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CENTRO UNIVERSITÁRIO - CATOLICA EM SANTA CATARINA

CURSO DE DIREITO 4ª FASE MATUTINO


PAC PROJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO
BÁRBARA BAUMANN
FRANCIELI LORENA GREIN PEZZONIA
JUCELI DA ROSA ROSA
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO
2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE GASPAR/SC
ARTUR FURTADO, brasileiro, casado, agricultor, portador do RG nº 000.000 e do
CPF nº 000.000, residente e domiciliado na Estrada Geral dos Pilões, s/nº, Bairro Braço São
João, no Município de Gaspar/SC, CEP 000.000, e MÔNICA FURTADO, brasileira,
agricultora, portadora da Cédula de Identidade sob o nº 0.000.111, SSP/SC, inscrito no CPF
sob o nº 30.000.000.-00, residente e domiciliada na Estrada Geral dos Pilões, s/nº, bairro
Braço São João, município de Gaspar. Vem, mui respeitosamente, perante Vossa
Excelência por intermédio de suas advogadas infra-assinadas, estas com escritório
profissional na Avenida República Argentina, nº 1.336, sala 1912, Bairro Água
Verde, Gaspar/SC, e-mail: Frabaju@advogadas.com.br onde recebe intimações,
propor:

AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (PROCEDIMENTO ESPECIAL)


Em face de Alberto Silva, brasileiro, solteiro, agricultor, portador da CNH sob
o nº 3333333333, inscrito no CPF sob o nº 20.222.222.-11, residente e domiciliado
na Rua Francisco Vegini, nº 567, Bairro Czerniewicz, Jaraguá do Sul – SC, CEP:
89.256-000, e-mail: alberto@gmail.com, conforme fundamentação a seguir disposta:
Com fundamento no Código Civil e na forma dos artigos 1.238, pelo que expõe e
requer o seguinte: Com fundamento no art. 1.238 do Código Civil e na forma dos
artigos 246, § 3º; 259 do Código de Processo Civil, pelo que expõe e requer o
seguinte.
I - DA JUSTIÇA GRATUITA
Insta esclarecer que os Requerentes ARTUR FURTADO, portador do RG nº
000.000 e do CPF nº 000.000 e Mônica Furtado, portadora da Cédula de Identidade
sob o nº 0.000.111, SSP/SC, inscrito no CPF sob o nº 30.000.000.-00, exercem a
profissão de AGRICULTURES, logo gozam de poucas condições econômicas, não
podendo arcar com os custos e despesas decorrentes de um processo judicial, bem
como os honorários advocatícios, sem privar a si mesmos do próprio sustento, ou de
seus familiares, conforme a declaração de hipossuficiência que segue em anexo,
razão pela qual requer os benefícios da justiça gratuita, na forma do art. 98 e
seguintes do Código de processo Civil e do inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição
Federal
II – DOS FATOS:
Os autores, vem mantendo a posse de forma mansa e pacífica, contínua, sem
oposição e com animus domini, uma área de terras, situada na Estrada Geral dos
Pilões, s/nº, Bairro Braço São João, no Município de Gaspar/SC, CEP 000.000
Compraram por meio de um contrato verbal, com sede nesta Comarca de Gaspar
Localização da terra.
Os autores residem e trabalham no referido terreno/imóvel, o terreno possui
uma casa de construção mista, confrontando: direita em 120,6m com uma rua
projetada em prolongamento da Rua 14 de Julho; esquerda em 120m com terras de
Ignácio Fernandino de Almeida Ferraz e sua esposa Marivalda Alexandrina de
Almeida Ferraz; frente em 80,70mcom a Estrada Geral dos Pilões; e fundos em
95,70mcom terras de Anastácia de Castro Siqueira.
Os Requerentes que já conheciam o Requerido desde sua infância, e o
tinham como amigo íntimo e de confiança, nunca tiveram dúvidas da boa-fé do
Requerido, sendo assim não viram a necessidade de outra forma de contrato, além
do verbal que foi firmado naquele momento e pareceu ser o suficiente. Vale lembrar
que as partes, representam agricultores, pessoas simples, sem conhecimentos
Jurídicos, tanto os requerentes quanto o requerido.
Ao firmarem o negócio, os autores que pagaram no quando da compra em
17/11/2008 o valor de R$ 55.000,00 (cinquenta e cinco mil reais) valor este pago em
parcelas (recibos guardados pelo casal) em dinheiro, mudaram-se para o imóvel,
muito felizes por terem realizado um sonho que era o de adquirir uma casa própria.
Sempre utilizaram o imóvel de maneira pacífica, tirando todo o proveito da
propriedade, plantaram uma horta com verduras e hortaliças que usam para
consumo próprio e vendem para a vizinhança. Com o passar do tempo os
requerentes foram construindo no imóvel que estão usucapindo, foram melhorando a
moradia que também é função social da propriedade, para se adequar a
necessidade da família. Artur Furtado e sua esposa Mônica tem três filhos menores
que moram desde seu nascimento com os pais. Nesse longo período o casal e seus
filhos cuidaram do imóvel adquirido com animus domini, pagando os impostos em
dia, assim como a energia elétrica, água e esgoto no endereço do imóvel acima
descrito.
Ao adentrar no imóvel dos autores, nota-se uma parede com registros de
fotografias desde o primeiro dia no imóvel, registraram ano após ano suas
conquistas e alegrias vividas ali. Todos os vizinhos sabem que os autores são os
donos do imóvel, acompanham a família desde a entrada no imóvel até a data atual.
O autor é possuidor a 12 anos do imóvel. Entretanto, conforme acima já informado o
casal adquiriu por meio de um contrato verbal e esse imóvel faz parte de um
loteamento iniciado, mas não finalizado, porque a prefeitura local interrompeu a obra
do loteamento por não haver o parcelamento regular do solo. Após esse embargo o
loteador não regularizou e não finalizou o loteamento. Assim, passaram-se os anos
e não houve a regularização do loteamento, dessa forma o imóvel não possui
registro imobiliário junto ao RI da cidade.
Um vizinho dos autores já promoveu a ação de usucapião para fins de
requerer o domínio da propriedade, já que possuem apenas a posse, contudo o
representante do Ministério Público de primeiro grau pleiteou a análise da
impossibilidade de usucapião de imóvel com dimensões inferiores ao tamanho
mínimo de uma área rural para registro de matrícula, nesse ponto ainda pugnou que
o registro da sentença de usucapião seja condicionada à regularização de
zoneamento do bem imóvel usucapido.
Os autores não foram os únicos compradores, várias foram as pessoas que
compraram lotes no loteamento iniciado, mas que, como já informado, não foi
finalizado.
Os autores em nem um momento agiram de má-fé, o pedido inicial de
usucapião é o mais justo dentro da lei a se fazer sendo que já possuem a posse,
ressaltando que nunca sofreram qualquer tipo de contestação ou impugnação por
parte de quem quer que seja.
É importante destacar que a simples irregularidade do loteamento pode ser
resolvida na ação de usucapião, sendo que o casal tem como provar a permanência,
com provas testemunhais, registros de fotografias no imóvel, pagamentos de contas
advindas da gleba onde residem a 12 anos, tendo em vista que o imóvel foi
claramente usado para a função social que nossa Constituição Federal elenca em
seu artigo 5º, Inciso XXII, na medida em que as normas urbanísticas não devem se
sobrepor ao direito fundamental a moradia.
Portanto, o autor é proprietário e possuidor direto do referido imóvel, acima
pormenorizado, em consonância com o projeto topográfico e memorial descritivo do
imóvel, em anexo, requerendo desde já pela procedência da presente ação.
III – DO DIREITO:
Inicialmente, importante mencionar que o ordenamento jurídico brasileiro
prevê a possibilidade da presente Ação de Usucapião como forma de regularizar o
registro imobiliário de imóvel urbano ou rural, cuja aquisição tenha se dado pela
ocorrência da prescrição aquisitiva, decorrente da posse mansa, pacífica e
ininterrupta.
O direito de propriedade é um dos temas mais importantes no nosso
ordenamento jurídico, sendo ele incontestavelmente responsável pela segurança
jurídica e inúmeros litígios daí derivados. É de tamanha importância que a
Constituição lhe elencou em seu art. 5º, tornando-o uma garantia fundamental,
atrelada ao princípio da dignidade da pessoa humana.
O dicionário de Michaelis (2019, p.1), “o direito de propriedade é aquele que
atribui ao seu titular as prerrogativas de usar, gozar, buscar ou reaverá coisa, sendo
oponível contra todos (erga omnes)” e “a reunião dessas quatro prerrogativas ou
atributos caracteriza a propriedade plena (...)”.
Ademais, o Código Civil disciplina no seu art. 1228 que (o proprietário tenha
faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem
quer que injustamente a possua ou detenha”. Nota-se, portanto, que as palavras
determinantes para o entendimento do direito de propriedade são: usar, gozar e
dispor.
Ainda, o direito de propriedade, que é um instituto jurídico, pode ser
compreendido na Constituição Brasileira no art. 5º, nos incisos XXII, XXIII, XXIV,
XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, XXX e XXXI.
Tem-se que o conceito de propriedade não deve ficar restrito ao termo
patrimonialista do Código Civil brasileiro de 2002, pois abrange outros valores muito
mais amplos. Assim como se vale Gilmar Ferreira Mendes, em seu Curso de Direito
Constitucional (2015, p.527) de a propriedade privada em sentido tradicional, mas o
próprio trabalho e o sistema (previdenciário e assistencial) instituído e gerido pelo
Estado.
O Direito de Propriedade pode ser encontrado em nossa Carta Magna, em
seu sentido amplo, no art. 5º em seus incisos XXII e XXIII (BRASIL, 2019f):
Artigo 5º.(...)
XXII: é garantido o direito de propriedade.
Artigo 5º.(...)
XXIII: a propriedade atenderá a sua função social.
Além disso os requerentes deram a devida função social à propriedade, como
deve ser, utilizaram para sua moradia e de sua família, fazendo benfeitorias
necessárias e cuidando do imóvel como verdadeiros proprietários. A Constituição
Brasileira de 1988 coloca, em seu art. 5º, inciso XXII, que a todos é garantido o
direito à propriedade:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...)
XXII - é garantido o direito de propriedade;
Em seguida, no entanto, no inciso XXIII – ela dá contornos relativos à
propriedade dizendo que ela atenderá a sua função social; art. 5º (...) XXIII - a
propriedade atenderá a sua função social;
Trata-se em verdade de uma nova ideia em que a propriedade deverá utilizar
seu bem não apenas para a satisfação de seus interesses pessoais, mas também
para a sociedade em que se encontra inserido, nem que para isso haja uma
abstenção de determinadas atitudes.
Neste contexto, surge a teoria da função social, segundo a qual “todo o
indivíduo tem o dever social de desempenhar determinada atividade, de desenvolver
da melhor forma possível sua individualidade física, moral e intelectual, para com
isso cumprir sua função social da melhor maneira” (FIGUEIREDO, Guilherme José
Purvin. 2008, p. 83).
Portanto, a propriedade tornou-se um direito subjetivo, igualmente a outros
direitos sociais regrados pelo ordenamento Jurídico, e que também deve cumprir
sua função social.
Assim, a propriedade, desta maneira, possui de maneira intrínseca a sua
existência a função social, caracterizado também por um dever imposto a cada
sujeito de direito, público ou particular, e que deve respeitar inclusive a coletividade
a que se está inserido. Neste contexto, o ordenamento constitucional brasileiro,
segundo Francisco Carrera, “(...) retira literalmente a faculdade de “não uso”, que o
proprietário exercia quando investido no domínio de seu imóvel” (CARRERA,
Francisco. 2005, p. 100).
Dentre as modalidades de aquisição de propriedade originária por meio de
usucapião, está a espécie extraordinária, conforme dispõe art. 1238 do Código Civil
Brasileiro, In verbis:
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição,
possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de
título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual
servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez
anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou
nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Entende-se, portanto, que os requerentes preenchem todos os requisitos para
permanecer e regularizar o imóvel em questão, visto que a posse chega a um
montante de mais de 10 (dez) anos, e, portanto, tem-se a ocorrência da acessio
possessionis.
Esclarece, ainda, que a posse ensejadora da usucapião deve ser exercida
com animus domini, podendo ser considerado este um dos mais importantes dos
requisitos, visto que pode ser visto como base do instituto.
Ainda, da leitura dos artigos de lei em comento, além do exercício da posse
com animus domini, o tempo da posse é fundamental para a conversão da posse em
propriedade.
Desta forma, é nítido que os requerentes atendem todos os requisitos para a
procedência da presente ação e consequente transferência da propriedade, visto
que sempre exerceram publicamente a posse com animus domini, e esta posse
conta com mais de 10(dez) anos, sem qualquer interrupção, e inclusive sendo
atualmente moradia habitual dos autores.
Acerca da ação de usucapião extraordinária, entendem nossos
Tribunais:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. RECURSO DOS AUTORES. PEDIDO DE
REFORMA DA SENTENÇA AO ARGUMENTO DE TEREM COMPROVADO O
EXERCÍCIO DA POSSE MANSA E PACÍFICA DO IMÓVEL SUB JUDICE POR
PERÍODO SUPERIOR A 15 (QUINZE) ANOS. SUBSISTÊNCIA. TRANSCURSO DE
MENOS DA METADE DO PRAZO PRESCRICIONAL ANTES DA ENTRADA EM
VIGOR DA NOVEL LEGISLAÇÃO. INCIDÊNCIA DO ARTIGO 1.238 DO CÓDIGO
CIVIL/2002. NECESSIDADE DE PROTEGER OS REFLEXOS DECORRENTES DA
POSSE EXERCIDA ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE 2002
(DESDE O ANO DE 1995). TERMO INICIAL DA CONTAGEM DO PRAZO DE 15
(QUINZE) ANOS A PARTIR DO EXERCÍCIO DA POSSE MANSA, ININTERRUPTA
E COM ANIMUS DOMINI. ENUNCIADO 299/CEJ. COMPROVADO O EXERCÍCIO
DA POSSE SOBRE O IMÓVEL HÁ MAIS DE 22 (VINTE E DOIS) ANOS.
SUCESSÃO DE POSSE EVIDENCIADA. EXEGESE DO ARTIGO 1.243, DO
CÓDIGO CIVIL/2002. AUSÊNCIA DE OPOSIÇÃO À POSSE DOS AUTORES.
ADEMAIS, POSSIBILIDADE DE CÔMPUTO DO LAPSO TRANSCORRIDO NO
CURSO DA LIDE, POR FORÇA DO ARTIGO 462, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. REQUISITOS PARA O PREENCHIMENTO DA PRESCRIÇÃO AQUISITIVA
EVIDENCIADOS. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 1.238, DO CC/2002. SENTENÇA
REFORMADA. PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA. CUSTAS AO
ENCARGO DOS AUTORES. (TJSC, Apelação Cível n. 0002297-58.2012.8.24.0052,
de Porto Uniao, rel. Denise Volpato, Sexta Câmara de Direito Civil, j. 19-09-2017).
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA. POSSE
QUALIFICADA PELO TRABALHO. LAPSO DA PRESCRIÇÃO AQUISITIVA
PREVISTO NO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 1.238 DO CÓDIGO CIVIL.
POSSE MANSA E SEM OPOSIÇÃO. ANIMUS DOMINI. REQUISITOS PARA
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. "Não havendo justo título, a aquisição da propriedade
condiciona-se ao exercício da posse mansa, pacífica e ininterrupta pelo lapso
temporal de no mínimo 15 (quinze) anos com ânimo de dono, podendo este prazo
ser reduzido para 10 (dez) anos se comprovado nos autos que a coisa usucapienda
é utilizada como moradia habitual ou nela é realizada obras ou atividades de caráter
produtivo, conforme previsão contida no artigo 1238 e seu parágrafo único, do
Código Civil" (TJSC, Apelação Cível n. 2014.078602-4, de Criciúma, rel. Des. Saul
Steil, Terceira Câmara de Direito Civil, j. em 3-3-2015).
Portanto, diante de todo o exposto, principalmente considerando a boa-fé dos
requerentes (que efetivamente vêm cuidando do imóvel e estabeleceram sua
moradia habitual nele), não restam dúvidas que o bem em questão é de fato de
propriedade dos requerentes e dele já sub-rogaram no direito de propriedade, a qual
atualmente encontra-se na posse dos requerentes.
Dessa forma, requer-se a intervenção do judiciário para obter a regularização
do referido imóvel, cuja aquisição se deu pela ocorrência de prescrição aquisitiva,
em virtude da posse mansa, pacífica, contínua e sem oposição por mais de 10(dez)
anos, com o estabelecimento no imóvel da moradia habitual dos requeridos.

IV – DOS PEDIDOS

Ante o exposto requer-se:

a) A TOTAL PROCEDÊNCIA da presente ação de usucapião


extraordinária em favor dos autores;
b) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, conforme
declaração de hipossuficiência em anexo;
c) Conforme previsão no artigo 319, inciso VII, do CPC, os
requerentes, desde já, manifestam que não possuem interesse na realização
de audiência de conciliação;
d) A citação da parte ré para, querendo, apresente sua defesa, sob
pena de incorrer contra si os efeitos da revelia;
e) A citação, por mandado, dos confrontantes bem como de seus
respectivos cônjuges, se casados forem;
f) A citação por editais, de terceiros interessados, incertos,
ausentes e desconhecidos;
g) A intimação, por via postal, com aviso de recebimento, dos
representantes das Fazendas Públicas da União, do Estado de Santa
Catarina, e do município de Gaspar, para que manifestem seu interesse na
presente ação, se houver;
h) A intervenção do Ministério Público em todos os atos do
processo;
i) Ao final, a TOTAL PROCEDÊNCIA da presente ação e que seja
o decisório registrado no Cartório de Registro de Imóveis desta Comarca;
j) Protesta provar os alegados pela documentação hora juntada e
por todos os meios de prova em direito admitidos, testemunhal e depoimento
pessoal das partes;
k) A condenação da requerida ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios;

Por fim, requer que todas as intimações/publicações sejam realizadas com


exclusividade em nome de Juceli da Rosa Rosa, advogada regularmente inscrita
na OAB/SC sob o nº00.003, com escritório profissional na Avenida República
Argentina, nº 1.336, sala 1912, Bairro Água Verde, Gaspar/SC, e-mail:
Frabaju@advogadas.com. sob pena de nulidade.

Dá-se à causa o valor de R$55.000,00(cinquenta e cinco mil reais).

Nestes Termos
Pede Deferimento.

Gaspar/SC, 11 de outubro de 2021.

JUCELI DA ROSA ROSA FRANCIELI LORENA GREIN


PEZZONIA

advogada – OAB/SC 00.003 Advogada – OAB/SC 00.004

BARBARA BAUMANN
Advogada – OAB/SC 00.005

Documentos juntados:
1. Procuração;
2. Documentos pessoais;
3. Comprovantes da posse: IPTU desde 2008, conta de energia elétrica, água,
esgoto, matrícula da escola dos filhos, todas as contas no endereço
mencionado no cabeçalho com pagamento a partir de 17/11/2008;
4. Mapa com assinatura dos confrontantes;
5. Fotos que provam a posse desde 2008;
6. Recibos do pagamento das parcelas, conforme combinado no contrato
firmado verbalmente;

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