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2. DESCRIÇÃO DA PERSONALIDADE
A Psicologia da Personalidade conhece três maneiras distintas para classificar a
personalidade: a em dimensões, a classificação em tipos e a classificação baseada nos
transtornos de personalidade. O objetivo deste método de classificação é reduzir a variedade
quase infinita de personalidades a um número mínimo de dimensões estatisticamente
independentes. O ponto de partida para gerar tais dimensões é normalmente uma análise do
vocabulário que um determinado idioma tem para descrever características da personalidade
de alguém. Um grupo representativo da população desse idioma recebe então a tarefa de
separar essas palavras em categorias de palavras. Os resultados são então analisados através
de um método estatístico chamado análise fatorial. A classificação atualmente mais em uso no
mundo científico e é conhecida como "Big Five", por descrever a personalidade através de
cinco fatores ou dimensões: Extraversão - refere-se a quanto uma pessoa busca contatos, é
auto confiante e espontânea; Amabilidade - refere-se a quanto uma pessoa é gentil, empática,
mostra consideração pelos outros; Conscienciosidade (ou Responsabilidade) - refere-se a
quanto uma pessoa é cuidadosa, atenciosa, perseverante, empenhada naquilo que faz;
Instabilidade emocional (ou Neuroticismo) - refere-se a quanto uma pessoa tende a preocupa-
se, ser nervosa, ter medo e estar tensa; Abertura para novas experiências (ou Intelectualidade,
ou ainda Cultura) - refere-se a quanto uma pessoa tende a refletir, ser imaginativa, curiosa e
original. A personalidade de uma pessoa pode assim ser descrita na forma de um perfil
composto de valores em cada uma dessas dimensões, que são colhidos através de um
questionário psicológico. A pesquisa do Big Five foi originalmente feita em inglês mas foi
repetida com sucesso em vários outros idiomas. A vantagem desse tipo de classificação é a
capacidade que ela tem de descrever a personalidade, em geral complexa e multifacetada,
através de poucas dimensões variáveis. Seu maior problema é a falta de uma base teórica, que
justifique essas dimensões, afinal as dimensões foram geradas através de uma análise
linguística e estão assim intimamente ligadas à psicologia do senso comum e as suas
limitações.
4. A PERSONALIDADE
Na Psicologia a Personalidade é uma organização dos vários sistemas físicos, fisiológicos,
psíquicos e morais que se interligam, determinando o modo como o indivíduo se ajusta ao
ambiente em que vive. Para o Espiritismo a personalidade está na Alma da pessoa. Veremos
mais sobre isto mais adiante, no artigo sobre Psicologia. A personalidade vai se fazendo ao
longo do tempo, desde o nascimento até a idade adulta, porém, devido à interação com o meio
em que vivemos e à intenção inata de nos comportarmos como os outros desejariam que
fôssemos, esse desenvolvimento poderá não levar a pessoa à auto-realização, no sentido de
seu Eu real, mas em outras direções menos saudáveis para o bem estar do indivíduo, tais
como a do Eu-orgulhoso, a do Eu-coitadinho ou a do Eu-fatalista. Para uma criança se
desenvolver normalmente ela tem que se sentir aceita da forma que é. Ela pode ser corrigida e
castigada se for preciso, mas deve se sentir aceita apesar disso, de modo a não afetar o
conceito que tem de si mesma. A corrigenda e o castigo devem ser impessoais, sem ofensas à
criança. Use mais a palavra Eu do que a palava Você. Diga "Eu não quero" mas nunca "Você
é um burro". O importante não é se estamos aplicando o castigo justo mas a nossa
generosidade na sua aplicação. Caso contrário, se a criança se sentir rejeitada, poderá
construir, quando mais crescida, um novo conceito distorcido de si mesma, onde tenta criar
uma falsa idéia de superioridade, entendendo, por exemplo, que a agressividade passa a ser
força, a indiferença passa a ser sabedoria e onde a piedade é vista como algo inferior. O Eu-
submisso se transformaria falsamente, nestas circunstâncias, em perfeição cristã e santidade.
6. CONFLITOS NEUROLÓGICOS
A ansiedade e a angústia são uma desordem emocional produzida pela perspectiva de uma
frustração. A angústia se apresenta como uma experiência de antecipação de uma situação
futura de perigo. A ansiedade é uma forma de medo em que o objeto é vago e indefinido.
Alguns conflitos neuróticos convertem grande parte da angústia em ação física no corpo da
pessoa. Dizemos que houve somatização e a tensão conflituosa pode afetar várias partes do
corpo. Se a região límbica for a atingida passarão a ocorrer emoções de medo, de angústia e
de depressão. Se atingir o hipotálamo e hipófise surgirão distúrbios da tireóide alterando o
desgaste celular, a pressão arterial e a taxa de açúcar no sangue. Se o diencéfalo for atingido
haverá perturbações na circulação, palpitações, hiperacidez no trato digestivo, cólicas
hepáticas, falta de ar e inibição da atividade sexual. Se a pessoa se fixasse demais em suas
deficiências, conflitos e frustrações perderiam sua autoestima, desintegrando sua
personalidade. É preciso se ajustar através de mecanismos de defesa. Os principais
mecanismos são o de compensação, de racionalização, de projeção, de identificação, de
regressão, de fixação, de idealização, de repressão, de sublimação, e de fantasia.
7. PERSONALIDADE SAUDÁVEL
Para o grande psicólogo, e profundo pensador Carl Jung a personalidade saudável é aquela
que consegue o equilíbrio entre o consciente e o inconsciente, entre a Vida interior e exterior.
Mais que qualquer outra escola psicológica, a psicologia analítica de Jung busca a unidade do
indivíduo no mais profundo de si mesmo, com uma técnica que conduz à individuação. A
Personalidade saudável é "Una" e dependemos em proporções angustiantes de um
funcionamento pontual do nosso psiquismo inconsciente, dos seus referentes e das suas falhas
ocasionais. Portanto, a personalidade de cada indivíduo apresenta traços próprios, ou seja,
modos originais de perceber e reagir ao mundo exterior, que se repetem em múltiplas
situações ao longo da sua Vida que de certo modo o individualizam e o distinguem das outras
pessoas. É só quando esses traços da personalidade se acentuam demasiado, tornam-se
incoerentes, inflexíveis, desadaptados à realidade habitual, prejudicando o bem-estar pessoal,
familiar ou social do indivíduo, apresentando até formas diversas de atuar perante as mesmas
situações, é que se considera que há um distúrbio de personalidade. A personalidade na sua
origem supõe, desde logo, a ideia de uma pessoa que não deixa de ser o que é, que é a mesma
no espaço e no tempo, que mantém a identidade para consigo e a diferenciação para com os
outros. Quando se fala de personalidades fortes e personalidades fracas, referem-se, a que as
primeiras são pessoas de comportamentos solidamente não contraditórios, e as personalidades
fracas são pessoas de comportamentos bastante irregulares.
8. DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA
A psicologia é tanto uma área de atuação (ciência aplicada) quanto uma área de pesquisa
(ciência acadêmica) que estuda basicamente o comportamento humano e o funcionamento da
mente humana. Os pesquisadores da psicologia têm como objetivo entender e explicar como
funcionam os pensamentos, comportamentos e as emoções. Dentre as aplicações práticas da
psicologia podemos citar como exemplos a seleção, recrutamento, ergonomia, tratamento de
distúrbios mentais, auto-ajuda, melhorar a auto-eficácia, dentre muitas outras áreas que se
envolvem diretamente com a saúde e o cotidianos das relações humanas. Esta nomenclatura
deve sua origem a um momento histórico em que os filósofos (gregos) acreditavam haver no
ser humano duas essências, uma material (soma ou corpo) e uma imaterial (psique ou alma).
Além da raiz filosófica a psicologia possui, também, uma raiz biológica na fisiologia, que
estudava a correlação entre os processos corporais (cérebro, sistema nervoso, hormônios) e os
processos mentais.
15. TEMPERAMENTO
O temperamento é a característica da personalidade que permite identificar as peculiaridades
dinâmicas dos processos psíquicos como intensidade, velocidade, cadência e ritmo. Dois
componentes do temperamento, atividade e emocionalidade, estão presentes na maioria das
classificações e teorias do temperamento. A atividade do comportamento caracteriza o grau de
energia, de impetuosidade, de velocidade, de inércia e de lentidão. A emocionalidade
caracteriza as peculiaridades da transcorrência das emoções, dos sentimentos, dos estados de
espírito e suas qualidades, como: o sinal (positivo/negativo) e a modalidade (alegria, mágoa,
medo, tristeza, cólera, etc). São conhecidos três sistemas básicos para explicar a essência do
temperamento, dos quais os dois primeiros têm somente interesse histórico. O primeiro
sistema (humoral), o qual já foi citado anteriormente, liga o estado do organismo com a
proporção dos sucos (os líquidos e humores) que circula pelo organismo. Pela prevalência dos
tipos de líquidos que circulam pelo organismo, foram destacados os seguintes temperamentos:
sanguíneo; colérico; fleumático e melancólico. O segundo sistema (constitucional) se apoia
nas diferentes constituições do organismo, sua estrutura física, proporções de diferentes partes
do corpo e proporções de diferentes tipos de tecidos. A constituição é o aspecto físico-
morfológico da personalidade. É a estrutura ou arquitetura do corpo humano. O estudo da
constituição é objetivo da Biotipologia, ciência que estuda os diversos tipos humanos com
suas particularidades somáticas e psíquicas, as quais se associam intimamente. Embora não
haja unidade de doutrina relativamente à classificação dos tipos constitucionais, pode-se
afirmar que há uma estreita relação entre a forma e o espírito, entre a figura e o caráter, entre
o soma e a psique. A relação entre os traços físicos e psíquicos também tem sido considerada
do ponto de vista de tipos constitucionais.