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1. Discuta as limitações dos modelos discutidos até o Modelo Padrão de Comércio do ponto
de vista da competição perfeita.
A partir dos anos 1970/80, há o surgimento de um novo conjunto de ideias que nascem a partir
dos questionamentos aos modelos existentes (Hecksher-Ohlin e modelo-padrão de comércio) e de
suas limitações, como a concentração, o comércio inter e intra indústria, o comércio entre países
em desenvolvimento. Os modelos anteriores são insuficientes para explicar o contexto de maior
integração e competitividade do cenário internacional, pois se baseiam em retornos constantes de
escala, nas vantagens comparativas. Todos esses questionamentos partem da hipótese da
competição perfeita, que é abandonada pelas novas teorias que surgirão. Os assuntos abordados
serão as economias internas e externas de escala, o papel da tecnologia e da diferenciação de
produtos.
7. Krugman faz em seu livro uma análise simplificada considerando dois países, Local e
Estrangeiro, com dois fatores de produção cada (terra e trabalho), os quais, inicialmente
produziriam um bem. Analise o modelo de um bem e a situação antes e após a
liberalização do movimento internacional do trabalho.
No modelo de um bem, não há oportunidade para troca, para comércio de bens. A única maneira
dos países se integrarem é pela mobilidade de terra ou trabalho (os dois fatores de produção). Por
definição, a terra não se move, apenas o trabalho. Os determinantes do nível de produção são
mostrados pela função de produção, que mostra como a produção varia de acordo com mudanças
na quantidade de trabalho empregada, caso a quantidade de terra, S, se mantenha fixa. Quanto
maior a oferta de trabalho, maior a produção. Porém, o produto marginal do trabalho diminui à
medida que mais trabalhadores são empregados. A área sob a curva de produto marginal é igual à
produção total. Dado o nível de emprego, o produto marginal determina o salário real, conforme
gráficos abaixo:
Agora suponhamos que os trabalhadores possam mover-se entre os países. Eles vão
migrar do Local para o Estrangeiro até que o produto marginal seja o mesmo nos dois
8. Defina investimento externo direto e discuta o que diferencia esse tipo de investimento de
outras formas de internacionalização de capital.
O investimento externo direto (montagem de filiais, joint-ventures ou subsidiárias em outros
países) parte do princípio de que existem vantagens específicas à produção. Ele consiste em
uma das formas de internacionalizar a produção, através da internalização. Para internalizar,
pode-se fazer através das exportações ou do investimento externo direto. Já para externalizar,
a produção é feita por meio de relações contratuais com outras empresas locais dos outros
países. Essa primeira escolha referente à internalizar ou externalizar a produção deve ser feita
ao se comparar o benefício marginal (de se economizar com os custos de transação) com o
custo marginal da produção. Se o custo marginal de produzir for maior que o benefício, a
empresa externaliza. Caso contrário, ela internaliza a produção. Os fatores que levam as
empresas ao investimento externo direto são: existência de vantagens sobre as produtoras
locais do país que receberá o IED, que concederão lucros extras à firma entrante, que
compensarão a falta de conhecimento do novo ambiente de negócios, discriminação eventual
e outros tipos de riscos e incertezas. (Menor custo, técnica mais eficiente ou sistema de
distribuição ou produto diferenciado). Além disso, o IED pode ser feito como um investimento
defensivo, antecipando a competição de outras firmas. O IED também pode ser uma forma de
diversificação geográfica de riscos, os reduzindo em função da variedade no número de
mercados (fator mais relevante nos países em desenvolvimento).
Nesse caso do IED, fatores locacionais relevantes devem ser analisados, como mão de obra local,
rede de transportes e comunicação, estabilidade macroeconômica e política (principalmente taxa
de câmbio, devido às remessas de lucros/dividendos à matriz), crescimento e tamanho do
mercado, clima de investimentos e etc. Há grandes desafios relativos à internalização, que
implicam em custos de transação, como por exemplo práticas oportunistas advindas de
assimetrias de informação e institucionalidade frágil.