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Direito Civil II

UCAM (unidade Bangu) 2020.2

Prof. Sérgio Correia

Plano de aula: 11-11-20

Perdas e danos / juros

Perdas e Danos

Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e


danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

Dano emergente e lucro cessante

Dano emergente é o dano que ocasionou efetiva diminuição


patrimonial da vítima.

Lucro cessante é aquilo que o credor deixou de lucrar , em


decorrência do inadimplemento.

Extensão da indenização

Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e


danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por
efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei
processual.
Pagamento em dinheiro

As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro,


serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e
honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.

Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não


havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor
indenização suplementar.

Termo inicial

Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.

Juros

Os juros podem ser  convencionais ou legais,


conforme a obrigação de paga-los se origine da convenção ou
da lei. No primeiro caso, juntamente com a obrigação principal
ou subsequentemente, as partes constituem a obrigação
relativa aos juros, acompanhando a outra até a sua extinção .
No segundo, é a lei que impõe a obrigação acessória
quanto a eles, como, por exemplo, o ressarcimento das perdas
e danos nas obrigações em dinheiro .

Juros Legais (conceito e espécies)


Os juros legais são aqueles em que a lei é que impõe a
obrigação acessória, dividindo-se em :

Juros  compensatórios, também chamados


de remuneratórios ou juros – frutos, são devidos como
compensação pela utilização de capital pertencente a outrem.
Resultam de uma utilização consentida de capital alheio . 
Moratórios são os incidentes em caso de retardamento na
sua restituição ou de descumprimento de obrigação. Os
primeiros devem ser previstos no contrato, estipulados pelos
contratantes, não podendo exceder a taxa que estiver em
vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à
Fazenda Nacional (CC, arts. 406 e 591), permitida somente a
capitalização anual.

“são devidos em razão do inadimplemento e correm a partir


da constituição em mora, podem ser convencionados ou não,
sem que para isso exista limite previamente estipulado na lei.
No primeiro caso denominam-se moratórios convencionais.
A taxa, se não convencionada, será a referida pela Lei.”[2]

Neste contexto, o legislador pretendeu disciplinar sobre os


juros moratórios decorrentes do inadimplemento das
obrigações, o que compreende-se do disposto do
artigo 406 do Código Civil de 2002, na seguinte colação:

“Art. 406. Quando os juros moratórios não forem


convencionados, ou forem sem taxa estipulada, ou quando
provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a
taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
impostos devidos à Fazenda Nacional.”

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