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O agente deflagrador dos deslizamentos de solos e a erosão é a chuva. Ressalta-se que já havia
fatores predisponentes para tal evento e que poderiam ser previsíveis.
A intensidade e freqüência das chuvas são previsíveis. Que pesem haver fatores que nos levam
a crer a existência de mudanças climáticas.
A engenharia brasileira tem competência internacional. Nas escolas são ensinados conceitos e
procedimentos de cálculos de drenagem e geotecnia.
Ora por que então tantos deslizamentos neste verão e outros anteriormente?
Fato é que os conhecimentos lógicos disponíveis e acessíveis seriam suficientes para mitigação
destas conseqüências desastrosas se não fossem a patologias do individuo e sociedade.
Não querer ver a verdade sobre os fatores que levam a estes deslizamentos de solos e a ação
precária do poder político e do econômico em face de estes problemas de engenharia civil são
as causas de origem destes deslizamentos.
Trata-se de um problema psíquico social como explica em seus livros o psicanalista, escritor e
cientista, criador da ciência trilogica, Dr. Norberto Keppe.
O fato de focar a atenção na drenagem geotécnica não implica em negligenciar outros aspectos
igualmente importantes todos muito bem descrito na Norma ABNT sobre Estabilidade de
Encostas NBR-11.862.
O aspecto que se quer ressaltar neste artigo é para o fato de que uma drenagem das águas
mitigaria sobre maneira estes problemas de deslizamentos e outros (erosão e pavimentação)
que não são objeto neste trabalho.
Pense bem se a chuva e o fator deflagrador e se pudéssemos eliminá-lo o problema de fato não
existiria apesar das chuvas excessivas ou excepcionais.
As chuvas infiltram nos solos e correm em superfície assim é preciso entender estes fluxos
quantificá-los, interceptá-los, conduzi-los e dispô-los com segurança.
Parece-nos que a prática tem sido fazer cálculos de dimensionamento das obras geotécnicas
sem dar a devida atenção a estes aspectos. E, o mais importante, efetuar o projeto geotécnico
focado na eliminação das infiltrações possíveis ou atenuando seus efeitos com projetos
eficazes. Ou seja, a engenharia geotécnica tem que projetar um sistema de drenagem
considerando diferentes cenários que poderiam ocorrer e para cada um deles um sistema de
mitigação ou até eliminação do efeito da infiltração sobre a estabilidade dos taludes e sistemas
de estabilização e contenção.
Quando se fala em drenagem deve-se estar alerta a questões de erosão e assoreamentos desde
onde se intercepta o fluxo até e, inclusive, na disposição final.
Não é raro insucessos por negligencias nos fatores ligados a influencia e ou conseqüências das
águas de chuva e outras infiltrações na obras de engenharia de uma forma geral.
A origem deste problema esta em empreender nos projetos apenas aspectos técnicos e lógicos
deixando a intuição, percepção ou bom senso a margem do processo de criação. Alem,
evidentemente, da experiência também necessária.
Devemos observar que as chuvas incidem diretamente nos solos atingindo-o subsolo no local
que cai podendo causar problemas em superfície ocorrendo os deslizamentos superficiais e
erosões. Mas, não se pode esquecer que estas águas se infiltram e fluem no subsolo podendo
dar causa a deslizamentos e erosões bem distantes do ponto de precipitação.
Além das sondagens e ensaios de laboratório (NBR 11.682) cujo objetivo e conhecer sobre
comportamento dos solos mediante aquelas cenários hídricos.
E, apenas depois disto se ater aos cálculos de estabilidade dos taludes que quantifica os
comportamentos do maciço formados por diferentes solos sujeitos a diferentes situações de
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Fonte: Engo Civil Geotécnico Mauro Hernandez Lozano
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fluxo.
Drenagem nos leva a pensar num sistema de interceptar, captar, escoar e dispor. Tem-se que
subdividir em a drenagem superficial e interna ao maciço, também denominada de
subterrânea.
A drenagem superficial é bem conhecida, se bem que às vezes mal aplicada, por canaletas,
caixas, escadarias e estruturas dissipadoras de concreto e ou blocos de alvenaria.
Estes elementos devem ser utilizados nos projetos porem de forma mais racional e intuitiva.
Pois, a experiência como que vemos acontecer é de insucesso em muitas obras. Portanto, algo
vai mal ou está errado.
Porém, e mais importante, é que se quer destacar neste trabalho são novos elementos
disponíveis e industrializados que permitem uma nova visão e esta nova abordagem “drenagem
geotécnica” são os elementos denominados de geossintéticos.
Os elementos naturais podem, após um tempo depois de seu plantio, constituir elementos
vitais na drenagem, proteção superficial e reforço do maciço. Neste interregno de tempo
podemos aplicar estruturas “provisórias” a manter um nível de segurança adequado ao talude.
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Temos que ter sempre em mente um fundamento da engenharia geotécnica onde a água ou
infiltração deve ser dificultada ou impedida de entrar no maciço. Mas, uma vez que ela entrou
deve-se interceptar captar, conduzir e dispor de forma segura, porém antes temos que
quantificá-la.
Alguns podem entender que os fatores acima relatados parecem contraditórios, mas não o são.
Fato é que precisamos avaliá-los é integrá-los considerando os aspectos da lógica, experiência e
intuição.
Cada caso será um caso dando-nos oportunidade a criatividade que não existira se não forem
integrados os três aspectos acima.
Uma grande maioria dos deslizamentos de solos ocorridos nunca foi se quer avaliado quanto ao
nível de segurança. E, quando foram, em muitos, não foi considerada a ruptura superficial,
como os que ocorreram.
Muitos casos de deslizamentos estão por acontecer em todo o país é uma questão de tempo.
Pois, há muita negligencia social fruto de uma psico-socio-patologia como diz Dr. Keppe citado
anteriormente.
Enfim, um cenário para este tipo de ruptura é que a chuva infiltra na superfície do talude e vai
ganhando profundidade com a duração da precipitação assim os solos vão umedecendo,
ganhando peso e, muitas vezes, perdendo resistência ao cisalhamento.
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Fonte: Engo Civil Geotécnico Mauro Hernandez Lozano
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As soluções utilizando geossintéticos e biogeotecnia podem resolver este problema podendo
ser mais econômicas do que as tradicionais.
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