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Apostila Das Aulas
Apostila Das Aulas
Apostila Das Aulas
Parte I: Aulas
Apostila exclusiva do expositor
Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
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Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
Sumário
Oração da Restauração ............................................................................... 9
Apresentação ............................................................................................ 10
Cronograma, desenvolvimento e metodologia .......................................... 12
Orientações iniciais .............................................................................. 12
De quantas aulas constará o Curso de Consagração? ............................ 12
Modo normal e modo rápido ................................................................ 12
Trinta e três dias de preparação ............................................................ 12
Duas apostilas ...................................................................................... 12
Uma apostila que se constituirá durante a formação ............................. 12
Tarefa de casa ....................................................................................... 13
Cronogramas ........................................................................................ 13
Cronograma do Curso no modo normal ................................................ 13
Cronograma do Curso Rápido (Duração em torno de 40 dias) .............. 16
Orientações para a comissão de expositores ......................................... 19
Como se desenvolverão as aulas? ......................................................... 19
Modo alternativo de cada aula ser ministrada ....................................... 20
Arquivos auxiliares .............................................................................. 20
Orientações para os participantes.......................................................... 21
Período que antecede o curso ............................................................... 22
Inscrições ............................................................................................. 22
Sugestões para o que deve ser feito após a realização do curso de
consagração .......................................................................................... 23
1ª Aula: Por que a consagração a Nossa Senhora? .................................... 24
Precisamos do amparo de Nossa Senhora para termos forças para
praticarmos a Lei de Deus e não desanimarmos. .................................. 24
Qual é a razão pela qual sentimos certa antipatia pela palavra
“escravidão”? ....................................................................................... 25
No que consiste a escravidão de amor? ................................................. 26
Quais as consequências da escravidão de amor .................................... 28
Tarefa de casa ....................................................................................... 30
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
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Parte I: Aulas
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
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Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
Oração da Restauração
H
á momentos, minha Mãe, em que minha
alma se sente no que tem de mais fundo,
tocada por uma saudade indizível. Tenho
saudades da época e que eu Vos amava, e Vós
me amáveis, na atmosfera primaveril de minha
vida espiritual.
Tenho saudades de Vós, Senhora, e do paraíso
que punha em mim a grande comunicação que
tinha convosco.
Não tendes também Vós, Senhora, saudades
desse tempo? Não tendes saudades da bondade
que havia naquele filho que eu fui?
Vinde, pois, ó melhor de todas as mães, e por
amor que desabrochava em mim, restaurai-me:
recomponde em mim o amor Vós, e fazei de
mim a plena realização daquele filho sem
mancha que eu teria sido, se não fosse tanta
miséria.
Dai-me, ó Mãe, um coração arrependido e
humilhado, e fazei luzir novamente aos meus
olhos aquilo que, pelo esplendor de vossa graça,
eu começara a amar tanto e tanto!…
Lembrai-Vos, senhora, deste David e de toda
doçura que nele púnheis. Assim Seja!
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
Apresentação
No século XVIII vemos brilhar no firmamento da Santa Igreja um
fulgurante sol de santidade, um profeta no verdadeiro sentido do termo. Seu
nome: São Luís Maria Grignion de Montfort. Ora, é sabido que a missão do
profeta consiste em apontar os desígnios de Deus para o seu tempo, e
prever muitos acontecimentos futuros. Foi o que fizeram os profetas do
Antigo Testamento; é o que fazem, também, os profetas no Novo
Testamento.
São Luís Grignion foi um ardoroso pregador e grande sacerdote,
devotíssimo da Mãe de Deus. Percebendo com acuidade de espírito tantos
desvios morais estabelecidos na sociedade de seu tempo, sabia ele
vislumbrar, apesar disso, uma futura instauração do Reinado de Cristo
pelas mãos de Maria na face da terra. Não fez ele na introdução da sua
principal obra, o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, o
seguinte vaticínio: “Foi por intermédio da Santíssima Virgem que Jesus
Cristo veio ao mundo, e é também por meio d’Ela que Ele reinará no
mundo”?
Com efeito, é fácil perceber o quanto tal profecia de São Luís Grignion
teve uma perfeita ressonância na Mensagem de Fátima, pois, ao anunciar o
triunfo de Seu Sapiencial e Imaculado Coração, Nossa Senhora não
prenuncia outra coisa senão o advento do Reinado de Jesus Cristo por Sua
onipotente intercessão.
Uma vez que foram os próprios virginais e sapientíssimos lábios de Maria
que fizeram uma tal promessa, é certo que isto irá acontecer. Nossa
Senhora não colocou nenhuma condição para cumpri-la. Simplesmente fez
uma peremptória afirmação: “Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará
e será dado ao mundo algum tempo de paz!”
Entretanto, por que esse triunfo do Imaculado Coração não acontece logo?
Já faz mais de cem anos que essa promessa foi feita!
Afirma São Luís Grignion no Tratado que para que o Reino de Jesus por
meio de Maria se estabeleça na terra, faz-se necessário que este comece no
âmago da alma de cada ser humano. É necessário que Jesus e Maria sejam
reconhecidos por cada coração como seus verdadeiros Reis e Senhores.
Isso depende, também, do livre-arbítrio humano.
Por conseguinte, foi esta a principal intenção com a qual São Luís Grignion
quis escrever o seu famoso Tratado: o de preparar os corações para o
advento do Reinado de Cristo por meio de Maria. Este é, podemos afirmá-
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
Cronograma, desenvolvimento e
metodologia
Orientações iniciais
De quantas aulas constará o Curso de Consagração?
O presente Curso de Consagração constará de dez aulas e
um tema final que desembocarão na solene consagração a Nossa Senhora.
Sugerimos duas maneiras de realizar esse curso: o modo normal e o modo
rápido.
Modo normal e modo rápido
No modo normal, cada aula será ministrada uma vez por semana. Para cada
aula, sugerimos a duração de uma hora
No modo rápido, serão realizados encontros semanais que constarão de
duas aulas. Uma vez que serão duas aulas por encontro, aconselha-se que
cada aula não ultrapasse o tempo máximo de uma hora.
Trinta e três dias de preparação
Como São Luís Grignion ensina uma preparação de 33 dias para se realizar
a consagração, no modo normal, o início dessa preparação se dará no dia
seguinte após a quinta aula.
Por sua vez, no modo rápido, o início da preparação se dará no dia seguinte
após o primeiro encontro.
Duas apostilas
Para subsidiar o curso, serão fornecidas aos expositores duas apostilas: a
primeira, referente às aulas e a segunda, referente aos trinta e três dias de
preparação – com as meditações para cada dia e as orações.
Ponto importante:
A apostila que contém as aulas na íntegra pertencerá exclusivamente ao
expositor. Para os participantes, serão distribuídos, em cada aula, somente
os esquemas referentes aos assuntos tratados.
Com relação às meditações, serão distribuídas ao longo do tempo para os
participantes, de acordo com o cronograma que vem abaixo.
Uma apostila que se constituirá durante a formação
A apostila do participante será constituída aos poucos, isto é, serão
distribuídas as partes da apostila durante a formação. Terminado o curso,
sugerimos que o participante faça uma encadernação de todo o material
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Observação:
Os expositores deverão entregar na primeira aula o calendário de todas as
aulas, das meditações, das orações e o dia da cerimônia de consagração.
Para que, desta forma, os participantes possam organizar-se devidamente.
Na pasta dos expositores tem um planejamento de um curso realizado numa
paróquia como modelo".
Orientações para os participantes
Procurarão participar de todas as aulas, sem perder nenhuma, para bem se
prepararem para a Consagração.
Fazer a leitura e rezar as orações prescritas no tempo da Preparação à
Consagração.
Uma vez consagrados a Nossa Senhora, sugerimos rezar com frequência a
fórmula da “Consagração de si mesmo a Jesus Cristo, a Sabedoria
Encarnada, pelas mãos de Maria”.
Uma vez que a Consagração a Nossa Senhora é um ato que representa um
momento ímpar para a vida do católico, este deverá estar devidamente
preparado para receber uma tão importante graça. Para tanto, aconselha-se
que na semana anterior à cerimônia de consagração cada participante faça
uma boa confissão. É por esta razão que a última aula terá como tema: “O
Sacramento da Penitência ou Reconciliação”, onde se dará uma explicação
sobre este importantíssimo Sacramento. Os participantes terão alguns dias
para confessar-se antes da cerimônia.
Todos os participantes consagrar-se-ão solenemente a Jesus Cristo pelas
mãos de Maria como escravos de amor durante a celebração solene da
Santa Eucaristia:
No modo normal, no 11° Encontro.
No modo rápido, no 7º Encontro
Os participantes marcarão um encontro para o treino do cerimonial e para
lerem em conjunto o texto sobre a Eucaristia cujo título é: “Em relação à
Sagrada Comunhão, o que será mais importante: a preparação ou a ação de
graças?” (O texto deve ser impresso e distribuído para todos os
participantes). Pode-se passar o PPS sobre a comunhão e o vídeo do
Monsenhor João Clá, o fundador dos Arautos do Evangelho sobre a
Eucaristia.
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rei. Aqui entrego o presente de seu súdito que deseja homenagear-lhe: esta
linda maçã”.
Com qual dos presentes o rei ficará mais agradado?
Evidentemente com a maçã entregue pela rainha.
Assim também acontece com nossos pedidos: se pedimos através da
Rainha – Nossa Senhora – que também é a Mãe do rei, infalivelmente
Nosso Senhor atenderá. Coisa que se pedimos por nós mesmos
diretamente... provavelmente não conseguiremos, por nossas faltas,
misérias, insuficiências, etc.
Qual é a razão pela qual sentimos certa antipatia pela palavra
“escravidão”?
Nós nos tornaremos escravos de Jesus pelas mãos de Maria quando
terminarmos este curso. Mas a palavra “escravo” pode “arranhar” um
pouco nossos ouvidos.
Qual é a razão pela qual não é agradável aos nossos ouvidos, nós que
somos homens e mulheres modernos, a palavra escravidão?
1ª Razão: O conceito de escravidão segundo o mundo antigo
Em primeiro lugar pela ideia que nos vem à mente quando nos é
mencionada essa palavra. Tal ideia relaciona-se mais diretamente para nós,
brasileiros, à situação deplorável dos escravos negros em outros tempos da
história de nosso país.
Por extensão, se tivemos a oportunidade de estudar mais acuradamente a
História da Antiguidade, percebemos em que abismos e horrores soçobrou
o gênero humano no que se relaciona ao regime de escravidão.
Só para citar alguns exemplos:
Os assírios costumavam cegar os inimigos vencidos para transformá-los em
escravos.
Os fenícios colocavam os derrotados em galeras, remando até a morte.
Sempre quando dois povos entravam em guerra, o vitorioso escravizava o
vencido.
Era tal o barbarismo que existia entre esses povos antigos, que os escravos
eram usados para testar vários tipos de veneno. Obrigavam-nos a ingerir
certas quantidades para saber o tempo, o efeito e o tipo de morte
ocasionado pelo veneno.
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“É uma dependência de amor, não imposta pela força. É feito por amor,
um ato livre, de amor. Essa consagração não é um voto, não obriga sob
pena de pecado. É um ato livre que cada um faz livremente e vale na
medida em que for livre e a pessoa continua nessa consagração o tempo
que quiser; no momento infeliz que a pessoa não quiser mais esse vínculo a
Nossa Senhora, é só chegar e dizer: “Mãe de Deus, já não vos digo minha
Mãe, tudo entre nós acabou”. Mas o fato é que não há sequer pecado.
Cessado o amor, cessou o vínculo. Enquanto houver amor, existe o
vínculo!
É uma dependência de amor, não é imposta pelo despotismo, é imposta
pelo amor”.
Como fica patente nas palavras do Prof. Plinio, São Luís Grignion não
encontrou melhor figura para explicar a dependência que devemos ter para
com Nossa Senhora do que a da escravidão, visto que, como pudemos
perceber acima, na escravidão antiga o senhor tinha todo direito sobre o
escravo, inclusive o de tirar a vida. Por conseguinte, a existência inteira do
escravo dependia da vontade de seu senhor. É claro que tal regime trazia
como efeito uma repressão de todo ser do escravo, o qual tinha sua
existência muitas vezes marcada pelo medo e a instabilidade, pois a
qualquer momento poderia ver, sem nenhum motivo, sua vida debelada
pela crueldade e tirania daquele em cuja propriedade estava ele incluído.
A figura da escravidão, portanto, não deve ser compreendida segundo a
ótica do mundo antigo, a qual tinha como fundamento uma violenta
coerção da vontade – e do próprio ser – do escravo, mas, sim, de acordo
com um novo prisma: o da escravidão de amor, cujo conceito vimos ser
excelentemente explicado pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Em síntese,
tal conceito deve ser entendido como uma entrega total, inteiramente livre,
amorosa e confiante nas mãos da Rainha do Céu e da Terra.
A escravidão de amor tem como eixo a virtude da Obediência
Como se pratica essa escravidão de amor? Se nós procurarmos pensar
como Nossa Senhora pensaria, se nós procurarmos querer o que Nossa
Senhora quereria, se nós procurarmos fazer o que Nossa Senhora faria ao
longo de nossas vidas, estaremos praticando de modo exímio essa
escravidão. Para isso a verdadeira escravidão de amor tem como eixo
central a virtude da Obediência.
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* Deus Pai não encontrou lugar mais seguro para Seu Filho.
* Tarefa de Casa
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal
Ler estudar o Tratado dos tópicos 1 a 48 (explicar que não são as
páginas)
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fazer ideia. Esta é Nossa Senhora, colocada numa plenitude acima de todas
as criaturas! Ela tem acima de si somente Deus.
Relação de Maria Santíssima com a Santíssima Trindade: o
“grampo de ouro”
Nossa Senhora teve a glória de ser a Filha predileta da Primeira Pessoa da
Santíssima Trindade: o Pai Eterno; Mãe da Segunda Pessoa da Santíssima
Trindade: Nosso Senhor Jesus Cristo; e Esposa da Terceira Pessoa da
Santíssima Trindade: Deus Espírito Santo.
Portanto está acima de qualquer criatura, acima dos próprios Anjos que são
seus súditos e servidores.
Assim, Nossa Senhora é o “grampo de ouro” que liga a Criação ao Criador.
Recapitulando a ordem da Criação
• Reino Mineral
• Reino Vegetal
• Reino Animal
• Reino Angélico
• Nossa Senhora (A maior das meras criaturas).
Tarefa de Casa
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal:
Ler o Tratado do N. 49 ao N. 89
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
* O exemplo do construtor
* Os minerais
* Os vegetais
* Os animais
* Os Anjos
* Entre Deus e nós .... Jesus.... Entre Jesus e nós ... Maria
Tarefa de casa:
a) Ler o Tratado do N. 1 ao N. 48 (explicar que não são as páginas)
b) Fazer a meditação referente aos seis primeiros dias, dos doze,
que devem ser empregados para no desapego do espírito do mundo.
c) Rezar as orações referentes a esse período, a saber:
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Parte I: Aulas
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Este era o entusiasmo que Ela tinha por Aquela que viria a ser a Mãe do
Messias. Quando o anjo Gabriel disse-Lhe que Ela era A escolhida, com
certeza sentiu – por inspiração divina – ademais das alegrias, que deveria
suportar as dores e os padecimentos da Paixão.
Ela teria de sofrer junto com seu Divino Filho todas as dores da Redenção:
escárnios, injustiças, sofrimentos sem conta na Via Crucis.
E por amor aos homens, para que os homens pudessem ser salvos, Ela
consentiu em ser a Mãe de Deus e suportar este tremendo sofrimento que
foi a Paixão.
Para termos uma pálida ideia desse sofrimento, imaginemos qualquer mãe
vendo seu filho flagelado, coroado de espinhos, insultado, levando uma
cruz por um caminho pedregoso.
E que, pelo peso dessa cruz, caísse de joelhos por três vezes sobre as pedras
do caminho. E por fim, fosse cravado na cruz.
Qual o crime que esse seu filho cometeu? Que mal ele fez? Nenhum!!
Só fez o bem e por isso o crucificam.
O que aconteceria com essa mãe? Sua dor seria tal que certamente
morreria!
Com Nossa Senhora não foi assim.
Ela sofreu toda a Paixão com todas as dores possíveis – por isso tem o
título de Corredentora - e, entretanto, Ela quis sofrer todas essas
atrocidades de livre e espontânea vontade.
Por que? Por quem? Por nós!!!
Ela quis tudo isso para que a porta do Céu fosse aberta para todos nós.
Ela sofreu com serenidade, dor, resignação perfeitas estando de pé junto ao
Seu Filho Jesus pendente na Cruz.
Até o último momento ela dizia ao Padre Eterno: “Eu consinto, eu permito
que isto aconteça ao meu Filho para que todos os homens se salvem. E
desta maneira, oh meu Pai, seja dada a Vós toda glória”.
Sofrimento de Nosso Senhor tendo em vista cada homem em
particular
Nosso Senhor, cuja inteligência era infinita, conhecia todos os homens
pelos quais deveria derramar seu preciosíssimo Sangue.
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
Ele via individualmente todos os nossos pecados e sofria para nos resgatar.
Do alto da Cruz Ele viu, a mim, com minhas imperfeições, com meus
defeitos, com minhas ingratidões.
Ele conheceu nominalmente, particularmente a cada um e sofreu por cada
um de nós. O amor de Nosso Senhor é tal que Ele morreria na Cruz
somente para salvar o único homem que existisse sobre a face da terra.
Morreria só por mim!
Nossa Senhora, nossa Advogada: conheceu e intercedeu
individualmente por cada um
Misticamente Nossa Senhora. nos conheceu a cada um de nós. E ia pedindo
perdão a Nosso Senhor por nossos pecados.
E Nosso Senhor ia perdoando a cada um a pedido d’Ela.
Ademais, foi pelos pedidos d’Ela que alcançamos a graça de ser batizados,
pertencer à Igreja Católica, única e verdadeira, de receber os Sacramentos,
de termos devoção a Ela e amor a Nosso Senhor.
Este foi e é o papel de Nossa Senhora a nosso favor junto ao Seu Divino
Filho.
Mãe de Cristo, Ela tornou-se Mãe de todos aqueles que nascem
pela Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Ela tornou-se Mãe dos pecadores.
Ela desempenhou um papel que de algum modo o próprio Deus não
poderia desempenhar.
Deus é o ofendido, Deus é o ultrajado, Deus o é juiz e, portanto, tem que
punir.
Mas Ela é Mãe!
Os senhores sabem que as mães não têm papel de julgar, elas são
advogadas.
A mãe é naturalmente advogada do filho, por mais miserável que seja o
filho. Mesmo se o filho é um crápula em relação a ela, a mãe perdoa, a
mãe pede a Deus que perdoe também.
A mãe está com o filho até mesmo quando o pai o rejeita.
Nossa Senhora pede a Nosso Senhor: “Meu Deus, meu Filho, pela minha
inocência, pela minha pureza, pelo amor que Vós sabeis que Vos tenho! E
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Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
pelo amor que tenho às Vossas Divinas Chagas, eu Vos peço em nome
destas Chagas, que perdoeis a este meu filho! ” Este é o papel de Maria,
como intercessora, junto a Deus nosso Senhor.
Nossa Senhora como intercessora nunca abandona homem algum.
Exemplos: São Pedro e Judas.
Nossa Senhora nunca abandona ninguém.
Um exemplo conhecido: São Pedro e Judas, o traidor.
São Pedro, como todos sabemos, abandonou, fugiu e negou Nosso Senhor
na Paixão.
Entretanto, depois de negar, Nosso Senhor ao passar diante dele olhou para
São Pedro.
Este começou a chorar e, segundo a Tradição, foi correndo procurar Nossa
Senhora.
Ela teve pena dele, pediu por ele e com isto São Pedro não se desesperou e
se salvou.
Judas, o traidor, vendeu Nosso Senhor – o próprio Deus - por trinta
moedas... Dizem os teólogos que se Judas tivesse procurado Nossa
Senhora para pedir perdão e ajuda a Ela, Nossa Senhora o teria recebido
com toda bondade, com toda misericórdia.
Inclusive afirmam que Ela rezou por Judas, mas este recusou, enforcando-
se na maldita corda que o precipitou no abismo eterno.
Embora Judas tenha recusado, a tal ponto chega a misericórdia da
Santíssima Virgem, que Ela estava inteiramente disposta a perdoá-lo. A
culpa de Judas não estava em não haver sido objeto de misericórdia, mas
em tê-la recusado.
Nossa Senhora presente na História da Igreja e na vida particular de
cada fiel
Nossa Senhora desde o início da História da Igreja teve um papel
importantíssimo: foi em torno d’Ela que os Apóstolos receberam o
Pentecostes; Ela acompanhou os primeiros passos da Igreja.
Ao longo da História, Nossa Senhora vai ajudando e protegendo os bons e
o bem, inclusive em batalhas contra os inimigos de seu Divino Filho, que
ameaçam a Igreja e a Cristandade (como se viu na Batalha de Lepanto,
ocorrida no ano de 1571).
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Obs: Caso haja tempo, pode-se - no final da aula - passar o áudio visual “E o nome da Virgem era
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Maria”.
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Parte I: Aulas
* Nossa Senhora foi criada por Deus por Deus para que d’Ela
viesse o Messias
* Tarefa de casa:
Para quem estiver fazendo o curso no modo normal
Ler o Tratado do N. 90 ao N. 114
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Quanta gente não fica assustada quando ouve estas palavras? Qual a razão
disso? É que fazem um exame de consciência e pensam: “Hum!!!
Escorreguei aqui, fiz o que não devia lá, quebrei um pote acolá.
Realmente, jamais irei para o Céu, pois mesmo que quisesse, não teria
forças. Sei que - por desgraça – posso pecar mais vezes ainda”.
Há em nós, uma forte tendência para o mal.
Realmente, somos concebidos no pecado original.
Por esse motivo, nós temos em nós uma forte tendência a praticar atos
contra a Lei de Deus.
Sabemos que para ser santos, devemos ser semelhantes a Jesus, praticando
o que Ele ensina no Evangelho. Mas, não sentimos forças - por nós mesmos
- para cumprir todos os preceitos.
Deus não nos deixa abandonados: concede-nos Sua bondosa Mãe
como caminho necessário para a santidade
Entretanto, Deus não nos deixa abandonados: está disposto a conceder-nos
todas as graças necessárias para nos tornarmos santos e nos salvarmos.
Contudo, essas graças nós só receberemos desde que rezemos e
invoquemos a intercessão de Sua Santíssima Mãe, que Deus quis que fosse
a Medianeira de todas as graças.
Uma vez que Deus quis servir-se Dela na Encarnação para nos salvar, quer
servir-Se Dela também para nossa santificação.
Portanto, não é somente um conselho que São Luís Grignion nos dá no
Tratado, não é uma simples recomendação: para nos santificarmos e nos
salvarmos é necessário que sejamos devotos de Maria.
Todos os santos que estão no Céu e todos os justos que vivem aqui na terra,
somente são esses heróis de virtude porque são devotos de Nossa Senhora.
Sejamos destes
Tarefa de casa
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal
Ler o Tratado dos N. 115 até o final. (Dar uma especial atenção à história
de Jacó e Rebeca, que é muito interessante e não poderá ser tratada em
aula por falta de tempo)
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* O “problema” do Pai
* O “problema” do Filho.
* O “decreto” do Pai
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Parte I: Aulas
* Por Maria, Deus nos deu a Grande Graça, Jesus Cristo, e nos
dará por Ela as outras graças
* Tarefa de casa
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal
Ler o Tratado dos N. 115 até o final. (Dar uma especial atenção à
história de Jacó e Rebeca, que é muito interessante e não poderá ser
tratada em aula por falta de tempo)
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O processo de decadência descrito aqui consiste numa glosa do que vem extraordinariamente bem
exposto pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira – mestre de Mons. João Scognamiglio Clá Dias (Fundador
dos Arautos do Evangelho) – em sua obra Revolução e Contra-Revolução
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Parte I: Aulas
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Parte I: Aulas
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* 1ª Aparição.
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Parte I: Aulas
* Tarefa de casa:
a) Fazer as meditações diárias distribuídas após esta aula (do 1º ao
6º dia)
b) Rezar as orações propostas por São Luís Maria Grignion de
Montfort para os doze dias preliminares, que vêm abaixo:
Vem, ó Espírito Criador
Ave, Estrela do mar.
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
Esse grande rio chamado Maria nunca deixará de despejar suas águas
caudalosas nesse mar infinito chamado Jesus Cristo.
Segunda verdade: Pertencemos a Jesus e a Maria na qualidade de
escravos
A segunda verdade que devemos conhecer, a segunda convicção que temos
obrigação de possuir é a seguinte: pertencemos a Jesus e a Maria na
qualidade de escravos.
Como? É o que vamos tentar explicar, com base no Tratado de São Luís
Grignion.
O que significa “escravo” na linguagem de São Luís Grignion.
O que significa a palavra “escravo” na linguagem de São Luís Maria
Grignion de Montfort?
Muitos se assustam com essa palavra, pois faz lembrar daqueles infelizes
escravos de épocas passadas da história de nossa nação, ou dos mais
infelizes ainda que viveram nos tempos do paganismo.
De fato, a condição de escravo é contra a dignidade da natureza humana e a
Santa Igreja batalhou durante séculos para que esta chaga fosse extirpada
de dentro dos povos.
Segundo São Luís Grignion, servo é o mesmo que chamamos hoje de
empregado.
São Luís Grignion faz uma distinção entre servo e escravo.
Servo, para ele, é o mesmo que chamaríamos de empregado. Este, com
efeito, é contratado por algum tempo, recebendo um salário, gozando de
inteira liberdade, dispondo de sua vida como bem entende, mas, é claro,
com o dever de cumprir o que foi estipulado no contrato.
O Escravo no Direito Romano e no Paganismo.
A condição do escravo já é bem outra.
Não tem direito algum, nada possui, não pode dispor nem de sua vida, a
qual pertence inteiramente ao seu senhor. No Direito Romano escravo é
tratado como “res”, que em latim significa “coisa”.
Nesse conjunto de leis pagãs, o escravo está na mesma categoria dos
animais, ou de objetos inanimados, desde que estes se prestem a ser
propriedade de alguém.
Bem se vê o quanto há de barbarismo nessa antiga legislação!
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Parte I: Aulas
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Parte I: Aulas
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Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
Somos ainda, conforme nosso santo, mais coléricos que os tigres, mais
preguiçosos que tartarugas, mais fracos que caniços, mais inconstantes que
cata-ventos.
Quarta verdade: Precisamos de um mediador junto ao próprio
Mediador
Reconhecendo em si um tal fundo de maldade, quem ousaria aproximar-se
de Jesus com toda segurança?
Realmente, uma pessoa contemplando as fortes afirmações de São Luís
Grignion sobre nosso fundo de maldade, poderá ter duas reações: ou de
orgulho, afirmando serem exageradas; ou de humildade, dizendo que ainda
nosso santo estaria comparando mal, pois somos muito piores.
Ora, diante de um tal fundo de maldade, alguém ousaria aproximar-se de
Jesus, a própria Santidade e Grandeza feita Homem, com toda a segurança?
Não correria o risco de ser rejeitado?
Não seria mais seguro, por assim dizer, apelar para Sua Mãe que é,
também, nossa Mãe?
Conforme São Luís Grignion, quando São Paulo afirma ser Jesus o único
Mediador entre Deus e os homens (IITim 2, 5), refere-se a Nosso Senhor
enquanto Mediador de Redenção, pois somente um Deus feito homem
poderia oferecer ao Pai um sacrifício perfeito, capaz de perdoar todo
pecado.
Qual é a razão disso?
Jesus: o Mediador de Redenção.
É que o objeto do pecado é Deus, um ser infinito.
Mesmo que seja um ato passageiro cometido por um ser limitado, por ser
contra Deus, o pecado adquire uma dimensão infinita, e só pode ser
reparado por um sacrifício de valor infinito.
Esse sacrifício foi adequadamente oferecido por Cristo no alto do Calvário.
Os mediadores de intercessão junto ao de Redenção.
De acordo com o mesmo São Luís Grignion, sendo somente Jesus o
Mediador de Redenção, podem haver outros mediadores, esses de
intercessão.
Mas sua mediação só tem verdadeiro poder em união com o único
sacrifício consumado por Nosso Senhor no alto do Calvário.
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Parte I: Aulas
Tarefa de casa:
a) Ler no Tratado do N. 90 ao N. 114.
b) Fazer as meditações diárias referentes à 1ª semana, que deve ser
empregada no conhecimento de si mesmo
c) Rezar as orações proposta para essa 1ª semana, a saber:
Ladainha do Espírito Santo
Ladainha de Nossa Senhora
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
* O homem é criado.
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Tarefa de Casa
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal
a) Fazer as meditações diárias distribuídas após esta aula (do 7º ao 12º
dia)
b) Rezar as orações propostas por São Luís Maria Grignion de
Montfort para os doze dias preliminares, que vêm abaixo:
Vem, ó Espírito Criador
Ave, Estrela do mar”.
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Parte I: Aulas
* Tarefa de casa:
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal
a) Fazer as meditações diárias referentes à semana que deve ser
empregada no conhecimento de si mesmo
b) Rezar as orações propostas por São Luís Maria Grignion de
Montfort para esse período de preparação, a saber:
Ladainha do Espírito Santo
Ladainha de Nossa Senhora
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Parte I: Aulas
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que não foram consagrados a Ela; dizemos até, por mais santos que tenham
sido.
É preciso ser fiel
Para tanto, é necessária, como foi dito anteriormente, a fidelidade, pois a
consagração não é uma “fórmula mágica”, uma “varinha de condão” capaz
de resolver todos os nossos problemas espirituais. Exige de nós um esforço
a mais para uma vida de perfeição no estado para o qual fomos chamados:
o religioso como religioso, a religiosa como religiosa, o sacerdote como
sacerdote, o homem solteiro como homem solteiro, a mulher solteira como
mulher solteira, o homem casado como homem casado, a mulher casada
como mulher casada, o viúvo como viúvo, a viúva como viúva, o pai como
pai, a mãe como mãe, o filho como filho, etc., porque em todos os estados
de vida somos chamados à santidade.
É importante frisar que o fato de termos sido chamados à prática dessa
perfeita devoção a Maria é um sinal de que Nossa Senhora nos ama
especialmente e deseja de nós uma correspondência ao seu profundo afeto.
Tendo isso em vista, cabe a nós procurar com todas as forças – e apoiando-
nos na divina graça – sermos fiéis a essa tão boa Mãe, colocando em
prática com todo entusiasmo o que Seu Divino Filho ensinou no Santo
Evangelho.
Fica aqui, então, um breve pensamento, à guisa de conclusão:
“Para dons muito elevados, deveres sérios”.
Tarefa de casa
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal
a) Fazer as meditações diárias referentes à semana que deve ser
empregada no conhecimento de Nossa Senhora
b) Rezar as orações propostas por São Luís Maria Grignion de
Montfort para esse período de preparação, a saber:
Ladainha do Espírito Santo
Ave, Estrela do mar
Um Rosário ou ao menos um Terço.
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Parte I: Aulas
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* Um pouco de Catecismo
* O que é o Batismo?
* Por essa devoção, damos a Jesus por meio de Maria tudo o que
somos e temos
Tarefa de casa
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Parte I: Aulas
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homem orgulhoso, que deseja honras, honras e mais honras, sem nunca
ficar satisfeito.
Nos três casos acima citados, as pessoas estão procurando construir sua
felicidade sobre a areia, ou seja, sobre criaturas instáveis, perecíveis, que
desaparecerão.
Imaginemos o caso de um ricaço que perde toda sua fortuna. É bem capaz
de suicidar-se, como já aconteceu com muitas pessoas ao longo da História.
Mas há, também, outros casos de pessoas ricas que, por não serem
verdadeiramente felizes em meio aos confortos e prazeres de uma vida
farta, acabaram por tirar sua própria vida.
O homem só encontrará sua felicidade em Deus: ser infinito
Por que estamos dizendo tudo isso? Para mostrar que a verdadeira
felicidade do homem, ele só a alcançará se realizar sua finalidade, cujo
objeto é um ser autenticamente infinito: Deus.
Exemplo: lamparina que arde ao lado do Sacrário
Uma outra figura, inclusive evocada por vários santos, é a da lamparina que
arde ao lado do Sacrário. Se ela tivesse capacidade de pensar, iria dizer:
“Como me alegra consumir-me para louvar, reverenciar e servir o Senhor
de todas as coisas, o qual está ali, por assim dizer, preso no sacrário! Que
cada gota de óleo que eu consuma seja um ato de amor por Aquele que me
criou através dos homens!”
Com efeito, somos mais do que lamparinas! Somos seres criados por Deus
com inteligência e vontade, com capacidade de agir, a fim de podermos
prestar a Ele livremente nosso louvor, reverência e serviço.
O que, no pensamento de Santo Inácio, significam o louvor, a reverência e
o serviço?
O que, no pensamento de Santo Inácio, significam o louvor, a
reverência e o serviço
Agora, tentaremos responder a seguinte questão: O que, no pensamento de
Santo Inácio, significam o louvor, a reverência e o serviço?
a) Louvor: um conhecimento enlevado dos atributos divinos
Louvar, para o fundador dos jesuítas, consiste, antes de tudo, num ato de
inteligência, por onde o ser humano reconhece os infinitos atributos de
Deus e os contrapõe à sua própria pequenez, o profundo amor de Deus para
consigo e a necessidade de amá-lo acima de tudo. O louvor não é um ato
frio de inteligência. Não é um simples conhecer. Mas, sim, um
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Parte I: Aulas
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
b) 2º inimigo: o demônio
Comenta São Luís Maria Grignion de Montfort (Tratado N. 88):
“Porque os demônios, que são finos ladrões, querem nos surpreender de
improviso para nos roubar e nos despojar. Espreitam dia e noite o tempo
favorável para isso, rondam incessantemente para nos devorar e nos tirar
num momento, por um pecado, tudo o que pudemos ganhar de graças e de
méritos em vários anos.
“Sua malícia, sua experiência, suas artimanhas e seu número devem nos
fazer temer imensamente essa infelicidade, visto que pessoas mais cheias
de graças, mais ricas em virtudes, mais fundadas na experiência e mais
elevadas em santidade, foram surpreendidas, roubadas e lamentavelmente
saqueadas.
Ah! Quantos cedros do Líbano e quantas estrelas do firmamento não se viu
cair miseravelmente e perder toda sua altura e claridade em pouco tempo!”.
c) 3º inimigo: o mundo
Vejamos o que dizia o santo autor do Tratado a respeito da corrupção do
mundo em sua época (século XVIII). O que ele diria, se vivesse no mundo
atual, ainda mais afundado no pecado?
“É difícil perseverar na justiça por causa da corrupção estranha do mundo.
O mundo está tão corrompido hoje, que é quase inevitável serem os
corações religiosos manchados, se não pela sua lama, pelo menos pela sua
poeira. Assim, é uma espécie de milagre alguém permanecer firme no meio
desta torrente impetuosa sem ser arrastado; no meio deste mar tempestuoso,
sem ser submergido ou saqueado pelos piratas e corsários; no meio deste ar
empestado, sem ficar contaminado”.
Como combater inimigos tão poderosos? ...
Somos soldados de Jesus Cristo. Como iremos combater inimigos tão
poderosos?
Por nosso fundo de maldade, nossa tendência para o mal, realmente não
temos forças. Não que seremos derrotados; já somos derrotados de
antemão!! Como poderemos adquirir forças para vencer?
... Revestindo-nos da armadura de Deus
Conforme São Paulo na Carta aos Efésios (6, 11-17): revestindo-nos da
armadura de Deus.
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Parte I: Aulas
ameno para ir a Jesus Cristo, porque o Espírito Santo, esposo fiel de Maria,
o indicou a eles por uma graça especial; os outros santos, porém, que são
em muito maior número, embora tenham tido devoção à Santíssima
Virgem, não entraram, ou entraram muito pouco, nesta via. E por isso
tiveram de arrostar provas bem mais rudes e mais perigosas”. (Tratado, N.
152)
2º) Um caminho curto: nele marchamos com mais alegria e facilidade
“Esta devoção à Santíssima Virgem é um caminho curto para encontrar
Jesus Cristo, seja porque dele não nos extraviamos, seja porque, como
acabo de dizer, nele marchamos com mais alegria e facilidade, e,
consequentemente, com mais prontidão. Avançamos mais, em pouco tempo
de submissão e dependência a Maria, do que em anos inteiros de vontade
própria e contando apenas com o próprio esforço: pois o homem obediente
e submisso a Maria Santíssima cantará vitórias (Prov 21, 28) assinaladas
sobre seus inimigos. Estes hão de querer impedi-lo de avançar, ou obrigá-lo
a recuar, ou derrubá-lo; mas, apoiado, auxiliado e guiado por Maria, ele,
sem cair, sem recuar, sem mesmo atrasar-se, avançará a passos de gigante
em direção a Jesus Cristo, pelo mesmo caminho, que, como está escrito (Sl
18, 6), Jesus trilhou para vir a nós em largos passos e em pouco tempo”.
(Tratado, N. 155)
3º) Um caminho perfeito, trilhado pelo próprio Cristo para se
aproximar de nós
“Esta prática de devoção à Santíssima Virgem é um caminho perfeito para
ir e unir-se a Jesus Cristo, pois Maria é a mais perfeita e a mais santa das
criaturas, e Jesus Cristo, que veio perfeitamente a nós, não tomou outro
caminho em sua grande e admirável viagem. O Altíssimo, o
Incompreensível, o Inacessível, Aquele que é, quis vir a nós, pequenos
vermes da terra, que nada somos. Como se fez isto? O Altíssimo desceu
perfeita e divinamente até nós por meio da humilde Maria, sem nada perder
de sua divindade e santidade; é por Maria que os pequeninos devem subir
perfeita e divinamente ao Altíssimo sem recear coisa alguma. O
Incompreensível deixou-se compreender e conter perfeitamente por Maria,
sem nada perder de sua imensidade; é também pela pequena Maria que
devemos deixar-nos conduzir e conter perfeitamente sem a menor reserva.
O Inacessível aproximou-se, uniu-se estreitamente, perfeitamente e até
pessoalmente à nossa humanidade por meio de Maria, sem perder uma
parcela de sua majestade; é também por Maria que devemos aproximar-nos
de Deus e unir-nos à sua majestade, perfeita e estreitamente, sem temor de
repulsa. Aquele que é quis, enfim, vir ao que não é, e fazer que aquele que
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
6
Cf. Tratado, N. 226-256
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Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
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Curso de Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort
Parte I: Aulas
Tarefa de casa
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal
a) Fazer as meditações diárias referentes à semana que deve ser
empregada no conhecimento de Jesus Cristo
b) Rezar as orações propostas por São Luís Maria Grignion de
Montfort para esse período de preparação, a saber:
Ladainha do Espírito Santo
Ave, Estrela do mar
Oração de Santo Agostinho
Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus
Ladainha do Sagrado Coração de Jesus.
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Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
* Se somos tão desprezíveis, qual a razão pela qual Deus nos cria e
nos sustenta em nosso ser?
* Exemplo do artista
* O exemplo do aluno
* O exemplo do soldado
* Nossos inimigos
* 2º inimigo: o demônio
* 3º inimigo: o mundo
* Práticas exteriores7
1ª) Exercícios preparatórios de trinta e três dias:
7
Cf. Tratado, N. 226-256
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Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
* Práticas interiores
Tarefa de casa
Para os que estiverem fazendo o curso no modo normal
a) Fazer as meditações diárias referentes à semana que deve ser
empregada no conhecimento de Jesus Cristo
b) Rezar as orações propostas por São Luís Maria Grignion de
Montfort para esse período de preparação, a saber:
Ladainha do Espírito Santo
Ave, Estrela do mar
Oração de Santo Agostinho
Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus
Ladainha do Sagrado Coração de Jesus.
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Parte I: Aulas
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Parte I: Aulas
— Não, Teresa, não! Fica sabendo que essas almas pertencem todas a
cristãos batizados como tu, e, que, como tu, eram crentes e praticantes...
— Mas se assim é, naturalmente essa gente nunca se confessou, nem
mesmo na hora da morte...
— No entanto, são almas que se confessavam, e confessaram-se também
antes de morrer...
— Por qual motivo então, ó meu Deus, são elas condenadas?
— São condenadas porque se confessaram mal...
Vai Teresa, conta a todos esta visão e recomenda aos Bispos e Sacerdotes
que nunca se cansem de pregar sobre a importância da confissão e contra as
confissões malfeitas, a fim de que os meus amados cristãos não
transformem “o remédio em veneno; a fim de que não se sirvam mal desse
sacramento, que é o sacramento da misericórdia e do perdão”.
O fato que acabamos de relatar deve ter assustado muita gente. Mas nosso
desejo é, justamente, o de despertar em todos o desejo de se utilizarem bem
desse tão extraordinário Sacramento a fim de que possam obter o remédio
de seus pecados para alcançarem, enfim, a salvação de suas almas.
As condições para uma boa confissão
“Então” – perguntará alguém – “o que devo fazer para confessar-me bem?”
É o que tentaremos agora responder.
Ensina a Doutrina Católica que as condições para se fazer uma boa
confissão são cinco:
1º) Exame de consciência
2º) Contrição ou arrependimento
3º) Confissão
4º) Absolvição
5º) Satisfação
Neste momento, vamos dar uma explicação sumária de cada um desses
pontos.
1º) Exame de consciência: uma diligente investigação
No que consiste o exame de consciência?
128
Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”
Vamos ver como responde esta questão o Papa São Pio X, em seu
Catecismo Maior:
“O exame de consciência é uma diligente investigação dos pecados que se
cometeram, desde a última confissão bem feita”.
Como fazer esse exame?
Responde o mesmo Catecismo Maior:
“Trazendo diligentemente à memória, na presença de Deus, todos os
pecados ainda não confessados, cometidos por pensamentos, palavras,
obras e omissões contra os Mandamentos de Deus e da Igreja, e contra as
obrigações do próprio estado” (...)
“Devemos examinar-nos também sobre os maus hábitos e sobre as ocasiões
de pecado” e sobre “o número de pecados mortais”.
Vamos dar um exemplo:
Imaginemos que alguém fosse fazer um exame de consciência.
Naturalmente iria começar pelo Primeiro Mandamento da Lei de Deus.
Procuraria se perguntar: “Quais são as espécies de pecado contra esse
Mandamento? Idolatria, sacrilégio, heresia, superstição e todo e qualquer
pecado contra a religião”. A pessoa conclui, pensando consigo: “É. Cometi
pecados de sacrilégio, comungando fora da graça de Deus, cinco vezes”.
Depois, passa para o Mandamento seguinte, sempre se perguntando a
respeito das espécies de pecado – pois não adianta dizer: “Pequei contra o
Primeiro Mandamento, pequei contra o Segundo Mandamento”; é preciso
dizer em que pontos foi infringido este ou aquele Mandamento – até dar a
volta, de um modo cuidadoso em todos os Mandamentos de Deus e da
Igreja.
O que é pecado mortal?
Alguém aqui presente poderá estar se perguntando: “O que é o pecado
mortal?”
Abaixo, vem a resposta dada pelo Compêndio do Catecismo da Igreja
Católica (Q. 395):
“Comete-se pecado mortal quando, ao mesmo tempo, há matéria grave,
plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a
caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do
inferno, se dele não nos arrependermos. É perdoado ordinariamente
mediante os sacramentos do Batismo e da Penitência ou Reconciliação”.
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* 3º) Confissão
* 4º) Absolvição
* Tarefa de casa
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Tema final
Em relação à Sagrada Comunhão, o que será mais
importante: a preparação ou a ação de graças?8
É claro que ambas são fundamentais, mas há razões para
distinguir, valorizar e hierarquizar cada uma das duas
situações.
O célebre e douto teólogo dominicano contemporâneo Frei Antonio Royo
Marín, nos dá a resposta. Em seu livro publicado pela Biblioteca de
Autores Cristianos (BAC) que leva o sugestivo título “Ser ou não ser
santo… Esta é a questão”, diz Royo Marín citando ao seu mestre, São
Tomás: “Para o grau de graça que nos aumentará o sacramento por si
mesmo (ex opere operato) é mais importante a preparação que a ação de
graças depois de tê-lo recebido; porque esse efeito ‘ex opere operato’ o
produz o sacramento uma só vez, no momento de recebê-lo e, por isso
mesmo, está diretamente relacionado com as disposições atuais da alma
que se aproxima para comungar, não pelas que possam se ter depois”.
O que a primeira vista poderia parecer demasiado sutil ou técnico, se
compreende facilmente dando um exemplo.
Quando vamos receber em nossa casa a um visitante importante, dispomos
as coisas da melhor maneira possível: a limpeza cuidadosa, a ordem da
sala, tudo organizado para que quem nos honra com a visita se sinta à
vontade, e tenha a melhor impressão. Devemos pensar nos detalhes, como
um bom presente floral e até, eventualmente, a concessão de um presente
para que a visita leve uma recordação indelével daquele dia.
Como receber em casa a um Chefe de Estado, por exemplo, com descuido e
precipitação? Não é possível! Pelo fato de chegar até nós, essa hipotética
pessoa ilustre nos privilegia. Se valorizamos o gesto de quem assim nos
dignifica, o hóspede ficará plenamente satisfeito… e o anfitrião também!
Agora, apliquemos o caso não a um soberano da terra ou a um presidente
eleito democraticamente… Pensemos no Rei dos reis e Senhor dos
senhores, criador e dono de tudo o que existe.
O encontro com Jesus se dá em plenitude durante a comunhão sacramental.
Também se realiza um encontro, ainda que de outra forma, na visita que se
faz em sua capela de adoração ou junto ao sacrário onde está sempre à
8
IBARGUREN, Pe. Rafael. Em relação à Sagrada Comunhão, o que será mais importante: a preparação
ou a ação de graças? In: http://oratorio.blog.arautos.org/2018/05/vinte-e-quatro-horas-eucaristicas/
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Obras consultadas
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