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Construção de novos hospitais cumpre requisitos apertados

Os hospitais mais recentes e em fase de edificação cumprem requisitos apertados ao nível da


construção, nomeadamente de resistência sísmica, disse fonte do Laboratório Nacional de Civil
(LNEC), após um alerta da Organização Mundial de Saúde.

Aquela organização alertou hoje, data em que se assinala o Dia Internacional da Prevenção de
Catástrofes, que os hospitais devem ser construídos de forma a estarem mais protegidos de
eventuais danos causados por catástrofes naturais.

O investigador do LNEC Alfredo Campos Costa disse que os hospitais actualmente em


construção já cumprem as normas europeias do Eurocódigo 8, documento que pela primeira
vez aponta especificamente para regras na construção de hospitais.

Sem estar apoiado em qualquer estudo, o investigador disse que os hospitais mais recentes
estão construídos de forma a aguentarem um sismo forte. Explicou, por exemplo que “os
edifícios comuns são projectados para um sismo com retorno de 475 anos e que os hospitais
são projectados para sismos de retorno de 2 mil anos, ou seja mais intensos”.

Alfredo Campos Costa levantou contudo outro aspecto relacionado com as acessibilidades em
termos de malha urbana. “Há hospitais com os quais não se pode contar em caso de
catástrofe” devido à falta de acessibilidades. De acordo com este técnico, não só os edifícios
têm de ser construídos de forma resistente, como também a sua localização e acessos têm de
ser escolhidos. “Não é correcto construir um hospital que tenha como acesso uma ou mais
pontes, dado que podem colapsar num sismo”, deu como exemplo.

Também o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Pedro


Lopes, disse que “há legislação específica [na construção dos espaços hospitalares]
designadamente para a estrutura física do edifício”. Este responsável indicou que os projectos
são acompanhados e avaliados por um serviço do Ministério da Saúde.

A Autoridade Central do Sistema de Saúde (ACSS) possui um conjunto de regras definidas pela
sua Unidade Operacional de Normalização de Instalações e Equipamentos, agregadas num
documento intitulado “Recomendações e Especificações técnicas do edifício hospitalar”. “As
estruturas dos edifícios hospitalares devem ser concebidos de modo a que se mantenham
aptas para o fim a que se destinam, com níveis de durabilidade e segurança adequados para
uma vida útil de 100 anos”, refere o documento num dos seus pontos.

“O desenvolvimento do projecto do edifício e das instalações técnicas deverá assegurar um


comportamento sismo-resistente adequado”, indica o mesmo documento, que reúne uma
série de requisitos técnicos.

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