BolCertiel4 Jun03

Você também pode gostar

Você está na página 1de 8

info

www.cer tiel.pt Propriedade

4
CERTIEL – Associação Certificadora
de Instalações Eléctricas
Rua dos Anjos, 68 – 1150-039 Lisboa
Tel.: 213 183 200 – Fax: 213 183 289 Junho 2003
certiel@certiel.pt – www.certiel.pt

Director
António Oliveira Barbosa

Edição
Direcção da Qualidade, Recursos e Inovação

Produção gráfica
EDITIDEIAS – Edição e Produção, Lda.

Trimestral – 16 500 exemplares


Distribuição gratuita

2
NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS
DA CERTIEL
Editorial
Como Presidente recentemente eleito para este organismo, e em representação da
AGEFE (Associação Portuguesa dos Grossistas e Importadores de Material Eléctrico,
Electrónico, Electrodoméstico, Fotográfico e de Relojoaria), não poderia deixar de tecer
alguns comentários sobre os últimos acontecimentos relativos à CERTIEL.
HORÁRIO DE ATENDIMENTO Como chegou certamente ao conhecimento dos nossos leitores, circulou um e-mail não
CERTIEL identificado, altamente difamatório, quer para a CERTIEL quer para todos os que directa
ou indirectamente colaboram com esta Associação, tendo até versado nomes que
apenas por gentileza profissional aceitaram colaborar com a nossa Associação.
CORREIO DO LEITOR
Obviamente trata-se duma acção cujos contornos estão identificados e sobre os autores
deixamos para a Justiça a identificação dos mesmos e a respectiva aplicação da lei. Com
o Bom Nome das pessoas não se pode brincar! Aos lesados pelas injúrias e calúnias, as

3
NOVA VERSÃO DA PÁGINA
nossas desculpas e a nossa solidariedade.
WWW.CERTIEL.PT
À CERTIEL, como Associação inspectora das instalações eléctricas, cabe a tarefa de
prosseguir os objectivos que deram origem à sua fundação e que são, em primeiro
ENDIEL 2003 lugar, o de contribuir para uma melhoria significativa da qualidade e segurança das
instalações eléctricas em Portugal.

MARCAS Aceitamos e estamos sempre disponíveis para introduzir melhorias no processo de

6 DE CONFORMIDADE
VS MARCAÇÃO CE
certificação e queremos colaborar com todos os intervenientes sempre na perspectiva
de simplificar, embora sem pôr em causa a qualidade e a segurança.
Aproveito para divulgar que, para além do envio trimestral do nosso boletim a mais de
16 000 técnicos, o nosso site na Internet (www.certiel.pt) registou em apenas 4 meses
mais de 12 000 visitantes.

7
IMPORTÂNCIA
DOS APARELHOS Esta é a melhor resposta da CERTIEL, a de divulgar e informar todos os técnicos,
DE MEDIÇÃO participando e colaborando para uma melhor qualidade e segurança das instalações
eléctricas.
E SUA CALIBRAÇÃO
António Mira, Presidente da CERTIEL

F.A.Q. – PERGUNTAS MAIS


Reportagem 4

FREQUENTES
Fisuel reuniu em Lisboa
E RESPECTIVAS RESPOSTAS

8
CERTIEL VISTA PELOS SEUS
ASSOCIADOS
Opinião da ANIMEE
Horário de
atendimento CERTIEL NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Na sequência da Assembleia Geral da CERTIEL, realizada em 28 de Março, os
novos corpos sociais da Associação para o biénio 2003/2004 ficaram assim
constituídos:

M E S A DA A S S E M B L E I A G E R A L

Presidente Sr. António Manuel de Sousa Cortez


APEPE – Associação Profissional dos Empresários
Portugueses de Electricidade

Vice-Presidente Eng. Joaquim Correia Teixeira


EDP Distribuição – Energia, SA

Desde 21 de Abril que a CERTIEL teve Secretário Dra. Maria Gabriela Domingues Gualdino da Costa
necessidade de adoptar um novo ANIMEE – Associação Portuguesa das Empresas
horário de atendimento ao público. do Sector Eléctrico e Electrónico

Desde essa data que o funcionamento CONSELHO FISCAL


do balcão continua a ser contínuo, mas
das 9.00H às 16.30H. Presidente Dr. Rui Ferreira Lopes
EDP Distribuição – Energia, SA
O atendimento técnico continua Vogais Dr. Rui da Conceição Sobral Costa
a fazer-se dentro do mesmo horário, ANIMEE – Associação Portuguesa das Empresas
de Segunda-Feira a Quinta-Feira, no do Sector Eléctrico e Electrónico
habitual horário das 9.30H às 12.00H.
Dra. Susana Marta Velhote Martins Belo da Silva Gomes
AICCOPN – Associação dos Industriais da
Construção Civil e Obras Públicas

CORREIO DO LEITOR DIRECÇÃO

Presidente Dr. António Ermelindo Figueira dos Santos Mira


Faça-nos chegar as suas
AGEFE – Associação Portuguesa dos Grossistas e Importadores de
sugestões/opiniões, dúvidas e certezas, Material Eléctrico, Electrónico, Electrodoméstico, Fotográfico e de
ou até mesmo experiências que queira Relojoaria
partilhar connosco.
Directores Dr. José Joaquim Espiga Tomaz Gomes
Pode fazer o seu envio através de AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas
correio normal ou via e-mail para Dr. José Manuel Basílio Chorão
correio.leitor@certiel.pt EDP Distribuição – Energia, SA

Eng. Fernando Manuel Teixeira Mendes


ANIMEE – Associação Portuguesa das Empresas
do Sector Eléctrico e Electrónico

Eng. Manuel dos Santos Loureiro de Almeida


APEPE – Associação Profissional dos Empresários
Portugueses de Electricidade

Queremos agradecer aos ex-directores da CERTIEL, Srs. Dr. Carlos Sousa e


Manuel de Oliveira, que agora nos deixam, que com o seu trabalho e expe-
riência muito contribuíram para criar e desenvolver a nossa Associação.

2 INFOCERTIEL JUNHO 2003


Nova versão da página

www.certiel.pt
Conforme noticiámos no último Boletim InfoCertiel, encontra-se já
activa a nova versão da página www.certiel.pt.

Pensamos que a mesma responde de forma mais atractiva, eficaz


e fácil ao esclarecimento de todos os que a ela acedem. Contamos,
contudo, continuar a melhorar este serviço, nomeadamente no
que diz respeito a alguns dos problemas técnicos que ainda
subsistem na inserção de pedidos no Balcão Digital.

O sucesso do Balcão Digital tem vindo a reflectir-se no facto de, Se o registo de dados não ficar concluído, a CERTIEL fica
desde Fevereiro, já se encontrarem inscritos 450 Técnicos Respon- impossibilitada de avançar com o processo no curto espa-
sáveis e mais de 600 estarem em fase de inscrição. ço de tempo a que se propõe.

O número de pedidos inseridos via Internet também é igualmente Relembramos igualmente que, se nunca fez nenhum
assinalável, estamos a falar de cerca de 550 pedidos. pedido de certificação de exploração de instalação eléc-
trica à CERTIEL, deverá transmitir essa informação aos
Chamamos mais uma vez a vossa atenção para o facto de haver nossos serviços quando enviar a documentação soli-
necessidade de preencher todos os dados solicitados na adesão citada para adesão ao Balcão Digital, para que a CERTIEL
ao Balcão Digital. Esta informação encontra-se devidamente expli- possa criá-lo na base de dados, pois caso contrário a apli-
cada no item "como aderir" do Balcão Digital. cação dá erro e a sua inscrição não se concretiza.

Endiel 2003 electrónica para a indústria automóvel, engenharia de


software e sistemas de informação, serviços de teleco-
municações complementares e de valor acrescentado, am-
De 27 a 31 de Maio decorreu na FIL – Feira Industrial de Lisboa o 13º biente e segurança, higiene e saúde no trabalho.
Encontro para o Desenvolvimento do Sector Eléctrico e Electrónico, o
Endiel 2003, organizado pela ANIMEE – Associação Portuguesa das Entre as várias iniciativas paralelas destacou-se o Prémio
Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico, com a colaboração da ANIMEE de Inovação e Criatividade, que tem por objectivo
AGEFE – Associação Portuguesa de Grossistas e Importadores de Mate- premiar a realização de trabalhos que conduzam à inova-
rial Eléctrico, Electrónico, Electrodoméstico, Fotográfico e de Relojoa- ção industrial de produtos ou processos no sector eléctrico
ria, cuja sessão inaugural foi presidida pelo Ministro da Economia. e electrónico, bem como sessões promovidas pelas empre-
sas expositoras.
Realizado de dois em dois anos, alternadamente em Lisboa e no
Porto, trata-se do mais importante evento deste sector, que mais uma
vez contou com a presença da CERTIEL entre os 220 expositores A cidade Invicta
nacionais e estrangeiros espalhados por dois pavilhões. Apreciado por receberá o
mais de 21 mil visitantes, a maioria dos quais profissionais, o Endiel ENDIEL 2005,
2003 integrou ainda uma exposição da Siemens patente num com- que decorrerá
boio de 14 carruagens, estacionado na Gare do Oriente. De nome na Exponor.
Exider, este comboio levou os visitantes a viajar para o mundo dos
pro-dutos da automação, accionamentos, controlo e distribuição das
insta-lações eléctricas mais modernas.

Além do stand da CERTIEL, estrategicamente colocado à entrada do


primeiro pavilhão do certame, onde se podiam obter informações
sobre a sua actividade e ser-se convidado a aceder à sua nova página
electrónica, os restantes stands apresentavam uma grande diversidade
de áreas de actividade, desde máquinas eléctricas e industriais, apare-
lhagem e sistemas de medida, sistemas electrónicos e de telecomuni-
cações, fios e cablagens, componentes electrónicos, além de pilhas,
lâmpadas, material para iluminação, electrónica de consumo e electro-
domésticos. É ainda de assinalar a presença de empresas na área da

JUNHO 2003 INFOCERTIEL 3


reuniu em Lisboa

A FISUEL – Federação Internacional para a Segurança dos nalidade que se veio perdendo. Entre outros contactos em
Utentes de Electricidade levou a efeito a sua primeira Assem- curso e manifestação de intenções de adesão à FISUEL con-
bleia Geral no passado dia 23 de Maio, em Lisboa, a convite tam-se igualmente a Argentina, o México, a Indonésia e a
da CERTIEL, um dos seus 21 membros que a constituem. Esta Arábia Saudita.
Assembleia Geral incluiu a aprovação da acta da Assembleia
Constitutiva de 1 de Fevereiro de 2002, do relatório de acti- Durante os trabalhos desta Assembleia Geral foi ainda suge-
vidades e dos relatórios financeiros relativos ao exercício de rida a elaboração dum “Manual de Procedimentos para as
2002 e ao orçamento de 2003. Foram igualmente aprovadas inspecções”, o qual deveria definir os métodos, os pontos de
as actividades para 2003/2004. controlo e os aparelhos, de modo a permitir aos instaladores
um sistema de autocontrolo e uniformização dos procedi-
Das realizações para estes dois anos destaca-se a próxima mentos.
Assembleia Geral, agendada para 5 de Novembro em Dakar,
Senegal, um Colóquio em Durban, ainda sem data marcada, Esta Assembleia Geral contou com cerca de 40 participantes,
e um Seminário no continente africano, em Janeiro do pró- membros e convidados, representando uma dezena de paí-
ximo ano, além do desenvolvimento dos projectos em curso, ses de três continentes e duas associações internacionais. A
designadamente o Manual FISUEL e o Observatório Inter- FISUEL inclui neste momento a representação de oito países.
nacional da Segurança Eléctrica. Paralelamente prosseguirá o Além de Portugal, fazem parte a França, o Senegal, o Líbano,
trabalho da FISUEL junto de vários países, quer no sentido de a Costa do Marfim, o Luxemburgo, a Espanha e Marrocos, e
uma harmonização global na área da segurança em matéria ainda, como organismo europeu, o ECI (European Copper
de uso de electricidade, quer de alargamento da sua repre- Institute). Em termos nacionais, e além da CERTIEL, são igual-
sentatividade, em particular na Europa do Leste e na América mente membros da FISUEL, a AECOPS e a EDP.
Latina.
A presidência do Conselho de Administração da FISUEL está
De acordo com o ponto de situação apresentado na altura, a cargo de Philippe André (Promotelec), a quem coube dirigir
nestes dois anos poderão ocorrer ade- os trabalhos, e os dois lugares de vice-pre-
sões à FISUEL por parte de associações sidência são ocupados pelo Senegal e por
de países como a Itália, o Reino Unido e Portugal, este último por José Tomaz
a Alemanha. Em termos de África, e de- Gomes, director-geral da AECOPS, que
pois de concluído o projecto de criação conjuntamente com o presidente da Di-
da COSSUEL no Senegal, a expectativa recção da CERTIEL, António Santos Mira,
é que a Gambia, o Mali, a Mauritânia e da AGEFE, fizeram parte da Mesa desta
Cabo Verde venham a interessar-se tam- Assembleia Geral. A CERTIEL esteve ainda
bém pela actividade da FISUEL. Foi igual- representada pelo seu director-geral, Antó-
mente anunciado que a CONSUEL (con- nio Oliveira Barbosa, e pela sua directora
génere francesa da CERTIEL) irá assinar da Qualidade, Recursos e Inovação, Maria
um acordo de cooperação com a sua João Almeida.
congénere do Benin, a CONTRELEC, com Reportagem Graziela Afonso
vista a ajudar a repor a sua operacio- Fotos CERTIEL

4 INFOCERTIEL JUNHO 2003


Observatório Internacional
da Segurança Eléctrica
Uma das iniciativas que a FISUEL poderá vir a promover em breve é a criação
de um Observatório Internacional da Segurança Eléctrica (OISE). A ideia tem
vindo a tomar forma e já foi alvo, em Março deste ano, duma auscultação junto
dos membros da federação. Um questionário foi enviado a todos os membros,
dos quais um terço respondeu ajudando a delinear os princípios e objectivos
que deverão nortear o funcionamento deste novo órgão.
Relativamente aos objectivos, registou-se unanimidade quanto à necessidade do
Testemunhos Observatório vir a criar uma cartografia da segurança eléctrica por país, sejam
No decurso da Assembleia Geral teve ainda lugar a apres- estes membros ou não da FISUEL, que deverá incluir, entre outros, a regula-
entação de alguns membros da FISUEL, nomeadamente a mentação e o controlo existente da actividade em cada país. Este levantamento
seria depois usado para realçar as melhores práticas e servir de exemplo aos
APEL do Luxemburgo e a ODI do Líbano, cabendo aos
países em situação mais atrasada e deficitária em matéria de normas de segu-
seus responsáveis caracterizar a evolução da actividade
rança eléctrica para os utentes.
das suas associações congéneres da CERTIEL, fazer o seu
enquadramento nos respectivos países e relatar os resul- O futuro Observatório deverá igualmente constituir-se como um centro de inte-
tados que têm vindo a ser obti- ligência e saber, uma referência em termos de informação, de documentação e
dos. Do Benin chegou o teste- de promoção de estudos e grupos de trabalho sobre a problemática em causa,
munho da CONTRELEC, em fase com o fim de apoiar e ajudar a FISUEL a desenvolver o seu próprio trabalho.
de redinamização depois de um Nesse sentido, a maioria dos inquiridos que respondeu a esta auscultação
período de pouca evolução. considera que o OISE deverá ser um órgão criado no seio da própria FISUEL, sob
sua orientação e um utensílio ao seu serviço. Assim sendo, o financiamento para
assegurar a existência e funcionamento do Observatório deverá ser suportado
pela FISUEL, mantendo-se contudo em aberto a possibilidade daquele procurar
Ocorreram também intervenções es- por si apoios financeiros, nomeadamente para a realização de estudos que
pontâneas de delegações doutros venham a ser definidos.
países, nomeadamente de África, par- A recolha de opiniões sobre a criação e perfil deste Observatório Internacio-
tilhando as suas experiências de con- nal da Segurança Eléctrica vai continuar a ser promovida pela FISUEL até ao
trolo das instalações eléctricas ou momento que se considerar oportuno para a sua implantação no terreno.
manifestando a necessidade de cria-
ção nos seus países de estruturas
idênticas às que foram apresentadas. Manual Fisuel
Por fim, foi feita a apre- No final de 2002 o Conselho de Administração da FISUEL decidiu que deveria
sentação do FEEDS – Forum ser elaborado um “Manual para o autocontrolo duma instalação eléctrica”, com
for European Electrical Do- o objectivo de proporcionar aos próprios instaladores um utensílio de controlo
mestic Safety, um fórum das instalações, simples e didáctico, com base em exigências essenciais em
matéria de segurança eléctrica, mas sem que o mesmo se substitua ao eventual
a funcionar no âmbito da
controlo de terceira parte baseado nas normas em vigor em cada país.
FISUEL e criado com o ob-
jectivo de discutir e assegu- Consciente dos riscos para pessoas e bens causados por qualquer deficiência em
rar uma boa relação entre a matéria de segurança eléctrica, a FISUEL considera que assegurar contra tais
electricidade e a segurança, riscos através deste Manual não se trata de “um luxo”, mas sim de “uma
nomeadamente dinamizando e promovendo acções com obrigação e dever”.
vista à diminuição dos riscos numa sociedade em que o Nesse sentido, este Manual deverá constituir-se como um instrumento geral de
uso da electricidade tem aumentado significativamente, garantia da segurança, em concreto e segundo o que já foi definido, garantir a
ao mesmo tempo que se tem vindo a diversificar o tipo de existência de um dispositivo de corte geral, servir para eliminar os riscos de
formas de a usar. Na ocasião foi anunciado que dentro em contacto directo e indirecto, obter ligações equipotenciais em peças húmidas e
breve este fórum deixará de evitar as sobreintensidades e as sobretensões. Para tal, serão listados e
ter um carácter meramente detalhados os requisitos e procedimentos a ter em conta pelos instaladores,
europeu para passar a ter requisitos esses que estão já hoje na base das inspecções realizadas quer em
uma função internacional, edifícios existentes quer em novos.
passando a designar-se FEDS Este Manual FISUEL, que se prevê de grande utilidade para os instaladores e de
– Forum for Electrical Domes- salvaguarda para a sua própria actividade, deverá estar concluído e ser tornado
tic Safety. público até ao início de 2004.

JUNHO 2003 INFOCERTIEL 5


Marcas de Conformidade vs Marcação CE*
O estabelecimento do Mercado Único permitiu a livre circulação de livremente no espaço comunitário. Contudo, a procura pelos utiliza-
produtos, tendo a Comissão Europeia estabelecido várias Directivas dores será maior se o produto se distinguir por possuir uma marca de
denominadas "Nova Abordagem", remetendo para o fabricante ou conformidade, uma vez que a certificação voluntária dos produtos está
para o seu representante estabelecido na União Europeia (UE) a para além das exigências regulamentares exigidas nas Directivas Comu-
responsabilidade de colocar no mercado produtos que cumpram os nitárias.
requisitos essenciais nela definidos, bem como a responsabilidade de
fornecer os meios de presunção de conformidade com os mesmos. Pressupondo que uma empresa pretende evidenciar nos seus produtos
que cumpre a Directiva da Baixa Tensão, e fazendo o paralelo com uma
Assim, para os produtos que estejam abrangidos por Directivas marca de conformidade, realçam-se as seguintes diferenças:
Comunitárias, é obrigatória a marcação CE para que possam circular

Apresentando como exemplo de produtos eléctricos as luminárias fixas para uso geral
Norma de referência: EN60598-2-1:1989
Luminárias – Parte 2: Regras particulares – Secção 1: Luminárias fixas de uso geral
EN60598-1:2000 + A11:2000 + A12:2002
Luminárias – Parte 1: Regras gerais e ensaios

Marcação CE Marca de Conformidade

A empresa pode optar pelas normas de O organismo de certificação obriga a que a norma de referência seja uma norma
referência harmonizadas mencionadas no harmonizada EN.
Jornal Oficial das Comunidades Europeias
recomendadas para produtos eléctricos.

A responsabilidade é do fabricante ou do seu A responsabilidade pela atribuição da marca de conformidade é do organismo de


representante na comunidade. certificação.

A norma de referência não obriga à realização A realização dos ensaios de rotina a 100% da produção é obrigatória,
de ensaios de rotina a 100% da produção. nomeadamente são efectuados a todas as luminárias antes da colocação no
mercado a continuidade do circuito de terra, rigidez dieléctrica e a verificação
funcional.
É obrigatória a realização periódica dos seguintes ensaios: rigidez dieléctrica,
ensaio de endurance, verificação de IP, resistência mecânica de parafusos e
porcas, protecção contra choques eléctricos, linhas de fuga e distância no ar.
São efectuadas acções de acompanhamento (ensaios e auditorias) regulares, o
que permite garantir que as condições iniciais de conformidade do produto com
a norma estão asseguradas.

Produto com Marca – Vantagens para as instalações eléctricas


A marca concedida pela CERTIF – Associação para a Certificação de
Produtos e afixada num produto permite fazer a diferença, porque Importa acima de tudo chamar a atenção para a segurança e saúde
além de fornecer a prova da conformidade do produto com um públicas, dado o facto de uma deficiência no isolamento ou uma redu-
documento de referência que lhe seja aplicável, indicando que o ção da secção do metal condutor poder originar uma passagem de
produto é seguro e desempenha com qualidade as funções para as corrente ou um sobreaquecimento que, em determinadas circuns-
quais foi concebido, demonstra que foi avaliado com rigor técnico por tâncias, poderão causar danos muito graves, inclusivamente fatais.
uma entidade inde-pendente e credível, e que cumpre com a Directiva
de Baixa Tensão. A obtenção de uma marca de conformidade para um produto, podendo
e , funcionar como um primeiro patamar para uma empresa assegurar a
No âmbito das marcas aplicáveis aos cabos eléctricos, é obrigatória a sua vocação competitiva, dá aos distribuidores, retalhistas, projectistas,
realização a 100% da produção do ensaio de tensão no cabo e instaladores e utilizadores todos os meios de prova que necessitam para
verificação da ausência de defeitos, bem como a realização periódica de demonstrar a conformidade com a Legislação Europeia de Segurança
outros ensaios, como por exemplo, a medição da resistência eléctrica Eléctrica e permitir que a utilização destes produtos nas instalações
dos condutores. eléctricas os torne mais seguros.
Ana Cristina Figueiral, Gestora de Processo da CERTIF - Associação para a Certificação de Produtos
*Continuação do artigo do Boletim nº 3

6 INFOCERTIEL JUNHO 2003


Importância dos aparelhos F.A.Q.
Perguntas mais frequentes
de medição e sua calibração e respectivas Respostas

Para que se possa dar como concluída a execução de uma instalação eléctrica, entre
outras tarefas, está a realização de alguns ensaios, como sejam, a medição da P: Para certificar uma instalação, esta tem que
resistência de terra e da resistência de isolamento, entre outros. Para estes ensaios possuir o ramal concluído?
é necessária a utilização de aparelhos de medição cujas características técnicas R: O pedido de certificação da instalação de utilização é independente
devem estar adequadas, por exemplo, à exigência tecnológica da medição e à da conclusão do ramal.
movimentação desses mesmos aparelhos, factor da maior importância no caso das
instalações eléctricas. Para a escolha de um aparelho de medição devem também P: Qual a secção máxima dos condutores de ligação aos contadores?
ser levadas em conta avaliações resultantes da experiência adquirida por outros. R: A secção dos condutores não deverá ser superior a 25mm2, caso
contrário não é possível executar a ligação aos terminais do(s) con-
Uma das condições para que um aparelho de medição possa cumprir eficazmente tador(es).
a missão para a qual foi adquirido é que o mesmo seja correctamente utilizado. Mas
para além disto, e seja qual for o equipamento de medição considerado, deve existir P: Como posso considerar uma instalação recinto motor concluída?
um processo de comparação periódico e sistemático que permita prevenir qualquer R: Só se considera uma instalação de um recinto motor concluída se o
degradação da qualidade das medidas a obter e assegurar a sua credibilidade ao motor ou bomba estiver instalada. A única excepção reside nos casos
longo do tempo. A este processo, que se baseia na comparação com um padrão, e em que o proprietário tenha um motor de instalação amovível e
geralmente não inclui qualquer intervenção (ajuste ou reparação) sobre o aparelho, então nestes casos aceita-se que a instalação seja considerada con-
chama-se calibração. cluída se existir uma tomada com encravamento.
A calibração é uma operação indispensável que valida as indicações fornecidas pelo P: Poderei utilizar tubo anelado em entradas e colunas?
aparelho de medição e deve ser realizada em laboratórios acreditados para o efeito. R: Sim, desde que o mesmo seja embutido na parede e tenha, no míni-
Para fixar a periodicidade das calibrações, deve ter-se em conta factores diversos, mo, IK08 com parede interior lisa (corrugado), não propagador de
tais como, a frequência e o tipo de utilização e o desgaste do próprio aparelho. É chama.
usual fixar prazos de calibração de um ano.
P: Poderei utilizar calha técnica em colunas?
Na sequência de uma calibração é emitido um documento, designado Certificado
R: Este tipo de calha técnica pode ser utilizada desde que a mesma
de Calibração, que contém, além dos dados que identificam o aparelho, infor-
garanta o IK08.
mações sobre os resultados obtidos. Se solicitado, o certificado pode também conter
uma análise detalhada dos erros obtidos nas indicações dadas pelo aparelho cali- P: A alimentação do circuito de iluminação de emergência deve ser
brado face ao padrão utilizado. efectuada a partir do QG (Quadro Geral) ou poderá a mesma ser
realizada a partir dos QP (Quadros Parciais)?
Em conclusão, apenas sabemos o que estamos a medir se o equipamento estiver
R: A alimentação do circuito de iluminação de emergência poderá e
devidamente calibrado e não apresentar quaisquer erros. De salientar que os
deverá ser efectuada a partir dos quadros parciais, excepto se existir
equipamentos utilizados pelas Entidades Regionais Inspectoras de Instalações
Eléctricas (ERIIE) são periodicamente calibrados e que a cada certificado é feita uma um só circuito de emergência.
análise no sentido de verificar se o equipamento continua a manter as carac- P: Poderei deixar caixas de aplique no volume de protecção por
terísticas técnicas adequadas às medições a efectuar na inspecção de uma insta- equipar?
lação eléctrica.
R: Sim, poderá deixar caixas de aplique sem o equipamento instalado,
Maria José Pintão Ribeiro no volume de protecção, desde que a canalização esteja concluída
Responsável pelo Serviço de Inspecção do IEP – Instituto Electrotécnico Português conforme o regulamento.

PALAVRA–CHAVE Soluções Sopa de Letras


A partir do preenchimento
correcto das linhas
numeradas, encontre
a palavra-chave correcta
na vertical a sombreado.

1- Esta pode ser activa, reactiva ou aparente. do mesmo aparelho de protecção no quadro
2- Abreviatura de Técnico Responsável. onde tem início; (Artº 16º RSIUEE).
3- Ponto por onde uma instalação de utilização 7- Invólucro de secção recta contínua destinado a
recebe energia eléctrica; (Artº 11º RSIUEE). proteger condutores isolados ou cabos; (Artº 26º
4- Aparelho de corte, comando e protecção, cuja RSIUEE).
actuação é automática; (Artº 39º RSIUEE). 8- Diz-se de um condutor cuja alma se encontra
5- Diz-se de um local sem riscos especiais. revestida de uma ou mais camadas de material
6- Conjunto de canalizações e aparelhos dotados isolante eléctrico; (Artº 24º RSIUEE).

JUNHO 2003 INFOCERTIEL 7


VISTA PELOS SEUS ASSOCIADOS

Opinião da ANIMEE
Foi com um enorme empenho que a ANIMEE – Associação apenas possível devido à actuação exigente a que nos obri-
Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico gamos conjuntamente com as entidades regionais.
trabalhou para a criação da CERTIEL. Os recursos que, com
o apoio dos nossos associados, pusemos à disposição desta Temos profunda consciência da importância dos objectivos
associação permitiram que aproximadamente um mês após que os sucessivos governantes nos têm fixado. Sabemos
a publicação da legislação, definindo os parâmetros de actua- bem que a electricidade é um bem perigoso que circula em
ção da CERTIEL, esta estivesse a iniciar funções ao fim de um muitos locais das nossas casas. Sabemos também que é um
período de tempo considerado bem ambicioso e muito difí- bem mortal, tal como qualquer outro produto que, pelo
cil de se atingir. simples facto de ser tocado, pode provocar morte. Sempre
nos foi igualmente evidente que o interesse público da acti-
O sentimento de que as anteriores inspecções a instalações vidade a que estamos confinados nos levaria, como levou, a
eléctricas estavam a ser executadas de forma facilitada e de investir uma parte muito importante dos recursos finan-
que a responsabilidade dessas inspecções não deveria ser ceiros que libertamos em formação de profissionais ligados
apenas assumida pelo distribuidor de energia eléctrica à elaboração de projectos e à execução de instalações eléc-
foram elementos que certamente pesaram muito nas deci- tricas. E igualmente trabalhando muito a importantíssima
sões dos governos do PSD primeiro e do PS depois, no vertente da formação associada à uniformização dos crité-
sentido de criar uma associação de grande abrangência, rios de aprovação ou rejeição de instalações eléctricas, um
com o objectivo de se conseguirem realizar instalações eléc- dos aspectos relevantes da nossa actividade, e onde conti-
tricas mais seguras no nosso país. nuamos a registar melhorias significativas.

O esquema usado hoje em dia em Portugal, através da O processo de melhoria contínua que nos obrigamos a seguir
actuação de uma associação com as características da com determinação levou a que muitas vezes tenhamos sido
CERTIEL, não é novo. É também usado, por exemplo, em forçados a actuar contra interesses instalados que preferem
França. Mas é com orgulho que vemos as melhorias aqui pouco ou nada mudar. A todos instruímos para que respon-
implementadas a serem referenciadas como muito inte- dam com o nível de exigência e bom senso previsto nas leis
ressantes e a serem preparadas para implementação nou- que enquadram a nossa actividade. E, com prazer, damos
tros países que estão a criar associações independentes e a conhecer os dados relativos ao aumento de segurança
onde estão representados todos os participantes na cadeia das instalações eléctricas e, com diálogo, informamos quais
económica ligada à disponibilização de energia eléctrica aos os lapsos que mais encontramos nas instalações inspec-
consumidores. cionadas.

O importante objectivo de conseguirmos instalações eléc- Regozijamo-nos com as posições de acatamento da grande
tricas mais seguras tem sido perseguido com afinco; os maioria dos profissionais às nossas sugestões de melhoria,
dados disponíveis mostram que as melhorias são evidentes. cruciais para a persecução dos nossos objectivos. À medi-
Quando iniciámos a nossa actividade 17% das instalações da que vamos actuando para a melhoria das instalações
inspeccionadas eram rejeitadas devido à utilização de equi- eléctricas recentes mais se faz sentir em nós o sentimento
pamentos não-conformes, valor esse que se reduz hoje a de grande preocupação relativamente às instalações muito
um valor sem expressão. É com satisfação que registamos antigas e degradadas, em muitos casos causadoras de incên-
também uma redução do número de rejeições por erros dios e com mortes que se evitariam se existisse cobertura
técnicos, que têm vindo a baixar continuamente, tudo isto legal para a realização de inspecções a essas instalações.

Fernando Mendes
Vogal da Direcção da ANIMEE

8 INFOCERTIEL JUNHO 2003

Você também pode gostar