenhuma
justificação qualquer foi dada para isso. Isso pareceria implicar que
as cópulas temporais “é agora”, “foi” e “será” pressupõem alguma
forma da Teoria Absoluta do Tempo. Decerto que isso não é óbvio.
(b) O motivo real dessa análise, e a causa real do subsequente re-
gresso infinito, parece-me ser uma certa suposição que McTaggart
faz tacitamente. Ele assume que o que se quer dizer com uma sen-
a recepção de broad e prior do argumento de mctaggart 2

tença com uma cópula temporal deve poder ser completamente (e de


modo mais acurado) expresso por uma sentença ou combinação de
sentenças em que não há cópula temporal, mas somente predicados
temporais e cópulas atemporais. E o regresso surge, pois permanece,
a cada estágio, uma cópula que, se tomada como atemporal, envolve
a posse atemporal, por um termo, de certos predicados temporais que
poderiam lhe pertencer somente sucessivamente.
Considere, p. ex., a análise geral de “S é agora P em “Há um mo-
mento t, tal que S tem P em t e t é presente.” O único motivo para
se fazer esta análise é que, à primeira vista, ela parece eliminar a
cópula temporal “é agora”. Pode-se dizer do predicado “ter P em
t” que ele pertence a S atemporalmente ou omnitemporalmente se
ele pertence de todo a S. E somos tentados a pensar que o “é” em
“t é presente” também como uma cópula atemporal. Ora, a fonte
do regresso de McTaggart é que, se se toma o “é” em “t é presente”
como atemporal, tem-se que admitir que t é também passado e fu-
turo no mesmo sentido atemporal do “é”. Ora, isso é impossível, pela
razão óbvia de que t pode ter esses predicados somente em sucessão.
Se, para evitar isso, se diz que o “é” em “t é presente” quer dizer “é
agora”, então não se livrou das cópulas temporais. Portanto, se se
está comprometido a todo custo de se livrar delas, não se será capaz
de permanecer nesse estágio. Em cada estágio da análise se terá uma
cópula que, se tomada como atemporal, conduz a uma contradição
e, se tomado como temporal precisa ser analisada posteriormente em
termos de predicados temporais e cópulas atemporais.
Ora, parece-me que a interpretação apropriada do regresso é que
ele desaprova a suposição de que cópulas temporais podem ser sub-
stituídas por predicados temporais e cópulas atemporais. Uma vez
que não há nada necessário ou autoevidente sobre essa hipótese,
o regresso não levanta nenhuma objeção à aparência prima facie de
que eventos venham a ser e cessem de ser e de que eles manten-
ham entre si as relações de sequência temporal e simultaneidade.

(iii) Talvez valha a pena entrar em um pouco mais de detalhes so-


bre a questão das cópulas temporais e predicados temporais antes
de deixar esse tópico. Consideremos as sentenças “Choverá”, “Está
chovendo agora” e “Choveu”. O máximo que se pode fazer com a
primeira é analisá-la em “Há [There is] (em algum sentido atemporal
de “haver” [is]) um evento caracterizado atemporalmente pela chu-
vosidade, e ele é agora futuro.” Teríamos a análise correspondente da
segunda e da terceira se substituirmos, na análise da primeira, “ele
é agora futuro” por “ele é agora presente” e “ele é agora passado”,
respectivamente. Mesmo se esse tipo de análise fosse aceita como
correta, não teríamos nos livrado da cópula temporal “é agora”.
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Outro tipo de análise seria fazer “Choverá” equivalente a “Há


[There is] (em algum sentido atemporal de “haver” [is]) um evento
caracterizado atemporalmente pela chuvosidade, e ele será presente.”
Teríamos a análise correspondente da segunda e da terceira se substi-
tuirmos, na análise da primeira, “ele será presente” por “ele é agora
presente” e “ele foi presente”, respectivamente. Aqui, livramo-nos
de duas das três características A, mas tivemos que manter todas as
três cópulas temporais. No tipo anterior de análise, livramo-nos de
duas das três cópulas temporais, mas tivemos que manter todas as
três características A. Portanto, em nenhum tipo de análise podemos
nos livrar de todas as cópulas temporais; e, em ambos os tipos de
análise, introduzimos ao menos um predicado temporal em adição
às cópulas temporais. Ora, as sentenças originais “Choverá”, “Está
chovendo agora” e “Choveu” expressam os fatos do modo mais nat-
ural e simples sem introduzir predicados temporais em adição a
cópulas temporais. Logo, ambos os tipos de análise parecem inúteis.
Elas complicam ao invés de simplificar; elas não tornam inteligível
nada que não era antes inteligível; e elas sugerem falsas analogias
com proposições atemporais.
Além do fato de que tais “análises” não servem a nenhum propósito
útil, parece-me que elas falham em expressar o que temos em mente
quando usamos tais sentenças como “Choveu” ou “Choverá”. Quando
profiro a sentença “Choveu”, não quero dizer que, em um sentido
atemporal misterioso de “é”, há [there is] um evento chuvoso, que
momentaneamente possuía a qualidade de presentidade e agora a
perdeu e adquiriu no seu lugar uma forma determinada da quali-
dade de passadidade. O que quero dizer é que chuvosidade foi, e não
mais está sendo, manifestada em minha vizinhança. Quando profiro
a sentença “Choverá”, não quero dizer que, em um sentido atemporal
misterioso de “é”, há um evento chuvoso, que agora possui alguma
forma determinada da qualidade de futuridade e perderá, no curso
do tempo, futuridade e adquirirá no seu lugar a qualidade da pre-
sentidade. O que quero dizer é que chuvosidade será, mas não está
sendo agora, manifestada em minha vizinhança.
O fato é que aquilo que é chamado “enunciados sobre eventos
passados” são enunciados de que certas características, as quais
constituem descrições de eventos possíveis, foram e não estão mais
sendo manifestadas. O que são chamados “enunciados sobre eventos
futuros” são enunciados de que certas características, as quais con-
stituem descrições de eventos possíveis, serão mas ainda não foram
manifestadas.
Em suma: acredito que o argumento principal de McTaggart con-
tra a realidade do Tempo é um “disparate” filosófico do mesmo tipo
daquele do Argumento Ontológico para a existência de Deus. A falá-
a recepção de broad e prior do argumento de mctaggart 4

cia do Argumento Ontológico consiste em tratar ser ou existência


como se fosse um predicado como bondade, e em tratar proposições
instanciadoras como se fossem proposições caracterizantes. A falácia
no argumento de McTaggart consiste em tratar o devir absoluto como
se fosse uma espécie de mudança qualitativa, e em tentar substituir
cópulas temporais por cópulas atemporais e adjetivos temporais.
Estes dois “disparates”, assim como a Queda de Adão, foram super-
ados em vistas a boas finalidades. Em cada caso, pode-se ver que
há algo radicalmente errado com o argumento; e o desejo de colocar
o dedo no ponto preciso da fraqueza estimula o esclarecimento de
confusões linguísticas que poderiam, do contrário, ter permanecido
desapercebidas e não solucionadas. Suspeito que muitos outros filó-
sofos fizeram o mesmo erro que Santo Anselmo e o mesmo erro que
McTaggart. Porém, uma vez que eles não tiraram essas consequên-
cias surpreendentes de suas confusões como esses homens eminentes
o fizeram, permitiu-se que esses erros permanecessem em decente
obscuridade.

A crítica de Prior2 2
Arthur Norman Prior. Past, Present,
and Future. Oxford: Clarendon Press,
1967, pp. (tradução minha).
O argumento de McTaggart contra a realidade da série A. Tendo se sat-
isfeito com o fato de que não pode haver algo que valha o nome de
tempo sem uma série A, McTaggart vai argumentar que a série A e,
portanto, o próprio tempo, envolve uma contradição. A contradição,
tal como ela é primeiramente apresentada,3 é simplesmente que 3
§329.
(passo 1) as características de passadidade, presentidade e futuri-
dade são mutuamente exclusivas e, no entanto, (se a série A é real),
“cada evento tem todas elas”. Isso, tal como está, não é muito con-
vincente, como percebe McTaggart. “A resposta diria que nunca é
verdade que M seja presente, passado e futuro. Ele é presente, será
passado, e foi futuro. Ou ele é passado, e foi futuro e presente, ou
novamente é futuro e será presente e passado. As características só
são incompatíveis quando são simultâneas, e não há nenhuma con-
tradição com isso no fato de que cada termo ter todos eles suces-
sivamente.”4 É dito, porém, que esses verbos tensionados (tensed) 4
§330.
requerem explicação, e a explicação de acordo com McTaggart é
(passo 2) que “quando dizemos que X foi Y, estamos afirmando que
X é Y em um momento do tempo passado. Quando dizemos que X
será Y, estamos afirmando que X é Y em um momento do futuro.
Quando dizemos que X é Y (no sentido temporal de ‘é’), estamos
afirmando que X é Y no momento do tempo presente”. Do último
enunciado, é claro que devemos entender o “ser Y em“, qualquer
que seja o momento, como um “ser” atemporal. Devemos presumi-
damente entender de modo similar o último “é” na sentença que se
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segue: “Assim, nosso primeiro enunciado sobre M – de que é pre-


sente, será passado e foi passado – significa que M é presente em um
momento do tempo presente, passado em algum momento do tempo
futuro, e futuro em algum momento do tempo passado.” Mas o que
é um “momentos do tempo presente”, um “momento do tempo pas-
sado” e um “momento do tempo futuro”? Passadidade, presentidade
e futuridade não podem caracterizar permanentemente “momentos”,
não mais do que eles podem caracterizar permanentemente even-
tos. “Se M é presente, não há um momento do tempo passado em
que ele é passado. Mas” (passo 3) “momentos do tempo futuro, no
qual ele é passado, são igualmente momentos do tempo passado, nos
quais ele [M] não pode ser passado” (meus itálicos).5 . Assim, a con- 5
§331.
tradição é recuperada em uma nova roupagem. “Se tentarmos evitar
isso dizendo desses momentos o que dissemos anteriormente do
próprio M – de que algum momento, por exemplo, é futuro, e será
presente e passado – então ‘é’ e ‘será’ têm o mesmo significado que
tiveram antes. Nosso enunciado, então, significa que o momento em
questão é futuro em um momento presente, e será presente e pas-
sado em diferentes momentos do tempo futuro. Isso, é claro,” – diz
McTaggart – “é novamente a mesma dificuldade. E assim por diante,
indefinidamente.”6 6
§332.
Essa parece uma conclusão perversa. Para começar, somos apre-
sentados (no passo 1) com um enunciado que é claramente errôneo
(que todo evento é passado, presente e futuro). Este é corrigido para
algo que é claramente correto (que cada evento ou é futuro e será
presente e passado, ou foi futuro e é presente e será passado, ou foi
futuro e presente e é passado). Este é então expandido (no passo 2)
para algo que, no sentido pretendido, é errôneo. É então corrigido
para algum um pouco mais complicado que é correto. Isto é então
expandido (no passo 3) para algo que é errôneo, e nos é dito que se
o corrigirmos da maneira óbvia, teremos que expandi-lo novamente
para algo que é novamente errôneo, e se não nos contentarmos com
parar aí, ou em qualquer ponto similar, teremos que ir ad infinitum.
Mesmo que sejamos de alguma forma compelidos a prosseguir deste
modo, só obtemos contradições na metade das vezes, e não é óbvio
por que devemos considerar essas ao invés de seus companheiros de
corrida como os pontos de parada corretos. Mas por que é que temos
que fazer os movimentos errôneos em cada caso? Pelo menos após
as primeiras vezes, quando teremos visto as encrencas em que tais
movimentos nos metem, por que não passar imediatamente para a
versão corrigida?
A suposição subjacente de McTaggart que gera cada um dos movi-
mentos que nos conduz a uma contradição, parece ser que “foi”,
“será” e o tempo presente estrito “é” devem ser explicados em ter-
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mos de um “é” atemporal conectando ou um evento ou um “mo-


mento” a um “momento”. O próprio McTaggart observa, porém,
que “proposições que tratam do lugar de qualquer coisa na série
A, tais como “A batalha de Waterloo está no passado,” “agora está
chovendo”, são de uma espécie que pode ser “verdadeira em alguns
tempos e falsa noutros”. O “está” que ocorre em tais proposições,
portanto, não pode ser atemporal. Podemos talvez eliminar modos
temporais [tenses] oblíquos conectando frases como “é passado” e “é
futuro” a descrições de eventos, de modo que “X foi Y se torna “O
ser Y de X é passado”, “X será Y se torna “O ser Y de X é futuro”,
e exemplos mais complexos tais como “X terá sido Y” se torna “O
ser-passado do ser Y de X é futuro”; mas, em todos esses exemplos,
o “ser” em “ser Y’ e em “ser passado”, e o “é” em “é passado” e “é
futuro”, devem ser o “ser” e o “é” do modo temporal presente se
essas expansões devem ser exatas. Isso significa que complexos como
o ser passado do ser Y de X, e o ser futuro do ser passado do ser Y
de X, são sujeitos à mesma série de mutações que o próprio ser Y de
X. Não há nada extraordinário ou desastroso a respeito disso; não
temos que nos apressar para deter isso a todo custo; é simplesmente
a natureza de uma série A tal como o próprio McTaggart descreve no
começo de sua discussão, e suas contradições emergem da tentativa
de transformá-la numa série B.
Um outro ponto deve ser notado aqui. Já que o ser passado, dig-
amos, de algum evento, é ele próprio algo que pode continuar no
passado, presente ou no futuro, e já que o ser passado de algo não
é algo momentâneo mas, pelo contrário, uma vez que ele começou,
é algo permanente, não é inteiramente certo dizer que passado, pre-
sente e futuro são determinações “mutuamente exclusivas daquelas
coisas a que eles se aplicam”. Um e o mesmo estado de coisas pode
algumas vezes ser o caso no passado, no presente e no futuro, e está
fadado a fazê-lo se ele persiste por qualquer comprimento de tempo.
Além disso, isso é verdade não apenas de tais estados de coisas ab-
stratos tais como o ser passado de um evento, mas também, e.g., do
ser quente de um atiçador de brasas. Mesmo em tais casos, é claro,
o ser presente do estado é uma coisa e seu ser passado ou futuro
é outra coisa, e no que concerne “posições” no tempo (se há tais
coisas), a tese da incompatibilidade de McTaggart sem dúvida é vál-
ida.

O presentismo de Prior
Antes de discutir diretamente a noção do presente, quero discutir a
noção do real. Esses dois conceitos estão intimamente conectados;
de fato, na minha concepção, eles são um e o mesmo conceito, e o
a recepção de broad e prior do argumento de mctaggart 7

presente é simplesmente o real considerado em relação a duas espécies


particulares de irrealidade, a saber, o passado e o futuro.7 7
Arthur Norman Prior. “The Notion
of the Present”. In: The Study of Time.
(...) quero sugerir que a realidade do presente consiste naquilo que a Ed. by J. T. Fraser, F. C. Haber, and
realidade de qualquer outra coisa consiste, a saber, na ausência de um G. H. Muller. Berlin: Springer, 1972,
pp. 320–323, p. 320.
prefixo de qualificação [dessa realidade]. Dizer que a aula de Whitrow
é passado é dizer que foi o caso que Whitrow está dando aula. Dizer
que a aula de Scott é futuro é dizer que será o caso que Scott está dando
aula. Mas dizer que minha aula é presente é apenas dizer que eu estou
dando aula - ponto, sem prefixos. A passadidade de um evento, isto
é, seu ter ocorrido [its having taken place] não é a mesma coisa que
o próprio evento; nem é sua futuridade; mas a presentidade de um
evento é apenas o evento.8 8
Prior, “The Notion of the Present”, p.
321-2.

A metafísica de McTaggart em forma axiomática9 9


Rögnvaldur Ingthorsson. McTag-
gart’s Paradox. New York and London:
Routledge, 2016, pp. 17–20.
P1 Existência e realidade coincidem e não admitem graus; ou algo
existe e é real, ou não existe e não é real.

P2 Existência e, portanto, realidade são constituídas por substâncias,


suas qualidades e as relações que elas mantêm entre si.

P3 Uma substância é algo que possui qualidades e mantêm relações


sem ser, ela própria, uma qualidade ou uma relação.

P4 Qualidades e relações são dependentes, para sua existência, na


existência de substâncias.

P5 Substâncias são individuadas pelas suas características (i.e. quali-


dades e relações).

C1 Não há entidades abstratas, tais como proposições e possibili-


dades.

C2 O tempo, se real, deve existir e, portanto, ser parte da realidade


existente, ao invés de ser uma condição imposta à realidade exis-
tente.

C3 O futuro e o passado, se reais, devem existir da mesma maneira


que o presente.

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