Laura França Malaquias
Centro Universitário de Caratinga
Membrana  estrutura lipoprotéica
Plasmática 
A membrana plasmática ou celular
separa o meio intracelular ou
extracelular e é a principal
responsável pelo controle da
penetração e saída de substâncias da
célula.
Lipídios da Membrana  para o citoplasma. Desse jeito os
São moléculas longas com uma
extremidade hidrofílica e uma cadeia
hidrofóbica, ou seja uma parte da
macromolécula é solúvel em meio
aquoso e a outra solúvel em lipídios,
essas moléculas são chamadas de
anfipáticas.
Os fosfoglicerídeos ​(açúcares +
ácidos graxos + agrupamento polar -
parte que tem variação)​, os
esfingolipídios e o colesterol são
comuns na membrana. Os dois
primeiros contêm um radical fosfato e
são chamados de fosfolipídios.
A membrana é uma 
 
fluida 
​ odas as membranas celulares
T
apresentam a mesma organização
básica - uma bicamada lipídica, fluída
e contínua, onde há moléculas
proteicas.
A bicamada está organizada com a
cadeia apolar voltada para o interior
da membrana e a cabeça polar em
contato com o meio extracelular ou
resíduos hidrofóbicos das proteínas
ficam no mesmo nível das cadeias
hidrofóbicas e os resíduos hidrofílicos
no nível das cabeças polares.
Hidratos de carbono associados às
proteínas formam glicoproteínas, já as
moléculas de lipídios formam
glicolipídios. As proteínas se deslocam
com facilidade no plano da membrana,
o que gera a acentuada assimetria
entre as duas faces da membrana.
Proteínas da membrana 
plasmática 
A atividade metabólica das
membranas depende principalmente
das proteínas. Cada tipo de
membrana tem proteínas específicas
que são responsáveis pelas funções
da membrana.
​70% das proteínas da membrana são
integrais, ou seja, são proteínas
firmemente associadas aos lipídios.
Essas moléculas se prendem aos
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lipídios da membrana por interação
hidrofóbica. Algumas dessas
moléculas atravessam inteiramente a
bicamada lipídica, provocando uma
saliência em ambas as superfícies da
membrana e são chamadas de
transmembranas, se elas forem longas
e dobradas atravessam a membrana
mais de uma vez e recebem o nome
de transmembrana de passagem
múltipla.
Proteínas extrínsecas podem ser
isoladas facilmente, livres de lipídios,
elas se prendem às superfícies interna
e externa da membrana celular.
​Espectrina​ - proteínas extrínseca,
fibrosa, formada por dois
polipeptídicos, as moléculas dessa
proteína formam uma malha na
superfície interna da membrana do
eritrócito.
​Banda 3​ - proteína transmembrana de
passagem múltipla, contém hidratos
de carbono presos na face externa do
critrócito. Ela serve como caminho
para a passagem de ânions pela
membrana.
​Glicoforina​ - glicoproteína
transmembrana, provoca uma
saliência na superfície externa do
eritrócito. Ela possui um curto
segmento hidrofóbico e dois
segmentos hidrofílicos que ficam no
lado citoplasmático e na superfície
externa da membrana.
Glicoproteínas e glicolipídios 
são marcadores 
responsáveis pelos grupos 
sanguíneos 
Os grupos sanguíneos são definidos
pelo tipo de proteína presente em
certa posição das moléculas de
hidratos de carbono da superfície, ou
pela ausência de proteínas.
A membrana plasmática é 
assimétrica 
Existe forte assimetria entre as duas
faces da membrana plasmática, tanto
na composição de lipídios como nas
proteínas.
Visualização das proteínas 
integrais da membrana 
É possível pela técnica de ​criofratura,
que é congelar rapidamente o tecido e
o quebrar em seguida​. As superfícies
de fratura são dissecadas e
sombreadas com uma camada de
metal pesado depositada em ângulo
agudo e, depois, com uma camada de
carbono que servirá de suporte. Em
seguida, os componentes celulares
são dissolvidos, restando uma réplica
da superfície de fratura. Essa réplica
será então estudada no microscópio
eletrônico. Assim são formadas duas
lâminas que expõem as faces situadas
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no interior da membrana. A face P
(protoplasmática) e a face E (externa).
As unidades da membrana 
têm diferentes funções 
​ strutura trilaminar - unidade de
E especificidade que permite às células
membrana ou membrana unitária.
Apesar de morfologicamente
parecidas, as unidades de membrana
não são iguais, nem na morfologia,
nem nas funções.
Glicocálice  membrana
É uma região rica em hidratos de
carbono ligados a proteínas ou a
lipídios, situada na superfície externa
da membrana.
É basicamente uma extensão da
própria membrana, constituída de
porções glicídicas das moléculas de
glicolipídios, que formam uma
saliência na superfície da membrana,
e por glicoproteínas integrais da
membrana ou adsorvidas após
secreção, e por fim, por algumas
proteoglicanas, todas secretadas, e
em seguida, adsorvidas pela
superfície celular.
Uma das glicoproteínas mais
abundantes secretadas é a
fibronectina, uma molécula em forma
da letra V, ela pode combinar
moléculas do meu extracelular e da
superfície de outras células. Porém a
fibronectina não é a única proteína
que estabelece conexão entre as
células e a matriz extracelular.
​O glicocálice é funcionalmente
importante e sua composição varia de
um tipo celular para outro, ou na
mesma célula, variando conforme a
região da membrana.
As células se reconhecem 
A superfície celular tem
se reconhecerem mutuamente e
estabelecerem certos tipos de
relacionamento.
Transporte através da 
 
​ s compostos solúveis em lipídios
O
atravessam facilmente a membrana,
enquanto as substâncias hidrofílicas
penetram nas células com mais
dificuldade, dependendo do tamanho e
características químicas das
moléculas.
Permeabilidade à água 
A membrana celular é muito
permeável à água. Colocadas em uma
solução hipotônica, as células
aumentam de volume até romper,
esse fenômeno é chamado de lise
celular. Em soluções hipertônicas as
células diminuem de tamanho e em
soluções isotônicas o volume não se
altera.
Essa permeabilidade se deve às
proteínas transmembrana que formam
caminhos hidrofílicos.
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Difusão passiva  Fagocitose
Como a distribuição do soluto tende a
ser uniforme, o soluto penetra na
célula quando sua concentração é
menor no interior da célula e sai da
célula no caso contrário. A difusão não
gasta energia, ou seja, é um processo
físico a favor de um gradiente.
Transporte ativo 
Tem consumo de ATP e a substância
pode ser transportada de um local de
baixa concentração para outro de alta
concentração.
Difusão facilitada  Existe nas células em geral um fluxo
Não tem gasto de energia, nesse
caso a difusão se processa a favor de
um gradiente, a velocidade é maior
que da difusão passiva.
Transporte impulsionado por  devolução da membrana retirada.
gradientes iônicos 
Utiliza da energia potencial de
gradientes de íons (Na +, H + e K +)
para transportar moléculas e íons
através da membrana. Nesses casos
existe o cotransporte, quando os íons
e as moléculas na mesma direção, ou
antiporte, que têm direções opostas.
Transporte em quantidade  recobertos por uma membrana, eles
Esse transporte depende de
alterações morfológicas da superfície
celular, onde se formam dobras que
englobam o material a ser introduzido
na célula.
 
É o nome do processo em que a
célula usa os pseudópodos para
englobar partículas sólidas em seu
citoplasma.
Pinocitose 
É o englobamento de gotículas de
líquido.
Reciclagem da membrana 
plasmática  
constante de membranas, entre a
membrana plasmática e a membrana
das vesículas de fagocitose,
pinocitose e de secreção. ​As células
se mantêm do mesmo tamanho pela
síntese de nova membrana e pela
Microvilos são 
alongamentos que 
aumentam a superfície de 
absorção das células 
São expansões do citoplasma
contém numerosos feixes de
microfilamentos de actina que são
responsáveis pela manutenção da sua
forma. O glicocálice é mais
desenvolvido do que no resto da
célula.
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As CAM são receptores da superfície

Estereocílios são  especializados em reconhecer outras
células e a elas aderir, para constituir
prolongamentos imóveis que  os tecidos e órgãos. Frequentemente,
as células respondem à união das
aumentam a superfície de  CAM com pequenas modificações de
comportamento, muitas vezes
algumas células epiteliais   ocorrendo redução na frequência de
mitoses. A inibição por contato nas
São flexuosos e não têm a estrutura células em cultura, já descrita, é um
nem a capacidade de movimento dos exemplo.
cílios verdadeiros. São semelhantes Todas as CAM são glicoproteínas
aos microvilos porém se ramificam integrais transmembrana, isto é, com
frequentemente e apresentam maior uma extremidade da molécula exposta
comprimento. ​Eles são encontrados na superfície celular e a outra
apenas em células epiteliais​. Os extremidade provocando saliência no
estereocílios aumentam a superfície lado citoplasmático da membrana.
das células, facilitando o transporte de
água e outras moléculas.
Estruturas especializadas 
Aderência entre as células  asseguram a junção celular, 
por meio das C.\M,  a vedação do espaço 
glicoproteínas  intercelular e a 
transmembrana   comunicação entre células  
Já foi mencionado, neste capítulo, As células se unem umas às outras
que as células se reconhecem e graças às estruturas juncionais. Elas
podem ligar-se umas às outras. Essa existem em três tipos:
propriedade é importante nos 1. As que unem fortemente as células
mecanismos de desenvolvimento umas nas outras;
embrionário e no estabelecimento e na 2. As que promovem vedação entre
manutenção da estrutura dos tecidos, as células
desde os animais mais primitivos até a 3. As que estabelecem comunicação
espécie humana. As células também entre uma célula e outra;
aderem à matriz extracelular, assunto
que será explicado no Capítulo 12. As
glicoproteínas da membrana
Desmossomo 
responsáveis pela aderência entre as
células são denominadas CAM (cell É constituído pelas membranas de
adhesion molecules). duas células que estão unidas e tem a

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forma de uma placa arredondada. A células, para que sejam coordenadas

placa do desmossomo é uma camada de forma harmônica.
amorfa e eletro-densa, que fica na
face citoplasmática da membrana.​ Os
desmossomos são locais onde o
citoesqueleto se prende à membrana
celular.​ Como as células aderem umas
às outras, forma-se um elo de ligação
entre os citoesqueletos.
As caderinas são as proteínas
transmembranares que exibem
adesividade na presença de Ca 2+.
​Hemidesmossomos: apenas metade
da célula​.

Junção aderente 
Tem a forma de cinto (zônula
aderente), ou circular, ou oval. Tem
material eletro-denso semelhante ao
do desmossomo.

Zônula oclusiva 
Faixa contínua em torno da porção
apical de determinadas células
epiteliais, que veda o trânsito de íons
e moléculas entre as células. Auxilia
no controle celular, e possibilita a
existência de potências elétricas
diferentes.

Complexo juncional 
Fica próximo à extremidade celular
livre, é constituído por uma junção
aderente e uma fila de desmossomos.
É uma estrutura mista.

Junção comunicante 
Estrutura cuja função principal é
estabelecer comunicação entre as