O documento discute os conceitos fundamentais da lógica, incluindo:
1) A proposição é a unidade básica da lógica, que atribui um predicado a um sujeito.
2) As proposições são classificadas quanto à qualidade (afirmativa ou negativa) e quantidade (universal, particular ou singular).
3) Existem quatro tipos básicos de proposições categóricas (A, E, I, O) que variam quanto à inclusão ou exclusão de classes.
O documento discute os conceitos fundamentais da lógica, incluindo:
1) A proposição é a unidade básica da lógica, que atribui um predicado a um sujeito.
2) As proposições são classificadas quanto à qualidade (afirmativa ou negativa) e quantidade (universal, particular ou singular).
3) Existem quatro tipos básicos de proposições categóricas (A, E, I, O) que variam quanto à inclusão ou exclusão de classes.
O documento discute os conceitos fundamentais da lógica, incluindo:
1) A proposição é a unidade básica da lógica, que atribui um predicado a um sujeito.
2) As proposições são classificadas quanto à qualidade (afirmativa ou negativa) e quantidade (universal, particular ou singular).
3) Existem quatro tipos básicos de proposições categóricas (A, E, I, O) que variam quanto à inclusão ou exclusão de classes.
O objeto da lógica é a proposição, que exprime, através da
linguagem, os juízos formulados pelo pensamento. A proposição é a atribuição de um predicado a um sujeito: S é P. O encadeamento dos juízos constitui o raciocínio e este se exprime logicamente através da conexão de proposições; essa conexão chama-se silogismo. A lógica estuda os elementos que constituem uma proposição (categorias), os tipos de proposições e de silogismos e os princípios necessários a que toda proposição e todo silogismo devem obedecer para serem verdadeiros. A Proposição
Silogismo - é formado por duas proposições e uma conclusão.
Proposição - é constituída por elementos que são seus termos ou categorias. Termos ou categorias -“aquilo que serve para designar uma coisa”. Ex: Todo estudante de Direito é inteligente Pedro é estudante de Direito Logo, Pedro é inteligente. A Proposição categórica
Na proposição, as categorias ou termos são os predicados
atribuídos a um sujeito. O sujeito (S) é uma substância; os predicados (P) são as propriedades atribuídas ao sujeito; a atribuição ou predicação se faz por meio do verbo de ligação ser. Por exemplo: Pedro é alto. As proposições se classificam quanto a qualidade e quantidade. A Classificação das Proposição
Do ponto de vista da qualidade, as proposições de dividem em:
Afirmativas: as que atribuem alguma coisa a um sujeito: S é P.
Negativas: separam o sujeito de alguma coisa: S não é P.
A Classificação das Proposição
Do ponto de vista da quantidade, as proposições se dividem
em:
Universais: quando o predicado se refere à extensão total do
sujeito,afirmativamente (Todos os S são P) ou negativamente (Nenhum S é P); Particulares: quando o predicado é atribuído a uma parte da extensão do sujeito, afirmativamente (Alguns S são P) ou negativamente (Alguns S não são P); Singulares: quando o predicado é atribuído a um único indivíduo, afirmativamente (Este S é P) ou negativamente (Este S não é P). A Classificação das Proposição
As proposições categóricas afirmam algo sobre duas classes,
incluindo ou excluindo, total ou parcialmente, uma classe de outra. Quando se diz “todos os homens são mortais”, inclui-se a classe homens totalmente na classe mortais. Esta é uma proposição categórica. São possíveis quatro proposições dessa natureza. . A Classificação das Proposição
A) a que enuncia a inclusão total de uma classe em outra (“todo
x é y”), chamada universal afirmativa e designada pela letra A, que é a primeira vogal da palavra latina affirmo;
B) a que enuncia a exclusão total de uma classe de outra (“todo
x não é y ”, ou melhor, “nenhum x é y”), denominada universal negativa e referida pela letra E, a primeira vogal da palavra latina nego;
C) a que enuncia a inclusão parcial de uma classe em outra (“al-
gum x é y”), conhecida por particular afirmativa e indicada pela letra I, segunda vogal de affirmo; e A Classificação das Proposição
D) a que enuncia a exclusão parcial de uma classe de outra
(“algum x não é y”), que é a particular negativa referenciada pela letra O, a segunda vogal da palavra nego. Assim, temos por exemplo:
Todo homem é mortal.......................proposição categórica A
Nenhum homem é mortal................proposição categórica E
Algum homem é mortal....................proposição categórica I
Algum homem não é mortal.............proposição categórica O
A Classificação das Proposição
A classe de que se enuncia a inclusão ou exclusão parcial ou
total é denominada termo sujeito, e referida pela letra S; já a classe na qual se afirma a inclusão ou exclusão é denominada termo predicado e referida pela letra P. Consequentemente, no exemplo anterior, a classe homem seria mencionada através do termo sujeito e a classe mortal pelo termo predicado. Adotando-se a notação específica da lógica, teremos as seguintes formas para as proposições categóricas: A Classificação das Proposição
Todo S é P ............................ proposição categórica A
Nenhum S é P ...................... proposição categórica E
Algum S é P ......................… proposição categórica I
Algum S não é P .................... proposição categórica O
2. Espécie: extensão média e compreensão média. Exemplo: homem; 3. Indivíduo: extensão menor, compreensão maior. Exemplo: Sócrates. Quanto maior a extensão de um termo, menor sua compreensão, e quanto maior a compreensão, menor a extensão. A Classificação das Proposição
As proposições também se distinguem segundo a relação entre
elas:
Contraditórias: quando temos o mesmo sujeito e o mesmo
predicado, uma das proposições é universal afirmativa (Todos os S são P) e a outra é particular negativa (Alguns S não são P); ou quando se tem uma universal negativa (Nenhum S é P) e uma particular afirmativa (Alguns S são P); A Classificação das Proposição
Contrárias: quando, tendo o mesmo sujeito e o mesmo
predicado, uma das proposições é universal afirmativa (Todo S é P) e a outra é universal negativa (Nenhum S é P); ou quando uma das proposições é particular afirmativa (Alguns S são P) e a outra é particular negativa (Alguns S não são P); Subalternas: quando uma universal afirmativa subordina uma particular afirmativa de mesmo sujeito e predicado , ou quando uma universal negativa subordina uma particular negativa de mesmo sujeito e predicado. *A Proposição
Quando a proposição é universal e necessária (seja afirmativa
ou negativa), diz-se que ela declara um juízo apodítico. Quando a proposição é universal ou particular possível (afirmativa ou negativa), diz-se que ela declara um juízo hipotético, cuja formulação é: Se… então… Quando a proposição é universal ou particular (afirmativa ou negativa) e comporta uma alternativa que depende dos acontecimentos ou das circunstâncias, diz-se que ela declara um juízo disjuntivo, cuja formulação é: Ou… ou… A Proposição Inferência Imediata
O argumento com duas proposições categóricas referentes às
mesmas classes é chamado de inferência imediata. Configura hipótese em que uma proposição categórica é premissa suficiente para a conclusão veiculada em outra proposição. Destacaremos, aqui, três operações lógicas que veiculam uma inferência imediata: o quadro de oposição, a conversão e a obversão. Através do quadro de oposição, estabelecem-se relações entre as proposições categóricas, que revelam as possibilidades de uma delas ser verdadeira ou falsa, a partir da veracidade ou falsidade das demais. Inferência Imediata
As proposições universais são consideradas contrárias
porque ambas podem ser falsas, mas não podem ser verdadeiras, simultaneamente. Se digo “todos os jornaleiros são bigodudos” e “nenhum jornaleiro é bigodudo”, essas duas afirmações não podem ser verdadeiras; é evidente que pelo menos uma delas, senão ambas, são falsas. Duas proposições categóricas contrárias possibilitam a seguinte INFERÊNCIA IMEDIATA: se uma delas for verdadeira, a outra será falsa. Se digo ser verdade que “todo advogado é prolixo”, então é falsa a afirmação “nenhum advogado é prolixo”. Inferência Imediata
Do mesmo modo, se é verdadeiro que “nenhum juiz é guloso”, é
falso “todo juiz é guloso”. Registre-se, contudo, que da falsidade de uma das contrárias nada se pode concluir acerca da veracidade ou falsidade da outra. Se afirmo ser falso que “todo cirurgião é sádico”, não é possível concluir nada sobre a falsidade ou veracidade de “nenhum cirurgião é sádico” (pode ser que algum seja, pode ser que nenhum seja). Inferência Imediata
As proposições particulares são definidas como
subcontrárias porque ambas podem ser verdadeiras, mas não podem ser falsas simultaneamente. É possível afirmar a veracidade de “alguns estudantes são estudiosos” e de “alguns estudantes não são estudiosos”, mas a falsidade de ambas as assertivas não pode ser sustentada. INFERÊNCIA IMEDIATA derivada da relação de subcontrariedade é, portanto, a seguinte: a falsidade de uma proposição particular implica a veracidade da subcontrária. Quer dizer, sendo falso que “algum jornalista é imparcial”, será verdadeiro que “algum jorna- lista não é imparcial”. Inferência Imediata
Note-se bem que não se pode concluir se uma particular é
verdadeira ou falsa, partindo-se apenas da veracidade da outra particular. Se “algum engenheiro não é prudente” é verdadeiro, não se consegue concluir disso a veracidade ou falsidade de “algum engenheiro é prudente” (pode ocorrer de nenhum engenheiro ser prudente). Inferência Imediata
A relação entre a universal e a particular da mesma qualidade é
denominada subalternidade. A universal afirmativa é superalterna da particular afirmativa e esta é subalterna daquela. Similarmente, a universal negativa é superalterna da particular negativa e esta é subalterna daquela. Da veracidade da superalterna decorre a veracidade da subalterna; e da falsidade da subalterna deriva a falsidade da superalterna. Se afirmo a veracidade de “todos os lógicos são interessantes”, será verdadeiro também que “algum lógico é interessante ”. Inferência Imediata
Por outro lado, se for falso que “algum lógico é interessante”,
também será falso que “todos os lógicos são interresantes”. Paralelamente, se é veraz que “nenhum pedagogo é cinéfilo”, será igualmente verdadeiro que “algum pedagogo não é cinéfilo”; e se for inverídico que “algum pedagogo não é cinéfilo”, também o será a assertiva de que “nenhum pedagogo é cinéfilo”. Inferência Imediata
Atente-se para o seguinte: da falsidade da superalterna, nada é
possível concluir acerca da veracidade ou falsidade da subalterna. Assim, se sabemos que “todo advogado é astuto” é falso, então “algum advogado é astuto” tanto pode ser falso como verdadeiro. Por outro lado, da veracidade da subalterna, nada é possível afirmar sobre a veracidade ou falsidade da superaltema. Isto é, sendo verdadeiro “algum sábio não é autodidata”, nada cabe dizer sobre a veracidade ou falsidade de “nenhum sábio é autodidata”. Inferência Imediata
Por fim, a relação de contraditoriedade, pertinente à
universal e à particular de qualidades diferentes. Se uma proposição categórica é verdadeira, a sua contraditória será falsa e vice-versa. Há contraditoriedade se a veracidade de uma proposição implica a falsidade da outra, e se a sua falsidade implica a veracidade da outra. A universal afirmativa é contraditória à particular negativa (Se “todos os astronautas são elegantes” for verdadeiro, então “algum astronauta não é elegante” será falso, e vice-versa), e a universal negativa é contraditória à particular afirmativa (Se for falso que “nenhum carnívoro é invertebrado”, então será verdadeiro que “algum carnívoro é invertebrado”, e vice- versa). Inferência Imediata EM RESUMO, PODEM SER ESTABELECIDAS, A PARTIR DO QUADRO DE OPOSIÇÃO, AS SEGUINTES INFERÊNCIAS IMEDIATAS:
1) Se a universal afirmativa (A) for verdadeira, então a universal
negativa (E) será falsa, a particular afirmativa (I) será verdadeira e a particular negativa (O), falsa.
2) Se a universal negativa (E) for verdadeira, então a universal
afirmativa (A) será falsa, a particular afirmativa (I) será falsa também e a particular negativa (O), verdadeira.
3) Se a particular afirmativa (I) for verdadeira, então a universal
negativa (E) será falsa, e nada se poderá concluir acerca da falsidade ou veracidade da universal afirmativa (A) e da particular negativa (O). Inferência Imediata
4) Se a particular negativa (O) for verdadeira, então a universal
afirmativa (A) será falsa, e nenhuma conclusão se poderá alcançar sobre a falsidade ou veracidade da universal negativa (E) e da parti cular afirmativa (I).
5) Se a universal afirmativa (A) for falsa, então a particular negativa
(O) será verdadeira, não cabendo inferir nenhuma conclusão sobre a veracidade ou falsidade da universal negativa (E) e da particular afirmativa (I).
6) Se a universal negativa (E) for falsa, então a particular afirmativa
(I) será verdadeira, e indeterminável a veracidade ou falsidade da universal afirmativa (A) e da particular negativa (O). Inferência Imediata
7) Se a particular afirmativa (I) for falsa, então a universal afirmativa
(A) será falsa, a universal negativa (E) será verdadeira e a particular negativa (O), verdadeira também.
8) Se a particular negativa (O) for falsa, então a universal afirmativa
(A) será verdadeira, a universal negativa (E) será falsa e a particular afirmativa (I), verdadeira.
Esta a primeira operação lógica de inferência imediata, em que
duas proposições categóricas compõem um argumento. Passemos, agora, à análise de duas outras operações: a conversão e a obversão. A Conversão
Pela conversão, mantém-se a qualidade da proposição tomada
por premissa e inverte-se a função dos termos (o sujeito passa a predicado e vice-versa). Para as proposições de forma universal ne gativa (E) e particular afirmativa (I), é sempre válida a conversão. Confiram: “se nenhum jomaleiro é bigodudo, então nenhum bigodudo é jomaleiro”; “se algum jomaleiro é bigodudo, então algum bigodudo é jomaleiro”. Para a proposição universal afirmativa (A), a conversão é válida apenas se for alterada também a quantidade. Assim, “se todo jomaleiro é bigodudo, então algum bigodudo é jomaleiro”. A Obversão Por obversão entende-se inferência imediata a partir de uma proposição, por meio da negação do oposto do que a proposição dada afirma ou seja a operação pela qual se mantém a quantidade e o termo sujeito e altera-se a qualidade e o termo predicado,adotando-se o complementar desse último. Complementar de um termo é o que abrange todos os seres não compreendidos pelo mesmo termo. O complementar de cantores reúne todos os não-cantores. A obversão é válida entre as proposições contrárias e entre as subcontrárias. Ou seja, as proposições universais (A e E) são obversas uma da outra, assim como o são as proposições particulares (I e O). Concretizando: “se todos os estudantes são loiros, então nenhum estudante é não-loiro”; e “se algum estudante é loiro, então algum estudante não é não-loiro”.