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Curso Técnico Subsequente de Guia de Turismo 


Disciplinas: Memória e Patrimônio Histórico & Patrimônio Artístico e Cultural do Rio de Janeiro

Profs. Ana Maria C. Ribas & Leandro Souza

Cultura & Estilos Arquitetônicos do Rio de Janeiro


Parte I
ARQUITETURA COLONIAL

• Manifestação Artística realizada no território


brasileiro de 1500, ano do descobrimento
pelos portugueses, a 1822;

• Deu-se pela pintura, escultura e arquitetura;

• Tradição ou planejamento urbano;

• Século XVI: “Brasil” negligenciado pelos


portugueses.
ARQUITETURA MILITAR
Características Formais
• Simplicidade das formas;

• Simetria;

• Uso da forma geométrica como


quadrados, retângulos e arcos;

• Paredes caiadas de branco;

• Formas estáticas e regulares;

• Necessidade de resistência dos


materiais e da construção /
estabilidade.
ARQUITETURA RELIGIOSA
Características Formais

• Frontão triangular.

• Paredes caiadas de branco.

• Simetria.

• Construção em terreno elevado ou no centro


das praças.

• Uso de azulejo como revestimento ornamental.

• Pintura no teto das igrejas.

• Nas regiões mais pobres apenas uma torre


sineira.

• Escala de altura superior as das casas


imaginárias (imagens dos santos) trazida de
Portugal.
ARQUITETURA CIVIL
Características

• Precariedade de material;

• Ausência de mão-de-obra
"especializada";

• Método da Taipa de Pilão;

• Fachada branca;

• Escala menor em relação às


igrejas.
BARROCO
• Arquitetura realizada no território brasileiro de
1500, ano do "descobrimento" pelos
portugueses, a 1822;

• Surgiu 100 anos após o surgimento do


Barroco  na Europa, estendendo-se até as
duas primeiras décadas do século XIX;

• Converge o barroco português, francês,


italiano e espanhol;

• Mistura proveniente das oficinas laicas entre


mestres portugueses, brasileiros filhos de
europeus, e seus descendentes caboclos e
mulatos;

• Encontros entre o erudito e o popular;

• Atingiu o auge artístico a partir de 1760,


principalmente com a variação rococó  do
barroco mineiro;
Barroco no Brasil
Características formais
• Fachadas, frontões e decoração de igrejas em
meados do séc. XVII com volutas/espirais, formas
sinuosas e orgânicas;

• Talha barroca dourada em ouro;

• Motivos folheares, multidão de anjos e pássaros;

• Excesso de ornamentos;

• Uso de curvas e contra curvas;

• Diagonalidade e perspectiva;

• Mobilidade;

• Unidade formal;

• Expressividade: construção de ambientes


cenográficos.
Neoclássico
Características
• Edificações simétricas;

• Construções baseadas no repertório clássico;

• Frontões e colunas herdadas das formas greco-


romanas e Renascimento;

• Há edificações deste estilo no Centro do Rio de


Janeiro, São Cristóvão, Jardim Botânico, etc;

• Frontão triangular, regularidade e equilíbrio nas


fachadas;

• Utilização das almofadas no exterior dos prédios;

• A parte externa com seus jardins também


obedece uma geometria rígida.
Missão Artística Francesa
No Brasil o estilo foi trazido em 1816, por iniciativa do Conde da Barca e de D. João VI.

Seu objetivo era fundar no Reino uma Academia de Belas-artes e uma Escola de Artes e Ofícios. O certo é que a
instituição ampliou o repertorio temático das Artes Plásticas e conferiu valorização a produção artística, pois incluiu
gradualmente disciplinas relacionadas a matemática, anatomia e história. A sistematização do ensino era realizada a
partir da instrução escrita e não se baseava no tirocínio, como nas antigas oficinas coloniais

A chegada ao Brasil da Missão Francesa de 1816 foi um ponto crucial na difusão dos ideais neoclássicos a partir da
sede da Corte Portuguesa (nova capital do Império Português), incentivada pela necessidade de se reorganizar a planta
urbana do Rio após a chegada da família real. O arquiteto vindo com a Missão, Grandjean de Montigny, tornou-se
professor de arquitetura da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, fundada por D. João IV em 1816. Ainda durante o
período colonial, Grandjean projetou a Praça do Comércio do Rio, hoje Casa França-Brasil, construído entre 1819 e
1820, um edifício de planta centrada com uma grandiosa cúpula

Projetou o atual Solar Grandjean de Montigny, atual Museu Universitário da PUC-Rio. Também projetou o edifício-sede
da Escola, inaugurada apenas em 1826, considerado uma expressão pura do neoclássico francês em seu desenho,
com fachada simétrica e um grande portal centralizado em ordem jônica, único elemento que chegou aos dias de hoje,
instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Apesar de haver construído pouco do que projetou, as aulas de
arquitetura de Grandjean formaram vários arquitetos que tiveram destacado papel na afirmação do estilo neoclássico
durante todo o período do Império.
.

ARTISTAS
Missão Artística Francesa

• Lebreton – chefe da Missão.

• Debret – pintor oficial da corte


(paisagem, cotidiano), desenhista e
professor.

• Taunay – pintor (paisagem).

• Grandjean de Montigny – arquiteto.

• Pradier – gravador.

• Marc Ferrez (tio do Fotógrafo Marc


Ferrez).
Influências
A Arte Brasileira do século XIX é confundida ou
denominada como acadêmica. Isso não é
correto, uma vez que a Arte Acadêmica é
aquela realizada segundo os preceitos da
Academia de Belas Artes e aqui, muitas vezes,
os artistas brasileiros flexibilizam as regras
prescritas pelo vocabulário da Escola.

O papel da instituição, no entanto, foi


responsável pela cristalização da imagem do
país, ao longo dos Oitocentos. Inicialmente
com representações de figuras heroicas e
históricas, das batalhas e lutas, além da
romantização da imagem indígena e,
posteriormente, com a paisagem e cenas do
cotidiano já no final do século.

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