ESTÁGIO I ALUNA: EDUARDA FERREIRA PESSOA MATRÍCULA: 2018.020491
SEMINÁRIO DIGITAL – PROTEÇÃO DE DADOS
O avanço da tecnologia em nossas vidas é inegável. A tecnologia está
presente cada vez mais no nosso cotidiano. E a realidade é evidente: cada vez mais o digital toma proporções maiores. A adequação à LGPD é muitas vezes confundida com um processo puramente jurídico. No entanto, um pilar fundamental previsto na lei é a segurança dos dados pessoais. A LGPD estabelece dez princípios que devem nortear o tratamento de dados pessoais. Um deles é justamente a segurança. O algoritmo é baseado em analisar o movimento digital do usuário, isso é quais são os interesses do usuário, o que ele busca, o que ele compra, o que acessa, quais redes sociais usa, onde está localizado e tem como finalidade mostrar e filtrar a experiência como um todo do usuário no âmbito digital. O algoritmo é um termo muito utilizado em âmbito de redes sociais para explicar sobre o que tem sido mostrado para aquela pessoa ou quantas pessoas estão sendo entregues determinado conteúdo. Dessa forma, vários dados são coletados enquanto estamos online por isso a necessidade de adequação principalmente da transparência. A transparência é um dos princípios que guia toda a LGPD e o próprio conceito de proteção de dados. Isso envolve ser transparente a respeito de quais dados são coletados, o que é feito com eles e para qual finalidade. Normalmente assinamos os termos e condições para utilização de vários serviços online sem nem mesmo ler, mas é nele que está contido todas as informações pertinentes para sabermos quais dados estamos entregando e o que aquele serviço está armazenado em sua análise. Outro ponto importante no processo prático de adequação à LGPD é revisar e adequar documentos como contratos, políticas de privacidade e termos de consentimento. Ou seja, toda a documentação relacionada à coleta e tratamento de dados envolvendo funcionários, parceiros, clientes e visitantes do site. O aprendizado de máquina não é necessariamente ou explicitamente supervisionado por um ser humano. Em geral, a máquina interage com milhares de dados em grande escala por meio dos quais é treinada, por tentativa e erro, a construir padrões e dar as respostas corretas para um determinado problema. Isso ocorre, por exemplo, quando a máquina consegue classificar fotografias de cachorros e gatos na internet aprendendo a identificar os padrões que definem o que é um gato e o que é um cachorro. Várias empresas já se utilizam de serviços que incluem o aprendizado de máquina ao longo do tratamento de dados. Conforme previsto no artigo 6º, I da LGPD, as atividades de tratamento deverão observar o princípio da finalidade, definida como “a realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de forma incompatível com essas finalidades”. Assim, a LGPD preceitua que o motivo pelo qual o tratamento de dados é realizado deve ser claro e específico. Em que pese o debate seja controverso, é fundamental que os desenvolvedores sejam capazes de fornecer informações sobre a “lógica geral” subjacente às aplicações totalmente automatizadas, indicando “a origem dos dados, a inexistência de registro, os critérios utilizados e a finalidade do tratamento, observados os segredos comercial e industrial”, consoante previsto na LGPD.