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Nietzsche oração

Antes de prosseguir no meu caminho


E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas do meu coração,
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa chamar.

Sobre esses altares está gravada em fogo


Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Eu sou teu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Eu sou teu, não obstante os laços
Me puxarem para o abismo.
Mesmo querendo fugir
Sinto-me forçado a servir-Te.

Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!


Tu que que me penetras a alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, o Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.

Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, Reino da Prússia, 15 de outubro de


1844 – Weimar, Império Alemão, 25 de agosto de 1900) foi um filósofo,
filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX,
nascido na atual Alemanha.[1] Escreveu vários textos criticando a
religião, a moral, a cultura contemporânea, filosofia e ciência, exibindo
uma predileção por metáfora, ironia e aforismo.
Suas ideias-chave incluíam a crítica à dicotomia apolíneo/dionisíaca, o
perspectivismo, a vontade de poder, a morte de Deus, o Übermensch e
eterno retorno. Sua filosofia central é a ideia de "afirmação da vida", que
envolve questionamento de qualquer doutrina que drene uma expansiva
de energias, não importando o quão socialmente predominantes essas
ideias poderiam ser.[2] Seu questionamento radical do valor e da
objetividade da verdade tem sido o foco de extenso comentário e sua
influência continua a ser substancial, especialmente na tradição filosófica
continental compreendendo existencialismo, pós-modernismo e pós-
estruturalismo. Suas ideias de superação individual e transcendência
além da estrutura e contexto tiveram um impacto profundo sobre
pensadores do final do século XIX e início do século XX, que usaram
estes conceitos como pontos de partida para o desenvolvimento de suas
filosofias.[3][4] Mais recentemente, as reflexões de Nietzsche foram
recebidas em várias abordagens filosóficas que se movem além do
humanismo, por exemplo, o transumanismo.

Nietzsche começou sua carreira como filólogo clássico — um estudioso


da crítica textual grega e romana — antes de se voltar para a filosofia. Em
1869, aos vinte e quatro anos, foi nomeado para a cadeira de Filologia
Clássica na Universidade de Basileia, a pessoa mais jovem a ter
alcançado esta posição.[5] Em 1889, com quarenta e quatro anos de
idade, sofreu um colapso e uma perda completa de suas faculdades
mentais. A composição foi posteriormente atribuída a paresia geral
atípica devido a sífilis terciária, mas este diagnóstico vem entrado em
questão.[6] Nietzsche viveu seus últimos anos sob os cuidados de sua
mãe até à morte dela em 1897, depois caiu sob os cuidados de sua irmã,
Elisabeth Förster-Nietzsche, até morrer em 1900.

Como sua cuidadora, sua irmã assumiu o papel de curadora e editora de


seus manuscritos. Förster-Nietzsche era casada com um proeminente
nacionalista e antissemita alemão, Bernhard Förster, e retrabalhou
escritos inéditos de Nietzsche para se adequar à ideologia de seu marido,
muitas vezes de maneiras contrárias às suas opiniões expressas, que
estavam fortemente e explicitamente opostas ao antissemitismo e
nacionalismo. Através de edições de Förster-Nietzsche, o nome de
Friedrich tornou-se associado com o militarismo alemão e o nazismo,
mas estudiosos posteriores do século XX vêm tentando neutralizar esse
equívoco de suas ideias

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