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ATIVIDADE DISCURSIVA

Planejamento, Programação e Controle de Produção

LUIZ GUSTAVO OLIVEIRA CARVALHO

FILOSOFIA TRADICIONAL, COM SUPORTE DO MRP:


O Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP) é usado para coordenar
os pedidos internos e externos das fábricas, sendo os externos chamados
de ordens de compra e os internos de requisições. O foco principal do MRP
está na programação das requisições e ordens de compra para atender as
necessidades de materiais da demanda externa.
O MRP trabalha em duas dimensões básicas no controle da produção:
quantidades e tempos. O sistema precisa determinar quais as quantidades
corretas de todos os tipos de itens, desde os produtos finais que são vendidos,
passando pelos componentes usados em sua montagem final, até os insumos
comprados como matérias-primas. Ele também precisa definir os tempos de
produção, isto é, quando produzir, para entregar os produtos dentro dos
prazos.
Em muitos sistemas de MRP, o tempo é dividido em intervalos, apesar de
alguns sistemas usarem tempos contínuos. Um intervalo é usado para dividir
tempo e demanda em porções definidas. A demanda acumulada em um
intervalo de tempo é considerada pendente desde o início deste intervalo.
Assim, se o intervalo for de uma semana e, durante a terceira semana, existir
demanda para 200 unidades para a segunda-feira, 250 para terça, 100 para
quarta, 50 para quinta e 350 para sexta-feira, então a demanda considerada do
período em questão é de 950 unidades e é considerada pendente na segunda-
feira de manhã.
No passado, quando o processamento de dados era mais caro, os intervalos
mais usados eram de uma semana ou mais. Atualmente, os sistemas de MRP
mais modernos utilizam períodos de um dia, apesar de muitos ainda usarem
semanas.
Para facilitar o processamento do MRP, cada item da estrutura de produto é
codificado com um código de subitem (CSI). Esse código indica, em uma
estrutura de produto, o nível mais baixo em que determinada peça pode ser
usada. Além das informações da estrutura de produto, o MRP precisa de
informações relativas à demanda independente que têm origem no Plano
Mestre de Produção (PMP). Este contém as necessidades brutas, a posição
do estoque disponível e dos pedidos pendentes (comprados e fabricados)
chamados de recebimentos programados.
JUST IN TIME:

Esse sistema de produção surgiu no Japão por volta da década de 1950. Os


pesquisadores apontam que a Toyota foi a grande responsável pela criação do
modelo.
Nessa época, a empresa buscava a implementação de um sistema de gestão
que pudesse coordenar a produção de acordo com a demanda específica de
diferentes modelos de carros, de modo que as entregas não fossem atrasadas.
A Toyota percebeu que a metodologia seria bem-sucedida apenas se cada
indivíduo dentro da empresa estivesse completamente imerso e comprometido
com o processo.
Além disso, as plantas e processos também deveriam ser organizados para
que a empresa alcançasse o máximo de produção e de eficiência. E observe:
os programas de qualidade e produção deveriam ser agendados para atender
exatamente às demandas existentes.
Só este plano já era desafiador por si só. Então ocorreu a Segunda Guerra
Mundial que fez com que a empresa passasse a fabricar mais veículos, mas
sem tanta variedade de modelos de automóveis como era produzido
anteriormente.
Por isso, era essencial trabalhar de forma flexível, buscando fabricar lotes
reduzidos, mas que tivessem a mesma qualidade oferecida pelas grandes
empresas norte-americanas.
A ideia de produzir somente o que o mercado exigia no momento passou a ser
aplicada por diversos fabricantes ao redor do mundo.
A metodologia Just in Time da Toyota foi tão eficiente que quase 20 anos
depois, o Japão já produzia veículos tão competitivos quanto aqueles
produzidos pelas grandes empresas automobilísticas.
Já deu para ter uma ideia de como o conceito Just in Time vai muito além do
que uma simples maneira de realizar a gestão da produção.
Trata-se, na verdade, de uma filosofia que envolve a gestão de material,
qualidade, organização e, claro, do trabalho.
Ainda, é importante destacar também a influência da cultura japonesa no
sucesso do método. É comum que os trabalhadores japoneses tenham
motivação para procurar melhorar constantemente o que já existe. 
Também é parte da cultura laboral do país que os profissionais permaneçam
com a mesma empresa durante toda a carreira.

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