Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Não existe
comodato oneroso sob pena de virar aluguel. O mútuo, por sua vez pode ser
gratuito ou oneroso (feneratício, em que há cobrança de juros)
gratuito ou oneroso
temporário
fungibilidade da coisa emprestada
transmissão de domínio da coisa emprestada
não-solene (informal)
É possível exigir uma garantia (seja um fiador, seja garantia real, exemplo:
empenho) pela mudança da situação econômica.
Prazo do contrato
Mútuo (empréstimo de consumo) (arts. 586 a 592
Características
Partes do contrato o mutuante (aquele que cede a coisa) e o mutuário (aquele que a recebe).
Tal qual o comodato, o mútuo é também um contrato Não solene (não se exigindo forma
específica);
Real
(só se aperfeiçoa com a entrega da coisa), nos termos do art. 587.
Por ser um contrato real, correm por conta do mutuário todos os riscos da coisa a partir da
tradição (contrato translativo de propriedade). Atenção, porém, porque sendo destinado a
fins econômicos, presumem-se devidos juros ao mutuante, permitida a capitalização anual.
A transferência da propriedade implica no res perit domino : a coisa perece para o mutuário, que se
tornou dono com a tradição.
Unilateral
(em regra não exige contraprestação, salvo no mútuo a juros)
Comutativo
(já que que as partes conhecem a extensão da prestação).
Presume-se o mútuo oneroso, portanto, em sendo ele destinado a fim econômico. O Enunciado 34
do CJF/STJ, da I Jornada de Direito Civil, vai exatamente no mesmo sentido, estabelecendo que
quaisquer contratos de mútuo destinados a fins econômicos presumem-se onerosos, ficando a taxa
de juros compensatórios limitada ao disposto no art. 406, com capitalização anual.
Temporário
Se não fosse temporário, seria contrato de doação.
Pode-se convencionar o mútuo por qualquer prazo. Não se o tendo convencionado, o prazo
será, segundo o art. 592:
I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, como
para semeadura;
II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro;
III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível.
Mas, e qual é o prazo prescricional para cobrança de dívida oriunda de mútuo? Depende. De quê?
Se o mútuo é cartularizado ou não.
Acrescente-se, para findar este tópico, que, havendo valor de empréstimo fixado
em instrumento particular ou público de forma líquida – certo quanto à existência e
determinado quanto o valor –, o prazo prescricional para a pretensão de cobrança
será de cinco anos, a contar do vencimento da obrigação, como preconiza o art. 206, §
5.º, inciso I, do Código Civil.
Por fim, em havendo mudança notória na situação econômica do devedor, o mutuante pode exigir
do mutuário garantia de que poderá cumprir sua obrigação de pagar o mútuo (por força do art. 590,
seguindo orientação de proteção ao credor, prevista no art. 333). Não apresentando garantia real ou
fidejussória, vence antecipadamente o contrato.
O artigo 590 ratifica o 477 14 . Exceção de inseguridade. Visa trazer uma segurança
para o mutuante.
Art. 477 CC-02. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes
diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se
obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe
compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Temporário
Se não fosse temporário, seria contrato de doação.