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2 – PESSOA NATURAL
PERSONALIDADE JURÍDICA:
Conceito: é a aptidão para ter direitos e deveres. Pessoa é quem tem personalidade
jurídica.
I. Morte Real: é quando não há duvida que a pessoa morreu, existe um cadáver
II. Morte Presumida: não tem certeza que a pessoa morreu, mas tudo indica. É possível
presumir em dois casos:
- Irrenunciáveis pode ter exceção, a lei pode estabelecer que algum direito
da personalidade seja renunciável;
- Intransmissíveis: (salvo exceção prevista em lei, não podendo seu
exercício sofrer limitação voluntária);
- Extrapatrimoniais: não tem conteúdo econômico imediato;
- Impenhoráveis;
- Imprescritíveis;
- Oponíveis contra todos (erga omnes): ou seja, todo mundo tem que
respeitar;
- Decorrentes: pois decorre da personalidade.
EXEMPLOS:
- tenho direito ao próprio corpo, não posso abrir mão quando afetar os bons costumes
e a minha integridade física, quando tiro gordura numa lipoaspiração, corto as unhas – não vai
contra tais preceitos. Tem exceção, quando for por exigência médica – ex: cortar o dedo de
um diabético.
- Pós-morte: posso dispor do meu próprio corpo. – Faço um testamento e deixo
gratuitamente (JAMAIS VENDER, TEM QUE SER GRATUITAMENTE/ DOAR – com finalidade
científica ou altruística). – Eu dispus do meu próprio corpo para pós morte, posso revogar?
Pode, pois testamento pode ser revogado a qualquer momento.
- Não posso ser submetido a tratamento médico ou intervenção cirúrgica que coloque
em risco a minha vida sem eu AUTORIZAR.
Direito ao Nome:
- Agnome: é aquela partícula que integra o nome diferenciando parentes com mesmo nome
(ex: neto, filho, sobrinho).
- Proteção ao Nome: 1º: ninguém pode expor meu nome ao desprezo público, mesmo quando
não haja intenção difamatória; 2º: não pode usar meu nome para fins comerciais sem a minha
autorização; 3º: o pseudônimo (é como a pessoa é conhecida no meio social), recebe a mesma
proteção do nome quando adotado para atividades lícitas.
CAPACIDADE JURÍDICA
Conceito: é a aptidão para praticar atos da vida civil relativo aos seus direitos e
deveres (ex: vender, alugar, emprestar, doar).
OBS: a pessoa que não tem capacidade jurídica (ex: criança que tem um apartamento)
pode praticar atos da vida civil, desde que esteja representada ou assistida.
Capacidade DE DIREITO/DE GOZO: é aptidão de praticar atos da vida civil desde que
esteja representado ou assistido.
INCAPACIDADE: quando não tem capacidade de fato. Há dois tipos:
Incapacidade ABSOLUTA: quem é absolutamente incapaz é REPRESENTADO. A
ideia aqui é que eu não tenho o menor discernimento, logo eu preciso que alguém me
substitua. Ex: meu pai assina o contrato.
Incapacidade RELATIVA: quem é relativamente incapaz é ASSISTIDO. A ideia
aqui é que eu até tenho discernimento, mas meu discernimento é reduzido, logo eu
preciso que alguém me assista/me ajude. Ex: eu assino o contrato e meus pais
também.
TUTELA e CURATELA
Tutela: é representação ou assistência do menor incapaz. Só vai ter um tutor
se não tiver pais.
Curatela: é a representação ou assistência do maior incapaz.
EX: posso ser incapaz menor de idade, não tenho discernimento, pois sou
muito novo, ou posso ser incapaz maior de idade (louco). Se eu sou incapaz menor de
idade, eu sou representado ou assistido pelos meus pais, na falta deles será nomeado
para mim um TUTOR. Se eu sou incapaz maior de idade, eu sou representado ou
assistido por um CURADOR.
IDADE:
Menor de 16 anos: Absolutamente Incapaz.
Entre 16 e 18 anos: Relativamente Incapaz.
Maior de 18 anos: Absolutamente/Plenamente Capaz. Pode praticar sozinho
os atos da vida civil.
PESSOA JURÍDICA: é um ente abstrato (não tem existência concreta) que pode ter direitos e
deveres próprios por ser dotado de personalidade jurídica (ex: Estado, sociedade).
Externo: são aquelas pessoas regidas pelo Direito Internacional Público, reconhecidas
pela comunidade internacional, que tem representatividade internacional (ex: os Estados
estrangeiros; a República Federativa do Brasil {União é interno – Estado brasileiro, Brasil é
externo}; os organismos internacionais, ONU, OEA...).
- Regras Gerais da Pessoa Jurídica de Direito PRIVADO: tais regras valem para todas.
- Vai ter a fase de LIQUIDAÇÃO, é fase onde vai ser nomeado o liquidante que tem a
função de arrecadar todos os bens da pessoa jurídica, negocia-los e com o dinheiro
obtido pagar os credores. Se pagar e faltar dinheiro, numa sociedade gera a falência;
se sobrar dinheiro, numa sociedade divide entre os sócios conforme a participação de
cada. “A Pessoa Jurídica subsiste para fins de liquidação até que esta se conclua”.
Pessoa Jurídica tem proteção dos Direitos da Personalidade? Sim, pois tem personalidade
jurídica e os direitos da personalidade vem junto, mas nem todos se adaptam a ela, aplica-se
no que for cabível as pessoas jurídicas, devido a sua natureza abstrata.
Pessoa Jurídica pode sofrer DANO MORAL? SIM, pois pessoa jurídica pode sofrer dano
moral quando atacam sua honra objetiva. Súmula 227 STJ.
Em regra numa associação, todos os associados devem ter iguais direitos, todavia a
lei permite que o estatuto da associação crie categorias especiais de associados com
vantagens especiais.
A qualidade de um associado numa associação, em princípio é Personalíssima e
Intransmissível, tanto inter vivos quanto causa mortis. Entretanto, pode haver uma
associação que não exija uma qualidade especial para fazer parte (ex: associação
para ajuda de pessoas de acidente de trânsito) e que o estatuto possibilite a
transmissão da associabilidade.
Quem fala em nome da Associação? É o Administrador, no entanto os associados
podem estabelecer alguns atos que o administrador não pode praticar, essas
decisões são tomadas pela Assembleia Geral (é um órgão deliberativo formado por
todos os associados que vão tomar as decisões mais importantes e as incompatíveis
com a administração) – quais sejam: destituir os administradores e alterar o estatuto.
Caso queiram outros, coloquem no estatuto.
A Assembleia Geral – pode ser promovida e convocada pelo administrador ou pelo
quórum de ¹/5 dos membros associados.
Dissolvida a associação, o dinheiro não vem para o bolso dos associados, haja vista
não ter finalidade lucrativa. O patrimônio dela será incorporado em outra entidade
sem fins econômicos designada no estatuto, se este for omisso, por deliberação dos
associados, à instituição municipal, estadual ou federal de fins idênticos ou
semelhantes.
FUNDAÇÃO: conjunto de bens, fins não econômicos (não vem $/lucro para os membros).
Nada impede que receba dinheiro dos seus membros ou de 3º externo, desde que o
dinheiro seja investido na própria fundação. Não há direitos e deveres/obrigação recíprocos
entre associados, se houver obrigação é com a fundação.
São 4 etapas para criar a fundação
1º: Ato de Dotação – é o ato no qual destino bens do meu patrimônio para criar a
fundação, ocorre antes de fazer o estatuto. Esse ato tem que ser feito por escritura
pública ou por testamento. É obrigatório já neste ato de dotação deve vir à
finalidade da fundação (ex: educacional, assistencial, religiosa...), ainda deve ser
estipulado prazo para elaboração do estatuto, se eu não der prazo, a lei disciplina
que o prazo é de 180 dias.
2º: Elaboração do Estatuto – documento onde terá as regras disciplinares daquela
fundação, pode ser feito pelo próprio dotador, ou alguém que ele designe a fazer.
Se o estatuto não for feito no prazo, aquele determinado no ato de dotação, o MP
faz, pois este tem um papel institucional de fiscalizar/de zelar as fundações.
3º: Aprovação – o MP precisa aprovar. Se o MP não aprovar, posso
recorrer/recurso ao juiz para suprir a aprovação que o MP não deu.
4º: Registro – da aprovação, adquire personalidade jurídica.
Dissolução da Fundação, por ilicitude, impossibilidade ou inutilidade da finalidade
que visa, ou vencido o prazo de sua existência, MP ou qualquer interessado pode
promover a extinção, seu patrimônio será incorporado, salvo disposição em
contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo
juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
- BEM IMÓVEL, vira dono do registro público em cartório (do contrato em cartório). Se
for vender BEM IMÓVEL paga-se ITBI. BEM IMÓVEL -> NÃO SE MOVE.
CONTRATO – ACORDO DE VONTADES DE NATUREZA PATRIMONIAL (quer comprar? Quero -> já existe o
contrato, não precisa ser escrito).
Exceção: são os CONTRATOS REAIS, é aquele que se forma NÃO quando há um acordo de vontades,
se forma quando há a TRADIÇÃO (entrega do bem). Só há 3 contratos reais: 1º: Mútuo – empréstimo de
dinheiro, só se da quando o dinheiro cai na conta; 2º: Comodato; 3º: Depósito. -> tirando estes 3
contratos, o restante se forma por acordo de vontades.
ATENÇÃO -> BENS MÓVEIS e BENS IMÓVEIS – 1º: EDIFICAÇÃO SEPARADA DO SOLO - compro
uma casa que sai do solo é acoplada num caminhão e finca num outro terreno, comprei um
BEM IMÓVEL (não perdem o caráter de imóvel as edificações que separadas do solo, mas
conservando a sua unidade forem transportadas para outro local).
BEM INCONSUMÍVEL – é o bem que não se destrói com o uso, como o carro, cadeira,
mesa.
BEM SINGULAR e BEM COLETIVO – cada bem tem um regime jurídico, ás vezes a lei
quer dar, neste mesmo bem, um regime jurídico ao grupo de bens e aí não
necessariamente o regime jurídico do grupo de bens será o mesmo do bem singular,
ou seja, “uma coisa é eu dar um tratamento jurídico para uma árvore, outra coisa é eu
dar um tratamento jurídico para uma floresta inteira”, aí trata esse conjunto de bens
reunidos como sendo 1 bem, esse bem (formado por vários bens) tem tratamento
jurídico próprio).
FORMADO POR BENS CORPÓREOS E BENS INCORPÓREOS (NÃO SÓ CRÉDITOS, COMO DÉBITOS – TEM O
ATIVO E O PASSIVO DO MEU PATRIMÔNIO).
BEM PRINCIPAL – é o bem que existe sobre si mesmo, não precisa de outro
para existir.
BEM ACESSÓRIO – é o bem que existe em função do bem principal, só existe
porque existe o bem principal. Ex: laranja presa na árvore é um bem acessório em
relação à árvore.
1º: FRUTOS – bem acessório que é produzido pelo bem principal -> É
RENOVÁVEL, se eu tirar um fruto, eu não diminuo o bem principal, pois ele se
renova – ex: tirar uma laranja da árvore, tirar um bezerro de uma vaca, álcool
(pois vem da cana);
2º: PRODUTOS - bem acessório que é produzido pelo bem principal -> NÃO É
RENOVÁVEL, se eu tirar um produto, eu diminuo o bem principal, pois ele não
se renova – ex: tirar ouro de uma mina, tirar petróleo (gasolina);
3º: BENFEITORIAS – são obras ou despesas que eu faço em um bem – pode ser
NECESSÁRIA (é aquela que é para conservar o bem/manter ele existente), ÚTIL
(eu não preciso fazer pro bem continuar a existir, faço para melhorar a utilidade
do bem); VOLUPTUÁRIA (é aquela meramente para
embelezar/divertimento/recreio);
4º: PERTENÇAS – são bens acessórios que são afetados de forma duradoura à
um bem principal para servir aos seus fins, ou seja, destinados ao seu uso,
serviço ou aformoseamento (embelezamento). -> é um bem naturalmente
móvel que eu vou incorporar de forma duradoura a um bem principal para
servir a este bem principal. Ex: ar condicionado, mesa, cadeira, quadro na
parede. Também pode ser incorporado em bem móvel (como é o caso de um
aparelho de CD que eu coloco num carro).
Só são PERTENÇAS se eu incorporar de forma duradoura pois passa a
pertencer ao bem principal, ou seja, não pode ser de forma transitória.
Se for PARTE INTEGRANTE do BEM NÃO são PERTENÇAS. Ex: pego um
volante e acoplo no carro, o volante é parte integrante do carro então não é
pertença. -> Se é essencial ao bem é parte integrante.
Em regra é um bem acessório que NÃO segue a sorte do bem
principal.
AULA 2.3/2.4 – NEGÓCIO JURÍDICO
A) Ato Jurídico – é uma visão mais restrita – strictu sensu. Aqui eu não
escolho os efeitos que serão produzidos, eles estão previamente
definidos em lei. Ex: reconhecer um filho, emancipar, adotar...
B) Negócio Jurídico – eu escolho os efeitos que serão produzidos. Ex:
contratos. Existe negócio jurídico tanto UNILATERAL (ex: testamento)
quanto BILATERAL.
C) Ato Ilícito – é o ato que vai contra a lei de alguma forma, é o ato
gerador da responsabilidade civil. Gera responsabilidade do agente
que pratica, ou seja, ato ilícito civil (causar um dano a alguém) gera
responsabilidade civil (assumir as consequências do seu ato, tem a
obrigação de indenizar).
NEGÓCIO JURÍDICO
OBS – CONTRATO – em regra NÃO tem forma especial. É feito de forma livre salvo
quando a lei exige forma especial (ex: na compra de um apartamento com valor acima
de 30 salários mínimos, a lei exige que tenha que ser por escritura pública). NAS
DECLARAÇÕES DE VONTADE/DE INTERPRETAÇÃO DE UM CONTRATO MAIS VALE A
INTENÇÃO DAS PARTES DO QUE O SENTIDO LITERAL DA LINGUAGEM (ex: vou no
restaurante e pede - me dá um X-Salada, não estou ganhando o X, terei que pagar),
muitas vezes usamos o português atecnicamente, não é me dá um X e sim me vende
um X.
SILÊNCIO - ART. 111 C.C. – “quem cala nada diz”. Como regra, o silêncio não pode ser
considerado uma citação, entretanto em alguns casos pode ser considerado
(excepcionalmente pode valer como uma citação), o silêncio importa anuência
quando as circunstâncias do caso indicarem ou os usos do lugar autorizarem essa
presuncção.
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ATO INEFICAZ – é aquele ato que não produz seus regulares efeitos.
o TERMO – é EVENTO FUTURO e CERTO. Ex: te dou o carro daqui 2 meses – hoje
esse ato não produz efeitos, passou 2 meses, passa a produzir efeitos – TERMO
INICIAL. Outro caso, te alugo meu apartamento até quando ‘x` morrer – hoje produz
efeitos, mas quando ‘x`morrer não produzirá mais – TERMO FINAL.
TERMO INICIAL – NÃO suspende a aquisição do direito. Suspende só o exercício (dono você já é, mas praticar atos em relação a
eles só depois). Pois é um evento futuro e certo, ou seja, você já é dono desde agora. No termo eu não lhe entrego a
propriedade, eu lhe entrego a POSSE.
ENCARGO – NÃO suspende NEM a AQUISIÇÃO do DIREITO (já é dono desde agora) NEM o EXERCÍCIO do DIREITO (já pode
morar desde agora).
Qual a consequência de eu colocar uma CONDIÇÃO IMPOSSÍVEL? NEM SEMPRE INVALIDADA O NEGÓCIO JURÍDICO, SÓ SE
FOR SUSPENSIVA.
EX CONDIÇÃO SUSPENSIVA: dou-lhe um carro se você pular e alcançar o sol com o dedo (nunca vai acontecer a condição, ou
seja, nunca vai produzir efeitos) – é uma condição proibida, portanto invalida o negócio jurídico, pois priva de todo efeito o
negócio jurídico.
EX CONDIÇÃO RESOLUTIVA: te dou mesada até você alcançar o sol com o dedo. -> é uma condição impossível a consequência
será que vou lhe dar mesada até você morrer, pois desde já produz efeitos. -> Desta forma, vai virar um Negócio Jurídico
Simples, é como se não existisse a condição, vai sempre produzir efeitos.
Se eu colocar uma CONDIÇÃO ILÍCITA, a consequência é que INVALIDA O NEGÓCIO JURÍDICO. Ex: dou-lhe uma casa se você
matar alguém, você não pode me cobrar a casa, pois coloquei uma condição ilícita e esta invalida o negócio jurídico.
Se eu colocar um ENCARGO ILÍCITO, a consequência é que NÃO INVALIDA O NEGÓCIO JURÍDICO, apenas ele é tido por NÃO
ESCRITO. Ex: dou-lhe uma fazenda, mas quero que 1 vez por semana você reúna as crianças e ensine sobre tráfico para elas. ->
você pode cobrar de mim a fazenda, mas eu não posso cobrar de você que ensine as crianças, pois é ilícito, cabe também para
casos impossíveis. Salvo se o encargo for motivo determinante da doação (por exemplo) aí invalida.
OBS: se o Juiz perceber que o cumprimento da obrigação é o motivo determinante da doação, aí nesse caso, vai INVALIDAR
TUDO, pois virou condição e a condição invalida. Ou seja, está muito ligado o cumprimento do encargo á doação que eu estou
fazendo. Ex: te dou a casa mas quero que você mate “x”.
AULA 3.1 – NEGÓCIO JURÍDICO
ATO INVÁLIDO – ATO QUE NÃO ESTÁ DE ACORDO COM A LEI, NORMALMENTE INEFICAZ.
ATO VALIDO – ATO QUE ESTÁ DE ACORDO COM A LEI, NORMALMENTE EFICAZ.
ATO INVALIDO – a lei graduou a invalidade em + e + Grave. A Lei diz quando um ato é
nulo ou anulável.
o - GRAVE = ANULÁVEL -> ANULABILIDADE: a PARTE deve pedir, o Juiz não pode
agir de Ofício. O ATO CONVALESCE pelo decurso do tempo– tem prazo para
pedir sob pena de tornar-se válido. Pode ser confirmado/ratificado
A LEI DIZ QUE É ANULÁVEL O ATO, MAS NÃO DA PRAZO, E AÍ? PRAZO É DE 2 ANOS -
EX: venda de ascendente para descendente sem a autorização dos demais
descendentes, é anulável essa venda, mas no artigo não traz prazo. SE NÃO DÁ O
PRAZO, O PRAZO É DE 2 ANOS.
o O ATO tornou-se ANULÁVEL e tem 4 ANOS para pedir para anular, senão convalesce.
TORNA O OBS – SIMULAÇÃO – não é mais defeito do Negócio Jurídico, pois hoje a
ATO NULO Simulação não torna o ato anulável, mas sim NULO. É causa PRÓPRIA/AUTONÔMA de
NULIDADE, TORNA O ATO NULO.
1º ERRO – deve ser um ERRO SUBSTANCIAL (relevante, que foi a causa do negócio,
causa da realização do ato). Ex: quero comprar uma joia de ouro, comprei e depois
descobrir que é folheada.
DOLO COMISSIVO – por ação (o vendedor pega uma joia de folhada e diz que é
de ouro) ou;
DOLO DE TERCEIRO – quando houver este tipo de dolo, tem que ver se o
outro contratante sabia ou não sabia. Se sabia anula o ato (má-fé), se não sabia não
anula o ato (boa-fé), porém a vítima poderá cobrar indenização do terceiro que lhe
enganou. Marcos sabe que eu quero comprar uma joia de ouro e me indica a Loja de
Ana, Marcos sabe que Ana só vende joia folhada, chego na loja de Ana e compro a
joia, com o tempo fica preta a joia, volto a loja e peço meu dinheiro de volta, Ana diz
“o que eu tenho a ver com isso”, Ana (contratante) não teve dolo, o dolo foi de
Marcos (terceiro). Neste caso, o ATO será ANULADO? Em princípio NÃO, pois a boa-
fé tem que ser preservada, no caso de Ana. Mas se não houvesse boa-fé, Marcos
estava mancomunado com Ana anularia o ato.
DOLO RECÍPROCO – TORNA O ATO VÁLIDO, pois nenhum poderá pedir para
anular e nem reclamar indenização (eu te enganei e você me enganou).
o Você deve aluguel, o dano da casa chega e diz “ou você me paga o aluguel até
amanhã, ou vou te colocar na rua”, você paga o aluguel, mas pede que este
ato seja anulado pois você foi coagido -> NÃO houve coação, houve ameaça
que não configura coação, pois NÃO SE CONFIGURA COAÇÃO A AMEÇA
REGULAR DO DIREITO.
- A DIFERENÇA entre LESÃO e ESTADO DE PERIGO é qual foi a SITUAÇÃO que gerou essa EXCESSIVA ONEROSIDADE.
OBS – se se REEQUILIBRAR AS PRESTAÇÕES O CONTRATO SE MANTÉM. Ex do mecânico: devolva me 900 reais, aí ele fica com
100 reais, o valor normal, aí o contrato se mantém.
FRAUDE CONTRA CREDORES – EX: devo dinheiro para 10 pessoas, pego meus bens e
doo para minha mãe, mas continuo usando os bens, eu fiz doação por liberalidade? NÃO, eu fiz
doação para fraudar/prejudicar meus credores, ficar sem bens no meu nome e não pagar
meus credores. -> O QUE PODEM FAZER OS CREDORES? Pode ajuizar uma Ação Judicial
pedindo para Anular esta Doação para que os Bens Retornem para mim e com consigam
cobrar de mim a dívida.
o Qual o nome da AÇÃO PARA ANULAR O ATO? AÇÃO PAULIANA.
o AÇÃO PAULIANA – ação que os credores tem ao seu dispor para ANULAR
ATOS EM FRAUDE CONTRA CREDORES. Nem todos os credores podem propor
essa ação, só podem propor essa ação os CREDORES QUIROGRAFÁRIOS.
PRAZO 4 ANOS para propor essa ação.
o CREDOR QUIROGRAFÁRIO – é o CREDOR SEM GARATIA ESPECÍFICA. Se o
CREDOR TEM GARANTIA ESPECÍFICA, ele não pode pedir para anular ato, pois
ele pode ir atrás da garantia.
ANULAR ATO E QUALQUER DEFEITO DO NEGÓCIO JURÍDICO o PRAZO É DE 4 ANOS A PARTIR DA PRÁTICA
DO ATO.
OBS – NO CASO DE COAÇÃO, O PRAZO NÃO COMEÇA DA PRÁTICA DO ATO, mas COMEÇA QUANDO CESSAR A
COAÇÃO.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA – são PRAZOS que existem para que eu EXERÇA um DIREITO
meu. Eu até posso ter direitos, mas em nome da segurança jurídica, da paz social, do equilíbrio
das relações sociais, eu devo ter um PRAZO para EXERCER estes DIREITOS. Quando é que o
prazo que eu tenho para cobrar este direito (ajuizar a ação) é de Prescrição? E quando é de
Decadência? A diferença é: qual ação judicial você vai propor para cobrar este direito!
o EX: minha dívida com você já estava prescrita, mas você amigavelmente ou
por engano pagou essa dívida prescrita, o PAGAMENTO É VÁLIDO e você NÃO
PODE PEDIR REPETIÇÃO, ou seja, DEVOLUÇÃO DE QUANTIA PAGA POR
DÍVIDA PRESCRITA.
ARTS. 197, 198, 199 (SUSPENSÃO); 202 (INTERROMPEM) -> PRESCRIÇÃO + 207 DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO: o JUIZ DEVE agir de OFÍCIO, conheceu o ato, tem a obrigação de dizer que está
prescrito.
1º DECADÊNCIA LEGAL – é aquela que é fixada por Lei (ex: 4 anos para anular contrato
se houver um defeito no negócio jurídico). JUIZ só reconhece de OFÍCIO quando dor LEGAL,
pois a Lei estabeleceu o prazo e desta forma o Juiz tem a obrigação de reconhecer de ofício.
AÇÃO DECLARATÓTIA – NEM PRESCRIÇÃO e NEM DECADÊNCIA, pois nessa ação não se
pede para o Juiz condenar ninguém a nada e nem a constituir uma nova situação jurídica. Na
Ação Declaratória eu peço para o Juiz apenas DECLARAR uma SITUAÇÃO que JÁ EXISTE.
POSSE – não é o contato físico com o bem, é ter o EXERCÍCIO de qualquer dos Poderes
Inerentes à Propriedade. Se eu sou possuidor de um bem, é porque estou exercendo algum
desses poderes. Quem tem a posse de um bem, aparenta ser proprietário. O simples fato de
ter posse de um bem já é motivo para ter proteção jurídica.
AÇÕES POSSESSÓRIAS – ação que o Possuidor tem para Reclamar Agressão a sua
Posse. O Possuidor tem LEGITIMIDADE ATIVA para propor Ação Possessória. NÃO confundir
Ação Reivindicatória (ação que o proprietário tem para exercer seu poder de sequela – discute
propriedade) com Ação Possessória (discute posse e não propriedade).
Posso ter o Contato Físico com o bem e NÃO ter a posse! Pois eu tenho mera
DETENÇÃO. DETENÇÃO – são os chamados Casos de Degradação da Posse, ou seja, é um fato
que era para ser posse, pois o detentor está exercendo poder de proprietário, mas a lei
marginalizou, se eu tenho detenção, eu NÃO tenho LEGITIMIDADE ATIVA para PROPOR AÇÃO
POSSESSÓRIA. Principal caso é o FÂMULO DA POSSE – que é o servidor da posse, é a pessoa
que exerce a posse em nome alheio, cumprindo a posse em nome alheio. Ex: eu tenho um
motorista, e pedi para ele buscar meu filho no colégio, o motorista está usando o carro em
meu nome, cumprindo minhas ordens, logo ele é um fâmulo da posse.
Posso NÃO ter Contato Físico e ter posse! Ex: comprei uma fazenda e mandei cercar
tal fazenda, pronto já tenho posse, mesmo estando em outra cidade, o meu uso foi cercar. Ex:
apartamento, o inquilino (Posse Direta) tem posse por estar no USO e o proprietário (Posse
Indireta) tem posse por estar FRUINDO.
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
POSSE DIRETA e POSSE INDIRETA – fala-se toda vez que houver um desmembramento
dos poderes de proprietário, ou seja, quando eu entrego pra você um ou algum dos poderes
de proprietário, permanecendo com os outros. O Possuidor Direto pode defender a posse
inclusive contra o Possuidor Indireto.
POSSE JUSTA e POSSE INJUSTA – se classifica deste modo, pois caso haja agressão à
minha posse, posso propor ação possessória. O critério é que ganha quem tem posse justa e
perde quem tem posse injusta, pois a Posse Justa é a Posse Legítima – olha somente para
Critérios Objetivos. Quem pode propor a ação possessória é quem tem a posse e está sendo
agredido, ou quem tinha a posse e foi agredido. Desta forma, é requisito para propor a Ação
Possessória: ter a posse ou pelo menos ter tido a posse e estar sendo ou ter sido agredido.
POSSE DE BOA-FÉ – é a Posse que é INJUSTA, mas EU NÃO SEI da injustiça que
contamina ela (não sabia que era injusta).
o Ex: ‘A’ tem um terreno, ‘B’ coloca uma arma na cabeça de ‘A’ e diz “se
manda senão eu te mato”, assim ‘A’ é expulso e ‘B’ fica lá. ‘B’ tem uma
Posse Injusta, pois é violenta, e tem má-fé, pois ‘B’ sabe da injustiça de
sua posse. Aí ‘B’ resolve falsificar uma escritura pública e vende para
‘C’, que não sabe que comprou um terreno que foi fruto de uma
violação dessas, assim, ‘C’ tem uma posse injusta, mas como ‘C’ NÃO
sabe da injustiça da posse, a posse é de boa-fé. ‘A’ entra com ação
reivindicatória, o Juiz manda ‘C’ entregar para ‘A’ -> quem vendeu (‘B’)
não podia vender, quem comprou (‘C’) perdeu para um terceiro (‘A’) =
EVICÇÃO. ‘C’ (evicto), ‘A’ (evictor) -> ‘C’ poderá cobrar uma
indenização de ‘B’. Caso ‘C’ não encontre ‘B’, restará a ele “sentar e
chorar”, pois não terá o que fazer se ‘B’ sumir.
AQUISIÇÃO DA POSSE – não é quando se segura o bem, tem contato com o bem, mas
sim, adquire a posse de um bem quando adquire algum dos poderes inerentes à propriedade.
“Exercício em nome próprio de qualquer dos poderes inerentes à propriedade”, tem que ser
em nome próprio, pois se for em nome alheio não adquire posse mas sim detenção.
o NÃO se admite EXCEÇÃO DE DOMÍNIO nas Ações Possessórias, ou seja, não pode
alegar propriedade em defesa, não se discute propriedade em Ação Possessória.
o 2º POSSE E FRUTOS – Ex: A tem a posse de um bem e A está colhendo frutos deste
bem, B propõe uma Ação Possessória ou Reivindicatória contra A e toma esse terreno
de A, só que A passou algum tempo colhendo frutos, o possuidor (A) que perde o bem
deverá indenizar B pelos frutos que colheu? DEPENDE se a posse de A é de boa ou má-
fé.
“O possuidor faz seus os frutos colhidos enquanto durar a boa-fé”, ou seja, se eu
tenho POSSE DE BOA-FÉ, eu NÃO VOU TER QUE INDENIZAR PELOS FRUTOS QUE
EU COLHI.
Se eu tenho POSSE DE MÁ-FÉ, eu TEREI QUE INDENIZAR, NÃO SÓ OS FRUTOS
COLHIDOS, MAS TAMBÉM AQUELES QUE SE PERDERAM POR MINHA CAUSA, no
entanto, serei INDENIZADO pelo CUSTO da PRODUÇÃO e CUSTEIO, para evitar
enriquecimento sem causa.
AÇÃO REIVINDICATÓRIA – ação que o Proprietário propõe para reclamar do que é seu
de quem quer que injustamente esteja com o bem.
o Ex: ‘A’ compra apto de ‘B’, ‘A’ vai ao cartório, mas não registra, pois acha muito caro
para registrar, fica só com o contrato, desta forma, no cartório este apto continua no
nome de ‘B’. Aí ‘A’ vendo o mesmo apto para ‘C’, ‘C’ vai ao Cartório e registra. Quem
é dono desse apto? ‘C’, pois se adquire a propriedade com o registro em cartório. ‘A’
não adquire a propriedade, pois está não se dá só pela assinatura do contrato.
o ACHADO DE TESOURO – você achou um tesouro no terreno, a lei estabelece que para
premiar você que achou o tesouro, você fica com metade do tesouro, ou seja, você
que achou fica com metade e o dono do terreno com a outra metade.
o Direito de Construir: art. 299 e s/s: são regras que devem ser observadas na
hora em que for construir no terreno. Ex: não pode construir uma
janela/varanda a menos de 1.5m do vizinho.
OBS – STJ diz que o CARRO é um BEM INFUNGÍVEL, devido ao nº do chassi, que só
existe um.
CLASSIFICAÇÃO EXCLUSIVA DE BENS MÓVEIS – FUNGÍVEL e INFUNGÍVEL
Bem Fungível – é aquele bem substituível, tem outros iguais. Ex: garrafa de whisky.
Bem Infungível – é aquele bem insubstituível, não tem outros iguais. Ex: obra de arte.
Qualquer Direito Real sobre um BEM IMÓVEL se adquire com o REGISTRO.
o Pode ser ONEROSO, se for oneroso, você paga uma quantia para ter o Direito
Real de Superfície (ex: te cedo meu terreno por 40 anos, mas você me paga 1
milhão de reais) e essa quantia paga se chama CANON SUPERFICIÁRIO – é o
valor que o superficiário paga ao fundeiro para ter um Direito Real de Superfície
durante um tempo.
o Pode ser GRATUÍTO, pois eu posso ceder de graça para você o Direito Real de
Superfície sobre o meu terreno.
o Se tiver um prédio encravado dentro de outro prédio, sem ter acesso a via
pública, nascente ou porto, o dono do terreno é obrigado a dar passagem ao
dono do terreno encravado. Isto aqui NÃO é Direito Real de Servidão de
Trânsito, pois aqui não nasce de um acordo de vontade entre as partes, aqui
há uma obrigação, é imposição de lei, o que ocorre nesse caso é uma
Limitação do Direito de Vizinhança – que é a Passagem Forçada. O que pode
ser reclamado do proprietário do terreno encravado é uma indenização, por
este estar passando no meio do terreno de outro.
DIREITO REAL DE USUFRUTO – de um lado terá o Nu-proprietário (pois não tem mais
os poderes de usar e fruir, permanecendo com disposição e sequela) e contrapondo a ele tem-
se o Usufrutuário, onde aquele cede para esse o Direito de Usar e Fruir do seu Bem.
o Características:
Usufruto é Temporário – cedo para você temporariamente um bem meu para que
você possa usar e fruir, acabou o tempo, você me devolve o bem tal como você
recebeu, razão pela qual posso Cobrar uma Caução de você como garantia de que
serei reestabelecido na minha situação anterior, pode ser uma Garantia Real
(uma coisa é dada em garantia) ou uma Garantia Fidejussória (é uma garantia
pessoal, é quando uma pessoa garante o pagamento).
No Usufruto DEDUCTO ou RESERVADO NÃO cabe a exigência da Caução, não
é obrigado à caução o doador que se reservar o usufruto da coisa doada. Não
posso doar bens de modo que eu fique na miséria, então posso doar todos os
meus bens, mas enquanto eu estiver vivo reservo para mim o usufruto, ou seja,
transferi a propriedade, mas reservei a propriedade para mim.
Posso ceder um Bem meu em Usufruto para uma Pessoa Jurídica? Posso, o
problema é que a Pessoa Jurídica pode nunca “morrer” (deixar de existir), aí pode
se ter a configuração de um usufruto eterno, desta forma a lei coloca um Prazo
Máximo, que é de 30 ANOS. Ainda, pela extinção da Pessoa Jurídica acaba o
Usufruto, em razão da intransmissibilidade.
Art. 1393 – Não se pode transferir o usufruto por alienação, mas o seu Exercício
(os direitos que decorrem do usufruto) pode ceder-se por título gratuito ou
oneroso.
Usufruto Próprio – é o Usufruto que NÃO tem por objeto bens consumíveis e
fungíveis. São Bens Móveis ou Imóveis Inconsumíveis.
DIREITO REAL DE USO – eu cedo para você o Direito de Usar e Fruir. Você além de usar
pode fruir, desde que seja indispensável para a sua subsistência.
DIREITO REAL DE HABITAÇÃO – quando o Direito de Uso recaia sobre habitar e for
gratuito, aí você não pode alugar, você só poder viver/morar com sua família.
o 1º) DIREITOS REAIS DE FRUIÇÃO – permite usar e fruir do bem de diferentes formas
(superfície, habitação, uso, fruição...);
o 2º) DIREITOS REAIS DE GARANTIA – não tem o bem para usar e fruir, tem o direito de um
bem apenas que não lhe pertence como uma garantia, ou seja, se você não me pagar eu
tenho o bem como garantia. Esses Direitos são 3:
HIPOTECA – o mesmo bem pode ser dado em garantia para + de 1 credor? Pode, é
o que se chama de SUB-HIPOTECA ou HIPOTECA de 2º GRAU – é quando hipoteco o mesmo
bem para mais de uma dívida, pode ser com o mesmo credor ou com credor diferente. A
Preferência para receber o dinheiro não é para quem celebra 1º o contrato, a preferência é
para quem 1º Registra a Hipoteca.
BEM DE FAMÍLIA: a Família NÃO precisa Residir no Imóvel. Se é o único imóvel de uma
família e eles alugarem e a renda obtida for para sustento da família é Bem de Família. O
Bem de Família pode ser hipotecado, pois se eu hipotecar o meu bem de família, eu
estou abrindo mão da Impenhorabilidade desse bem.
o Hipoteca Legal: é aquela que decorre de Lei, independe da vontade das partes.
Independe até mesmo de registro.
o Hipoteca Judicial: aquela que decorre dentro de um Processo Judicial, como garantia
de que o vencedor do processo receberá o que lhe é devido.
PENHOR –
o Penhor Convencional – é o que surge do Acordo de Vontades
o Penhor Legal – quando vou a um hotel e não pago a diária, quando alugo um
apartamento e não pago o aluguel. A lei permite que o dono do hotel, que o
proprietário do apartamento RETENHA BENS MÓVEIS MEUS como GARANTIA
PIGNORATÍCIA.
o 2º Família Fruto da UNIÃO ESTÁVEL: é Relação Fática SEM Casamento, vivem como se
marido e mulher fossem, com o objetivo de constituir família, é modelo de convivência
sem constituir casamento. NÃO tem Tempo para Configurar a União Estável. O principal
elemento para a configuração da União Estável é a RELAÇÃO MORE UXORIU (é Relação
com Objetivo de Constituir Família), o importante é que a Relação seja
Pública/Duradoura, tenha estabilidade.
Exceção: existe um caso em que haverá União Estável mesma havendo Impedimento
para Casar: é quando uma Pessoa é Casada, mas está Separada Judicialmente ou de Fato
(homem não vive mais com a mulher, já tem outra, só que não se divorciou da 1º, por
isso é impedido de casar, mas configura-se a União Estável), ou seja, eu vivo com uma
mulher como se marido e mulher fossemos, sem casamento, nós temos impedimento
para casar, mas mesmo assim é União Estável.
o OBS – CONCUBINATO – NÃO pode virar Casamento, pois tem algum Impedimento Legal.
NÃO é protegido pelo Direito. STJ entende que o Concubinato é Protegido como se fosse
uma Sociedade, ou seja, pode apurar o que foi obtido pelos concubinos durante o
Concubinato e ter uma divisão desses valores (é como se fossem sócios).
o FAMÍLIA –
CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL
RELAÇÃO DE PARENTESCO
o Capacidade para Casar – os Maiores de 16 ANOS – IDADE NÚBIL (entre 16 e 18 tem que
ter autorização dos pais; depois dos 18 é livre). Se os pais não autorizam, sem uma justa
razão, o Juiz pode suprir essa autorização.
o Legitimidade para Casar – Tem legitimidade? Depende, como quem vai casar?
o OBS – existe um caso em que se permite o casamento Antes dos 16 anos, é em caso de
GRAVIDEZ com Autorização Judicial.
TIPOS DE CASAMENTO:
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer
pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será
obrigado a declará-lo.
CAUSA SUSPENSIVA DO CASAMENTO – art. 1523 CC – NÃO DEVEM CASAR – Não é
que você não pode casar, você não deve. Se você casar o Casamento é Válido, mas você vai
sofrer uma punição, qual? Obrigatoriamente a adoção do REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS .
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha
aos herdeiros – (além de ter que casar no Regime de Separação de Bens, ainda terá que Bens do Casal serão Hipotecasos
em Favor dos Filhos);
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da
viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal – (acabou meu casamento, não devo casar nos 10 meses seguintes, para
evitar a presunção de paternidade, pois há 9 meses de gestação);
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal – (para evitar a
confusão patrimonial);
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada
ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas
nos incisos I, III e IVD deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-
cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou
inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um
dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou
afins.
CAUSA SUSPENSIVA – existe a possibilidade de eu afastar a punição se eu violar a
causa suspensiva, ou seja, é caso de causa suspensiva, eu caso, e não
necessariamente preciso casar no Regime de Separação de Bens, ocorre se eu
Provar que Não vai Ter Nenhum Prejuízo. Ex: me divorciei de minha mulher,
deixo a partilha para depois, mas provo que não tem nenhum bem para partilhar,
neste caso tem a aplicação do Inventário Negativo, é quando você faz o
inventário sem ter nenhum bem a ser partilhado.
o Quando o Casamento é Nulo, NÃO tem Prazo para ser Invalidado. Se o Casamento é
Anulável, tem Prazo para ser anulado.
SEPARAÇÃO JUDICIAL – põe fim a Convivência Conjugal, ou seja, ainda é casado, mas
não tem mais os deveres do casamento (coabitação, fidelidade).
DIVÓRCIO – põe fim ao Vínculo Matrimonial, acaba com o casamento. Divórcio
Direto: NÃO precisa passar por uma separação judicial para depois virar divórcio, era
assim: comprovando 2 anos de separação de fato, estava divorciado, mas a EC 66
mudou isso.
EC nº 66: NÃO SE EXIGE MAIS 2 ANOS DE SEPARAÇÃO DE FATO PARA
OBTENÇÃO DO DIVÓRCIO, EU POSSO CASA E NO DIA SEGUINTE PEDIR O DIVÓRCIO.
Desta forma, a EC 66 deu fim a Separação.
REGIME DE BENS – EXISTEM 4 REGIMES: Todo Casamento tem Regime de Bens, mas
nem todo casamento tem um Pacto Antenupcial, pois existe o Regime Legal de Pacto de
Casamento, ou seja, é o Regime que será aplicado caso não seja feito o pacto ante nupcial. Se
escolhe através de um Ato Jurídico, um Documento, o PACTO ANTE NUPCIAL, o qual é
elaborado em Cartório.
Erro de Direito: é Justa Causa para Alterar o Regime.
o REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS – nada impede que haja bens que são só
meus e bens que sejam só da minha mulher, isso acontece quando eu coloco uma
Cláusula de Incomunicabilidade, aí não entra no patrimônio comum do casal.
o REGIME SEPARAÇÃO DE BENS – o que é meu é meu, o que é seu é seu. São 2 patrimônios,
1 do homem e outro da mulher, não se misturam. Esse regime pode ser de 2 tipos:
1º Convencional – nós escolhemos, por nossa vontade o Regime de Separação de
Bens para o nosso casamento, nós fazemos um Pacto Antenupcial. Resulta do acordo
de vontade entre nós.
PARENTESCO EM LINHA COLATERAL ou TRANSVERSAL: não estão na minha linha reta, mas
são meus parentes por descenderem de um ancestral comum. Tio. Só vai até o 4º grau.
1º Grau: NÃO existe
2º Grau: Irmão (que é filho do meu pai)
3º Grau: Tio e Sobrinho
4º Grau: Primo (filho do tio)
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE – faço o exame de DNA, provo que o filho não é
meu, e aí será desconstituído o registro deste filho no Cartório.
Se saio 1x vez com 1 mulher, meses depois ela liga dizendo que está grávida, neste
caso Não há Presunção de Paternidade. Eu posso reconhecer, caso eu não queira, a
mulher tem entrar com uma AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE para provar
que eu sou o pai, faz-se o exame de DNA, prova que sou o pai e aí registro o filho no
meu nome.
Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide
a presunção da paternidade, ou seja, afasta a presunção de paternidade.
Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a
presunção legal da paternidade.
o ALIMENTOS ENTRE PARENTES: é a ideia dos meus parentes (pessoas que estão muito
próximas a mim) dividirem com o Estado a obrigação que ele tem de garantir a minha
dignidade humana. Posso pedir alimentos para qualquer parente em linha reta, mas na
linha colateral eu só posso pedir até o 2º grau (meu irmão).
Eu + 2 Irmãos meus: Através do Chamamento ao Processo, eu chamo
as pessoas que estão na mesma classe que eu, para dividir comigo a
obrigação de alimentos.
Meu Filho + Meu Neto: os + Próximos (filho) excluem os + Remotos
(Neto) na Obrigação de Alimentos.
o OBS – é possível Cumular o Pedido de Alimentos, a Mulher pode pedir Alimentos Conjugais
para ela e Alimentos para o Filho.
o Há 2 tipos de Alimentos:
Alimentos Processuais: são alimentos que eu devo ao longo do processo, pois você
ajuíza uma ação contra mim pedindo que eu te pague alimentos, se você for esperar a
sentença sair, você já “morreu de fome”, pois alimentos são necessidades básicas da
pessoa. Então pede alimentos durante o processo, são os Alimentos Provisórios
(antecipação de tutela) e os Alimentos Provisionais (é uma cautelar).
Alimentos Definitivos: são aqueles Alimentos Devidos depois de uma Sentença
Transitada em Julgado.
OBS – Nem sempre os Alimentos mantém o mesmo padrão da pessoa, como é o caso
do §2º
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos
outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com
a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua
educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
§ 2º Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a
situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.
DIREITO PERSONALÍSSIMO: se você paga alimentos para mim, são para mim, ou
seja, eu não posso transmitir esse meu direito para outra pessoa. Não pode ser
transmitido nem Inter Vivos e nem Causa Mortis.
o Na ótica de quem Recebe Alimentos são Intransmissíveis, pois é
personalíssimo.
o Na ótica de quem Paga Alimentos são Transmissíveis, pois se você me
paga alimentos mas você morrer, eu poderei cobrar dos seus herdeiros
que continuem pagando para mim alimentos.
SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL – é quando, ex: seu pai morreu, você recebe uma
universalidade de bens, ou seja, um conjunto de bens. É quando recebe na Sucessão, todo um
Patrimônio ou uma Fração dele. É quando recebe todo o patrimônio do morto (único sucessor)
ou uma fração do patrimônio (+de 1 sucessor).
o Se é Sucessor a Título Universal Recebe uma HERANÇA – quando recebe uma
fração de um patrimônio ou todo o patrimônio.
SUCESSÃO LEGÍTIMA ou LEGAL – a lei estabelece como será a sua sucessão se você morrer
e não deixar um testamento, a lei estabelece uma ordem dentro da sua família para dizer
quem vai herdar. A legítima tem aplicação subsidiária, ou seja, só vale se a pessoa morreu e
não deixou um testamento válido. Podem ficar com os bens: - descendentes; - ascendentes; -
cônjuge ou companheira; - colateral até 4º grau.
o OBS: só pode falar em Legado diante de uma Sucessão Testamentária, pois a Lei
jamais vai definir bens, desta forma, só existe Sucessão Universal – Herança.
o Os Familiares são agraciados pelos Bens, a Pessoa Jurídica não, a lei nunca vai dizer
para deixar com a pessoa jurídica.
PARA QUE O INVENTÁRIO? Para Individualizar o que é de cada um, pois quando a pessoa
morre, os herdeiros são donos de tudo ao mesmo tempo, configura-se o Condomínio, que
é mais de um dono nesse conjunto de bens. No Final do Inventário vem o Forma de
Partilha que vai dizer o que pertence para cada um, e aí vai cessar a indivisão do
condomínio, agora cada um é dono de bens específicos.
Para Vender um Bem Determinado do Espólio/do Acervo Hereditário, só pode ser feito se
for da vontade de todos os herdeiros, pois todos são donos de todos os bens. Nessa
venda todos tem que concordar, o inventariante também, e ainda tem que ter uma
atuação Judicial (essa venda é feita em Juízo).
Herdeiro pode ceder para 3º o Direito que tem naquela Sucessão que já foi Aberta, se
chama CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS, ou seja, você tem 3 irmãos, cada um tem ¹/3
na Sucessão, você pode vender para “X” o seu ¹/3 da Sucessão. Isso é a Venda de um Bem
Imóvel, logo precisa ser por Escritura Pública. OBS – esse Herdeiro que quer ceder, tem
que dar preferencia para os outros herdeiros, somente caso esses outros não queiram, é
que poderá ceder a terceiro.
DÍVIDAS: os Herdeiros respondem pelas Dívidas do Morto Intra Viris Hereditatis, ou seja,
dentro das forças da Herança. Quem paga as dividas do morto é o Espólio.
Houve a Partilha aí Depois Apareceu uma Dívida do Morto – vão responder dentro das
forças da herança.
o NASCITURO tem Vocação Hereditária (aptidão para ser Sucessor), embora não tenha
personalidade jurídica, ele tem direitos protegidos desde a concepção;
o Exceção: Pessoa Natural antes de ser Concebida (antes de estar na “barriga da mãe”),
é no caso em que um Ente sequer foi concebido, ele pode ser agraciado com o Direito
– é a chamada VOCAÇÃO HEREDITÁRIA DA PROLE EVENTUAL, tem que indicar como
sendo um eventual filho de uma certa pessoa “deixo esse imóvel para Joana” – Joana
não tem filho e não está grávida, mas se ela vier a ter um filho, esse filho vai adquirir a
propriedade desse bem – esse “futuro” filho só terá esse direito se houver a
Concepção em 2 ANOS
ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA: Dentre aqueles que tem Aptidão para ser Sucessores,
a lei estabelece uma ordem:
o OBS – o que vai ser objeto de herança é o meu patrimônio, tenho 1 milhão, tem-se a
meação (500 mil para minha mulher), sobre 500 mil, esses 500 mil serão objetos da
herança.
Comunhão Parcial de Bens – seu eu tiver Bens Particulares, ela só vai concorrer
nesses Bens Particulares (ex: tenho bens particulares 300 mil e patrimônio comum
de 1 milhão, desse 1 milhão, 500 mil é meu e 500 mil é dela, aí ela entra na divisão
com os filhos dos 300 mil referente aos meus bens particulares).
Vivo em União Estável, a minha Companheira pode Herdar meus Bens? Sim, mas
Companheiro NÃO é Herdeiro Necessário, ou seja, posso fazer um testamento e
deixar tudo para você, e ela não terá direito a nada por não ser Herdeiro Necessário.
Ainda, o Companheiro só Participa da Sucessão nos AQUESTROS (são os Bens
Adquiridos Onerosamente durante a União Estável), do resto não participa, o que eu
tinha antes da União Estável, nada é dela, o que eu Adquiri Gratuitamente durante a
União Estável, nada é dela.
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro,
quanto AOS BENS ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE na vigência da união estável, nas
condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente (igual)
à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes (filhos) só do autor da herança, só irá
receber a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da
herança. Ex: eu vivo em União Estável há 30 anos com uma mulher, só tenho um
Sobrinho Neto, morri, quem fica com meus Bens? Tudo que eu tinha antes da União
Estável é tudo do meu Sobrinho Neto, tudo que eu Adquiri Gratuitamente durante a
União Estável é do meu Sobrinho Neto, tudo o que eu adquiri onerosamente durante a
União Estável vai ter ¹/3 para a minha companheira do que o meu sobrinho neto tiver
nesses bens adquiridos onerosamente – se for 120 mil: fica 90 mil pro sobrinho e 30
mil pra minha companheira.
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
OBS – se tiver filho só meu, e filho nosso (meu e da minha companheira), aqui
há uma Filiação Hibrida, a Lei é Omissa sobre isso, mas Prevalece no STJ que neste
caso a Companheira Recebe Cota Igual à dos Filhos.
RENÚNCIA DA HERANÇA – tem que ser EXPRESSA, não se admite renúncia tácita.
Ainda, a Renúncia NÃO pode ser por Instrumento Particular, ou é por um Instrumento
Público ou nos Autos do Inventário.
A HERANÇA tem que ser Aceita, a Aceitação da Herança não tem Natureza Atributiva,
tem Natureza Confirmatória, ou seja, quando eu aceito a herança, eu não sou dono a
partir do momento em que eu a aceitei, eu sou dono desde a morte do De Cujus.
Aceitação da Herança também é chamada de ADIÇÃO DA HERANÇA.
A Lei NÃO estabelece um prazo, que uma vez morta a pessoa, eu digo se aceito ou
renuncio a herança, não tem um prazo para isso.
Se passar 20 dias da morte do seu pai (de aberta a sucessão), e você não se manifestar
sobre a aceitação ou renúncia, um Interessado na sua Aceitação, pode ir ao Juiz para
que este estabeleça um prazo de até 30 dias para você se pronunciar, se não se
manifestar no prazo considera-se aceita.
Art. 1813 CC: Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à
herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do
renunciante, pois isto é Fraude Contra Credores, quem Insolvente NÃO pode
praticar Atos Gratuitos (Renúncia de Direitos).
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a
termo. Ou aceita toda a herança ou renúncia toda a herança.
OBS – você pode Renunciar o LEGADO e Aceitar a Herança, pode Aceitar a
Herança e Renunciar o Legado, pode aceitar ambos, pode renunciar ambos. O
que não pode é aceitar em parte ou repudiar em parte.
§ 2º: O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão
hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto
aos quinhões que aceita e aos que renuncia.
HERANÇA JACENTE – se você morrer e NÃO tiver Herdeiros Conhecidos. Passou 1 ANO,
e não apareceu nenhum sucessor, essa Herança será declarada Herança Vacante. É um estado
transitório, esperando que apareça algum herdeiro, no período de 1 ANO.
É Declara a Vacância para tornar o BEM PÚBLICO, pois Bem Público NÃO pode ser
USUCAPIDO. Ainda, se o Colateral não se habilitou até a Declaração de Vacância, aí
os Colaterais serão EXCLUÍDOS da Sucessão, ou seja, mesmo que apareça um
Herdeiro Colateral, este não tem o Direito de Adquirir o Bem.
CAPACIDADE PARA TESTAR – a Idade Mínima para testar são 16 ANOS e é sem
assistência, pois Testamento é um Ato Personalíssimo, ninguém pode fazer um
testamento por mim, ninguém pode fazer um testamento comigo
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não
tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento,
nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.
FIDEICOMISSO – ex: A faz um testamento e deixa um bem pra B, e diz o seguinte: “em
acontecendo alguma condição no futuro ou um termo no futuro, esse Bem deixará de ser
de B e passará a ser de C”
o Só se admite quando estiver envolvendo um caso de Prole Eventual. Ex: eu
deixo esse apto para você, mas se Davi tiver um filho, você perde a
propriedade pro Filho de Davi. Aqui não importa os 2 anos como na prole
eventual comum, no Fideicomisso pode ser a qualquer tempo.
14.1
RESPONSABILIDADE CIVIL – trata-se de um DEVER SUCESSIVO, pois surge com a
violação de um dever originário (que é o de não causar danos a outrem, surge o dever de
reparar o injusto sofrido).
DEVER ORGINÁRIO: baseado na NEMINEM LAEDERE, significa que você não pode causar
danos a outrem, se ocorrer, ai surge o dever de reparar o injusto sofrido.
o 2º CULPA – pode ser: LATO SENSU: é aquela que abrange o DOLO. STRICTU SENSU: é a
mera Culpa, ou seja, o autor não visa o resultado, mas pela falta de cuidado pratica a
conduta.
A Culpa é Exteriorizada pela negligência, imprudência, imperícia.
A Culpa também pode apresentar Graus: levíssima, leve, grave, gravíssima –
todos esses graus de culpa levam a Indenização (a qual é medida de acordo
com a extensão do dano).
Culpa Concorrente: não é causa de exclusão da responsabilidade civil e sim
uma Causa Minorante do Quantum Indenizatório.
SÚMULA 388 STJ – a Devolução Indevida de Cheque caracteriza Dano Moral, ou seja,
vai buscar uma compensação por ter tido a imagem abalada no mercado de consumo. É Dano
Moral In Reipsa.
SÚMULA 385 – se houver uma pré-inscrição devida, NÃO cabe Dano Moral, caberá no
máximo cancelamento do registro.
PERDA DE UMA CHANCE – significa a perda de uma Chance Séria e Real. Vai acarretar
tanto Danos Morais quanto Danos Materiais. Ex: marido vai ao hospital e não é atendido, aí
morre, a esposa pode reclamar a perda da chance da cura.
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO PRÓPRIO – você pratica um ato, logo você
será o responsável. Aquele que demandar, ou seja, para a aplicação do art. 940 do CC, tem que
haver Lide (conflito de interesses).
Não confundir com o art. 42 do CDC que destaca que a Parte pode pedir em Dobro,
pouco importando se a cobrança é judicial ou uma cobrança extrajudicial.
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as
quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor,
no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que
dele exigir, salvo se houver prescrição.
Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir
da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum
prejuízo que prove ter sofrido.
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos
responderão solidariamente pela reparação.
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
O INCAPAZ Responde Civilmente? Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que
causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não
dispuserem de meios suficientes. – é tanto o Incapaz Absoluto (art. 3º) como o Incapaz
Relativo (art. 4º). – Quem responde 1º são aqueles que o Representam ou que o Assistem,
aí se estes não tem condições, aí Subsidiariamente Responderá o Incapaz.
OBS – Poder haver Responsabilidade Solidária (aquela responsabilidade dos pais com
os filhos) quando houver Emancipação Voluntária (ato que antecipa a capacidade plena).
FASES DO CONTRATO:
1º FASE DAS NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES OU PUNTUAÇÃO OU PROPOSTA
NÃO FORMALIZADA – nesta fase ocorre debates prévios, não há nada
formalizado ainda. Essa fase gera a vinculação a observância da confiança e da
lealdade, porém não gera a vinculação à realização do contrato (estão só
negociando). Caso não fechem um acordo, a parte que se sinta ofendida pela não
formalização do contrato, excepcionalmente pode propor uma Ação
Indenizatória, aí a Responsabilidade Civil será Aquiliana ou Extracontratual.
Juiz pode dar Caráter Definitivo ao Contrato Preliminar? Pode, desde que
a parte lesada assim requeira.
Se o Alienante atuou com dolo no caso concreto (vontade de enganar a outra parte), aí
a Venda será Anulada em todas as hipóteses (de coisas e fatos futuros ou de coisas já
existentes expostas a risco).
O que fazer diante de um Vício Redibitório? Você vai propor as chamadas: AÇÕES
EDILÍCIAS, quais sejam:
PARA QUE HAJA RELAÇÃO DE CONSUMO TEM QUE HAVER HABITUALIDADE. Ex: se eu
vendo meu carro para você NÃO é uma Relação de Consumo.
Art. 450 – DIREITOS DO EVICTO - Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o
evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: I - à indenização dos
frutos que tiver sido obrigado a restituir; II - à indenização pelas despesas dos contratos e
pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III - às custas judiciais e aos honorários
do advogado por ele constituído. Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será
o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso
de evicção parcial.
EVICÇÃO TOTAL – perda da totalidade do bem.
NÃO CONSIDERÁVEL (perde parte do bem que não seja considerável). Ao Evicto
caberá apenas Direito a Indenização.
EVICÇÃO
Art. 451. Subsiste para o Alienante esta obrigação, ainda que a coisa esteja
deteriorada, exceto havendo dolo do Adquirente.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas
pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa
era alheia ou litigiosa, ou seja, se o cara comprou sabendo que o bem era de
outra pessoa, se o cara comprou um bem sabendo que era objeto de litígio.
PAGAMENTO: é a morte natural da obrigação. Esse pagamento pode ser feito por um
Devedor ou um Terceiro que queira pagar, esse 3º pode ser:
o 3º Interessado (é aquele que tem interesse jurídico, como é o caso do Fiador que paga
a Dívida do Locatário quando paga, ele se sub-roga nos Diretos Creditícios) ou;
o 3º Não Interessado (é aquele que não tem interesse jurídico, como o Pai que paga a
dívida do filho, marido que paga a da esposa...; quando pagar, terá Direito ao
Reembolso).
o Esse Devedor ou esse Terceiro que Paga a Obrigação, pagam para o CREDOR (é quem
Recebe). Esse Credor pode ser chamado de ACCIPIENS. Também pode receber Alguém
que o Represente (Representante Legal, Representante Convencional, Representante
Judicial...).
o Pagamento feito ao Credor Putativo é Valido? é Valido desde que realizado de Boa-
Fé.
CAUSAS POSTERIORES:
o DISTRATO – far-se-á da mesma forma exigida pelo Contrato, ou seja, se o
Contrato iniciou por Escritura Pública, far-se-á o seu Distrato por Escritura
Pública. RESILIÇÃO UNILATERAL – para que haja resilição unilateral tem que
haver um aviso prévio, uma prévia notificação, prévia denúncia.
MORTE: é causa de Extinção dos Contratos PERSONALÍSSIMOS, aquele que são Intuito
Personae.
NULIDADE ABSOLUTA: Atinge Interesse Público; Opera de Pleno Direito (Ope Legis);
são Legitimados o MP ou Qualquer Interessado; Não Admite Confirmação, mas Admite
Conversão (é a chamada Conversão Substancial, ou seja, o Ato Puramente Nulo será
transformado num Ato aí Aproveitado – art. 108); quando houver a Sentença produz Efeitos EX
TUNC (Retroage), a Sentença aqui é Declaratória; Não se sujeita a Prazos Prescricionais e nem
Decadenciais.
CONTRATO REAL – é aquele que se perfaz somente com a Entrega Efetiva do Bem. Até
a entrega do bem, quem é o dono do mesmo é o devedor. No caso de transferência, até
a entrega, o dono do bem é o devedor.
RES PERIT DOMINO – o risco corre por conta do dono, a coisa se perde para o dono.
Art. 237 – até a Tradição, pertence a coisa ao devedor, com seus devidos melhoramentos,
ou seja, se houver melhoramentos esse devedor pode cobrar por eles. Caso o credor não
queira pagar, resolve-se a obrigação e as partes vão retornar ao seu status quo ante.
DETERIORAÇÃO DO BEM:
Sem Culpa: devolverá tal qual se ache;
Com Culpa: responderá a pessoa (devedor) pelo equivalente + perdas e danos.
DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA – art. 243 a 246 do CC. São indicadas ao
menos pelo gênero e pela quantidade. Não existe total indeterminação nas obrigações
incertas, elas são indicadas pelo gênero e pela quantidade.
o Princípio da Proporcionalidade: esse devedor não será obrigado a prestar coisa melhor e
nem será obrigado a dar coisa pior.
o OBS – Art. 246 CC – o GÊNERO Nunca Perece nas Obrigações Incertas. Art. 246. Antes da
escolha, NÃO poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por
força maior ou caso fortuito.
o Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
o Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao
devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa
pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
o Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa,
ainda que por força maior ou caso fortuito.
FUNGÍVEL: é aquela que pode ser cumprida por um 3º, ou seja, não tem uma
qualidade especial da pessoa (não determinou a pessoa).
Art. 249, § Único: em caso de Urgência, nas Obrigações de Fazer Fungíveis, poderá o
Credor independente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato
sendo depois ressarcido.
OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER – é aquela que envolve um Dever de Abstenção,
este dever de abstenção pode ser fundamentado/fixado na Lei ou no Contrato.
LEI: haverá um dever de não fazer legal (ex: atos emulativos – são aqueles atos que o
proprietário do bem utiliza a propriedade com o fim de prejudicar outrem).
CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL: aqui tem-se uma Cessão em Bloco, pois aqui
ocorre Assunção das Dívidas, mas ao mesmo tempos dos Créditos, a parte assume os Créditos
e os Débitos.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o
da obrigação principal.
NATUREZA JURÍDICA –
1) é um Contrato Bilateral ou Sinalagmático, pois existe Reciprocidade das
Obrigações entre os Contratantes;
COISA/OBJETO: tem que haver um objeto/coisa à ser vendido, esse Bem deve ser
Alienável, o Bem tem que estar dentro do Comércio.
PREÇO: pode ter diversas modalidades:
Preço por Avaliação – é fixado ao arbítrio de 3º. OBS: esse Preço tem que ser
estabelecido em Moeda Nacional Corrente.
Preço Taxa de Mercado ou de Bolsa – art. 486.
Preço por Cotação – é fixado em índice, parâmetros.
Preço Tabelado e Médio – art. 488
Preço Unilateral – art. 489, é NULO o Contrato quando deixado a Arbítrio
Exclusivo de uma das Partes a Fixação do Preço, é Vedado o Preço
Cartelizado (grupo de empresas que se reúnem para fixar preço, com o fim
de dominar o mercado – é Abuso do Poder Econômico).
DESPESAS E OS RISCOS
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e
registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do
vendedor, e os do preço por conta do comprador – se o vendedor tem que
entregar coisa certa, e perder o Bem antes da Tradição, ele (vendedor) vai
responder pela perda.
NULIDADE – pode ser alegada a qualquer tempo. Não se sujeita a Prazos Prescricionais e
nem se Sujeita a Prazos Decadenciais.
REGRAS ESPECIAIS
VENDA POR AMOSTRA/PROTÓTIPO/MODELO – Art. 484: Se a venda se realizar à
vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura
ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Trata-se do Princípio do Vínculo da Melhor Oferta, ou seja, se foi feito daquela
forma, deverá ser cumprido daquela forma, sob pena de Inadimplemento Contratual.
VENDA SUJEITA À PROVA – Art. 510: Também a venda sujeita a prova presume-se
feita sob a Condição Suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo
vendedor e seja idônea para o fim a que se destina. -> ocorre a transferência da
propriedade, mas a lei fala que aquele que recebe o Bem será tido como
Comodatário, ou seja, ele tem a Posse (o que se transfere é a posse).
Art. 520. O direito de preferência NÃO se pode CEDER nem passar aos
HERDEIROS. É PERSONALÍSSIMO.
Essa é uma Cláusula Formal, pois será estipulada por escrito e depende de
REGISTRO do domicílio do comprador para valer contra terceiros.
EMPRÉSTIMO
EMPRÉSTIMO DE USO: regra que se refere ao COMODATO, este contrato tem 2
partes: Comodante – aquele que empresta; Comodatário – aquele que recebe o Bem.
É um Contrato Real, pois é um Empréstimo Gratuito de Coisas NÃO Fungíveis e
perfaz-se com a Tradição do Objeto.
É um Contrato Gratuito, NÃO se admite a Modalidade Onerosa no Comodato;
Envolve Bens Infungíveis, mas a Doutrina admita a realização de um contrato que
envolva Bem Fungível, é Comodato Ad Pampam Vel Ostentatione.
É um Contrato Informal, ou seja, NÃO Solene, não existe nenhuma exigibilidade
para a sua ocorrência. Pode até mesmo ser estabelecido verbalmente entre as
partes.
É um Contrato Personalíssimo, pois haverá a sua extinção com a Morte do
Comodatário.
Contrato Fiduciário: é baseado na Confiança/Lealdade. Violada a Confiança,
aquele que está na posse do bem se transforma no possuidor de Má-Fé.
Contrato Unilateral: só confere obrigações/responsabilidade para o Comodatário.
O Comodante NÃO precisa ser Proprietário para fazer este Contrato de
Empréstimo.
É SEMPRE GRATUÍTO, nunca será oneroso.
Admite a Cobrança de um Aluguel Penal quando o Comodatário Descumprir o Contrato
de Comodato. Esse Aluguel Pena é Arbitrado pelo Comodante, nunca podendo ser
superior a 2x o valor trabalhado na localidade, caso ultrapasse, o Juiz deverá reduzi-lo.
o Como regra geral, essa Garantia da Fiança serve para garantir qualquer modalidade
obrigacional.
EFEITOS DA FIANÇA
As Dívidas Futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste
caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a
obrigação do principal devedor. É a chamada Fiança Condicional, pois
só será eficaz se a Dívida Existir.
LOCAÇÃO DE IMÓVEL URBANO – Lei 8245/91, nem todas as locações são regidas por essa lei,
como:
a) as locações:
Para que o Imóvel seja considerado Urbano: deve ser levada em conta a Destinação
da Coisa, por mais que esteja encravada numa zona rural, mas tenha sua destinação
urbana.
NÃO Aplicabilidade do CDC na Relação Locatícia, eu alugo meu apto para João, isto
não é uma relação consumerista, é uma relação inquinaria. Pode até ocorrer uma
Locação de Consumo quando esse Locador for um Locador Profissional.
o Ocorre Relação de Consumo quando estivermos em uma situação em que esse
Dono do Imóvel deixa o Imóvel em uma Imobiliária, aí sim haverá relação de
consumo, pois essa imobiliária presta um serviço para o Locador, então existe
relação de consumo entre o Locador e a Imobiliária.
Para REAVER o Imóvel numa Locação, NÃO cabe Reintegração de Posse, a única ação
que cabe para retirar o Locatário do Imóvel é AÇÃO DE DESPEJO.
OBSERVAÇÕES:
o 1º Contrato Residencial por Escrito com 30 meses ou +: ele extingue-se com o
término do prazo, podendo ser prorrogado por prazo indeterminado. Neste
caso, cabe a chamada Denúncia Vazia/Oca/Imotivada, a qualquer tempo, com
30 dias, em regra, para a desocupação do imóvel.
o 3º LOCAÇÃO POR TEMPORADA: NÃO pode ser Superior a 90 DIAS (não são 3
meses). Se ultrapassar 90 dias:
Art. 50. Findo o prazo ajustado, se o locatário permanecer no imóvel
sem oposição do locador por mais de trinta dias, presumir - se - á
prorrogada a locação por tempo indeterminado, não mais sendo
exigível o pagamento antecipado do aluguel e dos encargos.
§ Único: Ocorrendo a prorrogação, o locador somente poderá
denunciar o contrato após trinta meses de seu início.
DIVISÃO LINDB:
o INÍCIO DA OBRIGATORIEDADE DA LEI: art. 1º
o TÉRMINO DA OBRIGATORIEDADE: art. 2º
o EFICÁCIA DA ORDEM JURÍDICA: art. 3º
o INTEGRAÇÃO DA NORMA JURÍDICA: art. 4º
o HERMENÊUTICA ou INTERPRESTAÇÃO: art. 5º
o DIREITO INTERTEMPORAL: art. 6º
FONTES DE DIREITO:
LACUNA LEGISLATIVA – é na Lei que se dá. Faz com que nós ingressamos num
processo de integração/colmatação. Essa Lacuna pode ser:
Lacuna Normativa: ausência de norma.
Lacuna Ontológica: presença de norma para o caso concreto, mas sem
eficácia social.
Lacuna Axiológica: existe a presença da norma para o caso concreto,
mas cuja aplicação seja insatisfatória.
Lacuna em razão de um Conflito ou Antinomia entre as Normas: ou
seja, Choque de duas ou + normas válidas.
CARACTERÍSTICAS DA LEI:
o GENERALIDADE: aplicação ERGA OMNES, para todos.
o IMPERATIVIDADE: impõem deveres e condutas para todos os cidadãos.
o PERMANÊNCIA: se a Lei não for de vigência temporária, ela irá permanecer
até que uma a venha revogar ou modifica-la Princípio da Continuidade das
Leis.
o COMPETÊNCIA: deve ser Emanada de uma Autoridade Competente.
o AUTORIZANTE: ela autoriza ou não.
VIGÊNCIA DA LEI: a LEI passa por um Processo Legislativo, após a sua Elaboração vem
a Promulgação e após esta vem a Publicação.
o A VIGÊNCIA DA LEI será indicada de FORMA EXPRESSA e de modo a
contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento. Esse
Prazo Razoável é o VACATIO LEGIS.
o Pode ser que a Lei venha a viger com a Publicação, mas desde que ela seja de
PEQUENA REPERCUSSÃO, aí NÃO precisa de Vacatio Legis.
o Caso NÃO seja indicada de Forma Expressa a Vigência da Lei, devemos nos
valer da regra contida no art. 1º do LINDB, o qual estabelece um PRAZO de 45
DIAS (após ser publicada) para Território Nacional ou 3 MESES para
Territórios Estrangeiros quando a Lei for admitida.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia
subseqüente à sua consumação integral.
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a
cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de
sua publicação oficia
OBS – toda vez uma Lei nos trouxer Período de Vacância, deveremos
observar essa contagem em NÚMERO DE DIAS.
Se no Período de Vacatio houve Modificação, então haverá/ocorrerá
novo prazo. Ex: essa lei entra em vigor 1 ano após a sua publicação, aí
nesse período de 1 ano, quando dá 6 meses, há uma modificação, aí
tem-se um novo prazo - § 3º Se, antes de entrar a lei em vigor,
ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo
deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova
publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
o REVOGAÇÃO:
REVOGAÇÃO EXPRESSA: a Lei vai falar. - § 1º A lei posterior revoga a
anterior quando expressamente o declare,
REVOGAÇÃO TÁCITA: § 1º...quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior
REVOGAÇÃO TOTAL: AB-ROGAÇÃO.
REVOGAÇÃO PARCIAL: DERROGAÇÃO.
o INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS – art. 5º: Pode ser feito pelo
Judiciário, pela Doutrina... Deve-se buscar as exigências do bem comum.
o CONFLITO DAS LEIS NO TEMPO – art. 6º. Tem que observar: Coisa Julgada,
Direito Adquirido, Ato Jurídico Perfeito.