Você está na página 1de 32

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO EM MEDICAMENTOS (DISPENSAÇÃO)

MANAUS – 2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO EM MEDICAMENTOS (DISPENSAÇÃO)

MANAUS – 2021
Sumário

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................5
2 JUSTIFICATIVA............................................................................................7
3 OBJETIVOS..................................................................................................8
3.1 Objetivo geral..........................................................................................8
3.2 Objetivos específicos..............................................................................8
4 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO.........................................9
5 ATIVIDADES REALIZADAS......................................................................10
5.1 Organização dos Medicamentos...........................................................10
5.2 Atendimento e Dispensação.................................................................10
5.3 Atenção Farmacêutica..........................................................................11
5.4 Dispensação e Retenção de Receita: medicamentos sujeitos a controle
especial – RDC 471 e Portaria 344................................................................12
5.5 SNGPC..................................................................................................14
5.6 Prescrição Farmacêutica.......................................................................15
5.7 Consulta Farmacêutica e Acompanhamento Farmacoterapêutico:
atividades aferição de pressão arterial e glicemia..........................................16
5.8 Informatização.......................................................................................17
5.9 Aquisição, Recebimento e Conferência de Mercadorias......................18
5.10 Armazenamento de Mercadorias.......................................................19
5.11 Limpeza e Sanitização.......................................................................19
5.12 Controle de Praga..............................................................................21
5.13 Destino Correto do Lixo.....................................................................21
5.14 Classificação de Resíduos – PGRSS................................................21
5.14.1 Grupo A (Infectantes)..................................................................22
5.14.2 Grupo B (Químicos)....................................................................22
5.14.3 Grupo C (Radioativos).................................................................23
5.14.4 Grupo D (Comuns)......................................................................23
5.14.5 Grupo E (Perfuro cortantes)........................................................23
5.15 Controle de Temperatura e Umidade: medicamentos termolábeis...23
5.16 Responsabilidade Técnica.................................................................24
5.17 Controle de Estoque: inventário, segregação de medicamentos
vencidos e próximos ao vencimento...............................................................25
5.18 Procedimentos Operacionais Padrão................................................26
5.19 Manual de Boas Práticas...................................................................27
6 CONCLUSÃO.............................................................................................28
7 REFERÊNCIAS...........................................................................................29
8 ANEXOS......................................................................................................33
5

1 INTRODUÇÃO

A ANIVSA defende o argumento de que a drogaria não pode ser


encarada como simples comércio. Os produtos comercializados nesses
estabelecimentos influenciam diretamente na saúde da população e os
medicamentos não podem ser tratados como simples mercadorias.
A drogaria busca a assistência e atenção farmacêutica em promoção do
uso racional de medicamento, eliminar distorções no mercado com relação à
diversidade de produtos e serviços estranhos ao comércio farmacêutico,
contribuir para a melhoria no atendimento à população por meio de maior
comodidade e qualidade na perspectiva da saúde e não apenas do comércio
de produtos diversificados. Assim, esses estabelecimentos devem provera
informação e educação em saúde, a prevenção e redução dos problemas
relacionados a medicamentos e a questões relacionadas à saúde, atenção
farmacêutica, atendimento focado na saúde do usuário e não somente no lucro.
A responsabilidade do farmacêutico em drogaria visa a promoção,
proteção e recuperação da saúde, tendo o medicamento como o insumo
essencial e tendo em vista o acesso e o uso racional.  O farmacêutico presente
à drogaria para lhe prestar serviços é um direito consagrado do consumidor.
Um desses serviços é orientação farmacêutica, que é sinônimo de segurança e
proteção para o paciente que consome medicamentos.
A Atenção Farmacêutica envolve educação em saúde, possuindo a
finalidade de aumentar a eficácia do tratamento medicamentoso e diagnosticar
problemas relacionados ao uso dos medicamentos e sua interferência na
saúde do paciente. A atenção trará melhoria no tratamento terapêutico
prescrito assim como, sua eficácia, segurança e confiança do paciente e,
financeiramente trará a fidelização do cliente ao estabelecimento que o
atendeu e o orientou de maneira adequada. O farmacêutico deve ter sempre
em mente que os interesses sanitários da população devem prevalecer sobre
os interesses econômicos. É preciso combater a mercantilização da saúde e a
banalização dos profissionais de que por medo e falta de conhecimento agem
6

com descaso para com a vida do cidadão. O brasileiro está carente de bons
profissionais, de pessoas humanas e qualidade na prestação de serviços.
O uso racional de medicamentos compreende a prescrição apropriada, a
disponibilidade oportuna e a preços acessíveis, a dispensação em condições
adequadas, o consumo nas doses seguras pelo período de tempo indicado e
nos intervalos definidos. Assim, maximiza-se a utilização com mais segurança
e qualidade. A promoção do uso racional de medicamentos não deve ser feita
apenas com o foco na população, mas também, com os prescritores e
farmacêuticos.
A farmácia ou drogaria somente poderá vender o medicamento sujeitos
a controle especial quando todos os itens da Notificação de Receita e receita
de controle especial estiverem devidamente preenchidos (sigla da unidade da
federação, identificação numérica, identificação do emitente e usuário, nome do
medicamento ou substância, data de emissão, assinatura do prescritor,
identificação gráfica, símbolo indicativo, como exemplo para retinóides). As
substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico e de suas
atualizações, bem como os medicamentos que as contenham, existentes nos
estabelecimentos, deverão ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro
dispositivo que ofereça segurança, em local exclusivo para este fim, sob a
responsabilidade do farmacêutico responsável. A Notificação de Receita é o
documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação de
medicamentos à base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso
sistêmico) e "C3" (imunossupressoras), deste Regulamento Técnico e de suas
atualizações.
O Estágio Supervisionado constitui uma etapa de fundamental
importância, representa um momento em que o aluno de forma sistemática e
orientada entende mais sobre a profissional que escolheu cursar. Proporcionar
ao aluno uma visão do campo de trabalho, das relações humanas, da ética
profissional e vivenciando a aplicação das ciências farmacêuticas.
A produção deste relatório tem a finalidade de descrever o progresso da
prática e assistencial, as experiências de ser um farmacêutico de uma drogaria.
7

2 JUSTIFICATIVA

Função do farmacêutico na drogaria é conhecer, interpretar e estabelecer


condições para o cumprimento da legislação, manter arquivos com a
documentação correspondente aos produtos sujeitos a controle especial, manter
atualizada a escrituração, manter a guarda de produtos sujeitos a controle
especial e prestar assistência farmacêutica necessária ao consumidor.
 Em um país como o Brasil, em que o índice de informação é baixo, o
profissional farmacêutico, na maioria dos casos, acaba sendo o primeiro contato
dos pacientes diante de uma enfermidade. Nesse caso, foi possível observar
durante o estágio que os farmacêuticos devem estar preparados e serem
solícitos para prestar a devida assistência farmacêutica ao indivíduo, orientando-
o a procurar o serviço médico sempre que julgar necessário. Ao dispensar um
medicamento, o farmacêutico informa ao indivíduo todo cuidado com a
administração do mesmo, como a via e o horário que deve ser administrado,
bem como as possíveis interações que podem levar a potencialização ou
diminuição do efeito. Além disso, é obrigação do farmacêutico prestar as
orientações necessárias na dispensação de medicamentos isentos de
prescrição, garantindo uma automedicação responsável.
Lei 13.021/2014 foi um grande marco para a categoria, pois instituiu a
presença do farmacêutico nas farmácias e regulamentou o serviço de
assistência farmacêutica com o objetivo de assegurar a promoção, a proteção
e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos e privados, tendo o
medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso
racional.
8

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

 Adquirir conhecimento sobre a área e entender como é o funcionamento


de uma drogaria.

3.2 Objetivos específicos

 Compreender o trabalho do farmacêutico na promoção, prevenção e


recuperação da saúde em drogarias;

 Caracterizar a importância do profissional farmacêutico nos


estabelecimentos que comercializam medicamentos;

 Identificar funções importantes para um estabelecimento que


comercializa medicamentos.
9

4 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

Devido a pandemia de COVID-19 as aulas do Centro Universitário do


Norte – Uninorte estão sendo realizadas de forma remota pelo aplicativo
Microsoft Teams que tem como desenvolvedor a Microsoft Corporation, uma
empresa transnacional Americana fundada em 4 de abril de 1975 e tem como
fundador Bill Gates e Paul Allen.
A plataforma Microsoft Teams é uma plataforma de comunicações
que unifica bate-papo com videoconferência, armazenamento e colaboração de
artigos. O aplicativo teve lançamento em 2 de novembro de 2016, é um
aplicativo de grande acessibilidade tendo suporte para 26 idiomas. Em 19 de
março de 2020 a Microsoft Teams atingiu 44 milhões de usuários diários e a
Microsoft Teams para escolas do mundo como ambiente virtual e de qualidade.
Por isso, devido a pandemia o estágio supervisionado 5, de drogaria, foi
realizado então de forma remota, sendo respaldado pelo MEC.
10

5 ATIVIDADES REALIZADAS

5.1 Organização dos Medicamentos

25/02 - Manter os medicamentos em ordem é um dos primeiros critérios


para uma excelente organização de uma drogaria. Normalmente, as drogarias
trabalham com uma infinidade de medicamentos, isto é, de diversos tipos e
laboratórios. E, ao passo que esse fator dificulta a organização, por ser muito
variado, tem-se também um motivo consistente para os organizar.
Aprendemos que as seções de medicamentos devem ser feitas da
seguinte maneira: grupo de comprimidos, drágeas, cápsulas, pastilhas e
pílulas; ampolas injetáveis e orais; medicamentos líquidos, suspensão, geleias,
elixires, sprays, gotas e xaropes; cremes, pomadas, supositórios, óvulos,
bastões, inaladores e pós granulados; envelopes de comprimidos ou pós
devem ser guardados em gavetas e na parte externa, por exemplo: em
gôndolas na frente da farmácia; entorpecentes e psicotrópicos devem ficar no
armário de medicamentos controlados que devem ser inoxidáveis, no fundo da
farmácia e sob a responsabilidade do farmacêutico. Esses são medicamentos
de tarja preta, que necessitam passar por controle pelo SNGPC Anvisa.
Pode organizar os medicamentos por setores e ordem alfabética,
formando grupos de acordo com os laboratórios fabricantes. Nesse caso, se o
atendente conhece o laboratório que produz o medicamento, fica ainda mais
fácil identificar o remédio na prateleira.

5.2 Atendimento e Dispensação

24/02 - O atendimento farmacêutico visa satisfazer de forma adequada


às necessidades farmacoterapêuticas dos pacientes, se baseando na indicação
apropriada e nos benefícios dos medicamentos, sem provocar novos
problemas de saúde ao paciente.
Na aula de estágio aprendemos que o atendimento ao paciente tem um
papel fundamental para a garantia e a orientação sobre o uso correto de
medicamentos, fazendo com que ele receba o medicamento certo na dose e na
11

hora certa, seguindo o preceito do uso racional de medicamentos. No


atendimento o farmacêutico também cadastra os dados do paciente em um tipo
de prontuário e, se necessário, marca um retorno. Durante a consulta, ele pode
fazer medidas como a de pressão, temperatura e glicose. Caso considere
necessário, pode encaminhar o paciente para outro profissional de saúde.
A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, estabelece que o processo
de dispensação de medicamentos na drogaria está sob a responsabilidade do
profissional farmacêutico. Com o passar dos anos houve o surgimento de
novas definições das atividades farmacêuticas, tais como, a Atenção
Farmacêutica apresentada, as quais têm influenciado cada vez mais estes
profissionais a assumir um papel ativo de promoção da saúde. A profissão
farmacêutica está mudando da simples oferta de medicamentos para uma
função clínica de fornecimento de informações.
Já na prestação do serviço de dispensação farmacêutica aprendemos
que pode ser possível prevenir, identificar e resolver problemas relacionados à
farmacoterapia. A dispensação deve ser entendida como integrante do
processo de atenção ao paciente, ou seja, como uma atividade realizada por
um profissional da saúde com foco na prevenção e promoção da saúde, tendo
o medicamento como instrumento de ação.
A dispensação é o ato farmacêutico de distribuir um ou mais
medicamentos a um paciente em resposta a uma prescrição elaborada por um
profissional autorizado. Trata-se de uma oportunidade para o farmacêutico
contribuir para o uso racional de medicamentos pois na interação com o
paciente é possível identificar a necessidade do mesmo e orientar tanto sobre o
medicamento quanto sobre educação em saúde, atuando desta forma como
um agente de saúde.

5.3 Atenção Farmacêutica

03/03 - A Atenção Farmacêutica refere-se às atividades específicas do


farmacêutico no âmbito da atenção à saúde; é um modelo desenvolvido no
contexto da Assistência Farmacêutica. É a interação direta do farmacêutico
com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de
resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de
12

vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos,
respeitadas as suas especificidades biopsicossociais, sob a óptica da
integralidade das ações de saúde.
A prática da Atenção Farmacêutica envolve macro componentes como a
educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento
farmacêutico e seguimento farmacoterapêutico, além do registro sistemático
das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. Para tanto, o
farmacêutico atende o paciente diretamente, avalia e orienta em relação à
farmacoterapia prescrita pelo médico, por meio da análise das suas
necessidades relacionadas aos medicamentos e detectando os Problemas
Relacionados a Medicamentos (PRM). PRM é definido por qualquer
afastamento dos parâmetros de conformidade no ciclo do medicamento que
possam trazer riscos ao usuário.
Aprendemos que o acompanhamento sistemático do tratamento
medicamentoso (seguimento farmacoterapêutico) de usuários, que faz parte da
definição de atenção farmacêutica. Interagir com o paciente, visando uma
farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos, voltados para a
melhoria da qualidade de vida. Aprendemos que é de suma importância a
educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento
farmacêutico e seguimento farmacoterapêutico com o paciente para uma
atenção farmacêutica de qualidade.

5.4 Dispensação e Retenção de Receita: medicamentos sujeitos a controle


especial – RDC 471 e Portaria 344

10/03 e 17/03 - De acordo com a RDC 471/2021 A dispensação em


farmácias e drogarias públicas e privadas dar-se-á mediante a retenção da 2ª
(segunda) via da receita, devendo a 1ª (primeira) via ser devolvida ao paciente.
O farmacêutico não poderá aceitar receitas posteriores ao prazo de
validade estabelecido nos termos desta Resolução.
As receitas somente poderão ser dispensadas pelo farmacêutico quando
apresentadas de forma legível e sem rasuras.
No ato da dispensação devem ser registrados nas duas vias da receita
os seguintes dados: a data da dispensação; a quantidade aviada do
13

antimicrobiano; o número do lote do medicamento dispensado; e a rubrica do


farmacêutico, atestando o atendimento, no verso da receita. A receita de
antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 (dez) dias a contar
da data de sua emissão. O farmacêutico não poderá aceitar receitas
posteriores ao prazo de validade estabelecidos. As receitas somente poderão
ser dispensadas pelo farmacêutico quando apresentadas de forma legível e
sem rasuras.
Segundo a Portaria Nº 344, de 12 de maio de 1998 a Notificação de
Receita é o documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação
de medicamentos à base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso
sistêmico) e "C3" (imunossupressoras), deste Regulamento Técnico e de suas
atualizações.
A Notificação de Receita "A", para a prescrição dos medicamentos e
substâncias das listas "A1" e "A2" (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicos), de cor
amarela, será impressa, as expensas da Autoridade Sanitária Estadual ou do
Distrito Federal, conforme modelo anexo IX, contendo 20 (vinte) folhas em
cada talonário. Será fornecida gratuitamente pela Autoridade Sanitária
competente do Estado, Município ou Distrito Federal, aos profissionais e
instituições devidamente cadastrados.  
Notificação de Receita "A" será válida por 30 (trinta) dias a contar da
data de sua emissão em todo o Território Nacional, sendo necessário que seja
acompanhada da receita médica com justificativa do uso, quando para
aquisição em outra Unidade Federativa, poderá conter no máximo de 5 (cinco)
ampolas e para as demais formas farmacêuticas de apresentação, poderá
conter a quantidade correspondente no máximo a 30 (trinta) dias de
tratamento.
Notificação de Receita "B", de cor azul, impressa às expensas do
profissional ou da instituição, terá validade por um período de 30 (trinta) dias
contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que
concedeu a numeração. A Notificação de Receita "B" poderá conter no máximo
5 (cinco) ampolas e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o
tratamento correspondente no máximo a 60 (sessenta) dias.
14

A Notificação de Receita Especial, de cor branca, para prescrição de


medicamentos à base de substâncias constantes da lista "C2" (retinóides de
uso sistêmico) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações será
impressa às expensas do médico prescritor ou pela instituição a qual esteja
filiado, terá validade por um período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua
emissão e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração.
A Notificação de Receita Especial de Retinóides, para preparações
farmacêuticas de uso sistêmico, poderá conter no máximo 5 (cinco) ampolas, e,
para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento
correspondente no máximo a 30 (trinta) dias, contados a partir de sua emissão
e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração.
A Receita de Controle Especial deverá estar escrita de forma legível, a
quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura e
terá validade de 30 (trinta) dias contados a partir da data de sua emissão para
medicamentos à base de substâncias constantes das listas "C1" (outras
substâncias sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste
Regulamento Técnico e de suas atualizações.

5.5 SNGPC

10/03 - O Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados


(SNGPC) foi elaborado pela resolução RDC 27/2007 da ANVISA para efetivar
um controle online sobre produção, circulação, comércio e uso de substâncias
ou medicamentos sujeitos a controle especial.
O nascimento do SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de
Produtos Controlados) e seu funcionamento é uma quebra de paradigma em
vigilância sanitária no que tange a produção de informação e conhecimento
sobre o consumo e prescrição de medicamentos no país. Outra característica
importante do SNGPC é a alta distribuição junto aos municípios, a qual pode
ser utilizada para promover estratégias de educação em saúde no país.
A definição do SNGPC foi considerada um projeto prioritário da diretoria
da Anvisa em resposta às dificuldades do país em estabelecer um controle
efetivo dos medicamentos da Portaria SVS/MS nº 344/1998. A implantação foi
definida em três fases, descritas abaixo.
15

O acesso e o credenciamento dos estabelecimentos farmacêuticos são


responsabilidade do farmacêutico diretor técnico cadastro com perfil de acesso
SNGPC que através de uma senha de acesso e e-mail efetiva e validação da
empresa após a confirmação do inventário. O certificado de escrituração digital
é emitido pelo próprio SNGPC que deve ser impresso e permanecer à
disposição no estabelecimento, para fins de fiscalização da vigilância sanitária.
As drogarias credenciadas junto ao SNGPC devem realizar o controle da
movimentação e do estoque de substâncias ou medicamentos sujeitos a
controle especial por meio de sistema informatizado compatível com as
especificações e padrões de transmissão estabelecidos por esta agência, de
modo a garantir a interoperabilidade entre os sistemas.

5.6 Prescrição Farmacêutica

12/05 - A RDC nº 586/2013 regulamenta a prescrição farmacêutica e em


consequência busca o melhor tratamento farmacoterapêutico ou terapias
alternativas, que visem a qualidade de vida do paciente, de forma
individualizada. O profissional poderá prescrever os medicamentos que não
exijam receita médica baseado nas condições clínicas do paciente,
minimizando assim a ocorrência de efeitos adversos e o uso irracional de
medicamentos. Os farmacêuticos habilitados a prescreverem, de acordo com a
Resolução 586/13, além da formação convencional devem estar respaldados
em uma especialização voltada para a área clínica que dê o embasamento
necessário para identificação dos problemas relacionados a saúde, visando
assim um tratamento farmacoterapêutico seguro e eficaz.
O farmacêutico clínico tem competência para realizar a prescrição
farmacêutica, sendo esta, uma forma de enriquecer a busca por um tratamento
que objetive o bem-estar do indivíduo, mediante a escolha de uma
farmacoterapia eficaz, individual e acessível ao paciente, ou, até mesmo por
meio do reconhecimento da necessidade do auxílio de outros profissionais da
saúde. O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros
produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição
médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais,
alopáticos ou dinamizados, plantas medicinais, drogas vegetais e outras
16

categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo


órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico.

5.7 Consulta Farmacêutica e Acompanhamento Farmacoterapêutico:


atividades aferição de pressão arterial e glicemia

19, 20, 26 e 27/05 - O farmacêutico pode auxiliar no acompanhamento


do tratamento de hipertensos, no serviço de aferição da pressão arterial (PA),
no acompanhamento farmacoterapêutico, bem como no rastreamento de casos
suspeitos. Intervenções farmacêuticas neste contexto podem contribuir para a
efetividade do tratamento instituído e assim diminuir os riscos relacionados ao
não controle da doença.
O farmacêutico pode ter uma atuação profissional de qualidade no
controle de diabetes e suas complicações pelo rastreamento do risco da
doença, na farmácia comunitária, através do medidor portátil para
determinação quantitativa da concentração sanguínea de glicose, colesterol e
triacilglicerol por coleta de amostra de sangue por punção capilar (ponta do
dedo), em pacientes que apresentem um ou mais fatores de risco, e aconselhar
ao paciente a realização de uma consulta médica, em caso positivo,
favorecendo o diagnóstico precoce e, o início do tratamento antes do
aparecimento das complicações crônicas.
A assistência do farmacêutico poderá ser de forma efetiva em aspectos
relacionados ao tratamento medicamentoso, sempre atuando como parceiro do
médico, do paciente e demais profissionais de saúde visando favorecer o
controle da doença e suas complicações sem afetar significativamente sua
qualidade de vida.
Do tipo caso clínico, realizado por meio do acompanhamento
farmacoterapêutico de um paciente hipertenso. Neste trabalho objetivou-se
identificar Problemas Relacionados ao uso de Medicamentos anti-hipertensivos
e orientar o paciente quanto aos riscos da automedicação. O acompanhamento
farmacoterapêutico é a principal atividade da Atenção Farmacêutica no
tratamento de usuários crônicos de medicamentos. Essa atividade permite ao
farmacêutico em conjunto com os demais profissionais de saúde, elaborar um
17

plano de cuidados com o objetivo de alcançar a efetividade e a segurança do


tratamento farmacológico.
Tivemos uma atividade onde realizamos uma consulta e
acompanhamento farmacêutico, fizemos o processo de cuidado com o paciente
envolvendo um conjunto de ações como coleta de dados, integração destes
com o conhecimento, geração de informações, tomada de decisões e
realização de avaliações clínicas e documentação de resultados. Nessa
atividade realizamos também avaliação farmacêutica das necessidades
farmacoterapêuticas do paciente e identifica os possíveis problemas
relacionados com a terapia farmacológica, elaboração de um plano de
intervenção junto ao paciente, que inclua metas para obter a resolução
e/ou prevenção dos problemas farmacoterapêuticos e os objetivos do
tratamento para cada uma das condições clínicas do usuário e avaliados
os resultados obtidos com as intervenções realizadas.

5.8 Informatização

13/05 - Com a popularização dos computadores, surgiram os sistemas


informatizados, que promoveram a melhoria da comunicação entre os
profissionais, facilitaram a recuperação das informações sobre o paciente,
entre outros aspectos. Além disso, os sistemas de informação estão sendo
mais amplamente usados no apoio à saúde da população e nas atividades de
saúde pública relacionados à prevenção e promoção de saúde, controle de
doenças, vigilância e monitoramento. Pesquisas recentes sobre a avaliação da
eficácia de ferramentas eletrônicas ou sistemas informatizados por apoiar à
decisão farmacoterapêutica (que muitas vezes incluem verificação de interação
medicamentosa), mostram que desempenho profissional e as taxas de erro de
medicação podem melhorar com esses recursos, embora não exista nenhuma
evidência de melhoria dos resultados dos pacientes. Apesar das vantagens
sobre os métodos não informatizados, esses sistemas ainda apresentam
problemas (como a baixa adesão dos usuários, a dificuldade de acesso durante
a utilização do sistema e o custo de aquisição do produto). Alguns desses
problemas podem ocorrer devido a pouca participação do usuário final, durante
a etapa de especificação do produto.
18

Com o desenvolvimento da atenção farmacêutica e do acompanhamento


farmacoterapêutico (AFT), surgiu a necessidade da documentação criteriosa,
sistemática e cronológica do paciente de forma a guardar seus dados clínicos e
isto gera, com frequência, fichas e arquivos escritos manualmente utilizando
um grande volume de papel. A partir desse fato, foram, então, desenvolvidos
os sistemas informatizados que, geralmente, possuem as características do
prontuário do paciente.
O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é a versão informatizada do
prontuário em papel do paciente, e tem como proposta unir todos os diferentes
tipos de dados de um paciente. O PEP é um sistema especificamente
desenhado para apoiar os usuários, fornecendo acesso a um completo
conjunto de dados, sistemas de avisos e alertas, sistemas de apoio à decisão e
outros recursos que agreguem valor ao sistema e favorecem o monitoramento
dos usuários.

5.9 Aquisição, Recebimento e Conferência de Mercadorias

12/05 - Na aquisição (compra) destes produtos deve haver um


planejamento com o objetivo de suprir a drogaria em quantidade, qualidade e,
se possível, menor custo, visando evitar, simultaneamente, a falta e perda de
medicamentos. É importante averiguar se os itens a serem obtidos são
registrados ou declarados isentos de registro pelo órgão competente do
Ministério da Saúde. Pois, o artigo 30 da Resolução ANVISA n° 44/09, ressalva
24 que “somente podem ser adquiridos produtos regularizados junto à Anvisa,
conforme legislação vigente”, e complementando esta citação, o 2° parágrafo
do mesmo artigo mencionado anteriormente, prevê que “a legislação sanitária
pode estabelecer, ainda, a isenção do registro, notificação ou cadastro de
determinados produtos junto à Anvisa”.
Como é dito no artigo 34 da Resolução ANVISA n° 44/09, na etapa de
recebimento dos medicamentos deverá ser verificado o bom estado de
conservação do mesmo, se o número do lote e o prazo de validade estão
legíveis, a presença do mecanismo de conferência da autenticidade e origem
do item, além de observadas outras especificidades legais e regulamentares
vigentes sobre rótulo e embalagem, a fim de evitar a exposição dos usuários a
19

produtos falsificados, corrompidos, adulterados, alterados ou impróprios para


uso. Agora, se detectada qualquer inconformidade no ato do recebimento, o
responsável – que pode ser o farmacêutico – deverá proceder à segregação
dos produtos em local previamente determinado e identificado, tendo que
imediatamente contatar o fornecedor para solicitar a correção das falhas,
efetuando, quando possível, a devolução parcial ou integral das mercadorias.

5.10 Armazenamento de Mercadorias

12/05 - No processo de armazenamento, o artigo 35 da Resolução


ANVISA n° 44/09 mostra que todos os produtos devem ser armazenados de
forma ordenada, seguindo as especificações do fabricante e sob condições que
garantam a manutenção de sua identidade, integridade, qualidade, segurança,
eficácia e rastreabilidade. Ademais, para uma estocagem ideal de
medicamentos, além das exigências legais contidas nas Boas Práticas para
Armazenagem de Medicamentos, devem ser obedecidos os prazos de validade
declarados nas embalagens e os Procedimentos Operacionais Padrão (POP)
descritos para o estabelecimento.
O armazenamento adequado e a preservação de medicamentos são
fatores fundamentais para a sua eficácia, devendo sempre existir condições e
estruturas que possibilitem a manutenção desta estabilidade. Os produtos
devem ser armazenados de forma ordenada e sob condições que garantam a
manutenção de sua identidade, integridade, qualidade, segurança, eficácia e
rastreabilidade. Exige-se também que o ambiente destinado ao
armazenamento tenha capacidade suficiente para assegurar o armazenamento
ordenado das diversas categorias de produtos, devendo ser mantidos em
locais limpos, protegido da ação direta da luz solar, umidade e calor.

5.11 Limpeza e Sanitização

14/04 - A Resolução RDC Nº44/2009 mostra que as drogarias devem


ser localizadas, projetadas, dimensionadas, construídas ou adaptadas com
infraestrutura compatível com as atividades a serem desenvolvidas, possuindo,
no mínimo, ambientes para atividades administrativas, recebimento e
20

armazenamento dos produtos, dispensação de medicamentos, depósito de


material de limpeza e sanitário.
Os materiais de limpeza e germicidas em estoque devem estar
regularizados junto à Anvisa e serem armazenados em área ou local
especificamente designado e identificado. O local deve permanecer em boas
condições de higiene e limpeza. O estabelecimento deve ser abastecido com
água potável e, quando possuir caixa d'água própria, ela deve estar
devidamente protegida para evitar a entrada de animais de qualquer porte,
sujidades ou quaisquer outros contaminantes, devendo definir procedimentos
escritos para a limpeza da caixa d'água e manter os registros que comprovem
sua realização. drogarias localizadas no interior de galerias de shoppings e
supermercados podem compartilhar as áreas comuns destes estabelecimentos
destinadas para sanitário, depósito de material de limpeza e local para guarda
dos pertences dos funcionários.
O procedimento de limpeza do espaço para a prestação de serviços
farmacêuticos deve ser registrado e realizado diariamente no início e ao
término do horário de funcionamento. O ambiente deve estar limpo antes de
todos os atendimentos nele realizados, a fim de minimizar riscos à saúde dos
usuários e dos funcionários do estabelecimento. Após a prestação de cada
serviço deve ser verificada a necessidade de realizar novo procedimento de
limpeza do espaço pessoal, inclusive de limpeza e manutenção, deve receber
treinamento inicial e continuado com relação à importância do autocuidado,
incluídas instruções de higiene pessoal e de ambiente, saúde, conduta e
elementos básicos em microbiologia, relevantes para a qualidade dos produtos
e serviços oferecidos aos usuários.
Os produtos devem ser armazenados em gavetas, prateleiras ou suporte
equivalente, afastados do piso, parede e teto, afim de permitir sua fácil limpeza
e inspeção. Os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) relacionados
devem conter instruções sobre limpeza dos ambientes, uso e assepsia dos
aparelhos e acessórios, uso e descarte dos materiais perfurocortantes e
antissepsia aplicada ao profissional e ao usuário.
O programa de sanitização, incluindo desratização e desinsetização,
deve ser executado por empresa licenciada para este fim perante os órgãos
competentes. As instalações devem possuir superfícies internas (piso, paredes
21

e teto) lisas e impermeáveis, em perfeitas condições, resistentes aos agentes


sanitizantes e facilmente laváveis.

5.12 Controle de Praga

14/04 - De acordo com a Resolução Nº383/2002 que dispõe sobre a


atribuição do farmacêutico na área de controle de vetores e pragas urbanas.
São atribuições do farmacêutico no controle de vetores e pragas urbanas,
ainda que não privativas ou exclusivas: aquisição dos produtos; preparo das
soluções concentradas e diluídas ou outras manipulações; armazenamento das
soluções; gerenciar ou supervisionar o transporte, aplicação dos produtos e a
manutenção dos equipamentos; vistoria, perícia e emissão de pareceres
técnicos; Controle de qualidade.
Todas as etapas previstas na parte superior deverão estar descritas e
disponíveis na forma de procedimentos operacionais padronizados e de acordo
com as normas vigentes. Poderá também exercer a direção, assessoramento e
responsabilidade técnica de estabelecimentos que explorem estes serviços.

5.13 Destino Correto do Lixo

14/04 - Resíduos Infectantes e Químicos são encaminhados para


Incineração, baseado na combustão (queima) do lixo, pela empresa Manaus
limpa, processo demanda custos elevados e a necessidade de um rigoroso
controle da emissão de gases poluentes gerados e as cinzas geradas são
encaminhas para o aterro sanitário.
Já os resíduos comuns são encaminhados para o aterro de resíduos de
Manaus, previamente preparado para recebê-los, obedecendo os critérios
técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo
coma Resolução CONAMA nº237/97.

5.14 Classificação de Resíduos – PGRSS

14/04 - PGRSS é um documento que aponta e descreve as ações


relativas ao manejo de resíduos de serviços de saúde, observadas as suas
22

características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos geradores de resíduos


de serviços de saúde.
Devem ter atenção especial em todas as suas fases de manejo
(segregação, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte,
tratamento e disposição final) em decorrência dos imediatos e graves riscos
que podem oferecer. Nessa aula tivemos apresentação dos aulos.

5.14.1 Grupo A (Infectantes)

Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que podem


apresentar risco de infecção. Subdivididos em A1, A2, A3, A4 e A5.
A1: Resíduos com suspeita ou certeza de contaminação biológica, por
exemplo: Culturas e estoques de microrganismos, meios de cultura; Vacinas
vencidas ou inutilizadas; Sobras de amostras de laboratório contendo
sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo
de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
A2: Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais submetidos a processo de experimentação com
inoculação de microrganismos. Devem ser submetidos a tratamento antes da
disposição final.
A3: Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de
fecundação
sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25
centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham
valor cientifico ou legal e não tenha sido requisitado pelo paciente ou seus
familiares.
A4: Kits de linhas artesanais, endovenosas e dialisadores; sobras de
amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções;
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que
não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre, entre outros
similares.
A5: Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro cortantes ou
escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos
ou animais.
23

5.14.2 Grupo B (Químicos)

Resíduos contendo substâncias químicas e possuem características


como inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Representam
risco a Saúde Pública e ao meio ambiente.
Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores),
efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas,
produtos hormonais, antimicrobianos, medicamentos vencidos, saneantes e
desinfetantes.

5.14.3 Grupo C (Radioativos)

Resíduos contendo radionuclídeos em quantidades superiores aos


limites de eliminação e que a reutilização seja imprópria. Materiais resultantes
de laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de
análises clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia.

5.14.4 Grupo D (Comuns)

Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à


saúde a ao meio ambiente. São equiparados aos resíduos domiciliares. Podem
ser Recicláveis e Não Recicláveis
Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças
descartáveis de vestuário; Sobras de alimentos e preparo dos alimentos;
Resíduos de varrição, flores, jardins.

5.14.5 Grupo E (Perfuro cortantes)

Materiais perfurocortantes, escarificantes e outros similares.

5.15 Controle de Temperatura e Umidade: medicamentos termolábeis

31/03 - Medicamentos termolábeis exigem um processo de


armazenagem específico, pois são fármacos sensíveis a ação da temperatura.
24

Desta maneira para que ocorra o armazenamento correto de medicamentos e


produtos termolábeis, os mesmos devem ser armazenados em equipamentos
refrigerados, com o controle de temperatura contínua, através da utilização de
termômetros de máxima e mínima, devidamente calibrados e qualificados.
A quantidade de material refrigerante deve ser proporcional à quantidade
de produto a ser transportado, o período de transporte e ainda a temperatura a
qual deve ficar submetido. Deve-se levar em consideração a disposição do
elemento refrigerante dentro da embalagem, o material de barreira adequado,
para evitar o contato direto com o produto, realizando assim a distribuição e
controle de temperatura corretos
No caso de medicamentos termossensíveis, o armazenamento deve ser
feito em equipamentos refrigerados, como câmaras frias, sendo estes
monitorados continuamente por termômetros de temperatura máxima e
mínima. O local de armazenamento destes produtos deverá ter a temperatura
controlada, verificada e registrada diariamente, ao menos duas vezes por dia,
todos os dias da semana. É recomendado que os registros de temperatura
sejam arquivados pelo menos durante o período de validade do produto e
ainda que estes estejam disponíveis para possível avaliação.

5.16 Responsabilidade Técnica

13/05 - Segundo a Resolução RDC Nº 577/2013 a responsabilidade


técnica é ato de aplicar conhecimentos técnicos e profissionais, cuja
responsabilidade objetiva está sujeita a sanções de natureza cível, penal e
administrativa.
O farmacêutico titular que assume a direção técnica ou responsabilidade
técnica da empresa ou estabelecimento perante o respectivo Conselho
Regional de Farmácia (CRF) e os órgãos de vigilância sanitária, nos termos da
legislação vigente, ficando sob sua responsabilidade a realização, supervisão e
coordenação de todos os serviços técnico-científicos da empresa ou
estabelecimento, respeitado, ainda, o preconizado pela legislação laboral ou
acordo trabalhista, já o farmacêutico subordinado hierarquicamente ao diretor
técnico ou responsável técnico que, requerendo a assunção de farmacêutico
assistente técnico de uma empresa ou de um estabelecimento, por meio dos
25

formulários próprios do CRF, seja designado para complementar carga horária


ou auxiliar o titular na prestação da assistência farmacêutica.
O farmacêutico que exerce a direção técnica ou responsabilidade
técnica é o principal responsável pelo funcionamento da empresa ou
estabelecimento de que trata esta resolução e, obrigatoriamente, terá sob sua
responsabilidade a realização, supervisão e coordenação de todos os serviços
técnico-científicos. Ao requerer a responsabilidade técnica ou a direção técnica
da empresa ou do estabelecimento, o farmacêutico deverá declarar ao CRF de
sua jurisdição que possui meios de fazê-lo com efetiva disponibilidade de
horário, a responsabilidade técnica ou direção técnica é indelegável e obriga o
farmacêutico à participação efetiva e pessoal nos trabalhos ao seu cargo.
Assumir a responsabilidade pela execução de todos os atos farmacêuticos
praticados, cumprindo-lhe respeitar e fazer respeitar as normas referentes ao
exercício da profissão farmacêutica.

5.17 Controle de Estoque: inventário, segregação de medicamentos vencidos e


próximos ao vencimento

12/05 - Conforme consta na Farmacopeia Brasileira, prazo de validade é


o tempo durante o qual o produto poderá ser usado, caracterizado como
período de vida útil e fundamentado nos estudos de estabilidade específicos,
devendo ser indicado nas embalagens primárias e secundárias, entendendo-se
como vencimento do prazo quando indicar mês e ano, o último dia do mês,
sendo obrigatória a manutenção das condições especificadas pelo fabricante,
de armazenamento e transporte, para preservação da integridade do produto.
Considerando farmácias e drogarias estabelecimentos de saúde que
visam a prestação de serviços farmacêuticos e o uso racional e seguro do
medicamento e que funcionam sob responsabilidade do farmacêutico,
orientamos a este profissional que é sua responsabilidade garantir o adequado
atendimento dos usuários que buscam pelos seus serviços e orientações,
proporcionando o acesso a medicamentos de procedência e qualidade
comprovadas, prestando todas as informações e orientações necessárias de
forma a garantir o seu uso correto.
26

Assim, em relação aos medicamentos com o prazo de validade próximo


ao vencimento, considerando o previsto na RDC nº 44/09 da Anvisa, deverá a
farmácia e drogaria possuírem uma política definida sobre a questão, na qual
deve estar clara a todos os funcionários, descrita no Procedimento Operacional
Padrão - POP e prevista no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas - MBP,
sendo necessário informar o paciente, quando for dispensado medicamento
com prazo de validade próximo ao seu vencimento. Contudo, informamos que
é proibido dispensar medicamentos cujo tratamento não possa ser concluído
ainda dentro do seu prazo de validade.
Orientado o farmacêutico da necessidade de garantir que seja realizada
uma inspeção visual no medicamento a ser dispensado, a fim de verificar, no
mínimo, a sua identificação, o seu prazo de validade e a integridade da
embalagem, de forma a evitar erros de dispensação e entrega de
medicamentos sem condições adequadas de uso, bem como da necessidade
de garantir que sejam segregados do estoque, em ambiente seguro e diverso
da área de dispensação, os medicamentos vencidos, violados, sob suspeita de
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração, devendo tais estarem
devidamente identificados quanto a sua condição e destino, de modo a evitar
sua entrega ao consumo.
Orientado também para que o farmacêutico mantenha registro de todas
as ações, serviços e atividades desempenhadas na farmácia e drogaria,
mantendo sempre atualizado o Manual de Boas Práticas e os Procedimentos
Operacionais Padrão, treinando e capacitando continuamente todos os
colaboradores acerca do conteúdo destes documentos.
Diante do exposto, alertamos e orientamos o farmacêutico das suas
responsabilidades no ato da dispensação de medicamentos, devendo sempre
assegurar que esta ocorra em consonância com as determinações legais.

5.18 Procedimentos Operacionais Padrão

14/04 - O Procedimento Operacional Padrão é um documento que


traduz o planejamento do trabalho a ser executado. Padronizar as tarefas,
garantindo o correto funcionamento, minimizando erros nos setores, fazendo
27

com que as atividades sejam executadas por funcionários distintos, em turnos


diferentes, mas garantindo a qualidade do processo em geral.
O POP destaca da tarefa, os responsáveis por faze-la, os materiais
necessários, e a frequência que dever ser feita, é um documento aprovado pelo
estabelecimento sendo dever de cada manipulador seguir, e também dever ser
aprovado, assinado, datado e revisado anualmente ou conforme necessário.
Nessa aula do dia tivemos apresentação e entendemos a importância do
Procedimento Operacional Padrão na drogaria. A drogaria precisa de um para
a garantir a padronização de tarefas e assegurar aos seus clientes um serviço
ou produto livre de variações indesejadas na sua qualidade final, proporcionar
mais segurança e facilitar o trabalho de todos.

5.19 Manual de Boas Práticas

14/04 - De acordo com Resolução-RDC Nº 44, 17 de agosto de 2009,


entende-se por Boas Práticas Farmacêuticas o conjunto de técnicas e medidas
que visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos
disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim
de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade de
vida dos usuários.
Estabelecer os critérios e as condições mínimas para o cumprimento das
Boas Práticas Farmacêuticas para a dispensação, comercialização de produtos
e prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, na
perspectiva de contribuir para o direito à saúde do cidadão.
O Manual de Boas Práticas se aplica às farmácias e drogarias em todo
território nacional e, no que couber, às farmácias públicas, aos postos de
medicamentos e às unidades volantes. As farmácias e as drogarias devem ter,
obrigatoriamente, a assistência de farmacêutico responsável técnico ou de seu
substituto, durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento, nos
termos da legislação vigente.
As farmácias e drogarias devem estabelecer, documentar e implementar
critérios para garantir a origem e qualidade dos produtos adquiridos. A
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias deve ser
28

permitida por autoridade sanitária mediante prévia inspeção. Nessa aula


tivemos apresentação dos alunos sobre o Manual de Boas Práticas.

6 CONCLUSÃO

O estágio supervisionado em farmácia ou drogaria constitui uma etapa


fundamental na formação dos alunos do curso de Farmácia, pois favorece a
conciliação da teoria e da prática, com a orientação constante de um profissional
experiente, permitindo ao aluno instrumentalizar-se com o exercício da profissão.
Em um país como o Brasil, em que o índice de informação é baixo, o profissional
farmacêutico, na maioria dos casos, acaba sendo o primeiro contato dos
pacientes diante de uma enfermidade. Nesse caso, foi possível aprender durante
o estágio que os farmacêuticos devem estar preparados e serem solícitos para
prestar a devida assistência farmacêutica ao indivíduo, orientando-o a procurar o
serviço médico sempre que julgar necessário.
29

7 REFERÊNCIAS

AZEVEDO, L. S. et al. Avaliação da adequação legal de receitas e


notificações de receita de medicamentos sujeitos a controle especial dos
setores públicos e privados. Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2011;32(3):401-
417 ISSN 1808-4532.
http://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/337/335. Acesso em: 10
jun. 2021.

ABREU, THAYZALANE GOMES. EXERCÍCIO PROFISSIONAL


FARMACÊUTICO EM DROGARIAS DOS MUNICÍPIOS DE CUITÉ-PB E
CAJAZEIRAS-PB. Cuité, 2014. Disponível em:
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/9301/1/THAYZALANE
%20GOMES%20DE%20ABREU%20-%20TCC%20FARM%c3%81CIA
%202014.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.

ARAGÃO, A. F. et al. Avaliação das Boas Práticas Farmacêuticas em


drogarias de pequeno e grande porte no município de Teresina – PI.
Boletim Informativo Geum, v. 4, n. 1, p. 84-93, jan./mar., 2014 ISSN 2237-7387
(Impresso). Disponível em:
https://comunicata.ufpi.br/index.php/geum/article/view/1813/1333. Acesso em:
10 jun. 2021.

ALMEIDA, F. B. et al. Análise dos Dados do Sistema Nacional de


Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) na Cidade de
Cajazeiras-PB. Revista FAMA de Ciências da Saúde, v. 1, n. 1 (2015) páginas
01 – 05. Disponível em:
https://editoraverde.org/gvaa.com.br/revista/index.php/FAMA/article/view/3743/
3381. Acesso em: 10 jun. 2021.

BRAÚNA, CARINA DA COSTA; FREITAS RIVELILSON MENDES. REVISÃO


INTEGRATIVA SOBRE O USO DE SISTEMAS INFORMATIZADOS NA
PRÁTICA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA. REF ‒ ISSN 1808-0804 Vol. XI
(1), 35 – 47, 2014. Disponível em:
30

http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/10012/1/2014_art_rmfreitas.pdf. Acesso
em: 10 jun. 2021.

BOVO, FERNANDA; WISNIEWSKI, PATRICIA; MORSKEI, MARIA LUIZA


MARTINS. Atenção Farmacêutica: papel do farmacêutico na promoção da
saúde. Biosaúde, Londrina, v. 11, n. 1, p. 43-56, jan./jun. 2009. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/biosaude/article/view/24303/17900.
Acesso em: 10 jun. 2021.

CARDOSO, GABRIELE CARLOS. LOGÍSTICA FARMACÊUTICA E O


TRANSPORTE DE MEDICAMENTOS TERMOLÁBEIS. Disponível em:
file:///C:/Users/marci/Downloads/23952-Texto%20do%20artigo-97259-1-10-
20160511.pdf. Acesso em: 09 jun. 2021.

Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2017.


Farmacêutico: atente-se prazo de validade dos medicamentos. Disponível em:
http://www.crfsp.org.br/orienta%C3%A7%C3%A3o-farmac%C3%AAutica/644-
fiscalizacao-parceira/geral/8697-fiscalizacao-parceira-14.html. Acesso em: 10
jun.2021.

Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2016.


Orientações sobre receituários de medicamentos sujeitos a controle da portaria
344/98. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/orienta%C3%A7%C3%A3o-
farmac%C3%AAutica/641-fiscalizacao-parceira/farm%C3%A1cia/7559-
fiscalizacao-parceira-orientacoes-sobre-receituarios-de-medicamentos-sujeitos-
a-controle-da-portaria-344-98.html. Acesso em: 10 jun.2021.

FREITAS, E. L. et al. Atenção Farmacêutica – Teoria e Prática: um Diálogo


Possível?. Acta Farm. Bonaerense 25 (3): 447-53 (2006). Disponível em:
http://www.latamjpharm.org/trabajos/25/3/LAJOP_25_3_4_1_65S6D96437.pdf.
Acesso em: 10 jun. 2021.

FRANCO, J. M. ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM FARMÁRCIAS E


DROGARIAS SEU TRABALHO FAZ BEM À SAÚDE DA SUA
COMUNIDADE?. Arch Health Invest 2013; 2 (Suppl.2 - Proceedings of the 4º
SimSaúde/Annual Meeting):13. Disponível em:
https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/227/335.
Acesso em: 10 jun. 2021.
31

Gov.br, 2021. Resolução RDC Nº 471, De 23 De Fevereiro De 2021.


Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-471-de-23-
de-fevereiro-de-2021-304923190. Acesso em: 10 jun. 2021.

IPOG Blog, 2018. Tudo o que você precisa saber sobre a atenção
farmacêutica. Disponível em: https://blog.ipog.edu.br/saude/tudo-sobre-
atencao-farmaceutica/. Acesso em: 10 jun. 2021.

PINTO, LUCIO SANCHES ESTEVES. A FARMÁCIA E A DROGARIA SOB A


NOVA ÓTICA DA RDC N. 44/2009 DA ANVISA. Revista de Direito Sanitário,
São Paulo. 12, n. 2 p. 140-177 Jul/Out. 2011. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rdisan/article/view/13253/15070. Acesso em: 10 jun.
2021.

ProDoctor., 2016. AS RESPONSABILIDADES DO FARMACÊUTICO.


Disponível em: https://prodoctor.net/blog/as-responsabilidades-do-
farmaceutico/. Acesso em: 10 jun. 2021.

REIS, TIAGO MARQUES. Conhecimento e condutas dos farmacêuticos


para a dispensação de medicamentos e a realização da Atenção
Farmacêutica em drogarias. Ribeira Preto, 2013. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/119379/000901498.pdf?
sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 10 jun. 2021.

ROCHA, A. L. R. USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS. Rio de Janeiro,


2014. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/11634/1/25.pdf.
Acesso em: 10 jun. 2021.

SOUZA, H. C. Apostila de Introdução à Farmácia. Unipac Araguari, 2015,


páginas 4 – 45. Disponível em: file:///C:/Users/marci/Downloads/Apostila
%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Farm%C3%A1cia%20-
%20Herbert%20Cristian%20de%20Souza.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.

SOUSA, NATÂNIA SEVERO. CARACTERÍSTICAS DO USO DE


MEDICAMENTOS EM DROGARIA NO MUNICÍPIO DE TAVARES – PB.
Cuité, 2015. Disponível em:
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/9121/1/NAT
%c3%82NIA%20SEVERO%20DE%20SOUSA%20-%20TCC%20FARM
%c3%81CIA%20%202015.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.
32

8 ANEXOS

Você também pode gostar