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Aluno: Mário Sérgio de Oliveira Costa

8° Período Direito
Direito Processual Penal III
Professora: Patrícia Raposo

A LEI DE EXECUÇÃO PENAL (7.210 de 1984)

A execução penal é um procedimento destinado à efetiva aplicação da pena ou da


medida de segurança que fora fixado anteriormente por sentença. Trata-se de processo
autônomo que é regulamentado pela lei execução penal nº 7.210/1984, serão juntadas as
cópias imprescindíveis do processo penal para acompanhar o cumprimento da pena e da
concessão de benefícios do apenado.
Cada acusado terá um processo de execução separado, mesmo que tenham figurado
como litisconsortes na ação penal, uma vez que não há a figura do litisconsorte necessário
neste instituto, em virtude do princípio da individualização da pena.
No processo penal a execução penal é um novo processo e possui caráter jurisdicional
e administrativo. Busca efetivar as disposições de sentença ou de decisão criminal e oferecer
condições para a integração social do condenado e do internado.
Existem divergências no que se refere a classificação da natureza jurídica da execução
penal haja vista que há quem defenda se tratar de natureza jurisdicional e outros de natureza
administrativa. Há que se admitir que o juiz da execução penal pratique atos administrativos,
mas também exerce jurisdição, deste modo verifica-se que se trata de uma natureza jurídica
híbrida, mas esse entendimento não é pacífico.

1- REQUISITOS DA EXECUÇÃO PENAL

É requisito essencial da execução penal a existência de título executivo judicial


consistente em sentença criminal condenatória, que tenha aplicado pena restritiva de liberdade
ou privativa de direito, ou sentença imprópria-aquela que aplica medida de segurança.
Importante destacar que existem doutrinadores que defendem que a sentença que homologa a
transação penal nos moldes da lei 9.099/95 também se submete à execução, no entanto tal
questão encontra divergências na doutrina, pois alguns na contramão deste entendimento
dizem que ela não se submete a execução por ser meramente declaratória.

2- OBJETIVOS DA EXECUÇÃO PENAL

A execução penal possui como objetivo geral a efetivação das disposições da sentença
ou decisão criminal. Mas existem outros escopos tais como a reintegração do apenado ou
daquele submetido a medida de segurança.O autor Nucci destaca que a pena tem caráter
multifacetado e envolve necessariamente os aspectos retributivo e preventivo.

3- PRINCÍPIOS E GARANTIAS DA EXECUÇÃO PENAL

3.1. Devido processo legal


Constitui direito da pessoa que está sendo processada ter um processo que obedeça aos
tramites legais, no qual esteja presente os princípios pertinentes e as garantias cabíveis.
Nesta visão estabelece o artigo 5° inciso LIV da Constituição Federal de 1988 (CF/88)
que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
3.2. Juízo Competente
Constitui também direito do indivíduo ser julgado por um juiz de direito, juiz natural e
que seja competente para a causa.
Compete ao juiz indicado na lei de organização judiciária conduzir a execução penal.
Na falta de haver previsão específica a competência será do juiz da sentença, conforme artigo
65 da lei de execução penal.
3.3. Individualização da pena
Toda pessoa tem garantida a individualização da sua pena que se concretiza em etapas,
que são: Na atividade legislativa que estabelece abstratamente os limites máximos e mínimos
das penas cominadas as crime; Na atividade de aplicação da pena na sentença do juiz; Na
atividade executiva, que é o derradeiro momento de sua atuação.
Na individualização da pena os condenados são classificados de acordo com seus
antecedentes e personalidade. A sanção penal deve ser individualizada no que tange a seu
modo de cumprimento, levando-se em consideração o caráter retributivo da pena e o seu
objetivo ressocializador.
3.4. Personalização da pena
Também conhecido como princípio da Intranscendência estabelece que a pena não
pode passar da pessoa do apenado. No que se refere a obrigação de reparar o dano, bem como
a decretação do perdimento de bens poderá ser estendidas aos sucessores e contra eles
executadas até o limite do patrimônio transferido ( art. 5°, XLV da CF/88).
3.5 Legalidade e irretroatividade da lei
O princípio da legalidade constitui garantia constitucional, não decorre apenas do
devido processo legal, mas tem fonte autônoma conforme art. 5°, II da CF/88 que estabelece
que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Do princípio da legalidade decorre o princípio da irretroatividade da lei, no intuito de
garantir efetividade a garantia da legalidade dos meios executivos, trata-se de segurança
jurídica, firmando então que não existe pena sem lei anterior que o defina.
3.6. Contraditório e Ampla defesa
A execução penal garante ao réu o direito ao contraditório e também da ampla defesa,
como reza o art. 5°, LV da CF/88.
3.7 Direito à prova
É direito da parte da parte a produção de provas, sendo vedada a produção de provas
ilícitas.
3.8 Isonomia
Ao impor a necessidade de individualização e personalização da pena esta garantindo
a isonomia, pois trata os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual na medida de
sua desigualdade, um exemplo disso é quando ao invés de aplicar pena aplicar medida de
segurança em virtude de insanidade mental.
Tal princípio encontra previsão legal no at. 5° da CF/88 vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição.
Nesta mesma visão o parágrafo único do art. 3° da lei 7.210/84 diz que não haverá
entre os condenados e os internados qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou
política.
3.9 Direito a não auto-discriminação
O autor Nucci elenca esse direito supracitado como uma das garantias processuais
penais mínimas do processo executivo dizendo que ao condenado e ao internado são
assegurados - na execução penal - todos os direitos que estes gozam durante o processo de
conhecimento.
3.10 Reeducação
A ideologia da lei de execução penal é educativa. O processo de execução penal é
destinado à aplicação da pena concretizando os objetivos da execução penal com o seu
desenvolvimento. A função reeducativa pode ser depreendida não só pela feição preventiva da
pena, mas também pela previsão de direito do preso e do que for submetido à medida de
segurança, à assistência educacional, social e etc, conforme texto legal (art. 41, VII da lei de
execução penal).
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores,
desde que compatíveis com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de
outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da
autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003)
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou
restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
3.11. Duplo grau de Jurisdição
Constitui garantia do processo de execução o duplo grau de jurisdição, em decorrência
da execução penal se desenvolver perante o juiz de primeiro grau, o qual estabelece a pena.
3.12 Publicidade
Conforme estabelecido no art. 93, IX da CF/88 a execução penal é pública, sendo
restringida apenas em hipóteses excepcionais.
3.13. Aplicação ao preso provisório
A lei de execução penal é aplicável ao peso definitivo, ao submetido à medida de
segurança e apenas no que couber será aplicada ao preso provisório.
3.14. Motivação das decisões
A CF/88 no artigo 93 estampa que os atos judiciais que tiverem conteúdo decisório no
processo de execução penal devem ser fundamentados, sob pena de nulidade. Isso na verdade
é uma garantia ao cidadão propiciando-lhe segurança jurídica e protegendo-o de
arbitrariedades.

4- ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL

Os órgãos da execução penal estão enumerados no art. 61 da lei de execução penal e


são: O conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; O juízo da Execução; O
ministério Público; O conselho Penitenciário; Os departamentos Penitenciários; O patrono; O
conselho da Comunidade e a Defensoria Pública.

5- ESTABELECIMENTOS PARA CUMPRIMENTO DE PENA

Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao que foi submetido a medida


de segurança, ao preso provisório e ao egresso. Deve-se respeitar a condição pessoal da
mulher e dos maiores de sessenta anos, pois gozam de direito a estabelecimento próprio e
adequado.
O estabelecimento penal conforme a sua natureza deverá ter áreas e serviços
destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva e instalação para
estágio de universitários. Devendo haver ainda sala destinada à defensoria pública e salas de
aula para ensino básico.
Vale salientar que o preso provisório deve ficar separado dos presos definitivos, e o
preso primário cumprirão pena em seção distinta do reincidente.
5.1 Penitenciária
É um estabelecimento penal destinada ao condenado á pena de reclusão em regime
fechado, isto é, pena privativa de liberdade.
5.2. Colônia agrícola, industrial ou similar
Destina-se ao cumprimento de pena no regime semi-aberto.
5.3. Casa de albergado
Destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade em regime aberto e da pena
de limitação de fim de semana.
5.4. Centro de Observação
É o local destinado à realização dos exames gerais e do criminológico.
5.5. Hospital de Custódia
O hospital de custódia e tratamento Psiquiátrico é estabelecimento penal que se destina
aos inimputáveis e semi-imputáveis.
5.6. Cadeia Pública
Destina-se ao recolhimento de presos provisórios, no art. 103 a lei execução penal
estabelece que cada comarca terá pelo menos uma cadeia pública.

6- JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA DA EXECUÇÃO PENAL

A jurisdição em sede da execução penal será exercida pelos juízes ou tribunais com
competência criminal ordinária em todo o território nacional, nos termos da lei de execução
penal e do código de processo penal. Destaca-se que a lei de execução penal tem aplicação
tanto ao preso provisório quanto ao condenado pela justiça eleitoral ou ainda militar, quando
forem recolhidos à jurisdição ordinária.

7- RESTRIÇÃO DE DIREITOS NA EXECUÇÃO DA PENA

7.1 Deveres
Constituem deveres do condenado, e no que couber também ao preso provisório, além
das obrigações legais inerentes ao seu estado submeter-se às normas de execução da pena,
principalmente:
 Comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
 Obediência ao servidor e respeito no trato com os demais com quem deva se relacionar;
 Urbanidade e respeito no tratamento com os demais condenados;
 Conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à
ordem ou à disciplina;
 Execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
 Submissão à sanção disciplinar imposta;
 Indenização à vítima ou a seus sucessores;
 Indenização ao Estado, quando for possível, das despesas realizadas com a sua
manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
 Higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
 Conservação dos objeto de uso pessoal.
7.2 Direitos
Todos aqueles direitos não atingidos pela sentença ou pela lei são garantidos ao
condenado e também ao internado, não podendo haver distinção de nenhuma natureza. As
autoridades devem assegurar o respeito à integridade física e moral dos condenados, dos
presos em caráter provisório, bem como os submetidos à medida de segurança, entre eles:
 Alimentação suficiente e vestuário;
 Atribuição de trabalho e sua remuneração;
 Previdência social;
 Constituição de pecúlio;
 Proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
 Exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores,
desde que compatíveis com a execução da pena;
 Assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
 Proteção contra qualquer forma de sensacionalismo, sendo vedado ao integrante dos
órgãos da execução penal, bem como ao servidor a divulgação de ocorrência que
perturbe a segurança e a disciplina dos estabelecimentos e também é vedado expor o
preso à inconveniente notoriedade durante o período de cumprimento de pena, sendo
utilizadas algemas apenas em caso de necessidade;
 Entrevista pessoal e reservada com o advogado;
 Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
 Chamamento nominal;
 Igualdade de tratamento, salvo quanto às exigências da individualização da pena;
 Audiência especial com o diretor do estabelecimento;
 Representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
 Contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de
outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes;
 Atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da
autoridade judiciária competente.

8- INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA EXECUÇÃO PENAL

O Ministério Público é um dos órgãos da execução penal. Cabe a ele fiscalizar a


execução da pena e da medida de segurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes
da execução. É de sua incumbência ainda realizar visitas mensais aos estabelecimentos
penais.
9- REGIMES DE CUMPRIMENTO DE PENA

Existem três regimes de cumprimento de pena no Brasil, caso o regime seja punido
com reclusão os regimes iniciais aplicáveis são o fechado, o semi-aberto e o aberto, mas se o
crime for punido com detenção os regimes iniciais serão semiaberto e aberto. Em regra, não
há que se falar em regime fechado para detenção. Todavia existe uma exceção que está
prevista no art. 10, da Lei 9.034/95 (Lei dos Crimes de Organização Criminosa), o qual diz:
“Os condenados por crime decorrentes de organização criminosa iniciarão o cumprimento da
pena em regime fechado.” Pouco importa se o delito é punido com reclusão ou detenção. No
entanto, para a maioria da doutrina, esse artigo é inconstitucional.
É possível ir para o regime fechado por meio da regressão. Detenção não inicia no
fechado, mas não significa que não possa ser cumprida no fechado. Ela pode ser cumprida no
fechado por meio da regressão. (Vide art. 33, CP). É muito comum um preso ter várias
condenações em processos distintos. Esses vários processos, quando chegam para o juiz da
execução, ele deve somar as penas para determinar o regime de cumprimento. Se somar as
penas e perceber que o regime não deve ser o da condenação, ele altera. Em última síntese,
quem determina o regime de cumprimento de pena não é o juiz da condenação, mas o juiz da
execução (Vide art. 111, LEP).

10- MUDANÇA NOS REGIMES DE CUMPRIMENTO DE PENA

O condenado pode começar a cumprir pena em um regime e posteriormente migrar


para outro regime, por ter ocorrido a progressão ou a detração da pena. No transcorrer da pena
privativa de liberdade pode haver regressão da pena para um dos regimes mais rigorosos, isso
ocorre quando o apenado praticar fato definido como crime doloso ou falta grave, ou ainda se
vier a sofrer condenação, por crime anterior, cuja a pena somada ao restante da pena em
execução tornar incabível o regime. O apenado poderá também, ser transferido do regime
aberto se frustrar os fins da execução ou não pagar, se puder, a multa imposta. Em todas estas
circunstâncias antes que haja a progressão da pena o condenado será ouvido acompanhado de
uma defesa técnica.
10.1 PROGRESSÃO DO REGIME FECHADO PARA O SEMIABERTO
Constituem requisitos para a mudança do regime fechado para o semiaberto:
 Condenação transitada em julgado;
 Temporal; Exige cumprimento, em regra, de 1/6 da pena. Na Lei 8.072/90, o tempo é
de 2/5 para o primário e de 3/5 para o reincidente.
Súmula 715, do STF: A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento,
determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros
benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução.
Para fins de progressão de regime, portanto, considera-se sempre a pena global e não a
pena de 30 anos, caso a pena imposta na sentença ultrapasse esse patamar.
 Comportamento do preso;
 Oitiva do Ministério Público:
 Exame criminológico; O exame criminológico é facultativo. Somente quando
necessário. Essa é a interpretação que prevalece no STF e no STJ.
 Este é só para Crimes Praticados contra a Administração Pública: Há que ser observado
o art. 33, § 4º, do CP:
O condenado por crime contra a administração pública terá a
progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à
reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do
ilícito praticado, com os acréscimos legais.

10.2. PROGRESSÃO DO REGIME SEMIABERTO PARA O ABERTO


São os mesmos do fechado para o semiaberto, acrescidos das seguintes observações:
 Acusado foi condenado a 6 anos, por exemplo. No fechado, ele cumpriu 1 ano e
progrediu para o semiaberto, faltando cumprir 5 anos. Na progressão do semiaberto
para o aberto você considera 6 anos ou 5 anos, que é a pena restante a cumprir?
Pena cumprida é pena extinta! Você vai considerar sempre o restante da pena a
cumprir. Considera-se 1/6 em cima da pena que ele tem que cumprir no semiaberto (5
anos, no caso).
 Arts. 113, 114 e 115, da LEP. O regime aberto tem que ser cumprido na Casa do
Albergado, a famosa prisão-albergue.

11- PROCESSO DE EXECUÇÃO PENAL

11.1 Penas privativas de liberdade


As penas privativas de liberdade, conforme art. 33 da lei 7.210/84 são a de reclusão e a
de detenção. Para o cumprimento da pena privativa de liberdade é imprescindível a emissão
de guia de execução penal.
11.2 Penas restritivas de direito
Conforme preconiza o artigo 43 do código pena, as penas restritivas de direito podem
ser: pena pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviço à comunidade ou a
entidades públicas, interdição temporária de direitos e limitação de fins de semana.
11.3. Pena de multa
A multa é considerada dívida de valor, desta forma, com o trânsito em julgado da
sentença condenatória que impor a multa o juízo da execução penal determinará a elaboração
dos cálculos e intimará o apenado para pagá-la.
11.4. Medida de segurança
Será executada após o trânsito em julgado da sentença que a aplicar, ordenada a
expedição de guia para a execução. É aplicável ao semi ou inimputável completo. É uma
sentença absolutória imprópria, pois embora absolva o réu aplica-se a ele medida de
segurança.
11.5. Prisão albergue domiciliar
Trata-se de prisão excepcional, somente é admitido o recolhimento do beneficiário de
regime aberto em residência particular quando se tratar de condenado maior de setenta anos
ou acometido de doença grave e também condenada com filho menor ou que seja deficiente
mental ou físico e por último se a condenada estiver gestante.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 
TÁVARO, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL
PENAL. Ed. Jus Podivm. 5ª ed. Bahia 2011.

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