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INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA – INEP

Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de


Educação Superior Estrangeira – REVALIDA 2020
Prova de Habilidades Clínicas

Análise dos recursos apresentados frente à versão preliminar do Padrão Esperado de


Procedimentos (PEP)

ESTAÇÃO 1

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

A questão apresentada na estação prática número 1 do REVALIDA 2020 tratava-se de um


jovem com 30 anos de idade, previamente hígido, com queixas de cansaço, fraqueza, febre e
sangramento gengival há 10 dias. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, descorado,
anictérico, taquicárdico e febril (38 °C). Na pele apresentava equimoses nos membros inferiores.
Presença de linfonodos axilares e inguinais com cerca de 2 cm de diâmetro e levemente dolorosos à
palpação. O abdômen era plano, com ruídos hidroaéreos presentes, normotenso e indolor à palpação.
Fígado palpável a 3 cm abaixo do rebordo costal direito, superfície lisa, bordo rombo, consistência
macia e com hepatimetria de 12 cm de extensão. Baço palpável. A partir dessas informações da
anamnese e do exame físico fornecidas ao participante, o objetivo da Estação 1 era que fossem
demonstradas técnicas semiológicas de palpação de fígado e baço, bem como a elaboração de uma
hipótese diagnóstica e como conduzir a situação.

O primeiro momento de avaliação era quanto a cumprimentar o paciente simulado e se


identificar de maneira cordial, demonstrando interesse no relato do caso.

O exame físico já se encontrava descrito, no entanto era solicitado que o(a) participante
realizasse a palpação do fígado e do baço. O item 3 avaliava o exame abdominal. Nele o candidato
deveria posicionar o paciente simulado com os braços ao longo do corpo e erguer a sua camiseta para
o exame abdominal. Poderá ser considerado correto que o(a) participante solicitasse ao paciente
simulado para que erguesse a própria camiseta. Para o correto exame do abdome é preciso que os
braços estejam ao longo do corpo e com o abdome desnudo. Não poderá ser considerado parcialmente
correto se apenas um dos itens tenha sido realizado. Em relação à palpação do fígado, também podem
ser consideradas corretas caso o(a) participante tenha realizado manobra de Lemos Torres ou manobra
de Mathieu.

A presença de febre baixa, linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia e sangramento de


gengiva é muito sugestiva de leucemia aguda. Além do mais, o reconhecimento de células blásticas em
um esfregaço de sangue periférico não é tarefa exclusiva dos hematologistas, uma vez que citologia e
histologia são conteúdos abordados na graduação. Talvez se fosse cobrado a classificação da leucemia
aguda, aí sim poderíamos considerar essa questão específica, mas esse não foi o caso da questão na
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Estação 1 do REVALIDA 2020. No entanto, avaliamos os questionamentos realizados e optamos por
flexibilizar os itens.

Apesar de o reconhecimento de células blásticas, em um número tão aumentado, como havia


no sangue periférico do paciente simulado, não ser atributo exclusivo do especialista, admitimos que
a ausência de um laudo de hemograma tenha aumentado o nível de dificuldade da questão; portanto,
dessa forma aceitamos deixar um item de pontuação para os diagnósticos diferenciais de
hepatoesplenomegalia febril: doença infecciosas como mononucleose, citomegalovirose, HIV, doença
de Chagas aguda, hepatites virais agudas, toxoplasmose, malária, sífilis e febre tifoide. Entretanto,
salientamos que o quadro clínico apresentado (história e exame físico) é muito sugestivo de leucose
aguda e não de outras doenças infecciosas.

Em relação ao item da 9 haverá pontuação para o fato do(a) participante solicitar hemograma
ou o respectivo laudo.

Em relação ao item 10 da nova avaliação proposta, será pontuado o encaminhamento ao


especialista para realizar o mielograma, mesmo que especificasse quais exames seriam necessários.
Entretanto, nesse item 10, é importante manter a pontuação ao participante que mencionar a
necessidade de solicitar aspirado de medula óssea e/ou biópsia de medula óssea e/ou
imunofenotipagem (citometria de fluxo) de sangue periférico.

Portanto, em relação aos questionamentos dos(as) participantes sobre a Estação 1 do


REVALIDA 2020, reiteramos:

• o item 2 da avaliação será mantido na forma original. No entanto, poderá ser pontuado
caso o(a) participante solicitasse que o paciente simulado erguesse a camiseta. Para o
correto exame do abdome é preciso que os braços estejam ao longo do corpo e com
o abdome desnudo. Não será considerado parcialmente correto se apenas um dos
itens tenha sido realizado.
• o item 5 da avaliação poderá contemplar duas técnicas de palpação do fígado. Portanto,
também podem ser consideradas corretas a realização da manobra de Lemos Torres ou
manobra de Mathieu.
• o item 5 da avaliação terá sua redação atualizada;
• inclusão no item 8 para contemplar as seguintes doenças infecciosas causadoras de
hepatoesplenomegalia febril: doença infecciosas como mononucleose,
citomegalovirose, HIV, doença de Chagas aguda, hepatites virais agudas,
toxoplasmose, malária, sífilis e febre tifoide.
• inclusão do item 9;
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• o item 10 deverá ter a seguinte redação: “Encaminha o paciente ao hematologista
e/ou solicita aspirado de medula óssea e/ou biópsia de medula óssea e/ou
imunofenotipagem (citometria de fluxo) de sangue periférico”.

Para finalizar, gostaríamos de reforçar que a leucemia aguda é uma doença grave e
potencialmente fatal que, na maioria das vezes, é primeiramente atendida na atenção primária. Dessa
forma, cabe ao médico da atenção primária reconhecer os sinais e sintomas e suspeitar da mesma.
Reconhecer os indícios clínicos e laboratoriais de leucemia aguda não é atributo exclusivo do
hematologista. O não reconhecimento dos sinais e sintomas de leucemia aguda leva a atraso do
diagnóstico com danos muitas vezes irreversíveis, pois a letalidade da doença é muito alta.
A leucemia aguda é uma doença prevalente que precisa de rápida identificação.
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ESTAÇÃO 2

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

RESUMO DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELOS PARTICIPANTES

Item 1
Solicita ampliação do gabarito para verbalização da paramentação considerando a atual pandemia do
coronavírus.

Item 3
Solicitada por boa parte dos candidatos a anulação do gabarito, visto que o paciente se mantinha
estável saturando 98% com máscara 6 L/min quando no ATLS é preconizado 12L, dessa forma podendo
ser retirada.

Item 7
Solicitada anulação por boa parte dos candidatos argumentando que a avaliação do sangramento
externo ocorre no E do ABCDE do trauma, e não no C.

Item 9
Solicita-se ampliação do gabarito para colocação do 2º acesso venoso periférico considerando que o
ATLS cita que “O acesso venoso deve ser estabelecido, classicamente 2 acessos venosos periféricos
calibrosos para administração de fluidos, hemocomponentes”.

Item 10
Solicita-se anulação do item considerando que o ATLS cita que no atendimento inicial pode ser
realizado até 1000 ml de solução cristaloide.

Itens 11 e 12
Solicita-se pela grande maioria dos candidatos anulação do item considerando que o ATLS descreve
que o os exames laboratoriais deverão ser coletados quando o acesso venoso for puncionado. Porém,
como o paciente já chegou ao serviço de saúde já com acesso venoso periférico, desta forma, no
momento não estaria indicada a coleta de exames.

Item 13
Solicita-se pela grande maioria dos candidatos anulação do item com base no ATLS onde afirma que o
ácido tranexâmico pode ser utilizado em lesões graves associadas a choque grau III e IV. O paciente
em questão apresentava sinais clínicos de choque grau I, não cabendo, portanto, o uso do ácido
tranexâmico.

Item 16
Solicita-se anulação do item visto que a vacinação antitetânica não é citada no ATLS durante a
avaliação do E (exposure), mas sim na avaliação secundária, fato este que não era cobrado pela banca.

Item 17
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Solicita-se ampliação do gabarito para verbalização da paramentação considerando a pandemia do
coronavírus e a disponibilização de apenas de 1 óculos para uso de todos os candidatos.

Item 18
Solicita-se por boa parte dos candidatos a equivalência de termos entre fratura exposta e fratura
aberta.

Item 20
Solicita-se por alguns candidatos ampliação para utilização da via IM.

Item 21
Solicita-se a anulação por grande parte dos candidatos considerando que conforte o ATLS e o estudo
NEXUS, devido ao mecanismo de trauma de risco (acidente com veículo automotor) e a presença de
um fator distrator de dor (fratura de osso longo) apenas a avaliação clínica de dor cervical não é o
suficiente para descartar lesões.

Item 22
Solicita-se por grande parte dos candidatos a anulação da questão considerando que o ATLS cita que
o paciente poderá permanecer até 2 horas na prancha rígida e que sua retirada, na suspeita de lesão
de coluna, deverá ser feita em monobloco por 4 profissionais que manterão a estabilidade da coluna
dorsal. Da mesma forma, o mecanismo de trauma de alta energia e o fator distrator da dor devido
fratura de osso longo, inviabilizaria a conclusão de ausência de lesão de coluna toracolombar apenas
com o exame físico e palpação do dor.

Item 24
Solicita-se por alguns candidatos alteração do gabarito para “Solicita-se avaliação do ortopedista”
considerando que este é o responsável por determinar a conduta do caso em questão.

Item 26
Solicita-se ampliação para utilização da via IM bem como ampliação do item para consideração do
termo antibioticoprofilaxia como resposta.

Item 27
Solicita-se por alguns candidatos a consideração do termo osteossíntese de tíbia como sinônimo de
fixação de tíbia. Também se solicita modificação do termo fixação externa para apenas fixação visto
que a depender as características da fratura, segundo a classificação de Gustilo-Anderson, bem como
o tempo decorrido até o procedimento cirúrgico, o procedimento realizado poderá ser de fixação
externa ou interna (definitiva).

Além dos recursos acima, houve várias manifestações quanto a prova ter sido prejudicada
devido entrega precoce de impressos, curativos já descobertos, paciente simulado em colar cervical e
outros questionamentos que se referem a questões específicas de cada candidato. Tais considerações
não são pertinentes neste momento de recursos, que deverão ser novamente solicitadas após a análise
do seu desempenho.
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POSICIONAMENTO DA BANCA

Item 1:
NÃO ACATADO
visto que a paramentação solicitada pelo item se dá com material descartável (luva) disponível em
sala, não havendo, então, compartilhamento com os candidatos, conforme consta na instrução para o
cenário.

Item 3:
NÃO ACATADO
visto que se tratava da avaliação inicial na sala de trauma, o candidato não tem como comparar a
oxigenação do paciente antes e após a máscara para garantir que a retirada da máscara não trará
danos, devendo então ser reavaliado para identificar estabilidade dos parâmetros e possível
diminuição da oxigenioterapia. Segundo o ATLS 10ª edição na página 8 é citado que “Every injured
patient should receive supplemental oxygen. If the patient is not intubated, oxygen should be delivered
by a mask-reservoir device to achieve optimal oxygenation. Use a pulse oximeter to monitor adequacy
of hemoglobin oxygen saturation” e na página 19 descreve que “Trauma patients must be reevaluated
constantly to ensure that new findings are not overlooked and to discover any deterioration in
previously noted findings. As initial life-threatening injuries are managed, other equally life-threatening
problems and less severe injuries may become apparent, which can significantly affect the ultimate
prognosis of the patient. A high index of suspicion facilitates Early diagnosis and management.”

Item 7:
NÃO ACATADO
considerando que no ATLS 10ª edição cita na página 09, durante avaliação do C (circulação) “Identify
the source of bleeding as external or internal. External hemorrhage is identified and controlled during
the primary survey.”, bem como na página 50, no capítulo de Choque, traz novamente este conceito
“Bleeding from external wounds in the extremities usually can be controlled by direct pressure to the
bleeding site, although massive blood loss from an extremity may require a tourniquet”. Dessa forma,
mantém-se o gabarito que a avaliação do sangramento externo proveniente da fratura deve ser
realizada no item C do ABCDE do trauma.

Item 9:
ACATADO PARCIALMENTE
com inserção de um segundo cateter venoso pois conforme cita o ATLS 10ª edição na página 9
“Vascular access must be established; typically two large-bore peripheral venous catheters are placed
to administer fluid, blood, and plasma”.
Conforme descrito no texto, tipicamente 2, porém no caso de paciente estável, como no caso da
estação (PA 150 x 90 mmHg, FC 98, FR 16 e Glasgow normal), infere-se que se pode considerar apenas
a manutenção de uma via de administração ou estabelecer os 2 acessos.

Item 10:
NÃO ACATADO
pois, conforme descrito na página 9 do ATL 10ª edição, “A bolus of 1 L of an isotonic solution may be
required to achieve an appropriate response in an adult patient. If a patient is nresponsive to initial
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crystalloid therapy, he or she should receive a blood transfusion”. Na página 53 ele traz a seguinte
informação “The amount of fluid and blood required for resuscitation is difficult to predict on initial
evaluation of a patient. Administer an initial, warmed fluid bolus of isotonic fluid. The usual dose is 1
liter for adults and 20 mL/kg for pediatric patients weighing less than 40 kilograms. Absolute volumes
of resuscitation fluid should be based on patient response to fluid administration, keeping in mind that
this initial fluid amount includes any fluid given in the prehospital setting”.
Dessa forma, apesar de 1 L de cristaloide ser considerado a dose usual, o ATLS traz que o uso de 1 L
pode ser necessário, o que não implica em obrigatoriedade de ser realizado tal volume visto que o
volume deve ser baseado na estabilidade do paciente. No caso em questão, com apenas a
administração de 500 ml de soro fisiológico o paciente atingiu/manteve a estabilidade (PA 150 x 90
mmHg, FC 98, FR 16 e Glasgow normal), não devendo-se administrar novo volume visto não ser
necessário neste primeiro momento.

Itens 11 e 12
NÃO ACATADO
para ambos os itens. Na página 9 do ATLS 10ª edição está descrito durante a avaliação do C é necessária
a coleta de exames laboratoriais conforme transcrito “Blood samples for baseline hematologic studies
are obtained, including a pregnancy test for all females of childbearing age and blood type and cross
matching.”
Na página 52 ele considera o cenário em que o paciente não possui acesso venoso periférico prévio,
dessa forma, durante sua instalação, aproveita-se o momento e faz a coleta dos exames laboratoriais
necessários como segue na transcrição a seguir “As intravenous lines are started, draw blood samples
for type and crossmatch, appropriate laboratory analyses, toxicology studies, and pregnancy testing
for all females of childbearing age. Blood gas analysis also may be performed at this time.” Dessa forma
o fato do paciente já estar puncionado, não inviabilizaria a indicação de realização dos exames de
sangue indicados no item.

Item 13
ACATADO
anulação do item visto que na página 9 do ATLS 10ª edição consta “Some severely injured patients
arrive with coagulopathy already established, which has led some jurisdictions to administer
tranexamic acid preemptively in severely injured patients. European and American military studies
demonstrate improved survival when tranexamic acid is administered within 3 hours of injury. When
bolused in the field follow up infusion is given over 8 hours in the hospital”, fato reiterado na página 59
“Some jurisdictions administer tranexamic acid in the prehospital setting to severely injured patients in
response to recent studies that demonstrated improved survival when this drug is dministered within
3 hours of injury. The first dose is usually given over 10 minutes and is dministered in the field; the
follow-up dose of 1 gram is given over 8 hours.”
Segundo o artigo “GUIDANCE DOCUMENT FOR THE PREHOSPITAL USE OF TRANEXAMIC ACID
IN INJURED PATIENTS” de 2016, utilizando como referência pelo ATLS “Evidence of injury consistent
with non-compressible hemorrhage (e.g., penetrating thoracoabdominal trauma or unstable pelvis
fractures) along with heart rate >120 bpm and systolic blood pressure (SBP) < 90 mmHg as suggested
criteria”.
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No caso em questão o paciente apresentava fratura exposta de tíbia, porém encontrava-se
estável, com choque classe I (PA 150 x 90 mmHg, FC 98, FR 16 e Glasgow normal), sem necessidade de
hemostranfusão no momento, não apresenta indicação da realização do ácido tranexâmico.

Item 16
ACATADO
Considerando que, na 10a edição do ATLS, a avaliação do status vacinal faz parte do protocolo de
avaliação secundária, e, tendo em vista que, foi solicitado ao(à) participate realizar a avaliação primária
(ABCDE), acata-se integralmente o recurso e recomendo a anulação do item 16

Item 17
ACATADO
Comumente em avaliações do tipo OSCE, como os casos são simulados, é suficiente que seja
verbalizado o que o(a) participante faria naquele momento, sendo os atos que precisam ser realmente
realizados devem constar no texto das orientações ao(à) participante. Considera-se que somente a
luva deveria ter sido colocada, no sentido de preservar a integridade dos pacientes simulados, em
relação aos cuidados devidos à pandemia, porém esse indicador já foi avaliado no item 1. Amplia-se a
ampliação do gabarito para verbalização da paramentação.

Item 18
ACATADO
Considerado as diferenças regionais e de língua, ACATA a equivalência do termo fratura aberta com
fratura exposta, conforme demonstra o artigo “Fracturas abiertas: evaluación e tratamento” publicado
no Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons em 2013.

Item 20
NÃO ACATADO
visto que na página 19 do ATLS 10ª edição consta que o uso da via intramuscular deve ser evitada
conforme trecho a seguir “The relief of severe pain is an important part of treatment for trauma
patients. Many injuries, especially musculoskeletal injuries, produce pain and anxiety in conscious
patients. Effective analgesia usually requires the administration of opiates or anxiolytics intravenously
(intramuscular injections are to be avoided).”

Item 21
ACATADO
visto que na página 139 e 140 do ATLS 10ª edição consta a utilização de screening clínico como o NEXUS
e o estabelecido pela Canadian C-spine Rule (CCR) que orientam a solicitação ou não de radiografia da
coluna cervical e posterior retirada do colar.
Segundo o estudo NEXUS onde 5 pontos são avaliados:
1) Presença de dor na linha média a palpação da coluna cervical
2) Intoxicação
3) Nível de alerta
4) Lesões dolorosas que possam causar distração
Caso a resposta seja afirmativa para pelo menos uma dessas perguntas, o colar cervical deve ser
mantido e uma radiografia deverá ser solicitada. Traz ainda na mesma página “No precise definition
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for distracting painful injury is possible. This includes any condition thought by the patient from a
second (neck) injury. Examples mayinclude, but are not limited to:
• Any long bone fracture
• A visceral injury requiring surgical consultation
• A large laceration, degloving injury, or crush injury
• Large burns
• Any other injury producing acute functional impairment
Physicians may also classify any injury as distracting if it is thought to have the potential to impair the
patient’s ability to appreciate other injuries.”
Segundo o Canadian C-spine Rule (CCR) 3 fatores orientam a solicitação da radiografia antes
da retirada do colar cervical, sendo entre eles consta o mecanismo de trauma como a colisão por
veículos motorizado.
No caso em questão, o paciente havia sido vítima de uma colisão moto x carro onde
encontrava-se na moto, não tendo descrição da velocidade de ambos imediatamente antes da colisão,
além de que apresentava fratura exposta de osso longo (tíbia) que pode ser considerado fator
distrator, bem como não constava no script do ator ou nos impressos entregues ao candidato qualquer
orientação quanto ao exame da cervical e da coluna dorsal, fator este que tornava impossível ao
candidato saber qual seria o resultado da avaliação dolorosa destas estruturas. Dessa forma, acato o
pedido de anulação da questão

Item 22
ACATADO
considerando o mesmo exposto acima visto que na página 141 do ATLS 10ª edição é citado “The
indications for screening radiography of the thoracic and lumbar spine are essentially the same as those
for the cervical spine”. Da mesma forma não há descrição da velocidade de ambos imediatamente
antes da colisão, além de que apresentava fratura exposta de osso longo (tíbia) que pode ser
considerado fator distrator, bem como não constava no script do ator ou nos impressos entregues ao
candidato qualquer orientação quanto ao exame da cervical e da coluna dorsal, fator este inviabilizaria
ao candidato saber qual seria o resultado da avaliação dolorosa destas estruturas. Dessa forma, acato
o pedido de anulação da questão

Item 24
NÃO ACATADO
visto que o conhecimento de indicação de abordagem cirúrgica deve ser de conhecimento de qualquer
médico que trabalhe com atendimento de urgência e emergência, visando a melhor condução do
quadro do paciente e agilidade até o tratamento definitivo. Tais informações encontram-se disponível
no ATLS, referência internacional de cuidados ao politraumatizado que pode e deve ser executado por
qualquer profissional conforme conta nos objetivos do curso “The content and skills presented in this
course are designed to assist doctors in providing emergency care for trauma patients. The concept of
the “Golden hour” emphasizes the urgency necessary for successful treatment of injured patients and
is not intended to represent a fixed time period of 60 minutes. Rather, it is the window of opportunity
during which doctors can have a positive impact on the morbidity and mortality associated with injury.
The ATLS course provides the essential information and skills for doctors to identify and treat life-
threatening and potentially life-threatening injuries under the extreme pressures associated with the
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care of these patients in the fast-paced environment and anxiety of a trauma room. The ATLS course is
applicable to clinicians in a variety of situations.

Item 26
NÃO ACATADO
pois conforme o ATLS 10ª edição, na página 157, consta “Treat all patients with open fractures as soon
as possible with intravenous antibiotics using weight-based dosing. First-generation cephalosporins are
necessary for all patients with open fractures. Delay of antibiotic administration beyond three hours is
related to an increased risk of infection.” Sendo estes usado de forma terapêutica e não profilática,
não cabendo então o uso da via IM, nem a equivalência dos termos.

Item 27
ACATADO
Opta-se pela ampliação do termo fixação para osteossíntese e acatado a exclusão do termo fixação
externa, mantendo apenas a fixação visto que segundo o artigo “Fraturas expostas” publicado a revisa
Brasileira de Ortopedia em 2001, a definição do tipo de tratamento vai depender da classificação de
Gustilo-Anderson podendo esta ser já uma fixação definitiva interna ou uma fixação externa
temporária.
“A escolha do método de fixação deve resultar de um balanço entre o benefício da estabilização no
combate à infecção e a desvitalização que ela requer; o balanço deve ser claramente positivo no
sentido de mínima desvitalização. Descolamentos musculares extensos e desperiostizações devem ser
evitados. (...) Na fratura exposta de grau I a indicação de estabilização deve ser a mesma, como se ela
não fosse exposta. Por exemplo, se o tipo de fratura é indicativo de tratamento conservador, o mesmo
pode ser feito no caso de exposição grau. Da mesma forma a escolha do implante pode seguir a mesma
orientação, conforme ditado pelo tipo da fratura. As fraturas expostas de graus II e III são
inerentemente instáveis, requerendo estabilização adequada. A escolha do implante vai depender do
osso comprometido, do grau de desperiostização, da qualidade do envoltório de partes moles e da
necessidade de procedimentos de cobertura ulteriores. Aqui é importante lembrar que nem sempre
se estará fazendo a fixação definitiva da fratura; por exemplo, um fixador externo pode ser usado
temporariamente até que as partes moles se encontrem em melhor estado (em geral, uma a três
semanas) e então outro tipo de fixação (definitiva) substituirá o primeiro. Nesse sentido o fixador
pinless é de especial utilidade, por não penetrar o canal medular, evitando assim sua contaminação,
tornando a aplicação de haste menos propensa à infecção”.
Da mesma forma, no artigo “Fratura exposta da diáfise da tíbia - tratamento com osteossíntese
intramedular após estabilização provisória com fixador externo não transfixante” publicado na mesma
revista em 2013 traz que “Hoje a indicação da literatura mundial para o tratamento das fraturas
expostas da diáfise da tíbia graus I e II de Gustilo e Anderson é a fixação imediata com haste
intramedular”.
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ESTAÇÃO 3

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

RESUMO DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELOS PARTICIPANTES:

Questionamento quanto aos antecedentes vacinais (faltando vacina dos 6 meses e com isso
aumento de risco de Coqueluche) e até possibilidade de acrescentar um item de pontuação quanto
a isso.
Item 1.2
Ampliar características da tosse.

Item 1.3
Considerar o guincho já incluído na pergunta “características da tosse”.

Item 2.1
Mudança dos termos no checklist para abranger também aumento de leucócitos e linfócitos. Também
ajustar para ganhar parcialmente adequado se citar apenas um.

Item 2.2
Ampliar as possibilidades quanto a radiografia: hiperinsuflação pulmonar, retificação de arcos costais,
borramento de área cardíaca.

Item 3.1
Abranger outros termos como “tosse comprida”, “tosse convulsa” ou infecção pela Bordetela pertusis.

Item 3.2
Anulação do item, com indicação de internação, pois o paciente não apresentaria sinais de gravidade
para internação;

Item 3.3
Abranger uso de antibiótico, citando Azitromicina ou a classe de antibiótico (Macrolídeo)

Item 3.5
Houve argumentação quanto a não indicação de quimioprofilaxia para os pais, devido a fase da doença
(não ser fase catarral);

Posicionamento da banca:

Item 1.2
ACATADO PARCIAMENTE
As características da tosse podem ser ampliadas incluindo manifestação dos tipos: vômitos, congestão
facial/cianose e protrusão da língua.

Item 1.3
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NÃO ACATA
A mãe do paciente não tem obrigação de saber que um som tão característico da coqueluche deve ser
descrito, e pensando na possibilidade, o candidato deveria questionar / fazer a busca ativa de tal sinal
semiológico.

Item 2.1
NÃO ACATA
O(a) participante precisa saber identificar e verbalizar um aumento dos leucócitos (leucocitose) e um
aumento dos linfócitos (linfocitose), especialmente no caso de forte suspeita clínica de coqueluche,
onde a presença da leucocitose e linfocitose se faz presente. Recomenda-se assim a manutenção do
item original.

“Leucograma – auxilia no diagnóstico da coqueluche, geralmente, em crianças e pessoas não


vacinadas. No período catarral, pode ocorrer uma linfocitose relativa e absoluta, geralmente acima de
10 mil linfócitos/mm3 . Os leucócitos totais no final dessa fase atingem um valor, em geral, superior a
20 mil leucócitos/mm3 . No período paroxístico, o número de leucócitos pode ser elevado para 30 mil
ou 40 mil/mm3 , associado a uma linfocitose de 60 a 80%. A presença da leucocitose e linfocitose
confere forte suspeita clínica de coqueluche, mas sua ausência não exclui o diagnóstico da doença, por
isso é necessário levar em consideração o quadro clínico e os antecedentes vacinais.”

Bibliografia:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de


Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume único. 3a. ed.
Brasilia, 2019. 72p

Item 2.2
ACATA PARCIALMENTE
Verbalizar as características alteradas no RX de tórax precisa ser pontuado parcialmente incluindo
retificação de arcos costais, hiperinsuflação pulmonar, borramento da área cardíaca, infiltrado
pulmonar peri-hilar.

Item 3.1
ACATA
Cocheluche apresenta as seguintes sinonímias: tosse comprida ou tosse convulsa que poderão ser
considerados.

Item 3.2
NÃO ACATA
De acordo com o Guia do Ministério da saúde (Guia de Vigilância em Saúde : volume único [recurso
eletrônico] (saude.gov.br) e com o consenso da Sociedade paulista de Pediatria (Rec_71_Infecto.pdf
(spsp.org.br))os lactentes jovens – principalmente os menores de 6 meses, mas não exclusivamente
eles, constituem grupo de maior risco para doença, e o cuidado adequado para esses bebês exige
hospitalização, isolamento, vigilância permanente e procedimentos especializados.
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Item 3.3
ACATA PARCIALMENTE
O antibiótico adequado deve ser sim citado, sugiro mudança no padrão do gabarito para abranger o
exposto acima. (Guia de Vigilância em Saúde : volume único [recurso eletrônico] (saude.gov.br)

Item 3.5
NÃO ACATA
Tanto de acordo com o CDC (Pertussis and Postexposure Antimicrobial Prophylaxis (PEP) | CDC) quanto
pelo Ministério da Saúde (Guia de Vigilância em Saúde : volume único [recurso eletrônico]
(saude.gov.br)), contactantes íntimos – nesse caso os pais – devem ser tratados com quimioprofilaxia
pós-exposição, pois se trata de grupo de risco e está no intervalo de até 3 semanas após o início dos
sintomas.

Item 3.5
NÃO ACATA
Nem tudo que é questionado em uma consulta necessariamente irá gerar pontuação, são pontos
presentes no roteiro que tentam facilitar o raciocínio do médico, mas não fazem tanta diferença no
diagnóstico ou prognóstico final – afinal mesmo crianças com todas as doses das vacinas podem
desenvolver quadros de coqueluche (com ou sem sinais de gravidade). (Guia de Vigilância em Saúde :
volume único [recurso eletrônico] (saude.gov.br) (Rec_71_Infecto.pdf (spsp.org.br)
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ESTAÇÃO 4

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

RESUMO DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELOS PARTICIPANTES.

- Questionamentos sobre o item 1.3


Os candidatos em sua maioria questionaram sobre a quantidade de diagnósticos solicitados no
checklist, solicitando que menos diagnósticos mencionados já pontuassem um valor maior e
propuseram outros diagnósticos possíveis para serem enumerados. Além disso foi bastante pontuada
a questão de que naquele momento da anamnese o teste de gravidez ainda não tinha sido solicitado.

- Questionamentos sobre o item 2.1


Muitos candidatos neste item pontuaram sobre o tempo de realização do exame ginecológico e
indagaram sobre a verbalização apenas para pontuação do item. Foram sugeridos acréscimos ao
checklist, como pontuar sobre a inspeção da vulva e sobre a utilização do foco na sala. Foi solicitada
ainda a reavaliação por um sangramento intenso e muitos candidatos alegaram não terem conseguido
examinar adequadamente a paciente, não levando em conta que havia pinça e gaze em sala.

- Questionamentos sobre o item 2.2


Alguns candidatos pontuaram a não necessidade de exame de toque vaginal já que já estava sendo
feito o exame especular e alguns pontuaram que causas obstétricas poderiam contraindicar essa parte
do exame.

- Questionamentos sobre o item 3.1


Alguns candidatos pontuaram que por ser um sangramento mais persistente pela história clínica o
teste de gravidez era irrelevante. Além disso alguns referiram que o anexo com hemograma já vinha
com o de teste de gravidez, o que não ocorreu.

- Questionamentos sobre o item 3.2


Poucos candidatos pediram para inclusão de sinônimos nesse checklist, como hematócrito,
hemoglobina.

- Questionamentos sobre o item 4.1


Muitos recursos sobre este item, em que se colocam várias fontes falando ser controversa a utilização
de AINEs em sangramento uterino anormal. Muitos candidatos solicitando sinônimos no checklist.

- Questionamentos sobre o item 4.2


A maioria dos recursos interpostos a esse item colocavam diversas referências bibliográficas com
relação ao uso de medidas medicamentosas hormonais para controle do sangramento, tanto orais
como venosas.

- Questionamentos sobre o item 4.3


Muitos recursos posicionam que a paciente não estava com sinais de choque hipovolêmico e deste
modo não seria recomendada a hidratação venosa pelos seus parâmetros clínicos.
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- Questionamentos sobre o item 4.4


Muitos recursos trouxeram fontes diversas em que não se recomendaria uso de ferro neste caso de
sangramento agudo por paciente não estar com o exame do hemograma completo e com valores
hematimétricos e de níveis de ferro. Deste modo, a solicitação era de anulação do item.

- Questionamentos sobre o item 5.1


Recursos contra este item pontuam que o anexo apresentado mostrava não ter disponível exame e de
ecografia transvaginal da unidade e com isso muitos candidatos argumentaram que poderiam pelo
menos questionar se não haveria outros exames disponíveis, de modo que não perdessem ponto por
isso.

- Questionamentos sobre o item 5.2


Alguns candidatos pontuaram as diretrizes da atenção básica pontuando que o paciente deveria ser
encaminhado para a avaliação pela UBS antes de ir ao ginecologista especialista, para uma avaliação
clínica inicial de seguimento. Muitos candidatos pontuaram sobre a internação da paciente, arguindo
que esta estava fazendo medidas de hidratação venosa e medidas observação clínica. Além disso foi
pontuado que não se falava na estação como o paciente ficou após a conduta inicial, de modo que não
poderia ser dito se o paciente poderia ir para a casa de alta.

POSICIONAMENTO DA BANCA

- Item 1.3
NÃO ACATADO
O DIU não é possível considerar pois no script atriz referia usar como MAC preservativo apenas.
Cervicite isolada como causa de sangramento não traria o exame físico e história apresentada. As
opções obstétricas são excluídas pois o teste de gravidez da paciente é negativo: O candidato pontuará
neste item considerando todo seu raciocínio clínico ao longo dos 10 minutos, motivo pelo qual a ordem
de solicitação de beta hCG estar pontuando mais a frente não muda as suas hipóteses finais diante dos
exames complementares.
Não se acata inclusão de outras causas como lacerações considerando-se a história clínica da paciente
(vem sangrando há 5 meses em maior volume e o sangramento atual iniciou há 5 dias – não condiz
com história de trauma). Além disso, no exame físico da paciente não havia alterações referentes a
lacerações.
Em relação a pontuação, nas instruções ao candidato eram pontuados que este deveria analisar
verbalmente as hipóteses diagnósticas e em se tratando de uma prova, quanto mais diagnósticos
fossem informados, melhor pontuação para o candidato.

- Item 2.1
NÃO ACATADO
O foco de luz estava disponibilizado na sala e é automático o seu uso, enquanto que a correta inserção
e retirada do espéculo exigem habilidade para que não cause grande desconforto para a paciente e
que possibilite a visualização do colo uterino.
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- Item 2.2
NÃO ACATADO
Não se acata mudança do gabarito já que o toque vaginal faz parte do completo exame físico da
paciente. Além disso o teste de gravidez da paciente era negativo.

- Item 3.1
NÃO ACATADO
Mesmo quando se nega em anamnese a possibilidade de gravidez é imprescindível ao médico a
solicitação do exame para exclusão dessa hipótese diagnostica.

- Item 3.2
NÃO ACATADO
Não se acata mudança pois o uso de expressões equivalentes ao padrão esperado já é considerado
pelo avaliador médico da prova na hora da análise dos vídeos, os mesmos são orientados em todas as
reuniões sobre isto.

- Item 4.1
NÃO ACATA
Não se acatam os recursos, por paciente estar com sangramento ativo: o uso do anti-inflamatório
diminui o volume de sangramento e, além disso, atriz referia estar com cólicas, de forma que o AINE
vai funcionar também como analgésico. Pelos protocolos da febrasgo e MS os AINEs são opções a
abordagem destas pacientes. Sinônimos já são aceitos na avaliação dos vídeos.

- Item 4.2
ACATADO
Acata-se a ampliação do gabarito pois em ambiente de urgência pode ser usado ácido tranexamico ou
hormônios orais / venosos como medida inicial de conter sangramentos, segundo a febrasgo e manual
do MS.

- Item 4.3
NÃO ACATADO
Não se acatam os recursos pois paciente está com pressão sistólica abaixo de 100 e com sangramento
ativo, o que indica hidratação.

- Item 4.4
NÃO ACATADO
Não se acata mudança do item pois tudo o que foi fornecido para o candidato mostra que paciente
está com anemia por perda sanguínea (crônica) nos exames complementares e na história clínica, o
que indica que a mesma seja submetida a reposição de ferro. Em protocolo de tratamento de anemias
carenciais por perda sanguínea (crônica) é necessário o uso de ferro.

- Item 5.1
NÃO ACATADO
Dois pontos devem ser analisados quanto a solicitação de outros exames de imagem. Primeiro: as UPAs
são unidades de saúde que visam equilibrar as condições clinicas do paciente para posterior
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encaminhamento para unidades de maior complexidade, caso seja necessário. Segundo ponto a ser
considerado - o caso em tela necessita para a sua complementação diagnostica apenas de ecografia
pélvica, a solicitação de TAC ou RNM não apresentam indicação, sendo motivo, se solicitada, de
desperdício de recursos públicos, estando em desacordo com as boas práticas médicas.

- Item 5.2
NÃO ACATADO
A história clínica e o desempenho da paciente simulada não levam a uma caracterização da
necessidade de internamento e o fluxo de atendimento para uma paciente que já teve o seu primeiro
atendimento realizado e levantadas as hipóteses diagnósticas, é a indicação de atendimento a nível
secundário por médico especializado, no caso o ginecologista.
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ESTAÇÃO 5

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

RESUMO DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELOS


PARTICIPANTES/POSICIONAMENTO DA BANCA (ITEM A ITEM)

Argumentos utilizados para cada item da avaliação:

1. Cumprimenta e apresenta-se ao paciente.

Ausência de recursos

2. Pergunta ao paciente o motivo da consulta

• Solicita anulação pois o paciente já conhecia o diagnóstico


• Solicita consideração de pontuação parcial
A banca não acata as argumentações para a mudança do PEP para este item, pois é
fundamental em uma abertura de consulta o questionamento sobre o motivo da consulta, haja
vista as diferentes motivações que possam levar o paciente ao encontro clínico, desde dúvida
ou não entendimento do diagnóstico oferecido previamente, dúvida ou dificuldade com a
abordagem do plano traçado, nova sintomatologia, outras queixas, confiança ou desconfiança
no profissional, etc.
Ao questionar o motivo da consulta, o médico consegue centrar o atendimento no paciente,
entendendo aspectos subjetivos inerentes à pessoa e a própria experiencia da mesma com a
doença.

Stewart et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3a ed. Porto
Alegre: Artmed; 2017. 34p.

3. Esclarece ao paciente que ele está com tuberculose e onde ela se instala

• Solicita anulação pois o paciente já conhecia o diagnóstico


• Solicita anulação do item por não fazer parte do acolhimento e sim do diagnóstico
• Solicita pontuação parcial para quem explicou o diagnóstico de TB, mas não indicou a
localização
• Solicita a anulação do item, por não estar especificado no card da estação
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A banca não acata as argumentações para a mudança do PEP para este item, pois é
fundamental usar a comunicação clínica efetiva para esclarecer ao paciente o seu problema e
verificar o próprio entendimento do médico e do paciente sobre o quadro instalado. Esta
prerrogativa busca eliminar divergências de entendimento, bem como reforça este
entendimento, através de sumarização.

CERON, M. Habilidades de Comunicação: Abordagem Centrada na Pessoa. Disponível em:


https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade24/un
idade24.pdf

4. Pergunta se o paciente está fazendo uso das medicações (adesão).

• Solicita anulação do item por não fazer parte do acolhimento e sim da anamnese
• Solicita consideração de pontuação parcial

A banca não acata as argumentações para a mudança do PEP para este item, pois no momento
do acolhimento o médico deve fazer perguntas sobre as condições clínicas, que não se
restringem somente ao momento específico da anamnese tradicional, mas estão
relacionadas ao primeiro componente do método clínico centrado na pessoa (MCCP), no qual
busca-se explorar a doença e a experiência do indivíduo com a doença. Relaciona-se também
ao terceiro componente do método, provendo entendimento ao médico, das necessidades
de pactuação ou repactuação junto ao paciente, de metas, compromissos e prioridades em
plano traçado. Aqui também, não se considera pontuação parcial, pelo entendimento de que
o médico não alcançaria as informações necessárias para um desempenho integral.

Stewart et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3a ed. Porto
Alegre: Artmed; 2017. 34p.

5. Pergunta quantos medicamentos o paciente está tomando por dia.

• Solicita anulação por subintender que se o paciente está em tratamento, está usando as
doses corretas.
• Solicita anulação do item por não fazer parte do acolhimento e sim da anamnese
• Solicita inclusão do termo “quais medicamentos” o paciente está tomando, pois ele
poderia estar tomando medicamento para outras comorbidades
• Solicita anulação do item pelo tratamento ter sido instituído em UBS anterior
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• Solicita consideração de pontuação parcial

A banca não acata as argumentações para a mudança do PEP para este item, pois no momento
do acolhimento o médico deve fazer perguntas sobre as condições clínicas, que não se
restringem somente ao momento específico da anamnese tradicional, mas estão
relacionadas ao primeiro componente do método clínico centrado na pessoa (MCCP), no qual
busca-se explorar a doença e a experiência do indivíduo com a doença. Relaciona-se também
ao terceiro componente do método, provendo entendimento ao médico, das necessidades
de pactuação ou repactuação junto ao paciente, de metas, compromissos e prioridades em
plano traçado. Ainda aqui, não se considera pontuação parcial, pelo entendimento de que o
médico não alcançaria as informações necessárias para um desempenho integral.
Além do exposto, o cartão de instruções para o (a) participante, continha a referência da
ausência de comorbidades do paciente, dado que traz a inferência de que ele não estava em
uso de medicações para outras comorbidades. Ainda que o tratamento tenha sido instituído
em outro serviço de saúde, não se pode subintender que o paciente esteja usando de maneira
correta ou na dose correta. É fundamental usar a comunicação clínica efetiva para verificar o
próprio entendimento do médico e do paciente sobre o uso correto da medicação prescrita e
instruções ofertadas. Esta prerrogativa busca eliminar divergências de entendimento, bem
como reforça este entendimento, através de sumarização.

CERON, M. Habilidades de Comunicação: Abordagem Centrada na Pessoa. Disponível em:


https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade24/un
idade24.pdf

Stewart et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3a ed. Porto
Alegre: Artmed; 2017. 34p.

6. Pergunta o estado do paciente, ou como ele está se sentindo, ou se houve algum efeito
colateral da medicação

• Solicita a consideração de ampliação do PEP para considerar, quando verbalizado, a


necessidade de retorno em caso de reação adversa
• Solicita consideração de pontuação parcial
• Solicita anulação por não estar especificada na tarefa da estação
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A banca não acata as argumentações para a mudança do PEP para este item. O médico deve
ter uma comunicação clínica efetiva e fazer perguntas sobre as condições clínicas do paciente,
bem como a existência de efeitos adversos relacionados à medicação previamente prescrita
e em uso pelo paciente, pois estão relacionadas ao primeiro componente do método clínico
centrado na pessoa (MCCCP), no qual busca-se explorar a doença e a experiência do indivíduo
com a doença e também, ao terceiro componente do método, provendo entendimento ao
médico, das necessidades de pactuação ou repactuação junto ao paciente, de metas,
compromissos e prioridades em plano traçado. Por isto também, não se considera pontuação
parcial, pelo entendimento de que o médico não alcançaria as informações necessárias para
um desempenho integral.
A verbalização da necessidade de retorno, em caso de percepção de reações adversas deve
ser sempre instituída, porém não se aplica a intencionalidade deste item, de buscar a
verificação pelo médico, da ocorrência de alguma reação adversa já instalada ou manifestada
no paciente, pelo tratamento prévio instituído em outro serviço.

CERON, M. Habilidades de Comunicação: Abordagem Centrada na Pessoa. Disponível em:


https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade24/un
idade24.pdf

Stewart et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3a ed. Porto
Alegre: Artmed; 2017. 34p.

7. Cita os nomes dos quatro medicamentos, na forma de dois tipos de comprimidos: Rifampicina,
Isoniazida, Pirazinamina e Etambutol (RHPE) e Rifampicina e Isoniazida (RH).

• Solicita considerar adequado somente a citação dos nomes das medicações, pois a
estação não especificava a dosificação
• Solicita considerar pontuação parcialmente correta
• Solicita considerar acerto parcial se o candidato explicou o nome das drogas e suas doses
totais e não por comprimido

A banca não acata as argumentações dos recursos dos participantes para este item, pois o
médico é fundamental o médico ter uma comunicação clínica efetiva e neste caso, usá-la para
verificar o próprio entendimento do médico e do paciente sobre quais são as medicações
prescritas e a forma das duas fases e a disposição de comprimidos nelas, que serão usadas
durante o tratamento. Esta prerrogativa busca eliminar divergências de entendimento, bem
como reforça este entendimento, através de sumarização. Não se considera pontuação
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA – INEP
Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de
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parcial, pelo entendimento de que o médico não alcançaria as informações necessárias para
um desempenho integral.

A proposta do item 7 é avaliar se o candidato conhece os medicamentos que compõem o


esquema básico para o tratamento da tuberculose pulmonar em adultos constante no manual
de recomendações para controle da tuberculose no Brasil (2019). Tal esquema pressupõe um
tipo de comprimido em doses fixas combinadas de RHZE (150/75/400/275 mg) e um segundo
tipo de comprimido em doses fixas combinadas de RH (300/150 mg). O item somente exigia
a citação dos nomes dos quatro medicamentos nas duas formas de comprimidos usados
nacionalmente pelo SUS.

CERON, M. Habilidades de Comunicação: Abordagem Centrada na Pessoa. Disponível em:


https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade24/un
idade24.pdf

8. Explica o tratamento completo para TB 2RHZE/4RH:


2 meses de tratamento diário com RHZE, 4 comprimidos/dia;
4 meses de tratamento diário de RH, 4 comprimidos/dia.

• Solicita considerar pontuação parcial para quem somente a citar do nome das medicações
sem a necessidade do quantitativo deles
• Solicita anulação ou correção do PEP do item, pois o paciente tinha mais de 70 kg e a dose
recomendada seria 05 comprimidos
• Solicita consideração parcial ao referenciar o nome e o tempo de tratamento

A banca acata parcialmente as sugestões de modificação do PEP para este item, relacionadas
a unidade/dose recomendada referente ao peso do paciente explicitado no cartão de
Instruções para o (a) Participante, o qual assinalava que o paciente possuía 75kg.

O Esquema Básico para o tratamento da TB em adultos e adolescentes (≥ 10 anos de idade)


preconizado pelo Ministério da Saúde na versão mais atual (2019) de seu Manual de
Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil, para pessoas acima de 70 kg é:

Esquema Faixa de Peso Unidade/Dose Duração

RHZE
150/75/400/275
mg (comprimidos Acima de 70 Kg 5 comprimidos
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Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de
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em doses fixas 2 meses (fase
combinadas) intensiva)

RH 300/150 mg1
ou 150/75 mg Acima de 70 Kg 2 comp 300/150 mg + 4 meses (fase
(comprimidos em 1 comp de 150/75 mg de
doses fixas ou 5 comp 150/75 mg manutenção)
combinadas)
Fonte: (RATIONAL PHARMACEUTICAL MANAGEMENT PLUS, 2005; WHO, 2003). Adaptado de
BRASIl, 2011.
R – Rifampicina; H – isoniazida; Z – Pirazinamina; E – Etambutol. 1 A apresentação 300/150 mg
em comprimido
deverá ser adotada assim que disponível.

Referência:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no
Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 364 p. : il. (pag. 106, Quadro
20)

A banca sugere a modificação do PEP para o seguinte padrão esperado de procedimento


definitivo, diminuindo a possibilidade de equívoco de entendimento do que deve ser avaliado
e inferindo assim, maior clareza ao médico avaliador da performance do médico candidato em
relação a este item:

8. Explica o tratamento completo para TB 2RHZE/4RH:


2 meses de tratamento diário com RHZE, 5 comprimidos/dia;
4 meses de tratamento diário de RH, 3 ou 5 comprimidos/dia.

9. Explica efeitos colaterais menores das medicações:

gástricos (epigastralgia, dor abdominal, náuseas e vômitos), cutâneos (edema, irritação, acne
e prurido) e outros (cefaleia, vertigem, insônia, ansiedade e artralgia).

Inadequado: Não explica efeitos.


Parcialmente adequado: Explica apenas um dos efeitos colaterais menores.
Adequado: Explica dois ou mais efeitos colaterais.
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• Solicita a consideração da menção de efeitos colaterais mais importantes das medicações
• Solicita a anulação do item, por não constar no card de explicação da estação
• Solicita a ampliação do item para efeitos colaterais maiores e menores
• Solicitação de anulação por discrepância de atuação do paciente simulado

A banca acata parcialmente as argumentações dos recursos para a mudança do PEP para este
item.

No momento de avaliação do plano de cuidado o médico deve explicar os possíveis efeitos


adversos das medicações em uso. A explicação pode e deve ser ampla, desde que o médico
candidato reconheça, que o paciente simulado elenca, caso e se questionado (este
questionamento é esperado como atitude do médico candidato) pelo candidato, se tem
sentido alguma coisa ou se sentiu algum efeito com as medicações, somente sintomas
relacionados a efeitos adversos menores, no caso a cefaleia e o desânimo, e explique que estes
sintomas fazem parte do grupo dos efeitos adversos menores das medicações, que é o
propósito deste item de avaliação do PEP.

A banca sugere a ampliação do PEP para o seguinte padrão esperado de procedimento


definitivo, no intuito de diminuir a possibilidade de equívoco de entendimento do que deve
ser avaliado e inferindo assim, maior clareza ao médico avaliador da performance do médico
candidato em relação a este item:

9. Explica efeitos colaterais menores das medicações:

gástricos (intolerância digestiva, epigastralgia, dor abdominal, náuseas e vômitos), cutâneos


(exantema leve, edema, irritação, acne e prurido) e outros (neuropatia periférica,
hiperuricemia com ou sem sintomas, suor/urina de cor avermelhada/alaranjada, cefaleia,
mudança de comportamento, euforia, insônia, depressão leve, sonolência, vertigem, insônia,
ansiedade e artralgia/dor articular).

Inadequado: Não explica efeitos.


Parcialmente adequado: Explica apenas um dos efeitos colaterais menores.
Adequado: Explica dois ou mais efeitos colaterais.

Referência:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no
Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
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das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 364 p. : il. (pag. 128, Quadro
32)

10. Pergunta se há alguma dúvida e explica que os efeitos costumam passar sem precisar
suspender a medicação.

Inadequado: Não faz nenhuma pergunta.


Parcialmente adequado: Cumpre apenas uma das tarefas.
Adequado: Cumpre todas as tarefas.

• Solicita considerar a convocação do paciente à UBS em caso de efeitos adversos


relacionados ao tratamento
• Solicita anulação por discrepância de atuação do paciente simulado
• Solicita considerar de adequado se perguntar se há dúvida, mesmo que o paciente
simulado não questione sobre efeitos colaterais

A banca não acata as argumentações dos recursos dos participantes para este item,
considerando que este item é um desdobramento do item de avaliação anterior. É
fundamental o médico ter uma comunicação clínica efetiva e neste caso, usá-la para verificar
o próprio entendimento do médico e do paciente sobre efeitos adversos das medicações
durante o tratamento . Esta prerrogativa busca eliminar divergências de entendimento, bem
como reforça este entendimento, através de sumarização e enfatiza a não necessidade de
abandono do recurso terapêutico farmacológico no caso de efeitos adversos menores.
Não se considera pontuação parcial, pelo entendimento de que o médico não alcançaria as
informações necessárias para um desempenho integral. Também não se considera a
justificativa sobre a discrepância entre as atuações dos pacientes simulados, pois a atuação
dos pacientes simulados depende da pergunta disparadora do médico candidato.

CERON, M. Habilidades de Comunicação: Abordagem Centrada na Pessoa. Disponível em:


https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade24/un
idade24.pdf
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Prova de Habilidades Clínicas

11. Orienta a ingestão com água dos 4 comprimidos de RHPE na UBS.

• Solicita desconsiderar a necessidade de se informar que a ingesta da medicação é com


água sendo que é o meio pelo qual se ingere pela via oral
• Solicita anulação pois não é obrigatório a ingesta dos comprimidos com água, apesar de
preferível, sendo utilizados outros líquidos como chá e suco, saliva, etc.
• Solicita pontuação parcial para quem indicar o uso da medicação preferencialmente em
jejum, para diminuir efeitos colaterais gastrintestinais
• Solicita anulação por estar em inconformidade a quantidade de comprimidos para o
paciente com 75kg

Existe a necessidade dos profissionais da Atenção Primária à Saúde assegurarem, quando da


implementação do Tratamento Diretamente Observado (TDO) contra a tuberculose, haver
“(...) água potável, copos, local com privacidade (...)”, conforme consta no trecho abaixo:

“Nos serviços de saúde: observação da tomada nas unidades de ESF, UBS, Serviço de
atendimento especializado de HIV, policlínicas ou hospitais. Quando pactuada essa
modalidade entre o profissional de saúde e o doente, o serviço deve certificar-se da
possibilidade de deslocamento do paciente até a unidade de saúde. O serviço também deve
zelar pela oferta de água potável, copos, local com privacidade e flexibilização de horário com
profissionais disponíveis para realização do TDO.” (BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de
Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil / Brasília, 2019. 204p)

Entretanto, o número de comprimidos precisa ser retificado para 5 comprimidos ao invés de 4. Logo
o item recomendado ficaria:

11. Orienta a ingestão com água dos 5 comprimidos de RHPE na UBS.

12. Explica que o paciente não deve ingerir a medicação com álcool, pelo risco de agressão ao
fígado e piora dos sintomas adversos.

• Solicita considerar a diminuição da eficácia do tratamento com ingesta concomitante de


álcool
• Solicita considerar adequado contraindicar o uso de álcool sem explicar os motivos

A banca não acata as argumentações dos recursos dos participantes para este item, pois elas
não trazem fundamentação adequada ao contexto avaliado no item, sabendo-se que as
reações adversas são mais relevantes com o uso concomitante de bebida alcoólica durante o
tratamento.
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Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de
Educação Superior Estrangeira – REVALIDA 2020
Prova de Habilidades Clínicas

13. Orienta como será o TDO:

a - (quem) membro da Estratégia da Saúde da Família (ACS, enfermeiro, técnico de


enfermagem ou médico);
b - (como) horário de ida à UBS ou visita domiciliar;
c - (especificidade) como se dará a tomada da medicação nos fins de semana e feriados.
Inadequado: Não orienta.
Parcialmente adequado: Faz até duas orientações das três listadas acima.
Adequado: Faz as três orientações.

• Solicita anulação pois está implícito que se o TDO for na UBS, será acompanhado por
membro da ESF
• Solicita ampliação para considerar o tratamento autoadministrado
• Solicita o aumento da pontuação parcial para 1 ponto para o candidato que fez duas
das recomendações adequadamente
• Solicita considerar como adequado o TDO por “profissional capacitado” (03x por
semana nos 2 primeiros meses e 2 vezes por semana até o final do tratamento), sem
necessidade de determinar o horário da tomada.
• Solicita anulação do item C pois o manual de tuberculose não explica
• Solicita ampliação do gabarito para “Deve ser tomado todos os dias na UBS, pois é a
recomendação preferencial do MS”
• Solicita ampliação do item considerando questões como: a escolha de um local
ventilado e com um pouco de privacidade ao ministrar o tratamento diretamente
observado ao paciente, observação da tomada das drogas, observação se o paciente
engoliu a corretamente os medicamentos e a anotação na ficha de acompanhamento
da tomada diária da medicação.
• Solicita que cada orientação tenha pontuação de 0,5 por serem igualmente
importantes
• Solicita a ampliação para considerar o TDO realizado em casa

A banca acata parcialmente as argumentações dos recursos para mudança do PEP para este
item, principalmente nos que envolvem pontos de extrema importância em relação à
orientação do TODO, como se propõem esta avaliação.
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Educação Superior Estrangeira – REVALIDA 2020
Prova de Habilidades Clínicas
A banca sugere a ampliação do PEP para o seguinte padrão esperado de procedimento
definitivo, diminuindo a possibilidade de equívoco de entendimento do que deve ser avaliado
e inferindo assim, maior clareza ao médico avaliador da performance do médico candidato
em relação a este item:

13. Orienta como será o TDO:

a - (quem) membro da Estratégia da Saúde da Família (ACS, enfermeiro, técnico de enfermagem


ou médico) ou outros profissionais capacitados supervisionados por profissionais de saúde (ex.:
profissionais da assistência social);

b - (onde) horário de ida à na UBS ou no domicílio ou no local de trabalho visita domiciliar;

c - (especificidade) como se dará a tomada da medicação nos fins de semana e feriados.

d – (frequência) será considerado TDO se a observação da tomada ocorrer no mínimo três vezes
por semana durante todo tratamento

Inadequado: Não orienta.

Parcialmente adequado: Faz até duas orientações das quatro listadas acima.

Adequado: Faz as quatro orientações.

13. Orienta o paciente a não retornar ao trabalho.

• Solicita ampliação do gabarito para avaliação de contactantes no trabalho


• Solicita mudar o gabarito para “paciente retornar ao trabalho após término do atestado”

A banca acata parcialmente argumentação de mudança do PEP para este item.

A banca sugere a ampliação do PEP para o seguinte padrão esperado de procedimento definitivo,
diminuindo a possibilidade de equívoco de entendimento do que deve ser avaliado e inferindo
assim, maior clareza ao médico avaliador da performance do médico candidato em relação a este
item:

14. Orienta o paciente a não retornar ao trabalho antes de 15 dias após o início do tratamento,
adesão completa ao tratamento e com o paciente se sentindo bem.

14. Outras considerações de inclusão no PEP


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Prova de Habilidades Clínicas
• Complementar a notificação e realizar acompanhamento mensal por baciloscopia.
• Informar ao paciente que o tratamento é fornecido pelo SUS de forma gratuita.
• Informar ao paciente que no acompanhamento que será solicitado exame de baciloscopia
de escarro todos os meses para acompanhar a eficácia do tratamento e radiografia de
tórax cada 2 meses.
• Orientar ao paciente que deve manter isolamento, distanciamento social, evitando
aglomerações de pessoas e fazer uso de máscara.
• Terminar a consulta perguntando ao paciente se tem alguma dúvida, se despedir
orientando que as portas da UBS estarão sempre abertas para seu acolhimento.
• Solicitação de inclusão da explicação sobre a coleta da baciloscopia.
• Solicita a inclusão do parâmetro “parcialmente adequado” em todos os itens do padrão.

A banca não acata as considerações apresentadas, pois elas estão descontextualizadas do objeto
de avaliação e/ou não apresentam fundamentação teórica adequada.
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Prova de Habilidades Clínicas
ESTAÇÃO 6

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

A questão apresentada na ESTAÇÃO prática número 6 do REVALIDA 2020 era fundamentada


num caso clínico muito comum na prática médica. Tratava-se de um homem de 40 anos que procurava
atendimento num consultório de Atenção Secundária e cujo objetivo central na ESTAÇÃO era de fazer
uma anamnese dirigida ao quadro apresentado pelo paciente simulado e a partir das informações
colhidas, ter a intenção de saber dados do exame físico, fazer a interpretação oral de resultado de
exames complementares trazidos pelo paciente, nominar oralmente o diagnóstico e definir se havia a
necessidade de internação hospitalar ou poderia ser domiciliar.
O primeiro momento de avaliação era quanto a cumprimentar o paciente e se de maneira
cordial, demonstrando interesse no relato do caso.
O quadro clínico apresentado pelo paciente simulado consistia na informação de procurar
atendimento por apresentar, após um quadro gripal, calafrios, febre de 38,5 °C, desânimo, tosse com
catarro amarelado e dor no peito no lado direito. Na investigação do quadro clínico apresentado pelo
paciente simulado, três pontos eram importantes a serem questionados pelo(a) participante: 1. sobre
o uso de medicação, atual ou anterior; 2. sobre hospitalização prévia e 3. sobre doenças crônicas.
Após a anamnese, é sempre esperado que seja realizado o exame físico como parte integrante
para conduzir a um diagnóstico sindrômico. Como nessa ESTAÇÃO o paciente simulado não teria as
alterações necessárias no exame físico para completar o raciocínio clínico do(a) participante, nesse
momento seria entregue o IMPRESSO 1 com informações do exame físico, somente se solicitado
pelo(a) participante. Essa é a sequência semiológica necessária e imprecindível em qualquer consulta
médica ambulatorial (cenário em questão), que não seja numa urgência médica. Portanto, não há a
necessidade de pontuar a intenção de realizar exame físico e muito menos pontuar a solicitação de
dados do exame físico, pois essa padrão de conduta é o mínimo que se espera num atendimento
médico.
Após fazer um diagnóstico sindrômico, a partir de dados da anamnese (história do paciente
simulado) e dados do exame físico (IMPRESSO 1), era esperado que o(a) participante solicitasse exames
complementares para firmar uma hipótese diagnóstica. Na questão da ESTAÇÃO 6, o(a) participante
deveria ter a intenção de solicitar exames laboratoriais (sem pontuação sobre quais especificamente)
e uma radiografia de tórax. Nesse momento, o(a) participante receberia os IMPRESSOS 2 e 3,
respectivamente. A ordem de solicitação desses exames complementares não importava. O
importante era a solicitação. Nesses dois impressos, haviam informações laboratoriais e imagem de
uma radiografia de tórax.
A partir do quadro clínico apresentado pelo paciente simulado, dados do exame físico
(IMPRESSO 1), resultado de exames laboratoriais (IMPRESSO 2) e imagem da radiografia de tórax
(IMPRESSO 3), o(a) participante teria plenas condições de formular a hipótese diagnóstica de
pneumonia. Detalhe importante: nos IMPRESSOS 2 e 3 havia a orientação que o(a) participante fisesse,
em termos médicos, a interpretação dos resultados e falasse para o paciente simulado. No IMPRESSO
2, o achado anormal era uma leucocitose com desvio à esquerda e no IMPRESSO 3, a radiografia de
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tórax demonstrava a imagem com padrão alveolar ou consolidação em terço inferior do hemitórax
direito.
Nesse momento de finalização da questão, há o questionamento do paciente simulado se
haveria a necessidade de internação hospitalar ou não. Com todos os dados que deveriam ser obtidos
e corretamente interpretados, o(a) participante tinha plenas condições de informar ao paciente
simulado que não haveria a necessidade de internação hospitalar e que o tratamento seria
ambulatorial. Não há qualquer pontuação sobre qual o tratamento que deveria ser prescrito, duração
do mesmo ou classe medicamentosa a ser prescrita, pois estes não eram os objetivos da ESTAÇÃO 6.
Novamente, reforçamos a dinâmica da ESTAÇÃO 6: atendimento ambulatorial de um homem
de 40 anos de idade com quadro clínico típico de pneumonia (anamnese e exame físico), confirmado
pelos resultados dos exames laboratoriais e radiografia de tórax e que, devido as características desse
caso, o tratamento seria ambulatorial, sem a necessidade internação hospitalar.
Portanto, em relação aos questionamentos dos(as) participantes sobre a Estação 6 do
REVALIDA 2020, reiteramos:
- o(a) avaliador(a) médico(a) terá plenas condições técnicas de considerar sinônimos
empregados para definir os achados nos exames complementares, como leucocitose (como aumento
do número de leucócitos ou elevação número de glóbulos brancos) no hemograma e foco de
consolidação à direita (nas diferentes formas de descrição médica na língua portuguesa) na radiografia
de tórax. Portanto, não há necessidade de mudar a grade de avaliação (checklist).
- em relação a pontuar a solicitação do exame físico ou a intenção de fazê-lo não procede, pois
como anteriormente explanado, essa atitude faz parte de uma avaliação clínica. No caso dessa
ESTAÇÃO, não deveria ser feito exame físico, pois não teríamos como o paciente simulado demonstrar
as alterações pertinentes, como achados da ausculta pulmonar alterados. O simples fato de o(a)
participante ler o resultado de um exame físico não comtempla pontuação, pois não estará sendo
avaliado qualquer habilidade médica neste procedimento.
Assim, a grade de itens a serem avaliados deve ser mantida na versão original.
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ESTAÇÃO 7

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

RESUMO DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELOS PARTICIPANTES

Item 2
Solicita ampliação para número de parceiros, estado civil e história obstétrico.

Item 4
Solicita ampliação das manobras semiológicas considerando as demais como punho percussão plantar,
Rovsing, Psoas e obturador. Argumentação na página 10.

Item 5
Solicita anulação considerando que foi solicitado o diagnóstico e não diagnósticos diferenciais, bem
como houve solicitação de ampliação dos diagnósticos diferenciais para ampliação para gravidez
ectópica rota.

Item 6
Solicita anulação do item com diversas argumentações, entre elas que o exame era focado na queixa
e a paciente modelo não referia sintomas ginecológicos, que o USG já definia o diagnóstico de
apendicite, que o sinal de Blumberg é sinal clássico de apendicite e que o escore de Alvarado superior
a 7 já tornava desnecessário o exame ginecológico.

Item 7
Solicita anulação considerando o escore de Alvarado alta (acima de 7) já definia apêndice não sendo
necessário solicitação de exames complementares.

Item 8
Solicita recurso para ampliação de leucocitose as custas de neutrófilos.

Item 9
Solicita anulação considerando que o diagnóstico da apendicite é clínico, dispensando a necessidade
de ultrassom. Bem como considerando que alguns recursos trouxeram que a paciente estava em
abstinência sexual, o que não traria risco de doença inflamatória pélvica e gestação não sendo
necessária a realização de exames complementares.

Item 10
Solicita anulação considerando que era procedimento de emergência e quem deveria solicitar o termo
de consentimento seria o cirurgião

Item 11
Solicitado ampliação do checklist para passagem de sonda nasogástrica, sonda vesical de demora e
acesso venoso periférico.
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Item 13
Solicita anulação considerando que quem define a via de acesso é o cirurgião e solicitado modificação
do gabarito para adequado a quem citou apenas a via laparoscópica considerando que esta é a que
traz mais benefícios ao paciente.

Item 14
Solicitado ampliação com inclusão das quinolonas, cefalosporinas de 1ª geração e penicilinas.

POSICIONAMENTO DA BANCA

Item 2
ACATADO PARCIALMENTE
Opta-se por incluir o número de parceiros, visto que a promiscuidade sexual é fator de risco para
doença inflamatória pélvica conforme o Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente
Transmissíveis: doença inflamatória pélvica publicado na revista Epidemiologia e Serviços de Saúde
conforme o seguinte trecho “Os fatores de risco para doença inflamatória pélvica incluem 1) faixa
etária, pois adolescentes com múltiplos parceiros sexuais, devido a fatores biológicos e
comportamentais próprios dessa fase, apresentam risco três vezes maior de desenvolver doença
inflamatória pélvica aguda quando comparadas às mulheres acima de 25 anos, independentemente
de escolaridade e renda familiar; 2) comportamento sexual com parcerias múltiplas, início precoce das
atividades sexuais e novas parcerias”.

Item 4
NÃO ACATADO
Indeferido, visto que a avaliação do sinal de Blumberg ocorre durante a palpação do abdômen sendo
o sinal semiológico classicamente utilizando. Os demais servem para reforçar o diagnóstico.
Considerado também que não houve treinamento dos pacientes simulados para que respondessem a
tais manobras.

Item 5
ACATADO PARCIALMENTE
A questão trata de uma paciente de 22 anos, do sexo feminino, sem parceiro fixo há 6 meses, sem
utilização de método contraceptivo, apresentando-se em um pronto socorro com relato de dor no
andar inferior do abdômen há 2 dias associado a náuseas, vômitos e anorexia, sem saber referir data
da última menstruação visto que seu ciclo é irregular que ao exame físico apresenta dor e
descompressão brusca dolorosa em fossa ilíaca direita. Tal quadro possui como diagnósticos
diferenciais principais a apendicite, doença inflamatória pélvica (anexite/salpingite), cistos ovarianos
torcidos/rotos e gravidez ectópica, rota ou não, visto o quadro clínico associado a história
epidemiológica da paciente. Ainda como parte do exame físico para quadros do tipo inclui a avaliação
ginecológica da paciente. Neste momento da prova, o candidato deveria solicitar a autorização para o
exame físico ginecológico, sendo seguido de um questionamento da paciente simulada do porquê
precisar examinar as partes íntimas. Para a resposta deste questionamento fazia-se necessário explicar
os diagnósticos diferenciais ginecológicos do quadro em questão, não cabendo apenas responder que
o quadro sugeria apendicite.
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Desta forma, não foi acatado a solicitação de anulação, porém foi acatado a inclusão da gravidez
ectópica com diagnóstico diferencial visto que neste momento o candidato ainda estaria no exame
físico, não sendo possível descartar uma gestação como causa da dor.

Item 6
NÃO ACATADO
A questão trata de uma paciente de 22 anos, do sexo feminino, sem parceiro fixo há 6 meses, sem
utilização de método contraceptivo, apresentando-se em um pronto socorro com relato de dor no
andar inferior do abdômen há 2 dias associado a náuseas, vômitos e anorexia, sem saber referir data
da última menstruação visto que seu ciclo é irregular que ao exame físico apresenta dor e
descompressão brusca dolorosa em fossa ilíaca direita. Tal quadro possui como diagnósticos
diferenciais principais a apendicite, doença inflamatória pélvica (anexite/salpingite), cistos ovarianos
torcidos/rotos e gravidez ectópica, rota ou não, visto o quadro clínico associado a história
epidemiológica da paciente. Ainda como parte do exame físico para o quadro, é necessária a avaliação
ginecológica da paciente.
Conforme o Sabiston 20ª edição, página 1299, “Nas pacientes do gênero feminino é importante excluir
doença pélvica. No entanto, a dor com o movimento do colo do útero, um achado normalmente
associado a doença inflamatória pélvica, pode estar presente na apendicite em decorrência de
irritação dos órgãos pélvicos pelo processo inflamatório adjacente”.
Bem como o escore de Alvarado, ele pode ser usado para descartar um quadro de apendicite, mas não
dever ser usado como escore confirmatório conforte trecho extraído do a artigo Diagnosis and
treatment of acute appendicitis: 2020 update of the WSES Jerusalem guidelines publicado no World
Journal of Emergency Surgery em 2020: “Although the Alvarado score is not sufficiently specific in
diagnosing AA, a cutoff score of < 5 is sufficiently sensitive to exclude AA (sensitivity of 99%). The
Alvarado score could, therefore, be used to reduce emergency department length of stay and radiation
exposure in patients with suspected AA”
Dessa forma, não se acata a anulação do item, visto que o exame físico ginecológico é parte da
avaliação inicial da dor abdominal das mulheres em idade fértil e que a alta pontuação no escore de
Alvarado não é suficientemente específico para apendicite.

Item 7
NÃO ACATADO
Conforme o artigo Diagnosis and treatment of acute appendicitis: 2020 update of the WSES Jerusalem
guidelines, publicado no World Journal of Emergency Surgery em 2020 “Although the Alvarado score
is not sufficiently specific in diagnosing AA, a cutoff score of < 5 is sufficiently sensitive to exclude AA
(sensitivity of 99%). The Alvarado score could, therefore, be used to reduce emergency department
length of stay and radiation exposure in patients with suspected AA”, bem como na sua versão anterior
de 2016, afirma-se que “Although several previous studies have shown discriminant factors in the
differential diagnosis of AA and pelvic inflammatory disease (PID) in childbearing age women [24–29],
imaging techniques such as US, CT or MRI may be required to reduce the negative appendectomy
rate”.

Item 8
ACATADO PARCIALMENTE
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Deferido parcialmente, visto que o quadro apresentava, além da neutrofilia, desvio a esquerda com
predomínio de formas jovens como melhor resposta para a questão em si. Conforme o Sabiston 20ª
edição, página 1299 “A leucocitose, muitas vezes com um ‘desvio a esquerda’ (predomínio de
neutrófilos e por vezes de formas jovens) está presente em 90% dos casos”.

Item 9
NÃO ACATADO
Indeferido, visto que a questão tratava de uma paciente de 22 anos, do sexo feminino, sem parceiro
fixo há 6 meses, sem utilização de método contraceptivo, apresentando-se em um pronto socorro com
relato de dor no andar inferior do abdômen há 2 dias associado a náuseas, vômitos e anorexia, sem
saber referir data da última menstruação visto que seu ciclo é irregular que ao exame físico apresenta
dor e descompressão brusca dolorosa em fossa ilíaca direita. Tal quadro possui como diagnósticos
diferenciais principais a apendicite, doença inflamatória pélvica (anexite/salpingite), cistos ovarianos
torcidos/rotos e gravidez ectópica, rota ou não, visto o quadro clínico associado à história
epidemiológica da paciente, devendo-se então proceder a realização do exame físico ginecológico e
solicitação de exame de imagem vistas a se reduzir a incidência de laparotomia/laparoscopia branca,
conforme descrito no WESES Jerusalem guidelines for diagnosis and treatment of acute appendicitis
de 2016: “Although several previous studies have shown discriminant factors in the differential
diagnosis of AA and pelvic inflammatory disease (PID) in childbearing age women [24–29], imaging
techniques such as US, CT or MRI may be required to reduce the negative appendectomy rate”.

Item 10
ACATADO PARCIALMENTE
A avaliação feita diz respeito a um atendimento simulado de avaliação feita por médico generalista,
desse modo considero que deveria ser solicitada somente a autorização para internação hospitalar.
No termo de consentimento livre esclarecido, o paciente deve ser informado do procedimento a ser
realizado, com seus benefícios e riscos associados. Desse modo o termo seria adequadamente
preenchido pelo cirurgião, que possui o conhecimento específico acerca das potenciais complicações
do tratamento cirúrgico em questão. A Banca argumenta que em casos de emergência,
extraordinariamente isso poderia ser feito pelo médico em questão, porém os quadros de apendicite
não complicada, como o caso em questão, não são considerados de urgência. Conforme o artigo
Diagnosis and treatment of acute appendicitis: 2020 update of the WSES Jerusalem guidelines,
publicado no World Journal of Emergency Surgery em 2020, o retardo cirúrgico intra-hospitalar curto
de até 24h é seguro na apendicite aguda não complicada e não aumenta as complicações e/ou a taxa
de perfuração em adultos. A cirurgia para apendicite aguda não complicada pode ser planejada para o
próximo horário cirúrgico disponível, minimizando o atraso sempre que possível (melhor conforto do
paciente, etc.).

Item 11
NÃO ACATADO
Segundo o Projeto ACERTO – Acelerando a Recuperação Total Pós-Operatória, não há indicação do uso
de sonda nasogástrica e sondagem vesical de demora de rotina para todos os procedimentos
cirúrgicos, devendo estes ser avaliados caso a caso.

Item 13
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Prova de Habilidades Clínicas
NÃO ACATADO
Não foi solicitada definição da via de acesso cirúrgico, apenas orientação sobre as duas vias de acesso
disponível (abera e laparoscópica) e informação quanto à preferência da via laparoscópica, Segundo
Sabiston 20ª edição na página 1302 e 1303 “As conclusões evidentes de uma série de estudos indicam
que ambas as abordagens são aceitáveis e que as vantagens da com a laparoscopia, embora pequenas,
foram morbidade global mais baixa, menos complicação da ferida, dor pós operatória reduzida e talvez
um período de recuperação um pouco menor”.

Item 14
ACATADO PARCIALMENTE
Considerando o referido no artigo Seleção e uso de antibióticos em infecções intra-abdominais: “Em
pacientes com infecções comunitárias leves a moderadas devem ser empregados antimicrobianos de
menor espectro como ampicilina/sulbactam, cefazolina ou cefuroxima/metronidazol,
ticarcilina/clavulanato e ertapenem devido ao custo e menor risco de toxicidade (categoria A e grau 1
de recomendação do Quadro 1). Aminoglicosídeos não são recomendados como rotina em infecções
comunitárias intra-abdominais (categoria A e grau 1 de recomendação da Quadro 1), eles devem ser
reservados para pacientes alérgicos a beta-lactâmicos e como segunda escolha nos esquemas de
quinolonas. Complementação do curso de antibióticos com formas orais de quinolona mais
metronidazol (categoria A e grau 1 de recomendação da Quadro 1) ou amoxicilina/clavulanato
(categoria B e grau 3 de recomendação da Quadro 1) é aceitável em pacientes que toleram dieta via
oral”.

Como paciente encontrava-se com quadro leve a grave, será considerado a utilização de
monoterapia com ampicilina/sulbactam, ticarcilina/clavulanato, ertapeném e os esquermas
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combinados descritos na questão, acrescentando a opção de se usar uma fluoroquinolona e a extensão
para o aceite da cefazolina.
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ESTAÇÃO 8

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

RESUMO DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELOS PARTICIPANTES

Item 1.5
Argumenta que o teste do pezinho é o teste que dá o diagnóstico de anemia falciforme.

Item 1.6
Solicitam anulação pois a atriz poderia falar espontaneamente que acompanha com hematologista (ou
também que fala quando entrega a receita).

Item 1.11
Solicitação de hemograma ser considerada solicitação de Hemoglobina basal.

Item 1.13
Considerar cirurgia prévia no item.

Item 2.1
Considerar além de crise álgica ou de dor, sinônimos como Crise falcêmica, crise vaso-oclusiva.

Item 3.1
Solicitada anulação, pois o paciente poderia ficar 6h em observação para após avaliação de internação
ou alta, depois de feita otimização da analgesia.

Item 3.3
Considerar também uso de Tramadol como opção medicamentosa opioide. Também considerar uso
de AINEs (ao invés de Diclofenaco exclusivamente). (

Posicionamento da banca

Item1.5
NÃO ACATADO
Teste do pezinho é um teste de triagem, que levanta a suspeita, mas necessita de seguimento
e outros exames para confirmação. Além disso, não são todos os pais que buscam/alcançam o
resultado, o que posterga, muitas vezes o diagnóstico.

Item 1.6
NÃO ACATADO
Segundo o próprio roteiro da atriz, ela afirma que acompanha o caso com médio especialista,
após ser questionada se há acompanhamento ou quando entrega a receita (que é um passo posterior
no roteiro e na anamnese).
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Item 1.11
NÃO ACATADO
Solicitação de hemograma é um pedido na emergência para avaliar algo agudo. Em um quadro
de anemia falciforme, sempre deve ser perguntado o nível de Hemoglobina Basal.

Item 1.13
NÃO ACATADO
Apesar de crises de sequestração esplênica de repetição poderem requerer transfusão
sanguínea e esplenectomia, a simples pergunta sobre histórico genérico de cirurgia prévia pode
demonstrar desconhecimento da fisiopatologia da doença falciforme. Portanto, mantem-se o item tal
como proposto.

Item 2.1
ACATADO
Todos sinônimos para o quadro do paciente, que indicam a presença de crise de dor devem
ser aceitos. (https://www.hcrp.usp.br/revistaqualidade/uploads/Artigos/164/164.pdf).

Item 3.1
ACATADO PARCIALMENTE
Mudança de gabarito, se o candidato sugerir internação ou observação por 6h com otimização
da analgesia (EV) será considerado correto.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_condutas_basicas.pdf

Item 3.3
ACATADO PARCIALENTE
O Tramadol não está presente nem no guia do Ministério da Saúde e nem no tratado da
sociedade Brasileira de pediatria (4ª edição) – que inclui TRAMAL somente para adolescentes, que não
é o caso do paciente da prova que tinha 7 anos.
(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_condutas_basicas.pdf). No
entanto, podemos considerar AINEs e ajustar o gabarito para contemplar possibilidade de
Parcialmente Adequado.
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ESTAÇÃO 9

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

RESUMO DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELOS PARTICIPANTES

- Item 2.1
Interposição de recursos para ampliação de itens avaliados no nível de consciência.

- Item 2.2
Recursos em relação a pontuação do candidato mesmo que a atriz se ajustasse sozinha na maca sem
ajuda do candidato.

- Item 2.3
Candidatos pontuam sobre a necessidade de checar os pulsos centrais e periféricos, já que no anexo
constava que o pulso estava 100 rpm quando este já checava os pulsos periféricos. Além disso ha
solicitação para verbalização ao invés de exame direto na atriz.

- Item 2.4
Solicitação de ampliação de termos para sinais vitais de forma genérica. solicitação para verbalização
ao invés de exame direto na atriz.

- Item 2.5
Solicitação de ampliação de termos para ectoscopias de forma genérica. Solicitação para verbalização
ao invés de exame direto na atriz

- Item 2.6
Solicitação para verbalização ao invés de exame direto na atriz.

- Item 2.7
Argumentam sobre a forma com foi apresentada a loquiação da paciente. Argumentam adição de
outros itens na anamnese exame físico no checklist

- Item 3.1
Recurso solicitando a ampliação e uso de sinônimos no checklist.

- Item 3.2
Solicitam troca do gabarito para solicitação da glicemia a qualquer momento do atendimento.

- Item 3.3
Argumentado que não se sabia há quanto tempo a fralda da paciente tinha sido trocada e como tal
informação não constava no script da paciente ou nas informações da questão, foi solicitada anulação
da questão, pois na ausência de dados o candidato solicitaria exames no intuito de prestar a melhor
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assistência a paciente. Alguns argumentos com relação a outros itens do exame físico e sinais vitais: se
os mesmos seriam incluídos ou não na parte em que se fala que o candidato solicitou outros exames.

- Item 4.1
Candidatos argumentam que faltaram dados do exame físico apos o quadro sofrido pela paciente e
medidas iniciais. Argumentam ainda adição de subitem parcialmente adequado para pontuação
quando o candidato mencionava apenas um dos pontos: explica sobre queda temporária de pressão
ou que não há sinais de hemorragia

- Item 4.2
Pontuadas em arguições sobre a paciente levantar-se assistida pela equipe de enfermagem.

POSICIONAMENTO DA BANCA

- Item 2.1
NÃO ACATADO
Não se acata mudança no gabarito pois o intuito do item era apenas ver se o candidato fazia de forma
genérica uma avaliação do nível de consciência da paciente.

- Item 2.2
NÃO ACATADO
Não se acata mudança do item pois nas orientações o examinador deixou bem claro que caso o
candidato não ajustasse a paciente na maca a atriz deveria fazê-lo e deste modo não seria contado
ponto ao candidato.

- Item 2.3
NÃO ACATADO
As restrições impostas pela COVID foram consideradas, e as atrizes foram devidamente orientadas, o
que poderá ser observado pelo examinador nos vídeos.

- Item 2.4
NÃO ACATADO
Não se acatam mudanças no gabarito pois a avaliação de perfusão periférica deveria ser específica no
exame físico, com o intuito de avaliar se o candidato fazia busca ativa deste achado para condução do
caso.

- Item 2.5
NÃO ACATADO
A verbalização não substitui a iniciativa e demonstração pelo participante de que pretende realizar o
exame das mucosas. Portanto, não há de se falar em ectoscopia como termo genérico pois o que se
espera não é a verbalização, mas sim o gesto

- Item 2.6
NÃO ACATADO
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Não se acata pois o exame físico deveria ser demonstrado na atriz, como critério de avaliação. Na
própria instrução do candidato estava escrito que o mesmo deveria demonstrar os procedimentos
médicos, no qual inclui exame físico.

- Item 2.7
NÃO ACATADO
Não se acatam mudanças pois o exame clínico da paciente para avaliar sua loquiação era fundamental.
Casos em que houve exposição da loquiação sem o questionamento do candidato serão avaliados
individualmente em seus respectivos vídeos. Outros pontos de exame físico ou anamnese não foram
avaliados na pontuação pois o objetivo do item era avaliar o exame físico feito pelo candidato, sendo
impossível colocação em checklist de questão de 10 minutos toda a avaliação de uma puérpera fora
do contexto apresentado na questão. Sinônimos serão aceitos nesta avaliação.

- Item 3.1
NÃO ACATADO
Os avaliadores estão orientados para as possibilidades temáticas. Não há necessidade de alterar o item
no checklist pois os sinônimos já serão considerados pelos avaliadores.

- Item 3.2
NÃO ACATADO
A palavra "imediato" pode ser erroneamente interpretada como "no início do atendimento", quando
o intuito da questão foi saber se o candidato solicita a glicemia durante o atendimento, enquanto a
paciente ainda está se recuperando da lipotimia.

- Item 3.3
ACATADO PARCIALMENTE
Acata-se parcialmente pois ficou vago no item se o examinado estava querendo saber de mais exames
complementares ou se isso incluía também exame físico e sinais vitais. Desse modo incluído no item
especificação para direcionar melhor o que o examinador queria saber no checklist. Apesar de não
sabermos ha quanto tempo a fralda da paciente havia sido trocada, ali constava uma quantidade
pequena de sangramento e os dados de exame físico (mucosas coradas, útero tônico) e de glicemia
normal apontavam para um quadro de hipotensão postural da paciente, de modo que o exame
laboratorial ou exames complementares não se justificavam.

- Item 4.1
ACATADO PARCIALMENTE
Acata-se parcialmente pois pode ser dado o item como parcialmente adequado quando o candidato
faz uma das duas solicitações do checklist. O diagnostico pode ser determinado tendo por base o
exame clinico da paciente e o exame físico apresentado, de que não se tratava de um quadro de alarme
passível de mais investigações para a puérpera (útero bem contraído abaixo da cicatriz umbilical, sinais
vitais compatíveis com puérpera que sofreu lipotimia e loquiação fisiológica). Sinônimos serão
considerados individualmente segundo cada uma das análises de vídeos.

- Item 4.2
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NÃO ACATADO
Não se acata mudança pois a paciente independente de necessitar de um auxílio de equipe especifica
poderá se sentar e levantar de maneira mais lenta evitando a hipotensão postural, de modo que,
independentemente de ter falado em auxilio ou não, se o candidato orientou que a mesma poderia
sentar-se devagar, pontuaria no item. Há de se ter em mente que no script a paciente havia comido
no dia anterior à noite.
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ESTAÇÃO 10

MANIFESTAÇÃO DA BANCA

RESUMO DOS PRINCIPAIS ARGUMENTOS APRESENTADOS PELOS


PARTICIPANTES/POSICIONAMENTO DA BANCA

Argumentos utilizados para cada item da avaliação:

1. Cumprimenta e apresenta-se ao adolescente.

Ausência de recursos

2. Questiona sobre insônia.

• Solicita inclusão do aceite do questionamento “como você tem dormido?”


• Solicita inclusão do aceite para considerar, além das características da insônia,
tentativa de suicídio, ideações; afastando uma maior gravidade (emergência
psiquiátrica) do caso

É fundamental em uma abertura de consulta o questionamento sobre o motivo desta, haja


vista as diferentes motivações que possam levar o paciente ao encontro clínico, como
sintomas físicos, sintomas emocionais, necessidades sociais, medo de adoecer, motivações
preventivas, diagnósticos pré-estabelecidos, etc.
Ao questionar o motivo da consulta, o médico consegue centrar o atendimento no paciente,
entendendo aspectos subjetivos inerentes à pessoa e a própria experiencia da mesma com a
doença.

A banca não acata as argumentações para a mudança do PEP para este item, pois apesar de
concordar com a necessidade de uma avaliação mais ampliada e exploração das queixas, para
a identificação dos reais problemas do adolescente, a ampliação do item no PEP não servirá
para observação se o candidato explorou a queixa da insônia, que é o foco deste item. Além
deste fato, esta avaliação mais ampliada se encontra no item de avaliação subsequente.

Stewart et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3a ed. Porto
Alegre: Artmed; 2017. 34p.
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3. Questiona sobre necessidades ampliadas de saúde para além da insônia, entendendo a


possibilidade de quadro de violência.

• Solicita de consideração a abordagem do candidato de sintomas e sinais de depressão


maior, ideação suicida e autoagressão (Tentativa de suicídio) como parte da
anamnese para descartá-los diante de um quadro de adolescente com lesões no
corpo.

É fundamental em uma abertura de consulta o questionamento sobre o motivo desta, haja


vista as diferentes motivações que possam levar o paciente ao encontro clínico, como
sintomas físicos, sintomas emocionais, necessidades sociais, medo de adoecer, motivações
preventivas, diagnósticos pré-estabelecidos, etc.
Ao questionar o motivo da consulta, o médico consegue centrar o atendimento no paciente,
entendendo aspectos subjetivos inerentes à pessoa e a própria experiencia da mesma com a
doença.

A banca não acata as argumentações para a mudança do PEP para este item, pois apesar de
concordar com a necessidade de uma avaliação mais ampliada e exploração das queixas, para
a identificação dos reais problemas do adolescente, considera que este objeto da
argumentação do recurso já está contemplado na avaliação deste item, considerando a
amplitude do termo violência.

Stewart et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3a ed. Porto
Alegre: Artmed; 2017. 34p.

4. Realiza abordagem centrada no paciente, incluindo escuta ativa, e estabelece relação de


confiança com o paciente.

Ausência de recursos
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5. Identifica e notifica a violência física.

Inadequado: Não identifica e não notifica.


Parcialmente adequado: Somente identifica ou notifica.

• Solicita de ampliação do gabarito para o termo “violência e/ou maus tratos”


• Solicita de ampliação do gabarito para o termo “violência doméstica”
• Solicita ampliação do gabarito para o termo “violência ao menor de idade”
• Solicita considerar notificação à polícia
• Solicita considerar notificação ao Conselho Tutelar
• Solicita considerar notificação à Vara de Infância e Juventude
• Solicita ampliação do gabarito para o termo violência familiar
• Solicita ampliação do gabarito para o termo “violência contra o adolescente”
• Solicita ampliação do gabarito para o termo “agressão física”

A Organização Mundial da Saúde define violência como: O uso intencional da força física ou do poder,
real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade,
que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência
de desenvolvimento ou privação. A definição utilizada pela Organização Mundial da Saúde associa
intencionalidade com a prática do ato propriamente dito, independentemente do resultado
produzido.

WHO Global Consultation on Violence and Health. Violence: a public health priority. Geneva, World
Health Organization, 1996 .

Os maus-tratos infantis apresentam-se como uma forma muito peculiar de violência, não sendo um
conceito claro e partilhado por todos da mesma forma, devido a fatores socioculturais e aos
referenciais pessoais.

Embora não exista uma definição consensual do fenômeno dos maus-tratos a crianças e adolescentes,
por se tratar de um tema complexo que requer a procura de critérios operacionais. As últimas
conceitualizações têm procurado efetuar uma divisão considerando o tipo de ação ou omissão das
figuras parentais.

Os maus tratos podem ser considerados como um fenômeno multifacetado, com necessidade de
análise e classificação em função de inúmeros critérios e diferentes dimensões.

Podem ser também encarados como um ato deliberado, por omissão ou por negligência, causado por
indivíduos, instituições ou sociedades que privam as crianças/jovens dos seus direitos e prejudicam o
seu normal desenvolvimento.
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Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de
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Importa salientar que a conceitualização de mau trato nas crianças e adolescentes começou por ser
de caráter social e jurídica e só mais tarde lhe foi atribuída uma definição científica.

São quatro os tipos de mau trato mais frequentes: a negligência, o mau trato físico, o abuso sexual e o
abuso emocional.

A negligência caracteriza-se por um processo de ausência da satisfação das necessidades dos menores
notadamente em cuidados de saúde, alimentação, segurança, educação, saúde, afeto, estimulação e
apoio.

Os maus tratos físicos são ações não acidentais que tem por base o poder ou confiança por parte dos
perpetradores do abuso, originando danos físicos na criança ou jovem, podendo ocorrer de modo
isolado ou repetido.

Alberto, I. (2006). Maltrato e Trauma na Infância. Coimbra: Edições Almedina, SA.

Violência doméstica é todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um
ambiente familiar em comum. Pode acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos),
ou unidas de forma civil (como união estável, marido, esposa, nora, genro e sogra).

A violência doméstica pode ser subdividida em violência física, psicológica, sexual, patrimonial e
moral.

Cadernos de Atenção Básica - Nª 8, Violência Intrafamiliar – Orientações para a Prática em Serviço

Este item de avaliação se refere a identificação da violência física e notificação desta violência
identificada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), na ficha de
Notificação/Investigação Individual (violência doméstica, sexual, e/ou outras violências interpessoais),
no campo específico número 42 da ficha respectiva ficha, subitem “violência física”.

Houve por diversas vezes nos recursos, a confusão entre a notificação de violência no SINAN e a
emissão de laudo ou relatório de informe de maus-tratos da criança ou adolescente ao Conselho
Tutelar. É função do CRAS ou CREAS, através do assistente social e conselheiro tutelar, a gestão do
caso junto à Vara de Infância e da Juventude (que são facultativas e poucas no Brasil, embora o ECA
estimule a criação delas) e à Polícia, apesar de em caso de necessidade, o serviço de saúde também
poder acionar a Polícia.

A banca acata parcialmente as argumentações dos recursos para a mudança do PEP para este item.

A banca sugere a ampliação do PEP para o seguinte padrão esperado de procedimento definitivo, no
intuito de diminuir a possibilidade de equívoco de entendimento do que deve ser avaliado e inferindo
assim, maior clareza ao médico avaliador da performance do médico candidato em relação a este item:
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5. Identifica violência (física, doméstica, violência contra menor, violência contra adolescente,
violência intrafamiliar, violência contra incapaz, violência familiar) e notifica a violência física

Inadequado: Não identifica e não notifica.


Parcialmente adequado: Somente identifica ou notifica.
Adequado: Identifica e notifica.

6. Identifica e notifica a violência financeira.

• Solicita ampliação do gabarito para notificação ao conselho tutelar


• Solicita anulação por divergências de atuação do paciente simulado
• Solicita de anulação do item por estar contido em “notificação de violência infantil”
• Solicita anulação do item por divergência de entendimento dos termos violência
financeira e negligência financeira
• Solicita anulação do item por supostamente só ser realizada em relação ao idoso
• Solicita anulação, pois violência financeira estaria incluída na mesma notificação de
violência
• Solicita ampliação do gabarito para aceite do termo negligência como forma de maus
tratos
• Solicita inclusão do termo violência familiar
• Solicita anulação do item por não existir ficha de notificação para violência financeira
• Solicita anulação do item, pois o adolescente referiu ter abandonado a escola e por
isto não poderia estar recebendo benefício Bolsa Família

A Organização Mundial da Saúde define violência como: O uso intencional da força física ou do poder,
real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade,
que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência
de desenvolvimento ou privação. A definição utilizada pela Organização Mundial da Saúde associa
intencionalidade com a prática do ato propriamente dito, independentemente do resultado
produzido.

WHO Global Consultation on Violence and Health. Violence: a public health priority. Geneva, World
Health Organization, 1996 .
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA – INEP
Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de
Educação Superior Estrangeira – REVALIDA 2020
Prova de Habilidades Clínicas

Os maus-tratos infantis apresentam-se como uma forma muito peculiar de violência, não sendo um
conceito claro e partilhado por todos da mesma forma, devido a fatores socioculturais e aos
referenciais pessoais.

Embora não exista uma definição consensual do fenômeno dos maus-tratos a crianças e adolescentes,
por se tratar de um tema complexo que requer a procura de critérios operacionais. As últimas
conceitualizações têm procurado efetuar uma divisão considerando o tipo de ação ou omissão das
figuras parentais.

Os maus tratos podem ser considerados como um fenômeno multifacetado, com necessidade de
análise e classificação em função de inúmeros critérios e diferentes dimensões.

Podem ser também encarados como um ato deliberado, por omissão ou por negligência, causado por
indivíduos, instituições ou sociedades que privam as crianças/jovens dos seus direitos e prejudicam o
seu normal desenvolvimento.

Importa salientar que a conceitualização de mau trato nas crianças e adolescentes começou por ser
de caráter social e jurídica e só mais tarde lhe foi atribuída uma definição científica.

São quatro os tipos de mau trato mais frequentes: a negligência, o mau trato físico, o abuso sexual e o
abuso emocional.

A negligência caracteriza-se por um processo de ausência da satisfação das necessidades dos menores
notadamente em cuidados de saúde, alimentação, segurança, educação, saúde, afeto, estimulação e
apoio.

Os maus tratos físicos são ações não acidentais que tem por base o poder ou confiança por parte dos
perpetradores do abuso, originando danos físicos na criança ou jovem, podendo ocorrer de modo
isolado ou repetido.

Alberto, I. (2006). Maltrato e Trauma na Infância. Coimbra: Edições Almedina, SA.

Violência doméstica é todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um
ambiente familiar em comum. Pode acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos),
ou unidas de forma civil (como união estável, marido, esposa, nora, genro e sogra).

A violência doméstica pode ser subdividida em violência física, psicológica, sexual, patrimonial e
moral.

Cadernos de Atenção Básica - Nª 8, Violência Intrafamiliar – Orientações para a Prática em Serviço


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A violência patrimonial, também chamada de violência financeira, é entendida como qualquer conduta
que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de
trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades.

Vários atos podem ser considerados como violência financeira contra a criança ou o adolescente,
como por exemplo, mas não somente estes: controlar/ reter o dinheiro ou bens que a criança ou
adolescente tenham ou recebam mensalmente, de forma a deixá-los em situação de dependente;
deixar de receber pensão alimentícia; o responsável, familiar, ou tutor realizar furto, extorsão ou dano
a bens materiais; privar a criança ou adolescente de fazer uso de bens, valores ou recursos econômicos,
deixando, por exemplo, faltar alimentos em casa mesmo tendo o dinheiro para tal.

Este item de avaliação se refere a identificação da violência financeira ou patrimonial e a notificação


desta violência identificada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), na ficha de
Notificação/Investigação Individual (violência doméstica, sexual, e/ou outras violências interpessoais),
no campo específico número 42 da ficha respectiva ficha, subitem “violência patrimonial”.

Houve por diversas vezes nos recursos, a confusão entre a notificação de violência no SINAN e a
emissão de laudo ou relatório de informe de maus-tratos da criança ou adolescente ao Conselho
Tutelar. É função do CRAS ou CREAS, através do assistente social e conselheiro tutelar, a gestão do
caso junto à Vara de Infância e da Juventude (que são facultativas e poucas no Brasil, embora o ECA
estimule a criação delas) e à Polícia, apesar de em caso de necessidade, o serviço de saúde também
poder acionar a Polícia.

Também não se considera a justificativa sobre a discrepância entre as atuações dos pacientes
simulados, pois a atuação dos pacientes simulados depende da pergunta disparadora do médico
candidato.

A banca acata parcialmente as argumentações dos recursos para a mudança do PEP para este item.

A banca sugere a ampliação do PEP para o seguinte padrão esperado de procedimento definitivo, no
intuito de diminuir a possibilidade de equívoco de entendimento do que deve ser avaliado e inferindo
assim, maior clareza ao médico avaliador da performance do médico candidato em relação a este item:

6. Identifica e notifica a violência financeira (patrimonial)


Inadequado: Não identifica e não notifica.
Parcialmente adequado: Somente identifica ou notifica.
Adequado: Identifica e notifica.
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7. Busca auxílio com equipe multi/interprofissional (assistência social e psicologia) para realizar
os encaminhamentos para a rede de apoio.

• Solicita avaliação parcial se o candidato mencionou pelo menos 1 entre psicologia e


assistência social
• Solicita ampliação do gabarito para inclusão do acionamento do Conselho Tutelar
• Solicitação de ampliação do gabarito para inclusão de Plano Terapêutico Singular

A banca acata parcialmente as argumentações dos recursos para a mudança do PEP para este
item. Entendendo que a busca por um dos profissionais da equipe multi/interprofissional, já lança
um olhar mais ampliado sobre o caso e aumenta a chance da oferta do encaminhamento para o
segundo profissional ainda não acionado.

A banca sugere a ampliação do PEP para o seguinte padrão esperado de procedimento definitivo,
no intuito de diminuir a possibilidade de equívoco de entendimento do que deve ser avaliado e
inferindo assim, maior clareza ao médico avaliador da performance do médico candidato em
relação a este item:

7. Busca auxílio com equipe


multi/interprofissional (assistência social e
psicologia) para realizar os
encaminhamentos para a rede de apoio.
Inadequado: Não busca auxílio com equipe
multi/interprofissional.
Parcialmente adequado: Busca auxílio com 0 1,0 2,0
parte da equipe multi/interprofissional
(assistência social ou psicologia).
Adequado: : Busca auxílio com a equipe
multi/interprofissional (assistência social e
psicologia).

8. Explica as atribuições da assistência social.

• Solicita anulação do item por não constar na lista das tarefas do candidato
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• Solicita anulação do item por estar contido em 7 e 10 de maneira subentendida, como
parte da equipe multiprofissional
• Solicita anulação do item por não ser atribuição do médico explicar as atribuições de
outras categorias profissionais
• Solicita pontuação parcial se só encaminha ou explica a atribuição do assistente social
• Solicita ampliação do gabarito para considerar descrição de funções gerais

A banca não acata as argumentações dos recursos dos participantes para este item,
considerando que este item é um desdobramento da clínica ampliada e quando se faz uma
oferta em saúde, deve-se explicar ao paciente qual o intuito ou alcance esperado de tal ação.
No caso de oferta de encaminhamento a outro profissional, é esperado que o médico explique
as principais atribuições deste profissional, que poderiam estar relacionadas ao caso do
paciente.
É fundamental o médico ter uma comunicação clínica efetiva e neste caso, usá-la para verificar
o próprio entendimento do paciente sobre a construção de seu plano terapêutico. Esta
prerrogativa busca eliminar divergências de entendimento, bem como reforça este
entendimento, através de sumarização e enfatiza o não abandono do recurso terapêutico
ofertado ou do próprio serviço.
Não se considera pontuação parcial, pelo entendimento de que o paciente não alcançaria as
informações necessárias para um entendimento mais amplo das ofertas em saúde.

9. Explica as atribuições da psicologia.

• Solicita anulação por não constar na lista de tarefas esta explicação


• Solicita anulação do item por estar contido em 7 e 10 de maneira subentendida, como
parte da equipe multiprofissional
• Solicita anulação do item por não ser atribuição do médico explicar as atribuições de
outras categorias profissionais
• Solicita pontuação parcial se só encaminha ou explica a atribuição do psicólogo
• Solicita ampliação do gabarito para considerar descrição de funções gerais

A banca não acata as argumentações dos recursos dos participantes para este item,
considerando que este item é um desdobramento da clínica ampliada e quando se faz uma
oferta em saúde, deve-se explicar ao paciente qual o intuito ou alcance esperado de tal ação.
No caso de oferta de encaminhamento a outro profissional, é esperado que o médico explique
as principais atribuições deste profissional, que poderiam estar relacionadas ao caso do
paciente.
É fundamental o médico ter uma comunicação clínica efetiva e neste caso, usá-la para verificar
o próprio entendimento do paciente sobre a construção de seu plano terapêutico. Esta
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prerrogativa busca eliminar divergências de entendimento, bem como reforça este
entendimento, através de sumarização e enfatiza o não abandono do recurso terapêutico
ofertado ou do próprio serviço.
Não se considera pontuação parcial, pelo entendimento de que o paciente não alcançaria as
informações necessárias para um entendimento mais amplo das ofertas em saúde.

10. Explica sobre a rede de apoio (CRAS e CAPS) para acolher o paciente.

• Solicita ampliação do gabarito para considerar explicação sobre a RAS, mas não
especificação de CRAS e CAPS
• Solicita anulação por não constar na lista de tarefas
• Solicita ampliação do gabarito para considerar aceitar apenas a citação do NASF
• Solicita anulação do item por não ser atribuição do médico explicar a função da RAS
• Solicita avaliação parcial se o candidato mencionou ou encaminhou para pelo menos
1 entre CRAS e CAPS
• Solicita ampliação do gabarito para considerar encaminhamento ao nutricionista do
NASF
• Solicita anulação do item pois a conduta é decidida pelo médico, que pode optar por
encaminhar somente ao NASF em primeira abordagem, tornando dispensável a
explicação sobre CRAS e CAPS que não seriam utilizados no primeiro momento
• Solicita ampliação do gabarito para o aceite de “Comunicar à assistência social”,
considerando que o CRAS abrange o atendimento da assistência social

A argumentação não acata os argumentos apresentados por entender que o(a) participante
precisa compreender os demais pontos da Rede de Atenção à Saúde e de outras redes de
atenção como a Rede de Atenção Psicossocial e a do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS) e de outros equipamentos sociais governamentais ou não governamentais. Além de
conhecer os profissionais e as suas atribuições na Unidade Básica de Saúde (UBS), o candidato
precisa conhecer, saber explicar e saber referenciar e coordenador o cuidado junto as demais
redes de atenção ou redes de apoio fora da UBS incluindo os Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS) como parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), Unidades de Pronto Atendimento
(UPA) como parte da Rede de Urgência/Emergência e Centros de Referência da Assistência
Social (CRAS) como parte do Sistema Único de Assistência Social entre outras instituições
públicas e da sociedade civil, como Organizações Não Governamentais. Sem essa competência
interprofissional e intersetorial do candidato, o cuidado ao adolescente vítima de violências
física e financeira pode deicar de se beneficiar de tudo que o SUS e o SUAS podem lhe ofertar
para além da equipe ampliada de saúde, Equipe de Saúde da Família e a equipe do Núcleo de
Apoio à Saúde da Família (NASF). (BRASIL. Política Nacional de Atenção Básica. PORTARIA Nº
2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017.)
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10. Explica sobre a rede de apoio (CREAS ou CRAS ou serviços e instituições componentes do Sistema
Único de Assistência Social e CAPS, ou outros equipamentos sociais governamentais ou não
governamentais) para acolher o paciente.

11. Relata sobre o sigilo do caso para o paciente.

Ausência de recursos

12. Outras considerações:

• Solicita ampliação do gabarito para considerar a indicação de tratamento


medicamentosos com ISRS para controle do humor
• Solicita ampliação do gabarito para considerar o PTS como indicação de abordagem
geral do quadro
• Solicita ampliação do gabarito para considerar a unificação da pontuação dos itens 5
e 6 para serem incluídas em somente 1 item da avaliação
• Solicita ampliação do gabarito para considerar que erros dos atores e chefes de
estações comprometeram algumas estações

A banca não acata as considerações apresentadas, pois elas estão descontextualizadas do objeto
de avaliação e/ou não apresentam fundamentação teórica adequada.

Também não se considera a justificativa sobre a discrepância entre as atuações dos pacientes
simulados, pois a atuação dos pacientes simulados depende da pergunta disparadora do médico
candidato.

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