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SUBSISTEMA DE GESTÃO DE TRIBUTOS

A base para a existência desse subsistema está na grande quantidade de impostos, taxas
e contribuições existentes no país. As bases de cálculo e as formas de tributação também se
apresentam de muitas maneiras.
Adicionam-se a esses fatores as inúmeras possibilidades de exceções tributárias, como
isenções, suspensões, não incidências, não tributações etc., o que torna necessário um
detalhamento eficaz dos tipos de bases de cálculo (despesas, receitas, resultados, saídas,
entradas etc.), de modo a permitir um gerenciamento eficaz dos impostos gerados pela empresa,
buscando a otimização e a redução do impacto financeiro ocasionado por eles.
Complementarmente, as necessidades informacionais do Balanço Social têm exigido
acuracidade nas informações dos impostos e contribuições geradas pela empresa.
Em linhas gerais, e tendo em vista a magnitude mais comum para as empresas, podemos
seccionar esse subsistema em quatro grandes blocos de informações, considerando os diversos
tipos de impostos e contribuições:
a) Impostos e contribuições sobre mercadorias;
b) Impostos e contribuições sobre o lucro;
c) Contribuições sobre a folha de pagamento;
d) Outros impostos, taxas e contribuições.

21.1 OBJETIVOS DO SUBSISTEMA DE GESTÃO DE TRIBUITOS


O principal objetivo desse subsistema é apresentar as informações relativas às bases de
cálculo sobre as quais os impostos foram gerados e, também, quais as bases de cálculo que
normalmente seriam objeto de tributação, mas que, pelas exceções tributárias, não tiveram a
incidência dos impostos, taxas e contribuições.
Os objetivos principais são os seguintes:
a) Informar as vases de cálculo de incidência dos tributos;
b) Informar as exceções das bases de cálculo dos tributos;
c) Permitir a gestão operacional dos tributos, na busca do impacto mínimo para a
empresa;
d) Permitir a visão do impacto dos tributos sobre todos os estabelecimentos da empresa,
e das empresas do grupo corporativo;
e) Possibilitar o acompanhamento sistemático dos impostos a recuperar, dos créditos
tributários pendentes (regulares e contenciosos) e dos impostos parcelados;
f) Dar informações para o Balanço Social.

21.2 ATRIBUTOS E FUNÇÕES


A principal função do administrador desse subsistema é identificar com clareza e
precisão as informações relevantes que serão utilizadas pelos usuários das saídas desse
subsistema. A importância dessa função está em que as informações geradas pelo subsistema,
após coleta e processamento dos dados de outros subsistemas, devem estar no grau adequado
de síntese.
Apresentar todas as bases de cálculo resultará em relatórios longos, que dificultarão o
processo de gestão. Sintetização em demasia não permitirá uma gestão adequada. Há que se
fazer uma condensação suficiente para a tomada de decisão e a ação.

21.3 OPERACIONALIDADES DO SISTEMA


Operacionalidade básica é a alimentação automática do sistema. Como o volume de
informações geradas sobre os impostos é muito grande, esse subsistema deve ter na integração
e no interfaceamento abrangente sua principal operacionalidade.
Outra operacionalidade é um processo inteligente de indexação e cálculo de juros
moratórios, tendo em vista que os tributos podem ser objeto de recuperação por vários períodos,
ao mesmo tempo que nos casos de parcelamento de tributos os pagamentos sofrem o processo
de adição de juros e multas pela postergação do vencimento.

21.4 INTEGRAÇÕES COM OUTROS SUBSISTEMAS


O subsistema, em suas quatros grandes áreas, deve ser totalmente integrado com os
sistemas operacionais ou contábeis que geram as informações de base de cálculo ou exceções
da base de cálculo, bem como dos valores recolhidos, a recolher ou a recuperar.
Apresentamos na Figura 21.1 as integrações com os outros subsistemas. Para as quatro
áreas desse subsistema.
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SUBSISTEMA DE ANÁLISE FINANCEIRA E DE BALANÇO

Esses subsistemas têm sido apresentados dentro do próprio subsistema de Contabilidade


Geral, ou, quando isso não é possível, por meio de subsistemas operacionalizados por planilhas
eletrônicas.
O importante é a sistematização desse tipo de análise, pois é a ferramenta principal de
análise da Contabilidade Gerencial, de cunho de gestão global de companhia.
Como são necessárias as análises financeira e de balanço, tanto para dados em moeda
corrente, como para dados em outras moedas, entendemos necessário um subsistema específico,
que permita integridade, flexibilidade e operacionalização ao longo do tempo. Esse subsistema
deve ter características próximas de um DSS – sistema de suporte à decisão.
Dentro do subsistema de Análise Financeira, consideramos necessário:
a) Fluxo de caixa;
b) Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos;
c) Demonstração das Movimentações do Capital e dos Investimentos.

Dentro do subsistema de Análise de Balanço, considerando necessário:


a) Análise Vertical e Horizontal;
b) Indicadores de Análise de Balanço;
c) Análise de Rentabilidade;
d) Análise de Valor Patrimonial e das Ações;
e) Análise de Valor da Empresa.

22.1 OBJETIVOS DO SUBSISTEMA DE ANÁLISE FINANCEIRA E DE BALANÇO


Os objetivos são os seguintes:
a) Permitir uma visão geral da empresa, para avaliação de sua solidez, capacidade de
pagamento, liquidez financeira e adequação da rentabilidade;
b) Permitir uma análise de tendência de todos os indicadores;
c) Permitir uma visão do potencial da empresa, em termos de fluxo futuro de lucros e
caixa;
d) Permitir uma avaliação constante do valor da empresa, em termos de fluxo de lucros
e caixa;
e) Permitir uma avaliação constante do valor da empresa, para acompanhamento de
sua imagem no mercado financeiro e de investimentos.

22.2 ATIBUIÇÕES E FUNÇÕES


A função desse sistema é possibilitar o monitoramento da empresa vista de seu conjunto
patrimonial e de resultados, em relação aos diversos mercados em que ela atua.
As atribuições da administração do sistema estão ligadas ao questionamento constante
da validade dos indicadores a ao processo de adaptação desses indicadores, relatórios, conceitos
de avaliação em cima das mudanças ocorridas dentro da empresa e dos mercados de
investimento, bem como das tendências teóricas financeiras de avaliação de empreendimentos
negociais.

22.3 OPERACIONALIDADES DO SISTEMA


Esses subsistemas têm como referencial operacional um enorme grau de flexibilidade
no tratamento matemático das informações. Como os dados do sistema são em geral, de
natureza sintética e permanentemente significativos ao longo do tempo, por sua generalidade,
o trabalho com muitos períodos é interessante.

QUANTIDADE DE PERÍODOS PASSADOS


Pela natureza financeira das informações, é desejável que os dados desses sistemas
estejam disponíveis por muitos anos. Assim, os movimentos mensais de 20 ou 30 anos atrás, se
existirem, devem ser incorporados aos sistemas e mantidos.

PERÍODOS FUTUROS
Deve haver flexibilidade para incorporação de períodos futuros, como os períodos já
constantes das projeções e dos planos orçamentários. O subsistema deve permitir base para
utilização desses períodos na forma de simulação.

PROCESSO REGENERATIVO E DE INDEXAÇÃO


Por trabalhar com análise em mais de uma moeda, é necessária a operacionalidade de
se reformular todo o banco de dados, quando variações abruptas ou outras ocorrências com as
moedas acontecerem.
Deve haver facilidade e flexibilidade para transformação em outros padrões monetários,
com todo o banco de dados dos períodos passados e futuros.

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