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Anjos

O Anjo da Guarda existe mesmo?


A Igreja nos ensina que desde a infância até a morte os anjos nos guardam, protegem e intercedem por nós (Mt
18,10; Lc 16,22; Sl 34,8; 90,10-13).

Jesus disse: ”Em verdade eu vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não
entrareis no reino dos céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E
quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. Não desprezeis nenhum desses
pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos no céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos
céus.” (Mt 18,1-10)

Acreditamos, com a Igreja, que no dia do batismo, cada cristão é confiado a um anjo que o acompanha e o
guarda em sua caminhada para Deus, iluminando-o e inspirando-o. Quem de nós não aprendeu, desde
pequeno, aquela oração ao Santo Anjo da Guarda: ”Ó santo Anjo da minha guarda, se a ti me confiou a piedade
divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine, Amém. Na Liturgia da Festa dos Santos Anjos da
Guarda, a Igreja implora a sua proteção: ”Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandai os vossos anjos
para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio.”
(Oração do dia).

”Acolhei, ó Deus, as nossas oferendas em honra dos santos anjos e fazei que, velando sempre ao nosso lado,
nos guardem dos perigos desta vida e nos levem à vida eterna. (Oração sobre as oferendas).

”Ó Deus, que alimentais com tão grande sacramento a nossa peregrinação para a vida eterna, guiai-nos por
meio dos vossos anjos, no caminho da salvação e da paz.” (Oração depois da Comunhão).

A Igreja reza conforme ela crê (Lex orandi, lex credendi). Pela orações acima, oficiais em nossa liturgia, vemos
que a Igreja não tem dúvida sobre a existência e ação dos anjos. Quem negar isto se põe, voluntariamente, fora
dos ensinamentos e da fé da Igreja, e deixe de ser plenamente católico. Embora o Magistério da Igreja não
tenha definido como dogma de fé a tutela dos anjos sobre os homens, alguns santos doutores da Igreja
afirmaram a mesma concepção judaica de que o povo de Deus, as dioceses, as nações, etc., e cada pessoa
tem um anjo protetor particular. Não há porque não aceitar tal concepção. S. Basílio Magno (330-369) afirmou
que ”cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida” (Eun. 3,1).

Na Festa do Anjo da Guarda (2 de outubro), a Igreja põe diante dos nossos olhos o texto do Êxodo que
diz:

”Assim diz o Senhor: Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar
que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas
transgressões e nele está o meu nome. Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos
teus inimigos e adversário dos teus adversários. O meu anjo irá à tua frente e te
conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuzeus, e eu os
exterminareis. (Ex 23,20-23).

Quase cada página da Revelação escrita, diz são Gregório Magno, atesta a existência dos Anjos. No Novo
Testamento aparecem no evangelho da infância, na narração das tentações do deserto e da consolação de
Jesus Cristo no Getsêmani. São as testemunhas da Ressurreição, assistem a Igreja que nasce, ajudam os
apóstolos e transmitem a vontade divina. Eles prepararão o juízo final e executarão a sentença, separando os
bons dos maus e formarão uma coroa ao Cristo triunfante. Os anjos são mencionados mais de trezentas vezes
no Antigo e no Novo Testamento. Além dessas referências bíblicas, que por si só justificam o culto especial que
os cristãos reservaram aos Anjos desde os primeiros tempos, é a natureza destes espíritos puros que estimula
nossa admiração e nossa devoção.
Eles são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade divina, iluminam o espírito com a luz interior
da palavra. E são também guardiões das almas dos homens, sugerindo-lhes as diretivas divinas; invisíveis
testemunhas dos seus pensamentos mais escondidos e das suas ações boas ou más, claras ou ocultas,
assistem os homens para o bem e para a salvação. “Os anjos – dizia Bossuet – oferecem a Deus as nossas
esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer diante de Deus também os nossos pensamentos…
Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos.” Fundamentando
a verdade de fé sobre a própria afirmação do Redentor, a Igreja nos diz que cada cristão, desde o momento do
batismo, é confiado ao seu próprio Anjo, que tem a incumbência de  guardá-lo, guiá-lo no caminho do bem,
inspirando bons sentimentos, proporcionando a livre escolha que tem como meta Deus, Supremo Bem.
A liturgia de 29 de setembro, que celebra Miguel, Gabriel e Rafael, lembra ao mesmo tempo todos os coros
angélicos: os Anjos, os Arcanjos, os Tronos, as Dominações que adoram, as Potestades que tremem de
respeito diante da Majestade divina, os Céus, as Virtudes, os Bem-aventurados Serafins e os Querubins. Mas
desde o século XVI começou-se a celebrar uma festa distinta para os santos Anjos da guarda, universalizada
por Paulo V, depois que em 1508 Leão X aprovou o novo Ofício composto pelo franciscano João Colombi. Da
península ibérica, onde teve início o culto, à França e à Áustria, a festa se espalhou por todo o mundo cristão.

Outros Santos do mesmo dia: São Eleutério, Santo Leodegário, Beato Antônio Chevrier, Beato Bartolomeu
Blanco Márquez, Beato Henrique Saiz Aparício de 62 companheiros, Beato Florência Caerols Martinez, Beato
Francisco Carceller, Beato João Beyzym e Beata Maria Antônia Kratochwil.

http://youtu.be/VCpve8943UY
Quem são os Anjos?
O Catecismo da Igreja diz que: “Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé da sociedade bem-aventurada
dos anjos e dos homens, unidos em Deus” (§ 336). Mas quem são os Anjos?

A palavra anjo, do latim “ângelus”, quer dizer mensageiro.

Os anjos são servidores e mensageiros de Deus, como diz o salmista: “poderosos executores da sua palavra,
obedientes ao som da sua palavra” (Sl 103,20).

Jesus disse que os anjos dos pequeninos contemplam “constantemente a face de meu Pai que está nos céus”
(Mt 18,10), e a Igreja viu aí uma alusão ao Anjo da Guarda, guardião do corpo e da alma dos homens, cuja
Festa celebra liturgicamente no dia 2 de outubro, desde o século XVI, universalizada pelo papa Paulo V, depois
que Leão X, em 1508, aprovou o ofício composto por João Colombi.

Os anjos são criaturas puramente espirituais, dotadas de inteligência e de vontade; são criaturas pessoais e
imortais. “Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, porque são
ressuscitados.”(Lc 20,36). Eles superam em perfeição todas as criaturas visíveis, como dá testemunho o fulgor
de sua glória:” Seu corpo era como o crisólito; seu rosto brilhava como o relâmpago, seus olhos, como tochas
ardentes, seus braços e pés tinham o aspecto do bronze polido e sua voz ressoava como o rumor de uma
multidão” (Dan 10,6)

O Papa Pio XII, na Encíclica Humani Generis, de 12.08.1950, deixa claro que os anjos são seres pessoais. A
mesma afirmação fez o papa Paulo VI na sua Profissão de Fé, no Credo do Povo de Deus, em 30.06.1968.

A Igreja conhece o nome de três Arcanjos, e a Liturgia celebra no dia 29 de setembro a Festa a eles: S. Miguel,
S. Gabriel e S.Rafael, e lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos.

No Apocalipse São Miguel e seus anjos são mostrados como defensores do povo de Deus.

“Houve uma batalha no céu.  Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos 
travaram combate,  mas não prevaleceram.” (Ap 12, 7).

Os anjos estão presentes na história da humanidade desde a criação do mundo (cf. Jó 38,7); são eles que
fecham o paraíso terrestre (Gn 3, 24); protegem Lot (Gen 19); salvam Agar e seu filho (Gen 21,17); seguram a
mão de Abraão para não imolar Isaac (Gen 22,11); a Lei é comunicada a Moisés e ao povo por ministério deles
(At 7,53); são eles que conduzem o povo de Deus (Ex 23, 20-23) eles anunciam nascimentos célebres (Jz 13)
indicam vocações importantes (Jz 6, 11-24; Is 6,6); são eles que assistem aos profetas (1Rs 19,5). Foi um  anjo
que anunciou a Gedeão que devia salvar o seu povo; um anjo anunciou o nascimento de Sansão (Jz 13); o anjo
Gabriel instruiu a Daniel (8,16), ainda que aqui não seja chamado de anjo, mas “o homem Gabriel” (9,21). Este
mesmo espírito celestial anunciou o nascimento de São João Batista e a encarnação de Jesus; os anjos
anunciaram a mensagem aos pastores (Lc 2,9), e a missão mais gloriosa de todas, a de fortalecer o Rei dos
Anjos em sua Agonia no Horto das Oliveiras (Lc 22, 43).

Nos Evangelhos eles aparecem na infância de Jesus, nas tentações do deserto, na consolação do Getsêmani;
são testemunhas da Ressurreição do Senhor, assistem a Igreja que nasce e os Apóstolos, enfim… prepararão o
Juízo Final e separarão os bons dos maus.

Toda a vida de Jesus foi cercada da adoração e do serviço dos Anjos. Desde a Encarnação até a Ascensão eles
o acompanharam. A Sagrada Escritura diz que quando Deus “introduziu o Primogênito no mundo, diz: “Adorem-
no todos os Anjos de Deus” (Hb 1, 6).

Alguns teólogos acham que isto motivou a queda dos anjos maus, por não aceitarem adorar a Deus Encarnado
na forma humana.

No Apocalipse os Anjos aparecem como ministros da liturgia celeste, oferecendo a Deus a oração dos justos, e
talvez seja esta a sua mais bela missão.

“Na minha visão ouvi também ao redor do trono, dos animais e dos anciãos, a voz de muitos anjos, e número de
miríades de miríades e de milhares de milhares bradando em alta voz: “Digno é o Cordeiro imolado de receber o
poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor” (Ap 5, 11).

“Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram lhes dadas sete trombetas. Adiantou-se outro anjo, e
pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os
oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está diante do trono. A fumaça dos
perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus”. (Ap 8,2-5).

Em toda a Bíblia encontramos muitas vezes que cada alma tem seu anjo guardião. Abraão, ao enviar seu servo
para buscar uma esposa para Isaac, lhe diz:

“Ele enviará seu anjo diante de ti” (Gn 24, 7).

As palavras do Salmo 90, que o demônio citou para Jesus na tentação do deserto (Mt 4, 6) são bem
conhecidas, e Judite relata seu êxito heróico dizendo: “Viva o Senhor, cujo anjo foi o meu guardião” (Jd 13, 20).

Estas passagens e muitas outras parecidas (Gen, 16, 6-32; Os, 12, 4; 1Re 19, 5; At 12, 7; Sl 33, 8), são
reforçadas com as palavras do Senhor: “Guardai de menosprezar a um desses pequeninos, porque lhes digo
que seus anjos, no céu, vêm continuamente o rosto de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).

A Bíblia não só representa os anjos como nossos guardiães, mas também como nossos intercessores. O anjo
Rafael  diz:

“Ofereci orações ao Senhor por ti” (Tob 12, 12).

“A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus.” (Ap 8,4).

A diferença entre Anjos e Arcanjos


Arcanjos

- São enviados por Deus em missão de maior importância junto aos homens. Estão acima dos anjos, são anjos
superluminosos, já que eles cuidam de diversos aspectos da existência humana. Os quadro arcanjos mais
conhecidos são Gabriel (o anjo da transformação vibracional), Miquel (príncipe da Luz), Rafael (o anjo
encarregado da cura) e Uriel (o anjo da salvação), são mensageiros que fazem a palavra divina. Considerados
os mais importantes intermediários entre os mortais e Deus.

Anjos

- Os que têm a guarda de cada pessoa em particular, para desviá-la do mal e  encaminhá-la ao bem, defendê-lo
contra seus inimigos visíveis e invisíveis, e conduzi-lo ao caminho da salvação. Velam por sua vida espiritual e
corporal e, a cada instante, enviam as luzes, forças e graças que necessitam. São eles os anjos que estão mais
próximos da humanidade e mais preocupados com as questões humanas. Dentro da categoria dos anjos
existem muitas subdivisões diferentes, cada uma com sua específica. São mensageiros de Deus, cuidam de
coração dos homens.

Os anjos falam?

Discorrer sobre anjos pareceria extravagante e pueril até alguns anos atrás. Não obstante, o tema está de volta
com toda a força, em plena era do materialismo.

Junto com o renovado interesse pelas criaturas angélicas, muitas fantasias e erros se acrescentam àquilo que a
Igreja ensina a respeito delas. Não é nossa intenção analisá-los aqui. Propomo-nos apenas investigar um tema
que move em extremo nossa curiosidade, na tentativa de rasgar um pouco o véu que nos oculta o mundo dos
puros espíritos: como eles se comunicam?

Seres imateriais, mas compostos

Que os anjos são seres imateriais é algo hoje aceito pacificamente, embora não seja fácil de compreender.
Temos tendência a “antropomorfizar” sua vida, transpondo para o plano celeste as circunstâncias de nossa
existência terrena. Entretanto, nada há de mais distante da realidade.

Por isso mesmo, nos primeiros séculos da Igreja, o debate sobre a existência de um “corpo angélico” causou
controvérsias entre os entendidos, e mesmo entre santos. Uma corrente teológica muito numerosa – na qual se
inclui São Boaventura – defendia a tese de que os entes angélicos têm, em sua composição, alguma “matéria
espiritual”, um corpo etéreo, extremamente sutil. Pois, argumentavam os defensores dessa corrente, como
explicar sua individualização, contingência, o fato de serem criaturas compostas e estarem delimitados?[1]Mais
ainda: se os anjos são puros espíritos, não seriam totalmente simples?[2] Como distingui-los de Deus?

A questão veio a ser esclarecida por um dos maiores luminares do pensamento: São Tomás de Aquino. Com
singeleza e objetividade, ele clarificou ideias abstrusas e precisou conceitos ambíguos – às vezes, quase
diríamos, infantis.

Notemos de passagem que ele foi apropriadamente cognominado de Doutor Angélico, título utilizado pela
primeira vez por Santo Antonino de Florença (1389-1459)[3] e depois consagrado por São Pio V na bulaMirabilis
Deus, de 1567, “talvez pelas suas virtudes, de modo particular pela sublimidade do pensamento e pureza da
vida”, como observa o Papa Bento XVI[4].

Na Suma Teológica, São Tomás dedica todo um tratado ao tema dos anjos, discorre sobre eles também no
tratado De Substantiis Separatis, no II Livro das Sentenças e em De Veritate, além de fazer esclarecedoras
menções em várias outras obras.

De início, discordou da necessidade de haver um corpo angélico, assinalando que o conceito de “matéria
espiritual” é de si contraditório e insustentável. Tal afirmação foi uma das que mais causaram polêmica no seu
tempo e quase levou o Bispo de Paris, Étienne Tempier, a condená-lo como herege.

De outro lado, assinalou que todos os seres criados são necessariamente contingentes e compostos.

No caso dos entes corporais, há uma composição de matéria e forma. Mas existe uma composição anterior,
inerente a toda criatura, a de essência e ato de ser (ou existência). Uma está para o outro numa relação de
potência e ato[5]. Dessa maneira, embora nos anjos não haja matéria, são eles também compostos: sua
essência se distingue realmente de seu ato de ser.

Ora, Deus é ato puro; n’Ele há identidade de essência e existência. Ele, explica o padre Bandera, “é
absolutamente simples, e n’Ele não há nenhum tipo de composição. As criaturas não alcançam nunca a
simplicidade própria de Deus e, consequentemente, implicam alguma composição. Mas para explicar esta
composição não é necessário recorrer à matéria; a composição original, aquela inerente à criatura enquanto tal,
é a de essência e existência”.[6]

Os anjos têm o ser por participação no Ser divino. Não existiam desde sempre, mas receberam em determinado
momento o dom da existência, criados do nada. Isso, segundo a doutrina inovadora de São Tomás, já é
suficiente para distinguir a criatura do Criador[7].
Ficava assim resolvido por São Tomás o problema referente à natureza angélica: uma criatura, por mais
excelente que seja, é composta pelo menos de essência e existência; no Criador, a existência é idêntica à
essência.

Como os anjos chegam ao conhecimento das coisas?

Ensina a Escolástica que todo conhecimento nos vem através dos sentidos. Assim, antes de nosso intelecto
formar uma ideia sobre um objeto, intermedeiam os sentidos internos – senso comum, imaginação, memória,
cogitativa, organizando e preparando os dados brutos percebidos pelos sentidos externos, em representações
imaginárias. Por fim o intelecto abstrai as características individuais do objeto particular, apreendendo sua
essência, com a qual trabalhará para chegar a conceitos, raciocínios e juízos universais.

No processo de conhecimento humano há, pois, uma passagem do objeto particular conhecido para as ideias
universais. Assim, se alguém, caminhando por uma rua, encontra de repente um animal, mesmo sem conhecer
detalhes sobre ele (por exemplo, quando nasceu e quem é seu dono), saberá de imediato que se trata de um
cão ou de um gato, por exemplo.

Depois de havermos conhecido vários cães, a essência canina está bem determinada em nossa mente por
certas características as quais, sendo universais, aplicam-se a todos os entes daquela espécie. Por isso, a
menos que haja alguma interferência (por exemplo, falta de boa iluminação no local), vendo um cão, saberemos
que é um cão, quer se trate de um dálmata, um pastor alemão, um labrador ou um simples vira-latas, não
importa seu tamanho, idade, cor ou outros traços individuais.

Nosso raciocínio trabalha, pois, com ideias universais. Por isso, entendemos perfeitamente uma notícia que
diga: “Por determinação do Serviço Sanitário Estadual, todos os cães devem ser vacinados contra a raiva”.
“Cães”, referindo-se à essência, designa todos os indivíduos da espécie canina.

No entanto, com o anjo o processo de conhecimento não pode dar-se da mesma maneira, uma vez que ele não
tem corpo e, assim, não possui sentidos que captem os particulares.

Como, então, chega ele ao conhecimento das coisas?

Resumindo a doutrina de São Tomás a respeito, o professor Peter Kreeft afirma que “é próprio ao homem
progredir na verdade por estágios, por meio de conceitos e de raciocínios até o conhecimento da verdade de um
juízo”, enquanto que aos anjos é próprio conhecer “intuitiva e imediatamente, de uma vez, não por meio desse
processo temporal”.[8]

Vejamos mais detidamente esses pontos.

As espécies (ideias) pelas quais os anjos conhecem as coisas não lhes vêm destas últimas. Assim, por
exemplo, um anjo não precisa conhecer vários gatos para, abstraindo as características particulares de cada
um, concluir na ideia de “gato”. O espírito angélico não está sujeito a um desenvolvimento gradual, mas
começou a existir na plenitude de seu conhecimento. Nunca teve de aprender, no sentido próprio da palavra.

Em outros termos, no momento em que criou os anjos, Deus infundiu-lhes as ideias ou conceitos abstratos de
todas as coisas, sem os quais eles não seriam capazes de conhecer as coisas particulares ou individuais.
Quando um anjo “vê”, ou seja, aplica sua inteligência a algo novo, não adquire alguma ideia; apenas confere
com o conceito universal presente já em seu intelecto.
Hierarquia piramidal e vertical

Entre os homens existe uma hierarquia que poderíamos chamar de piramidal, em que muitos dependem de um
ou de alguns. Assim se dá numa família, na qual os filhos estão sujeitos aos pais; ou num país, onde os súditos
dependem do monarca ou do Chefe de Estado.Na hierarquia familiar, os filhos têm uma igualdade relativa, não
dependendo uns dos outros para fazer chegar aos pais seus desejos e questões. Evidentemente, a igualdade
absoluta não é sustentável, pois um filho será mais inteligente ou mais forte – e, nesse aspecto, superior – que
os outros. Em um nível mais elevado, tal desigualdade é que torna possível a constituição de uma sociedade.

Entre os anjos isso se passa de maneira diferente. Como cada um constitui uma espécie única, quanto mais
elevado é o anjo, mais ricas são as ideias ou conceitos que lhe foram infundidos por Deus, ao criá-lo[9].

Poderíamos, talvez, imaginar que essa desigualdade fosse motivo de tristeza para os anjos inferiores.
Entretanto, isso não se dá, pois as apetências, capacidades e glória de cada um são plenamente satisfeitas pelo
próprio Criador, a partir do momento em que eles entraram na Visão Beatífica[10]. Não têm, portanto,
possibilidade de sentimento de infelicidade. Pelo contrário, as qualidades dos anjos que lhes são superiores,
constituem para eles motivo de admiração.

Como falam os anjos?

Postos estes esclarecimentos, podemos nos perguntar como se dá a “fala” dos anjos, e é São Tomás quem
novamente nos responde: dá-se por iluminação e por locução.

Denomina-se iluminação o ato pelo qual um anjo superior dá a conhecer a um inferior alguma verdade
sobrenatural de que teve conhecimento, graças à imediata revelação de Deus. Por exemplo, Deus manifestou
diretamente a todos os seres angélicos a futura Encarnação do Verbo, mas não de modo igual: a uns
comunicou mais, a outros menos, deixando aos anjos superiores o encargo de iluminar os inferiores, de modo
que estes progredissem no conhecimento desse mistério até o dia de sua realização[11].

Conforme São Tomás, a iluminação é feita da seguinte maneira: em primeiro lugar, o anjo superior fortalece a
capacidade de entender do anjo inferior; em segundo lugar, o superior propõe ao inferior aspectos particulares
de verdades sobrenaturais que ele, anjo superior, “concebe de modo universal”.[12]

São Tomás ilustra esta doutrina dando o exemplo de um professor que, para ensinar uma matéria, divide-a em
partes coerentes e ordenadas, acomodando-a à capacidade dos alunos. Evidentemente, estes terão um
conhecimento fracionado, muito inferior ao do professor. Assim se passa com os anjos: “O anjo superior toma
conhecimento da verdade segundo uma concepção universal, para cuja compreensão o intelecto do anjo inferior
não seria suficiente”.[13] Para iluminar o inferior, o superior fragmenta e multiplica a verdade que ele próprio
conhece de modo universal, tornando-a mais particular.

Esta forma de comunicação, por iluminação, só procede dos anjos superiores para os inferiores. Todavia, na
locução, também os anjos inferiores falam aos superiores. Segundo o Doutor Angélico, a locução tem por
finalidade manifestar algo interior àquele com quem se fala ou pedir-lhe alguma coisa: “Falar nada mais é do
que manifestar a outro o próprio pensamento”.[14] Não se trata aqui de apresentar uma verdade sobrenatural,
pois neste caso, teríamos a iluminação. Em outras palavras, toda iluminação é locução, mas nem toda locução é
iluminação.

Evidentemente, a comunicação dos anjos entre si não se expressa com sons, gestos ou outro elemento
material, pois sua natureza é só espiritual. Essa comunicação se dá por um ato de vontade, pelo qual um anjo
dirige o pensamento ao outro, dando a conhecer conceitos que possui. Pode, inclusive, dar a conhecer algo a
uns e não a outros, conforme queira.
Os anjos se comunicam também com Deus, nunca porém como o agente se dirige ao paciente ou, segundo a
terminologia humana, o mestre ao discípulo. “O anjo fala a Deus – explica São Tomás -, seja consultando a
divina vontade a respeito do que deve ser feito, seja admirando a excelência divina que ele nunca compreende
a fundo”.[15]

O tema das conversas angélicas


Claro que o principal objeto de conversa dos anjos é Deus, pois toda criatura tende naturalmente a voltar-se
para o Criador, sobretudo em se tratando de seres tão perfeitos como eles[16]. Além do mais, estando na Visão
Beatífica, estarão sempre contemplando novos aspectos d’Ele durante toda a eternidade. Sendo Deus infinito,
por mais que os anjos do Céu O vejam no seu todo, não O veem totalmente, o que é impossível a qualquer
criatura.

Eles conversam também sobre os desígnios divinos a respeito do universo material, no qual o elemento mais
importante é o homem. Não podem, pois, deixar de interessar-se enormemente pela ação divina na História;
assim, os anjos superiores comunicam aos inferiores o que “veem” em Deus a tal propósito.

Poderíamos, pois, imaginar um diálogo no qual nosso anjo da guarda pergunta a um anjo mais elevado como
compreender melhor nossa psicologia. Por exemplo, por que procedi de tal modo, por que deixei de agir em tal
ou qual ocasião, etc. O anjo superior, além de dar ao anjo da guarda as explicações, acrescentaria uma
orientação sobre como guiar nossa alma da maneira mais conforme ao plano de Deus.

Uma coisa é certa: nossos anjos da guarda estão constantemente conversando sobre nós com os anjos que
lhes são superiores, de maneira que existe uma “cascata”, ou “cadeia”, de anjos interessados na santificação e
salvação de cada um de nós.

Que tal pensamento contribua para aumentar nossa devoção aos santos anjos, esses gloriosos intercessores
celestes, dos quais muitas vezes nos esquecemos!?

Invocar o Anjo da Guarda para combater


as insídias de Satanás
Devemos ser-lhe eternamente grato pelo serviço que desempenha junto a nós

Roma, terça-feira, 2 de outubro de 2012 (ZENIT.org) – A memória dos Santos Anjos da Guarda se celebra hoje,
dia 2 de outubro, desde 1670, data estabelecida pelo Papa Clemente X. O culto dos anjos é antiga tradição que
a Igreja herdou do judaísmo.

Os anjos, de fato, são uma presença constante e fundamental na “história da salvação”: é justamente por meio
deles que muitas vezes JHWH obra e envia mensagens ao povo de israel; assim acontece no sonho de Jacó,
relativo à escada da qual subiam e desciam os anjos, e quando, o mesmo Jacó, lutou contra um anjo,
permanecendo ferido no quadril; é um anjo que segura a mão de Abrão que estava para sacrificar o filho.

No livro do Êxodo, no entanto, narra-se que, ao atravessar o Mar Vermelho um anjo protegia os israelitas dos
egípcios, o mesmo anjo os guiará depois no deserto. Lembra-se também os anjos enviados pelo Senhor para
salvar Ananias, Azarias e Misael, trancados em uma fornalha ardente pelo rei Nabucodonosor.

A mesma vinda do Salvador é anunciada ao povo de Israel por meio de um anjo, que a tradição associa ao
Arcanjo Gabriel. Estes últimos são somente alguns exemplos da vivíssima presença dos anjos no Pentateuco.
Outros também se encontram no Novo Testamento, como também na vida de muitos santos e beatos.

Os hebreus, sempre muito atentos à “palavra de JHWH”, por meio de um meticuloso estudo da Torá, como só
os rabinos o sabem fazer, conseguiram extrair até 72 nomes de anjos
(veja http://www.angelologia.it/esodo.htm), que a Igreja Católica nunca reconheceu – exceto os três arcanjos
Miguel, Gabriel e Rafael – porque não são explicitamente mencionados na Bíblia.

Houve um tempo, no entanto, em que a Igreja venerava os assim chamados “7 anjos planetários”, também
chamados de “os sete governantes do mundo” e “os sete Tronos”, os seus nomes apareciam até mesmo nos
missais utilizados na época nas “Vésperas dos sete”.

Esses anjos, considerados arcanjos, subdividiam-se em maiores (Miguel, Gabriel e Rafael), encabeçando
hierarquias criativas, e em menores (Uriel, Scaltiel, Jehudiel, Barchiel), também chamados de os “Regentes da
Terra”, aqueles que governavam os quatro elementos (Fogo, Ar, Água, Terra).
Esta tradição, mantida por vários séculos, teve origem na revelação feita pelo Arcanjo Rafael a Tobias, o qual
apresentou-se ao profeta como “um dos Sete Anjos que estão sempre prontos para entrar na presença da
majestade do Senhor”.

Por volta da segunda metade do século XVII, depois de muitas disputas, os nomes foram excluídos dos missais,
sob a alegação de que o Arcanjo Rafael não revelou nenhum outro nome fora do seu. No entanto, a existência
dos anjos é considerada um artigo de fé da Igreja Católica, manifestado explicitamente no símbolo Niceno-
Constantinopolitano, “Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas
visíveis e invisíveis”.

Da criação dos anjos, então, fala-se em ambos os Testamentos, no Novo e no Antigo. Ao longo da história os
anjos têm sido objeto de inúmeras considerações teológicas por parte dos Padres e Doutores da Igreja, teólogos
e exegetas, entre os quais Hilário de Poitiers, Jerônimo, Agostinho, Cassiano, Boaventura, Bernardo Abade,
Cirilo de Jerusalém e Tomás de Aquino.

No catecismo de São Pio X o tema é abordado com especial cuidado e uma clareza única. Os anjos, em
essência, são seres imortais e espirituais, com uma inteligência e uma vontade superior à nossa; eles vivem
num estado de felicidade perpétua, cujo objetivo principal é a adoração de “Deus em torno de seu trono”, a partir
do qual são iluminados.

Eles também são chamados de “príncipes da Corte celestial” e “embaixadores da vontade de Deus” e operam
de forma invisível entre os homens. O pseudo-Dionísio, o Areopagita, afirma no De celesti hierarchia que os
anjos são divididos em três hierarquias, cada uma das quais está dividida em três coros, que, por sua vez, se
distinguem entre si pelas suas tarefas, cores, asas e outros sinais distintivos.

Nesta subdivisão estão também os Anjos da Guarda (que se diz serem comandados pelo Arcanjo Rafael),
explicitamente mencionado no Salmo 90, que têm a tarefa de guiar e proteger a pessoa a ele confiada. Cada
cristão, de fato, tem o seu anjo da guarda, que o protegerá ao longo de toda a sua vida terrena, do nascimento à
morte.

O Anjo da Guarda também tem a tarefa de oferecer a Deus as nossas orações, apoiar-nos e proteger-nos dos
ataques do diabo, que tenta de qualquer forma fazer-nos o mal e “sujar” a nossa alma para impedir-nos de
alcançar a vida eterna. Ele, basicamente, tem uma função salvífica para a nossa alma.

É por isso que muitos papas (de todos deve ser lembrado o Papa João XXIII) revelaram a sua profunda devoção
pelo anjo da guarda, sugerindo, como também disse Bento XVI, de expressar a sua própria gratidão pelo serviço
que ele presta a cada um de nós e de invocá-lo todos os dias, com o “Angelus Dei”, oração que a Igreja, na sua
profunda sabedoria, formulou propositalmente, pedindo para iluminar o nosso caminho, para saber discernir a
vontade de Deus nos fatos da vida e combater as ciladas do demônio.

Onde estão os anjos na Liturgia da


Igreja?
Uma das provas mais claras da realidade dos anjos, é o culto

litúrgico que a Igreja lhes presta. Sabemos que na vida da Igreja, “lex

orandi, lex credendi”; a norma da fé é a norma da oração, reza-se conforme

se crê. Santo Agostinho, já no século IV, afirmava que “é preciso honrar

os anjos testemunhando-lhes amor e respeito, mas não adoração, a qual somente a

Deus é devido”. Aos poucos, na vida da Igreja , foram se tornando comuns

as orações e os oratórios em honra dos anjos. No século VI já se celebrava a festa

de São Miguel Arcanjo. No século IX, a Igreja instituiu a Missa em louvor dos
Santos Anjos.

A partir do século XIII surgem muitos templos dedicados aos três santos

Arcanjos. No século XVI o culto aos anjos já se estendia a toda a cristandade.

Em 1561 o Papa Pio IV consagrou a “Santa Maria e aos sete anjos” a

igreja que Michel Angelo construiu no local do salão das Termas do imperador

romano Dioclesiano. É o que se chama igreja de Santa Maria dos Anjos. Em 1526 o

Papa Leão X, a pedido de François d’Estaing, bispo de Rodez, aprovou a festa

dos Anjos da Guarda. No século XVII foi composta a oração ao Anjo da Guarda,

que São Luiz Gonzaga tanto gostava de rezar: “Santo Anjo de Deus que sois

a minha guarda e a quem eu fui confiado por celestial piedade, iluminai´me,

guardai´me, regei´me, governai´me. Amém!”

Em 1670, o Papa Clemente X aprovou a festa universal dos Santos Anjos da Guarda

para o dia 2 de outubro. E, após o Concílio Vaticano II, os Santos Arcanjos são

celebrados no dia 29 de setembro. Na santa Missa, que é a Oração litúrgica por

excelência, vemos os anjos presentes em todas as partes: no ato penitencial (

… peço à Virgem Maria, aos Anjos e santos, e a vós irmãos que rogueis por mim

a Deus Nosso Senhor); no Glória; no Credo e na Oração Eucarística. “Por

isso, com todos os anjos e santos proclamamos a vossa glória, cantando a uma só

voz” (Oração eucarística II). “Eis pois, diante de Vós todos os anjos

que vos servem e glorificam sem cessar, contemplando a vossa glória. Com eles,

também nós, por nossa voz, tudo o que criastes, celebramos o vosso nome,

cantando a uma só voz: …” (Oração Eucarística IV)

Na festa dos Arcanjos (29 de setembro), a Igreja invoca a proteção dos anjos:

“Alimentados na força do pão do céu, dai´nos, ó Deus, sob a proteção dos

vossos anjos, progredir no caminho da salvação. ” (Depois da comunhão) Na

Festa dos Santos Arcanjos, a Igreja reza ao Senhor assim: “Ó Deus, que

organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei que

sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu.” (Oração do

dia) Na despedida dos defuntos a Igreja roga: “Para o Paraíso te levem os

anjos”. Na Festa dos Santos Arcanjos a Igreja ora assim: “Nós vos

apresentamos, ó Deus, com nossas humildes preces, estas oferendas de louvor;

fazei que levados pelos anjos à vossa presença, sejam recebidas com agrado e
obtenham para nós a salvação.” (Sobre as oferendas)

Na Liturgia da Festa dos Santos Anjos da Guarda, a Igreja implora a sua

proteção: “Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandai os vossos

anjos para guardar´nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos

eternamente do seu convívio.” (Oração do dia) “Acolhei, ó Deus, as

nossas oferendas em honra dos santos anjos e fazei que, velando sempre ao nosso

lado, nos guardem dos perigos desta vida e nos levem à vida eterna. ”

(Oração sobre as oferendas) “Ó Deus, que alimentais com tão grande

sacramento a nossa peregrinação para a vida eterna, guiai´nos por meio dos

vossos anjos, no caminho da salvação e da paz.” (Oração depois da

Comunhão) Pela orações acima, oficiais em nossa liturgia, vemos que a Igreja

não tem dúvida sobre a existência e ação dos anjos.

Quem negar isto se põe, voluntariamente, fora dos ensinamentos e da fé da

Igreja, e deixa de ser plenamente católico. Embora o Magistério da igreja não

tenha definido como dogma de fé, a tutela dos anjos sobre os homens, alguns

santos doutores da Igreja afirmaram a mesma concepção judaica de que o povo de

Deus, as dioceses, as nações, etc., e cada pessoa tem um anjo protetor

particular. Não há porque não aceitar tal concepção. S. Basílio Magno

(330´369), doutor da Igreja, afirmou que “cada fiel é ladeado por um anjo

como protetor e pastor para conduzi-lo à vida” (Eun. 3,1). Na Festa dos

santos Arcanjos, a Igreja assim vê a glória de Deus manifestada em seus anjos:

“Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso, é a Vós que glorificamos ao

louvarmos os anjos que criastes e que foram dignos do vosso amor. A admiração

que eles merecem nos mostra como sois grande e como deveis ser amado acima de

todas as criaturas. Pelo Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, louvam os anjos a

vossa glória, as dominações vos adoram, e, reverentes, vos servem potestades e

virtudes. Concedei-nos também a nós, associar-nos à multidão dos querubins e serafins,

cantando a uma só voz…” (Prefácio).

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