A obra científica da expansão marítima portuguesa (Duarte Pacheco Pereira,
Álvaro Velho, Garcia de Horta, João de Barros, D. João de Castro e Pedro Nunes) e o poema épico de Camões (1572). Leitura da Preposição do poema (Canto I, 1-3) e da estrofe 154 do Canto X - "honesto estudo /com longa experiência misturado / (...) / coisas que juntas se acham raramente." Raízes do poema épico de Camões (Garcia de Resende no "prólogo" do Cancioneiro Geral e João de Barros nas Décadas da Ásia (1552-1563). A cultura europeia nos séculos XVII e XVIII: novo espírito científico e Iluminismo. Causas da decadência de Portugal e da Península Ibérica: a Reforma protestante no centro e Europa setentrional e a chegada da Inquisição a Portugal (1540).
Resumo da Aula de 28 de Setembro de 2021
O movimento de ideias na Europa dos séculos XVII e XVIII. A importância precursora da expansão marítima portuguesa. Copérnico, o heliocentrismo (v. As Revoluções das Órbitas Celestes, 1543) e o telescópio de Galileu. Três grandes figuras do pensamento da Europa do século XVII: Francis Bacon (1561-1626), René Descartes (Cartésio; 1596-1626); Isaac Newton (1642-1727). A importância antecipadora da obra do português Francisco Sanches, Quod Nihil Scitur (Aquele que Nada Sabe, 1581). Empirismo, racionalismo, cálculo infinitesimal, matematização do real e teoria da gravitação dos corpos. Factos, sensações e ideias; real, experiência e ciência. Os valores marcantes do século XVII: experiência, razão, ciência, técnica e sociedade.
Resumo da Aula de 4 de Outubro de 2021
A figura de John Locke (1632-1704) no contexto do novo espírito científico europeu do século XVII. O empirismo de Locke: o único conhecimento legítimo é o da experiência sensível; não há verdades inatas. A questão da Razão e da Fé em Locke: deísmo e religião racional. A relação do humano com Deus não deve contrariar a Razão, já que esta é um dom de Deus. A Fé deve saber tolerar a Razão, sendo a liberdade o fundamento da tolerância. Carta sobre a Tolerância (1690) de J. Locke e Dois Tratado sobre a Governação (1690). Teocracia, absolutismo e a questão da existência do Estado na sociedade humana. A teoria do Estado em Thomas Hobbes (o Estado é o garante da paz social) e em Locke (o Estado pode ser tirano). Soberania individual e tentativa de legitimar o poder de Estado, limitando-o através dum contratualismo e duma representação social. De Locke a Montesquieu (1689-1755) e a importância do seu livro O Espírito das Leis (1734; 1748) na formação do liberalismo político moderno. Iluminismo e ideias democráticas e liberais. Os valores iluministas: Luz, Progresso e Felicidade. A arte e a literatura europeias nos séculos XVII e XVIII: o neo-classicismo, o nascimento da arte naturalista e a tentativa de conciliar a criação artística e a Razão.
Resumo da Aula de 11 de Outubro de 2021
A importância do romance como género literário na literatura europeia do século XVII e XVIII. Arqueologia do romance: das narrativas em prosa na Antiguidade Clássica (Petrónio e Apuleio) ao nascimento da palavra "romance" na Idade Média como sinónimo de língua vulgar ou românica (derivada do latim ou da língua dos romanos). O romance como composição poética medieval/trovadoresca de tipo narrativo: ciclo arturiano e matéria da Bretanha. A evolução do romance no Renascimento: a novela, o romance bucólico e o romance de cavalaria em prosa. A situação crítica do romance no final do século XVI: género literário desprestigiado; leitores pouco exigentes e incultos. A revolução do Dom Quixote (1605 e 1616) e o nascimento do romance moderno: o anti romance; o espírito crítico; a captação do tempo; a totalidade verosímil; a criação de grandes símbolos universais (espírito/matéria; sonho/realidade; Quixote/Sancho). O romance como sucedâneo narrativo burguês do poema épico cavaleiresco e senhorial. A adaptação do romance moderno pela Europa no século XVIII em dois exemplos: Daniel Defoe (1659-1731) e Jonathan Swift (1667-1745).
Resumo da Aula de 12 de Outubro de 2021
As ideias do novo espírito científico (empirismo e racionalismo cartesiano) em Portugal no século XVII. A Restauração de 1640 e a política diplomática portuguesa nos reinados de João IV (1640-1656), Afonso VI (1656-1667) e Pedro II (1667-1706). O fenómeno dos estrangeirados e o conceito de "estrangeirado" na cultura portuguesa dos séculos XVII e XVIII. A primeira grande manifestação das novas ideias científicas europeias em Portugal: as Conferências Eruditas e Discretas (1696) em Lisboa, no palácio dos Ericeiras. As novas gerações de estrangeirados no Portugal do século XVIII: Luís António Verney (1713-1792) e Sebastião José Carvalho e Melo, Marquês de Pombal (1699- 1782). Características, valores e orientações da obra de Verney, Verdadeiro Método de Estudar (1746): crítica da pedagogia jesuíta e escolástica; defesa da racionalidade, da clareza, das ciências exactas e do método experimental. As reformas pombalinas no reinado de José I: novo urbanismo; centralização do poder real; expulsão dos Jesuítas; reforma laica da universidade de Coimbra; desarticulação do Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) e fim das perseguições aos cristãos-novos. O Enciclopedismo na cultura do Iluminismo. A Enciclopédia francesa de Diderot e D'Alembert. O seu significado para a cultura europeia da segunda metade do século XVIII e para os seus dois grandes eventos políticos: a independência dos Estados Unidos e a revolução francesa.
Resumo da Aula de 18 de Outubro de 2021
As consequências políticas do Iluminismo na segunda metade do século XVIII: a independência dos Estados Unidos da América e a revolução francesa. O caso americano: dimensão colonial e tensões com a metrópole (taxas e comércio). A guerra entre as colónias americanas e a coroa britânica (1773-1782). A posição da França no conflito. A criação do Congresso Colonial e George Washington. A Declaração de Separação (1776) e a literatura panfletária pró-independência. O fim da guerra e o reconhecimento da independência (1783). A Convenção constituinte e a Constituição dos EUA: suas características (tripartição dos poderes; sufrágio universal; duas assembleias/câmaras legislativas; um presidente executivo). O Estado de direito e a República como "contrato social". Uma organização política nova, laica, livre e federalista, desligada do Império e da Cristandade teocráticos. Causas e origens da revolução francesa. Os Estados Gerais de 1788/9 e a Assembleia Constituinte (Junho de 1789).
Resumo da Aula de 19 de Outubro de 2021
Da revolução americana e da guerra da independência dos EUA à revolução francesa. Luís XVI e os Estados Gerais. O Terceiro Estado e a formação duma Assembleia Constituinte (Junho/Julho de 1789). A Tomada da Bastilha (14 de Julho) e as primeiras leis constitucionais (abolição do regime feudal; declaração dos direitos do ser humano; supressão das ordens religiosas e constituição civil do clero; abolição dos títulos nobiliárquicos). O princípio da soberania popular e a monarquia constitucional. A fuga do alto clero e da nobreza. A coligação militar das potência europeias (Prússia, Áustria, Alemanha e Rússia) contra a França constitucional. Da Assembleia Nacional Constituinte, à Assembleia legislativa (1-10-1791) e à Convenção Nacional (10-8-1792). A segunda fase da revolução francesa (1792-1794): a guerra, a vitória de Valmy (20-9-1792), a Convenção, a abolição da realeza em França (21-9-1792) e a proclamação da República (25-9-1792). O ano de 1793 (condenação e execução do rei e da rainha; vitórias militares francesas, reorganização militar e estratégica de Napoleão). O Terror jacobino e a queda dos jacobinos (28-7-1794). Terceira fase da revolução (1795-1815): as vitórias militares de Napoleão; o consulado napoleónico; o império e a ocupação da Europa; a derrota de Waterloo, o papel da Inglaterra e da Áustria e a restauração da casa real francesa (Bourbon) em França em 1815. As ideias da revolução francesa (soberania popular; abolição do feudalismo; laicismo e direitos humanos) e a sua permanência na Europa do século XIX. Resumo da Aula de 25 de Outubro de 2021 Introdução ao estudo do Romantismo. Os precursores na segunda metade do século XVIII: do romance gótico inglês (Horace Walpole e Ann Radcliffe) a Goethe e Schiller. A importância do Werther (1774) de Goethe e do sentimento do Amor no estilhaçar dos preceitos racionais da arte do neo-classicismo. Outros desvios na segunda metade do século XVIII: James Macpherson e os Cantos de Ossian (1760). O papel da cultura popular e das lendas históricas na crise da erudição iluminista. A teorização do Romantismo. A revista Athenäeum (1798-1800) de Friedrich Schlegel e August Schlegel. O conceito de Romantismo: origem etimológica da palavra e sentido de rotura com o mundo clássico. A revitalização da Idade Média e o medievalismo como fonte de contestação do clássico. Arte clássica versus arte romântica. O Romantismo como uma nova Idade Média.
Resumo da Aula de 26 de Outubro de 2021
Recapitulação de aspectos fundamentais da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa: sufrágio universal, Estado de Direito, Lei fundamental, Direitos do Ser Humano, abolição do Antigo Regime e do Feudalismo. Continuação do estudo do Romantismo: o contexto político da teorização da Escola de Iena e dos irmãos Schlegel (1798-1800). O império de Napoleão, o Terror, e o significado da reabilitação teórica da Idade Média. O Volksgeist (o Espírito do Povo) e a Crise da Razão. Romantismo Alemão e Escola de Iena (https://www.youtube.com/watch?v=XxysAFWeQdQ&ab_channel=MatheusBenites)
Resumo da Aula de 2 de Novembro de 2021
Arte romântica e arte clássica (recapitulação). Real sensível e real absoluto; Eu circunstancial e Eu autêntico. A arte clássica trabalha com o real sensível e com o Eu circunstancial; a arte romântica aspira ao real absoluto e ao Eu puro e transcendente. A materialidade da arte clássica (escultura grega do século de Péricles) e a espiritualidade da arte romântica (o vitral gótico medieval). Rebeldia e aspiração na arte romântica. Desejo de infinito (sehnsucht) e arte romântica como conquista universal e progressiva do mundo do espírito. Medievalismo, heroísmo romântico e ironia para com a realidade sensível (vista como uma caricatura degradada do real). Romantismo Alemão e Escola de Iena (2) Sobre a "senhsucht" (que podemos traduzir por saudade) e que é o princípio activo da arte romântica deixo-vos a seguinte ligação, onde podem encontrar informação complementar à da aula: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sehnsucht Resumo da Aula de 8 Novembro de 2021 - As encruzilhadas da cultura europeia no início do século XIX: a crise da Razão, o Romantismo e as recomposições sociais que decorriam da Revolução Francesa. A desarticulação do projecto civilizacional romântico e a sua domesticação numa escola artístico-literária e numa dimensão estética. A continuidade civilizacional do Iluminismo no século XIX: a aplicação do espírito científico e da habilidade técnica a três aspectos sociais (produção de bens; meios de transporte e meios de comunicação). As experiências do francês Denis Papin (1647-1713) com a força motriz do vapor e a invenção da máquina a vapor (1785) pelo escocês James Watt (1736-1819). A aplicação da força do vapor à produção de bens (descaroçador de algodão e tear mecânico) e à locomoção [barco a vapor (1802) e locomotiva (1825)]. A mineração do carvão, as mudanças sociais e económicas, a revolução industrial, os caminhos-de-ferro, a metalurgia, o nascimento do proletariado moderno e a acumulação de capital. O êxodo rural e o capitalismo industrial.
Resumo da Aula 9 Novembro de 2021- Recapitulação do Romantismo e das suas
noções basilares (realidade sensível e realidade absoluta; Eu circunstancial e Eu puro; aspiração ao Espírito e ao Infinito; sentimento e Imaginação) a partir das obras de Almeida Garrett e de Camilo Castelo Branco.
Resumo da Aula 15 Novembro de 2021- Apresentação de trabalhos
pelos alunos: Surrealismo e Psicanálise; A reação antirromântica no século XIX.
Resumo da Aula 22 Novembro de 2021 – O realismo em Portugal.