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Parte 1
Universidade Pedagógica
Faculdade de ciências Naturais e Matemática
Departamento de Física
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deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus Autores.
Universidade Pedagógica
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Telefone: 21 – 306720
Visão geral 9
Bem vindo ao Módulo de Mecânica Teórica parte 1 ...................................................... 9
Unidade 0 10
Aparato Matemático .................................................................................................... 10
Introdução .......................................................................................................... 10
Lição- nº 1 11
Elementos da análise vectorial ..................................................................................... 11
Introdução .......................................................................................................... 11
O.2 Operadores Gradientes e Divergência. 12
Fig. 0.1 (fonte: Índias 1992: 209), dois campos vectoriais de divergência positiva e
divergência 17
→
→ → → → → →
i. ∇ ⋅ u ± v = ∇ ⋅ u ± ∇ ⋅ v
18
→
→ → → → →
ii . ∇⋅ φ u = u⋅ ∇ φ + φ ∇⋅ u
Sumário ....................................................................................................................... 18
Lição nº 2 20
0.2.3. Operador Rotacional .......................................................................................... 20
Introdução .......................................................................................................... 20
A. Definição 20
Unidade I 27
Introdução e Conceitos Básicos da Mecânica Teórica .................................................. 27
Introdução .......................................................................................................... 27
Lição nº 1 28
Breve historial da Mecânica Teórica; Campos da física teórica; Objecto de estudo da
Mecânica Teórica; Métodos de estudo da disciplina; Divisão da Mecânica Teórica;
Propriedades do espaço e do tempo; Modelos da mecânica teórica. ............................. 28
Introdução .......................................................................................................... 28
Sumário ....................................................................................................................... 33
Lição nº 2 35
Sistemas de Referência: Posição de um ponto material em coordenadas cartesianas,
coordenadas polares,.................................................................................................... 35
Introdução .......................................................................................................... 35
Sumário ....................................................................................................................... 40
Lição nº 3 42
Posição de um ponto material em coordenadas - Coordenadas cilíndricas e coordenadas
esféricas ...................................................................................................................... 42
Introdução .......................................................................................................... 42
Sumário ....................................................................................................................... 46
Lição nº 4 48
Métodos de Determinação do Movimento de um Ponto Material ................................. 48
Introdução .......................................................................................................... 48
Sumário ....................................................................................................................... 53
Resumo da Unidade ..................................................................................................... 53
Exercícios .......................................................................................................... 56
Unidade 2 57
Cinemática do ponto material ...................................................................................... 57
Introdução .......................................................................................................... 57
Lição nº 1 58
Velocidade de um ponto material como vector: velocidade media e velocidade
instantânea; velocidade de um ponto em coordenadas cartesianas; comprimento do arco.58
Introdução .......................................................................................................... 58
Sumário ....................................................................................................................... 69
Lição nº 2 71
Aceleração de um ponto material como vector: aceleração média e instantânea;
aceleração de um ponto em coordenadas cartesianas, aceleração normal e tangencial. . 71
Introdução .......................................................................................................... 71
Sumário ....................................................................................................................... 85
Lição nº 4 93
Breve referência à coordenadas generalizadas: coeficientes de Lame - Grandezas
cinemáticas em coordenadas cilíndricas ....................................................................... 93
Introdução .......................................................................................................... 93
Sumário ..................................................................................................................... 102
Lição nº 5 104
Grandezas cinemáticas em Coordenadas Esféricas ..................................................... 104
Sumário ..................................................................................................................... 113
Resumo da Unidade ................................................................................................... 114
Exercícios.................................................................................................................. 117
Unidade 3 122
Movimentos Mais Simples do Sólido (corpo rígido) .................................................. 122
Introdução ........................................................................................................ 122
Lição nº 1 123
Movimento de translação de um sólido: Teorema sobre as trajectórias, velocidades e
acelerações dos pontos de um corpo, no caso de translação. ....................................... 123
Sumário ..................................................................................................................... 128
Lição nº 2 129
Movimento de Rotação do Sólido em Torno de um Eixo Fixo ................................... 129
Sumário ..................................................................................................................... 137
Resumo da Unidade ................................................................................................... 137
Exercícios.................................................................................................................. 139
Unidade 4 140
Movimento Composto - Cinemática do movimento relativo. ..................................... 140
Lição nº 1 142
Movimento absoluto, relativo e de transporte do ponto material: Teorema de
combinação das velocidades ...................................................................................... 142
Sumário ..................................................................................................................... 147
Lição nº 2 149
Aceleração do ponto no Movimento Complexo:Teorema de Coriolis sobre o movimento
complexo. .................................................................................................................. 149
Sumário ..................................................................................................................... 156
Resumo da Unidade ................................................................................................... 157
Exercicio ................................................................................................................... 160
Unidade 5 161
Introdução à Dinâmica: Leis da Dinâmica ................................................................. 161
Equações diferenciais do movimento do ponto e sua integração........................ 161
Lição nº 1 163
Leis da Dinâmica: Leis de Newton ............................................................................ 163
Sumário ..................................................................................................................... 167
Lição nº 2 169
Segundo Problema (ou Problema Inverso) da dinâmica do ponto material ................. 169
Sumário ..................................................................................................................... 175
Unidade 6 192
Teoremas Gerais da Dinâmica ................................................................................... 192
Lição nº 1 193
Teorema sobre a variação do momento linear do ponto material ................................ 193
Sumário ..................................................................................................................... 196
Exercício ................................................................................................................... 197
Lição nº 2 198
Teorema sobre a variação do momento angular ......................................................... 198
Introdução ........................................................................................................ 198
Sumário ..................................................................................................................... 203
Exercício ................................................................................................................... 203
Lição nº 3 204
Teorema sobre a variação da energia cinética do ponto Material Trabalho e Potência
duma força ................................................................................................................ 204
Sumário ..................................................................................................................... 212
Exercício ................................................................................................................... 213
Lição n º4 214
Campo Potencial de forças e função de força. ........................................................ 214
Teorema de conservação de energia Mecânica ........................................................... 214
Campo potencial de forças e função de força ........................................... 215
Sumário ..................................................................................................................... 225
Exercícios.................................................................................................................. 226
Sumário da unidade ................................................................................................... 227
Visão geral
Unidade 0
Aparato Matemático
Introdução
Introdução
Nesta lição você vai aprender alguns elementos da análise vectorial
que constituem uma base muito importante para a percepção dos
conteúdos da Mecânica Teórica.
Terminologia
Noção do campo
Operador Nabla
A expressão:
→ → →
→ ∂v ∂v ∂v
dv= ⋅ dx + ⋅ dy + ⋅ dz ...
∂x ∂y ∂z
∂V
componente segundo x
∂x
∂V
componente segundo y
∂y
∂V
componente segundo z
∂z
∂V → ∂V → ∂V →
grad V = i+ j+ k ...
∂x ∂y ∂z
→
Em virtude da definição do operador Nabla ( ∇ ) , podemos definir
→
o gradiente simbolicamente por: grad V = ∇ ⋅ V
14 B. Significado Físico de Operador Gradiente
Solução:
∂u r ∂u r ∂u r
Por definição, grad u = .i + j + k e, determinando as
Exemplo ∂x ∂y ∂z
r r r
derivadas parciais, obtém-se grad u = 1 i − 2 . j + 3.k .
Actividade 1
r= (x − x0 )2 + ( y − y 0 )2 + (z − z 0 )2 , que dá a distância
entre o ponto genérico P(x, y, z ) e um ponto fixo
P0 ( x 0 , y 0 , z 0 ) .
(x − x0 )i + ( y − y 0 ) j + (z − z 0 )k
grad r = = r 0 , isto é, o vector
(x − x0 )2 + ( y − y0 )2 + (z − z 0 )2
unitário de Po P
16 D. Algumas Propriedades do Operador Gradiente
→ → → → r r →
r r → r r
i. ∇ (φ ± ϕ ) = ∇ φ ± ∇ ϕ iii . ∇ (u ⋅ v ) = ∇ u u ⋅ v + ∇ v u ⋅ v
→ → →
ii . ∇ (φϕ ) = ϕ ∇ φ + φ ∇ ϕ
A. Definição
→
Chama-se divergência de um vector v , à função de ponto, isto é,
→
função de x, y e z ao produto escalar do operador Nabla ( ∇ ) ,
→
pelo vector v , função de ponto, isto é, função x,y,z, ao produto
→ →
escalar do operador Nabla ( ∇ ) , pelo vector v , e se representa
→
por div. v ; então por
→ → → → → → ∫ vds
definição: div ⋅ v = ∇⋅ v ou div ⋅ v = ∇⋅ v = lim s
v→0 v
→
Chamando de X, Y, Z as componentes do vector v , e efectuando o
produto escalar simbólico temos:
→ ∂X ∂Y ∂Z
div ⋅ v = + +
∂x ∂y ∂z
∫ div v ⋅ dv = − ∫ v . nº ds .
v s
• Operador divergência permite saber se o fluxo de um
campo vectorial através de uma superfície fechada é zero ou
não.
• Divergência é um operador que tem a função de transformar
campos vectoriais em campos escalares.
Fig. 0.1
(fonte: Índias 1992: 209), dois campos vectoriais de divergência positiva e
divergência nula.
Fig. 0.2 (fonte: Índias 1992: 210), Campo vectorial de divergência negativa
18 C. Algumas Propriedades do Operador Divergente
Fig. 0.3 (fonte: Índias 1992: 210), Campo vectorial de divergência nula.
→
→ → → → → →
i. ∇ ⋅ u ± v = ∇ ⋅ u ± ∇ ⋅ v
→
→ → → → →
ii . ∇⋅ φ u = u⋅ ∇ φ + φ ∇⋅ u
Sumário
∂ → ∂ → ∂ →
→
O vector simbólico ∇ = ( ⋅ i + ⋅ j + ⋅ k ) é chamado
∂x ∂y ∂z
de Nabla, Nabla hamiltoniano, del ou até atled (delta ao contrário,
devido ao símbolo consagrado para a sua representação) é um
operador diferencial de grande significado pois ele permite a
definição de novos operadores, muito importantes na Física em
especial.
v ∂V → ∂V → ∂V →
grad V = i+ j+ k ...
∂x ∂y ∂z
→
Em virtude da definição do operador Nabla ( ∇ ) , podemos definir
o gradiente simbolicamente por:
→
grad V = ∇ ⋅ V
→
Chama-se divergência de um vector v , à função de um ponto, isto
→
é, função de x, y e z ao produto escalar do operador Nabla ( ∇ ) ,
→ →
pelo vector v e representa-se por div. v ; então, por definição:
→ → →
div ⋅ v = ∇⋅ v
→
Chamando de X, Y, Z as componentes do vector v , e efectuando o
produto escalar simbólico temos:
→ ∂X ∂Y ∂Z
div ⋅ v = + +
∂x ∂y ∂z
20 Lição nº 2
Lição nº 2
Introdução
Seja bem vindo ao estudo da lição no 2 desta Unidade, na qual vai
aprender alguns elementos da análise vectorial que constituem uma
base muito importante para a percepção dos conteúdos da
Mecânica Teórica
Terminologia
A. Definição
→
Chama-se rotacional, rotor ou turbilhão de um vector v , função de
ponto, isto é, função de x,y,z, ao produto vectorial do operador
→ →
Nabla ( ∇ ) , pelo vector v ; então, temos por definição:
→ → →
Rot v = ∇ x v
→ →
Chamando de X,Y,Z as componentes do vector v ( sendo v função
de x,y,z). É claro que seus componentes X,Y,Z são também,
funções de x,y,z. teremos:
→ → →
i j k
→ → → ∂ ∂ ∂
Rot v = ∇ x v =
∂x ∂y ∂z
X Y Z
→ ∂Z ∂Y → ∂X ∂Z → ∂Y ∂X →
Rot v = − i + − j + − k .
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
→
Chamando l, m, n às componentes do vector Rot v , temos
portanto:
∂Z ∂Y
l = −
∂y ∂z
→
∂X ∂Z
Rot v = m = −
∂z ∂x
∂Y ∂X
n = −
∂x ∂y
Operador Rotacional em
Coordenadas Cartesianas
→ ∂Z ∂Y → ∂X ∂Z → ∂Y ∂X →
Rot v = − i + − j + − k .
∂y ∂z ∂z ∂ x ∂x ∂y
→ → → → → → → → → → → → → →
∇ ∧ u ± v = ∇ ∧ u ± ∇ ∧ v
r r
i. iii . ∇ ⋅ (u ∧ v ) = v ⋅ ∇ ∧ u − u ∇ ∧ v
→ → → → → →
ii . ∇ ∧ φ u = u ∧ ∇ φ + φ ∇ ∧ u
Solução:
Usando o determinante podemos escrever:
Exemplo v v v
i j k
v ∂ ∂ ∂
Rot .r =
∂x ∂y ∂z
x + z y + z x2 + z
v v v
Rot .r = − i − (2 x − 1). j
v
a) a = (x 2 + y 2 )i + ( y 2 + z 2 ) j + (z 2 + x 2 )k
v v v
Actividade 2
v
(
v v
R:/ − 2 z.i + y. j + x.k )
v v
R:/ 3.(z 2 − x 2 ). j
v v v
b) b = z 3 .i + y 3 . j + x 3 .k
v
c) c = .(− y 2 .i + x 2 . j )
v 1 v v
R:/ ( x + y ).k
2
Comentários:
→ ∂Z ∂Y → ∂X ∂Z → ∂Y ∂X →
Rot v = − i + − j + − k .
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Sumário
→
Chama-se rotacional, rotor ou turbilhão de um vector v , função de
ponto, isto é, função de x,y,z, ao produto vectorial do operador
→ →
Nabla ( ∇ ) , pelo vector v ; então, temos por definição:
→ → →
Rot v = ∇ x v
24 D. Algumas Propriedades do Operador Rotacional
→ →
Chamando de X,Y,Z as componentes do vector v ( sendo v função
de x,y,z, é claro que seus componentes X,Y,Z são também, funções
de x,y,z. teremos:
→ → →
i j k
→ → → ∂ ∂ ∂
Rot v = ∇ x v =
∂x ∂y ∂z
X Y Z
→ ∂Z ∂Y → ∂X ∂Z → ∂Y ∂X →
Rot v = − i + − j + − k .
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Resumo da Unidade
v ∂V → ∂V → ∂V →
grad V = i+ j+ k ...
∂x ∂y ∂z
→
Gradiente de V e o produto escalar do operador Nabla ( ∇ ) , pelo
→ →
vector v , e se representa por div. v ; então, por definição:
→ → → → ∂X ∂Y ∂Z
div ⋅ v = ∇⋅ v ou div ⋅ v = + +
∂x ∂y ∂z
→
Onde X, Y, Z as componentes do vector v
→
Rotacional de um vector v é o produto vectorial do operador
→ →
Nabla ( ∇ ) , pelo vector v
→ → →
i j k
→ → → ∂ ∂ ∂
Rot v = ∇ x v = , ou ainda
∂x ∂y ∂z
X Y Z
→ ∂Z ∂Y → ∂X ∂Z → ∂Y ∂X →
Rot v = − i + − j + − k .
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Unidade I
Introdução
Nesta unidade você vai abordar de uma forma breve e simples o
historial da Mecânica Teórica, dos campos de Física Teórica, o
seu objecto de estudo, Métodos de estudo da mecânica teórica.
Vai também ter oportunidade de rever a divisão da mecânica e
as propriedades do espaço e do tempo estudadas no primeiro
ano do curso, assim como os modelos físicos usados nesta
disciplina. De igual modo, abordaremos nesta unidade as
coordenadas cartesianas, polares, cilíndricas e esféricas e os
métodos de determinação do movimento do ponto material.
Lição nº 1
Introdução
Seja bem vindo ao estudo desta lição. Nela vai aprender, de uma
forma breve a história do surgimento da disciplina de Mecânica
Teórica, o seu objecto de estudo, os métodos aplicados no estudo
desta disciplina e rever as partes que constituem a mecânica assim
como as propriedades do espaço e do tempo.
Terminologia
Breve Historial da Mecânica Teórica
• Mecânica Teórica;
• Electrodinâmica Clássica;
30 Lição nº 1
• Mecânica Quântica;
• Física Estatística.
Divisão da Mecânica
Ponto Material
Exemplo
Corpo Rígido
Exemplo
Comentários:
Sumário
Sistemas de Referência:
Posição de um ponto material em
coordenadas cartesianas,
coordenadas polares,
Introdução
Nesta lição você vai aprender que para o estudo do movimento de
um corpo material, do ponto de vista geométrico, devemos
conhecer a posição que ele ocupa no espaço com o correr do
tempo. É impossível fazer isto se não dispomos de alguns corpos
(sistema de referência) em relação aos quais seja possível
determinar a posição do corpo em movimento ou de um ponto
nesse mesmo corpo.
Terminologia
x = x(t ) y = y (t ) z = z (t ) (1.1.1)
v v v v
Portanto, r = x.i + y. j + z.k é o raio vector que une o centro do
sistema de coordenadas cartesianas com a posição do ponto;
v v v
x, y e z são coordenadas cartesianas i , j e k são bases
(ortogonais) cartesianas
Movimento Plano
OXY: x = x (t ) , y = y (t ) e z=0
OYZ: x = 0 , y = y (t ) e z = z (t )
OXY: x = x (t ) e y = y (t )
OYZ: y = y (t ) e z = z (t )
Movimento Unidimensional
OX: x = x (t )
OY: y = y (t )
OZ: z = z(t)
a) b)
x = ρ . cos ϕ , y = ρ .senϕ
v y
r = ρ = x2 + y2 , tgϕ =
x
v v
r = r (t ), ϕ = ϕ (t ) para o intervalo de tempo estudado.
v v v
r = x.i + y. j
v v v
r = ρ . cos ϕ .i + ρ .senϕ . j
v v v v
r = ρ .(cos ϕ .i + senϕ . j ) Considerando que e ρ = cos ϕ .i + senϕ . j e
v v
v v v
que eϕ = − senϕ .i + cos ϕ . j visto que
40 Lição nº 2
v v
r = ρ .e ρ
, daqui,
r v
ρ e ϕ São coordenadas polares e e ρ e eϕ São bases polares
Sumário
x = x(t ) y = y (t ) z = z (t )
a posição de um ponto no espaço em cada instante também é
conhecida
v v v v
Portanto, r = x.i + y. j + z.k é o raio vector que une o centro do
sistema de coordenadas cartesianas com a posição do ponto;
v v v
x, y e z são coordenadas cartesianas i, j e k são bases
(ortogonais) cartesianas.
OXY: x = x (t ) e y = y (t )
OYZ: y = y (t ) e z = z (t )
OX: x = x (t )
OY: y = y (t )
OZ: z = z(t)
x = ρ . cos ϕ , y = ρ .senϕ
v y
r = ρ = x2 + y2 , tgϕ =
x
v v
r = r (t ), ϕ = ϕ (t ) para o intervalo de tempo estudado.
Lição nº 3
Introdução
Bem vindo ao estudo desta lição na qual, depois de ter aprendido os
sistemas cartesianos e o sistema polar de coordenadas, vai ter
oportunidade de alargar o seu conhecimento sobre sistemas de
determinação da posição do ponto material, recorrendo a sistemas
mais evoluídos como são os casos do sistema cilíndrico e do
sistema esférico de coordenadas.
Terminologia
Já vimos que a posição de um, ponto no espaço tridimensional
relativamente a um sistema cartesiano de coordenadas OXYZ,
considerado fixo por convenção, é determinado pelo eixo das
abcissas x e pelos eixos das coordenadas Y e Z.
Coordenadas cilíndricas (ρ , ϕ e z )
a) b)
v
e ρ - Vector unitário dirigido para fora do
cilindro;perpendicularmente a OZ
v
eϕ - Vector unitário tangente a superfície do cilindro orientado no
sentido positivo;
44 Lição nº 3
v v
e z = k - Vector unitário correspondente ao eixo OZ.
v v v
Assim, ρ , ϕ e Z são coordenadas cilíndricas e e ρ , eϕ e e Z são
v v v v
r = ρ . cos ϕ .i + ρ .senϕ . j + z.k
v v v v v
r = ρ .(cosϕ .i + senϕ . j ) + z.k ; como e ρ = cos ϕ .i + senϕ . j ,
v v
assim:
v v v
r = ρ .e ρ + z.k
r = ρ2 + Z2
Coordenadas esféricas
Fig. 1.4 Sistema de coordenadas esféricas
v v
r = r (t ), ϕ = ϕ (t ) e θ = θ (t ) .
Equações de Transição
x = r.senθ . cos ϕ
y = r.senθ .senϕ
z = r. cos θ
v v v v
er = senθ . cos ϕ .i + senθ .senϕ . j + cosθ .k
46 Lição nº 3
v v v v
eθ = cos θ . cos ϕ .i + cosθ .senϕ . j − senθ .k ;
v v v v
eϕ = − senϕ .i + cos ϕ . j + 0.k pois ϕ está no plano oxy.
ortonormadas.
Sumário
v v v
ρ , ϕ e Z são coordenadas cilíndricas e e ρ , eϕ e e Z são bases
cilíndricas (ortogonais)
v v
r = r (t ), ϕ = ϕ (t ) e θ = θ (t ) .
(ev , ev
r θ , eϕ ) São bases ortonormadas
v
48 Lição nº 4
Lição nº 4
Métodos de Determinação do
Movimento de um Ponto Material
Introdução
Seja bem vindo ao estudo desta lição! Depois de ter aprendido os
sistemas de coordenadas, vai, agora, aprender os métodos de
determinação do movimento de um ponto material, o que ira lhe
permitir efectuar uma escolha adequada do caminho a seguir no
tratamento de problemas de mecânica teórica.
Terminologia
x = x(t ) y = y (t ) z = z (t ) (1.1.1)
Método Natural
F1 ( x, y , z ) = 0 F2 ( x, y , z ) = 0 (1.1.2)
50 Lição nº 4
F1 ( x, y , z ) = 0, F2 ( x, y , z ) = 0, s = s(t ) (1.1.3)
v v v v v
r = r (t ) = x(t ).i + y (t ). j + z(t ).k
Actividade 5
Descreva os métodos
de
determinação
do movimento
do ponto
material.
1. Descreva os
métodos de
determinação
do movimento
do ponto
material.
2. Um ponto
material
percorre uma
trajectória de
raio R, cuja
equação é dada
pela expressão
x2 + y2 = R2 ,
obedecendo a
seguinte
equação horária
S = ω.R.t .
a. Em que
método
está
dado
este
movime
nto do
ponto
material
?
Comentários:
1. Para responder
esta tarefa, o
Sumário
Resumo da Unidade
x = ρ . cos ϕ , y = ρ .senϕ
v y
r = ρ = x2 + y2 , tgϕ =
x
v v
r = r (t ), ϕ = ϕ (t ) para o intervalo de tempo estudado.
v v v
r = ρ .e ρ + z.k
v
O módulo de r é:
r = ρ2 + Z2
Exercícios
Introdução
Nesta unidade, o estudante tem a oportunidade de aprofundar os
conhecimentos sobre as grandezas cinemáticas (Vector
deslocamento, vector velocidade média e instantânea, vector
aceleração), no que diz respeito ao seu tratamento como vectores e
a sua transição para a representação escalar. A velocidade do ponto
no Movimento Curvilíneo será também tema nesta unidade e o
MRU e MRUV serão tratados como casos particulares.
Lição nº 1
Introdução
Bem vindo ao estudo desta lição. Como já deve ter percebido, o
tema da lição não traz termos estranhos relativamente ao que já foi
estudado no primeiro ano, no módulo de mecânica da partícula. O
único subtema que merece especial atenção é apenas o do
comprimento de arco, o que também não poderá trazer para si
qualquer tipo de dificuldade na sua percepção devido à sua
simplicidade e relação com a definição da velocidade do ponto.
v
O raio vector r = OM corresponde à primeira posição e o
v
r ′ = OM ′ corresponde a segunda. O vector do deslocamento do
v v v
ponto M durante o tempo ∆t é ∆r = r ′ − r = MM ′ . A razão entre
ele e o acréscimo do tempo denomina-se vector velocidade média
para o intervalo de tempo ∆t :
v
v ∆r
vm =
∆t
v
Como as projecções do vector do deslocamento ∆r são, na prática,
∆x, ∆y e ∆z , temos:
v ∆x v ∆y v ∆z v
vm = i+ j+ k
∆t ∆t ∆t
60 Lição nº 1
v v ∆x v ∆y v ∆z v
v = lim v m = lim i + lim j + lim k ou
∆t → 0 ∆t → 0 ∆ t ∆t → 0 ∆ t ∆t → 0 ∆t
v dx v dy v dz v
v= i+ j+ k,
dt dt dt
v
v dr
v=
dt
ou ainda ,
v
A velocidade instantânea é igual à derivada do raio vector r ,
segundo o tempo no instante estudado.
Pode ser que você tenha dado outras respostas. Vamos ver se
elas coincidem com a conclusão que, a seguir, vamos tirar!
r
r dr
Já vimos que a velocidade instantânea é: v = .
dt
O módulo da velocidade é
MM ′
v = lim
∆t → 0 ∆t
∆s ds
v = lim =
∆t → 0 ∆t dt
ds
v=
dt
dx dy dz
vx = , vy = e vz = .
dt dt dt
Daí obtemos a fórmula do módulo do vector velocidade sob a
forma de
2 2 2
dx dy dz
v = v x2 + v 2y + v z2 = + +
dt dt dt
Unidade de v no S.I.
ds
Comparando as expressões v = e
dt
2 2 2
dx dy dz
v = + + para o módulo da velocidade v e
dt dt dt
transformando a raiz, vamos ter
dx
∧ vx dt ;
cos v, x = =
v 2 2
dx dy dz
2
+ +
dt dt dt
dy
∧ vy dt e
cos v, y = =
v 2 2
dx dy dz
2
+ +
dt dt dt
64 Lição nº 1
dz
∧ ∧ ∧
v
cos v, z = z = dt . Onde v, x , v, y e
v 2 2 2
dx dy dz
+ +
dt dt dt
∧
v, z são os ângulos formados pelo vector velocidade com o
sentido positivo dos eixos ox, oy e oz, respectivamente.
ds
Multiplicando ambos os membros da expressão v = por
dt
S t
∫ ds = ∫ v(t )dt .
0 0 t
S = ∫ v(t )dt
E, finalmente, o percurso do arco será: 0
1. Considere que as equações do movimento do ponto M
sejam dadas na forma de:
ωh
x = R cos ωt , y = Rsenωt e z= t
2π
v v v v
r = x.i + y. j + z.k
Estudo de
Exemplo Substituindo x, y e z , temos:
v v v ωh v
r = R. cos ωt.i + R.senωt. j + t.k ,ou ainda,
2π
v v ωh v
r = R.(cos ωt.i + senωt. j ) +
v
t.k
2π
66 Lição nº 1
v dx v dy v dz v
v= i+ j+ k
dt dt dt
v v v ωh v
v = − Rω .senωti + Rω. cos ωtj + k
2π
2 2 2
dx dy dz
v = + +
dt dt dt
ω
v=
2π
(4π 2
R 2 + h2 )
e) Os co-senos directores são determinados da seguinte forma:
dx
∧
v dt 2πR
cos v, x = x = =− senωt
v 2 2
dx dy dz
2 G
+ +
dt dt dt
dy
∧
vy 2πR
dt
cos v, y = = = cos ωt e
v 2 2
dx dy dz
2 G
+ +
dt dt dt
dz
∧
v h
dt
cos v, z = z = = ; Onde
v 2 2
dx dy dz
2 G
+
+
dt dt dt
G= (4π 2
R 2 + h2 )
Estudo de
Exemplo
∧ v h
Como cos v, z = z = = const . , a tangente, em cada um dos
v G
pontos da curva, forma um ângulo constante com o eixo Z:
∧
h
β = v, z = arccos
G
t
ω
S = ∫ v(t )dt sendo v =
2π
(4π 2
)
R 2 + h 2 , teremos:
0
68 Lição nº 1
t t
ω ωG
S = ∫ v(t )dt = ∫ 4π 2 R 2 + h 2 .dt = t
0 0
2π 2π
2π
E, para um período T = ,o percurso descrito será
ω
ωG ωG 2π
S= t= . =G
2π 2π ω
Hodógrafo da velocidade
v
Levemos o vector v à origem O do sistema fixo de coordenadas
v
oxyz, ou seja, construamos, no ponto O, o vector v0 ,
v
geometricamente igual ao vector v e designemos a sua
extremidade com ajuda da letra G.
v
Como o vector v varia com o tempo, o ponto G desloca-se no
espaço. A trajectória do ponto G é chamada hodógrafo da
velocidade.
Sumário
v
v ∆r
vm = .
∆t
v
v v v dx v dy v dz v v dr
v = lim vm ou v = i+ j + k ou ainda v =
∆t →0 dt dt dt dt
v
A velocidade instantânea é igual à derivada do raio vector r
segundo o tempo no instante estudado. É importante notar que a
extremidade deste vector descreve uma trajectória denominada
hodógrafo da velocidade.
dx dy dz
vx = , vy = e vz = .
dt dt dt
2 2 2
dx dy dz
v = v x2 + v 2y + v z2 = + + .
dt dt dt
t
S = ∫ v(t )dt
0
dx dy dz
x′ = v x = , y′ = v y = e z′ = vz = .
dt dt dt
Introdução
Seja bem-vindo ao estudo desta lição. Neste irá aprofundar o
vectorial da aceleração e das suas componentes.
v v v
A razão entre ∆v = v M − v , incremento do vector velocidade, e ∆t ,
incremento do tempo, é denominada vector aceleração média no
intervalo de tempo (t , t + ∆t ) :
v
v ∆v
am = .
∆t
v
Denomina-se vector aceleração instantânea w do ponto M no
instante t , o limite do vector aceleração média quando o intervalo
de tempo ∆t tende para zero.
v
v v ∆v
a = lim a m = lim
∆t → 0 ∆t → 0 ∆t
Portanto, a aceleração do ponto M é um vector aplicado ao ponto
v
em movimento e igual à derivada do vector da velocidade v ,
segundo o tempo no instante dado.
v v
v dv v d 2r
a= ou ainda a = 2
dt dt
v v v v v
r = r (t ) = x(t ).i + y (t ). j + z (t ).k
v d 2x v d 2 y v d 2z v
a= 2 i+ 2 j+ 2 k
dt dt dt
d 2 x dvx d 2 y dv y d 2 z dvz
ax = = , ay = = e az = =
dt 2 dt dt 2 dt dt 2 dt
2 2 2
d 2x d 2 y d 2z
a = a + a + a = 2 + 2 + 2
2
x
2
y
2
z
dt dt dt
d 2x
∧ a dt 2 ;
cos a, x = x =
a 2 2
d 2x d 2 y d 2z
2
2 + 2 + 2
dt dt dt
d2y
∧
ay dt 2 e
cos a, y = =
a 2 2 2
dx d y d z
2 2
+ 2 + 2
dt dt dt
d2z
∧ ∧
∧ a
cos a, z = z = dt 2 Onde w, x , a, y
a 2 2 2
d 2x d 2 y d 2z
2 + 2 + 2
dt dt dt
∧
e a, z são os ângulos formados pelo vector velocidade com o
sentido positivo dos eixos ox, oy e oz, respectivamente.
v v v v dv v v 2 v
a = at + a n ou a = .τ + .N
dt ρ
v v
Onde: τ é o vector unitário tangente e N é o vector unitário
normal.
dv v2
Assim, at = e an =
dt ρ
2 2
dv v
2
a = a +a
2 2
ou, ainda, a = + .
dt ρ
t n
76 Lição nº 2
x 2 + y 2 = 400
Donde:
ds = 6t 2 .dt
comparando estas expressões teremos
ds = dx 2 + dy 2
dx 2 + dy 2 = 6t 2 .dt
y y
x2
dx 2 1 + 2 = 6t 2 .dt
y
x2 + y2 400
.dx = 6t 2 .dt ; .dx = 6t 2 .dt ;
y2 400 − x 2
20 dx 3 2
.dx = 6t 2 .dt ; = t .dt
20 − x
2 2
20 − x
2 2 10
x t3 x t3
integrando, arcsen = +C ; = sen + C ;
20 10 20 10
t3
x = 20.sen + C ; para determinar o C, consideramos as
10
π
condições iniciais t = 0, x = R = 20m , logo C = .
2
t3 π t3
x = 20.sen + = 20 cos e
10 2 10
t3 π t3
y = 20. cos + = 20 sem
10 2 10
v t3 v t3 v
r = 20 cos .i + 20 sen j
10 10
t3 t3
x = 20 cos e y = 20sem então,
10 10
78 Lição nº 2
dx t3 dy t3
vx = = −6t 2 .sen e vy = = 6t 2 . cos ,
dt 10 dt 10
componentes da velocidade
dv x t 3 18 t3
ax = = −12t.sen − t 4 cos e
dt 10 10 10
3
dv y t 18 4 t3
ay = = 12.t. cos − t sen
dt 10 10 10
t3
Para t=2,4s = 1.38rad = 79,2º e, em seguida, efectuamos os
10
a x = −38m / s 2 e
cálculos dos quais obtemos:
a y = −54m / s 2
De onde:
a = a x2 + a 2y = 4360 = 66m / s 2
dv v2
at = e an =
dt ρ
Temos:
ds
v= = 6t 2 ; para t=2,4s ; v = 34,6m / s
dt
dv
at = = 12t = 28,8m / s 2 e, finalmente,
dt
v2 v2
an = = = 59,8m / s . Então,
ρ 20
a = at2 + a n2
2 2
dv v
2
a = +
dt ρ
k .t
Dados: x = 2.a. cos 2 e y = a.sen(k .t )
2
Sabe-se que:
k .t k .t k .t k .t k .t k .t
cos (k .t ) = cos + = cos 2 − sen 2 = cos 2 − 1 − cos 2
2 2 2 2 2 2
k .t k .t 1 + cos(k .t )
⇒ cos(k .t ) = 2. cos 2 − 1 ⇒ cos 2 =
2 2 2
1 + cos(k .t )
Assim, x = 2.a. = a.[1 + cos(k .t )]
2
x − a
x = a.[1 + cos( k.t )] x = a + a. cos( k.t ) x − a = a . cos( k.t ) a = cos(k.t )
⇒ ⇒ ⇒ ⇒
y = a.sen(k.t ) y = a.sen(k.t ) y = a.sen(k.t ) y
= sen(k.t )
a
x − a 2
= cos (k .t )
2
2
a x−a y
⇒ + = 1 ⇒ (x − a ) + y = a
2
2 2
y
2
a a
a = sen 2
(k .t )
ds
v= ⇒ ds = v.dt onde o módulo da velocidade se obtém pela já
dt
conhecida relação
[ ]
1
v = x& 2 + y& 2 = (− a.k .senk .t ) + (a.k . cos k .t )
2 2 2 = a.k
s t
Então, ds = a.k .dt ⇒ ∫ ds = ∫ a.k .dt ⇔ s = a.k .t , isto significa que o
0 0
ponto material percorre a circunferência com uma velocidade
constante (ou seja, trata-se de um movimento circular e uniforme).
k .t k .t k .t
x = 2.a. cos 2 = 2.a. cos . cos
2 2 2
Pede-se:
ρ = ρ (t ) e ϕ = ϕ (t )
k .t
ρ = 2.a. cos 2
ϕ = k .t
2
a. x = 3.t − 5 e y = 4 − 2.t
b. x = 2 − 3. cos(5.t ) e y = 4.sen(5.t ) − 1
2. Usando as equações do movimento do ponto, determine a trajectória e
a lei do movimento deste ao longo da trajectória, contando a distância a
partir da posição inicial do mesmo.
a. x = 3.t 2 e y = 4.t 2
b. x = a. cos 2 (t ) e y = a.sen 2 (t )
Comentário:
x+5 −
x = 3.t − 5 t = −
⇒ 3 ⇒ x+5⇒
y = 4 − 2.t − y = 4 − 2. 3 3 y + 2 x − 2 = 0
2 2
y= − x
3 3
x = − 5
Neste caso, o e
y
o = 4
dx d
v x = dt = dt (3.t − 5) = 3 v ox = 3 r r r
⇒ ⇔ v o = 3.i − 2. j
v = dy = d (4 − 2.t ) = −2 v oy = − 2
y dt dt
-5 0 1 x
-1 0 2 x
−1
84 Lição nº 2
x = 3.t 2 2 x
t = x 4
⇒ 3 ⇒ y = 4. ⇒ y = x trata-se duma
y = 4.t 2
− 3 3
trajectória rectilínea.
ds
v= ⇒ ds = v.dt . Para a expressão da velocidade escalar você
dt
deve obter a relação v = x& 2 + y& 2 = 10.t
ρ = A. exp(− k .t )
ϕ = k .t + ε
v v v
A razão entre ∆v = v M − v , incremento do vector velocidade, e ∆t ,
incremento do tempo, é denominada vector aceleração média no
intervalo de tempo (t , t + ∆t ) :
v
v ∆v
am = .
∆t
v
Denomina-se vector aceleração instantânea a do ponto M, no
instante t , o limite do vector aceleração média quando o intervalo
de tempo ∆t tende para zero.
v v v
v v ∆v v dv v d 2r
a = lim a m = lim ou a = ou ainda a = 2
∆t → 0 ∆t → 0 ∆t dt dt
2 2 2
d 2x d 2 y d 2z
a = a + a + a = 2 + 2 + 2
2
x
2
y
2
z
dt dt dt
v
A aceleração a tem duas componentes perpendiculares uma
v
tangente à trajectória, a aceleração tangencial at a outra
componente, é normal a trajectória, dirigida segundo a normal
principal
v v v v dv v v 2 v
Portanto, a = at + a n ou a = .τ + .N
dt ρ
v v
Onde: τ é o vector unitário tangente e N é o vector unitário
normal.
86 Lição nº 2
dv v2
Assim, at = e an =
dt ρ
2 2
dv v
2
a = a +a
2 2
ou ainda a = +
dt ρ
t n
Casos particulares:
• Aceleração nula (a = 0 ) ;
Equação do MRU
Considere um móvel percorrendo uma trajectória rectilínea com
respeito a um referencial adoptado, por exemplo, a origem do eixo
dos x. No instante de tempo t0 = 0, o móvel encontra-se em x0
(posição inicial) e, no instante de tempo t, o móvel está na posição
x. Como a velocidade média para o movimento rectilíneo e
uniforme é idêntica à velocidade em qualquer tempo, vm = v, tem-se
∆x
da definição de velocidade escalar média : v = ⇒
∆t
x − x0
v= ⇒ x − x0 = v (t − t 0 ) ; t 0 = 0s ⇒ x − x0 = vt ,
t − t0
então, isolando-se x, temos a equação horária do MRU dada pela
expressão:
x = x0 + vt
• aceleração constante;
• a velocidade varia uniformemente com o tempo;
• o espaço percorrido aumenta proporcionalmente ao
quadrado do tempo.
∆v v − v0
a= ⇒ a= ⇒ v − v 0 = a (t − t 0 ) ; t 0 = 0s ⇒
∆t t − t0
v − v 0 = at
v = v0 + at
Gráficos
88 Lição nº 2
v + v0
Portanto, do gráfico pode se escrever A = ∆x = .t e sabe-
2
se que v = v0 + at , então,
v + v0 v + a .t + v 0 1
∆ x = x − x0 = .t = 0 .t = v 0 t + at 2
2 2 2
Gráfico do x x t no MRUA
v
r t
v
∫ dr = v ∫ dt
v
r0 t0
sabe-se também que
v
v = const , logo:
v
r t
v v
∫ dr = ∫ v .dt
v
r0 t0
v v v
considerando t 0 = 0s , no início do movimento, temos r − r0 = v .t
e, finalmente:
v v v
r = r0 + v .t
OX: x = x 0 + v.t
OY: y = y 0 + v .t
OZ: z = z 0 + vt
MRUV
v
v dv v v
como a = donde se escreve dv = a.dt
dt
v v
Integrando membro a membro a expressão dv = a.dt , temos
v
v t
v v v v v
v
∫ dv = ∫ a.dt ⇒ v − v0 = a.(t − t 0 ) ; considerando t 0 = 0s no
v0 t0
v v v
v
r
v
t
v v . Sabe-se também que v = v 0 + a.t , logo:
∫ d r = (
∫ 0v + a .t )dt
v
r0 t0
Equação de Torricelli
Para o MUV pode relacionar-se velocidade, aceleração e espaço
percorrido isolando-se a variável tempo na equação de velocidade
v = v0 + at e substituindo na equação de posição
1 2
x = x0 + v0t + at
2
v − v0
v = v0 + at ⇒ t =
a
1 2
x = x0 + v0t + at
2
2
v − v0 1 v − v0
⇒ x − x0 = v0 + a
a 2 a
v.v 0 − v 02 1 v 2 − 2 vv 0 + v 02
⇒ ∆x = + a
a 2 a2
v .v 0 − v 02 1 v 2 − 2 vv 0 + v 02
⇒ ∆x = +
a 2 a
2 v .v 0 − 2 v 02
v − 2 vv 0 + v 02
2
⇒ ∆x = +
2a 2a
⇒ 2 a .∆ x = 2 v .v 0 − 2 v 0 + v − 2 vv 0 + v 02
2 2
⇒ 2 a .∆ x = v 2 − v 02
De onde se obtém a equação de Torricelli:
v 2 − v 02 = 2 a ∆ x
v v
v dv dr
Da expressão da aceleração a = como v = 1 , obtem-se
dt dr
v v
v dv dr
a= . v.
dt dr
v v
v dr v v dv
Já vimos que v = , então, a = v . v por separação de variáveis
dt dr
v v
r v
v v v v v v v v
temos a.dr = v .dv e integrando a expressão vem ∫ a.dr = ∫ v .dv
v v
r0 v0
v v
v v v v 2 − v02
donde resulta que a.(r − r0 ) =
2
v v v v v
ou ainda v 2 − v02 = 2.a.(r − r0 )
v 2
− v 02 = 2 a ∆ x
Lição nº 4
Introdução
Seja bem vindo ao estudo desta lição, na qual vai aprender a
resolver problemas de mecânica teórica com recurso aos
coeficientes de Lame. Antes de entrar concretamente na discussão
dos problemas, você terá oportunidade de perceber em que
consistem estes coeficientes e como é que são determinados, como
poderá ver logo a seguir.
v
Coordenadas Generalizadas r (q1 , q 2 , q 3 )
r dr dr (q1, q 2 , q3 )
v v
v= =
dt dt
94 Lição nº 4
v v v
r ∂r ∂q1 ∂r ∂q 2 ∂r ∂q 3 ∂qi
v= . + . + . ; = q& i
∂q1 ∂t ∂q 2 ∂t ∂q3 ∂t ∂t
Coeficientes de Lame - hi
v 2 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z
hi = = + + o que nos permite
∂q i ∂q i ∂q i ∂q i
encontrar as componentes da velocidade e da aceleração do ponto
1 d ∂T ∂T
através das expressões, vi = hi .q& i e ai = . & − ,
hi dt ∂qi ∂qi
1 2
respectivamente; onde T = v ,
2
1: Determine a velocidade e a aceleração de uma partícula em
coordenadas Polares.
Estudo de Resolução:
Exemplo
No sistema de coordenadas polares temos que as coordenadas
são
qi → ρ , ϕ .
r 2 2
∂r ∂x ∂y
H ρ = = + = (cos ϕ )2 + (senϕ )2 =1
∂ρ ∂ρ ∂ρ
r 2 2
∂r ∂x ∂y
H ϕ = = + = (− ρ .senϕ )2 + (ρ. cos ϕ )2 =ρ
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
As projecções da velocidade:
vϕ = H ϕ .ϕ& = ρ .ϕ&
1 d ∂T ∂T 1
ai = . − , onde T = .v 2
Hi dt ∂q& i ∂qi 2
Estudo de Resolução:
Exemplo
Primeiro vamos compor a função T. Você já sabe que o quadrado
da velocidade em coordenadas polares é dado por:
v 2 = ρ 2 + ρ 2 .ϕ& 2
1 d ∂T ∂T
Daí que a ρ = − . Assim, achando as derivadas
H ρ dt ∂ρ& ∂ρ
parciais, teremos o seguinte:
∂T
∂ρ& = ρ& 1 dρ&
⇒ a ρ = . − ρ .ϕ& 2 = ρ&& − ρ .ϕ& 2
∂T = ρ .ϕ& 2 1 dt
∂ρ
1 d ∂T ∂T
aϕ = . − . A determinação das derivadas parciais
Hϕ dt ∂ϕ& ∂ϕ
∂T & 2
∂ϕ& = ϕ .ρ
leva a:
1 d
⇒ aϕ = . ϕ&.ρ 2
ρ dt
( )
∂T = 0
∂ϕ
Deste modo, o vector aceleração no sistema de coordenadas polares
dado por:
r
( )r 1 d
(r
) ( r
) r
a = ρ&& − ρ .ϕ& 2 .e ρ + . ϕ& .ρ 2 .eϕ = ρ&& − ρ .ϕ& 2 .eρ + (2.ρ& .ϕ& + ρ .ϕ&&).eϕ
ρ dt
Coordenadas Cilíndricas
v v v v
v = v ρ .e ρ + vϕ .eϕ + v z .e z
v ρ = hρ .ρ&
vϕ = hϕ .ϕ&
v z = h z . z&
2 2 2
∂x ∂y ∂z
Já vimos que hi = + + e as equações de
∂qi ∂qi ∂qi
x = ρ . cos ϕ
transição são y = ρ .senϕ , então:
z=z
98 Lição nº 4
2 2 2
∂x ∂y ∂z
hρ = + + 2 2
∂x ∂y ∂z
2
∂ρ ∂ρ ∂ρ hϕ = + +
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
hρ = co2sϕ + sen2ϕ + 0
hϕ = ρ 2 sen2ϕ + ρ 2 cos2 ϕ + 0
hρ = 1 =1
hϕ = ρ 2 = ρ
2 2 2
∂x ∂y ∂z
hz = + +
∂z ∂z ∂z
hz = 02 + 02 +12
hz = 1 =1
substituindo teremos:
v v v v
v = ρ& .e ρ + ρ .ϕ&.eϕ + z&.e z
1 d ∂T ∂T 1 2
ai = . & − onde T = v ,
hi dt ∂qi ∂qi 2
T=
1
2
[
(ρ& )2 + (ρ .ϕ& )2 + (z& )2 ]
A aceleração em coordenadas cilíndricas é dada pela expressão:
v v v v
a = a ρ .e ρ + aϕ .eϕ + a z .e z
1 d ∂T ∂T
aρ = . −
hρ dt ∂ρ& ∂ρ
∂T d ∂T ∂T
= ρ& ⇒ . = ρ&& e = ρ .ϕ& 2 logo,
∂ρ& dt ∂ρ& ∂ρ
aρ =
1
1
[
ρ&& − ρ .ϕ& 2 ]
a ρ = ρ&& − ρ .ϕ& 2
1 d ∂T ∂T
aϕ = . −
hϕ dt ∂ϕ& ∂ϕ
∂T d ∂T ∂T
= ϕ&.ρ 2 ⇒ . = ϕ&&.ρ 2 + 2 ρ .ρ& .ϕ& e, =0
∂ϕ& dt ∂ϕ& ∂ϕ
aϕ =
1
ρ
[ϕ&&.ρ 2
+ 2 ρ .ρ& .ϕ& ]
aϕ = ϕ&&.ρ + 2 ρ& .ϕ&
1 d ∂T ∂T
az = dt . ∂z& − ∂z
hz
∂T d ∂T ∂T
= z& ⇒ . = &z& e, =0
∂z& dt ∂z& ∂z
1
az = [&z& − 0] = &z&
1
v
( )
v v v
a = ρ&& − ρ .ϕ& 2 .e ρ + (ϕ&&.ρ + 2 ρ& .ϕ& ).eϕ + &z&.e z
O seu módulo é
v2
(
a = ρ&& − ρ .ϕ& 2 ) + (ϕ&&.ρ + 2 ρ& .ϕ& )
2 2
+ &z&2
Comentário:
r 2 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z
Hρ = = + +
∂ρ ∂ρ ∂ρ ∂ρ
r 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z
Hϕ = = + +
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
Actividade 8
r 2 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z
Hz = = + +
∂z ∂z ∂z ∂z
(Continuação)
1 d ∂T ∂T 1 d
az = . − = . z& − 0 = &z&
Hz dt ∂z& ∂z 1 dt
Sumário
v
Coordenadas Generalizadas r (q1 , q 2 , q 3 )
v v v
r ∂r ∂q1 ∂r ∂q 2 ∂r ∂q 3 ∂qi
v= . + . + . ; = q& i
∂q1 ∂t ∂q 2 ∂t ∂q3 ∂t ∂t
v 2 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z
hi = = + + , o que nos permite
∂q i ∂q i ∂q i ∂q i
encontrar a velocidade e a aceleração do ponto através das
expressões,
1 d ∂T ∂T 1 2
vi = hi .q& i e ai = . & − com T = v ,
hi dt ∂qi ∂qi 2
v v v v
a = a ρ .e ρ + aϕ .eϕ + a z .e z
Lição nº 5
Grandezas cinemáticas em
Coordenadas Esféricas
Introdução
x = r.senθ . cos ϕ
Já vimos que: y = r.senθ .senϕ , onde r , θ e ϕ são coordenadas
z = r. cos θ
esféricas.
v r = hr .r&
v = h .θ&
θ θ
vϕ = hϕ .ϕ&
2 2 2
∂x ∂y ∂z
hr = + +
∂r ∂r ∂r
hr = sen2θ .co 2 sϕ + sen2θ .sen2ϕ + cos2 θ
hr = 1 = 1
2 2 2
∂x ∂y ∂z
hθ = + +
∂θ ∂θ ∂θ
hθ = r 2 .cos2 θ.cos2 ϕ + r 2 cos2 θ.sen2ϕ + r 2 sen2θ
hθ = r 2 = r
2 2 2
∂x ∂y ∂z
hϕ = + +
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
hϕ = r 2 sen2θ.sen2ϕ + r 2 sen2θ. cos2 ϕ + 0 .
hϕ = r 2 .sen2θ = r.senθ
v r = hr .r& = r&
Então, as componentes da velocidade serão: vθ = hθ .θ& = r.θ&
vϕ = hϕ .ϕ& = r.ϕ&.senθ
v v v v
Por substituição em v = v r .er + vθ .eθ + vϕ .eϕ encontramos o vector
v v v v
v = r&.er + r .θ&.eθ + r .ϕ&.senθ .eϕ
v2
v = r& 2 + r 2 .θ& 2 + r 2 .ϕ& 2 .sen 2θ , donde,
1 d ∂T ∂T 1 2
ai = . & − onde T = v ,
hi dt ∂qi ∂qi 2
T=
2
(
1 2
r& + r 2 .θ& 2 + r 2 .ϕ& 2 .sen 2θ )
v v v v
a = a r .er + aθ .eθ + aϕ .eϕ
1 d ∂T ∂T
ar = . −
hr dt ∂r& ∂r
∂T d ∂T ∂T
= r& ⇒ . = r&& e = r.θ& 2 + r.ϕ& 2 .sen 2θ logo,
∂r& dt ∂r& ∂r
ar =
1
1
[
r&& − r.θ& 2 − rϕ& 2 .sen 2θ ] a r = &r& − r.θ& 2 − r.ϕ& 2 .sen 2θ
1 d ∂T ∂T
aθ = . −
hθ dt ∂θ& ∂θ
T=
2
(
1 2
r& + r 2 .θ& 2 + r 2 .ϕ& 2 .sen 2θ )
∂T d ∂T
= r 2 .θ& ⇒ . = 2r.r&.θ& + r 2 .θ&& e
∂θ& dt ∂θ&
∂T
= r 2 .ϕ& 2 . cos θ .senθ logo,
∂θ
aθ =
1
r
(
2r.r&.θ& + r 2 .θ&& + r 2 .ϕ& 2 . cos θ .senθ )
1 d ∂T ∂T
aϕ = . −
hϕ dt ∂ϕ& ∂ϕ
T=
1 2
2
(
r& + r 2 .θ& 2 + r 2 .ϕ& 2 .sen 2θ )
∂T d ∂T
= r 2 .ϕ&.sen 2θ ⇒ . = 2r.r&.ϕ&.sen 2θ + r 2 .ϕ&&.sen 2θ + 2r 2 .ϕ&.θ&. cosθ
∂ϕ& dt ∂ϕ&
∂T
e = 0 logo,
∂ϕ
aϕ =
1
r.senθ
(
2r.r&.ϕ&.sen 2θ + r 2 .ϕ&&.sen 2θ + 2r 2 .ϕ&.θ&. cos θ .senθ − 0 )
Dados
Estudo de v ρ = ? a ρ = ?
Exemplo
a) vϕ = ? e v = ? ; b) aϕ = ? e a = ?
v = ? a = ?
θ θ
•
v ρ = h ρ . ρ
x = r.senθ . cos ϕ
•
vϕ = hϕ .ϕ Equações de transição: y = r.senθ .senϕ
• z = r. cos θ
vθ = hθ .θ
2 2 2
∂x ∂y ∂z
hρ = + + = sen 2θ . cos ϕ + sen 2θ .sen 2ϕ + cos 2 θ =
∂ρ ∂ρ ∂ρ
2 2 2
∂x ∂y ∂z
hϕ = + + =
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
r 2 sen 2θ .sen 2ϕ + r 2 sen 2θ . cos 2 ϕ = rsenθ
2 2 2
∂x ∂y ∂z
hθ = + + = r 2 . cos 2 θ . cos 2 ϕ + r 2 . cos 2 θ .
∂θ ∂θ ∂θ
•
•
ρv = h ρ . ρ ρv = 1 . ρ vρ = 0
• •
R.k kt
vϕ = hϕ .ϕ ⇔ vϕ = r.senθ .ϕ ⇔ vϕ = .sen
2 2
• •
vθ = hθ .θ vθ = r.θ R.k
vθ = 2
110 Lição nº 5
→ → → →
v = v ρ . e ρ + vϕ . eϕ + vθ . eθ
→ R.k kt
→ → →
v = . sen 2 . + 1
r .k kt rk 2 2
v= .sen . eϕ + . eθ
2 2 2
∂T
a =
1 d − ∂ T
ρ
h ρ dt • ∂ρ
∂ ρ
∂T
=
1 d − ∂ T
a ϕ ∂ϕ
h ϕ dt •
∂ ϕ
∂T
a =
1 d − ∂ T
θ
h θ dt ∂ϕ
•
∂ ϕ
Estudo de
Exemplo
( )
2
1 1 R.k 2
T = .v 2 ; T = . . sen θ . + 1 ;
2
2 2 2
2 2
T=
R .k
8
(
. sen 2θ + 1
2
)
R.k 2 kt
aρ = − . sen 2 + 1
4 2
∂T ∂T R.k 2
•
=0 ⇒
∂ρ
=
4
(
. sen 2θ + 1 ⇒ )
∂ρ
∂T ∂T
•
= ⇒ =0 ⇒
∂ϕ ∂ϕ
•
aϕ =
1
.
d 2 • ; a = R . d ϕ sen 2θ + 1
(
R .ϕ sen θ + 1 ϕ
2
senθ dt
) ( )
r .sen θ dt
R.k 2 kt
aϕ = . cos
4 2
∂T ∂T R 2 .k 2 R2k 2
( )
•
= R 2 θ sen 2θ + 1 ⇒ = .(2senθ . cos θ + 0 ) = .sen2θ
∂θ
•
∂θ 8 8
k .R 2 2 kt R k
2 2
aθ = sen + 1 + .senkt
2 2 8
a = a ρ2 + aϕ2 + aθ2
2
2 2 2
Rk 2 kt R.k 2 kt kt R 2 k 2
a = sen 2 + 1 + cos 2 + R 2 sen 2 + 1 + senkt
4 2 4 2 2 8
Comentário:
x = r. cos ϕ .senθ
y = r.senϕ .senθ e
z = r . cos θ
∂x
∂r = cos ϕ .senθ
r 2 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z ∂y
Hr = = + + , mas = senϕ .senθ
∂r ∂r ∂r ∂r ∂r
∂z
∂r = cos θ
(Continuação)
r 2 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z
Hϕ = = + + usando o procedimento
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
similar ao usado anteriormente, irá obter:
H ϕ = r senθ ⇒ vϕ = r.ϕ&.senθ
r 2 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z
Hθ = = + + a determinação correcta das
∂θ ∂θ ∂θ ∂θ
derivadas parciais levam ao resultado H θ = 1 ⇒ vθ =1.θ& = θ&
(
E, para o seu quadrado, v 2 = r& 2 + r 2 .θ& 2 + r 2 .ϕ& 2 .sen 2θ )
1
2
1
(
Assim, a função T = .v 2 = . r& 2 + r 2 .θ& 2 + r 2 .ϕ& 2 .sen 2θ
2
)
As projecções da aceleração da partícula no sistema esférico de
coordenadas podem ser obtidas seguindo o mesmo formalismo que
foi usado para obter as projecções da aceleração nos sistemas polar
e cilíndrico de coordenadas, isto é:
d ∂T ∂T 1 d
ar =
1
(
)
. − = . r& − r.θ& 2 + r.ϕ& 2 .sen 2θ = &r& − r.θ& 2 − r.ϕ& 2 .sen 2θ
Hr dt ∂r& ∂r 1 dt
1 d ∂T ∂T 1 d 2 & 2 2
aθ = ( ) 1
(
. − = . r .θ − r .ϕ& .senθ.cosθ = 2.r.r&.θ& + r 2.θ&& − r 2.ϕ& 2.senθ.cosθ
Hθ dt ∂θ ∂θ r dt
&
)
r
1 d ∂T ∂T 1 d 2
aϕ = . − =
H ϕ dt ∂ϕ& ∂ϕ r.senθ dt
(
r .ϕ&.sen 2θ − 0 ⇔ )
aϕ =
1
r.senθ
( )
2.r.r&.ϕ&.sen2θ + r 2 .ϕ&&.sen2θ + r 2 .ϕ&.2.senθ.cosθ.θ& = 2.r&.ϕ&.senθ + r.ϕ&&.senθ + 2.ϕ&.r.θ&.cosθ
r r r r
Assim a = a r .er + aθ .eθ + aϕ .eϕ . A partir desta igualdade pode-se
Sumário
v v v v
v = r&.er + r .θ&.eθ + r .ϕ&.senθ .eϕ
v2
v = r& 2 + r 2 .θ& 2 + r 2 .ϕ& 2 .sen 2θ de onde
v v v v
a = a r .er + aθ .eθ + aϕ .eϕ
as componentes da aceleração (a , a
r θ e aϕ ) podem ser
Resumo da Unidade
v
v ∆r
vm =
∆t
v
v v v dx v dy v dz v v dr
v = lim vm ou v = i+ j + k ou ainda v =
∆t →0 dt dt dt dt
v
A velocidade instantânea é igual à derivada do raio vector r
segundo o tempo no instante estudado.
2 2 2
dx dy dz
v = v +v +v = + + .
2
x
2
y
2
z
dt dt dt
dx dy dz
x′ = v x = , y′ = v y = e z′ = vz = .
dt dt dt
Estas são as equações de movimento do hodógrafo da velocidade
na forma paramétrica
v
v ∆v
A expressão a m = é denominada vector aceleração média no
∆t
intervalo de tempo (t , t + ∆t )
v
Denomina-se vector aceleração instantânea a à expressão:
v v v
v v ∆v v dv v d 2r
a = lim a m = lim ou a = ou ainda a = 2
∆t → 0 ∆t → 0 ∆t dt dt
2 2 2
d 2x d 2 y d 2z
a = a + a + a = 2 + 2 + 2
2
x
2
y
2
z
dt dt dt
v v v v dv v v 2 v
Portanto, a = at + a n ou a = .τ + .N
dt ρ
dv v2
Assim, at = e an =
dt ρ
2 2
dv v
2
a = a +a2 2
ou ainda a = +
dt ρ
t n
v
Coordenadas Generalizadas r (q1 , q 2 , q 3 )
v v v
r ∂r ∂q1 ∂r ∂q 2 ∂r ∂q 3 ∂qi
v= . + . + . ; = q& i
∂q1 ∂t ∂q 2 ∂t ∂q3 ∂t ∂t
v 2 2 2
∂r ∂x ∂y ∂z
hi = = + +
∂q i ∂q i ∂q i ∂q i
1 d ∂T ∂T 1 2
vi = hi .q& i e ai = . & − com T = v ,
hi dt ∂qi ∂qi 2
v v v v
v = v ρ .e ρ + vϕ .eϕ + v z .e z
v v v v
a = a ρ .e ρ + aϕ .eϕ + a z .e z
v v v v
v = r&.er + r .θ&.eθ + r .ϕ&.senθ .eϕ
v2
O seu módulo é dado por : v = r& 2 + r 2 .θ& 2 + r 2 .ϕ& 2 .sen 2θ , de
R:/
(x − a)2 + y2 = a2 equação da trajectória; S = akt lei
v kt v
r = 2a cos e ρ
do movimento; 2 vector posição em
coordenadas polares e
v kt v kt v
v = − aksen e ρ + ak cos eϕ
2 2 vector velocidade em
coordenadas polares.
π
b) r1 = ak , ϕ1 = + kt e z1 = v
2
c) v r1 = 0, vϕ1 = a.k 2 e v z1 = 0
Unidade 3
Movimento de translação de um
sólido: Teorema sobre as
trajectórias, velocidades e
acelerações dos pontos de um
corpo, no caso de translação.
Introdução
Translação:
MN = M ′N ′
v v
Na figura, considerando os raios vectores rM e rN , a igualdade
v v v
MN = rN − rM = c
v v v
rN (t ) = rM (t ) + c
v v
v N (t ) = v M (t ) ⇒ v N (t ) = v M (t )
t t
∫ v (t ).dt = ∫ v (t ).dt ou s (t ) = s (t )
0
N
0
M N M
tempo, obtemos a N (t ) = a M (t )
Actividade 9
1. Discuta o movimento de translação da terra
Comentários:
Sumário
Introdução
Terminologia
Movimento de Rotação
dθ dϕ dγ
θ = ϕ + γ e, assim, = +
dt dt dt
dω d 2θ
ε= = 2 Unidades no S.I. rad .s −1 e rad .s −2 ,
dt dt
respectivamente.
a) Rotação Uniforme
Se a velocidade angular for constante, então teremos:
132 Lição nº 2
dθ
ω= donde dθ = ω.dt , integrando com respeito t, de 0 a t e
dt
com respeito a θ de θ 0 a θ , vamos ter:
θ t
ω
dω
t
ε=
dt
de onde dω = ε .dt e, integrando teremos ∫ dω = ∫ ε .dt .
ω0 0
dθ
Da definição da velocidade ω = e tendo em conta que
dt
ω = ω 0 + ε .t , podemos escrever dθ = ω.dt e, substituindo ω ,
θ t
obteremos dθ = (ω 0 + ε .t ).dt . e integrando ∫ dθ = ∫ (ω
θ0 0
0 + ε .t ).dt
1
achamos, finalmente ,que θ = θ 0 + ω 0 .t + ε .t 2 .
2
1
As equações ω = ω 0 + ε .t e θ = θ 0 + ω 0 .t + ε .t 2 descrevem o
2
movimento de rotação uniformemente variável.
Velocidade e aceleração do ponto no caso do movimento de
rotação do corpo
s = R.θ
ds d ( Rθ ) dθ
v= = = R. = R.ω logo, v = R.ω
dt dt dt
v v v
v = R.ω .τ , sendo τ o vector unitário tangente à S indicando a
v
direcção de v .
v2 dv
an = e at = com v = R.ω .
R dt
Podemos escrever:
v 2 R 2 .ω 2 dv d (R.ω )
an = = = R.ω 2 e aτ = = = R.ε logo
R R dt dt
a n = R.ω 2 e aτ = R.ε
v v v v v v
a = at + a n ; a = R.ω 2 .n + R.ε .τ
a= (R.ω ) + (R.ε )
2 2 2
ou, ainda, a = R. ω 4 + ε 2
aτ ε
tgδ = = 2
an ω
v = R.ω = ω.r.senα
v
Isto leva-nos a considerar ω como um vector deslizante sobre o
eixo de rotação de tal sorte que o seu momento em relação ao ponto
M é, precisamente, igual à velocidade do ponto M, visto que,
v v
ω .r.senα representa o módulo do produto vectorial de r com ω :
v v v v v
v = MO x ω = ω x OM = ω x r
v v v v v v
v dv d (ωxr ) dω v v dr dω v
a= = = xr +ω x , visto que temos =ε e
dt dt dt dt dt
v
dr v
= v , a expressão da aceleração toma o seguinte aspecto:
dt
v v v v v
a = ε x r +ω x v
136 Lição nº 2
Estudo de Solução:
Exemplo
Consideremos positivo o sentido da rotação e suponhamos que
1
0 = ωo + ε .T , 2πN = ω o .T + ε .T 2
2
ωo
T =−
ε
introduzindo este resultado na segunda equação temos
ωo2 1 ω o2
2πN = − + . e ,daí, chegamos a aceleração angular:
ε 2 ε
ω o2
ε =−
4πN
A projecção da aceleração do ponto da coroa sobre a tangente é:
R.ω o2
aτ = −
4πN
Sumário
∆θ
A razão entre é denominada velocidade angular média do
∆t
corpo no intervalo de t a t + ∆ t , o limite desta razão quando
∆ t tende para zero, chama-se velocidade angular instantânea do
corpo no instante t . Deste modo,
∆θ ∆ θ dθ dθ
ωm = e ω = lim = então ω =
∆t t →0 ∆t dt dt
dω d 2θ
ε= = 2 ; Unidades no S.I. rad .s −1 e rad .s −2 .
dt dt
Resumo da Unidade
∆θ
A razão entre é denominada velocidade angular média do
∆t
corpo no intervalo de t a t + ∆ t , o limite desta razão quando
∆ t tende para zero, chama-se velocidade angular instantânea do
corpo no instante t . Deste modo,
∆θ ∆ θ dθ dθ
ωm = e ω = lim = então ω = .
∆t t →0 ∆t dt dt
dω d 2θ
ε= = 2 .
dt dt
Unidade 4
Movimento Composto -
Cinemática do movimento
relativo.
Introdução
Lição nº 1
v v v
r = r0′ + r ′
v v
Onde, r e r ′ são os raios vectores absolutos e relativos do ponto
M.
v v v v
r ′ = x ′.i ′ + y ′. j ′ + z ′.k ′ e, por conseguinte,
v
v v
( v v
)
r = r0′ + x ′.i ′ + y ′. j ′ + z.k ′
v
v dr
va =
dt
v
Diferenciamos r em relação ao tempo:
v v v v
v dr0′ di ′ dj ′ dk ′ dx ′ v dy ′ v dz ′ v
v a = + x ′. + y ′. + z. + .i ′ + . j′ + .k ′
dt dt dt dt dt dt dt
v v v v
v dr0′ di ′ dj ′ dk ′
ve = + x ′. + y ′. + z ′.
dt dt dt dt
v v v
Então, podemos escrever que: v a = v e + v r , que exprime o
teorema da combinação das velocidades num movimento complexo
do ponto.
v xa = v xe + v xr , v ay = v ey + v yr e v za = v ze + v zr
v v v
v di ′ dj ′ dk ′
ve = x ′. + y ′. + z ′. .
dt dt dt
146 Lição nº 1
r = r (t ) e ϕ = ϕ (t )
Estudo de
Exemplo
dϕ
velocidade angular de rotação é ω = , daí determinamos o
dt
dϕ
módulo da velocidade de transporte: ve = r.ω = r . .
dt
dr
vr =
dt
Como os vectores das velocidades de transporte e relativa do ponto
M são perpendiculares, o módulo da velocidade absoluta é achado
a partir da diagonal do rectângulo constituído a partir dos vectores
v v
ve e v r , veja a figura:
v v v
va = ve + vr
v a = ve2 + v r2
2 2
dϕ dr
va = r 2
+
dt dt
2 2
dϕ dr
t t
S = ∫ v a dt = ∫ r
2
+ .dt , de onde
0 a 0 dt dt
ϕ 2
dr
S= ∫ r + .dϕ
2
ϕ0 dϕ
Sumário
v v v v
v dr0′ di ′ dj ′ dk ′
ve = + x ′. + y ′. + z ′. .
dt dt dt dt
148 Lição nº 1
Aceleração do ponto no
Movimento Complexo:Teorema de
Coriolis sobre o movimento
complexo.
Introdução
Terminologia
150 Lição nº 2
v
O vector aceleração absoluta a a do ponto M é igual a:
v
v dv
a a = a ; como
dt
v v v v
v dr0′ di ′ dj ′ dk ′ dx ′ v dy ′ v dz ′ v
v a = + x ′. + y ′. + z. + .i ′ + . j′ + .k ′
dt dt dt dt dt dt dt
ao diferenciar teremos:
v v v v
v d 2 r0′ d 2 i′ d 2 j′ d 2k ′
a a = 2 + x ′. 2 + y ′. 2 + z. 2 +
dt dt dt dt
d 2 x′ v d 2 y′ v d 2 z′
+ 2 .i + 2 . j + 2 .k ′ +
dt dt dt
v v v
dx ′ d i ′ dy ′ dj ′ dz ′ dk ′
+ 2. . + . + .
dt dt dt dt dt dt
v v v v
v d 2 r0′ d 2 i′ d 2 j′ d 2k ′
ae = 2 + x ′. 2 + y ′. 2 + z ′. 2
dt dt dt dt
v v v
v dx ′ di ′ dy ′ dj ′ dz ′ dk ′
ac = 2. . + . + .
dt dt dt dt dt dt
v v v v
a a = ae + a r + a c
Projectando este vector sobre os eixo de coordenadas Oxyz,
obtemos:
Oy: a y = a y + a y + a y
a e r c
Ox: a x = a x + a x + a x
a e r c
Oz:
a za = a ze + a zr + a zc
r
A grandeza di ′ pode ser interpretada como a velocidade do fim
dt
v
do vector unitário i ′ que foi levado a um ponto fixo. ao ponto O,
por exemplo. Neste caso, podemos escrever:
152 Lição nº 2
v
di ′ v v v
= ω x i ′ onde ω é o vector velocidade angular instantânea do
dt
triedro O ′x ′y ′z ′ do corpo S , da mesma forma, escreve-se:
v v
dj ′ v v dk ′ v v
= ω x j′ e = ω xk′ .
dt dt
dx ′ v v′ dy ′ v v′ dz ′ v v′
v
ac = 2. .(ω x i ) + .(ω x j ) + (
.ω xk )
dt dt dt
v dx ′ v dy ′ v dz ′ v
ac = 2 ω x .i ′ + . j′ + .k ′ .
dt dt dt
v dx ′ v dy ′ v dz ′ v
Como vr = .i ′ + . j′ + .k ′ , é a velocidade relativa,
dt dt dt
podemos escrever:
v v v
a c = 2(ω x v r )
∧
a c = 2ω.v r .sen ω , v r
1. Aceleração do ponto em coordenadas polares
dϕ dω d 2ϕ
ω= e ε= = 2
dt dt dt
Estudo de d 2ϕ
Exemplo aτ = r . ε = r .
e
e é de sentido perpendicular ao raio
dt 2
polar, apontando para o lado, determinado pelo sinal de d 2ϕ dt 2 .
2
dϕ
a ne = r .ω 2 = r . e é orientado segundo o raio polar,
dt
apontando para o centro O. Veja a figura
d 2r
ar =
dt 2
154 Lição nº 2
continuação:
dϕ dr v v
ac = 2ω.v r .sen90 0 = 2. . , pois ω e v r são perpendiculares.
dt dt
v v v v v
aa = aτe + ane + a r + ac
aa = (a ) + (a )
a 2
r
a 2
ϕ ou a a = (&r& − r.ϕ& ) + (r.ϕ&& + 2r&.ϕ& )
2 2 2
B r
P O x
Comentário:
r dy r r
v r = . j = −ω. r 2 − a 2 .senω .t. j → velocidade relativa
dt
r r
r dv
ar = r = −ω 2 . r 2 − a 2 . cos ω .t. j → aceleração relativa
dt
π 3π
quando t = ou quando t = .
2ω 2ω
r r r r
Para estes instantes a r = 0. j e v r = mω. r 2 − a 2 . j
r r
A aceleração de transporte será ae = ω 2 .a.i
r r r r r
A aceleração de Coriolis será aC = 2.ω × v r onde ω = ω.k
r r r
Tendo em conta o produto vectorial k × j = −i , então,
r r r r r
aC = ±2.ω 2 r 2 − a 2 .i . Então a a = a e + aC
r
( ) r
( ) r
a a = ω 2 .a ± 2.ω 2 . r 2 − a 2 .i = ω 2 . a ± 2. r 2 − a 2 .i
156 Lição nº 2
Sumário
v
O vector aceleração de transporte ae do ponto é dado por:
v v v v
v d 2 r0′ d 2 i′ d 2 j′ d 2k ′
ae = 2 + x ′. 2 + y ′. 2 + z ′. 2
dt dt dt dt
v d 2 x ′ v d 2 y ′ v d 2 z ′ v expressão:
ar = .i ′ + 2 . j ′ + 2 .k ′
dt 2 dt dt
v
A parcela da fórmula do vector a a denomina-se aceleração de
Coriolis do ponto, e pode ser escrita da seguinte forma:
v v v
v dx ′ di ′ dy ′ dj ′ dz ′ dk ′
ac = 2. . + . + .
dt dt dt dt dt dt
v v v v
a a = ae + a r + a c
Resumo da Unidade
v v v v
v dr0′ di′ dj ′ dk ′
ve = + x′. + y ′. + z ′.
dt dt dt dt
v v v
va = ve + v r
v
O vector aceleração de transporte ae do ponto é dado por:
v v v v
v d 2 r0′ d 2 i′ d 2 j′ d 2k ′
ae = 2 + x ′. 2 + y ′. 2 + z ′. 2
dt dt dt dt
v d 2 x′ v d 2 y′ v d 2 z ′ v
ar = .i ′ + 2 . j ′ + 2 .k ′
dt 2 dt dt
v
A parcela da formula do vector a a denomina-se aceleração de
Coriolis do ponto que pode ser escrita da seguinte forma:
v v v
v dx ′ di ′ dy ′ dj ′ dz ′ dk ′
ac = 2. . + . + .
dt dt dt dt dt dt
158 Lição nº 2
v v v v
a a = ae + a r + a c
Exercicio
(Continuação)
a.π 2 2
1
(R: aabs= .2 m/s2)
4
Introdução
Introdução
v
Denominemos o vector p da quantidade de movimento (ou
momento linear) do ponto material M o vector que é aplicado neste
ponto e é igual ao produto da massa do ponto pelo vector
velocidade deste no instante dado.
r v
p = m.v
v v v v
r = x.i + y. j + z.k representa o vector posição do ponto em relação
v v
a um referencial inercial e &r& = a é a aceleração do ponto num
instante dado. Nesta forma, a segunda lei de Newton chama-se
equação básica da dinâmica do ponto material e é enunciada da
seguinte forma:
v v
A expressão F = m.&r& é uma equação diferencial de segunda ordem
que, decompondo o vector nas suas componentes, é equivalente ao
seguinte sistema de três equações:
2
Fx =
d
(m.v x ) = m dv x = m d 2x ou Fx = m.&x&
dt dt dt
dv y d2y
Fy = (m.v y ) = m
d
=m 2 ou F y = m.&y&
dt dt dt
2
Fz =
d
(m.v z ) = m dv z = m d 2z ou Fz = m.&z&
dt dt dt
v v
FAB = − FBA
Segunda lei de Newton
v v v v
r = x.i + y. j + z.k é o vector posição do ponto em relação a um
v v
referencial inercial e &r& = a é a aceleração do ponto num instante
dado. Nesta forma, a segunda lei de Newton denomina-se de
equação básica da dinâmica do ponto material e é enunciada da
seguinte forma:
Introdução
Seja bem vindo ao estudo desta lição, na qual você vai ter
oportunidade de aprender o segundo problema básico da dinâmica
do ponto material e resolver problemas ligados a forças variáveis
dependentes da posição, do tempo e da velocidade.
m.&z& = Fz (x, y , z , v x , v y , v z , t )
d 2x
m = Fx ( x, v, t )
dt 2
do tipo:
v = v0 + f (t )
dx
Façamos, agora, a substituição em v = e voltemos a separar as
dt
variáveis.
dx
v= = v 0 + f (t )
dt
dx = [v 0 + f (t )]dt
t
Integrando mais uma vez teremos x = x0 + v 0 t + ∫ f (t )dt
0
dv d 2x
m = m 2 = F (v )
dt dt
dx
E em seguida fazemos v =
dt
dv
m = F (v ) de imediato,
dt
dv dv dx dv
= . = v.
dt dx dt dx
dv dv dv
m = m.v. = F (v ) então, m.v. = dx , por conseguinte, a
dt dx F (v )
integral será:
v
dv
m.∫ v. = x − x0
v0
F (v )
c) Caso em que a força depende unicamente da posição do
ponto em movimento
d 2x
m = F (x ) .
dt 2
d 2 x dv dx dv
Façamos 2
= . = v. .
dt dt dx dx
dv
m.v. = F ( x ) separação de variáveis
dx
v
1 x 1 2 1 2 1 x
∫ vdv = m x∫ F (x )dx ; 2 v − 2 v0 = m x∫ F (x )dx ;
v0 0 0
x
2
F ( x )dx
m x∫0
v = v 02 +
dx
Para determinar x usamos a definição v = , donde
dt
x
dx 2
= v 02 + ∫ F ( x )dx separando as variáveis e integrando
dt m x0
respeitando as condições iniciais teremos:
x t
dx
∫ 2
x
= ∫ dt
v + ∫ F ( x )dx
x0 2 0
0
m x0
1. Determine a equação de movimento de um ponto material
de massa m que se move ao longo de uma trajectória
rectilínea horizontal, com uma velocidade inicial v0 e
sujeito à acção de uma força que se opõe ao movimento e é,
em cada instante, proporcional à velocidade.
x t k
m − m .t k
⇒ ∫ dx = v 0 . − ∫ e .d − .t
x0 k 0 m
mv 0 − mk .t mv 0 − m .t
t k
x − x0 = − .e ⇒ x − x0 = − . e − 1 ⇒
k 0 k
mv 0 − .t mv0 − .t
k k
x = x0 + .1 − e m e se x0 = 0 , x= .1 − e m
k k
174 Lição nº 2
Esquema:
Comentário:
Este movimento, admitindo que o ponto
material se desloca na vertical para baixo
(sentido negativo), pode ser descrito, a
uma dimensão (z por exemplo), pela
dv
equação m = − mg − kv .
dt
Lição nº3
Princípio de D’Alembert
Introdução
Bem vindo a esta lição. Aqui você vai aprender um princípio que lhe
possibilita resolver os problemas da dinâmica aplicando os
procedimentos da estática.
v n v
N = ∑ N i (das forças passivas).
i =1
v v v
É sob a acção da resultante destas forças R = F + N que o ponto se
movimenta, com base na segunda lei de Newton desenvolvendo a
v v
aceleração a que é orientada segundo a linha de acção de R ,
sendo que
v v v v v v v v
R = m.a ⇒ F + N = m.a ⇒ F + N + (−ma ) = 0
v v
A parcela (− ma = I ) possui dimensões da força e é chamada força
de inércia do ponto material.
v v
A força de inércia I do ponto material é o vector (− ma ) , o qual,
como é aplicado ao ponto em movimento, possui um módulo igual
à multiplicação da massa do ponto pela aceleração deste e sentido
inverso ao do vector da aceleração do ponto.
A força de inércia é:
• Fictícia;
• Dada pelo produto da massa pela aceleração do ponto
tomada com sentido oposto;
• Diferente das forças activas e reactivas pelo facto de que
não é capaz de produzir ou colaborar no movimento do
ponto;
• Acrescentada às forças activas e reactivas para com elas
realizar um hipotético equilíbrio instantâneo.
Enunciado:
v v v
F+N +I =0
Quando, num caso particular, o ponto material é livre, supomos
v
N = 0 e temos
v v
F+I =0
v v v
A equação vectorial F + N + I = 0 pode ser escrita através das
projecções sobre os eixos inerciais de coordenadas:
Fx + N x + I x = 0 Fy + N y + I y = 0 Fz + N z + I z = 0 , de
d 2x
I
x = − m.a x = − m .
dt 2
r r d2y
I = − m.a ⇔ I y = −ma y = −m 2
dt
d 2z
z
I = − ma z = − m
dt 2
v
v n v n v
; N i a resultante das reacções das ligações
Fi = ∑ Fi ext + ∑ Fij
i =1 i =1
i≠ j
v v v v v
Fi + N i + (−mi ai ) = 0 , i = 1,2,..., n onde − mi .ai = I i
Enunciado:
v v
∑ [F + N ]
n
v
i i + (−mi ai ) = 0
i =1
n v v
[ v
]
∑ Fi + N i + (−mi ai ) = 0
i =1
n
∑
[ Fi Ni Ii]
τv ext + τv + τv = 0
i =1
r
h
r r r
Equação do movimento: Aqui a = a c = − ω 2 .r.er
T . cos α = m.ω 2 .r g h h g
⇒ tgα = 2 mas tgα = ⇒ = 2
T .senα = m.g ω .r r r ω .r
g
Assim, h =
ω2
Claro que você conclui que a altura do cone descrito é tanto menor
quanto maior for a velocidade angular
Para isso, vamos fazer um diagrama do corpo livre, no qual às forças que
r r
( )
agem sobre a esfera T ∧ Fg se adiciona à força de inércia.
r
A T
h
r
r m.ω 2 .r.er
r
Fg
De acordo com o princípio de D'Alembert, estas três forças devem estar
em equilíbrio. Como tal, a resultante dos torques em relação ao ponto A
deve se anular:
r r
∑τ A = 0 ⇒ Fg .r + T .0 − m.ω 2 .r.h = 0 ⇒ Fg .r − m.ω 2 .r.h = 0
g
m.g .r = m.ω 2 .r.h ⇒ h =
ω2
Você pode chegar ao resultado usando a condição de equilíbrio das
forças em vez do equilíbrio dos torques.
r
a φ
T . cos ϕ − Fg − m.a = 0
Sumário
Ponto material:
v v v
F+N +I =0
v v
∑ [F + N ]
n
v
i i + (−mi ai ) = 0
i =1
n v v
[ v
∑ Fi + N i + (−mi ai ) = 0 ]
i =1
n
∑
[
τv ext + τv + τv = 0
Fi Ni Ii ]
i =1
1. Qual é a velocidade que deve ter um ciclista, que faz uma curva
circular de 10 m de raio, numa pista inclinada de 45º com a
horizontal?
Resumo da Unidade
v v
FAB = − FBA
Segunda lei de Newton
d dv z d 2z
Fz = (m.v z ) = m =m 2 ou Fz = m.&z&
dt dt dt
v v v
F+N +I =0
v v
∑ [F + N ]
n
v
i i + (−mi ai ) = 0
i =1
n v v
[ v
∑ Fi + N i + (−mi ai ) = 0 ]
i =1
n
∑
[
τv ext + τv + τv = 0
Fi Ni Ii ]
i =1
Exercícios
r
F max = M .r .ω 2 1 +
R:/ L
1 e kgt − e − kgt 1
R:/ v = . kgt − kgt
; v∞ =
k e +e k
v o + 50 v − 20
x = 893 ln + 357 ln o m
v + 50 v − 20
30º 30º
A B
Unidade 6
Certamente que esta não é a primeira vez que você se depara com
os termos colocados no quadro das terminologias! Já nos Módulos
de Mecânica I e II travou conhecimento de tais termos.
r t r
I = ∫ F .dt (2.6)
t0
r r t r
m.v − m.vo = ∫ F .dt
0
r r r
onde F .dt = dI é o impulso elementar da força F durante o
r t r
intervalo de tempo infinitesimal dt, e I = ∫ F .dt é o impulso de
0
r
F no intervalo de tempo de 0 a t.
Claro que você nota que precisa apenas projectar o vector sobre os
eixos do sistema de coordenadas, obtendo o seguinte:
t
Resolução:
Fig.6.2
r r
Fa v x
196 Lição nº 1
r v r r v r
∆p = ∫ F .dt ⇔ ∆p = ∫ Fa .dt ⇒ ∆p x = Fax .∆t ⇔ ∆p x = − Fa .∆t
vo vo
vo
m.v x − m.v ox = − µ .N .∆t ⇒ − m.v o = − µ.m.g .∆t ⇒ µ =
g .∆t
20 m.s 2
µ= = 1 = 0,34
9,8.6 s.m.s
Comentário:
Sumário
A variação da quantidade de movimento (do momento linear) de
um ponto material num intervalo de tempo determinado é igual ao
impulso-vector da força neste mesmo período de tempo.
t
r r r r
∆p = m.v − m.v o = ∫ F .dt
0
Se sobre o ponto não actua nenhuma força (ou actua um conjunto
de forças cuja a resultante é nula),
r o momento linear da partícula
material permanece constante: ∆p = 0 .
Exercício
Lição nº 2
Introdução
Bem vindo à segunda lição da Unidade 6. Tal como aconteceu na lição
anterior, esta constitui uma oportunidade para você consolidar aspectos
importantes sobre a grandeza momento angular de uma partícula e
discutir a sua variação em função das causas que provocam tal variação.
r
Considere um ponto material de massa m cujo vector-posição é r que,\
r
sob a acção de uma força F , possui num dado instante uma velocidade
r
v.
z Fig.6.3
M
r r r r
lo r p = m.v
r
0 y F
x
O que é momento angular da partícula?
[ ]
r r
E, quanto ao termo r , F ?
Cremos que você reconhece que ele não é nada mais que a
definição do torque que age sobre a partícula. Por isso,
r
dl o
dt
[ ]
r r r r
= r , F = τ o , onde τ o é o torque, em relação ao centro O,
r
gerado pela força F .
dl ox
ox : dt = τ ox
r
dl o r dloy
= τ o ⇔ oy : = τ oy (5.6)
dt dt
dl oz
oz : dt = τ oz
200 Lição nº 2
É óbvio que, se você fizer uma leitura atenta, concluirá que a causa da
variação do momento angular da partícula, em relação a um ponto, com o
tempo é a resultante dos torques (calculados em relação ao mesmo ponto
O) das forças que agem sobre o ponto material.
Comentário:
Exercício
1
O momento de inércia da roda I = m.r 2 .
2
Lição nº 3
Terminologia
Você já deve ter notado que uma das grandezas que são usadas para
determinar o efeito da acção duma força sobre um ponto material é
o trabalho.
r
v Fig.6.5
r
M dr M2
r
M1 F
r
Chama-se
r trabalho elementar da força F , o produto escalar do
vector F pelo vector deslocamento elementar:
( )
r r
δW = F .ds. cos F , vr , onde drr = ds
r r
(
δW = F , dr ⇔ ) (7.6)
δW = Fx .dx + Fy .dy + Fz .dz
Aqui você tem duas fórmulas, das quais a que envolve a razão
trigonométrica chama-se fórmula geométrica e a que envolve
projecções dos vectores chama-se fórmula analítica.
[W ] = 1 J no SI (8.6)
Por isso:
r
Chama-se potência da força F a relação entre o δW da força e o
δW
intervalo de tempo dt em que este trabalho é realizado: N =
dt
r
( )
r
dr r r dx dy dz
⇔ N = F , = F , v = Fx . + Fy . + Fz . (9.6)
dt dt dt dt
[N ] = 1 J = 1Watt (1W ) usa − se tambem 1cv (Hp ) = 736 W
s
r n r
Considere F = ∑ Fi , então, o trabalho da resultante é dado por:
i =1
( ) ( )
r r r r r r
W = ∫ F , dr = ∫ F1 + F2 + ... + Fn , dr =
C C
= ∫ (F , dr ) + ∫ (F , dr ) + .... + ∫ (F , dr ) ⇒
r r r r r r
1 2 n
C C C
n r r n r r
W = ∫ ∑ Fi , dr = ∑ ∫ Fi , dr ( )
C i =1 i =1 C
Assim:
n r r n r r
W = ∫ ∑ Fi , dr = ∑ ∫ Fi , dr ( ) (10.6)
C i =1 i =1 C
208 Lição nº 3
W = T − To ⇔ W = ∆T (11.6)
r
M v
r
vo Fig.6.6
r
Mo Fo
( )
dvτ r r r
m. = Fτ = F . cos F , v
dt
( )
dv r r r ds
⇒ m.vτ . τ = F . cos F , v onde vτ = . Multiplicando ambos
ds dt
membros da equação por ds:
r
( )
r r
m.vτ .dvτ = F .ds. cos F , v .
1
d m.v 2 = δW e integrando o 1º membro por velocidade e o 2º
2
membro pelo arco, teremos:
v 2
1 2 m.v 2 m.v o
∫v d 2 m.v = C∫ δW ⇔ 2 − 2 = C∫ (Fx .dx + Fy .dy + Fz .dz )
o
r
N Fig.6.7
r r
vo Fa r
Fg
Você pode ver que o corpo está sujeito a 3 (três) forças: A reacção
r r r
normal N , a força de atrito Fa e a força de gravidade Fg .
t = 1,74 s
E como é que você calcula o deslocamento?
(F , sr ) + (F , sr ) = ∆T ⇔ (F )
r r r r r
a g a + Fg , s = ∆T ⇒ −mg.(µ. cos 30 + sen30).s = ∆T
2 2 2
m.v 2 m.vo m.vo vo
− mg.(µ. cos 30 + sen30).s = − =− ⇒s=
2 2 2 2.g.(µ. cos 30 + sen30)
100 m 2 .s 2 100 100
s= = m = = = 8,69 m
2.9,8.(0,1.0,866 + 0,5) s .m
2
19,6.0,5866 11,49736
Sumário
A grandeza física trabalho representa a medida da acção da força
relativamente ao caminho percorrido pelo ponto de aplicação da
força.
r
Chama-se
r trabalho elementar da força F , ao produto escalar do
vector F pelo vector deslocamento elementar:
( )
r r
δW = F .ds. cos F , vr , onde drr = ds
r r
(
δW = F , dr ⇔ )
δW = Fx .dx + Fy .dy + Fz .dz
r
O trabalho realizado pela força F num percurso finito M 1 M 2 = C
é a integral curvilínea do trabalho elementar para o arco
M1M 2 = C
r r
( r
) r r
( )
da trajectória: W = ∫ F , dr = ∫ F . cos F , v .ds
C C
r
Chama-se potência da força F à relação entre o δW da força e o
δW
intervalo de tempo dt em que este trabalho é realizado: N =
dt
r
( )
r
dr r r dx dy dz
⇔ N = F , = F , v = Fx . + Fy . + Fz .
dt dt dt dt
W = T − To ⇔ W = ∆T
2
vo
Solução: s =
2. g.(µ c . cos α − senα )
214 Lição n º4
Lição n º4
Teorema de conservação de
energia Mecânica
Introdução
Bemvindo a esta lição. Tal como nas lições referentes aos teoremas
precedentes, aqui você começa por rever e reformular os conceitos
basilares para a formulação e demonstração do teorema. Com efeito,
tanto os conceitos basilares quanto o teorema, são aspectos que você,
certamente, já discutiu e aplicou ao longo da sua carreira estudantil
mesmo usando outras designações. Por isso, esta lição servirá para você
solidificar a sua percepção e ampliar o campo de aplicação bem como
clarificar a interpretação do mesmo.
Estamos certos de que você optou por tentar fazer uma analogia com os
conceitos campo de diversos jogos, campo referente a uma zona fora do
ambiente urbano, etc. E nota que em qualquer dos casos trata-se de
regiões do espaço com uma certa propriedade.
Em cada um dos casos, cada ponto duma região do espaço está associado
um determinado vector. Assim, uma carga eléctrica colocada num ponto
do campo eléctrico fica sujeita a uma força eléctrica (electrostática), um
Exemplo ponto material dotado de massa quando colocado num ponto do campo
gravitacional fica sujeito a uma força gravitacional e um magnéte (íman)
ou carga eléctrica em movimento num campo magnético fica sujeito a
uma força magnética
216 Lição n º4
M Fig.6.8
C1
C2
Mo
r r r r
Pela definição de campo potencial, ∫ .dr =
F
C1
∫ .dr
F
C2
Fx Fy Fz
r
Para que tal igualdade se verifique é necessário que rotF = 0 pois, se a
r
superfície existe então dS ≠ 0 .
∂V
Fx = − ∂x
r ∂V r ∂V r ∂V r ∂V
F = −∇V = − .i − .j − .k ⇒ Fy = − (13.6)
∂x ∂y ∂z ∂y
∂V
Fz = −
∂z
∂V
B B B
r r r r ∂V ∂V
W = ∫ F .dr = ∫ [− ∇V (r )].dr = − ∫ .dx + .dy + .dz
A A A
∂x ∂y ∂z
∂V
B
∂V ∂V B
W = − ∫ .dx + .dy + .dz = − ∫ dV = −(VB − V A ) ⇔
A
∂x ∂y ∂z A
W = V A ( x 0 , y 0 , z 0 ) − V ( x, y, z ) ⇔ W = − ∆V
218 Lição n º4
2
v v
Tendo presente que, W12 = ∫ F .dr o trabalho ao longo de uma
Exemplo 1
2 2
v v v v v
trajectória, Fig.2 W12 = ∫ F .dr = − k ∫ r ds ,Onde ds representa o
1 1
v
deslocamento ao longo da trajectória escolhida e r o vector
deslocamento ao longo da mola.
v v
Ora r .ds = r. cos θ .ds e ds. cos θ = dr , logo, o trabalho é dado
pela expressão.
2
v v k .r22 k .r12
W12 = − k ∫ r .dr ⇔ W12 = − + ⇔
1
2 2
k .r12 k .r22
W12 = −
2 2
W = − ∆V
∆T = − ∆V (15.6)
Para uma partícula que se move num campo potencial de forças, sob a
acção exclusiva das forças potenciais, o aumento da energia cinética do
corpo é igual à diminuição da energia potencial no mesmo percurso e
vice-versa. Isto significa que a energia potencial se transforma em
energia cinética e vice-versa..
Sugestão:
Formule o teorema!
T + V ( x, y , z ) = To + V ( x o , y o , z o ) (16.6)
m.v 2 dx
Resolução: Você sabe que T = onde v = . Isto significa
2 dt
que, para você compor a energia cinética, precisa de determinar a
derivada temporal da coordenada do ponto material:
dx d (cos(ωt − ϕ o ))
v= = = − a.ω.sen(ωt − ϕ o )
dt dt
m 2 2
Então, T = .a .ω .sen 2 (ω.t − ϕ o ) . No entanto, uma das formas para
2
expressar a energia cinética em função da posição do ponto material é
recorrer à identidade fundamental da trigonometria (mas não é a única)!
T=
m 2 2
2
[ m
] [
.a .ω 1 − cos 2 (ω.t − ϕ o ) = .ω 2 a 2 − a 2 . cos 2 (ω.t − ϕ o )
2
]
m 2 2
T = .ω a − x 2
2
( )
Agora vamos determinar a expressão de V:
Neste caso V , associa-se à força que actua sobre a partícula através de:
r
F = − gradV que pelo facto de o movimento ser unidimensional
∂V dV
podemos escrever: Fx = − =− . Dadod que a força é
∂x dx
restauradora, ela relaciona-se com a coordenada da partícula por:
Fx = − k .x
dV k .x 2
− k.x = − ⇒ dV = k .x.dx ⇒ ∫ dV = ∫ kxdx ⇒ V = +C
dx 2
(Continuação)
Exemplo
k
Mas para um oscilador ω = ⇒ k = m.ω 2 . Daí que:
m
m.ω 2 2
V = .x
2
( )
B
r r r
W = ∫ F + F ′ , dr = ∆T
A
W = ∫ (F + F ′ , dr ) = ∫ (F , dr ) + ∫ (F ′ , dr ) = ∆T
B B B
r r r r r r r
A A A
∫ (F ′ , dr ) = ∆T + ∆V ⇔ ∫ (F ′ , dr ) = ∆(T + V ) = ∆E
B r B r
r r
A A
B
∫ (F ′ , dr ) = ∆E
r r
A
Claro que você nota que a variação da energia mecânica total já não é
nula, mas sim igual a um termo que é o trabalho das forças não-potenciais
que actuam sobre o ponto material no mesmo trajecto. Assim:
∫ ′ , dr )= ∆E
(
B
r r
energia mecânica total da partícula: F (17.6)
A
V (0, 0, 0 ) = 0 .
α
a. Mostre que a força é central e supondo que U (r ) = ,
r
mostre que a foça é atractiva se α < 0 e repulsiva se
α >0 .
r ∂U r ∂U r
F = − .i + .j
∂x ∂y
Cont.: Note que U depende de x e y através de r, tal que r = x2 + y 2 .
∂U dU ∂r ∂U dU ∂r
Por isso, = . ∧ = .
Actividade-cont ∂x dr ∂x ∂y dr ∂y
∂r 1 2x x x
= . = = , analogamente, você pode
∂x 2 x + y 2 2
x +y
2 2 r
∂r r ∂U r ∂U r
determinar . Substituindo na expressão F = − .i + .j ,
∂y ∂x ∂y
você obterá:
r
v dU .x r dU y r dU x.i + y. j dU r
F =− .i + . .j=− . = − .
dr r dr r dr r dr r
r dU r r
De onde conclui que: F = − .e r onde e r é o verso e na direcção
dr
radial. Tire as conclusões.
α
Para a segunda parte você deve achar a derivada em ordem a r de U =
r
e substituir o resultado na expressão anterior e proceder à respectiva
discussão.
Sumário
Um campo de forças é chamado de campo potencial ou conservativo
quando o trabalho realizado pelas forças do campo sobre uma partícula
que se move dentro de um campo não depende da trajectória, mas sim
apenas das posições inicial e final por si ocupadas.
Para uma partícula que se move num campo potencial de forças, sob a
acção exclusiva das forças potenciais, o aumento da energia cinética do
corpo é igual à diminuição da energia potencial no mesmo percurso e
vice-versa. Isto significa que a energia potencial se transforma em energia
cinética e vice-versa.
T + V ( x , y , z ) = To + V ( x o , y o , z o )
226 Lição n º4
Exercícios
1. Considere o campo plano em que a força do campo em cada
ponto desse plano é dada pela seguinte expressão:
r r r
F = 2 x.i + 4 y. j . Determine o trabalho realizado sobre uma
Auto-avaliação-10 partícula ao deslocá-la desde o ponto A(2 ,1) até ao ponto
O(0 , 0) .
t
r r r r
∆p = m.v − m.v o = ∫ F .dt
0
W = T − To ⇔ W = ∆T
T + V ( x , y , z ) = To + V ( x o , y o , z o )
αo
O X
I x = − 5000 N .s ; I y = − 43300 N .s
Solução:
C O A
B
Fig.6.11
Solução: Os gráficos são duas sinusóides e uma recta, cujas equações são:
T = P.l.senϕ = m.g.l.senϕ ,
V =P.l.(1 − senϕ ) = m.g.l.(1 − senϕ ) , T + V = P.l
vo
2
F = m. g + = 102 kN
2.s
Solução:
3. Ache o impulso produzido pela resultante de todas as forças que actuam
sobre um projéctil desde o instante do tiro até o momento em que este
atinge o apogeu M da trajectória. Sejam dados
v o = 500 m / s , α o = 60º , v1 = 200 m / s e a massa do projéctil é
Auto- igual a 100 kg.
avaliação-11
Y Fig.6.10
r
M v1
r
vo
αo
O X
C O A
B
Fig.6.11
vo
2
Solução: F = m. g + = 102 kN
2.s
230 Lição n º4
R.v o
R: H = = 51,38 Km
2 gR − v o2
Fig .6.12
2
R:/ T = 3.mg. cos ϕ − 2mg cos ϕ 0 + m. v 0
L
Mechtcherski, I. V. (1986). Problemas de Mecânica Teórica. Editora Mir
Moscovo.