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Exmo. Sr. Juiz Federal da ....... Vara Federal da Seção Judiciária de.......................................

............................................................................................. , brasileiro,
estado civil, natural do Estado de ........................, Auditor Fiscal da Receita Federal, lotado
e exercendo suas funções junto à Delegacia da Receita Federal de .........................., no
setor ................., Estado do ................, matrícula MF nº ................. e SIPE nº .................,
domiciliado e residente à Av. ............................., nº ....... - bairro - cidade, Estado
do ................... - portador do RG nº ........................ e CPF nº .................................., por
seus advogados infra-assinados, vem a presença de Vossa Excelência, com fundamento nos
artigos 5°, LXIX da Constituição Federal, bem como nas Leis 1.533, de 31 de dezembro de
1951 e 8.112, art 36, inciso III, "b", de 11 de dezembro de 1990, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA
(com pedido liminar)

contra o Ilmo. Sr. SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, cargo atualmente exercido


pelo Sr. EVERARDO MACIEL, autoridade localizada nesta Capital da República -
Esplanada dos Ministérios - Edifício do Ministério da Fazenda, para garantir direito líquido
e certo do ora Impetrante, pelos motivos seguintes:

DOS FATOS
1. Segundo se depreende dos elementos acostados aos
autos, o ora Impetrante é Auditor Fiscal da Receita Federal desde ....... de ........., quando
tomou posse em cargo público (doc. anexo 1), após aprovação em concurso e teve sua
lotação inicialmente fixada na cidade de .................., Estado do .................. . Desde então
o Impetrante reside naquele local.

2. O Auditor Fiscal, ora Impetrante, é casado


desde .......... de ........... (doc. anexo - 2) com .............................................., Servidora
Pública da.................................................(orgão público), em exercício no ...............
(departamento) de ..................(localidade) (doc. anexo - 3), exercendo a função
de ..........................., residente na cidade de ................/.....(Estado), à
Rua .................................., nº .......,bairro , juntamente com o(a) filho(a) do
casal .................................., nascido na data de ...... de ............... de .......... (doc. anexo -
4), hoje, portanto, com ....... anos de idade e seu cunhado ................................... .

3. Consta também que o Impetrante é irmão


de ...........................................(nome) (doc. anexo - 5), dependente em seu assento
funcional, pois sofre de enfermidade permanente e irreversível, sendo na acepção plena da
palavra completamente dependente do ora Impetrante (doc. anexo - 6)

4. O Impetrante, antes de lograr êxito no Concurso


prestado para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal, era ...............................
(profissão) em ..........................(localidade). Neste Estado residiu por ........ anos, quando
decidiu empenhar-se em concurso público no âmbito Federal, para assim, ter possibilidade
de prestar serviço próximo da cidade em que sua família reside .Porém, na época de sua
nomeação, a .....ª Região (onde se encontra até o momento - ...................(localidade) ) era a
opção mais próxima da cidade de ..................(localidade pretendida).
5. A esposa do ora Impetrante,
Sra. ...................................., foi nomeada na data de ....... de .............. de ........,
aproximadamente ....... ano(s) depois da data da prova. E permanece lotada em ...............
desde a data de sua nomeação.
6. O irmão do Impetrante, .......................................,
tem sérios problemas de saúde. É portador de .......................(doença) e recebe tratamento
de .................. desde ....... de .......... . Em decorrência desta terrível doença o mesmo foi
diagnosticado também como ........................ . O(s) genitor(a)(es) dos irmãos apresenta(m)
hoje a idade de ........ anos e detém rendimento suficiente apenas para seu próprio sustento,
não podendo arcar com as despesas de seu filho enfermo, que já não possui mais condições
psicológicas para manter-se financeiramente e emocionalmente, necessitando
constantemente do apoio de seus familiares.

7. Assim sendo, ao Impetrante não restou dúvida quanto


a amparar seu irmão como à um filho, trazendo-o para junto de sua família na cidade
de ......................, pois lá o enfermo tem constante apoio psicológico e financeiro.

DA LEGITIMIDADE EM SEDE DE MANDADO


DE SEGURANÇA

08. Os pedidos de remoção são apreciados por um fluxo


de órgãos da administração pública, culminando a decisão com o parecer do Sr. Secretário
Geral da Receita Federal, este que detém o poder de concessão do pedido na esfera
administrativa.

09. Como em sua maioria esmagadora todos os pedidos


de remoção no âmbito administrativo são indeferidos e até pela urgência que requer a
situação, o ora Impetrante valeu-se do Artigo 5º da Constituição Federal que diz;

"A lei não excluirá do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito".

Neste sentido, portanto, tem entendido os nossos


tribunais, assim, como o Superior Tribunal de Justiça:
RESP 101936/SP
DATA DA DECISÃO: 23/09/1996
SEXTA TURMA
EMENTA
RESP - ADMINISTRATIVO- PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO -
INTERESSE DE AGIR - O INGRESSO DO SERVIDOR EM JUÍZO
INDEPENDE DE SER ESGOTADA A VIA ADMINISTRATIVA.
SOMENTE NUMA HIPÓTESE, EXTRAIR-SE-IA CONCLUSÃO
DIVERSA, QUAL SEJA, SE O ATO DA ADMINISTRAÇÃO TIVESSE
EFEITO SUSPENSIVO.
RELATOR: MINISTRO LUIZ VICENTE CERNICCHIARO
DJ DATA: 03/03/1997 PG:04730

E também o Tribunal de Justiça de Rondônia:

97.000797-3 APELAÇÃO CÍVEL SUMÁRIO


RELATOR: DESEMBARGADOR SÉRGIO LIMA
DATA DA DECISÃO: 30/05/1997
EMENTA
" ... VIA ADMINISTRATIVA. DESNECESSIDADE. NÃO É
NECESSÁRIO SEJA ESGOTADA A VIA ADMINISTRATIVA PARA
QUE A PESSOA POSSA PLEITEAR EM JUÍZO SEUS DIREITOS."
(RECURSO IMPROVIDO V.U.)

10. Vê-se com clareza, portanto, que a garantia do


direito líquido e certo é passível de impetração do mandado de segurança e que o
posicionamento final de tal solicitação é assentado pelo Sr. SECRETÁRIO GERAL DA
RECEITA FEDERAL no procedimento administrativo. Portanto, mostra-se pertinente a
impetração do mandamus em face do Sr. Secretário Geral da Receita Federal.
DO CABIMENTO DO MANDAMUS

11. Como a própria Constituição da República, lei


maior de nosso país diz, não é necessário esgotar as vias administrativas para levar a
matéria a apreciação do judiciário. Visto que o direito é líquido e certo, pois está amparado
em lei e que a situação é emergencial, o remédio constitucional, para a garantia do direito
aqui suscitado é justamente o Mandado de Segurança.

12. Desse modo, cumpre ao Judiciário, fulcrado na


LEGALIDADE da pretensão, apreciar e conceder a tutela pretendida, que emana de
direito legítimo, consubstanciado na presença de todos os requisitos necessários à
remoção, a pedido e independentemente do interesse da Administração.

13. O texto constitucional, ao tratar do mandado de


segurança, assim como o faz a lei 1.533/51, deixa assentado que esta ação se destina à
proteção de um DIREITO, ou seja, a garantia assegurada constitucionalmente e regulada
por lei é para a defesa de direito subjetivo próprio de seu titular. Esse direito somente
poderá ser vindicado por seu titular, se for líquido e certo.

14. A liquidez e certeza, para amparar pedido


formulado em mandado de segurança, significam a expressa previsão do direito invocado
em norma legal, bem como, no dizer de HELY LOPES MEIRELLES, "... trazer em si
todos os requisitos e condições de sua aplicação ao Impetrante". Em outras palavras,
analisa finalmente este Mestre, que: "... direito líquido e certo é direito comprovado de
plano" (in, "Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de
Injunção e Habeas Data", 12ª ed., ed. RT, págs. 12/13).

DA LEGISLAÇÃO QUE REGULA A MATÉRIA

15. O artigo 36, da Lei 8.112/90 prevê textualmente


que:
“Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede”

O parágrafo único deste dispositivo, com a redação que


lhe foi conferida pela Lei 9.527, de 10.12.97, deixa assentado que;

Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:


I - de ofício, no interesse da Administração;
II - a pedido, a critério da Administração;
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da
Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público
civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios ...
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial”. (grifos nossos).

16. Ora, Excelência, o pedido de remoção, nos casos


como o presente, tem respaldo legal. Existe, assim, prova pré-constituída das situações e
dos fatos narrados pelo Impetrante, justificando-se a concessão da segurança.

17. O texto legal é expresso e não deixa dúvidas ao seu


intérprete. Preenchidos os requisitos exigidos no artigo 36 da Lei 8.112/90, o pedido de
remoção, assentado na letra "b", do inciso III, leva ao acolhimento do pedido,
sobretudo à guisa de LIMINAR.

18. Existe farta jurisprudência corroborando o


pedido formulado. O Supremo Tribunal Federal assim tem entendido:

Remoção por motivo de saúde


"Concedida ordem impetrada contra ato do presidente do TCU, que
indeferira, por falta de vaga, pedido de remoção de servidor para outra
localidade, por motivo de saúde de dependente. Baseou-se o tribunal no
art. 36, par. único, da Lei 8112/90, explícito ao estabelecer como
condição única ao deferimento da remoção a comprovação do motivo
invocado por junta médica".
(Mandado de Segurança 21.799-DF, rel. Min. Octávio Gallotti).

Remoção de Servidor
"Deferido mandado de segurança contra ato do TCU, para assegurar
ao impetrante, servidor público federal em exercício em Natal-RN, o
direito de ser removido para Fortaleza-CE, independentemente da
existência de vaga, por motivo de saúde de dependente domiciliado
nessa última cidade (Lei 8112/90, art. 36, par. único). Vencidos os
Ministro Ilmar Galvão, Marco Aurélio, Sydney Sanches, Moreira Alves
e Sepúlveda Pertence, que consideravam indispensável ao deferimento
do writ a prova de que a assistência reclamada pelo estado de saúde do
dependente tivesse de ser prestada necessariamente na localidade para
qual a remoção fora requerida".
(Mandado de Segurança 22.336-CE, Min. Octávio Gallotti).

20. É cediço, portanto, o entendimento de nossos


Tribunais no sentido de que o Impetrante não pode deixar de prestar assistência à
dependente enfermo em prol do interesse da Administração. O Impetrante não reúne mais
condições de permanecer em outra cidade, deixando a esposa com o encargo de criar
sozinha o(a) filho(a) do casal e cuidar de seu irmão enfermo. A distância somente causa
complicações: de ordem pessoal, financeira e emocional. Pede o Impetrante, portanto, que
o Judiciário tenha sensibilidade para reconhecer que não se pode admitir tal situação!
DOS REQUISITOS LEGAIS: PERICULUM IN
MORA E FUMUS BONI JURIS

21. Não sendo acolhida, por hipótese, a remoção do


Impetrante para a cidade de .................... em .................(Estado) - para viver com sua
esposa, filho(a) e irmão enfermo - não raras vezes a preocupação que isso acarretará ao
servidor não lhe permitirá exercer suas atividades com tranqüilidade. Além de suas
habituais atribulações, que afligem regularmente a todos, não reunirá o servidor condições
de executar suas funções sem se voltar todo o tempo às necessidades de sua esposa,
sozinha, com seu filho(a) e irmão enfermo.

22. A remoção, como mencionado, é A PEDIDO do


servidor e tem, sobretudo, respaldo legal. A legislação impõe condição à solicitação de
remoção nesses casos. Não obstante, o Impetrante apresenta cópia de laudo médico
diagnosticando a enfermidade sofrida por seu irmão, sua documentação especificamente
seu comprovante de assento funcional, sendo certo que referida documentação justifica
todo o alegado, fazendo prova pré-constituída das assertivas levadas a efeito.

23. O próprio legislador intencionou dar guarida à


remoção vindicada nesses casos, o que aguarda o Impetrante seja levada oportunamente a
termo, viabilizando a assistência que deseja prestar a sua família mais especificamente ao
seu irmão, o que sempre mereceu especial proteção e atenção do Estado, alçadas a nível
constitucional.

24. Não resta dúvida que a situação e os fatos


mencionados pelo Impetrante - todos comprovados pela documentação acostada - ensejam
o direito à impetração. A remoção, A PEDIDO, na hipótese do inciso III, letra b, retratada
sub judice, INDEPENDE DO INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO, apenas jungindo-
se ao previsto na Lei.
25. DAÍ RESULTA O FATO DA MATÉRIA
ESTAR SENDO APRESENTADA AO JUDICIÁRIO, POIS EMBORA NÃO POSSA
PRATICAR O ATO (NÃO CABERIA AO MAGISTRADO A EXPEDIÇÃO DE
PORTARIA DE REMOÇÃO), É CEDIÇO ESTAR AO ALCANCE DO JUIZ A
POSSIBILIDADE DE DETERMINAR QUE A ADMINISTRAÇÃO ASSIM
PROCEDA, CONSIDERANDO A PRESENÇA DE TODOS OS REQUISITOS PARA
A REMOÇÃO SER CONCRETIZADA, BEM COMO A URGÊNCIA DO PEDIDO.
DAÍ A PRESENÇA DO FUMUS BONI JURIS E DO PERICULUM IN MORA.

26. Aliás, nesse sentido, ressalte-se a atividade do


Magistrado no caso como o dos autos. O Estado, como devedor da obrigação jurisdicional,
já que vedada a auto-tutela, deve utilizar todos os princípios e normas estabelecidas, em
benefício do esclarecimento da verdade e do correto desate dos litígios, explorando ao
máximo a potencialidade do processo. Esta, aliás, a moderna função social do processo que
fez desaparecer a imagem de um Juiz observador distante e impassível. Isso não significa,
por outro lado, que o Magistrado ao aplicar o comando legal, possa criar situação que a lei
não excepciona. A atividade jurisdicional somente se realiza em razão de um comando
abstrato previsto na norma, mas como pontificou o consagrado Mestre italiano
CHIOVENDA, esse mister se constitui em fazer "a vontade concreta da lei". É o
Magistrado o intermediário entre a vontade da lei e a vida das pessoas, ou seja, a viva vox
iuris, conduzindo a hipótese in abstratu da norma ao comando concreto estabelecido na
decisão. Cabe ao Julgador aplicar e executar a norma. Segundo FRANCESCO
FERRARA, essa atividade desdobra-se em três operações:
1ª) averiguação do estado de fato, ou seja, a controvérsia da ação;
2ª) a determinação da norma jurídica aplicável;
3ª) e o pronunciamento de um resultado jurídico, derivado da subsunção dos fatos aos
princípios jurídicos ("Tratatto de Diritto Civile Italiano", 1° vol.).

27. Por certo essa atividade não se traduz em uma


simples operação de lógica. Ela é o reflexo da personalidade, vontade e consciência do
Juiz, consubstanciando seu convencimento e, sobretudo, a realização da JUSTIÇA no caso
in concreto, refletindo o verdadeiro sentido e escopo do legislador.

28. Verifica-se, portanto, com clareza hialina, que todos


os requisitos para a concessão da ordem encontram-se plenamente caracterizados. O fumus
boni juris resta presente na previsão legal que autoriza o ato de remoção, bem como na
ilegalidade e abusividade do ato praticado pelo ente público em proferir decisão na esfera
administrativa, o que aguarda o Impetrante seja rechaçado pelo Judiciário.

29. Não se justifica de modo algum perquirir acerca da


possibilidade do Impetrante - sozinho - permanecer em .................(localidade). Ora, longe
de sua esposa, filho(a) e sobretudo irmão gravemente enfermo, o Impetrante não reuniria
condições suficientes para o exercício de suas funções. A situação atual o preocupa
extremamente e a possibilidade de trabalhar em uma das cidades próximas a cidade
de ................. no Estado de ........................ , próximo à sua família (com o deferimento do
ato de remoção) conforta a todos e, sobretudo, positiva a intenção do legislador de se fazer
cumprir o texto da lei.

30. Destarte, é URGENTE e imprescindível que seja


amparado o direito do postulante, IMPONDO O JUDICIÁRIO A PRÁTICA DO ATO
DE REMOÇÃO, POIS NENHUMA ESPÉCIE DE RETARDAMENTO É POSSÍVEL
DE SE ADMITIR NESSE MOMENTO, estando caracterizado nesses aspectos, o
periculum in mora. O IMPETRANTE PRECISA PERMANECER JUNTO DE SEU
IRMÃO DEPENDENTE E ENFERMO QUE ESTÁ COM SUA ESPOSA E FILHO(A)
TAL PRETENSÃO É LEGÍTIMA.

DO PEDIDO LIMINAR

31. Desse modo, sendo certo e estando plenamente


demonstrado que a lei de regência, ao vislumbrar a hipótese que permite a remoção
independentemente do interesse da Administração por motivo de saúde do dependente
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, pede seja
deferida intitio litis, a LIMINAR, a fim de que a Administração proceda desde logo à
prática dos atos necessários à remoção do Impetrante, de .......................... para uma
unidade fiscal de uma cidade próxima da cidade de ..................,
como .............., .............. ou .................. no Estado de ......................, único modo para
que possa prestar, quando necessário e da maneira mais rápida possível, a assistência
a que faz jus seu irmão.

32. Não se justifica, portanto, diante dos elementos dos


autos, em que repousa a ABUSIVIDADE e ILEGALIDADE do ato da Administração,
sejam colocados INTERESSES à frente de um DIREITO LEGÍTIMO. No tocante à
necessária e URGENTE concessão da LIMINAR, merece destaque citação do saudoso
Mestre HELLY LOPES MEIRELLES, no sentido de que:

“A medida liminar é provimento cautelar admitido pela própria lei


de mandado de segurança, quando sejam relevantes os fundamentos
da impetração e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da
ordem judicial, se concedida a final (art. 7º, II). Para a concessão
da liminar devem concorrer os dois requisitos legais, ou seja, a
relevância dos motivos em que se assenta o pedido na inicial e a
possibilidade da ocorrência de lesão irreparável ao direito do
impetrante, se vier a ser reconhecido na decisão de mérito - fumus
boni iuris e periculum in mora. A medida liminar não é concedida
como antecipação dos efeitos da sentença final; é procedimento
acautelador do possível direito do impetrante, justificado pela
iminência de dano irreparável de ordem patrimonial, funcional ou
moral, se mantido o ato coator até a apreciação definitiva da
causa. Por isso mesmo, não importa em julgamento; não afirma
direitos do impetrante, que não pode ser negado quando ocorrem
seus pressupostos ...”
(in, Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública,
Mandado de Injunção, “Habeas Data”, 13ª edição, pág. 51)

33. Assim, não restando dúvida de que a situação de


fato acarreta ao Impetrante inúmeros gravames, de ordem pessoal, emocional e até mesmo
profissional, estão presentes todos os elementos que justificam o deferimento, de plano,
da LIMINAR requerida no presente mandamus.

DO PEDIDO

34. Pede o Impetrante seja resguardado seu direito à


remoção vindicada, pois seu pleito é legítimo, encontrando amparo na doutrina e
jurisprudência. Ademais, REQUER seja deferida a liminar, como requerido, sendo a ação,
posteriormente e após regular processamento, julgada pelo mérito, com a concessão da
segurança, tornando definitiva a liminar inicialmente deferida nos autos, se for o
caso, permitindo que o Impetrante possa exercer suas funções de Auditor Fiscal da
Receita Federal em uma cidade próxima a cidade de .................... no Estado
de ................... como ..................., ................ ou ...................., o mais próximo possível
de seu irmão, em conformidade com o permissivo legal que autoriza a remoção.

35. Pleiteia o Impetrante, ainda, a notificação da


autoridade competente, para que esta preste as informações que entender necessárias.

36. De qualquer modo, desde já, PREQUESTIONA


discussão a respeito da matéria tratada nos autos, relativamente a Lei Federal, para fins de
eventual interposição de recursos extremos.
37. Dá-se à causa o valor de R$ 100,00, para efeitos de
alçada.
Termos em que,
P. Deferimento.
Local,data
Advogado

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