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CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS DA PMMS

CEFAP/PMMS

APOSTILA DE LEGISLAÇÃO
POLICIAL MILITAR
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS PM
CFSd/2021

Instrutor: TC PM EDSON GUARDIANO DE OLIVEIRA

AGOSTO DE 2021

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DISCIPLINA LEGISLAÇÃO POLICIAL MILITAR – CFSd/PMMS - 2021

SUMÁRIO

1 – Constituição Federal/1988 e Legislação Federal;


2 – Constituição Estadual/1989;
3 – Lei Complementar nº 053/1990 – Estatuto PM/BM MS;
4 – Lei Complementar nº 127/2008 – Lei de Remuneração Militares MS;
5 – Lei Complementar nº 190/2014 – Lei de Organização Basica da PMMS;
6 – Decreto Estadual nº 1.260/1981 – RDPMMS (Regulamento Disciplina);
7 – Bibliografia.
Organogramas Estrutura PMMS.

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1 - CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (CF/88)

TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
.

Capítulo VII
da Administração Pública
Seção III
dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios

Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares,


instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.         (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados , do Distrito Federal e dos
Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º ;
do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor
sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais
conferidas pelos respectivos governadores.         (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 15/12/98)
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

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XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

3 - LEI COMPLEMENTAR N° 053, DE 30 DE AGOSTO DE 1990.

Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Militares de


Mato Grosso do Sul, e dá outras providências.
Publicada no Diário Oficial n° 2.883, de 31 de agosto
de 1990. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO
GROSSO DO SUL. Faço saber que a Assembléia
Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar,

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
CAPÍTULO I
DAS GENERALIDADES
.

Art. 3º O Comandante-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul será escolhido


livremente pelo Governador do Estado, dentre os oficiais do QOPM, ocupantes do último
posto da hierarquia Policial-Militar. (redação dada pelo art. 31 da Lei Complementar nº 127, de
15 de maio de 2008)

§  1º O Comandante-Geral exercerá o cargo pelo período de até dois anos.  (Acrescentado pela  Lei
Complementar nº 123, 20 de dezembro de 2007).  (revogado pelo art. 39 da Lei Complementar nº
127, de 15 de maio de 2008)

§ 2º A escolha do Governador recairá sobre Oficial Superior indicado por meio de lista tríplice,
elaborada conforme regulamentação a ser definida em Decreto do Chefe do Executivo. (acrescentado
pela Lei Complementar nº 123, 20 de dezembro de 2007).  (revogado pelo art. 39 da Lei
Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008)

Art. 4° Os integrantes da PMMS, em razão da destinação constitucional da Corporação e das Leis


vigentes, são servidores públicos militares estaduais denominados policiais-militares.

§ 1° Os policiais-militares encontram-se em uma das seguintes situações:

a) na ativa:

I - os policiais-militares de carreira:

II - os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos a que se obrigarem a servir:

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III - os componentes da reserva remunerada quando convocados;

III - os convocados e os designados; (redação da pela Lei Complementar nº 113, de 19 de dezembro


de 2005)

IV - os alunos de órgãos de formação de policiais-militares.

b) na inatividade:

I - na reserva remunerada, quando pertencerem à reserva da Corporação e perceberem remuneração


do Estado de Mato Grosso do Sul, porém sujeitos ainda, à prestação de serviços na ativa, mediante
convocação;

II - reformados, quando tendo passado por uma das situações anteriores, estão dispensados,
definitivamente, da prestação de serviços na ativa mas continuam a perceber remuneração do Estado
de Mato Grosso do Sul.

§ 2° Os policiais-militares de carreira são os que, no desempenho profissional e permanente do


serviço policial-militar, têm estabilidade assegurada após 02 anos de efetivo serviço.(São três anos
pela CF/88 e pelo próprio Estatuto no Art 47)

Art. 7° O militar da reserva remunerada poderá retornar ao serviço ativo por ato do
Governador, nas seguintes condições:  (redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar n° 113,
de 19 de dezembro de 2005)

I - por convocação, em caráter temporário, para atender a necessidade da Corporação em caso de


grave perturbação da ordem, em estado de guerra, de sítio ou de defesa ou para atender à Justiça
Militar, nos termos da legislação processual militar;  (redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar
n° 113, de 19 de dezembro de 2005)

I - por convocação, em caráter temporário, para atender a necessidade da corporação em caso de


grave perturbação da ordem, em estado de guerra, de sítio ou de defesa, para atender a Justiça
Militar ou para exercer cargo em comissão ou função de direção e assessoramento superior;  (redação
dada pelo art. 31 da Lei Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008)

II - por designação, mediante reaproveitamento de praças para exercer funções operacionais ou de


defesa civil, por meio da aceitação voluntária e expressa do designado.  (redação dada pelo art. 1º da
Lei Complementar n° 113, de 19 de dezembro de 2005)

§ 1º O militar convocado ficará agregado ao respectivo quadro, não concorrendo à promoção, exceto
por bravura ou post mortem.  (redação dada pelo art. 31 da Lei Complementar nº 127, de 15 de maio
de 2008)
§ 2º Revogado.  (revogado pelo art. 39 da Lei Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008)
§ 3º O militar estadual da reserva com proventos proporcionais que retornar à atividade, nas
condições deste artigo, receberá a remuneração do posto ou graduação a que teria direito se na
ativa estivesse, não acumulável com os proventos.  (redação dada pelo art. 31 da Lei Complementar
nº 127, de 15 de maio de 2008)

§ 4º No caso do disposto no § 3º deste artigo, o militar contribuirá para a previdência social


estadual nos percentuais abaixo indicados, incidentes sobre o valor da respectiva remuneração de
contribuição, e poderá retornar à inatividade com os proventos proporcionais ou integrais
correspondentes à graduação ou ao posto:  (redação dada pela Lei Complementar nº 242, de 1º de
dezembro de 2017)

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I - 11% (onze por cento) sobre a parcela da base de contribuição, cujo valor seja igual ou inferior
ao limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
e  (acrescentado pela Lei Complementar nº 242, de 1º de dezembro de 2017)

II - 14% (quatorze por cento) sobre a parcela da base de contribuição, cujo valor seja superior ao
limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social
(RGPS). (acrescentado pela Lei Complementar nº 242, de 1º de dezembro de 2017)

§ 5º O militar da reserva com proventos integrais que retornar à atividade receberá parcela
indenizatória equivalente a 30% (trinta por cento) do subsídio do seu posto ou da sua
graduação. (redação dada pela Lei Complementar nº 216, de 4 de julho de 2016)

§ 6º O militar com processo de passagem para a inatividade em andamento, visando a sua


transferência para a reserva remunerada a pedido ou “ex officio”, poderá ser convocado mediante
requerimento apresentado até 30 (trinta) dias após o inicio do respectivo processo, desde que
atendidos os critérios estabelecidos na legislação vigente, e as seguintes condições:  (acrescentado
pela Lei Complementar nº 216, de 4 de julho de 2016)

I - oficiais:  (acrescentado pela Lei Complementar nº 216, de 4 de julho de 2016)

a) não estar submetido ao Conselho de Justificação, na forma da legislação


especifica;  (acrescentado pela Lei Complementar nº 216, de 4 de julho de 2016)

b) não ser réu em ação penal comum pela prática de crime doloso;  (acrescentado pela Lei
Complementar nº 216, de 4 de julho de 2016)

II - praças:  (acrescentado pela Lei Complementar nº 216, de 4 de julho de 2016)

a) não estar submetido ao Conselho de Disciplina, na forma da legislação peculiar;  (acrescentado


pela Lei Complementar nº 216, de 4 de julho de 2016)

b) não ser réu em ação penal comum pela prática de crime doloso;  (acrescentado pela Lei
Complementar nº 216, de 4 de julho de 2016)

c) no mínimo, estar classificado, no comportamento “BOM”.  (acrescentado pela Lei Complementar


nº 216, de 4 de julho de 2016)

§ 7º O militar da reserva remunerada, para retornar ao serviço ativo, deverá cumprir as condições
estabelecidas nos incisos constantes do § 6º deste artigo.  (acrescentado pela Lei Complementar nº
216, de 4 de julho de 2016)

CAPÍTULO III
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 13. A hierarquia e a disciplina são bases institucionais da Polícia Militar; a autoridade e
responsabilidade crescem com o grau hierárquico.

§ 1° A hierarquia policial-militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes. Dentro da


estrutura da Polícia Militar a ordenação se faz por postos ou graduações. Dentro de um mesmo posto
ou graduação se faz pela antigüidade no posto ou graduação. O respeito à hierarquia é
consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência da autoridade.

§ 2° Disciplina é a rigorosa observância e acatamento integral das leis, regulamentos, normas,


disposições e ordens que fundamentam o organismo policial-militar e coordenam seu funcionamento
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regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos.

§ 3° A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias


da vida, entre policiais-militares da ativa, reserva remunerada e reformados.

Art. 14. Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os policiais-militares da mesma
categoria e tem a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem em ambiente de estima e
confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.

Art. 15. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica da Polícia Militar são fixados no quadro e
parágrafos seguintes:

CÍRCULO OFICIAIS SUPERIORES P CORONEL


DOS O TENENTE CORONEL
OFICIAIS S MAJOR PM
T
O
OFICIAIS INTERMEDIÁRIOS S CAPITÃO PM

OFICIAIS SUBALTERNOS PRIMEIRO-TENENTE PM


SEGUNDO-TENENTE PM

CÍRCULO SUBTENENTE E SARGENTOS G SUBTENETE PM


DE R PRIMEIRO-SARGENTO PM
PRAÇAS A SEGUNDO-SARGENTO PM
D TERCEIRO-SARGENTO PM
U
A
Ç
CABOS E SOLDADOS Õ CABO PM
E SOLDADO PM
S

PRAÇAS FREQUENTA O CÍRCULO DE OFICIAIS ASPIRANTE-A-OFICIAL PM


ESPECIAIS SUBALTENOS

EXCEPCIONALMENTE OU EM REUNIÕES ALUNO-OFICIAL PM


SOCIAIS TEM ACESSO AO CÍRCULO DE
OFICIAIS

PRAÇAS EM EXCEPCIONALMENTE OU EM REUNIÕES ALUNO DO CURSO DE


SITUAÇÃO SOCIAIS TEM ACESSO AO CÍRCULO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS PM
ESPECIAL SUBTENENTE E SARGENTOS

FREQUENTA O CÍRCULO DE CABOS E ALUNO DO CURSO DE


SOLDADOS FORMAÇÃO DE CABO E
SOLDADO PM

§ 1° Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do Estado de Mato
Grosso do Sul.

§ 2° Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido pelo Comandante-Geral da Polícia Militar


do Estado de Mato Grosso do Sul.

§ 3° Os Asp. Of. PM e os Al Of. PM são denominados Praças Especiais.

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§ 4° Os alunos dos Cursos de Formação de Sargento, Cabo e Soldado são considerados praças em
situação especial e transitória durante o curso.

§ 5° Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Quadros são fixados, separadamente, para cada
caso, em Lei de Fixação dos Efetivos.

§ 6° Sempre que o policial-militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou


graduação, deverá fazê-lo mediante o esclarecimento dessa situação.

Art. 15-A. O acesso do Soldado à graduação de Cabo QPPM dar-se-á mediante aprovação em
Curso de Formação de Cabos.  (redação dada pela Lei Complementar nº 210, de 30 de novembro de
2015)

§ 1º O ingresso no Curso de Formação de Cabos dar-se-á por intermédio de processo seletivo


interno pelo critério de antiguidade, no qual o Soldado será selecionado de acordo com a sua
precedência na graduação, atendidos aos seguintes requisitos:  (redação dada pela Lei Complementar
nº 210, de 30 de novembro de 2015)

I - contar, no mínimo, com seis anos de efetivo serviço na graduação de Soldado;  (redação dada pela
Lei Complementar nº 210, de 30 de novembro de 2015)

II - possuir o ensino médio;  (redação dada pela Lei Complementar nº 210, de 30 de novembro de
2015)

III - não estar licenciado para tratar de interesse particular;  (redação dada pela Lei Complementar nº
210, de 30 de novembro de 2015)

IV - estar classificado, no mínimo, no comportamento “BOM”;  (redação dada pela Lei Complementar
nº 210, de 30 de novembro de 2015)

V - ter sido julgado apto em inspeção de saúde para fins de curso;  (redação dada pela Lei
Complementar nº 210, de 30 de novembro de 2015)

VI - ter sido julgado apto em teste de aptidão física, específico no processo seletivo;  (redação dada
pela Lei Complementar nº 210, de 30 de novembro de 2015)

VII - possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no mínimo, de categoria “B”.  (redação dada pela
Lei Complementar nº 210, de 30 de novembro de 2015)

§ 2º O Curso de Formação de Cabos QPPM terá por base o total de vagas disponibilizadas pelo
Comandante-Geral, após aprovação do Governador do Estado.  (redação dada pela Lei Complementar
nº 210, de 30 de novembro de 2015)

§ 3º Considera-se como total de vagas disponibilizadas aquelas fixadas, exclusivamente, em edital


pelo Comandante-Geral para o processo seletivo do Curso de Formação de Cabos, observados a
necessidade e o interesse da Corporação.  (redação dada pela Lei Complementar nº 210, de 30 de
novembro de 2015)

§ 4º As promoções à graduação de Cabo serão realizadas na data de conclusão do curso,


de acordo com a ordem de classificação intelectual obtida ao final do respectivo curso de
formação de Cabo, concluído com aproveitamento.  (redação dada pela Lei Complementar nº
210, de 30 de novembro de 2015)

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Art. 15-D. A precedência entre soldados incluídos no estado efetivo na mesma data é estabelecida
pelo grau de conclusão de curso.  (acrescentado pela Lei Complementar nº 157, de 19 de dezembro
de 2011)

(Decreto 10.769/02 Regulamenta as Promocoes de Sgt)

Art. 16. A precedência entre policiais-militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada
pela antigüidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida
em lei ou regulamento e o previsto no § 3° deste artigo.

§ 4° A antigüidade entre os Quadros da Polícia Militar é a seguinte:

a) Quadro de Oficiais;
1.Quadro de Oficiais Policiais-Militares (QOPM);
2. Quadro Auxiliar de Oficiais Militares (QAO); (redação dada pela Lei Complementar n° 96, de 26 de
dezembro de 2001)
3. Quadro de Oficiais Especialistas (QOE);
4. Quadro de Oficiais de Saúde (QOS).

b) Quadro de Praças:
1.Quadro de Praças Policiais-Militares (QPPM);
2. Quadro de Praças Especialistas (QPE);
3. Quadro de Praças de Saúde (QPS).

§ 5º O Quadro Auxiliar de Oficiais Militares abrangerá os postos de Segundo e Primeiro Tenente,


Capitão e Major, concorrendo:  (redação dada pela Lei Complementar n° 96, de 26 de dezembro de
2001)

I - os Primeiros Sargentos que contarem, no mínimo, dois anos na respectiva graduação e possuírem
habilitação de nível superior;  (redação dada pela Lei Complementar n° 96, de 26 de dezembro de
2001)

II - os Subtenentes;  (redação dada pela Lei Complementar n° 96, de 26 de dezembro de 2001)

III - para Major, o Capitão com curso de aperfeiçoamento de Oficiais e nível superior completo.
(redação dada pela Lei Complementar n° 96, de 26 de dezembro de 2001)

§ 6° Em igualdade de posto ou graduação, os policiais-militares de carreira da ativa e os da reserva


remunerada que estiverem convocados é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou
graduação.

§ 7º Em igualdade de posto ou graduação, os militares da ativa têm precedência sobre os que estão
na inatividade. (acrescentado pela Lei Complementar 113, de 19 de dezembro de 2005)

Art. 17. A precedência entre as Praças e as demais praças é assim regulada:

I - os Asp. Of. PM serão hierarquicamente superiores às demais praças;

II - os Al Of. PM serão hierarquicamente superiores aos Subten PM.

Parágrafo único. Os Policiais-Militares em curso para graduação de Sargento ou Cabo PM terão a


seguinte precedência no tocante a antigüidade:

I - os alunos do Curso de Sargento terão precedência sobre os Cabos PM;

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II - os alunos do curso de Cabo PM terão precedência sobre os Soldados PM.

Art. 21. Os cargos policiais-militares são providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de grau
hierárquico e de qualificação exigidos para o seu desempenho, observada a antigüidade, nos
seguintes termos:

I - para os cargos previstos para o posto de Coronel PM: serão providos, em princípio, no mínimo por
Tenentes-Coroneis PM com curso Superior de Polícia;

II - para os cargos previstos para os postos de Oficiais Superiores, exceto os anteriormente


estabelecidos: serão providos, em princípio, no mínimo por Capitães PM, com Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais;

III - para os cargos previstos para os postos de Oficiais Intermediários e Subalternos: serão providos
no mínimo por Segundos Tenentes;

IV - para os cargos previstos para Subtenentes PM e 1° Sargento PM: serão providos, em princípio,
no mínimo por 2° Sargento PM com Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos;

V - para os cargos previstos para 3° Sargento PM: serão providos, no mínimo, por policiais-militares,
com Curso de Formação de Sargento PM.

Art. 22. O cargo policial-militar é considerado vago a partir de sua criação e até que um policial-
militar tome posse ou desde que o policial-militar exonerado, dispensado ou que tenha recebido
determinação expressa de autoridade competente o deixe.

Parágrafo único. Considerem-se também vagos os cargos policiais-militares cujos ocupantes:

a) tenham falecido;

b) tenham sido considerados extraviados;

c) tenham sido considerados desertores.

TITULO II
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES

CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES

SEÇÃO I
DO VALOR POLICIAL-MILITAR

Art. 25. São manifestações essenciais do valor policial-militar:

I - o sentimento de servir à comunidade estadual, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o


dever policial-militar e pelo devotamento à manutenção da ordem pública, mesmo com o risco da
própria vida;

II - a fé na elevada missão da Polícia Militar;

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III - o civismo e o culto das tradições históricas;

IV - o espírito de corpo, orgulho do policial-militar pela Organização onde serve;

V - o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com que é exercida;

VI - o aprimoramento técnico profissional.

SEÇÃO II
DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR

Art. 26. O sentimento do dever, o pundonor policial-militar e o decoro da classe impõem, a cada um
dos integrantes da Polícia Militar conduta moral e profissional irrepreensível, com observância dos
seguintes preceitos da ética policial-militar:

I - amar a verdade e a responsabilidade com fundamento da dignidade pessoal;

II - exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do
cargo;

III - respeitar a dignidade da pessoa humana;

IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades


competentes;

V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação dos méritos dos subordinados;

VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e também pelo dos subordinados tendo em
vista o cumprimento da missão comum;

VII - empregar todas as suas energias em benefício do serviço;

VIII - praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de cooperação permanente;

IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;

X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa relativa à Segurança Nacional
ou matéria interna da Corporação;

XI - respeitar os representantes dos Poderes Constituídos, acatando suas orientações sempre que tal
procedimento não acarrete prejuízo para o serviço da Corporação;

XII - cumprir seus deveres de cidadão;

XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular;

XIV - observar as normas da boa educação;

XV - garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;

XVI - conduzir-se mesmo fora do serviço ou na atividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial-militar;

XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;

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XVIII - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes, obedecendo e
fazendo obedecer aos preceitos da ética policial-militar.

Art. 27. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, juntamente com
todo o seu Estado Maior, bem como os detentores de cargos de Chefia, Direção e Comando de
Unidade são responsáveis diretos pela preservação da imagem digna e íntegra de todos os
componentes da instituição quando acusados por qualquer cidadão ou órgão da imprensa por ato
atentatório da ética policial-militar.
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES
Art. 28. Os deveres policiais-militares emanam de vínculos racionais e morais que ligam o policial-
militar à comunidade e a sua segurança, e compreendem essencialmente:

I - a dedicação ao serviço policial-militar e a fidelidade à instituição a que pertencem, mesmo com o


sacrifício da própria vida;

II - o culto aos símbolos nacionais;

III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;

IV - a disciplina e o respeito à hierarquia;

V - o rigoroso cumprimento das leis e ordens;

VI - a obrigação de tratar o subordinado com dignidade e urbanidade.

SEÇÃO II
DO COMPROMISSO POLICIAL-MILITAR

Art. 35. Os Subtenentes PM e os 1° Sargentos PM auxiliam e complementam as atividades dos


Oficiais, quer no adestramento, no emprego dos meios, na instrução e na administração.

Parágrafo único. Os Subtenentes PM e os 1° Sargentos PM poderão ser empregados


excepcionalmente e em caráter temporário, na execução de atividade de policiamento ostensivo
peculiar à Polícia Militar.

Art. 36. Os 2° Sargentos PM e 3° Sargentos PM devem ser empregados na atividade-fim da Polícia


Militar.

Parágrafo único. Os graduados citados no “caput” deste artigo poderão, excepcionalmente e em


caráter temporário, exercer funções atinentes à atividade-meio da Corporação.

Art. 37. Os cabos e Soldados PM são elementos de execução devem ser empregados na atividade-fim
da Corporação, excepcionalmente em caráter temporário, poderão ser empregados na atividade-
meio.

Art. 38. Aos alunos dos órgãos de formação e aperfeiçoamento policiais-militares cabem a inteira
dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional, bem como a rigorosa observância de
todos preceitos aplicáveis aos integrantes da Polícia Militar.
CAPÍTULO III
SEÇÃO I

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DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DE OUTROS DIREITOS

SEÇÃO IV
DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA

Art. 45. O Oficial, presumivelmente, incapaz de permanecer como policial-militar da ativa será
submetido ao Conselho de Justificação na forma da legislação específica e observado o artigo 41.

§ 1° Compete ao Tribunal de Justiça julgar os processos oriundos dos Conselho de Justificação na


forma da legislação peculiar.

§ 2° Ao Conselho de Justificação também poderão ser submetidos os Oficiais reformados e da


reserva remunerada.

§ 3º O Oficial submetido a Conselho de Justificação não poderá, em hipótese alguma, integrar o


Quadro de Acesso para fins de promoção, por qualquer critério, ainda que o procedimento esteja
suspenso, a qualquer título. (acrescentado pela Lei Complementar nº 240, de 29 de setembro de
2017)

Art. 46. Os Aspirantes-a-Oficial PM e as Praças com estabilidade assegurada, presumivelmente


incapazes de permanecerem como policiais-militares da ativa, serão submetidos ao Conselho de
Disciplina na forma da legislação peculiar.

§ 1° Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar julgar em última instância administrativa, os


processos oriundos do Conselho de Disciplina convocados no âmbito da Corporação.

§ 2° Ao Conselho de Disciplina também poderão ser submetidas as Praças reformadas e da reserva


remunerada.

§ 3° Compete ao Tribunal de Justiça, em instância judicial, julgar os processos oriundos do Conselho


de Disciplina, na forma da legislação.

§ 4º Os Aspirantes-a-Oficial e as Praças, com estabilidade assegurada, que estejam


submetidos a Conselho de Disciplina não poderão, em hipótese alguma, integrar o
Quadro de Acesso para fins de promoção, por qualquer critério, ainda que o
procedimento esteja suspenso, a qualquer título. (acrescentado pela Lei Complementar nº
240, de 29 de setembro de 2017)

TITULO III
DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS-MILITARES

CAPITULO I
SEÇÃO I
DOS DIREITOS

Art. 47. São direitos dos policiais-militares:

I - garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela
inerentes, quando oficial;

II - percepção de subsídio, integral ou proporcional, correspondente ao posto ou graduação que


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possuir quando da transferência para a inatividade remunerada;  (redação dada pela Lei
Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

III - subsídio calculado de acordo com o posto ou graduação, quando tiver atingido a idade
limite; (redação dada pelo art. 31 da Lei Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008)

IV - estabilidade, quando praça com três anos de tempo de efetivo serviço na carreira, não
computados os cursos de formação para esse fim;  (redação dada pela Lei Complementar n° 96, de
26 de dezembro de 2001)

V - o uso de designações hierárquicas;

VI - a promoção e o direito de frequentar cursos ou estágios de formação, habilitação ou


aperfeiçoamento, independentemente de estar sendo investigado ou processado criminalmente,
exceto se estiver submetido a Conselho de Justificação, se Oficial, ou a Conselho de Disciplina, se
Aspirante-a-Oficial ou se Praça, mantidos, ainda, os demais impedimentos estabelecidos na legislação
pertinente; (redação dada pela Lei Complementar nº 240, de 29 de setembro de 2017)

VII - a ocupação de cargo correspondente, no mínimo, ao posto ou graduação;

VIII - ser reformado com proventos integrais ao tornar-se inválido para o serviço policial-militar em
decorrência de acidente ou acontecimento que tenha nexo causal com o serviço;

IX - a percepção de soldo condigno que permita ao policial-militar de qualquer grau hierárquico


atender suas necessidades vitais e as de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social;

IX - a percepção de subsídio condigno que permita ao militar estadual de qualquer grau hierárquico
atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social;  (redação dada pelo art. 31 da Lei
Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008)

X - outros direitos previstos em legislação específica e peculiar que trate da remuneração dos
policiais-militares do Estado;

XI - fundo assistencial por tempo de serviço;

XII - a transferência para a reserva remunerada, proporcional ou integral, a pedido ou reforma;

XIII - as férias anuais remuneradas com 50% a mais que os vencimentos normais;

XIII - as férias anuais remuneradas com adicional de 1/3 (um terço) da remuneração de seu posto
ou de sua graduação; (redação dada pelo art. 31 da Lei Complementar nº 127, de 15 de maio de
2008)

XIV - afastamento temporário do serviço e as licenças;

XV - a demissão e o licenciamento a pedido;

XVI - o porte de arma quando Oficial, em serviço ativo ou na inatividade, salvo aqueles que sofram
de qualquer alienação mental comprovada ou que tenham sido condenados por crime que
desaconselhe o porte;

XVII - o porte de arma para as Praças com estabilidade assegurada, salvo aqueles que sofram de
qualquer alienação mental comprovada ou que tenham sido condenados por crime ou procedimento
administrativo que desaconselhe o porte, no último caso por decisão fundamentada do Comandante-
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Geral;

XVIII - o porte de arma para as demais Praças com restrições impostas pela Polícia Militar;

XIX - receber do Estado, arma, munição e algema, quando de serviço;

XX - pensão militar e auxílio funeral;

XXI - diárias de serviço;

XXIV - creches para os filhos dos policiais-militares, nos mesmos termos estabelecidos para os
funcionários civis do Estado;

XXV - fardamento por conta do Estado; SOMENTE PRAÇAS

XXVI - ao desagravo público;

XXVII - aplica-se aos policiais-militares o disposto nos artigos 37 e 38 da Constituição Estadual.

ABAIXO REFERENTE AOS DEPENDENTES MILITARES ESTADUAIS, VER LEI 6.880/80


ESTATUTO MILITARES FEDERAIS CONFORME DECRETO-LEI 667/69

§ 2º   São considerados dependentes do militar, desde que assim declarados por ele na
organização militar competente:        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

I - o cônjuge ou o companheiro com quem viva em união estável, na constância do


vínculo;        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

II - o filho ou o enteado:        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

a) menor de 21 (vinte e um) anos de idade;        (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

§ 3º  Podem, ainda, ser considerados dependentes do militar, desde que não recebam
rendimentos e sejam declarados por ele na organização militar competente:        (Redação dada pela
Lei nº 13.954, de 2019)            (Regulamento)

a) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

b) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

c) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

d) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

e) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

f) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

g) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

h) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

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i) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

j) (revogada);        (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

I - o filho ou o enteado estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade;        (Incluído


pela Lei nº 13.954, de 2019)

II - o pai e a mãe;        (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

III - o tutelado ou o curatelado inválido ou menor de 18 (dezoito) anos de idade que viva sob a
sua guarda por decisão judicial.        (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

       

§ 5º  Após o falecimento do militar, manterão os direitos previstos nas alíneas “e”, “f” e “s” do
inciso IV do caput deste artigo, enquanto conservarem os requisitos de dependência, mediante
participação nos custos e no pagamento das contribuições devidas, conforme estabelecidos em
regulamento:        (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

I - o viúvo, enquanto não contrair matrimônio ou constituir união estável;        (Incluído pela Lei
nº 13.954, de 2019)

II - o filho ou o enteado menor de 21 (vinte e um) anos de idade ou inválido;        (Incluído pela


Lei nº 13.954, de 2019)

III - o filho ou o enteado estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade;        (Incluído


pela Lei nº 13.954, de 2019)

IV - os dependentes a que se refere o § 3º  deste artigo, por ocasião do óbito do


militar.        (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

§ 5º O servidor militar que, em razão da função, envolver-se no atendimento de ocorrência em


defesa da sociedade, mesmo não estando de serviço, será considerado para todos os efeitos legais
como se em serviço estivesse.  (acrescentado pela Lei Complementar nº 157, de 19 de dezembro de
2011)

§ 6º A situação que possa configurar a hipótese prevista no § 5º deste artigo deverá ser,
devidamente, analisada pela Corregedoria da Corporação, com base em processo administrativo
autuado para este fim.  (acrescentado pela Lei Complementar nº 157, de 19 de dezembro de 2011)

§ 7º O relatório fundamentado da Corregedoria será submetido à decisão do Comandante-Geral, que


não estará vinculada ao relatório apresentado.  (acrescentado pela Lei Complementar nº 157, de 19
de dezembro de 2011)

Art. 48. O policial-militar que se julgue prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou
disciplinar de superior hierárquico poderá recorrer, segundo a legislação vigente na Corporação.

§ 2° O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:

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a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto ao ato que
decorra da composição de quadro de acesso;

b) em 120 (cento e vinte) dias corridos nos demais casos.

Art. 53. O policial-militar que se encontra na reserva remunerada ou reformado poderá desempenhar
qualquer atividade remunerada sem prejuízo de sua remuneração de inatividade.

Art. 54. Os proventos da inatividade serão revistos e reajustados nos mesmos índices, sempre que se
modificarem os vencimentos dos policiais-militares em serviço ativo.
(Lei Complementar nº 127/2008 Remuneracao do Militares do Estado do MS)

Art. 56. As promoções serão efetuadas pelo critério de antiguidade, de merecimento, ou ainda, por
bravura e “post-mortem”. (redação dada pela Lei Complementar nº 210, de 30 de novembro de
2015)

§ 1° Em casos extraordinários, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição.

§ 2º A promoção do policial militar feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo os


critérios de antiguidade ou de merecimento, recebendo ele o número que lhe competia na escala
hierárquica, como se houvesse sido promovido na época devida.  (redação dada pela Lei
Complementar nº 210, de 30 de novembro de 2015)

§ 3° O policial-militar só poderá ser promovido após inspeção feita em Junta de Inspeção de Saúde
da Corporação, que deverá atestar a aptidão para o desempenho das atividades policiais-militares,
inclusive opinando sobre sua readaptação.

§ 4° O policial militar que vier a falecer em conseqüência de ferimento recebido em serviço,


comprovado mediante inquérito sanitário de origem, será promovido “post mortem”, à data do
falecimento, ao posto ou graduação imediatamente superior.  (redação dada pela Lei Complementar
n° 68, de 8 de julho de 1993)

SEÇÃO IV
DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO

Art. 58. As férias são afastamentos totais do serviço concedidos, obrigatoriamente, aos policiais-
militares.

§ 1° As férias deverão ser gozadas até o vigésimo quarto mês subseqüente ao período aquisitivo.

§ 2° Caso ocorra impossibilidade do gozo de férias ou haja interrupção pelos motivos previstos, o
período de férias não gozadas será computado dia-a-dia, em dobro no momento da passagem do
policial-militar para a inatividade.

§ 3° Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar a orientação para que os Comandantes, Chefes


ou Diretores de Unidades concedam as férias anuais.

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§ 4° Somente em casos de interesse da segurança nacional, grave perturbação da ordem, de


extrema necessidade do serviço, do estado de sítio ou de defesa, os policiais-militares terão
interrompidos ou deixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem direito,
registrando-se então o fato em seus assentamentos.

Art. 59. Os policiais-militares têm direito, ainda, aos seguintes períodos de afastamento
total do serviço, obedecidas as disposições legais e regulamentares, por motivo de:

I - núpcias: 08 dias;

II - luto; 08 dias;

III - instalação: 10 dias;

IV - trânsito: 30 dias.

Parágrafo único. O afastamento previsto no inciso II será concedido, tão logo a autoridade a que
estiver subordinado o policial-militar tome conhecimento do ocorrido, nos demais casos deverão ser
requeridos antecipadamente.

SEÇÃO V
DAS LICENÇAS

Art. 61. Licença é a autorização para o afastamento total do serviço, em caráter temporário,
concedida ao policial-militar obedecidas as disposições legais e regulamentares.

Parágrafo único. A licença pode ser:


b) para tratar de interesse particular (LTIP);

c) para tratar de saúde de pessoa da família (LTSPF);

d) para tratar de saúde (LTS);

e) para gestante (LG);

f) paternidade (LP).

Art. 64. A licença para tratar de interesse particular é a autorização para afastamento total do
serviço, concedida pelo Comandante-Geral da Polícia Militar, aos policiais-militares com mais de 05
anos de efetivo serviço, que requererem com aquela finalidade.

Parágrafo único. A licença será sempre com prejuízo da remuneração e de contagem de tempo de
serviço.
Art. 66. A licença para tratamento da saúde de pessoa da família será concedida ao policial-militar, a
pedido e será homologada pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OPM em que sirva o interessado.

§ 1° A licença para tratamento de saúde em pessoa da família será concedida se demonstrada que
esta assistência não possa ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.

§ 2° Provar-se-á a doença mediante atestado médico.

§ 3º A licença de que trata este artigo será concedida com a remuneração integral do posto ou
graduação. (redação dada pelo art. 31 da Lei Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008)

§ 4° A licença para tratamento de saúde de pessoa da família será concedida somente se a pessoa
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doente for considerada dependente do policial-militar nos termos deste Estatuto.

Art. 67. A licença para tratamento de saúde será concedida ao militar estadual a pedido ou ex offício,
pelo Comandante, Chefe ou Diretor, sem prejuízo de nenhuma natureza a sua
remuneração. (redação dada pelo art. 31 da Lei Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008)

§ 1° Quando o policial-militar não puder fazer o pedido, o Comandante, Chefe ou Diretor,


providenciará de Ofício, sob pena de responsabilizar-se pelas conseqüência danosas à saúde do
interessado.

§ 2° Em todos os casos é indispensável a inspeção médica que será realizada pelo Órgão de Saúde
da Polícia Militar e, quando necessário no local onde se encontrar o policial-militar

§ 3° Incumbe ao Comandante, Chefe ou Diretor imediato do policial-militar a apresentação do


mesmo à Junta de Inspeção de Saúde (JIS).

§ 4° Nos casos em que o policial-militar esteja ausente do Estado de Mato Grosso do Sul e
absolutamente impossibilitado de locomover-se por motivos de saúde, poderá ser admitido laudo
médico particular, desde que o prazo de licença não ultrapasse a 30 dias.

§ 5° A licença para tratar de saúde superior a 15 dias, obrigará a realização de Junta de


Inspeção de Saúde (JIS).

§ 6° O policial-militar não poderá deixar de comparecer à inspeção médica, sob pena de ser
responsabilizado disciplinarmente.

§ 7° No caso de pedido de prorrogação de licença a JIS dará parecer favorável à prorrogação


pretendida ou pode denegá-la para que a autoridade competente homologue a decisão da Junta.

§ 8° Considerado apto em inspeção médica o policial-militar reassumirá suas funções.

Art. 71. Somente em caso de flagrante delito, o policial-militar poderá ser preso por outra autoridade
policial civil, ficando esta obrigada a entregá-lo, imediatamente, à autoridade policial-militar mais
próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou em outro local, devidamente escoltado por policiais-
militares escalados para tal fim, durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.

§ 1° Cabe ao Comandante, Chefe ou Diretor da Unidade em que serve o policial-militar, a iniciativa


de responsabilizar a autoridade civil que não cumprir o disposto neste artigo, e, que maltratar ou
permitir que seja maltratado qualquer preso policial-militar.

§ 2° Se, durante o processo em julgamento no foro comum, houver perigo de vida para qualquer
preso policial-militar, seu Comandante, Chefe ou Diretor providenciará, a escolta, junto às
autoridades judiciárias, visando a guarda dos pretórios ou tribunais por força policial-militar.

CAPÍTULO II
SEÇÃO I
DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO

Art. 86. O desligamento ou exclusão do serviço ativo da Polícia Militar é feito em


conseqüência de:

I - transferência para a reserva remunerada;

II - reforma;
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III - demissão;

IV - perda de posto e patente;

V - licenciamento;

VI - exclusão a bem da disciplina;

VII - deserção;

VIII - falecimento;

IX - extravio.

Parágrafo único. O desligamento do serviço ativo será processado após a expedição de ato do
Governador do Estado de Mato Grosso do Sul ou da autoridade à qual tenham sido delegados
poderes para isso.

Art. 87. A transferência para a reserva remunerada ou a reforma não isenta o policial-militar de
indenização dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, nem ao pagamento de
pensões decorrentes de sentença judicial.

Art. 88. O policial-militar da ativa, enquadrado em um dos incisos I, II e V do artigo 86 ou


demissionário, a pedido, continuará no exercício de suas funções até ser desligado da
OPM em que sirva.

Parágrafo único. O desligamento da OPM, deverá ser feito após publicação em Diário
Oficial do Estado ou em boletim da corporação do ato oficial correspondente, que não
poderá exceder a 45 dias da data da primeira publicação.

SEÇÃO II
DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA

Art. 89. A passagem do policial-militar à situação de inatividade mediante transferência


para reserva remunerada, se efetua:

I - a pedido;

II - “ex offício”.

Art. 90. A transferência para a reserva remunerada, a pedido, dos militares estaduais de
carreira do serviço ativo, que tenham ingressado na Corporação a partir de 17 de
dezembro de 2019, será concedida, por meio de requerimento, nas seguintes
condições: (redação dada pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

I - com os proventos integrais:

I - com os proventos integrais do correspondente posto ou graduação, para os militares


com, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos de serviço e 30 (trinta) anos de exercício de
atividade de natureza militar; (redação dada pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de
2020)

II - com os proventos proporcionais, por ano de serviço, do correspondente posto ou


graduação, para os militares que contem com, no mínimo, 20 (vinte) anos de efetivo
serviço. (redação dada pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)
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§ 2º No caso do policial-militar haver realizado qualquer curso ou estágio de duração superior a seis
meses, por conta do Estado de Mato Grosso do Sul, ou em outro Estado da Federação ou no
Exterior, sem que haja decorrido um ano de seu término, a transferência para a reserva remunerada
só será concedida mediante indenização de todas as despesas decorrentes da realização do referido
curso ou estágio, inclusive as diferenças de vencimentos , salvo nos casos do inciso I, deste artigo.

Art. 90-A. É assegurado aos militares estaduais de carreira do serviço ativo, que tenham
ingressado na Corporação até 16 de dezembro de 2019, a qualquer tempo, por meio de
requerimento, o direito adquirido na concessão de transferência para a reserva remunerada, a
pedido, desde que tenham sido cumpridos, até 31 de dezembro de 2021, os requisitos de tempo de
serviço, nas seguintes condições:  (acrescentado pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de
2020)

I - com os proventos integrais do correspondente posto ou graduação, para os militares


com, no mínimo, 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos de
serviço, se mulher;  (acrescentado pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

II - com os proventos proporcionais, por ano de serviço, do correspondente posto ou


graduação, para os militares que contem, no mínimo, 20 (vinte) anos de efetivo
serviço.  (acrescentado pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

Art. 90-B. A partir de 1º de janeiro de 2022, a transferência para a reserva remunerada, a


pedido, dos militares estaduais de carreira do serviço ativo, que tenham ingressado na
Corporação até 16 de dezembro de 2019 e que não tenham adquirido o direito previsto no
caput do art. 90-A desta Lei Complementar, será concedida, por meio de requerimento,
nas seguintes condições:  (acrescentado pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

I - com os proventos integrais do correspondente posto ou graduação, para os militares que,


cumulativamente:  (acrescentado pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

a) cumpram o tempo de serviço correspondente previsto no inciso I do caput do art. 90-A


desta Lei Complementar, acrescido de 17% (dezessete por cento) do tempo
faltante;  (acrescentada pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

b) contem com, no mínimo, 25 (vinte e cinco) anos de exercício de atividade de natureza


militar, acrescidos de 4 (quatro) meses a cada ano faltante para atingir o tempo de
serviço previsto no inciso I do caput do art. 90-A desta Lei Complementar, limitado a 5
(cinco) anos de acréscimo;  (acrescentada pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

II - com os proventos proporcionais, por ano de serviço, do correspondente posto ou


graduação, para os militares que contem com, no mínimo, 20 (vinte) anos de efetivo
serviço. (acrescentado pela Lei Complementar nº 275, de 20 de julho de 2020)

SEÇÃO III
DA REFORMA

Art. 94. A passagem do policial-militar à situação de inatividade mediante reforma, se efetua “ex
offício”.

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Art. 104. A demissão da Polícia Militar aplicada, exclusivamente, aos Oficiais, se efetua:

I - a pedido;

II - “ex offício”.

Art. 111. Aplica-se o licenciamento “ex-offício”, às praças sem estabilidade assegurada, após
conclusão de sindicância, sumária se for o caso, ou processo administrativo, mandado instaurar pela
autoridade competente, devidamente solucionados.

SEÇÃO VI
DA EXCLUSÃO DA PRAÇA A BEM DA DISCIPLINA

Art. 113. A exclusão a bem da disciplina será aplicada, “ex offício”, aos Aspirante-a-Oficial PM
ou Praças com estabilidade assegurada:

I - sobre os quais houver sido pronunciada tal sentença pelo Conselho Permanente de Justiça, por
haverem sido condenados em sentença passada em julgado por aquele conselho ou tribunal à pena
restritiva de liberdade individual superior a dois anos ou por crimes previstos na legislação especial
concernentes à Segurança Nacional, à pena de qualquer duração;

II - sobre os quais houver pronunciada tal sentença o Conselho Permanente de Justiça, por haverem
perdido a nacionalidade brasileira.

III - que incidirem nos casos que motivarem o julgamento pelo Conselho de Disciplina e neste forem
considerados culpados.

Parágrafo único. O Aspirante-a-Oficial PM ou as Praças com estabilidade assegurada que houverem


sido excluídos, a bem da disciplina, só poderão readquirir a situação policial-militar por outra
sentença do Poder Judiciário e nas condições nela estabelecidas.

Art. 114. É da competência do Comandante-Geral da Polícia Militar o ato de exclusão, a bem da


disciplina, do Aspirante-a-Oficial PM, bem como da Praça.

SEÇÃO VIII
DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO

Art. 117. O falecimento do policial-militar da ativa acarreta interrupção do serviço policial-militar,


com o conseqüente desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data da ocorrência do
óbito.

§ 1º O policial-militar que contar com no mínimo, com 10 anos de serviço e for demitido ou excluído
da Corporação em conseqüência de sentença transitada em julgado, será reputado na condição
prevista no “caput” deste artigo. (revogado pelo art. 4º da Lei Complementar nº 123, de 20 de
dezembro de 2007)

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§ 2º No caso do parágrafo anterior os dependentes, farão jus a tantas cotas de vencimentos quantos
forem os anos de serviço trabalhados pelo policial-militar condenado, até máximo de tempo exigido
para integralização do tempo de serviço, sendo de no máximo 70% (setenta por cento) dos
vencimentos que vinha recebendo. (revogado pelo art. 4º da Lei Complementar nº 123, de 20 de
dezembro de 2007)

§ 3º Os vencimentos a que se refere o parágrafo anterior serão reajustados sempre que houver
alteração nos vencimentos do pessoal da ativa e nos mesmos índices. (revogado pelo art. 4º da Lei
Complementar nº 123, de 20 de dezembro de 2007)

Art. 118. O extravio do policial-militar da ativa acarreta interrupção do serviço policial-militar, com o
conseqüente afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em que o mesmo for ,
oficialmente, considerado extraviado.

§ 1º O desligamento do serviço ativo será feito seis meses após a agregação por motivo
de extravio.

§ 2º Durante o prazo a que se refere o parágrafo anterior os dependentes farão jus à


remuneração do extraviado.

§ 3º Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública ou outros acidentes,


oficialmente reconhecidos, o extravio ou desaparecimento do policial-militar da ativa será considerado
como falecimento, para fins deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos máximos de possível
sobrevivência ou quando se dêem por encerradas as providências de salvamento.

Art. 119. O reaparecimento do policial-militar extraviado ou desaparecido, já desligado do serviço


ativo, resulta em sua reinclusão e nova agregação, enquanto se apurarem as causas que deram
origem ao seu afastamento.

Parágrafo único. O policial-militar reaparecido será submetido à Junta de Inspeção de Saúde e, se


estiver apto para o serviço policial-militar será reincluído ou readmitido devendo aguardar o agregado
o resultado da apuração das causas do seu extravio, através do conselho de Justificação ou de
Disciplina.

SEÇÃO IX
DA REABILITAÇÃO

Art. 120. A reabilitação do policial-militar será efetuada:

I - de acordo com o Código Penal Militar e o Código de Processo Penal Militar se tiver sido
condenado, por sentença definitiva, a quaisquer penas previstas no Código Penal Militar;

II - sendo medida de esfera administrativa dar-se-á após 02 anos da data do ato


administrativo.

III - de acordo com o Código Penal e o Código de Processo Penal se tiver sido condenado,
por sentença definitiva, a quaisquer penas previstas no Código Penal. (acrescentado pela
Lei Complementar nº 157, de 19 de dezembro de 2011)

CAPITULO III
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 122. Estágio probatório é o período durante o qual são apurados os requisitos
necessários à confirmação do policial-militar no serviço público, através de
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acompanhamento regulado pelo Comando Geral da Corporação.

§ 1º Os requisitos de que trata este artigo são:

I - idoneidade moral;

II - assiduidade;

III - pontualidade;

IV - eficiência;

V - adaptabilidade.

§ 2º Quando o policial-militar em estágio probatório, não preencher os requisitos


enumerados no § 1º deste artigo, seu Comandante, Chefe ou Diretor imediato deverá
iniciar o processo para a demissão ou licenciamento, no máximo até sessenta dias antes
do término do período do estágio probatório, salvo se ocorrer fato anormal que justifique
tal procedimento fora do prazo citado.

§ 3º A demissão ou licenciamento será efetivada, no máximo, durante os últimos trinta


dias que antecedem ao término do estágio probatório.

§ 4º O período de duração do estágio probatório para o militar será de três anos de


efetivo serviço.  (redação do § 4° dada pela Lei Complementar n° 96, de 26 de dezembro
de 2001)

§ 5º O Aspirante-a-Oficial fará estágio probatório com 06 (seis) meses de duração devido


às peculiaridades de sua formação.

§ 6º Os oficiais nomeados, farão estágio probatório de 01 (um) ano de efetivo serviço,


sem contar os cursos de adaptação à Corporação.

CAPÍTULO V
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 128. Os policiais-militares começam a contar tempo de serviço na Polícia Militar a partir
de seu ingresso na Corporação mediante matrícula em órgão de formação de oficiais ou
praças policiais militares ou nomeação para posto ou graduação.

§ 1º Considera-se como data de ingresso, para fins deste artigo:

I - a do ato em que o voluntário é incorporado ou convocado é reincorporado em uma OPM;

II - a de matrícula em órgão de formação de policiais-militares;

III - a do ato de nomeação.

§ 2º O policial-militar reincluído ou readmitido, recomeça a contar o tempo de serviço na data do


respectivo ato.

§ 3º Quando, por motivo de força maior, oficialmente reconhecido como inundação, naufrágio,
incêndio, sinistro aéreo e outras calamidades, faltarem dados para a contagem do tempo de serviço,
caberá ao Comandante-Geral da Polícia Militar , arbitrar o tempo a ser computado, para cada caso
particular, de acordo com os elementos disponíveis, mediante sindicância devidamente solucionada.

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Art. 129. Na apuração do tempo de serviço do policial-militar, será feita a distinção entre:

I - tempo de efetivo serviço;

II - anos de serviço.

Art. 130. Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia-a-dia, entre a data de
ingresso na Polícia Militar e a data limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento do
serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.

§ 1º Também, será computado como tempo de efetivo serviço, o tempo passado dia-a-dia pelo
policial-militar na:

I - Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, até 31 de dezembro de 1978;

II - Reserva remunerada, que for convocado para o exercício de funções policiais-


militares na ativa.

§ 2º Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço, os períodos em que o policial-militar estiver
em gozo de licença especial.

§ 3º O tempo de serviço em campanha ou operação de guerra é computado em dobro, como tempo


de efetivo serviço, para todos os efeitos.

§ 4º Ao tempo de efetivo serviço de que trata este artigo e os parágrafos anteriores, apurado a
totalizado em dias, será aplicado o divisor 365, para a correspondente obtenção dos anos de efetivo
serviço.

CAPITULO VII
DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO

Art. 140. As recompensas constituem reconhecimentos dos serviços prestados pelos policiais-
militares.

§ 1º São recompensas policiais-militares:

a) prêmios de honra ao mérito;

b) condecorações por serviços prestados;

c) elogios, louvores e referências elogiosas;

d) dispensas do serviço.

§ 2º As recompensas serão concedidas de acordo com as normas estabelecidas nas leis e nos
regulamentos da Polícia Militar.

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4 - LEI COMPLEMENTAR N° 127, DE 15 DE MAIO DE 2008.

Institui o sistema remuneratório, por meio de


subsídio, para os servidores públicos integrantes
das carreiras Polícia Militar e Corpo de Bombeiros
Militar, altera, acrescenta e revoga dispositivos da
Lei Complementar n° 053, de 30 de agosto de 1990,
e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial
n° 7.214, de 16 de maio de 2008.

5 - LEI COMPLEMENTAR N° 190 , DE 4 DE ABRIL DE 2014.

Dispõe sobre a organização, a composição e o


funcionamento da Polícia Militar de Mato Grosso do
Sul, e dá outras providências.
Publicada no Diário Oficial n° 8.651, de 5 de abril de
2014, páginas 1 a 7.
Republicada no Diário Oficial n° 8.662, de 24 de abril
de 2014, páginas 1 a 7.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.


Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:

TÍTULO I
DAS GENERALIDADES

CAPÍTULO I
DA DESTINAÇÃO, MISSÕES E SUBORDINAÇÃO

Art. 1º A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) é instituição permanente e


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regular, força auxiliar e reserva do Exército, estruturada com base na hierarquia e na


disciplina, incumbindo-lhe o exercício da polícia ostensiva e preventiva, a preservação
da ordem pública, da incolumidade das pessoas, do patrimônio e do meio ambiente, a
manutenção da segurança interna do Estado, bem como as demais atribuições
constantes da Constituição Federal.

§ 1º A PMMS subordina-se ao Governador do Estado, sendo vinculada


administrativa e operacionalmente ao Secretário de Estado de Justiça e
Segurança Pública. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de
2015)

§ 2º São autoridades militares os Oficiais e os Praças da Polícia Militar no


exercício regular das atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem
pública, com as prerrogativas e as garantias estabelecidas na forma da lei.

Art. 2º Compete à Polícia Militar:


I - planejar, organizar, dirigir, supervisionar, coordenar, controlar e executar as ações
de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, que devem ser
desenvolvidas, prioritariamente, para assegurar a incolumidade das pessoas, do
patrimônio e do meio ambiente, o cumprimento da lei e o exercício dos Poderes
constituídos;
II - planejar e executar, ressalvadas as missões peculiares às Forças Armadas,
atividades de polícia ostensiva, fardada, para prevenção e repressão de infrações
penais militares e administrativas definidas em lei, bem como as ações necessárias ao
pronto restabelecimento da ordem pública;
III - exercer as atividades de polícia judiciária militar;
IV - atuar de maneira preventiva como força de dissuasão em locais ou áreas
específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem;
V - atuar de maneira repressiva em casos de perturbação da ordem, precedendo o
eventual emprego de força legalmente competente;
VI - adotar os procedimentos legais afetos à preservação de locais de crime,
resguardando incólume, a partir da chegada ao local, o estado do lugar, das pessoas
e das coisas, em especial dos elementos caracterizadores da cena, vestígios, provas
e evidências nele existentes;
VII - realizar correições e inspeções, em caráter permanente ou extraordinário, na
esfera de sua competência;
VIII - autorizar, mediante prévio conhecimento, a realização, em locais públicos, de
eventos sociais, esportivos, comerciais, políticos, culturais, educacionais, religiosos,
shows, exposições ou qualquer outro onde possa ocorrer a violação da ordem pública,
atrapalhar a circulação de veículos e de pedestres ou, de qualquer maneira, aumentar
a demanda de atividades da polícia preventiva, com a finalidade de estabelecer o
planejamento e a execução das ações de competência da corporação;
IX - emitir pareceres e relatórios técnicos relativos à polícia ostensiva, à preservação
da ordem pública e às situações de conflitos e de pânico no âmbito de sua
competência;
X - executar as atividades de policiamento de trânsito urbano nas cidades e de trânsito
rodoviário na área rural, nas rodovias e nas estradas estaduais ou municipais, com

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ênfase na proteção à vida, à integridade física, à liberdade e à locomoção das


pessoas, ao patrimônio público e privado, e à prevenção de acidentes;
XI - exercer a fiscalização de trânsito urbano e rodoviário, nas cidades e nas rodovias
e estradas estaduais ou municipais, aplicando as penalidades e medidas
administrativas previstas na legislação de trânsito, de maneira a garantir o respeito às
regras, à livre circulação e à redução de acidentes, na forma da lei;
XII - planejar e executar, nas vias públicas, o policiamento motorizado de escolta de
autoridades e de delegações, bem como o respectivo balizamento viário, nas
situações em que as circunstâncias exijam sua realização, após deliberação da
autoridade policial-militar competente, exceto nas rodovias federais;
XIII - efetuar o registro técnico especializado de locais de acidentes, por meio da
elaboração do boletim de ocorrência de acidente de trânsito previsto no Código de
Trânsito Brasileiro, procedendo ao registro isento e fidedigno dos dados, de modo a
fornecer os subsídios fáticos, técnicos, documentais e legais indispensáveis ao
esclarecimento dos fatos;
XIV - elaborar dados estatísticos e estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas,
adotando ou indicando medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao
órgão estadual, municipal e rodoviário de trânsito competente;
XV - planejar e executar o policiamento ambiental e a polícia administrativa do meio
ambiente, na constatação de infrações ambientais, na apuração, autuação, perícia e
outras ações legais pertinentes, quando assim se dispuser, em conjunto com os
demais órgãos ambientais, colaborando na fiscalização de florestas, de rios, de
estuários e de tudo que estiver relacionado à fiscalização do meio ambiente, na forma
da lei;
XVI - garantir o exercício do poder de polícia aos órgãos públicos, especialmente os
das áreas fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de uso e ocupação do solo e
do patrimônio cultural;
XVII - integrar o policiamento aéreo, em ações de reforço policial, de apoio e de
cobertura em operações especiais de busca e captura de criminosos, de transporte
emergencial de tropa, de mapeamento e de levantamento fotográfico de locais
específicos;
XVIII - promover os meios necessários para difundir a importância do papel da PMMS
com a sociedade, de forma a viabilizar o indispensável nível de confiabilidade da
população;
XIX - assegurar o estabelecimento de canais de comunicação permanentes entre a
sociedade e a PMMS;
XX - estabelecer normas e fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e
normativos pertinentes à polícia ostensiva e à preservação da ordem pública,
aplicando as sanções previstas na legislação específica;
XXI - realizar estudos e pesquisas técnico-científicas com vista ao desenvolvimento
qualitativo das ações a cargo da PMMS, bem como elaborar exames técnicos e
estatísticos relacionados às atividades de polícia ostensiva, de preservação da ordem
pública, de polícia judiciária militar e de situações de pânico e outras pertinentes;
XXII - acessar registros referentes aos bancos de dados relacionados às atividades de
segurança pública e de defesa social do Estado;
XXIII - integrar as forças de segurança interna do Estado;

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XXIV - realizar o policiamento assistencial de proteção às crianças, aos adolescentes


e aos idosos, bem como as missões de honra, guarda, assistência militar, segurança e
transporte de dignitários em conformidade com a lei;
XXV - apoiar, quando requisitada, o Poder Judiciário Estadual no cumprimento de
suas decisões;
XXVI - apoiar, quando requisitada, as atividades do Ministério Público Estadual;
XXVII - organizar e manter cadastros pertinentes à sua administração e à atividade-fim
que sejam essenciais para as atividades policiais militares;
XXVIII - exercer o poder de polícia administrativa que lhe é peculiar, por meio de cada
um de seus integrantes, os quais estão investidos individualmente da autoridade
militar administrativa da Instituição;
XXIX - manter a administração interna dos recursos fundamentais para a execução
dos serviços da Corporação, compreendendo o efetivo, a logística e os procedimentos
inerentes ao controle e à gestão, incluindo bancos de dados próprios e sistematização
individualizada das atividades militares estaduais;
XXX - integrar sistemática de atendimento ao cidadão, referente aos chamados
emergenciais e despachos de ocorrências, por meio de centros de comunicação e
operação destinadas a tais atividades;
XXXI - integrar ocorrências de gerenciamento de alta complexidade, consideradas
pela doutrina como crise, compreendendo a pré-confrontação, a resposta imediata, o
plano específico e a resolução;
XXXII - exercer o controle de distúrbios civis, de atividades de operações policiais
especiais, responsabilizando-se pela difusão de técnicas avançadas de policiamento;
XXXIII - assessorar os órgãos públicos da União, do Estado e de seus Municípios, em
assuntos de defesa social e de interesse policial-militar;
XXXIV - realizar a guarda externa dos presídios;

XXXIV - realizar a guarda externa dos presídios, quando esta não for exercida
por agentes penitenciários estaduais; (redação dada pela Lei Complementar nº
211, de 21 de dezembro de 2015)

XXXV - planejar e realizar atividades de inteligência concernentes ao serviço policial


militar e, em especial, aquelas voltadas para a execução da atividade-fim da
Corporação;
XXXVI - realizar o policiamento velado para garantir a eficiência das ações de
polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, nas infrações penais
militares;
XXXVII - atuar em fiel observância ao Costume Internacional e aos Tratados
Internacionais de Direitos Humanos, ratificados pelo Brasil;
XXXVIII - cooperar com as guardas municipais, por meio de convênio, no
planejamento, nas comunicações e nas ações, de forma a combinar o policiamento
ostensivo com a proteção dos bens, serviços e instalações dos Municípios;
XXXIX - orientar e instruir as guardas municipais, quando solicitado;
XL - contribuir para a formulação e a condução de políticas nacionais e, em especial,
estaduais que digam respeito à segurança pública;
XLI - cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na prevenção aos
delitos de repercussão estadual e nacional, no território brasileiro, por meio de

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intercâmbio e apoio em assuntos operacionais, logísticos, tecnológicos, bem como de


inteligência, de comunicações e de instrução;
XLII - atuar, por meio de ações preventivas, na faixa de fronteira com países
vizinhos, contra delitos fronteiriços e ambientais, isoladamente ou integrada com
outros órgãos públicos;
XLIII- atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal;
XLIV - realizar a seleção, o preparo, o aperfeiçoamento, o treinamento e a
especialização dos policiais militares, nos termos do art. 48 da Constituição
Estadual;
XLV - desempenhar outras atribuições previstas em lei.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA POLÍCIA MILITAR

CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA GERAL

Art. 4º A Polícia Militar será estruturada em órgão de direção, de apoio e de


execução.
Art. 5º Os órgãos de direção realizam o comando e a administração da Corporação,
competindo-lhes o planejamento em geral com vistas à organização, às necessidades
em pessoal e em material e ao emprego da Corporação no cumprimento de suas
missões; acionam, através de diretrizes e ordens, os órgãos de apoio e os de
execução, coordenam, controlam e fiscalizam a atuação desses órgãos.
Art. 6º Os órgãos de apoio realizam as atividades-meio da Corporação, atendendo às
necessidades de pessoal e de material de toda a Polícia Militar, atuando em
cumprimento das diretrizes e ordens dos órgãos de direção.
Art. 7º Os órgãos de execução são constituídos pelas Unidades Operacionais (UOp)
da Corporação e realizam as atividades-fim da Polícia Militar; cumprem as missões
ou a destinação da Corporação; executam as diretrizes e ordens emanadas dos
órgãos de direção e são apoiados, em suas necessidades de pessoal, de material e
de serviços, pelos órgãos de apoio.

CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO

Art. 8º Os órgãos de direção compõem o Comando da Corporação, que compreende:


I - o Comando-Geral;
II - o Subcomando-Geral;
III - o Estado-Maior, como órgão de direção geral;
IV - Corregedoria Geral da Polícia Militar;
V - a Ajudância-Geral, como órgão que atende às necessidades de material e de
pessoal dos órgãos Comando-Geral;
VI - as Comissões;
VII - as Assessorias;

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30

VIII - a Coordenadoria Militar.

VIII - a Coordenadoria Militar, como órgão que atende às necessidades de pessoal


de outros órgãos públicos. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de
outubro de 2015)

IX - a Assessoria Parlamentar. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5


de outubro de 2015)

Art. 9º O Comandante-Geral, será um oficial superior do QOPM, do Serviço Ativo e


do último Posto da Corporação, sendo o responsável superior pelo comando e pela
administração da Corporação.
§ 1º Sempre que a escolha não recair no Oficial mais antigo, terá ele precedência
hierárquica e funcional sobre todos os demais oficiais do último posto da
Corporação.
§ 2º O provimento do cargo de Comandante-Geral será feito por ato do Governador
do Estado.
§ 3º Os atos de nomeação do Comandante-Geral e de exoneração do substituído
devem ser simultâneos.
§ 4º O Comandante-Geral disporá de:
I - 2 Oficiais Assistentes, ocupantes do posto de Coronel QOPM;
II - Oficial Ajudante-de-Ordens, Oficial Superior da Corporação;
II - Oficial Ajudante-de-Ordens, Oficial Superior da ativa do posto de Major
QOPM; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)
III - Gabinete Administrativo, com estrutura prevista no QO e QDE;
IV - Equipe de Segurança Institucional;
V - Gabinete de para assuntos de Interesse Institucional (Assessoria Especial).

Art. 19. Os Conselhos de Justificação, os Conselhos de Disciplina e os


Conselhos Especiais serão compostos, preferencialmente, por Oficiais em exercício
na Corregedoria da Polícia Militar e seguirão os ritos, formas e procedimentos
estabelecidos em legislação específica. (redação dada pela Lei Complementar nº 206,
de 5 de outubro de 2015)

Parágrafo único. Não sendo possível compor os Conselhos de Justificação, os


Conselhos de Disciplina e os Conselhos Especiais com Oficiais em exercício na
Corregedoria, desde que justificadamente, serão designados, excepcionalmente,
Oficiais dos quadros da Polícia Militar. (redação dada pela Lei Complementar nº 206,
de 5 de outubro de 2015)

Art. 27. Os Órgãos de Direção Setorial compreenderão: (redação dada pela Lei


Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

I - Diretoria de Finanças (DF); (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de


outubro de 2015)

II - Diretoria de Gestão de Pessoal (DGP); (redação dada pela Lei Complementar nº

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206, de 5 de outubro de 2015)

III - Diretoria de Gestão de Patrimônio e Logística (DGPL); (redação dada pela Lei


Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

IV - Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa (DEIP); (redação dada pela Lei


Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

V - Diretoria de Inteligência (DINTEL); (redação dada pela Lei Complementar nº 206,


de 5 de outubro de 2015)

VI - Diretoria de Sistemas e Gestão da Informação (DSGI); (redação dada pela Lei


Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

VII - Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (DPCom); (redação dada


pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

VIII - Diretoria de Recrutamento, Seleção e Promoção (DRSP); (redação dada pela


Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

IX - Diretoria de Planejamento Estratégico (DPE); (redação dada pela Lei


Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

X - Diretoria de Gestão do Presídio Militar Estadual (DGPME). (redação dada pela


Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 1º A Diretoria de Finanças (DF) é o órgão responsável: (redação dada pela Lei


Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

I - pelo planejamento, gestão e implementação de políticas referentes ao sistema


administrativo financeiro e orçamentário da Polícia Militar; (redação dada pela Lei
Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

II - pela gestão de contratos e convênios; (redação dada pela Lei Complementar nº


206, de 5 de outubro de 2015)

III - pelo controle do Fundo de Modernização, Manutenção e Reequipamento da Polícia


Militar, regulado por norma própria e gerido pelo Comandante-Geral; (redação dada
pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

IV - pela ação como órgão de fiscalização do Comandante-Geral, sobre as atividades


financeiras de todo e qualquer órgão da Instituição; (redação dada pela Lei
Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

V - pela distribuição de recursos orçamentários e extraordinários aos responsáveis


pelas despesas, de acordo com o planejamento estabelecido. (redação dada pela Lei
Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 2º A Diretoria de Gestão de Pessoal (DGP) é o órgão responsável: (redação dada


pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

31
32

I - pelas políticas referentes ao sistema administrativo de gestão de recursos humanos,


relacionadas ao estudo, planejamento, coordenação, fiscalização, controle e ao apoio
do pessoal da ativa, dos inativos e dos servidores civis a serviço da
Instituição; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

II - pelas atividades relacionadas à inclusão, cadastro, movimentação, classificação,


alterações e a outras ações de interesse da Instituição. (redação dada pela Lei
Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 3º A Diretoria de Gestão de Patrimônio e Logística (DGPL) é o órgão responsável


pelas políticas referentes ao sistema administrativo de gestão de logística, que tem por
incumbências o planejamento, a coordenação, a fiscalização e o controle: (redação
dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

I - das atividades patrimoniais, de suprimento, de manutenção de materiais de


emprego policial e bélico, bem como das relativas à aquisição e ao fornecimento
destes; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

II - dos serviços correlatos de apoio às atividades operacional e


administrativa. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 4º A Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa (DEIP) é o órgão responsável pelas


políticas referentes ao sistema administrativo de gestão do ensino, que tem por
incumbências o estudo, o planejamento, a coordenação, a fiscalização, o controle e o
apoio às atividades: (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de
2015)

I - de ensino, de instrução e pesquisa permanentes, de estudos superiores; (redação


dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

II - de capacitação, treinamento, motivação e de formação, em todas as suas


fases. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 5º A Diretoria de Inteligência (DINTEL) é o órgão responsável pelas políticas


referentes ao sistema de gestão de Inteligência, voltado à atividade-fim da
Instituição, e tem como principais atribuições: (redação dada pela Lei Complementar nº
206, de 5 de outubro de 2015)

I - o planejamento, a coordenação, a fiscalização e o controle das atividades de


inteligência e o gerenciamento de interceptação de sinais em conformidade com as leis
vigentes; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

II - a análise de dados e a difusão de conhecimento, destinadas a instrumentalizar o


exercício de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, por meio de ações
especializadas para a identificação, o acompanhamento, a avaliação e as ações
referentes a ameaças reais ou potenciais, na esfera de segurança pública. (redação
dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 6º A Diretoria de Sistemas e Gestão da Informação (DSGI) é o órgão


responsável: (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

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I - pelas políticas referentes ao sistema administrativo de gestão de telecomunicações


e de informática, incumbido do suporte tecnológico, que compreende o
planejamento, a coordenação, a fiscalização, o controle, o desenvolvimento, a
manutenção, a implantação e a implementação de sistemas e de estruturas; (redação
dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

II - pelas políticas de tecnologia da informação, relacionadas às atividades da


Instituição. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 7º A Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (DPCOM) é o órgão


incumbido de: (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

I - implementar e de consolidar a filosofia do policiamento comunitário e de direitos


humanos da Instituição; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro
de 2015)

II - supervisionar a execução dos projetos e dos programas comunitários,


implementando ações que visem à participação da comunidade com os órgãos de
segurança pública; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de
2015)

III - propor doutrinas e políticas de Polícia Comunitária e de Direitos


Humanos; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

IV - coordenar e de acompanhar as atividades dos Conselhos Comunitários de


Segurança Pública; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de
2015)

V - identificar as áreas prioritárias e de articular com a comunidade local a implantação


de Conselhos Comunitários de Segurança Pública; (redação dada pela Lei
Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

VI - elaborar relatórios técnicos, objetivando ao aprimoramento da atuação do


policiamento comunitário; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de
outubro de 2015)

VII - planejar e de orientar as atividades de polícia comunitária e as ações


sociais; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

VIII - propor parcerias, mediante termo de cooperação técnica, com órgãos da


Administração Pública Estadual e Municipal, e com entidades da iniciativa privada,
visando à efetividade dos projetos e dos programas sociais; (redação dada pela Lei
Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

IX - manter reuniões periódicas com os Coordenadores Operacionais de Polícia


Comunitária, no âmbito das Organizações Policiais Militares, para avaliação e
estabelecimento de novas estratégias, a fim de promover a evolução do policiamento
comunitário; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

X - coordenar os cursos de multiplicadores e de promotores de Polícia


Comunitária. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)
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§ 8º A Diretoria de Recrutamento, Seleção e Promoção (DRSP) é o órgão


incumbido de: (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

I - executar as políticas de ingresso de pessoal na Instituição; (redação dada pela Lei


Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

II - de coordenar demandas de formação e ou capacitação para o sistema de ensino,


considerando os requisitos legais e o fluxo de carreira; (redação dada pela Lei
Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

III - de coordenar os atos administrativos referentes às promoções de Oficiais e


Praças. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 9º A Diretoria de Planejamento Estratégico (DPE) é o órgão responsável: (redação


dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

I - pelo planejamento estratégico; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5


de outubro de 2015)

II - pela política de implantação de novas tecnologias, inovação, organização, sistemas


e métodos; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

III - pela utilização da análise SWOT, ferramenta estrutural de administração, destinada


a avaliar os ambientes internos e externos, a fim de formular estratégias que possam
otimizar o desempenho da Polícia Militar; (redação dada pela Lei Complementar nº
206, de 5 de outubro de 2015)

IV - pelas atividades de Benchmarking, por meio de pesquisas de clima organizacional


e do nível de satisfação dos parceiros e dos clientes da Polícia Militar, para estabelecer
modernas práticas de gestão. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de
outubro de 2015)

§ 10. A Diretoria de Gestão do Presídio Militar Estadual (DGPME) é o órgão


responsável pela direção e pelo funcionamento do Presídio Militar Estadual, que
exerce atribuições administrativas concernentes ao cumprimento das penas aplicadas
aos policiais militares, recolhidos naquele estabelecimento; e que se desdobra em
unidade autônoma em relação ao Batalhão de Policiamento de Guardas e Escoltas,
servindo-se dos serviços operacionais deste. (redação dada pela Lei Complementar nº
206, de 5 de outubro de 2015)

§ 11. As funções de Diretores, de Diretores-Adjuntos e de Chefes de


Subdiretorias, das estruturas previstas neste artigo, mediante designação do
Comandante-Geral, serão ocupadas por Oficiais da ativa, nos termos abaixo
especificados: (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de
2015)

I - as de Diretores, por Oficiais QOPM do último posto previsto para a


Instituição; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

II - as de Diretores-Adjuntos, por Oficiais do posto de Tenente-Coronel


34
35

QOPM; (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

III - as de Chefes de Subdiretorias, preferencialmente, por Oficial Superior do posto de


Major QOPM. (redação dada pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

Art. 29. Os órgãos de apoio atenderão às necessidades da execução das atividades


de formação, capacitação, pesquisa, saúde, assessoramento especial, assistência
social, cultura, projetos e programas sociais, atuando em cumprimento das diretrizes e
ordens, no âmbito de sua subordinação.

CAPÍTULO IV
DA CONSTITUIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

Art. 37. Os Órgãos de execução da Polícia Militar constituem as Unidades


Operacionais (UOp) da Corporação e são de duas naturezas:
I - Grandes Comandos;
II - Unidades de Polícia Militar.

Seção I
Das Unidades de Polícia Militar

Art. 40. As Unidades da Polícia Militar serão dos seguintes tipos :


I - Batalhões de Polícia Militar (BPM) ou regimentos de Polícia Militar:
a) Companhias de Polícia Militar (Cia PM);
b) Pelotões de Polícia Militar (Pel PM);
c) Grupos de Polícia Militar (GpPM);
II - Companhias Independentes de Polícia Militar ou Esquadrão Independente de
Polícia Militar;
a) Pelotões de Polícia Militar (Pel PM);
b) Grupos de Polícia Militar (GPM).
§ 1º Compete aos Batalhões e às Companhias Independentes de Polícia Militar as
missões: de policiamento ostensivo geral urbano e rural; de policiamento de trânsito
urbano; de policiamento de trânsito rodoviário; de policiamento ambiental; de
policiamento de segurança externa dos estabelecimentos penais do Estado, de modo
subsidiário; de policiamento montado; de policiamento ostensivo aéreo, ressalvadas
as prerrogativas e atribuições das Forças Armadas; de policiamento lacustre e fluvial;
de policiamento com cães; de policiamento ostensivo radiomotorizado; de operações
policiais especiais; de controle de distúrbios civis e de radiopatrulhamento tático
motorizado; de policiamento ostensivo nos Municípios da linha de fronteira e outros
tipos de atividades de acordo com legislação específica e a critério do Comandante-
Geral, por meio de desdobramento de funções e responsabilidades.

35
36

§ 2º Os Batalhões ou Regimentos são constituídos de um Comandante, um


subcomandante, um Estado-maior, Setor Técnico de Vistorias, Pelotão de Comando e
Serviços; e de frações subordinadas (Companhias), em número variável, de acordo
com as necessidades indicadas pela missão, conforme definido pelo Comandante
Geral no Plano Geral de Desdobramento (PGD) e no Quadro de Distribuição de
Efetivo (QDE).
§ 3º As Companhias e Esquadrões Independentes, são constituídos de um
Comandante, um subcomandante, elementos de comando (seções, incluído o de
vistorias), de frações subordinadas (pelotões) e estes em grupos, ambos em número
variável, de acordo com as necessidades indicadas pela missão conforme definido
pelo Comandante Geral no Plano Geral de Desdobramento (PGD) e no Quadro de
Distribuição de Efetivo (QDE).
§ 4º As Companhias e Esquadrões são constituídos de um Comandante, um
subcomandante, de frações subordinadas (pelotões) e estes em grupos, ambos em
número variável, de acordo com as necessidades indicadas pela missão, conforme
definido pelo Comandante Geral no Plano Geral de Desdobramento (PGD) e no
Quadro de Distribuição de Efetivo (QDE).

§ 5º A função de Comandante de Batalhão de Polícia Militar ou de Regimento de


Polícia Militar Montada será exercida por Oficiais Superiores da ativa do posto de
Tenente-Coronel QOPM, e a de Subcomandante por Oficiais Superiores da ativa do
posto de Major QOPM. (acrescentado pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro
de 2015)

§ 6º A função de Comandante de Companhia Independente de Polícia Militar ou de


Esquadrão Independente de Polícia Militar Montada será exercida por Oficiais
Superiores da ativa do posto de Tenente-Coronel QOPM, e a de Subcomandante por
Oficiais Superiores da ativa do posto de Major QOPM. (acrescentado pela Lei
Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 7º A função de Comandante de Companhia de Polícia Militar destacada será


exercida por Oficiais superiores da ativa do posto de Major QOPM, e
excepcionalmente por Oficiais da ativa intermediários do QOPM. (acrescentado pela
Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)

§ 8º A função de Comandante de Companhia de Polícia Militar integrada será


exercida por Oficiais da ativa intermediários do QOPM, e, excepcionalmente, por
Oficiais da ativa subalternos do QOPM. (acrescentado pela Lei Complementar nº 206,
de 5 de outubro de 2015)

§ 9º A função de Comandante de Pelotão de Polícia Militar ou de Chefe de Seção do


Estado-Maior da OPM será exercida, preferencialmente, por Oficiais da ativa
subalternos do QOPM. (acrescentado pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro
de 2015)

§ 10. A função de Comandante de Grupo de Polícia Militar será exercida,


preferencialmente, por Praças da ativa da graduação de Sargento
QPPM. (acrescentado pela Lei Complementar nº 206, de 5 de outubro de 2015)
.

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37

TÍTULO III
DO PESSOAL

CAPÍTULO I
DO PESSOAL DA POLÍCIA MILITAR
Art. 43. O pessoal da PMMS compõe-se de militares estaduais ativos e inativos:
I - Pessoal da Ativa:
a) Oficiais, constituindo os seguintes quadros:
1. Quadro de Oficiais Policiais-Militares (QOPM);
2. Quadro Auxiliar de Oficiais Militares (QAO);
3. Quadro de Oficiais Especialistas (QOE);
4. Quadro de Oficiais de Saúde (QOS);
b) Praças, compreendendo:
1. Quadro de Praças Policiais-Militares (QPPM);
2. Quadro de Praças Especialistas Policiais Militares (QPE);
3. Quadro de Praças de Saúde (QPS);
c) Praças Especiais, compreendendo:
1. Aspirantes a Oficiais Policiais Militares;
2. Cadetes dos Cursos de Formação de Oficiais Policiais Militares;
d) Praças em situação Especial:
1. Aluno do curso de formação de sargentos;
2. Aluno de formação do curso de cabo e soldado;
e) policiais militares convocados e designados;
II - Pessoal Inativo:
a) Pessoal da Reserva Remunerada: Oficiais e Praças transferidos para a reserva
remunerada;
b) Pessoal Reformado: Oficiais e Praças reformados.

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6 - DECRETO Nº 1.260, DE 2 DE OUTUBRO DE 1981.

Dispõe sobre o Regulamento Disciplinar da


Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, e dá
outras providências.

Pedro Pedrossian, Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, usando das


atribuições que lhe confere o inciso III, do art. 58, da Constituição e tendo em vista o
disposto no artigo 46 da Lei Complementar nº 5, de 23 de setembro de 1.981,

D E C R E T A:

TÍTULO I
Disposições Gerais

CAPÍTULO I
Das Generalidades

Art. 1º - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul tem


por finalidade especificar e classificar as transgressões disciplinares,
estabelecer normas relativas a amplitude e a aplicação das punições
disciplinares, a classificação do comportamento policial-militar das praças e a
interposição de recursos contra a aplicação das punições.

Parágrafo único - São também tratadas, em parte, neste Regulamento, as


recompensas especificadas no Estatuto dos Policiais-Militares.

Art. 4º - Para efeito deste Regulamento, todas as Organizações Policiais-Militares,


como Quartel do Comando Geral, Comandos de Policiamento, Diretorias,
Estabelecimentos, Repartições, Escolas, Campos de Instrução, Centros de
Formação e Aperfeiçoamento, Unidades Operacionais e outras, serão
denominadas "OPM".

Parágrafo único - Serão, para efeito deste Regulamento, os Comandantes,


Diretores ou Chefes de OPM denominados "Comandantes".

CAPÍTULO II
Dos Princípios Gerais da Hierarquia e da Disciplina

Art. 5º - A hierarquia militar e a ordenação da autoridade, em níveis diferentes,


dentro da estrutura das Forças Armadas e das Forças Auxiliares, por postos e
graduações.

Parágrafo único - A ordenação dos postos e graduações, na Polícia Militar, se faz


conforme preceitua o Estatuto dos Policiais-Militares.
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39

Art. 6º - A disciplina policial-Militar e a rigorosa observância e o acatamento


integral das leis, regulamentos, normas e disposições, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de os e de cada um dos componentes
do organismo policial-militar.

§ 1º - São manifestações essenciais de disciplina:

a) a correção de atitudes;

b) a obediência pronta as ordens dos superiores hierárquicos;

c) a dedicação integral ao serviço;

d) a colaboração espontânea a disciplina coletiva e a eficiência da instituição;

e) a consciência das responsabilidades;

f) a rigorosa observância das prescrições regulamentares.

§ 2º A disciplina e o respeito a hierarquia devem ser mantidos permanentemente


pelos policiais-militares na ativa e na inatividade.

CAPÍTULO III
Da Esfera da Ação do Regulamento Disciplinar e Competência para a sua
Aplicação

Art. 8º - Estão sujeitos a este Regulamento os policiais-militares na ativa e os na


inatividade.

§ 1º Os alunos de órgãos específicos de formação de policiais- militares também


estão sujeitos aos regulamentos, normas e prescrições das OPM em que estejam
matriculados.

§ 2º Os Coronéis nomeados juízes dos Tribunais de Justiça Militar Estadual, na forma


prevista no artigo 192 da Constituição Federal, São regidos por legislação específica.

Art. 11 - Todo policial-militar que tiver conhecimento de fato contrário a disciplina


deverá participar ao seu chefe imediato, por escrito ou verbalmente; neste ultimo
caso, deve confirmar a participação, por escrito, no prazo máximo de 48 horas.

§ 1º A parte deve ser clara, concisa e precisa; deve conter os dados capazes de
identificar as pessoas ou coisas envolvidas, o local, a data e a hora da ocorrência e
caracterizar as circunstâncias que a envolveram, sem tecer comentários ou opiniões
pessoais.

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§ 2º Quando, para preservação da disciplina e do decoro da Corporação, a


ocorrência exigir uma pronta intervenção, mesmo sem possuir ascendência
funcional sobre o transgressor, a autoridade policial-militar de maior antiguidade
que presenciar ou tiver conhecimento do fato deverá tomar imediatas e enérgicas
providências, inclusive prende-lo em nome da autoridade competente, dando
ciência a esta, pelo meio mais rápido, da ocorrência e das providências em seu
nome tomadas.

§ 3º Nos casos de participação de ocorrências com policial-militar de CPM diversa


daquela a que pertence o signatário da parte, deve este, direta ou indiretamente, ser
notificado da solução dada, no prazo máximo de seis dias úteis; expirando este prazo,
deve o signatário da parte informar a ocorrência referida a autoridade a que estiver
subordinado.

§ 4º A autoridade a quem a parte disciplinar e dirigida, deve dar a solução no prazo


máximo de quatro dias úteis, podendo, se necessário, ouvir as pessoas envolvidas
obedecidas as demais prescrições regulamentares; na impossibilidade de solucioná-las
neste prazo, o seu motivo deverá ser necessariamente publicado em Boletim e, neste
caso, o prazo poderá ser prorrogado até 20 dias.

§ 5º A autoridade que receber a parte, não sendo competente para soluciona-la, deve
encaminha-la a seu superior imediato.

TÍTULO II
Das Transgressões Disciplinares

CAPÍTULO IV
Da Especificação das Transgressões

Art. 13 - Transgressão disciplinar e qualquer violação dos princípios da ética, dos


deveres e Das obrigações policiais- militares, na sua manifestação elementar e
simples e qualquer omissão ou ação contrária aos preceitos estatuídos em leis,
regulamentos, normas ou disposições, desde que não constituam crime.

Art. 14 - São Transgressões disciplinares:

I - todas as ações ou omissões contrarias a disciplina policial-militar especificadas no


Anexo I do presente Regulamento;

II - todas as ações, omissões ou atos, não especificados na relação de


Transgressões do Anexo citado, que afetem a honra pessoal, o pundonor policial-
militar, o decoro da classe ou o sentimento do dever e outras prescrições contidas no
Estatuto dos Policiais-Militares, leis e regulamentos, bem como aquelas praticadas
contra regras e ordens de serviço estabelecidas por autoridade competente.

Art. 23 - as punições disciplinares a que estão sujeitos os policiais-militares,


segundo a classificação resultante do julgamento da Transgressão, São as
seguintes, em ordem de gravidade crescente:
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41

I - advertência;

II - repreensão;

III - detenção;

IV - prisão e prisão em separado;

V - licenciamento e exclusão a bem da disciplina.

Parágrafo único - As punições disciplinares de detenção e prisão não podem


ultrapassar de trinta dias.

Art. 24 - A advertência e a forma mais branda de punir e consiste na admoestação


feita verbalmente ao transgressor, podendo ser em caráter particular ou
ostensivamente.

§ 1º Quando ostensivamente, poderá ser na presença de superiores, no circulo de seus


pares ou na presença de toda ou parte da OPM.

§ 2º A advertência, por ser verbal, não deve constar das alterações do punido,
devendo, entretanto, ser registrada em sua ficha disciplinar.

Art. 25 - A repreensão e a punição que, publicada em Boletim, não priva o punido


da liberdade.

Art. 26 - A detenção consiste no cerceamento da liberdade do punido,o qual deve


permanecer no local que lhe for determinado, normalmente o quartel, sem que
fique, no entanto, confinado. (PELO DECRETO-LEI 667/69 VEDA MEDIDAS
RESTRITIVAS DE LIBERDADE PARA AS PM E BM EM CODIGO DE ETICA A SER
ESTABELECIDO EM LEI)

§ 1º O detido comparece a todos os atos de instrução e serviços.

§ 2º Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicou a punição, o oficial ou


aspirante-a-oficial pode ficar detido em sua residência. (VER PARAGRAFO 3º
ART 27)

Art. 27 - A prisão consiste no confinamento do punido em local próprio e


designado para tal. . (PELO DECRETO-LEI 667/69 VEDA MEDIDAS RESTRITIVAS
DE LIBERDADE PARA AS PM E BM EM CODIGO DE ETICA A SER
ESTABELECIDO EM LEI)

§ 1º Os policiais-militares dos diferentes círculos de oficiais e praças, estabelecidos


no Estatuto dos Policiais-Militares, não poderão ficar presos no mesmo
compartimento.

§ 2º São lugares de prisão para:

a) Oficial e Aspirante-a-Oficial: determinado pelo Comandante no aquartelamento;


41
42

b) Subtenente e Sargento: compartimento denominado "Prisão de Subten e Sgt";

c) as demais praças: compartimento fechado denominado "xadrez".

§ 3º Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicou a punição, o oficial ou


aspirante-a-oficial pode ter sua residência como local de cumprimento da prisão,
quando esta não for superior a 48 horas.

§ 4º Quando o OPM não dispuser de instalações apropriadas, cabe a autoridade que


aplicou a punição solicitar ao escalão superior local para servir de prisão em outra
OPM.

§ 5º Os presos disciplinares devem ficar separados dos presos a disposição da justiça.

§ 6º Compete a autoridade que aplicar a primeira punição de prisão a praça, ajuizar da


conveniência e necessidade de não confinar o punido, tendo em vista os altos
interesses da ação educativa da coletividade e a elevação do moral da tropa, neste
caso, esta circunstância será fundamentalmente publicada em Boletim da OPM e o
punido terá o quartel por menagem.

Art. 37 - Nenhum policial-militar deve ser interrogado ou punido em estado de


embriaguez ou sob a ação de psicotrópicos.

CAPÍTULO IX
Da Modificação na aplicação das punições

Art. 43 - A modificação da aplicação de punição pode ser realizada pela


autoridade que a aplicou ou por outra, superior e competente, quando tiver
conhecimento de fatos que recomendem tal procedimento.

Parágrafo único - as modificações da aplicação de punição são:

a) anulação;

b) relevação;

c) atenuação;

d) agravação.

42
43

TÍTULO V
Dos Direitos e Recompensas

CAPÍTULO XI
Da Apresentação de Recursos

Art. 56. Interpor recursos disciplinares e o direito concedido ao policial-militar


que se julgue, ou julgue subordinado seu, prejudicado, ofendido ou injustiçado
por superior hierárquico, na esferá disciplinar.

Parágrafo único - São recursos disciplinares:

a) o pedido de reconsideração de ato;

b) a queixa;

c) a representação.

(PORTARIA Nº 065/PM-1/EMG/PMMS, DE 10 DE JULHO DE 2019. Aprova


as Instruções dos Processos e Procedimentos Administrativos Disciplinares
da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul e dá outras
providências)

ANEXO I
Relação de transgressão

I - INTRODUÇAO

1. as transgressões disciplinares, a que se refere o inciso I, do art. 14, deste


Regulamento, são neste Anexo enumeradas e especificadas.
A numeração deve servir de referência para o enquadramento e publicação em Boletim
da punição ou da justificação da transgressão.

As transgressões dos números 121 a 125 referem-se aos integrantes da Polícia


Militar Feminina.

As transgressões dos números 126 a 131 referem-se aos integrantes do Corpo de


Bombeiros.

2. no caso das transgressões a que se refere o inciso II, do art. 14, deste Regulamento,
quando do enquadramento e publicação em Boletim da punição ou justificação da

43
44

transgressão, tanto quanto possível, deve ser feita alusão aos artigos, parágrafos,
letras e números das leis, regulamentos, normas ou ordens que contrariaram ou contra
os quais tenha havido omissão.

3. A classificação da transgressão Leve, Média ou Grave e competência de quem


a julga, levando em consideração o que estabelecem os Capítulos V e VI deste
Regulamento.

II - RELAÇÃO DE TRANSGRESSÕES;

1 - Faltar a verdade

2 - Utilizar-se do anonimato.

3 - Concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizade entre camaradas.

4 - Frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações profissionais com caráter de


sindicatos ou similares.

5 - Deixar de punir transgressor da disciplina.

6 - Não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciência e Não lhe
couber reprimir, ao conhecimento de autoridade competente, no mais curto prazo.

7 - Deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas regulamentares na esferá de suas


atribuições.

8 - Deixar de comunicar a tempo, ao superior imediato, ocorrência no âmbito de suas


atribuições quando se julgar suspeito ou impedido de providenciar a respeito.

9 - Deixar de comunicar ao superior imediato, ou na ausência deste a qualquer


autoridade superior, toda informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem
pública ou grave alteração do serviço, logo que disto tenha conhecimento.

10 - Deixar de informar processo que lhe for encaminhado, exceto nos casos de
suspeição ou impedimento ou absoluta falta de elementos, hipóteses em que estas
circunstancias serão fundamentadas.

11 - Deixar de encaminhar a autoridade competente, na linha da subordinação e no


mais curto prazo, recurso ou documento que receber, desde que elaborado de acordo
com os preceitos regulamentares, se Não estiver na sua alçada dar solução.

12 - Retardar ou prejudicar medidas ou ações de ordem judicial ou policial-militar de


que esteja investido ou que deva promover.

13 - Apresentar parte ou recurso sem seguir as normas e preceitos regulamentares ou


em termos desrespeitosos ou com argumentos falsos ou de ma fé, ou mesmo sem
justa causa ou razão.

14 - Dificultar ao subordinado a apresentação de recursos.

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15 - Deixar de comunicar ao superior a execução de ordem recebida, tão logo seja


possível.

16 - Retardar a execução de qualquer ordem.

17 - Aconselhar ou concorrer para Não ser cumprida qualquer ordem de autoridade


competente, ou para retardar a sua execução.

18 - Não cumprir ordem recebida.

19 - Simular doença para esquivar-se ao cumprimento de qualquer dever policial-


militar.

20 - Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção, em qualquer serviço ou


instrução

21 - Deixar de participar a tempo, a autoridade imediatamente superior, a


impossibilidade de comparecer a OPM, ou a qualquer ato de serviço.

22 - Faltar ou chegar atrasado a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou
assistir.

23 - Permutar serviço sem permissão de autoridade competente.

24 - Comparecer o policial-militar a qualquer solenidade, festividade ou reunião social,


com uniforme diferente do marcado.

25 - Abandonar serviço para o qual tenha sido designado.

26 - Afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de disposição legal ou
ordem.

27 - Deixar de apresentar-se, nos prazos regulamentares, a OPM para que tenha sido
transferido ou classificado e as autoridades competentes, nos casos de missão ou
serviço extraordinário para os quais tenha sido designado.

28 - Não se apresentar ao fim de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo que
souber que o mesmo foi interrompido.

29 - Representar a OPM e mesmo a Corporação em qualquer ato, sem estar


devidamente autorizado.

30 - Tomar compromisso pela OPM que comanda ou em que serve sem estar
autorizado.

31 - Contrair dívida ou assumir compromisso superior as suas possibilidades,


comprometendo o bom nome da classe.

32 - Esquivar-se a satisfazer compromisso de ordem moral ou pecuniária que houver


assumido.

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33 - Não atender a observação de autoridade competente, para satisfazer débito já


reclamado.

34 - Não atender a obrigação de dar assistência a sua família ou dependentes


legalmente constituídos.

35 - Fazer, diretamente, ou por intermédio de outrem, transações pecuniárias


envolvendo assunto de serviço, bens da Administração Pública ou material proibido,
quando isso Não configurar crime.

36 - Realizar ou propor transações pecuniárias envolvendo superior, igual ou


subordinado. Não são consideradas transações pecuniárias os empréstimos em
dinheiro sem auferir lucro.

37 - Deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por negligência ou


incúria, medidas contra qualquer irregularidade que venha a tomar conhecimento.

38 - Recorrer ao judiciário sem antes esgotar todos os recursos administrativos.

39 - Retirar ou tentar retirar de qualquer lugar sob jurisdição policial-militar material,


viatura ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável ou
proprietário.

40 - Não zelar devidamente, danificar ou extraviar, por negligência ou desobediência a


regras ou normas de serviço, material da Fazenda Nacional, Estadual ou Municipal que
esteja ou Não sob sua responsabilidade direta.

41 - Ter pouco cuidado com o asseio próprio ou coletivo, em qualquer


circunstância.

42 - Portar-se sem compostura em lugar público.

43 - Frequentar lugares incompatíveis com seu nível social e o decoro da classe.


(Art 26,27e28 Estatuto PMMS)

44 - Permanecer a praça em dependência da OPM, desde que seja estranho ao


serviço, ou sem consentimento ou ordem de autoridade competente.

45 - Portar a praça arma regulamentar sem estar de serviço ou sem ordem para tal.

46 - Portar a praça arma Não regulamentar sem permissão por escrito de autoridade
competente.

47 - Disparar arma por imprudência ou negligência.

48 - Içar ou arriar Bandeira ou insígnia, sem ordem para tal.

49 - Dar toques ou fazer sinais, sem ordem para tal.

50 - Conversar ou fazer ruído em ocasiões, lugares ou horas impróprias.

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51 - Espalhar boatos ou noticias tendenciosas.

52 - Provocar ou fazer-se causa, voluntariamente, de origem de alarme injustificável.

53 - Usar violência desnecessária no ato de efetuar prisão.

54 - Maltratar preso sob sua guarda.

55 - Deixar alguém conversar ou entender-se com preso incomunicável, sem


autorização de autoridade competente.

56 - Conversar com sentinela ou preso incomunicável.

57 - Deixar que presos conservem em seu poder instrumentos ou objetos Não


permitidos.

58 - Conversar, sentar-se ou fumar a sentinela ou plantão da hora, ou ainda, consentir


na formação ou permanência de grupo ou de pessoa junto a seu posto de serviço.

59 - Fumar em lugar ou ocasiões onde isso seja vedado, ou quando se dirigir a


superior.

60 - Tomar parte em jogos proibidos ou jogar a dinheiro os permitidos, em área policial-


militar ou sob jurisdição policial-militar.

61 - Tomar parte, em área policial-militar ou sob jurisdição policial-militar, em


discussões a respeito de política ou religião, ou mesmo provoca-la.

62 - Manifestar-se, publicamente, a respeito de assuntos políticos ou tomar parte,


fardado, em manifestações da mesma natureza.

63 - Deixar o superior de determinar a saída imediata em solenidade policial-militar ou


civil, de subordinado que a ela compareça em uniforme diferente do marcado.

64 - Apresentar-se desuniformizado, mal uniformizado ou com o uniforme alterado.

65 - Sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha Não regulamentar, bem como,


indevidamente, distintivo ou condecoração.

66 - Andar o policial-militar a pé ou em coletivos públicos com uniforme inadequado


contrariando o RUPM/CB ou normas a respeito.

67 - Usar traje civil, o cabo ou soldado, quando isso contrariar ordem de autoridade
competente.

68 - Ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação possa ser
prejudicial a disciplina ou a boa ordem do serviço.

69 - Dar conhecimento de fatos, documentos ou assuntos policiais-militares a quem


deles Não deva ter conhecimento e não tenha atribuições para neles intervir.

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70 - Publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos, documentos ou assuntos


policiais-militares que possam concorrer para o desprestígio da Corporação ou firam a
disciplina ou a segurança.

71 - Entrar ou sair de qualquer OPM, o cabo ou soldado, com objetos ou embrulhos,


sem autorização do comandante da guarda ou autorização similar.

72 - Deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, ao entrar em OPM onde Não sirva, de dar


ciência de sua presença ao oficial-de-dia e, em seguida, de procurar o comandante ou
o mais graduado dos oficiais presentes, para cumprimenta-lo.

73 - Deixar o subtenente, sargento, cabo ou soldado, ao entrar em OPM onde Não


sirva, de apresentar-se ao oficial-de-dia ou seu substituto legal.

74 - Deixar o comandante da guarda ou agente de segurança correspondente de


cumprir as prescrições regulamentares com respeito a entrada ou a permanência na
OPM de civis, militares ou policiais-militares estranhos a mesma.

75 - Penetrar o policial-militar, sem permissão ou ordem, em aposentos destinados a


superior ou onde esse se ache, bem como em qualquer lugar onde a entrada lhe seja
vedada.

76 - Penetrar ou tentar penetrar o policial-militar em alojamento de outra subunidade,


depois da revista do recolher, salvo os oficiais ou sargentos que, pelas suas funções,
sejam a isto obrigados.

77 - Entrar ou sair de OPM com força armada, sem prévio conhecimento ou ordem da
autoridade competente.

78 - Abrir ou tentar abrir qualquer dependência da OPM fora das horas de expediente,
desde que Não seja o respectivo chefe ou sem sua ordem escrita com a expressa
declaração de motivo, salvo situações de emergência.

79 - Desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem policial, judicial ou


administrativa.

80 - Deixar de portar, o policial-militar, o seu documento de identidade, estando ou Não


fardado ou de exibi-lo quando solicitado.

81 - Maltratar ou Não ter o devido cuidado no trato com os animais.

82 - Desrespeitar, em público, as convenções sociais.

83 - Desconsiderar ou desrespeitar a autoridade civil.

84 - Desrespeitar corporação judiciaria, ou qualquer de seus membros, bem como


criticar, em público ou pela imprensa, seus atos ou decisões.

85 - Não se apresentar a superior hierárquico ou de sua presença retirar-se, sem


obediência as normas regulamentares.

48
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86 - Deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar a superior, ressalvadas


as exceções previstas no Regulamento de Continência, Honras e Sinais de
Respeito das Forças Armadas.

87 - Sentar-se a praça, em público, a mesa em que estiver oficial ou vice-versa,


salvo em solenidades, festividades, ou reuniões sociais.

88 - Deixar, deliberadamente, de corresponder a cumprimento de subordinado.

89 - Deixar o subordinado, quer uniformizado, quer em traje civil, de cumprimentar


superior, uniformizado ou não, e, neste caso, desde que o conheça, ou prestar-lhes as
homenagens e sinais regulamentares de considerações e respeito.

90 - Deixar ou negar-se a receber vencimentos, alimentação, fardamento, equipamento


ou material que lhe seja destinado ou deva ficar em seu poder ou sob sua
responsabilidade.

91 - Deixar o policial-militar, presente a solenidades internas ou externas onde se


encontrarem superiores hierárquicos, de sauda-los de acordo com as normas
regulamentares.

92 - Deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, tão logo seus afazeres o permitam, de


apresentar-se ao de maior posto e ao substituto legal imediato, da OPM onde serve,
para cumprimenta-los, salvo ordem ou instrução a respeito.

93 - Deixar o subtenente ou sargento, tão logo seus afazeres o permitam, de


apresentar-se ao seu comandante ou chefe imediato.

94 - Dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desatenciosa a superior.

95 - Censurar ato de superior ou procurar desconsidera-lo.

96 - Procurar desacreditar seu igual ou subordinado.

97 - Ofender, provocar ou desafiar superior.

98 - Ofender, provocar ou desafiar seu igual ou subordinado.

99 - Ofender a moral por atos, gestos ou palavras.

100 - Travar discussão, rixa ou luta corporal com seu igual ou subordinado.

101 - Discutir ou provocar discussões, por qualquer veículo de comunicação, sobre


assuntos políticos, militares, ou policiais-militares, excetuando-se os de natureza
exclusivamente técnica, quando devida mente autorizados.

102 - Autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação coletiva, seja de


caráter reivindicatório, seja de crítica ou de apoio a ato de superior, com exceção das
demonstrações íntimas de boa e sã camaradagem e com conhecimento do
homenageado.

49
50

103 - Aceitar o policial-militar qualquer manifestação coletiva de seus subordinados,


salvo a exceção do número anterior.

104 - Autorizar, promover ou assinar petições coletivas dirigidas a qualquer autoridade


civil ou policial-militar.

105 - Dirigir memoriais ou petições, a qualquer autoridade, sobre assuntos da alçada


do Comando Geral da PM, salvo em grau de recurso na forma prevista neste
Regulamento.

106 - Ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial-militar ou sob a


jurisdição policial-militar, publicações, estampas ou jornais que atentem contra a
disciplina ou a moral.

107 - Ter em seu poder ou introduzir, em área policial-militar ou sob a jurisdição


policial-militar, inflamável ou explosivo, sem permissão da autoridade competente.

108 - Ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial-militar, tóxicos ou


entorpecentes, a não ser mediante prescrição de autoridade competente.

109 - Ter em seu poder ou introduzir, em área policial-militar ou sob jurisdição policial-
militar, bebidas alcoólicas, salvo quando devidamente autorizado.

110 - Fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem a uso de tóxicos, entorpecentes
ou produtos alucinógenos.

111 - Embriagar-se ou induzir outro a embriaguez, embora tal estado não tenha sido
constatado por médico.

112 - Usar o uniforme, quando de folga, se isso contrariar ordem de autoridade


competente.

113 - Usar, quando uniformizado, barba, cabelos, bigode ou costeletas


excessivamente compridos ou exagerados, contrariando disposições a respeito.

114 - Utilizar ou autorizar a utilização de subordinados para serviços não


previstos em regulamento.

115 - Dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal ou claramente inexequível,


que possa acarretar ao subordinado responsabilidade, ainda que não chegue a
ser cumprida.

116 - Prestar informação a superior, induzindo-o a erro deliberado ou intencionalmente.

117 - Omitir, em nota de ocorrência, relatório ou qualquer documento, dados


indispensáveis ao esclarecimento dos fatos.

118 - Violar ou deixar de preservar local de crime.

119 - Soltar preso ou detido ou dispensar parte de ocorrência sem ordem de autoridade
competente.
50
51

120 - Participar, o policial-militar da ativa, de firma comercial, de emprego


industrial de qualquer natureza, ou nelas exercer função ou emprego
remunerado.

121 - Usar, quando uniformizada, cabelos excessivamente compridos, penteados


exagerados, maquilagem excessiva, unhas excessivamente longas ou com esmalte
extravagante. (PFEM)

122 - Usar, quando uniformizada, cabelos de cor diferente da natural ou peruca, sem
permissão da autoridade competente. (PFEM)

123 - Andar descoberta, exceto nos postos de serviços, entendidos estes como as
salas designadas para o trabalho das policiais-militares.(PFEM)

124 - Frequentar, uniformizada, cafés ou bares. (PFEM)

125 - Receber visitas nos postos de serviço ou distrair-se com assuntos estranhos ao
trabalho. (PFEM)

126 - Não observar as ordens em vigor relativas ao trafego nas saídas e regressos de
incêndios, bem como nos deslocamentos de viaturas nas imediações e interior dos
quartéis, hospitais e escolas, quando não estiverem em serviços de socorro. (CBM)

127 - Executar exercícios profissionais que envolvem acentuados perigos, sem


autorização superior, salvo nos casos de competições ou demonstrações, em que
haverá um responsável. (CBM)

128 - Afastar-se do local de incêndio, desabamento, inundação ou qualquer serviço de


socorro, sem estar autorizado. (CBM)

129 - Afastar-se o motorista da viatura sob sua responsabilidade, nos serviços de


incêndio e outros misteres da profissão. (CBM)

130 - Faltar a corrida para incêndio ou outros socorros. (CBM)

131 - Receber ou permitir que seu subordinado receba, em local de socorro, quaisquer
objetos ou valores, mesmo quando doados pelo proprietário ou responsável pelo local
do sinistro. (CBM)

ANEXO II

Quadro de POSIÇÃO MÁXIMA, referida no art.41 deste Regulamento, que


pode aplicar a autoridade competente, apreciado o estabelecido no Capítulo
VII:
51
52

POSTO E GRADUAÇÃO
Autoridades deflagradas no art.10, incisos: 1), 2),3, 4, 5, 6)

Oficiais da Ativa
30 dias de prisão
20 dias de prisão
15 dias de prisão
6 dias de prisão
repreensão

Oficiais na inatividade
30 dia de prisão
-
Aspirante a Oficial e Subtenentes da Ativa
30 dias de prisão

10 dias de prisão
8 dias de prisão

Sargentos, Cabos e Soldados da Ativa (1) (2) (3)

15 dias de prisão
8 dias de prisão

Asp. Of. Subten. Sgt. Cb e Sd na Inatividade (3)


30 dia de prisão
-
Alunos das Escolas de Formação de Oficiais (2) (4)

Alunos de Órgãos de Formação de Sargentos (2) (4)


30 dias de prisão

10 dias de prisão
52
53

8 dias de prisão
Alunos de Órgãos de Formação de Soldados (2) (4)

(1) EXCLUSÃO A BEM DA DISCIPLINA - aplicáveis nos casos previstos no


§ 2° do art.31 e no art.73.

(2) LICENCIAMENTO A BEM DA DISCIPLINA - aplicável nos casos


previstos no § 1° e do art.31.

(3) PRISÃO EM SEPARADO - Art.29 e Parágrafo único do art.49.

(4) § 1° do art.8°.

AUTORIDADES DEFINIDAS no Art.10, inciso I- Governador do Estado; II -


Cmt-Geral; III - Ch EMG, Cmt de (3A. Diretores; IV - Subch do EMG, Ajd-
Geral, Cmt de GI e G Mar, Cmt e Dir de OBM; V - Cmt de S/GI, S/GBS e S/G
Mar, Sub Cmt, Ch de Seção, de Serviço e de Assessorias; VI - Cmt de Dst.

7 – BIBLIOGRAFIA (Básica)

MATO GROSSO DO SUL. Lei Complementar nº 053 de 03 de agosto de 1990 que


dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Militares de Mato Grosso do Sul. Disponível
em:
<http://www.pm.ms.gov.br/templates/apresentacao/componentefixo/gerador/gerador.ph
p?pag=4560&template=21>. Acesso em: 18 AGO. 2020.

MATO GROSSO DO SUL. Lei Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008 que


institui o sistema remuneratório, por meio de subsídio, para os servidores públicos
integrantes das carreiras Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, altera,
acrescenta e revoga dispositivos da Lei Complementar nº 053, de 30 de agosto de
1990, e dá outras providências. Disponível em
http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/secoge/govato.nsf/66ecc3cfb53d53ff0
4256b140049444b/72db1a79472182b10425744b00502c34?
OpenDocument&Highlight=2,127>. Acesso em: 18 AGO 2021.

53
54

MATO GROSSO DO SUL. Lei Complementar nº 190 de 04 de abril de 2014 que dispõe
sobre A organização, A composição e o Funcionamento da Polícia Militar de Mato
Grosso do Sul. Disponível
em:<http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/secoge/govato.nsf/66ecc3cfb53d
53ff04256b140049444b/d050c29b6af11be304257cb70065cfdf?
OpenDocument>.Acesso em: 18 AGO 2020.

MATO GROSSO DO SUL. DECRETO Nº 1.260, DE 2 DE OUTUBRO DE 1981. Dispõe


sobre o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, e dá
outras providências. Disponível
em:<http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/secoge/govato.nsf/66ecc3cfb53d
53ff04256b140049444b/d050c29b6af11be304257cb70065cfdf?OpenDocument>.
Acesso em: 18 AGO 2020.

54
DIREÇÃO
CMDO GERAL SUBCMDO CORREG AJ GERAL COMISSÕES ASSESSORIAS COORDENADORIAS ASS.
EMG
GERAL PARLAMEN
CORREGE GAB
ASSISTENTES ASSISTENTE CHEFIA DOR AJUDANTE SEJUSP
CASA
EMG GERAL GOV CIVIL
AJ ORDEM GAB CORREG GAB VICE
AJ ORDEM EMG ADJ GOV
PM/1 SECRETARIA
GAB ADM SEÇÕES GOV REG
GAB ADM PM/2 SV INTEL
SEÇÃO CASA
PM/3 MILITAR
ADM
CONSELHOS
EQUIP SEG PM/2

PM/2
PATRULHA
ASSESSORIA
SETORIAL
DIRETORIA DIRETORI DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIA
DIRETORIA
DIRETORIA
GESTÃO GESTÃO A ENSINO INTELIGÊNC DIRETORIA POLÍCIA DIRETORIA PLANEJAMENT GESTÃO
FINANÇAS PATRIMÔNIO E PESQUIS SISTEMA RECRUTAME
PESSOAL IA GESTÃO COMUNITÁ O PRESÍDIO
(DF) LOGÍSTICA A RIA E NTO ESTRATÉGICO
(DGP) (DINTEL) INFORMAÇÃO SELEÇÃO E MILITAR
(DGPL) (DEIP) DIREITOS (DPE)
HUMANOS PROMOÇÃO (DGPME)
ASSISTENTE
S APM (DPCOM) (DRSP)

AJ ORDEM ISPM

GAB ADM CEFAP

CTPM
EQUIP SEG

ASSESSORI
A
APOIO

COORDENADORIA GRUPAMENTO
COORDENADORIA
CORPO MUSICAL POLICLÍNICA SUPRIMENTO POLICIAMENTO
JURÍDICA
(CMUS) (PPM) MANUTENÇÃO AÉRIO
(CJUR)
(CSM) (GPA)

SEÇÃO
CAPELANIA RECEBIMENTO
MANUTENÇÃO

SEÇÃO DE
OFICINAS

SEÇÃO DE
EXPEDIETE
EXECUÇÃO

GRANDES COMANDOS UNIDADES

COMANDO
POLICIAMENTO BATALHÕES E REGIMENTOS
METROPOLITANO
(CPM)
COMPANHIA DESTACADA OU INTERGRADA

COMANDO DE POLICIAMENTO DE
ÁREA
PELOTÃO DESTACADO OU INTEGRADAO
(CPA´s)

GRUPO DE POLÍCIA MILITAR


COMANDO DE POLICIAMENTO
ESPECIALIZADO
COMPANHIAS INDEPENDENTES
(CPE) OU ESQUADRÃO
INDEPENDENTE

COMANDO PELOTÕES DE POLÍCIA MILITAR


DE POLICIAMENTO DE FRONTEIRA
GRUPOS DE POLÍCIA MILITAR
(CPFROM)

FRANCO ALAN

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