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A análise de autos findos é uma atividade importante para que o(a) estagiário(a) desenvolva uma
análise sobre tudo que ocorreu durante o processo judicial que está sendo apresentado, se
familiarizando com os andamentos e apresentação das peças processuais conforme já estudado nas
disciplinas teóricas de direito material e processual em sala de aula.
2. DADOS DO PROCESSO:
A autora, é cliente da empresa ré e possui uma residência onde mora com seu marido e dois filhos,
sempre teve contas de luz com média de fatura baixa. A partir de setembro de 2012 as faturas
começaram a chegar com valores elevados, levando a autora a precisar negociar algumas dessas
faturas, informa ainda que sempre se manteve em dia. A autora solicitou uma vistoria em seu
relógio, já que os 4 moradores da residência passam o dia inteiro fora e a casa é mobiliada apenas
de eletrodomésticos e eletrônicos simples, onde foi informado pela empresa que não existia
qualquer problema no relógio. Os fundamentos utilizados são o art. 22 da lei 8.078/90, art. 37,
inciso 6º da CFRB (princípio da legalidade, art. 12 e art. 18 do CDC sobre a responsabilidade
objetiva e art.884 do CC sobre o enriquecimento ilícito.
Os pedidos contidos na inicial são: Concessão de tutela antecipada para que a ré se abstenha de
incluir o nome da autora nos serviços restritivos de crédito e não efetue o corte do fornecimento de
energia. Que a ré seja obrigada a recalcular as faturas de setembro de 2012 à fevereiro de 2013 e
que o fator a ser considerado seja a média de consumo anterior a esses meses. Indenização em
dobro dos valores cobrados à mais, dano moral conforme art. 6º inciso IV da lei 8.098/90.
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A parte ré destaca ainda que a variação de consumo não é de responsabilidade da concessionária de
energia e sim da autora. Alega que a irregularidade de instalações internas pode causar desperdício
de energia e são de total responsabilidade do consumidor. Dessa forma, a defesa da empresa ré
alega que não há irregularidade nas cobranças empreendidas pela empresa. Alega ainda que a ação
proposta não passa de mais uma ação nomeada “indústria do dano moral” banalizando tal direito,
acusando a consumidora de utilizar-se de má fé. Defende ainda a impossibilidade da inversão do
ônus da prova informando que essa deve ser produzida pelo autor defendendo ainda a
improcedência da inicial. Argumenta ainda a impossibilidade de restituição em dobro considerando
a ausência de dolo e culpa pela empresa ré. Por fim, requer que sejam julgados improcedentes os
pedidos contidos na inicial e a condenação ao pagamento das custas processuais. Não requer prova
pericial.
8. RECURSOS (Relatar se alguma das partes se insurgiram da sentença, com qual tipo de recurso e
com qual fundamentação):
A parte ré insurgiu apelação cível à sentença fundamentando que não há provas suficientes nos
autos.
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Há petição com atualização do débito, e requerendo a execução.