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Nutrição do Recém-

Nascido e do Lactente
Prof. Dr. Leandro Andrade
Introdução
• A Organização Mundial da Saúde
(OMS) define como lactente a
criança com menos de 2 anos de
idade, alimentada com leite
materno ou fórmulas infantis, de
maneira exclusiva ou
complementada.
Boas práticas de alimentação
infantil neste período são
medidas que:
• Atendam às necessidades energético-proteicas da criança nas diferentes fases de
crescimento e desenvolvimento
• Promovam a adequação nutricional por meio dos diferentes esquemas alimentares
• Ofereçam quantidades adequadas de nutrientes em intervalos, horários e número
de refeições ao dia
• Respeitem a capacidade gástrica e digestiva da criança
• Introduzam novos alimentos de modo gradativo e seguro
• Apresentem consistência e composição adequada
• Equilibrem os hábitos intestinais da criança frente aos novos alimentos
• Apresentem segurança microbiológica e nutricional
• Desenvolvam individualidade e hábitos alimentares saudáveis para a vida adulta
• Mantenham e preservem a saúde da criança.
Importância da nutrição nos
primeiros mil dias
• Os primeiros mil dias compreendem o período que começa
após a concepção até o fim do segundo ano de vida da
criança.
• Diversos pesquisadores e organizações mundiais definem a
nutrição neste período como essencial para a diminuição
da mortalidade e morbidade na infância; para o incremento
no desenvolvimento cognitivo, motor e socioafetivo; para o
incremento no desempenho social e na capacidade de
aprendizado; para o aumento da estatura e a diminuição na
obesidade e nas doenças crônico-degenerativas; e para o
aumento na capacidade de trabalho e produtividade.
Importância da nutrição
nos primeiros mil dias
• A nutrição saudável durante os
primeiros mil dias é alcançada ao se
garantir à criança uma ingestão de
quantidade de nutrientes adequados,
desde o início da gestação com foco na
alimentação materna e suplementações
adequadas; ao se promover o
aleitamento materno exclusivo e
imediato ao recém-nascido e lactente
durante os primeiros 6 meses de vida, e
ao introduzir adequadamente alimentos
complementares a partir dos 6 meses
até o fim do segundo ano de vida.
Aleitamento
materno
• O aleitamento materno é o modo
de alimentação mais fisiológico
dos lactentes, pelo qual a criança
recebe leite materno exclusivo ou
complementado, sendo raras as
exceções nas quais são indicados
substitutos do leite materno,
como em situações clínicas
críticas e específicas.
Aleitamento materno
• A OMS,1 a European Society for Paediatric
Gastroenterology, Hepatology and Nutrition (ESPGHAN),
o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP) recomendam o aleitamento materno até
os 2 anos de idade, de modo exclusivo até os 6 meses e
complementado a partir desta idade; com regime de
livre demanda; imediatamente após o parto, com a mãe
e a criança em boas condições de saúde, e manifestação
ativa da criança de sucção e choro.
Diferentes
modos de
aleitamento
materno
Aleitamento materno
exclusivo.
• Quando a criança ou lactente recebe
somente o leite materno, direto da
mama ou ordenhado, ou leite humano
de outra fonte, sem uso de outros
líquidos ou alimentos sólidos, à exceção
de suplementos vitamínico-minerais ou
medicamentos necessários a sua saúde.
Aleitamento
materno
predominante.
• Quando a criança ou lactente
recebe, além do leite materno
ou humano, água ou bebidas à
base de água, sucos de frutas e
outros líquidos.
Aleitamento
materno
complementado.
• Quando a criança ou lactente
recebe, além do leite materno ou
humano, qualquer alimento sólido
ou semissólido com a finalidade de
complementá-lo e não de substituí-
lo.
• Nesta categoria, a criança pode
também receber outro leite, que
não o leite materno ou humano,
não sendo considerado alimento
complementar, como é o caso das
fórmulas infantis.
Aleitamento
materno misto
ou parcial.
• Quando a criança recebe leite
materno ou humano e outros
tipos de leite, nesse caso,
fórmulas infantis.
Importância
• O aleitamento materno oferece
proteção efetiva a curto e longo
prazo.
• É devidamente comprovado que o
aleitamento materno evita mortes
infantis, diarreia e desidratação,
infecção respiratória; diminui o risco
de alergias, hipertensão,
hipercolesterolemia e diabetes melito
na vida adulta; reduz a chance de
obesidade infantil e na vida adulta;
melhora o desenvolvimento de
cavidade oral; tem efeito positivo na
inteligência da criança; e previne
otite.
Importante
• Apesar de todos os esforços para aumentar a
frequência e a duração do aleitamento materno
no Brasil, e das evidências sobre superioridade e
vantagens do leite humano na saúde da criança,
os índices do aleitamento materno ainda não são
satisfatórios.
• Medidas preventivas e imediatas devem ser
praticadas pelos profissionais de saúde
envolvidos com a nutrição do lactente, para
incentivar e promover o aleitamento materno e
hábitos alimentares mais saudáveis, prevenindo
doenças e carências nutricionais, bem como
reduzindo a mortalidade infantil.
Leite materno e sua
importância
• O leite materno é considerado o padrão-ouro de nutrição
do recém-nascido e lactente até os 2 anos de idade, de
maneira exclusiva nos primeiros 6 meses de vida, por
conter todos os nutrientes condicionalmente essenciais
para o crescimento e desenvolvimento; e complementado a
partir do sexto mês.
• O leite materno tem natureza
única, específica para espécie
humana e de biologia complexa,
representada por seus
componentes nutricionais:
ácidos graxos poli-insaturados,
nucleotídios e oligossacarídios;
fatores imunológicos, tróficos e
antimicrobianos; fatores anti-
inflamatórios, hormônios e
enzimas.

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