Você está na página 1de 9

Diferenças Culturais,

Interculturalida de e
l
Inclusão na Produção de
Conhecimentos e Práticas
Socioeducativa s Para começar ...

Como explicarei melhor em seguida, ao dizer "D1ferenca Culu.-


rª I" não alu do a diferenças que podem os cha mar uobjeUY..as", 0:-
ta/ modo qu e todos podería mos estar mais ou m en o s fa cil me0
te de _acordo em qu e e~isti riam duas ou mais "culturas" qu e po
deriam s_er "obj eti vamente" descritas e assim identifi cadas sua
diferenças. Desde já, para começar, devo dizer que esto u con ,
Daniel Mato 1 ciente d e qu e uma !inportante "di feren ça _cu ltural" ent re m ei
discurso e o de outros atores sociais é que n~ merÕsos atore.
pensam que existem um-~ -"coisa~·~-u-; -pode ~ s chama r "cu
f
~ias''._~ _que, p_or{an rg-::-podemos-descrevê -las "obj~tiva127 enre·,-
Esta diferença cultural entre esses atores e eu não ter
e base étnica, nem racial, nem de gênero, nem de idad e. m?
ê: se baseia em nossas diferentes interpretações da ex pe riênci;
_hu-mana. Pá-rece-me importante apontar que minha posição
não é uma posição de escritório, mas se base ia em década1
de exp'eriência pessoal e também de pesquisa de campo. lss0
não faz da minha interpretação nem mais nem menos verda
deira que outras, que, seguramente, têm as mesmas fonres E
créditos. Simplesmente aponto esse de~ l~para deixar clarq
e
que não estou propondo um pontod ê '{ i_s_ta meranJ_e_o__te espe-
j
c'uCativ ~·,-f~-cii ~e-1~se· pensáve l ~ scrtló.ri.Q. Mas um que SE
0

baseia pre cisa mente em experie ncias de vida que me permiti-


ram perceber e estudar que o que muiw s cos tuIT1amo s chamar
"~ultura" e "diferença cultural ", e n,b ora não seja algo objetivo,
existe, mesmo quando sejJ em nossas manei~a_s interpretar ?e
- - -- - - . U · ·d • de Cen tral da Venezuela. :nossas experiência s. Ain dc:1 mai s, não s-ó ex iste, como é muito
~ -- D o uto, em c ,t- nuJ ~ Soe 1il 1~. l'1 ofC' sso, T11ul;ir da rnve,_s, d . ..
~ i /0 1 do P,og, a,n" ··c utrur " . ( omu, II Cd UUfl YT,anslor rnilc rone~ Soc1ales .
(._[)Oíl t' fl .'l ( ·
// 11111,, ,, : 0 , \ '- '- 11 n,, , ,, ni'-, d"'- d l" l''-l il bclec 01 1(•l,1~ões, de no s um dos que re1v1 nd ,cam como su,1 u d suP')••,:1 1 • ire :- n
,- e ,;.; • 11.. 1. th, ,d,, ,1 1 \.:i , l~1(e1enças de m\ erprC\ação. pode - c; l! a propn ;; m a ne1r;i d e v I d P1pPrimPn· ,, - 1
, , 1. /, 1·,1• "t\. 1. l l, 1 <1 1'- de representa-la
~ f : ,,,' a,, d :t" 111 11 1cult 111 al1dadr estamos í;ilando de re-:. Por isso espec,a lment p romo p q, :;.:irfo,
, , '- , 1;.• 1-~ •'- 1. u l\u 1c1 r,· seJ arn estas rel açõe'.> de trabdlho, de devemos ter esp~c,.:i p rec2 uç10 em P , ta • ;-; · , - · 1
, , , '- ,- , .1 cm c<- I~-1~,,.., fi , 1r<Y, e socia 1'.:. , d e p rodução de co -
1 experiê n c,as u m a 1cl e1~ pie- cone brda do qu
<: '- "t ·- ,e~ de eclu, d ( ao, o u do que Seja . Em todos os caros, · cultura r\,âo d,go so evrr ar prnw rar n ossas r,r r-
· ·~:, 't! dt' relacoc, c•ntre "c ult uras". Mas "as cultu1 as" não são que e urna cert a cultura~ ttmil c ultu ra es pPc- f.r
; "'- 1c ' as pessoas e/ou g rupos sociai s q ue se au toidentifi -
<.<11."' panir de uma 1de1a p1e -conceb1da ci e cultur.,:i
l '"' 'T' e
s-ão ,de nttlí ca das por o utros, corno "produtoras" e/o u
0 t.. como ·coisa ou con; unto de co1 s::i ~ Porq ue ' dl · ,
, • ;:; .:- J~ de cc, 1a 5 "c u/tur,1'.:,·; qu e se pe rcebe m como d1fe- ( ção leva a acabar d t..'.>.::')brinrlo na redf,dadP >
. _ -._,~ Ertt e s1. O d1: tdlhe cJ e cJ 1ze 1 "se pe rcebem ''. em luga r de nas visões teóricas consolidada ~. e. a~ c, 1111, ao ' i , J.
e ;:1;: r ~ao·. e s19 ni lí ca t 1vo, po rqu e a'rio nt a para dife re nças q ue, só ver o "setor cu ltu1a·. ou soas õnes, as indú stria
•• f """" ce serem qu a li fi cad as co mo "c ultu1 ais''. são visua li zada s/ culturas popu lares e o con sumo cu ltu rê11, e, em t '
. -r·a ~, gni lí cativas po r ao me nos um d os atores soc iais pa rtici- co mo "cultura''. por exe mp lo. as 1ns til u1ções Jurid :-,
,
----
L· ~,E=s nu m cont ex to o u situ ação dad a.
___ /
as institui ções sociais, as manei ras d e se relaciondr
int er pess oal, os valores. os d eseJOS, as manei ras d P 'D'
maneira s de "e nsinar " etc
Exi ste m "coisas" tais qu e poss a mos chamar "culturas "? Quando nos sas práticas de produ ção de conh
De que e stamos falando quando dizemos "cultu ra" ? socioeduca ti vas são inte rcu lt urai s 7 Qu ai s são e "' -
senvolvemos quand o e com quem 7 Ela s o são su ,l,, .
.::: e :ura' nã o é um o bjeto, ne m um co njunto de o bj etos, o u de ~e /ac ion amos com popu laçoes ind íg►enas? Penso :. . . e
,.· it u~os "o bj etivos" de ce rt o~ se res o u co isas. O uso da cate - da ime nt e, semp re é pos sível reco nh ece r a ex1SH:í,
e -, a cult ura" de no1r1 um olh a r, seja es se o do pesqui sa do r ou ções intercultu ra is em qu alqu e r expe ri ência hu rna ~ "_
~ :::e c utros atores sociais. Nesse se ntido, é urn adj eti vo. É por e sermos capaze s de co m pree nd e r qu ando resu ':_ _
, e r.u e. no interio r de qu alqu e r grupo h umano qu e se supõe e prestar atenção a de te rm inada s d ife re nças e mca -, ,-:- ' :e- .- L
E: z."' rmc q ue partilh J "uma cultura", sempre há disputa s sobre
namer-ito entre indivídu os e grup os humanos. OL, -, ... ~~ . e
cc , ... o é, o que é e o que não é essa cu lt ura, o qu e inclui e não cialme nte útil e em que term os. Po r ago ra, deixo e, :-."_. _ _, ·
~ , E usua l obsc, v.:i r essas dif e rc nças e in clusive di sputas, nesse s te rmo s, retom arei ma is adia nt e.
, t·/c:m p lo, enr, c 11111/ he res e ho me ns, o u e ntre ind ivíduos de
1
-: n r,c. ,çn tE-s gE-rações de um me sm o povo indíg e na, o u, quando
' ~ 1rã1 a de um pais, e m , e ge nte de difere nt es reg iões, classes Povos, Civilizações, Culturas e Produ çã o
, r; r :11~, E- tn,as et c.- de Conhecimentos
Pen-:rJ q uE- a t 11c. 1t•nc 1a dessas d ive rsa s re pre se ntaçõe s que
, .d rn lÍ c;1m com o ,. umêl cultura se apres ent am po rqu e cada
As refe rê ncias à sup os ta existê nciJ de du J s classes l.h. ~ -,h_- 1 s c10
1, , , d ,rt,rr , r ,. t :' i 1t H·r,~ 11 c. { u, níl11 0~ e~p ec1;) ln1e 11t p pa1a o <nr..o de ,)lg un1a~ fr equentes em d ive rsos Am bi tos. Segundo ess,1 ir1 .1nt•11 . ue v.. : ·
0

( 1 " · ,n ' j I i· ~ lf l ,r,( ( , . ; ,,, . ' ~nyuu , 1,1 v. . , H.. / u (>lr1 (MAT O, 199 :> ) o tema, uma dest as classe~ ci e s:ibe, L\..~, 1esponde1 1J ,. 1 ''--·nc,,1·

;6
·--·....,,.
l) 1-l~ u .\J\. COIA.N~ 0S'>G::, sv ~ \.> ('.,.t,--Jlff\ \w . . !
t ~
-~ ., 1
C\ . ~~, , 11:.\_\j ~ . rv\....:l& ,'Y\~ S ~ ~ ) _ r--._ ____-r,)
( - ',
VJ
- - -- - ----
GU \__:~\____./-- p
(f\/1..,. ~
·-Y. /~.{)\\
·-<; ", .
corn o de produça o de c?nhec,m ento_s, e ao co0heq ~en- C~ · 2:1..@1 nã o vem de nenhu m ti po de ag ência interp lan etária pa ra
to çie1, tífis 9'; como acumula çao de conheci mentos produzidos a c~_cação da val idade "universal " dos conh ecir12_ ~------------,
1,
\:i e;tifica me nte''. referido segundo os casos a um a discipli na ~ ~ /Pe.lo co nt rário,ess ã7cl e i ã _ p : r o v ~sso hi stórico" \
"cie~tífica" em particular ou ao conjunto delas . Frequen temen- ., ,:,i' QT
.
te/ costuma -se assumi r, pelo me nos im pl icitam e nte, que este CI ~1W 1D ·
r'~ s~ini cLou comª ex P,~n são mjlit ar_e CO nJfiliaLc:le_alíJU.05_ .
povos da Europa, suas visões de _mu_ndq_ e inst itu ições jurí- \
tipo de saber teria validade '\ lll..iY~.I~~I "; ou seja, q ue res ultaria , fJ\~1'.J'r dié-~~,~c~-n ómicas e po líticas, sobre o re sto do planeta . Essa
ve rdadeiro e aplicáve l em qualque r tempo e lugar. '
l v ~; pans ~o eur~peia .de~ 1c;~-o estabeÍe cimento de rel açõ es
( No marco dessa ma neira de ver, ou visão do mu nd o, a ou- ~ e nt re povo s e ci vil iza çõ es dive rsas, relações que ti ve ram e tê m
tra classe cor~esponderia a uma ampl a ~ive rsidade d~ tipos de ,, _. ca ráter in tercu ltura l, só q ue histor ica mente essas rela ções não
s~ber, quer dize r, de modos de produça o de co nh ecim ento e ~✓ ·; fo ram re lações in tercu lt urai s de co la bo raçã o, mas prin cipal-
se us res ultados, qu e, em cont rapos içã o com os do primei ro · me nte de dom ina ção. Desd e o fi m da s re lações de sujeição
tipo, costuma m ser ca racteriza dos co mo "étnicos", "pop ul ares" ,R ~ ·_
· co lonia l, as formas co loniai s de do mina ção políti co -militar, na
O ~J "! ? Cais_". De qu a lqu er modo, costum a1,:;- ;·~r refe rid-Õs·c ; mo . (~ \ ma io ri a dos caso s, dera m lu ga r ao desenvo lvi mento de dive,-
sa/Jeres "particulares'; qu e r dizer "não -univers a is''. t;...J'.::l sas fo rmas d e subo rd ina ção eco nô mica e cul t ur al do s países
\ De ntro de tal visão das coisa s, costuma -se as sumir q ue os , \ ex-co lôn ias co m re lação aos Est ad os Unidos e a lgu ns pa íses J
div,ersos tipos d e sab e r agrupad os sob esta seg unda classe só O
teri.am va li dade e aplicaçã o "local''. pe lo menos até que sejam
\ e~
>11r nn P11 , - - - - - - - - - - - - -·· · - -- ---
- ··-------- -~,
/
va li.dados com os método s próprio s da "ciê ncia". Um exempl o .r1--c4,1~/·'
No cas o particul~ da Amé.r.i ~~+i-r.:i a._(.que. e m minh a vi sã o \
[)_C!Lli q _Br~siD [ C;'I ruptu ra de ·r~la ções co loni i~e fund ação dai \
des?e (il t imo caso é a ava liação e val idação de conh ecim e ntos \ --2' 9
rer-~ úbli~as não acabo_u_~9- r~c~mpJe to co m as form as de sub or
"étnico s" e outros como "loca is" sobre aplicaçõ es tera pê uticas / . / ~
1
de es pécies veg eta is, mediant e métodos "c ientífi cos '; que, dig a-
J1 'J dJ_,n ação ef9 u exclusã9 / os _povo s iQç\ ígen_as _çl _Am~ri_c , nern /
9 9
do~ num e rosos conti9_g_e n_~çl~ E~ l:' la_ç-ªQ afric ana tra1J_q~s_a /
; se d~ pass agem, costum am ser acompa nhadas de sua apro - ~
,_, '- rr:ié ri ca e m cond iç9es g_e e~~av_i~_ª_Q_j: _d_e Sf us d esce nd e ~/
g p riação e pate nte por in sti t ui ções "ci e ntíficas" e/ou laborató ri os
-
_ " .- ,_ ' ~ Jf la-çõe s-·11Tep~-r:q.uicas...en.tr-e-d.~.is _ti.po.~__Q~_J}~:?ej, ~ m pre-_
-•~\G_~t<.) ~
1
~
z;;; (--..J:.arm atê ut icos.
:,- - · \
f r; . Est\ forma de ver a prod ução e va lida de do conhecim e nto, . !lsa me_nt"e ~niirs~ \ o ut '.o -~erni do _c_~n e.local,_~~~ pa r~e .
: d ividid a\e m dois m und os e m que um deles é poss ui dor de ver- ·f: , ; _
1
~sJª-?_g!!'lª ''.'.!C.J S. ('- desqu a~1fi caçao das forma s de sa ber, qu_e , 1/ \
'º ' . • / - - • dizer dos mo y:is d e produça o d e co nhec ime nto e acumu laça o11
~ dades ab sb lutas, é tão a ntiga corno a crença na superioridad e
! li da civi lização ocidenta l que, ne ssa perspec ti va , se ri a a geradora
dos re su ltadod por e les p ro du zidos, do s povo s indíge nas e dos
deyc:e nd e nt~'~da ~ po pu lações afr ica na s escrav iza
1
i e poss uidora de ta l sabe r pretensa m e nte "universa l''.
1
_
_/ !J , é ran ça co l,.6 ni al. Alemâ issõ-;--esfa des
das, é part e el a
~ qu alificaç-ã -é mã. ._.. ,1
1
o
~
~
\
•1~
1
/
~ .\
.1 , form a da e,x,stência d esse s d ois tipos d e re laçõ es qu e
\
:,.1
ta rnbé m
são inte rc0 1turais, sim, mas não d e co labo ração, e sim de do-
~
To do conheci mento está marcad o pelo context o
<.
min ação e/ o u subordin ação e, co nse qu e nte me nt e, de co nfl ito.
in stitucion al e social em que é produzi do
:; . (_ Tamb é m Fonsequ ênc ia d essa herança co lon ia l são -a ~ açõe s ~
i
í A ideia de q ue um ce rto ti po de saber, a ciência, teria va lor"uni-
,:.} ·J >:
l_) ·( )
de s_ubo,r~inação que vincul am boa parte da institucion ali da-
"
~
·---
versa l", e nqu anto ou t ros rn nh ecimen tos teria m va li da de pa rti -
. - --- - - ·- - ·- .- :: -~ -:-
de c1ent1fi~a latino -america na com
Europa Oc1~de nta l e do s Estados Un idos.
a de algumas soc iedade s
....-------- -
da ~
i
-;
{ -:::: 1~ .~ \ '--' ~ ~J.J.:,U ,'. t., '.r~ ..,uT \.P J\ /'--'\ 1 <~ :'/v \ Y' J .>l ,
::;
~
~ <P<_-> 1/ - ,e
" --- y::-.j~'//> -
// 7
_r
(y~
--::--,,\___
-
(1,j·L-c-L.0v r v,._~ "- ' , J • ~ t.,c..v•1c- " '---'
\- ' / P.. que m afe ta a om issã
o do caráter con tex tua lrn ent e f\ ..- L -'-') .~ _'Ç N;
J -:::::< -\ -- - - - l), A n,_ '-- '--
\ rela tivo dos sab ere s e a div isã -~ ) , 1:_ducati v~ . Emseg undo lu
o hie rár qui ca ent re doi s ga r, exige tr abalhar mte ng_~ pro -·-
\
tip os de sab ere s? \-
\
\
------------ ..........
/ ) / long a~ame~ te na r~c? nstr
1
u ção ~e nos
des te da do . As hi sto rias e s1t uaçoes sa s soc1 ed~-~e s a pãct ir
contemporâneas 1·elat1vas
-\ lste qua dro não só afet a as pop ul açõ -a esses robl em as var iam mu ito de
es de orig e m ind ígen a e uma socie dãd e latin o-a me- !
afro des cen den te das soc ied ad es rica na par a outra , mas em o as e
latino -am eri can as, nem tam- ·a·s-;-e-s sêt ípo de di ssociação \
pou co afeta só os cam pon ese s sem . e confl ito afeta tam bem aj:froduç-
te rf'a ou gru po s soci ais urba- ãÕ,c irc ulação, apropriação e
nos "em situ açã o de pobreza'; mas · aplicaçáõl:leTo nhecime nto s, ass inic
tam bém a cad a urna das res- om o-ãs-i:fráticas socioecl u-!
1
pec tiva s soc ied ade s nac ion ais em \ catiVã_SPOTiss o, q~a 1squ er que seja
sua tota lid ade, incluind o tanto m ~~ ~espec ífi.cas .d ~
as respectivas pop ula çõe s de orig luçao de sses coníl1tos , em tod as ela
e m europe ia, co mo as caracte - o d1alog0 a colaboração
riza das ~º.n:º_"me sti ça s", tanto as _ ,ntercu l'.ural entre as divecsas fo
q ue co nse guir am pos içõ':_~ jf_ / rm a~ 1~t am eiíÍe
ce rto pnv1 _leg 10 e pod er, con~o a~q \ ""tJeve111 ,azei pd rte dos ca n~~nhos a_pe rc_
l.:!_e não o co nse g uira m. J o'l ~~ -~
· ~ o con sci. ent-e o u inco nsc--- ien---
tem-= e nte --da- co ndi ção) _!;_s possibi li da de s pa rp'á-'i1â ~ ) ne
9 ~ go e çQlaj;) oraçã ol}I>-'.·\,,_.
\ _pluri e inte rcu ltur a l p ró p ria d e tod inte rc ultural se vee m favorecidas na
a s as soc ied ade ~ l_aJ'i!_10 -a~ e- atual idade, porque do pró ---: -/
.\ ~ca nas con stit ui um sig nificati prio'\coraçã o do Ociden te desenvolv
vo_ las_t ro hi stór i~q. pe lo_q ue irnf eram -se algumc1s cm1cn-
\plica e m term os d e nossa 1gn o
rãs sím-·r:iara to d as as soc íed ã d es
sa ndo as diferen ças q ua nti ta tiva
obs e rva das e ntre e las e m te rmo
_/Ólas tro qu e su põe~ .J.a Deg açã
,dad es de co nstrui r soc_i_~ q_ç_l e

ran c1a sob re nos mes m o~. lss9


latin o -am e rica nas . ultr apa~·-
s e qu a litat ivas q ue pos sam se r
s d e plu ri e in te1cultura liclJd c.
o não só afe ta as po ss1bd1

1
/4
'!\-
~<~
-,

~
<
s d f) ensa me nto que reíl et~m crit
~ pre tensões de sup eri oridad e civ1
ua s inS \~Õ es. incl ui r~.99'7c"ien c1 1
\ j) ele co n.,!2._e cirn en -!: ,~ nta nt
de,. a inst it uciona liclacie

icament e_Ja~'cto so b1e JS


ijz.at_~0a __::lo Om lent c, co mo ele
9~ .c-91210 ffi-0.d~~le P( O~ ç ;-io /
o, ultrapa ssa ndo o fa to _dr CJll C' urn .~
11úmcro cres cente el e ind iví duo s SCJê
l co nscie nte s1c·sc,c1 IL'n l_:s.!{ ,' ·/
2 ma is just~ <' 1n cl~s1v-êl'>, corno
da ciên cia ain?a in tes rõc ;:,ll l .efo_~9s, '. 1
!'! ( ta mb ém qu e ca ~ 1 obs tiiculos à re:-ili zaç5o el as mu d anç
- C-1~1a des tas soc ed ad es po s'>a u1il1 r1s ncccs~ órir1s_! , ; _ , ·• ·_ ; /
§ / os saõ er~-se· tã1e nfo sas eua Tcár'Rei-pa rac on~_tr ui 1 SC' ll presen te
1t1 1 tod os ....,..._
- -
,j_ \v :-,f' -V\ f l•,.
'-r-' 'J
-
- -
- -
'\ ~
-- -----
• ',,., ; • '' ,
/✓ ), 1
11
~' 1))'' -.\1\, ( \, /\ / ' .\
~ , ')
/ ' l ....._ \ "-" ( - V(.. ,(\ \ ,
. e futuro, em lu g ar-d e priva r-se •
/ .
1 , , _ &
d~ proveita1 111~ !10' (~c> lcs. I\Jc - Os es tud os soc i a is e hur n a níst , . J r~ '.
-~ , ·gai ãsp en os denõ s rrie s mo ico s: um ca mp'o , ,- , .'/
);,. a utorn u~1 ; ))' ;
~ \ dad es am p la s e co m plex a s, é cõn 1ds Jdnu u 11u.' e.u in,J '>Ot1v -, es p eci a lme nt e pro pic io p a ra
a col a bo ra / o in t e rcu ltur rll?', 1
'i \ ou talv ez seja ma is a p ro pri ado di
am mh a 1 '><)_1~ , ~1 1 )Ó 1~~.) /~ 7
ze r d e cab<:'~d pa 1d baix o ou lntcress~ me fo ca l1 2,ll esse camp o.
§ \ cor n a_s abe ça e "outro". po ré1u e pen so q1 1c• nelr é'/l
~ Í'--- Esta rea lid ad e não · ·
se en fr ent a com d _sc· lciJ1<1~ dO
c.olJbo raçao enu c º"
q u e pr odu1i in o~' s,1b er na
c1 cr1clc.•1rn,1 e os
; /1 te ci a d ive rsid ad e, ne m com a "n ac fo lk/otllc1,1 -)
1ona l1 z.ic .i o'' d< 11t<J'>, d,111Çd'> c>f
quL ü Í JZe m l' ll1 Oll t l ( JS l'S
iJ tlÇO S ', ()( ti'I I', C par ti c u lé'lr11
cessa 11a e, ao 1rn•s nH1 tl'rnpo. 111c1 H' 11l (' 11 r·-
~ ( r ·-M t un') eS d est as pop ul aÇO E:S,
1', f.1c.tívr l e po tenc1,1l 111t'i'dlº
JO I d11,0\.J · U'., ,1 ::, f( '.:, ll \l ma, ~ fc1 ui qu e e m uuu u·,.
_ '1_ l
1110 1~ ~1, ent os e ritu ai s el e Esta~9\H
llCO f!
<•so
ld-t dl' '.:> ,'
Com1de 10 c.01wt: 1\I L' 1ll L' u1 f,1 t1L<1 1 L:Xp
: -~-tígá fiss ura hi stóri ca que atraVE:'SSa rtOSlvr, 1 (' ' t d p,o fund a e> ,1n ?c,, que 1.. pi:1 1ucul,,1111vntP "111:c(•ss
l1c1ta mc11t l· q1 1(•. 110 c\1-
SdS 50( j( •d, id~·s dl ff\M ) dri a", me refi ro nao s1i e: que e
? ~ .,' ;da eh1 prim e iro 'lu a r re co
;=; / ' / ·,cs iass oci ado s a ela
nhec e r su,1 _l 'Xl) t l 11< 1.1 r .1
ni'lo só em nivl::"I rié'lc1rJ11,1I, 11' c1< 1üp
du•, to 11fl 1 1\L'CP'.>'.>,111d pa1 c1 povu-., 1• 1nt L·IL~c 1uaj
s 1ndi 9e n;is, mé'ls qu e é 1C)U," 1
~ 1m n\ L· I\L:ll'S',dlld \Jdl ,1 ()') (j lllí)O S -
~ ol1t1co de rop ul açr10 (• 11,1, ': , (.\\1, :
, )
' 1
as tam bé m e m cad ;:, um d os espé
íl"
1 t,il \ (•/ L1t1no .i rn cri cJno• q u, , nao s5o i1~d
'I( (J',
ce rn a neir a esp ec ialm e nt e in1p_o 1t J nt L, na1111('> L1(,p;
1
" >' ' J( l.!I '.,,
,1•sq u:) t1 qul' '.i l' r,·,1111,1 11,1 s un 1vc,1',-1
ígenc1<,, ass1rn <on ·.,.~ 1·, '.,
11_ • ,,c 1, 1' ' uli t, 1 d;:id c·~e crn qr,.,\ \ ;-.: - \
-..--------------i ~,.,. ~_ '\ :__.. _ ' / ,..;',' , ; /, .1,
sg_/ ...- .
_/
\
1
/ t. )-../'
--- 1 ✓
, _/ '-
,/
1 ,
dução de conhecim ento que profissionais com formação univer-
ç:!e" é s; la. me?f!lª in~e rcultu ra l e um p~du to relações interc_Li-
sitária realizam em diversas instituições dos respectivos países.
_t~!_?i?_. Ela mesma é intercultural, porqu e se orig ina de divers;:&
!sso é assim pelo elementa r sentido comum de que, se prati-
eF._e:~ê n~ias de vida dos povos indígenas, e em particular, n_çi-
camente todas as sociedade s \atino-am ericanas incluem popu-
f?ro gramas de educa ç~Qjnter cu ltur 91 bi~ue desen_y2,lvi dcs
lações indígenas e afrodesce ndentes (ainda quando diversas em
em numeroso s países, mas não fi cou aí. A partir dessas experr-
seu interior e em variadas proporções), então estudar_e comps e~
ências, ~ inte rc ultu~a~d ad_f fg j e laboJada política , ética e teori-
end er essas ?9S~edad~2,__e m sua g_lS)_~IJ..d~9~ exige_.?_a be~ desses
çamente por comunidaq_~~~ ?!'9_aniz~5._Ões indíg enas, i~c lui ~~()
"_outros mundos". Também o, porque os rostos e cores "mestiças"
seus intelect uai s e dirig E;DJ.es. Fizeram isso para interpretar sua;;
di grandes p~oporções da população , em todas e em cada urna
·experiências de vida no seio de soc iedades naciona is resii-
de stas sociedades, são também um indicador do caráter histori-
tentes ao re conhec im ento e va lo ri zação da s dife renças, assi m
camente "mestiço" de todas as nossas instituições sociais, incl uin-
como para se org a nizar e orientar su as lutas de nt ro dela s, com()
do ideias tão significativas para a organizaç ão e vida cotidiana de
o ilustram escritos e dec la raçõe s de alg un s intelectua is in díge-
nossas sociedades, corno as de família, nação, democracia, cida-
nas amplame n te conhecid os, esp ecial mente do Equ ado r (ve-
dani a, sociedade civil, lei, autoridad e, mercado e outras.
po r exe mplo: BUSTOS 2003; CHANCOSO 2004; MACAS 200i,
Se m colaboraç ão intelectua l na produção de conh ecim en-
2005; MACAS e LOZA NO 2000; MA LDO NADO 2003; PACAFJ
tos sobre nós mesmos, corno indivíduo s e corno grupos so -
200~ss im como a análise <:!_~!.,~ALOS.J.-.-2.0.02) :-----.
cia is, é impossível compree nder nossa experiênc ia social. Sem
Também mepareée necessár io pôr em relevo qu 2 mi nha sen
essa colaboraç ão intelectua l, a compree nsão de significativos
ibilid ade é, ela mesma, intercu ltural . De um mod o consci entt
as pectos históricos, jurídicos, políticos, econômic os, sociai s e
prové m de minha s experi ênc ias e re lações de intercâ mbio con1
ou tros de nossas sociedad es será falsa, fictícia , baseada num
comunida des indígenas e campon esas e com dirigentes in dt
"co mo se" cada uma dessas sociedad es não fosse diversa e al ém
genas. No en tanto, uma vez co nscien te do caráter interc ultural
::: di sso, "mestiça" corno sociedade , tanto como o são as cores de
f pel e e os traços das grandes maiorias de pessoa s qu e constituí-
dessas experiências de minh a própria vida, tan,bém comprE
endo que, embo ra até e ntão não houvesse refletid o sobre ela \
~ mos cada uma destas sociedad es co_n10.f:2 __
t-ª119ade.
_ minha interculturalid ade prové m antes da minha co ndição dr
·~ Por isso, q uando digo que r(ê; la bô ra~_ -'
. i-n-te_r_c_u-lt-u-raj)na '. J pessoa que nasce u e cresce u e m Buenos Aires até os 25 anos dt
~. i produção de conhecim entos sobre nossas_2-Q_ç_)_~9,_a.~-~s__ é_ ' . ne_~
idad e, que já está há 30 anos em Caracas, embora quatro vivido1
f ,~,\ Cessá ria", faço-o enfaticam ente e esQ.e.Iaw:l--º-..QlJ~_se ..eri1'ª.rida
em um terceiro país, os Estados Unid os. Entret anto, log o descu-
~ \ \·suãTmpo rtância e não se tome superficia lmente, cq_mg__.?~ essa
bro que també m prové m de minha refl exã o conscie nte sob re
~ i{ \tosse um fipo de gesto ae caridade para com sugosta.?_)nino- .
,minha condição de homem, de pai e ago ra já de um indi víd uo
j\~~ l~i ãs"; o u·cp mo,se _se tratasse de uma apelação buscand_?..~ -x~ ~·
"-inquentão", que inte rculturalm e nte se relacion a co m mulh e
~\'{( -~ 'coo u o ~omant,co. _ re~ha s e jove ns, e ntre outras ex peri ências intercul turais.
~\ r'._:-
, - 1
~ \ ' . \ -- - -- ·-------
1 Caráter in~ercult ural das ideias de intercult uralidade e Ideias para o debate
] colabora~ ão intercultu ral , .
i \ ,::_:2 -_; ~ 0 \J A/) As práticas socioeduc ativa s e de produção de conhecimento:
! Parece- me\necessário destacar que a .L~e\.~ d_,~-'l"int-e~~-~-~!il_!Lci..ª;_,; . ~ de caráte r não acadêm ico não se limit am às que se in scr eve1T
""· \. ·\ \. ,.
·\ ~.
/-..,1 ,--:.
.._, e,-z ::-.--,i.é.-,)
~' ' . _ :~.,._.,.
. ,~e-:: <\i\\
1
.•
,.J Ki'P
82 \- r~- \ ~
- -1 /
_..- _\Lr,........_
. - 8
1 .. .... ... V 4 1 '\.,"' í
,-:·•1CJ'- J pJr tu d,1, (llh11', e c.tam os
cha n--iad o<, a colabo rar po s- consid eram as elabor açóP-. r~0w <IS p propo ,t d5 , je e J'.l~ : u
m, •,><.ulta1 1el,1t" ame nt e me no res comp ar ad as co m as que ção interc ultura l p roduz 1dr1·, pnr -i!Qu~l e~ 1ntele- :'ud1'> -::. . . Je,;, )
;:cce,...,05 1dent1fica1 co mo exist e ntes e ntre povo
s indíge na s e be res. retori camen te. '>élO lou ,ado, Isto pod~
, ~~ oo',e• . 1 1 > • ...
, ,,:: -21.1ao es C1c1ci e nta1s". textos acadé micos que louvil m d 1rr'Ç1')r •-:Jrc 1,3 cr
ind1gena, mas cuJas fontec; ,,,n11c.:is -:or re,pon
5 ) \. ,,,.., e<-que ca mo<. rl, ··
qu e e m re lação a ce rtos ass un tos as d1- mente a public ações acacle m1c:s. Tamh" 'Tl pod"'.
'•::·~ ·, , Js en tr e as cu ltur as in stitu cion ai s, p ró p rias de di versos 1dent1ficado some nte reven d o JS r0 s~,ec /
~ e.::-s de êl, '>~(r
org ani zaçõe s das socie dade s "ocide ntai eia~
s" e/ ou "mes- b ib liográf icas, fr e qu e ntem en te repleta '> d-:;' r;r,· i , :
- ça, são tais e tão significativa s que se pod e es te nd e r a elas res de prestí gio intern ac ional. escrita s ong,n 1
e aprove itamen to que a m<:>~ ·-: •...,.
as reflexõ es sobre inte rcultu ralida de e ou fra ncês, e que são men cionar ias nessas
:· , ,)go inte rc ultura l tro uxe ram e continur1m lírig•... ~-, ;
traze nd o aos in- d uçõe s. Esta s obra s muito rar,11n e nt ~ fazem
'.c. e~tu a,s indíg e nas. co mo, por exe r~ ie' '?"í'
mplo, situ ações de e ncon- o u d eclara ções d e intelc c tuc11 s de f()r,1 d~ aca
: o e ntre funcio nári os d e ba ncos mu ltilater ais dt'm •
e re p rese ntan tes \\ o faze m, em g e ral es sas soe, rmrre> m
,Q orga nizaçõ es ca mpon esas ,ll1 funcõ es d
ou d e bairro, ou e nco ntro s entre d ad os, e se us auto res são
;:•ofiss1o nais d e tradiç ões d iscipli nares muito trc1U1ci os com o "1nfor rr i; ·
.-------.. --- difere ntes etc. \ tros casos, ne m mesm o co ntê m r~fe. renc1c1s a
-- -- est-:: '.) J - ~
---- ---·-- - - - - - ----
6 ) E i'11 portan te e vitar qu e a co labora ,\.__-
ção interc u ltu ra l entre in- r 8) 'É nece ssário que n ó s, inte lecrua rs
que desen ~
~c t::c tu ai s da acad e mi a e/o u ag ê ncias gove
ccopê r;çâo inte rn acio nal e intele
rn ame ntai s ou de
--
sas prá ticas na acad e mia ou e m agê ncia s g overn
) ....,.,
ct uais indí gena s, afro de sce n- coope ração intern acion al, supe re mos qua
C1..:n:es. o u d e qu alquer cont e xto o lquer · : - - ) :l
u grupo so cial, ca ia na arma- un iformi zan te sobre
~~ l,a d e se red uzir os int elec tu ais ind íg e na s e afr od::-<: . ~-- , -
à a plicaç ão d e a lgum as cons ign as já in stitu- t; s, que frequ entem ent e estão a )soc
~ 1ad a s a 1mac y :: r~-:::, :. : : Js -2
c anal iza das qu e, em últim a instân ciJ, ex p re ssam
e re produ zem .
rom â nticas d e sses povos . E neces c.a ri o levar
.C 0r ç,1s relacio n ad as co m a supo sta supe e:-n : ,r' ) : ·
rior id ad e d o rr1undo . que tanto a id eia de in telect u al in díg e na como
0.._ ,den ral, ta is como "dar voz aos se m voz" e "leg a :'t. ~ ·
itim ar sabe re s". ) afrod e sce nd e nte oculta m nu me ro sc1 c:, ci
C ; Cu um a dessas forr~ as d e sabe r te m iferenc Js 2 ., - _ ·-:-: -
sua ; próp ri as vozes, pelo [( rior. Essas corres ponde
rl"en os e m -seus respec m , pe lo me nos. aos dive rsos-:- : · _ :. - : e:-·,
tivo s conte xtos, e todas elas são legíti- povos indíge nas e popul ações afrode scend ente
r• _;S , pe lo meno s e m se us respec tivos co ntexto s ass n - C:) 'I.) .:
s de produ ção e divers idades e difere nças
2r:, 1 Cdçã o. Isso va le ig ua lm e nt e para iQQªS as associ ada s a ex pe nenc J~ 2::, , o,·, -
fori~ ~QE =~Í ticulares, que inclue m, ma s não esgot am, aq u21 as •~ J '. 1\ JS c1J
~ -mai~ ~ J _. 1 rural e o urban o. Esta s difere n ças não acaba m a1. hJ ntc e:;,..ia s
/ indíge nas e afrod escen dente s q ue se move
7 ~' .r) que d iz re spe ito aos int e lec tuais da acade
m e,c:u : ; ._ 2 ~1cri t2
mié'l e rn parti~ no mund o da oralid ade e há
C~Jl,:r, pare ce- me ne cessá os que pc1 rtic ipa m rPJ :i e .1 ·11enos
rio ~uper ar urg e nte me nte a etapa da ativam ente no da escrita . Tamb ém e xiste
;.:rr · ;-1 dE: tE: 1.tos nos quais se louva
o um nurT'c o:, 2:,cen -
extrao rdin á rio valor do s te dele s que
Sr1h E- rE:s de tem forma ção un ive rsit ar1c1, incl u:. 1\ c
iri tPlect u ais e povos indíg e nas, afrode sce nd e ntes
0rn ni,e,s de
especi alizaç ão de pós-g radu ação, el e rn es trJci
ou o ut ros his to rica me nte exc luídos (de/pe
\ o e de dou to rad o.
Ías institu ições so- No entan to, até ond e conh eço, na m Ji
c1 ,1, s hege món icêl s), mas que es tão basea o ria d os casos J forma-
dos exclusiva ou pre- ção univer sitária
cl orn ,na nte mént c.: e m fo nt es teó ri cas acadê não anul a, rnJ s e n riqu ece sua se nsibil id ad e
m icas, já que não pesso a l, visão de mund o e ace , vo de c. Jbe r,
con stitu íd os a par-
86 1
..:""-:::r;::;,~ ( ;:-<';'l_·.r">:-._·,"-· ..,, :;-">-. ·:,·
tir dos saberes, experiências históricas, necessidade s e desejos
•..f
conhecimen tos, como os co loca mos em relação a outras . expet -
de seus povos, assim como de suas próprias experiências pes- _,_ _ - - - . ------ - --- -·- - r. '
soais frequentem ente ma rcadas pelo rac ism o e discriminação. riênci~_s de apre ndiz~gem~ i~to é, a_tod ~s.as nos~a~exp~ri ên_cj as
de vid a. ·
Até Q_nde se i, a mai oria destes colegas ap rendeu, por dizê-lo de _,,.,..-:;:--·
/
alg um modo, em d ois "m undos" e em suas relações.
--
9) De meu ponto de vista, os problemas ma is difíce is de 1·eso l-

· 12) Final mente, creio que é nece ssário co nsegu ir qu e nos_s as


·pr áticas socioeduca tiva s estej am alime ntadas por um a sensibi-
li dade intercultura l,,o q ue ~ põe, entre ou tra s coisas, que cada
ve r para desenvolver formas e experiência s específicas de co -
laboração intercultural são os de "tradu ção". No entanto, co m um de nós 0 I [ t ~ e ~ valo res de curios id ad e _profu nda ,
res f)e ito e va lori zação as visões de mund o, val ores, inte resses
essa palavra, ~ão 9 IL_JQQ s.im.pLe.s.m.e.rite,-ª._f)lQb~.m.ª-.s de trê!d~_ç_~9_ e ~abe~es ã os ciem~-,s~_ _ - . --
çi e 1?aJav1·as e idei as de J:!_r_l_l_a ~~gua para qut ra, mas às vi sõ_es ~ '.':-- -
d~ lll!,LQ.QO, sen~jpijiq 9_g'?_S e ~en_t_ldo. A linguística nos ens in ou
A reflexã o e o debate estão abertos, exerçamos e ntre nós mes-
que eles se expressam nas lí0 g uas, mas não aca bam nel as e não
mo s o diá logo intercu lt ural, esc utemo-nos e ap rendam os mu -
pod em se resolver co m dicionários. São p robl e mas ge "co r!]_u ni-
tuam ente com respeito e ve rdade iro interess e em conh ecer os
caçã o interc~[!l!_rºC sobre os qua is devemos traba lh ar cuidado-
out ros, em ap render _~om os o utros 3 ._ --- -- - - -
sa-i11e nte em cada caso e contexto. - -- - - - - - - - - - - ~
\
1 O) .A_co laboração inte rcultural nas unive rsid ades não pode ·-
se li mitar a asseg~rar cota·s para .esl:úêíantes e/ ou Í;)íofesso res
~
indíg_inas, afr-;desceri dent~-s, -ou d-~ ~-~tr~;- grupÕ~ ~;-ci ~ s- ~t~- ..:2
\µAA · ~ . .J
alm e nte excluídos, nem aos conteúdos que se aprese nt am nas
escolas de antropologi a,., mas ·deve p ri'.ti_r_çjo ress:,_~~~~(~~ nto
do valor dos saberes dos p·ovos indígen as, da s P~l?~~_çõ~s afr~--
élesc~e-ndeoJes ~ e~ J;Je"r~i d~s gr~-pos s·o cia.is excluídos, o ·q-~e _,.
e d_e rn anda (e oferece a o-p~~t unid àd_é_de) um._a révis~o dos- p la- I
:=
.; ~~s_çJ ~ ~~twd·;- em tQ_Q;~_as dJ_~ lin~s___g~_f_o r~~~~ in_cluindo '
'X" e_conomia, direito,
g m~_ d içjm,_histór ia, ciên_c!~~__P?l~t_i_~as, comu_:...,/
_____---------- _
8,_, -_ nicação so cial, etc. _ ______ --- - _.,,,-·
~ ,_
___-------
·-,. . ',,
,:~~) A~o_l_~!2_o!_ªi~.? -~n_t.~rcultural nas U[lÍY_E:.fàlQil des. ,pode (e
eleve) _da r lu_g__a__i_à rev isão dos modos-9_e aprendizag em l nstitLJ-
g
<
-~
--
cionalizados nas mes mas . As aulas e laboratórios não são nem
º úni co nem o melhor lugar para aprender. Ler_te xtos e escuta~ _
profes~~_re~ EJ?-~tj r_o que eles dizem não EL~prender ~ ~r. e _
r.i'
:J
.:; c_~nh ~c~r o que outros pensam e tra11,smitem através da escrita ;_,
~
É
2 C?~ d_a palavra_yiva ~-in:i_P911ªf1.~ Q2~s,'a~.!:!:_disso, é necessário ,
~
-::;
sab e r o que se faz com tudo isso, como nos apropriamo s desses
x_ -- ---- --. - --- - - 3
.
Este texto foi traduzido do espanhol por Maria Ang él ica Lauriano .
88

.. ..
'" . ~ ·:....
.-~1 ~ ! ~ ~~·. ; ;::•~~ f: -: ·
, , ... ..._ r .. .

Referênci as Bibliog ráfic a s
GRUESO CASTELBLANCO, Libia R. Rep resentaci one s y relacio nes en la co nst ru cc ,-
BUSTOS. Mario Comunicació n. política y cosm ovisión. Entrevista re aliza da por Danie l ó n dei p roye cto político y cul tu ral d ei Proceso de Comu n idades Neg ras -PC N· en el
Mato. Caracas: Colecci ón Entrevistas a lntelectua les Indígenas , n. l . Prog ram a Glo- con tex to dei co nfli cto arm ado en la región dei pacífi co su r colombiano. IN. MATO,
balizac ión, Cultura yTran sformaci o nes Sociales, CIPOST, FaCES, Universid ad Cen t ra l Dani el (coo rd./ Po líti cas d e eco no m ia, ambi en t e y socie d ad en t iempo s de gl o -
de 1/enez.uela, 200 3. b aliza ción. Cara cas: FaCES, Unive rsidad Central de Venezuela, 200 5. D1spo nivel em
Dispon ível em: http://www.g lobalc ult.org.ve/e n t rev istas.htm l h ttp://www .globa lcu lt.org.ve
CHANCOSO. Bianca Sobre Pu eblo s Indíg enas, Dipl o maci a Ciu dada na, e\ Foro Soci al ICCI- Ri mai "Editoria l''. Bo let in ICCI-Rima i, Publicac ión de i Institu to Científico de Cul-
Mund ia l, Sa bidurías y Unive rsidades. Entrevista rea lizada por Dani el Mato. Caracas: tu ra s Indíg enas, ario 2, n. 19, oct ub re, 2000 . Nú m ero temát ico d edicad o a la Univer -
Colecci ón Entrevistas a lntelectua les Indígen as, n. 4. Program a Globaliza ci ó n, Cultura sida d Intercultura l de las Nacio nalidad es y Pueblos Indígen as, Amau ta, Was,. pp. ~-9
y Transformacione s Socia les, CI POST, FaCES, Unive rsidad Central de Ve nezuela, 2005 .
Disponível em: http://www.g lobalcult. org. ve/e n t revistas.h tm I LOZAN O, Al fred o Sín tesis de la propues ta técn ica académica de la UINPI. Bole tín
ICCI-Rim ai, Pub licación d ei In stitu to Cien tífi co d e Cu ltu ras Indígenas . ano 2. n_ i 9.
CHOQU E, Ma ria Eugenia Y CON DOR \, Ca rl os Mama ni Reconstit ución dei ayll u y de- octu bre, 2000. Número te m átic o dedica do a la Un1ve rsidad Intercul tural de las Na-
rechos de los pueblo s indígenas: e\ m ovimiento ind io en los And es de Bolívia. IN: cionalidades y Pueb los Indíg enas, Am autai Wasi. p p. 26-6 1
ALE JO, Esteba n Ti co ma (comp.) Lo s An d es d esd e Los And es. La Paz: Edi cio nes Ya-
chaywas i, 2003 . pp. 147- 170. M ACAS, Luís lCó m o se fo rjá la Universid ad lnterc ultura l7 . Boletín ICC I-Rim ai. (pu-
blica ción dei Instituto Científi co d e Cult uras Indíge na s), ano 2, n. 19. octubre. 2000
OÁVALOS, Pab lo Movi mi ento indígena ecuat o riano: Co nst rucc ió n po lítica y ep ist é- Núm ero tem át ico ded ica d o a la Un ive rsi dad In tercu ltu ral de las Nacional idade; y
mica . IN : MATO, Daniel (coord.) Estudio s y otras prácticas intelectuale s latino- Pueblos Indígenas, Amautai Wasi. p p.20- 25
am ericanas en cultura y poder. Cara cas: Con sejo Latin o-a mericano de Ci encias
Sociales (CLACSO) y Universidad Ce n tra l de Venezuela, 2002. pp. 89-98. MACAS, Luís Diá log o d e cultu ras. Ha cia el reco noc im iento d ei o tro. IN: Yac h av k u na
Di spo nível em: <www.g loba lcu lt.org.ve/ pub/ CYP.htm >. (publi cación de i In st it uto Cien tífico d e Cu lturas In dígenas), n. 2, cl iciembre. 200 l . pp
44-5 5.
EL AC HKAR, So raya Una mi rada a la ed ucación en d erechos hum anos desde el pen-
sam ,ento de Pa ulo Frei re: Práctica s de in terve nció n polít ico cultural. /N: MATO, Dani el M ACAS. Luís Derecho ind íge na y d erecho cons uet ucl ina rio. IN: Yach ayku na (p ubl ,-
(coo rd.) Estudios y otras prácticas intelectuale s latino-am eric anas en cultura y cac ió n dei In stitu to Cien t ifi co d e Cu lt uras Ind ígenas). n . 3, d iciem b re. 2002. PP 5- 11
poder. Caracas: Con sej o La tin o-a m ericano de Ciencias Sociales (CLACSO) y Unive rsi-
dad Centra l de Venezuel a, 2002. pp. 11 1- 120. MACAS, Luís Refl exio nes sobre el suj eto com unit ar io, la de m o cracia y el Estaclo En-
Dispo nível em : <www.g loba lcult.org.ve/p ub/ CYP.htm > . trevista rea li zad a por Dani el M ato, rev isada y ecl i ta el a p o r Lu ís Mac;:is y P;ibl o Da 1alos
-~ Ca racas: Colecció n Entrevist as a lntelec t uales Indí ge n as n. 3. Prog ramo Global,za c, -
~ FALS BOR DA, Orlan do Conocimien to y poder p o pular. Bogotá: Sig lo XX I, 1986. ó n, Cu ltura y Transfo rm aciones So ci ales, CIPOS T, FaCES, Un iver sicl ad CentrJI de Ve -
t nezuela, 2005 .
·e. FR EIRE. Pau lo Pedagogia dei opri mido. M éxico: Sig lo XXI, 1970 . Di sp onív~I em: http://ww w.g lobalcult .o rg.ve/e ntrevist as.ht m l
~
e:
e FREIRE , Pa ulo Pedagogia de la esperan za. M éxico : Sig la XX I, 199 3.
" MAC AS, Lu ís y LOZANO CASTRO, Alfredo Re fl exion es ent o rn o ai p roce ,o colon1z;, d o ,
a; y las carac terísticas de la ed ucac ió n u ni versit ar ia en el Ec ua do r. Bol e tin ICCI -R im ai,
~ GARCÍA, Jesús "Chucho" Comun id ad es afroameri ca nas y transfo rmacio nes sociales.
Pub lica ción d ei Instituto Cien tifi co d e Cul t uras In d ígena s , a ri o 2, n . 19. octub re. 2000
"' IN. MATO,Dan1 el (comp.) Estudios latino-am eric anos sobre cultura y transfor -
-' .Número temá t ico d ed icad o a la Un iversidacl Inte rcultural d e las Nr1 ciona liclacl e, y
"'
e m acion es sociales en tiempo s de globali zac ión . Buenos Aires: CLACSO -UNE SCO, Pueb los Indíge nas, Amautai Was i. pp. l 0- 19.
·~ 200 1. pp. 49- 56. Di spo nível: w w w .g lob alcu lt. org.ve
<
"'e: M ALDON ADO, Luís Ciudada r ia Di!sarro llo y cooperació n intern acio nal en IIPmµos de
1 GA RCÍA, Jesús "Ch ucho" En cuentro y d esencu en t ros d e los sa beres. En torn o a la
africa nia 'latin o-a meri can a · . IN: MATO, Da nie l (coord.), Estudios y otras prácticas
glo baliza ción : una visió n autocrítica sobre e/ m o v,mient o indigena en Ecuador En tre -
vist a realizada po r Da n ie l Mato. Caracas: Co lecció n En t rev ist as a lntelec tuJ !cs lnc!,-
i
~

intelectuales latino-amer icanas en cultura y poder. Caraca s: Consejo Lati no-ame -


ri cano de Ciencias Soc iales (CLACSO) y Unive rsidad Ce ntra l de Ve nezuela, 200 2. pp.
genas n. 2. Prog ram a Glo b alizaci ó n, Cult ura y Tran sfo rm aci o nes Soc1a les. CIPOST.
FaC ES, 200 3. Universidad Cent ral de Venezuela.
145- 152 .
Dispon íve l em : h ttp://ww w .g lo b alcu lt.o rg.ve/e n t revistas .ht ml
w D,sp on1vel em : <www. g lo balc u lt. o rg.ve/p ub/CY P.h t m > .
90
·•. •.; ·, ':,·- . r. ''"'-~!.;-/!)~V"
.. ,:', :--
. .... ~
··, --
.,
r, ' 1\1 O. D,uu,• I D,spu t,i, e11 l.1 Co 11 st1 ucc 1ó 11 de Id en tidades y "Li teratura s OrJ les" en
L,111 'LJ111J,1dc>s lnd1g en,:is de Ve n ezu ela: co nfli ctos en t re narradores y pa pel de inves- rd cas: Univers1dd d Ce ntr al de Venezu ela, 2íJO~ pp LS 7 28 2. Disponível: www glob al-
cu lt.o rg.ve.
t,yJJo, c>s y ed1tor1a les. Rev,sra de lnvemg acion es Folklóricas (Univers idad d e Bu enos
;11,e-l n 7 l " 92 . pp. 40 --. 7. Dispo nível em: www.g lobalcult.org. ve
SARANGO, Lu ís Fernando La ad rn in1 strac 1ón ele 1ust1c1a dnd ,na en el Ecu,idor. L11 1a
prác ti ca ances tra l co n reco nocim iento constit ucional. Ya ch aykuna (publ,cdc,ón dei
1\ \A TO. D,rn 1cl 2) Est udios y otras prácucas inte lectu ales lati no -americanas en cu ltura
lnstitu to Ci entifico de Cu ltu ras Ind íge nas). n. 5, 1ulio, 2004. pp. s 3· l 02
y podei IN . MATO, Daniel (co ord.) Estudios y otras prácticas intelectu ale s latino-
ame ri cJn as en cultura y poder. Caracas: Co n sejo Latin o -am eri ca no de Ciencias So-
TI COI\JA ALEJ O, Es teba n EI th ak h1entr e los aymara y los quichua, o la demQc1Jc1a '? n
wlt:>s 1CL ACS O) y CEAP. FACES, Universidad Central d e Venezue la. 2003. pp. 21 -45 .
c
1
•,;1,1n ,ve l em : < www.g loba lcu lt. o rg .ve/p ub/ CYP. htm >. los gob iernos comun ales. IN: TICOM A ALEJ O. Esteban (cornp.) Lo s Andes de'..:!~ L•;s
Andes. La Paz: Edicio nes Ya chaywas i, 2003. pp. 125 -14 6.
'.i,\ 10. ü,1111el D1versidad de co nt ex tos. de prá cti cas intel ec tu ales y de saber es : Refle-
TOl~RES, Ram ó n y SAF<AN GO, Fernando Facu ltad de Derecho y Cic:nc ,as Po l1 '. 1cas. ên
"-.; ne~ conceptuale s y sobre la (mod es ta) expe riencia intercu ltural d e nues t ro Pro-
Bole tin ICCI- Rirnai, Publicación dei In stituto Cientifico de Culturas lnd,ge na;. ano
<Jldrn a en la Un ivers id ad Centra l de Venez u ela. Ponenc ia prese ntada en el Simposio
2, n. 19, octubre, 2000. Nú m ero tem ático dedicado a la Unive rsi d ad Intercultural rJe
n .: 8 De la diversidada la complej idad: Hacia un a ep istemolog ia plural desde lo loca l
las Naci o nalidades y Pueblos Indíge nas, Am autai Was 1. pp. 84- 91.
i1:11n er Congreso Latin o-am ericano d e An trop o log ia Rosa ri o, Arge ntin a, 11 ai 15 de
;c:1 10 el e 2005 . Disponível em: www.g lo ba lcul t. org.ve.
Uni versiclad lm ercu ltural Amawlay Wa si Surnak Yac hayp i, Alli Ka wsaypip c1s h y,,._
ch akuna / Apr end er en la Sabiduría y el Bu en Vivi r. Quito: Univers, dad 'r.t-::réul•. .1·
/1,\ IJA RES, Mar ia M archa Refl ex io n es pa ra en frenta r el racismo en Venezuela. IN: ral Am aw ray Was i, 2004
Mf\fO. Daniel (coo rd. ) Políticas de identidades y diferencias sociales en tiern pos
d e gl o b alización . Caracas: Facu ltad de Ciencias Econó mica s y Sociales, Univers idad
VARGAS VA LE NTE, Vi rgínia Lo s fem inism os lati no -ame ri canos en su transllo ai nue . o
Ce nt ral de Vene zuela, 2003. pp. 63-78 .
Mi lenio. (Una lectura po lítico persona l). IN: MATO, Da ni el (coord.) Estu dio s y otr as
D, spo nivel em: www. golbalcul t.org.v e.
práctic as intelec tu ales latin o-america nas en cu ltu ra y poder. Ca raca s: Conseio
Latio o-america no ele Ciencias Sociales (CLACSO) y Universidad Cent ral de Vene!uelil.
iv1IJA RES. 1\/laría Ma rth a Ciudadanía, soc 1eda d civil, red es soci ales o el co nstante re- 2002. pp. 307-3 16.
aco modo a los nuevos términos. lDebemos aprender a habl ar de nuevo 7 IN: MATO, Dispon íve l em: www.g loba lcult.org.ve/ pub/ CYP.h trn .
Da niel (coo rd. ) Políticas de ciud adania y sociedad civil en tiempos de globaliza-
ci ó n . Caraca s: Unive rsidad Cent ral d e Venezu ela, 2004 . pp. 53 -65 . Dispon íve l: ww w. YAMPARA, Sirnó n i_Desa rro ll o / pro greso o summa qa mana de los ayllus and ,nos 1 1~1-
qlo b alcu lt. org .ve. autores va ri as i.A dónde vamos ? Progreso en difere ntes culturas . La Paz Funda·
ci ó n PIEP, 2004 .
:,
PACARI . N111a Entrevista rea lizada po r Da niel Mato. Caracas: Colección Entrevis tas a
lntelectuales Indígenas n.5 . Program a Globa lizac ión, Cu ltura y Transform acio nes So- o
J:_; C1Jle,. CIPOS T, FaCES, 2005. Un ive rsidad Cen tral de Ve nezuela. Q
-~
D,s oon ívs:: I· h ttp:/ / www.g lobalc ult.o rg. ve/entrev ist as.h t m l
i
5
; QUIND E. Isidoro Facu ltad d e Ciencias Agroeco lóg icas. Boletín ICCI-Rimai, Publica -

'>
c16n de i In stit uto Cien tífico de Cultura s Ind ígenas , ano 2, n. 19, oc tubre. Número ~e
-;
1emá uco dedicado a la Universid ad Intercultural de las Nacion alidade s y Pueb los 8
:_;
"'
In d ígen as. Ama uta i Wa si, 2005 . pp. 62-74. :;;
'ih
4r~f~
,~~i~~
RMvlÍREL. ;; ng el, USH INA, Pedro y DÁVA LOS, Pab lo Facul tad Intercultural de Fi loso -
..,
~
..4Í~~
~
""
fia . Len yua s y Cie ncia s de la Edu cac ió n Boletín JCCJ-Rimai, Publicación dei In stit u-
~
- -
< to Cient ifico de Culturas In díge nas , ano 2, n. 19, octubre, 2000. Número temático
,.,
ded1catlo a la Unive rsid ad Intercultural de la s Nacionalidade s y Pueblos Indígen as, /,~ . .. <'. ·
A111 aut a , Wa,i pp. 76-83.
'•\~.
f/APP/\P ORT. Joan ne EI es pac io d ei diá logo plu ralista : histo ri a d ei Prog rama de Edu-
? cr1ción Bil ,ngLi e d ei Con sejo Reg iona l In d ígena dei Cauca. IN: MATO, Daniel (coord .)
~ Políticas de identidades y diferencias sociales en tiempos de globalización. Ca-
,.,
,e
-5

Você também pode gostar