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ARQUITETURA DE TI E
MODELOS DE NEGÓCIOS
CONTEXTUALIZANDO
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rapidamente. Assim duas políticas devem ser elaboradas no nível de aplicação:
como o armazenamento de dados (em seus diversos formatos) se dará e como o
desenvolvimento (seja interno ou terceirizado) de sistemas será encaminhado.
Conteúdos pessoais, como foto e vídeo, estão gravados nos discos das
estações de trabalho.
E-mails sem validade (junk e-mail), spams e mensagens antigas, cujos
assuntos já foram resolvidos estão arquivados junto com e-mails úteis.
Múltiplas cópias da mesma versão de documentos e planilhas são
encontradas por toda a empresa.
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Múltiplas versões do mesmo modelo de documento ou modelos de planilha
também são comumente encontrados.
Extensos arquivos de monitoramento de atividades (logs), muito antigos e
desnecessários são armazenados.
Bancos de dados têm réplicas que não são utilizadas.
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Mas, é possível que encontrar volumes significativos de dados fora dos servidores
ou dos repositórios oficiais da empresa.
Esses dados gravados em espaços não oficiais compõem um excedente
que pode ser considerado na definição de uma grade de armazenamento
(Storage).
Também é importante identificar a taxa de crescimento dos dados,
especialmente aqueles que estão distribuídos nas estações de trabalho.
Todos os dispositivos de armazenamento, em servidores e estações de
trabalho ou dispositivos de backup devem ser registrados, bem como as suas
condições de ocupação, garantia, contratos e níveis de serviços.
Mídias removíveis e dispositivos móveis devem ser registrados
criteriosamente, de modo que eventuais perdas ou roubos não ocorram
despercebidos.
Todos os elementos devem ser identificados e ter registrados eventuais
contratos de garantia, serviços e respectivos acordos de nível, de maneira que
cada elemento seja devidamente e eficientemente gerenciado e suportado pelas
equipes de TI.
O inventario inicial fornece uma lista sobre o que existe. Mas os detalhes e
a lista final somente serão obtidos com a participação das equipes técnicas e de
negócios. Devemos buscar todos os elementos e conteúdos de armazenamento
em todos os níveis e unidades de negócios.
Ainda, equipes de desenvolvimento, arquitetos de sistemas e
administradores de banco de dados podem fornecer detalhes sobre questões
relativas ao crescimento dos bancos de dados, necessidades de disponibilidade,
taxas de uso e taxas esperadas de crescimento.
Gerentes de nível médio também devem ser envolvidos. Eles podem
revelar planos de crescimento que impactarão as políticas de armazenamento em
médio e longo prazo, o que altera requisitos técnicos e funcionais.
O inventário, finalmente, deve garantir que a capacidade e a disponibilidade
de cada dispositivo, a frequência de uso e as regras inerentes a cada elemento
ou conteúdo foram levados em consideração para o planejamento da política de
armazenamento de dados Ele também permite identificar dispositivos que devem
ser descarados, por conta de obsolescência, e recursos que devem ser
centralizados, para ganho de escala e aumento da disponibilidade.
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Assim, todos os aspectos que podem refletir mudanças na política de
armazenamento são revelados, estudados e as necessidades dos negócios
alinhadas a todos os elementos técnicos.
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requer controles de versão, de forma que seja possível rastrear todas as
alterações e, e eventualmente, restaurar alguma das suas versões.
a criação de espaço;
a adição eventual de dispositivos ou de contratação de serviços em nuvem
para armazenamento;
a solicitação de espaço para uso pelas equipes;
a solicitação de acesso a dados;
a exoneração de credenciais de acesso;
a liberação de espaço;
a solicitação de serviços específicos de segurança como backup e acesso
remoto.
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Limites de espaço de acordo com os tipos de dados: tipos diferentes de
dados requerem tratamentos diferentes. Por exemplo: limite de espaço
para e-mails pode estimular os usuários a manterem seus e-mails de valor
e descartarem os conteúdos desnecessários. Arquivos de log de
aplicações, por exemplo, devem ser controlados de forma rígida, pois
tendem a manter dados indefinidamente, requerendo tratamento da vida
útil das informações em log.
Ciclo de vida das informações: ainda que toda informação seja importante,
ela pode ter prazo de vida útil ou, ainda, ter seu nível de interesse reduzido
à medida que o tempo passa. É necessário definir os critérios que indicam
que determinados dados devem ser gravados nos dispositivos de
armazenamento, a partir de quando esses dados devem ser movidos para
áreas de menor uso (guarda de longo prazo) e critérios para exclusão,
quando possível.
Tamanho dos dados a serem guardados em longo prazo (data retention):
os dados as serem guardados nos recursos de longo prazo também devem
ser revisados quanto à sua validade, com atenção especial para o espaço
dedicado para eles. O espaço utilizado na guarda de longo prazo implica
em custos e pode se tornar inviável se não houver um limite quanto ao seu
tamanho.
Critérios para permissão de acesso: sempre há a necessidade de fornecer
acesso a espaços de armazenamento, especialmente para parceiros de
negócios e terceiros envolvidos em projetos de execução interna. Como
esses terceiros passarão a acessar dispositivos de alto valor para os
negócios, devem ser definidos critérios de segurança, credenciais e limites.
Estão envolvidos não só os sistemas de arquivos, mas bancos de dados e
demais elementos do sistema de armazenamento.
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2.1 Tópicos específicos de armazenamento
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2.2 Especificações do sistema de armazenamento
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Todas as gravações têm de ser testadas proativamente e
preferencialmente, de forma automática. Assim, um eventual problema
de gravação será corrigido em tempo de criação das cópias ou as mídias
defeituosas serão automaticamente identificadas como tal.
Todos os arquivos de backup devem ser testados para verificar sua
capacidade de restauração. Uma cópia de segurança impossível de ser
devolvida ao seu estado original é inútil.
O deslocamento das mídias de backup deve ser monitorado,
especialmente quando armazenadas em locais externos. Somente
pessoal previamente autorizado deve manter contato com as mídias,
que devem ser transportadas em embalagens seguras.
Dados críticos devem ser criptografados durante a gravação, de maneira
que o eventual roubo de mídias de backup não causa um vazamento de
dados.
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ou de todo o software. Nesse caso, a empresa tem a possibilidade de optar por
criar sua unidade de desenvolvimento ou contratar empresas especializadas.
Mas, qualquer que seja a estratégia de software, a arquitetura de TI deve
ser responsável por elaborar os processos pelos quais os requisitos são
determinados, o software é homologado e quais são os critérios para retirada dos
sistemas de funcionamento.
GERENCIAMENTO
MANUTENÇÃO
DE REQUISITOS
DESIGN
DESENVOLVIMENTO E ARQUITETURA
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identificados, documentados e analisados. Então, iniciam-se as etapas do
desenvolvimento da aplicação. Essa abordagem é clássica e busca reduzir as
incertezas sobre o projeto de aplicação, seu custo e duração, partindo do
pressuposto de que, se todos os requisitos são conhecidos, o projeto de software
pode ser plenamente planejado e não haverá grandes variações em sua
execução.
Esse modelo é adequado para cenários em que o mercado e estável e não
há fortes mudanças. Ou em situações em que os requisitos funcionais são rígidos
e não mudam. Porém, se uma mudança ocorre, é gerado um grande impacto
sobre todas as fases já percorridas e, possivelmente, com perda de trabalho
(O’Brien, 2010; Cohn, 2011; Sommerville, 2011).
Porém, há mercados em que a dinâmica é maior e há uma necessidade de
entrega rápida das aplicações. Para esses casos, são recomendados métodos
que lidam melhor com a mudança. Denominados Métodos Ágeis, parte do
pressuposto da entrega parcial e permanente de software funcionando e de um
processo de comunicação intenso entre as equipes técnicas e as equipes de
negócios (O’Brien, 2010; Cohn, 2011; Sommerville, 2011).
Cohn (2011) afirma que os métodos ágeis garantem maior engajamento
das equipes desenvolvimento e de negócios, uma vez que é criado o clima de
confiança ao redor das entregas permanentes de software em funcionamento.
A arquitetura dos sistemas trata dos princípios pelos quais a tecnologia será
aplicada para o desenvolvimento das soluções de software. É um conjunto de
políticas funcionais, de serviços e estruturais que determinarão como os requisitos
de negócios serão atendidos e como os sistemas de informação se manterão
alinhados aos objetivos de médio e longo prazo da empresa.
Questões relativas à evolução das aplicações, seu desempenho e o
desempenho dos processos suportados por elas devem ser endereçadas em
conjunto com a necessidade de convívio com aplicações legadas e de proteção
dos investimentos.
Com a evolução das aplicações dentro da empresa, haverá,
inevitavelmente, situações de integração com novos softwares bem como a
integração de processos e entre parceiros de negócios. O possível caos oriundo
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do mosaico de soluções deve ser evitado mediante o planejamento prévio de
como as soluções serão construídas e colocadas em operação.
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em nuvem, de forma que a flexibilidade e a alta disponibilidade desse tipo de
serviço sejam intensamente exploradas.
Não se trata de dispor tão somente notebooks, mas de garantir que os
usuários das unidades de negócios passem a trabalhar de forma móvel, sem
precisarem de conexões com a infraestrutura da empresa, mas conectados a
serviços, dados e aplicações desenvolvidos com preocupações voltadas para a
mobilidade.
O impacto, entretanto, vai além dos serviços contratados. A maneira de
gerenciar recursos também sofre mudanças. Por exemplo: em estruturas
tradicionais, sempre é possível determinar “onde” os dados estão, ou seja, “qual”
servidor é responsável por determinado recurso. Porém, ao migrar para uma
estrutura em nuvem, os recursos passam a ser não determinísticos. Não é mais
possível dizer “onde” os dados estão, mas, sim, gerenciar os serviços que provem
acesso e armazenamento.
O desenvolvimento de sistemas também passa por mudanças. Além das
ferramentas para desenvolvimento de soluções para tablets e smartphones, a
velocidade de entrega também deve ser acelerada, porque as unidades de
negócios gerarão requisitos mais rapidamente.
Finalmente, a tendência para a posse de ativos passa a ser substituída pela
contratação e gerenciamento da elasticidade de serviços em nuvem.
Os aspectos relativos à computação em nuvem são abordados na aula 6 e, nessa
aula, são tratadas as questões de planejamento das estruturas da empresa para
mobilidade.
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A tela também é pequena e, mesmo com a possibilidade de aplicações
responsivas (cuja interface se adapta às telas dos dispositivos), a navegação,
visualização e os comandos do usuário podem ser limitados.
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
RAYNARD, B. Togaf the open Group Architecture: 100 Success Secrets. Togaf,
2010.
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