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-Unidade Concedente
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
Laboratório de Hidrologia. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental
-Local de estágio
Laboratório de Hidrologia, Depto. Eng. Sanitária e Ambiental: ENS-CTC-
Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Universitário, Trindade.
Dia Horário
-Descrição de atividades
𝑄𝑖 = 𝑓𝑖 + 𝑏𝑖 (1)
−∆𝑡 (2)
𝑏𝑖+1 = 𝑏𝑖 . 𝑒 𝑘
−∆𝑡 (3)
𝑎= 𝑒 𝑘
−∆𝑡 (4)
𝑘=
𝑄(𝑡+∆𝑡)
ln ( 𝑄 )
𝑡
Índice de fluxo de base (BFI) é um parâmetro que representa a razão de longo prazo
entre a vazão total e o fluxo de base. O BFImax é adotado como um limitante do índice de fluxo
de base, sendo que este parâmetro pode representar as características geológicas e de
cobertura do solo do local. A equação 6 representa o cálculo do BFI.
∑𝑁
𝑖=1 𝑏𝑖 (6)
𝐵𝐹𝐼 = 𝑁
∑𝑖=1 𝑄𝑖
(1 + 𝑎) (7)
𝑓𝑖 = 𝑎. 𝑓𝑖−1 + . (𝑄𝑖 − 𝑄𝑖−1 )
2
Que se aplica para 𝑓𝑖 ≥ 0. Arnold et al. (1995) usaram este filtro para determinar a
componente subterrânea do escoamento considerando a subtração da componente
superficial(b) do escoamento total (Q).
Segundo Chapman (1991), a equação 7 pode ser melhorada e reescrita na forma da
equação 8, que permite encontrar diretamente a componente subterrânea do escoamento (b).
(1 − 𝑎) (8)
𝑏𝑖 = 𝑎. 𝑏𝑖−1 + . (𝑄𝑖 + 𝑄𝑖−1 )
2
Figura 4: exemplo genérico de um caso de flutuações nos dados. A parte mais escura do gráfico
representa o escoamento subterrâneo e a curva em azul o escoamento total.
Q (m3/s)
Tempo
Fonte: Produção própria
−log(𝑘) (11)
𝛼=
log(𝑒)
Desta forma a interface principal tem acesso a todos os módulos desenvolvidos nas
atividades de estágio possibilitando que o usuário possa realizar as análises das séries de
vazões mesmo sem ter conhecimentos de linguagens de programação.
- Resultados Obtidos
Com este módulo (Figura 9) o usuário pode aplicar os filtros numéricos de Eckhardt,
Lyne e Hollick e de Chapman e também solicitar a visualização das figuras que mostram os
resultados da separação de escoamentos. Estando disponíveis as opções de visualização dos
gráficos para cada filtro e também uma opção que permite visualizar todos os resultados em
uma única figura, possibilitando a comparação entre os métodos.
Outro resultado gerado por este módulo é a o índice de fluxo de base (BFI)
determinado pela razão entre os resultados dos filtros numéricos (escoamento subterrâneo(b))
e o (escoamento total (Q)) como é mostrado pela equação 6.
Figura 9: interface gráfica do módulo de separação de escoamentos
Este módulo torna possível separar séries históricas de vazões nos eventos que a
constituem, por dois métodos. Pode-se aplicar um método que utiliza os resultados dos filtros
numéricos para determinar o início e o fim de cada evento ou um método diferencial de
separação de eventos que faz a derivação da série de dados e encontra os períodos crescentes
e decrescentes e classifica-os como intervalos de ascensão e de recessão com posterior criação
dos eventos pela união entre estas duas partes.
A interface gráfica deste método (Figura 10) oferece as opções de seleção do filtro
numérico cujo resultado será adotado para identificar os eventos, e também tem o campo de
definição do parâmetro Hy que representa a diferença mínima entre o escoamento total e o
escoamento subterrâneo para que o evento seja iniciado. A interface exibe as informações que
quantificam o escoamento total de cada evento em suas componentes superficial e
subterrânea, e como informação complementar também exibe os índices de fluxo de base de
cada evento. E conta com a utilização de uma barra de rolagem que permite visualizar a
sequência de eventos de maneira prática e fácil.
Cada evento pode ser exibido como figuras contendo informações que relacionam as
precipitações do período com o escoamento total e com o escoamento subterrâneo, como
mostra a Figura 11.
Figura 10: interface gráfica do módulo de separação de eventos utilizando filtros numéricos.
A interface (Figura 12) para aplicação deste método permite realizar a separação de
eventos aplicando diferenciação numérica, com a exigência do preenchimento de três campos
destinados à informação dos parâmetros (T, Var_x e Var_y já apresentados acima). Também
oferece as opções de visualização de eventos, recessões e da série completa (Figura 13), e
conta com a utilização de uma barra de rolagem que permite visualizar facilmente a sequência
de eventos e recessões. Os gráficos visualizados na interface podem ser plotados na forma de
figuras editáveis permitindo que o usuário faça alteração nas figuras para depois salvá-las.
Figura 12: interface do método diferencial de separação de eventos
mudar o nome dos eixos). Ao clicar no botão “MRC – Automática”, iniciará o processo de
montagem automatizada da curva méstra de recessão, após a finalização do processo
automatizado, a MRC (Figura 14) entra em modo de edição permitindo que o usuário
movimente manualmente as curvas que permanecerem deslocadas, para isso basta selecionar
a recessão que desejar mover, na lista (seleção de recessões) e com o auxilio das barras de
rolagem fazer a movimentação, se a barra de rolagem chegar ao limite, basta clicar no botão
azul central para adicionar movimento.
Se o usuário preferir poderá realizar o processo de construção da curva mestra de
recessão manualmente ( se a quantidade de curvas de recessão for pequena), para ajudar neste
processo há o botão ordenar que coloca as curvas em ordem crescente pelos seus valores
mínimos (Figura 15) desta forma o usuário só precisa juntar as curvas.
Figura 14: Interface do módulo de montagem da curva mestra de recessões (MRC).
A interface desta ferramenta (Figura 16) é utilizada para ajustar as curvas que
caracterizarão a curva mestra de recessões e permitira obter o coeficiente de recessão (𝛼), a
interface possui as mesmas funções de edições gráficas usadas no módulo de montagem de
MRC, e oferece a opção de ajuste manual de curva que permite ao usuário traçar
manualmente o numero de retas que julgar necessário para caracterizar a curva mestra. Outra
opção é o ajuste automático de curvas que permite ao usuário escolher quantas curvas ajustar
para capturar o comportamento da MRC, ao finalizar os ajustes os resultados (coeficientes de
recessão) são exibidos na lista de resultados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ARNOLD, J. G. Automated Methods For Estimating Baseflow and Ground Water Recharge
From Streamflow Records. Journal of the American Water Resources Association, v. 35,
n. 2, p. 13353–13366, 1999.
FUREY, P. R. Tests of two physically based filters for base flow separation. Water
Resources Research, v. 39, n. 10, 2003.
LAMB, R.; BEVEN, K. J. Using interactive recession curve analysis to specify a general
catchment storage model. Hydrology and Earth System Sciences, v. 1, p. 101–113, 1997.
Disponível em: <http://www.hydrol-earth-syst-sci.net/1/101/1997/hess-1-101-1997.html>. .
TOEBES, C.; MORRISEY, W. .; SHORTER, R.; HENDY, M. Base - flow recession curves. ,
1969.
WEILER, M. How does rainfall become runoff? A combined tracer and runoff transfer
function approach. Water Resources Research, v. 39, n. 11, p. 1–13, 2003.