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Curso

Sistema Nacional de Planejamento do


SUS: conceitos e perspectivas
26/27 de maio 2010
Planejamento no SUS
• Contexto atual
• Legislação e definições normativas
• Estrutura do Plano
• Monitoramento
Contexto atual: a saída da crise

– A investida liberal: mercado x regulação Estatal

– Crise do Estado de Bem-Estar Social

– A crise ideológica: a razão envergonhada, sujeitos

oprimidos pela razão instrumental

– A crise metodológica: Estratégico x Normativo

– A crise de projeto nacional: o pensamento embotado


Contexto atual: o planejamento
revalorizado
• Retomada do desenvolvimento: Keynesianismo, o
retorno
• Dispositivo institucional de criação de consensos –
“teorias locais”
• Democracia deliberativa: dispositivo de transparência
pública e da argumentação livre e racional sobre
alternativas
• Instrumento de controle democrático sobre o Executivo
• SUS: Pacto pela Saúde + iniciativa PlanejaSUS
Portaria nº 699/GM de 30 de março de 2006
(Regulamenta as Diretrizes Operacionais dos Pactos Pela Vida e de Gestão)

Anexo I – Termo de Compromisso de Gestão Municipal

3 – RESPONSABILIDADES NO PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO

3.1 Todo município deve formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo


permanente de planejamento participativo e integrado, de base local e ascendente,
orientado por problemas e necessidades em saúde, com a constituição de ações
para a promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação em saúde, construindo
nesse processo:

a) o Plano Municipal de Saúde e

b) submetendo-o à aprovação do Conselho Municipal de Saúde;

3.2 Todo município deve formular, no Plano Municipal de Saúde, a política


municipal de atenção em saúde, incluindo ações intersetoriais voltadas para a
promoção da saúde;
3.3 a) Todo município deve elaborar relatório de gestão anual,
b) a ser apresentado e submetido à aprovação do Conselho de Saúde
correspondente;
3.4 Todo município deve operar os sistemas de informação referentes à atenção
básica, conforme normas do Ministério da Saúde, e alimentar regularmente os
bancos de dados nacionais, assumindo a responsabilidade pela gestão, no nível
local, dos sistemas de informação:
a) Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação – SINAN,
b) Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações - SI-PNI,
c) Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos – SINASC,
d) Sistema de Informação Ambulatorial – SIA,
e) e Cadastro Nacional de Estabelecimentos e Profissionais de Saúde – CNES;
e quando couber, os sistemas:
f) Sistema de Informação Hospitalar – SIH
g) e Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM, bem como de outros sistemas que venham a ser introduzidos;

3.5 Todo município deve assumir a responsabilidade pela coordenação e execução das
atividades de informação, educação e comunicação, no âmbito local;
3.6 Todo município deve elaborar a programação da atenção à saúde, incluída a
assistência e vigilância em saúde, em conformidade com o plano municipal de
saúde, no âmbito da Programação Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde;
3.7 Gerir os sistemas de informação epidemiológica e sanitária, bem como
assegurar a divulgação de informações e análises.
PORTARIA Nº 2.751, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2009 (DOU Nº 216, de 12/11/09, Seção 1, pg 79)
Dispõe sobre a integração dos prazos e processos de formulação dos instrumentos do Sistema de Planejamento do
Sistema Único de Saúde (SUS) e do Pacto pela Saúde.
PORTARIA GM Nº 2.669, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2009

Art. 1º As prioridades do Pacto pela Saúde, no componente Pacto pela Vida, para o
biênio 2010 - 2011 serão as seguintes:
I - atenção à saúde do idoso;
II - controle do câncer de colo de útero e de mama;
III - redução da mortalidade infantil e materna;
IV - fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias,
com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite e aids;
V - promoção da saúde;
VI - fortalecimento da atenção básica;
VII - saúde do trabalhador;
VIII - saúde mental;
IX - fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com
deficiência;
X - atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; e
XI - saúde do homem.
Art. 2º Define-se o conjunto de prioridades, objetivos, metas e indicadores de
monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde, nos componentes pela Vida e de
Gestão, para o biênio 2010-2011, conforme Anexo a esta Portaria.
§ 1º As prioridades, objetivos, metas e indicadores dos Pactos pela Vida e de Gestão
representarão o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que
impactam nas condições de saúde da população.
Instrumentos de Planejamento
Municipal:
orçamento
Plano Plurianual - PPA

Ö Artigo 165, inciso I e parágrafos 1º e 4°, Constituição


Federal.
Ö Estabelece as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública para as despesas correntes e de
capital.
Ö Deve ser elaborada pelo Executivo até 30/09 do
primeiro ano de mandato e aprovada na casa legislativa
respectiva até 15/12.
ÖValidade – 04 anos, a partir do segundo ano do
mandato até o primeiro ano da próxima gestão.
Lei de Diretrizes Orçamentárias
LDO
Ö Compatível com o PPA.
Ö Estabelece as Linhas de Orientação para a Lei
Orçamentária Anual e a sua execução.
Ö Deve ser elaborada pelo Executivo, anualmente,
e submetida à apreciação do Legislativo até 30 de
abril no caso do Estado e 15 de Maio no caso dos
Municípios.
Lei Orçamentária Anual - LOA

Ö Compatível com o PPA e LDO.


Ö Estima a receita e fixa as despesas para o ano
seguinte.
Ö Deve ser elaborada pelo Executivo,
anualmente, e submetida à apreciação do
Legislativo até 30 de Setembro.
Instrumentos do Planejamento do
Setor Saúde
LEGISLAÇÃO FEDERAL: PLANEJAMENTO DA SAÚDE

Lei Federal n.° 8.080/90 – Lei Orgânica do SUS.


Lei Federal n.° 8.142/90 – Lei Orgânica do SUS.
Decreto Federal 1.232/94.
Decreto Federal 1.651/95.
Portarias GM/MS n.° 399/06 e 699/06 – Pacto pela Saúde.
Portaria 648/06 – Atenção Básica.
Portaria 1.097/06 – Programação Pactuada e Integrada da Assistência
em Saúde
Portaria GM/MS n.° 204/07- Financiamento.
Portarias GM/MS n.° 3.085/06, 3.332/06 e 3.176/08 - Sistema de
Planejamento do SUS – PLANEJASUS.
Portaria Gm/MS n.º 2.751/09 – integração dos prazos e processos de
formulação dos instrumentos do sistema de planejamento do SUS e do
Pacto pela Saúde.
Lei Federal 8.080/90
Art. 15 – atribuições comuns:
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde.
X – elaboração da proposta orçamentária em conformidade com o
plano de saúde.
XVIII – promover a articulação da política e dos planos de saúde.

Art. 36 - processo de planejamento e orçamento do SUS será


ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos
deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de
saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos
Municípios, Estados...
§ 1° - Os planos de saúde serão a base das atividades e
programações de cada nível de direção do SUS, e seu financiamento
será previsto na respectiva proposta orçamentária.
§ 2° - É vedada a transferência de recursos para o financiamento de
ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações
emergenciais e calamidades.
Lei Federal 8.142/90

Art. 4° - Estabelece pré-requisitos para a transferência


de recursos aos Municípios e Estados para a cobertura
das ações e serviços de saúde:
I – Fundo de Saúde.
II – Conselho de Saúde.
III - Plano de Saúde
IV - Relatório de Gestão.
V - Contrapartida de recursos para a saúde.
VI - Comissão de elaboração do PCCS.
Decreto Federal n.° 1.232/94
(transferências fundo a fundo )

Art. 2° - Condiciona as transferências de recursos à existência de


Fundo de Saúde e à apresentação de Plano de Saúde,
aprovado pelo respectivo Conselho, no qual consta a contrapartida
para a saúde.
§ 1° - Indica que os Planos Municipais devem ser consolidados no
nível regional e estadual; que a CIB deve indicar os municípios
que cumprem as exigências legais.
§ 2° - O plano de saúde discriminará o percentual destinado à
saúde.
Art. 4° - Veda a transferência de recursos para ações não previstas
no Plano de Saúde, exceto em emergências e calamidades.
Decreto Federal 1.651/95
(Sistema Nacional de Auditoria do SUS)

Arts. 3° e 5° - Entre as competências do Sistema


Nacional de Auditoria (SNA) do SUS estão a análise e
verificação dos Planos de Saúde e Relatórios de
Gestão.
Art. 6°- Define que a comprovação da aplicação de
recursos transferidos aos Estados e Municípios será
feita pelo Relatório de Gestão, cujo conteúdo básico
está no disposto no § 3°.
Decreto Federal 1.651/95
(Sistema Nacional de Auditoria do SUS)
Conteúdo Básico Relatório de Gestão
I - programação e execução física e financeira do
orçamento, de projetos, de planos e de atividades;
II - comprovação dos resultados alcançados quanto à
execução do plano de saúde;
III - demonstração do quantitativo de recursos financeiros
próprios aplicados no setor saúde, bem como das
transferências recebidas de outras instâncias do SUS;
IV - documentos adicionais avaliados nos órgãos colegiados
de deliberação própria do SUS.
Decreto Federal 1.651/95
(Sistema Nacional de Auditoria do SUS)

Art. 9º - define a quem apresentar o


Relatório de Gestão (ao Conselho de
Saúde e ao Legislativo), como (em
audiências públicas) e quando
(trimestralmente).
PORTARIA GM/MS N.º 399/06,
PACTO PELA SAÚDE

Anexo I – Divulgação ao Pacto pela Saúde – Consolidação do


SUS:
ÖPlanejamento no SUS;
ÖObjetivos do Sistema de Planejamento;
ÖPontos de pactuação priorizados para o planejamento;
ÖPPI – Programação Pactuada e Integrada da Atenção em
Saúde;
ÖResponsabilidades no planejamento e programação.

Anexo II –Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde (três


componentes : Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão).
OS COLEGIADOS DE GESTÃO REGIONAL

O Colegiado deve instituir processo de planejamento regional, que defina


as prioridades, as responsabilidades de cada ente, as bases para a
programação pactuada integrada da atenção a saúde, o desenho do
processo regulatório, as estratégias de qualificação do controle social, as
linhas de investimento e o apoio para o processo de planejamento local.

O planejamento regional, mais que uma exigência formal, deverá


expressar as responsabilidades dos gestores com a saúde da população
do território e o conjunto de objetivos e ações que contribuirão para a
garantia do acesso e da integralidade da atenção, devendo as prioridades
e responsabilidades definidas regionalmente estar refletidas no plano de
saúde de cada município e do estado;

Os colegiados de gestão regional deverão ser apoiados através de


câmaras técnicas permanentes que subsidiarão com informações e
análises relevantes.
PORTARIA GM/MS N.º 648/06
Atenção Básica

Ö O Relatório de Gestão Anual deve demonstrar como


a aplicação de recursos resultou em ações de saúde,
incluindo quantitativos mensais e anual da produção de
serviços da atenção básica.
Ö O Estado deve estabelecer no PES metas e
prioridades para a organização da AB e a Estratégia de
Saúde da Família.
PORTARIA GM/MS N.º 699/06
Regulamentação dos Pactos pela Vida e de Gestão

Art. 8º-
Ö § 2º - As ações necessárias para apoiar os
Municípios e/ou Estados nas responsabilidades
assumidas devem ser expressas nos respectivos
Planos de Saúde.
Ö § 3º - O Termo de Compromisso de Gestão
Municipal deve ser construído em sintonia com o Plano
Municipal de Saúde, em negociação com o Estado e
municípios da região de saúde.
PORTARIA GM/MS Nº 1.097/06

Define o processo da Programação Pactuada e Integrada


da Assistência em Saúde.

• Definir que a Programação Pactuada e Integrada da Assistência em


Saúde seja um processo instituído no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS) onde, em consonância com o processo de
planejamento, são definidas e quantificadas as ações de saúde
para a população residente em cada território, bem como efetuados
os pactos intergestores para garantia de acesso da população aos
serviços de saúde.
• Parágrafo único. A Programação Pactuada e Integrada da
Assistência em Saúde tem por objetivo organizar a rede de
serviços, dando transparência aos fluxos estabelecidos, e definir, a
partir de critérios e parâmetros pactuados, os limites financeiros
destinados à assistência da população própria e das referências
recebidas de outros municípios.
VI - Processo de Programação e Relação Intergestores - definição
das seguintes etapas no processo de programação:

a) Etapa Preliminar de Programação;


b) Programação Municipal;
c) Pactuação Regional; e
d) Consolidação da PPI Estadual.

§ 1º Estabelecer que, quando necessário, seja realizada a


programação interestadual, com a participação dos Estados e dos
municípios envolvidos, com mediação do gestor federal e aprovação
nas respectivas Comissões Intergestores Bipartite, mantendo
consonância com o processo de construção da regionalização.
PORTARIA GM/MS N.º 204/07
Monitoramento e Controle dos Recursos
Transferidos Fundo a Fundo

Art. 32 – A comprovação da aplicação dos recursos


repassados do Fundo Nacional de Saúde para os
fundos estaduais e municipais, far-se-á para o
Ministério da Saúde, por meio do Relatório de Gestão
Anual.
PORTARIA GM/MS N.º 3.085/06,
Sistema de Planejamento do SUS

ÖArt. 4º - Instrumentos básicos do processo de planejamento


nas três esferas de gestão do SUS.
- Plano de Saúde;
- Programação Anual em Saúde;
-Relatório de Gestão.

ÖOs instrumentos básicos do processo de planejamento


deverão ser compatíveis com os respectivos Planos Plurianuais
(PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e a Lei
Orçamentária Anual (LOA).

ÖAprova as orientações gerais sobre os instrumentos:


definição, estrutura, vigência, prazo de apresentação.
PORTARIA GM/MS N.º 3.332/06: Instrumentos
do Sistema de Planejamento do SUS.

PORTARIA GM/MS N.º 3.176/08: Orientações


acerca da elaboração, da aplicação e do fluxo
do Relatório Anual de Gestão.
- Municípios encaminham à CIB Resolução do
CMS aprovando o RAG até 31 de maio.
- CIB consolida informações e encaminha à CIT
até 30 de Junho.
PORTARIA GM/MS N.º 2.751/09:
Integra os prazos e processos de formulação dos
instrumentos do Sistema de Planejamento do SUS e
do Pacto pela Saúde.

Plano de Saúde,TCG e PDR – 4 anos (coincidem


com PPA);
Atualização de Plano e PDR pode ser anual;

PAS E RAG – anual.

TCG e anexos – revistos anualmente até 31/03.


PLANO DE SAÚDE
Ö O que é ?
Ö Para que serve?
Ö Qual sua estrutura básica ?
Ö Quando deve ser elaborado?
PLANO DE SAÚDE – O QUE É
Ö Produto resultante do processo de planejamento em
saúde (ascendente e participativo).
Ö Documento que apresenta as intenções e resultados
(objetivos e metas) a serem buscados no período de 4
anos, pelo gestor do SUS na sua respectiva esfera de
governo, definidos a partir de uma análise situacional.
Ö Descreve a situação de saúde do território e, a partir
dela, indica os problemas mais importantes, seus
determinantes e condicionantes (prioridades de
intervenção), o que vai ser feito para modificar a situação
problema (objetivos e metas) e como vai se chegar aos
objetivos propostos (estratégias).
PLANO DE SAÚDE – PARA QUE
SERVE
Ö Nortear as ações a serem desenvolvidas para a
efetivação das políticas de saúde, discutindo e enfrentando
as reais necessidades de saúde da população.

Ö Efetivar as propostas e diretrizes das Conferências de


Saúde. Para isto, as Conferências devem ser realizadas em
data anterior à elaboração do Plano de Saúde e do PPA –
Plano Plurianual.

ÖSubsidiar o PPA, a LDO e a LOA e a Programação Anual


de Saúde.
PLANO DE SAÚDE – ESTRUTURA
BÁSICA
1. Introdução;
2. Análise Situacional;
3. Definição de Compromissos Prioritários, Objetivos,
Diretrizes e Metas;
4. Estratégias de enfrentamento dos problemas de
saúde;
5. Conclusões e Anexos.
PLANO DE SAÚDE – PERIODICIDADE
E PRAZO
Elaboração: quadrienal (4 em 4 anos).
Elaborado até o final do primeiro ano de governo, com
discussão e aprovação no Conselho de Saúde.
A vigência deve ser igual a do PPA.

Revisão: as Prioridades, Objetivos, Metas e


Estratégias serão revisados anualmente quando da
elaboração da Programação Anual.
PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE

Ö O que é ?
Ö Para que serve?
Ö Qual sua estrutura básica ?
Ö Quando deve ser elaborada?
PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE/
O QUE É E PARA QUE SERVE ?
Ö É o “extrato anual” do Plano de Saúde, em que se
detalham as ações, metas e recursos financeiros para sua
operacionalização. É, portanto, o instrumento que
operacionaliza as intenções contidas no Plano de Saúde a
cada exercício financeiro.
ÖPermite a revisão anual/atualização do Plano de Saúde,
conforme a necessidade.
ÖSubsidia a elaboração do Relatório de Gestão, LDO e
LOA.
PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE –
ESTRUTURA BÁSICA
1. Compromissos Prioritários.
2. Objetivos.
3. Metas para o ano.
4. Indicadores para o monitoramento das metas.
5. Ações para o alcance dos objetivos e metas.
6. Responsáveis pelas ações e parcerias necessárias.
7. Recursos orçamentários necessários e fontes.
PROGRAMAÇÃO ANUAL DA SAÚDE-
PERIODICIDADE E PRAZO

Ö Elaboração: anual
Ö Apresentação para discussão e aprovação
pelo Conselho de Saúde: Maio
Ö A PAS e o RAG como instrumentos anuais
têm estrutura semelhante, sendo o primeiro
propositivo e o segundo analítico/indicativo.
RELATÓRIO DE GESTÃO DO SUS

Ö O que é ?
Ö Para que serve?
Ö Qual sua estrutura básica ?
Ö Quando deve ser elaborado?
RELATÓRIO DE GESTÃO – O QUE É
ÖÉ o instrumento que apresenta os resultados
alcançados com a execução do Programação Anual de
Saúde.
ÖProduto do monitoramento e avaliação dos objetivos
e metas estabelecidos no Plano de Saúde e na
Programação Anual de Saúde e da aplicação de
recursos financeiros (execução orçamentário-
financeira do ano).
RELATÓRIO DE GESTÃO – PARA
QUE SERVE

Ö Avaliar o cumprimento da Programação Anual de


Saúde (objetivos, metas, resultados alcançados e
ações desenvolvidas) do ano a que se refere o
Relatório.
Ö Subsidiara elaboração da Programação de Saúde
para o ano subseqüente e a revisão dos objetivos e
das metas do Plano de Saúde.
RELATÓRIO DE GESTÃO DO SUS –
ESTRUTURA BÁSICA
Apresentação;
1. Introdução;
2. Resultado da apuração do cumprimento do
conjunto das ações e metas contido na PAS;
3. Análise da execução da programação (física e
orçamentária/financeira) (SIOPS);
4. Recomendações/Conclusões.
Sistema de Planejamento do SUS

• Aspectos normativos:

– Portaria Nº 3.085, de 1º de dezembro de 2006 (Regulamenta o


Sistema de Planejamento do SUS).

– Portaria N.º 3.332, de 28 de dezembro de 2006 (Aprova


orientações gerais relativas aos instrumentos do Sistema de
Planejamento do SUS).
Art. 2o- Definir como Plano de Saúde o instrumento básico que, em cada esfera
de gestão, norteia a definição da Programação Anual das ações e serviços de
saúde, assim como da gestão do SUS.

§ 1o- O Plano de Saúde apresenta as intenções e os resultados a serem


buscados no período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas.

§ 2o- O Plano de Saúde, como instrumento referencial no qual devem estar


refletidas as necessidades e peculiaridades próprias de cada esfera, configura-se
a base para a execução, o acompanhamento, a avaliação e a gestão do sistema
de saúde.

§ 3o- O Plano deve, assim, contemplar todas as áreas da atenção à saúde, de


modo a garantir a integralidade desta atenção;

§ 4o- No Plano devem estar contidas todas as medidas necessárias à execução e


cumprimento dos prazos acordados nos Termos de Compromissos de Gestão;
§ 5o- A elaboração do Plano de Saúde compreende dois momentos, a saber:

I - o da análise situacional; e

II - o da definição dos objetivos, diretrizes e metas para o período de quatro anos.

§ 6o- A análise situacional e a formulação dos objetivos, diretrizes e metas têm


por base os seguintes eixos:

I - condições de saúde da população, em que estão concentrados os


compromissos e responsabilidades exclusivas do setor saúde;

II - determinantes e condicionantes de saúde, em que estão concentradas


medidas compartilhadas ou sob a coordenação de outros setores, ou seja, a
intersetorialidade; e

III - gestão em saúde.

§ 7o- O Plano de Saúde deve ser submetido à apreciação e aprovação do


Conselho de Saúde respectivo.
Art. 3o- Definir como Programação Anual de Saúde o instrumento que operacionaliza
as intenções expressas no Plano de Saúde, cujo propósito é determinar o conjunto de
ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como da gestão do
SUS.
§ 1o- A Programação Anual de Saúde deve conter:
I - a definição das ações que, no ano específico, irão garantir o alcance dos objetivos e
o cumprimento das metas do Plano de Saúde;
II - o estabelecimento das metas anuais relativas a cada uma das ações definidas;
III - a identificação dos indicadores que serão utilizados para o monitoramento da
Programação; e
IV - a definição dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento da
Programação.
§ 2o- A Programação Anual de Saúde congrega - de forma sistematizada, agregada e
segundo a estrutura básica constante do §1oprecedente - as demais programações
existentes em cada esfera de gestão.
§ 3o- O horizonte temporal da Programação Anual de Saúde coincide com o período
definido para o exercício orçamentário e tem como bases legais para a sua elaboração
a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.
Art. 4o- Definir como Relatório Anual de Gestão o instrumento que apresenta os
resultados alcançados com a execução da Programação Anual de Saúde e orienta
eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários.

§ 1o- Os resultados alcançados são apurados com base no conjunto de indicadores,


definidos na Programação para acompanhar o cumprimento das metas nela fixadas.

§ 2o- O Relatório Anual de Gestão deve ser elaborado na conformidade da


Programação e indicar, inclusive, as eventuais necessidades de ajustes no Plano de
Saúde.

§ 3o- Em termos de estrutura, o Relatório deve conter:

I - o resultado da apuração dos indicadores;

II - a análise da execução da programação (física e orçamentária/financeira); e

III - as recomendações julgadas necessárias (como revisão de indicadores,


reprogramação
etc.).

§ 4o- Esse Relatório é também instrumento das ações de auditoria e de controle.


§ 5o- A elaboração do Plano de Saúde compreende dois momentos, a saber:
I - o da análise situacional; e
II - o da definição dos objetivos, diretrizes e metas para o período de quatro anos.
§ 6o- A análise situacional e a formulação dos objetivos, diretrizes e metas têm por
base os seguintes eixos:
I - condições de saúde da população, em que estão concentrados os compromissos
e responsabilidades exclusivas do setor saúde;
II - determinantes e condicionantes de saúde, em que estão concentradas medidas
compartilhadas ou sob a coordenação de outros setores, ou seja, a
intersetorialidade; e
III - gestão em saúde.
§ 7o- O Plano de Saúde deve ser submetido à apreciação e aprovação do Conselho
de Saúde respectivo.

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