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Apostila Instalacoes Prediais 2006
Apostila Instalacoes Prediais 2006
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................3
I - INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA..............................................................................................................4
1) ABASTECIMENTO DA EDIFICAÇÃO E RESERVAÇÃO DE ÁGUA .......................................................................4
1.1) Abastecimento da Edificação ...............................................................................................................4
1.2) Reservação ...........................................................................................................................................5
2) BARRILETES E PRUMADAS DE DISTRIBUIÇÃO.............................................................................................15
2.1) Barriletes............................................................................................................................................15
2.2) Prumadas de Distribuição .................................................................................................................15
3) RAMAIS DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA ....................................................................................................22
4) MATERIAIS EMPREGADOS ....................................................................................................................26
5) DIMENSIONAMENTO DE ENCANAMENTOS ............................................................................................27
5.1) Parâmetros de dimensionamento .......................................................................................................27
II - INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE ...................................................................................................40
1) MODALIDADES DE AQUECIMENTO .......................................................................................................40
2) TIPOS DE AQUECEDORES .....................................................................................................................43
2.1) Aquecimento Elétrico ........................................................................................................................43
2.2) Aquecimento à Gás ............................................................................................................................44
2.3) Aquecimento Solar ............................................................................................................................44
3) ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO ....................................................................................................45
3.1) Sistemas Individuais...........................................................................................................................45
3.2) Sistema Central Privado ....................................................................................................................45
3.3) Sistema Central Coletivo....................................................................................................................46
4) RAMAIS INTERNOS E DIMENSIONAMENTO DE ENCANAMENTOS ...........................................................46
5) MATERIAIS EMPREGADOS ....................................................................................................................47
III – INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO E PÂNICO...............................53
1) INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................53
2) LEGISLAÇÃO ..............................................................................................................................................53
3) CLASSIFICAÇÃO DE EDIFICAÇÕES E DE ÁREAS DE RISCO .....................................................................55
4) EXIGÊNCIAS PARA MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO CONFORME O TIPO DA EDIFICAÇÃO ......59
4.1) Edificações Residenciais (Grupo A)...................................................................................................67
4.2) Edificações Comerciais (Grupo C) ....................................................................................................67
4.3) Edificações Industriais (Grupo I).......................................................................................................67
5) DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIAS .................................................................................................................68
6) PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA APROVAÇÃO DE PROJETOS .....................................................70
7) ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO .......................................................................................................71
7.1) Características Mínimas das Vias de Acesso.....................................................................................71
7.2) Características Mínimas das Faixas de Estacionamento...................................................................72
8) SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES ..............................................................................................................72
9) SEGURANÇA ESTRUTURAL DAS EDIFICAÇÕES ............................................................................................73
10) COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL ................................................76
11) SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ..........................................................................................................................80
11.1) Acessos .............................................................................................................................................80
11.2) Rampas.............................................................................................................................................87
11.3) Portas Corta-Fogo ...........................................................................................................................87
11.4) Escadas Comuns e Enclausuradas...................................................................................................88
11.5) Corrimãos e Guarda-Corpo.............................................................................................................90
11.6) Elevadores de Emergência...............................................................................................................92
12) MEIOS DE PREVENÇÃO, PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO ...................................................................92
12.1) Dispositivos e Equipamentos ...........................................................................................................93
12.1.1) Unidades Extintoras Manuais .......................................................................................................93
12.1.2) Unidades Extintoras Automáticas ...............................................................................................103
12.1.3) Outros Elementos Componentes do Sistema de Proteção Contra Incêndio................................104
13) MATERIAIS EMPREGADOS NA REDE HIDRÁULICA ..................................................................................104
14) SIMBOLOGIA ..........................................................................................................................................104
IV - INSTALAÇÕES DE GÁS COMBUSTÍVEL ......................................................................................110
1) TIPOS DE GÁS USADOS PARA CONSUMO DOMÉSTICO ................................................................................110
1.1) Gás encanado...................................................................................................................................110
1.2) Gás engarrafado ..............................................................................................................................110
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INTRODUÇÃO
Conforto, funcionalidade e beleza estética. Sobre este tripé
deveriam se assentar as concepções das edificações em geral.
Infelizmente este foco foi perdido em inúmeras construções de
nossa época, marcadas pelo exagero da importância estética em
detrimento das demais necessidades dos edifícios.
A arquitetura do final de século procura resgatar estes
valores essenciais, aliando arte à técnica que envolve a complexa
rede de utilidades agregada aos edifícios, proporcionando hoje as
mais variadas facilidades aos usuários. Do perfeito casamento
entre os objetivos estéticos e funcionais nasce uma sociedade mais
feliz dentro dos espaços que ocupa, perfeitamente integrada aos
acessos à tecnologia moderna e que pode, ao mesmo tempo, desfrutar
da beleza criativa do artista.
Historicamente as instalações prediais têm sido consideradas
como de importância secundária no desenvolvimento dos projetos
arquitetônicos residenciais e comerciais. Esta visão levou-nos a
soluções improvisadas para os sistemas de utilidades gerais nos
edifícios, na maioria das vezes desconectadas da participação do
arquiteto. Se estes procedimentos eram de alguma forma aceitáveis
num passado próximo, hoje mostram-se totalmente inadequados às
construções modernas. O acelerado desenvolvimento tecnológico em
todo o mundo trouxe-nos uma avalanche de novos aparelhos e
equipamentos com necessidades bem específicas, que invadiram
nossas casas e nossos escritórios. Mais do que símbolos de status,
tornaram-se imprescindíveis para a vida do homem moderno. Os
antigos modelos arquitetônicos não mais condizem com esta
realidade que nos apresenta. Urge reconhecer essas novas
necessidades para que possamos criar espaços mais dinâmicos e
flexíveis, não sujeitos às deformações posteriores produzidas
pelas improvisações. Uma análise mais abrangente do mal que
acomete inúmeras instalações condenadas por mau funcionamento,
fatalmente apontará como causa original, defeitos em concepções
arquitetônicas que impediram as soluções ideais para as
instalações.
Este trabalho é destinado aos membros da comunidade técnica
que participam de quaisquer atividades relacionadas com as
edificações em geral. Pretende-se aqui, fornecer ao leitor uma
rápida compreensão dos sistemas de abastecimento de água fria e
quente, de prevenção e combate à incêndio, gás GLP e esgotos
sanitário/ pluvial que permitam ao profissional definir as
melhores opções para o seu projeto, prevendo espaços que atendam
às necessidades básicas de cada instalação.
O entendimento da importância destas redes no desempenho
final do edifício, é o primeiro passo no sentido de conciliar
soluções que sejam ao mesmo tempo esteticamente adequadas e
comprometidas com o bom funcionamento das instalações.
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1.2) Reservação
Existe hoje uma enorme gama de produtos e modelos de reservatórios elevados, para
escolha do arquiteto. O que proporcionou essa variedade foi o grande avanço
tecnológico no desenvolvimento de novos materiais mais leves, mais resistentes, mais
duráveis e com capacidade de preservar a água com excelente padrão de
potabilidade. A seleção do tipo mais adequado para ser aplicado em seu projeto
dependerá do volume necessário de reservação, do grau de pureza da água a ser
armazenada, do local de implantação, do efeito estético desejado e de outros fatores
condicionantes de projeto.
Como existem hoje alternativas de reservatórios pré-fabricados de volumes muito
maiores que os disponíveis antigamente, podemos adota-los inclusive em edifícios
residenciais multifamiliares ou comerciais, onde se exige uma reserva maior de água.
As soluções para implantação de reservatórios elevados podem passar pela simples
previsão de um espaço sobre as coberturas dos prédios, onde tenha-se fácil acesso e
área confortável para a circulação de pessoas em todo o contorno da caixa d’água,
tornando assim as visitas para inspeções gerais, manutenções e operações de
limpeza muito mais fáceis para os usuários.
É possível a previsão de duas ou mais caixas trabalhando em paralelo, interligadas
hidraulicamente através de tubulações. Essa solução pode ser conveniente quando se
tem muita disponibilidade de área e pouca de altura ou mesmo para facilitar o
trabalho de elevação do reservatório até a cobertura, pois é mais fácil içar mais de
uma caixa de tamanhos menores do que uma única de grande volume.
Recomendamos entretanto, que o número de reservatórios não seja excessivo pois
essa opção implica em soluções hidráulicas mais, complexas e mais caras, além de
dificultar as operações de limpeza e oferecer mais riscos de vazamentos, já que os
arranjos hidráulicos conterão um número muito maior de conexões e registros (deve-
se prever o isolamento de um reservatório para limpeza ou reparos sem a interrupção
de funcionamento dos outros).
Segue abaixo uma relação de alguns tipos de caixas d’água encontradas no
comércio.
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Na página seguinte você poderá conferir alguns modelos dos reservatórios citados
neste tópico.
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Serviço doméstico
Apartamentos per capta 200
Apartamentos de Luxo por dormitório 300 a 400
por quarto de empregada 200
Residência de luxo per capta 300 a 400
Residência de médio valor per capta 150
Residências populares per capta 120 a 150
Alojamentos provisórios de obra per capta 80
Apartamento de zelador 60 a 1.000
Serviço Público
Edifícios de escritórios por ocupante efetivo 50 a 80
Escolas, internatos per capta 150
Escolas, externatos por aluno 50
Escolas, semi-internato por aluno 100
Hospitais e casas de saúde por leito 250
Hotéis com cozinha e lavanderia por hóspede 250 a 350
Hotéis sem cozinha e lavanderia por hóspede 120
Lavanderias por kg de roupa seca 30
Quartéis por soldado 150
Cavalariças por cavalo 100
Restaurantes por refeição 25
Mercados por m2 de área 5
Garagens e postos serviços por automóvel 100
por caminhão 150
Rega de jardins por m2 de área 1,5
Cinemas, teatros por lugar 2
Igrejas por lugar 2
Ambulatórios per capta 25
Creches per capta 50
Serviço Industrial
Fábricas (uso pessoal) por operário 70 a 80
Fábricas com restaurante por operário 100
Usinas de leite por litro de leite 5
Matadouros por animal abatido 300
(de grande porte)
Matadouros idem de pequeno porte 150
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2.1) Barriletes
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(prumadas) de uso comum do edifício, que passam dentro do imóvel. Paredes ou shaft´s
contendo essas tubulações não poderão ser demolidos.
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Cuidar para que não ocorram passagens de água quente para as tubulações de
água fria. Estas ocorrências danificam as tubulações plásticas utilizadas nos
sistemas de água fria, gerando vazamentos. Isto pode ser evitado com: projetos
que garantam pressões equilibradas nos dois sistemas de distribuição (água fria e
quente); o uso de registros para manobras de duchas higiênicas ao invés de
gatilhos; colocação de válvulas de retenção nas tubulações de água fria, próximas
aos pontos sujeitos à mistura.
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4) Materiais Empregados
Os materiais mais comumente utilizados para instalações de água fria são o PVC
rígido, o cobre e os modernos tubos plásticos flexíveis.
Para as tubulações de PVC rígido, existe a opção das linhas soldável e roscável.
O PVC roscável só é indicado para instalações provisórias (canteiros de obra, por
exemplo) ou onde se necessite maior resistência a esforços mecânicos externos.
Tubulações de ferro galvanizado, muito utilizadas no passado, perderam espaço
para as tubulações plásticas, que possuem maior vida útil, além de serem resistentes
à corrosão, menos sujeitos à incrustações e terem um custo mais baixo. O cobre
também tem sido utilizado em instalações de água fria, principalmente em prumadas e
barriletes.
Os tubos plásticos flexíveis (tubos “Pex”) são o que há de mais avançado em
termos de materiais para distribuição de água fria e quente. Só são fabricados em
pequenos diâmetros, o que restringe sua aplicação apenas nos edifícios com caixas
de descarga nas bacias sanitárias. São próprios para utilização em instalações
aparentes (em paredes tipo “dry wall” e entreforros falsos, por exemplo). Possibilitam
soluções inovadoras para os ramais de distribuição interna, praticamente eliminando
os cortes em alvenarias para embutimento de tubulações conforme é feito nos
métodos convencionais de execução.
A pressão máxima de serviço admitida para os tubos de PVC das linhas prediais
é de 75 m.c.a.
É importante ressalvar que a NBR limita a pressão estática máxima para qualquer
ponto da rede de distribuição em 40 m.c.a.
O grande desafio da atualidade está na substituição das tradicionais bacias
sanitárias com válvulas de descarga, por bacias com caixas de descarga (acopladas
ou não). Existe no Brasil, uma questão cultural, que impede a adoção destas bacias
de forma maciça, como já acontece em países mais desenvolvidos. As vantagens da
caixa de descarga sobre as válvulas são inúmeras, podendo citar dentre elas:
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Comparando-se o custo isolado das bacias com caixa acoplada com o custo da
bacia convencional + válvula de descarga, concluímos que são praticamente
iguais. Apesar disto, o custo inicial de implantação das instalações com caixas de
descarga são mais baixos, devido à redução significativa dos diâmetros das
tubulações de alimentação geral e distribuição.
5) Dimensionamento de Encanamentos
5.1.1) Vazão
V ⎡m3 ⎤ ⎡l⎤
Q= ⎢ ⎥ ou ⎢ ⎥
t ⎣s⎦ ⎣ s⎦
Onde: V = volume de líquido que passa por uma seção transversal da tubulação
t = intervalo de tempo transcorrido durante a passagem do líquido na
tubulação
⎡l⎤
Equação 1 Q = 0,30 P ⎢s⎥ ,
⎣ ⎦
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5.1.2) Velocidade
Q = vazão em m3/s
A = área da seção transversal do tubo em m2
v = velocidade em m/s.
Para uma dada vazão Q, teremos A . v = constante.
Onde:
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Q = vazão [ m3/s ]
C = coeficiente de rugosidade
d = diâmetro interno [ m ]
J = perda de carga unitária [ m/m ]
v = velocidade [ m/s]
Seguem abaixo alguns valores que poderão ser adotados para o coeficiente C:
5.1.4) Pressão
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5.1.5) Pesos
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Diâmetro Diâmetro
Nominal Nominal Cot Coto Cur Cur Te Te Registro
Tubulação Tubulação ove velo va va passagem passagem de gaveta
PVC de cobre lo 45o 90o 45o direta lateral aberto
90o
20 15 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3 0,1
25 22 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4 0,2
32 28 1,5 0.7 0,6 0,4 0.9 3,1 0,3
40 35 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6 0,4
50 42 3,2 1,0 1,2 0,6 2,2 7,3 0,7
60 54 3,4 1,3 1,3 0,7 2,3 7,6 0,8
75 66 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8 0,9
85 80 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8,0 0,9
110 100 4,3 1,9 1,6 1,0 2,6 8,3 1,0
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φ 20 φ 17 φ 1/2”
φ 25 φ 22 φ 3/4”
φ 32 φ 28 φ 1”
φ 40 φ 35 φ 1. 1/4”
φ 50 φ 44 φ 1. 1/2”
φ 60 φ 54 φ 2”
φ 75 φ 66 φ 2. 1/2”
φ 85 φ 75 φ 3”
φ 110 φ 100 φ 4”
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Exercício:
a) Dimensionar a coluna de água fria da figura, que alimenta 1 vaso sanitário com
válvula de descarga em cada pavimento.
8m
Reservatório Superior
A
RG
T
3,0 m
1,20 m
B
VS
3,0 m
C
VS
3,0 m
D
VS
3,0 m
E
VS
3,0 m
F
VS
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CD 96 2.94 44 1,93 50
DE 64 2,4 44 1,58 50
EF 32 1,70 35 1,77 40
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1) Modalidades de Aquecimento
Aquecimento central privado (fig 06) : feito para suprir vários aparelhos de
vários cômodos de uma mesma unidade consumidora, como por exemplo
aquecedores elétricos tipo boilers (reservatórios cilíndricos) ou aquecedores à gás
em apartamentos.
Aquecimento central coletivo (fig. 07) : feito para suprir vários aparelhos em
mais de uma unidade consumidora, como por exemplo as caldeiras (elétricas, a
gás ou a vapor) e os sistemas coletivos de aquecimento solar, a partir de unidades
de aquecimento instaladas nas coberturas dos edifícios.
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2) Tipos de Aquecedores
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outras modalidades, tornando este tipo de aquecimento bem atraente para o usuário
final.
O aquecimento solar é sempre do tipo central, seja individual ou coletivo,
exigindo assim um armazenador térmico. O dimensionamento do reservatório faz-se a
partir consumo por pessoa por dia e também nas vazões de cada aparelho de
utilização. O sistema se baseia no aquecimento da água fria que passa pelas placas
captoras da energia solar, normalmente localizadas nas coberturas dos edifícios, indo
em seguida para o reservatório. Cada m² de placa aquece em média de 100litros/dia.
Os seguintes consumos médios podem ser considerados:
Uso em banheiro ................................................... 50 litros/ banho/ pessoa
Banheira convencional (para 1 pessoa 1 vez por dia)...................150 litros
Cozinha (uso moderado) ........................................................100 litros / dia
As posições das placas que levarão aos maiores aproveitamentos energéticos
variam de local para local, em função da orientação do norte geométrico (ou
verdadeiro). Em Belo Horizonte está a 18º a leste do Norte Magnético. A inclinação
ideal das placas é a da latitude local + 10º, sendo no mínimo de 10º.
Os desníveis entre os armazenadores térmicos e a caixa d’água variam entre
um mínimo de 20cm e um máximo 7m. Os desníveis entre a face inferior do
armazenador e a superior das placas variam entre 20cm e 4m.
Não demanda previsão de espaços internos, já que todos os componentes do
sistema localizam-se nas coberturas.
3) Armazenamento e Distribuição
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Cuidado especial deve ser tomado com relação ao retorno de água quente pela
tubulação de água fria, principalmente nos misturadores de aparelhos acionados por
gatilhos, como por exemplo, alguns tipos de duchas higiênicas.
5) Materiais Empregados
Os materiais mais utilizados nas tubulações de água quente são o cobre, o aço
galvanizado e mais recentemente o PVC para água quente.
O aço galvanizado possui vida útil curta pois é altamente corroído pela água
quente, não sendo recomendada a sua utilização.
As tubulações de PVC surgem como a grande revelação dos últimos tempos.
Ainda não têm sido amplamente utilizadas, até mesmo por serem as mais novas no
gênero. Do ponto de vista de vida útil, qualquer consideração é prematura tendo em
vista o próprio tempo de observação que ainda é curto.
O material mais utilizado continua sendo indiscutivelmente o cobre, que resiste
bem a altas temperaturas por muitos anos.
Seja qual for a opção de material, as tubulações devem ser sempre isoladas
termicamente, para se reduzir perdas de calor no transporte da água até os pontos de
consumo. O isolamento poderá ser feito, por exemplo, com calha de isopor ou
argamassa de vermiculita (em tubulações embutidas) ou com lã de vidro envolvida em
folha de alumínio (em tubulações aparentes).
Em trechos de tubulações muito longos, é recomendável a previsão de
dispositivos que permitam à dilatação térmica, evitando-se assim o aparecimento de
esforços mecânicos. Quando projetadas “liras” em prumadas verticais, as mesmas
devem ser executadas nos espaços de entreforro existentes nos banheiros.
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AQUECIMENTO SOLAR
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2) Legislação
Para o Estado de Minas Gerais, as instalações de prevenção e combate a
incêndio e pânico deverão estar de acordo com o previsto no Decreto 43.805 de 17
de maio de 2004, que regulamentou a Lei 14.130 de 19 de dezembro de 2001. O
Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais –CBMMG - é o responsável por garantir
o cumprimento das ações de trata o Decreto, que tem como objetivos:
1. Proporcionar condições de segurança contra incêndio e pânico aos
ocupantes das edificações e áreas de risco, possibilitando o abandono
seguro e evitando perdas de vida.
2. Minimizar os riscos de eventual propagação do fogo para edificações e
áreas adjacentes, reduzindo danos ao meio ambiente e patrimônio.
3. Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e pânico.
4. Dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros
Militar.
5. Garantir as intervenções de socorro de urgência.
Basicamente o CBMMG analisa e aprova a documentação que contém os
elementos formais das medidas de proteção contra incêndio e pânico de edificações
ou áreas de risco (PSCIP – processo de segurança contra incêndio e pânico), planeja
e estuda medidas de proteção, faz vistorias para verificação do cumprimento das
exigências das medidas de segurança contra incêndio, fiscaliza, multa e interdita.
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Chuveiros Automáticos x x
NOTAS ESPECÍFICAS:
1 – A compartimentação vertical será considerada para as fachadas e selagens dos
shafts e dutos de instalações
2 – Poderá ser substituído por controle de fumaça e chuveiros automáticos, exceto
para as compartimentações da fachada e selagens dos shafts e dutos de instalações;
e
3 – Recomendado para acesso de viaturas do CBMMG ao hidrante de recalque;
4 – Obrigatório o uso de hidrantes.
NOTAS GENÉRICAS:
Os locais destinados a laboratórios devem ter proteção em função dos produtos
utilizados.
A área a ser considerada para definição das exigências é a “área total da edificação”,
podendo ser subdividida se os riscos forem isolados.
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5) Definições e Terminologias
Para efeito do Decreto n˚ 43.805 e das Instruções Técnicas que o
complementam aplicam-se muitas definições. Selecionamos algumas para inserir
neste trabalho. Recomendamos, entretanto, que o leitor consulte o próprio Decreto e a
IT – 02 (Terminologia de Proteção Contra Incêndio e Pânico) que contempla 460
definições para os termos usados nas instruções.
• Altura da edificação – é a medida em metros entre o ponto que
caracteriza a saída ao nível de descarga (nível térreo, 2º pavimento ou
pilotis, desde que haja acesso dos usuários ao exterior da edificação),
sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao piso do
último pavimento, excluindo o ático, casa de máquinas, barriletes,
reservatórios d’água, pavimento superior da cobertura (duplex) e
assemelhados.
• Área construída – é a somatória das áreas cobertas de uma edificação,
em metros quadrados.
• Área do pavimento – área calculada a partir das paredes externas, em
metros quadrados.
• Aspersor – dispositivo usado nos chuveiros automáticos ou sob
comando, para aplicação de agente extintor.
• Brigada de Incêndio – grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não,
treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono da
edificação, combate a um primeiro incêndio e prestar os primeiros
socorros, dentro de uma área preestabelecida.
• Capacidade Extintora – medida do poder de extinção de fogo de um
extintor, obtida em ensaio prático normalizado.
• Carga de Incêndio – soma das energias caloríficas possíveis de serem
liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis
contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias,
pisos e tetos.
• Chuveiro automático – dispositivo destinado a projetar água em forma
de chuva, dotado de elemento sensível à elevação de temperatura.
• Como construído (“as buit”) – documentos, desenhos ou plantas do
sistema, que correspondem exatamente ao que foi executado pelo
instalador.
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11.1) Acessos
É o caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor,
constituindo a rota de saída horizontal (rota de fuga), para alcançar a escada ou
rampa, área de refúgio ou de descarga para saída do recinto (ou do edifício).
Passagens, corredores, vestíbulos, antecâmaras, balcões, varandas e terraços podem
constituir os acessos.
Será proibido intercalar balcões, mostruários, bilheterias, pianos ou outros
móveis, orquestras, barreiras, correntes ou a existência de qualquer obstrução que
diminua a largura útil do trajeto nos corredores, passagens, salas, pátios, vestíbulos,
ou área de qualquer tipo, que sirva de saída para via pública.
A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas e outros, é dada
pela seguinte fórmula:
N = P/C
Onde:
N : número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro maior.
P: população, conforme coeficiente da tabela 4 do Anexo
C: capacidade da unidade de passagem conforme tabela 4 do Anexo.
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11.2) Rampas
• Não serão permitidas rampas externas com inclinação maior que 10% (1:10).
• As rampas internas devem ter inclinação máxima de 10% em edificações de
ocupações A, B, E, F e H. Nas ocupações D e G a inclinação é máxima de
10% quando a saída é em rampa ascendente. Saídas descendentes nas
ocupações D e G podem ter rampa de até 12,5% (1:8). Nas ocupações C, I e J
a rampa máxima admitida é de 12,5%.
• A largura mínima das rampas deve ser calculada como o já estabelecido para
os acessos (através do número de unidades de passagem). Quando em
ocupações em que sejam admitidas rampas de mais de 10% em ambos os
sentidos, o sentido da saída for ascendente, deve ser dado um acréscimo de
25% na largura calculada.
• O piso das rampas deve apresentar condições antiderrapantes e
permanecerem antiderrapantes com o uso.
• As rampas devem ser dotadas de guardas, corrimãos, sinalização e iluminação
de emergência.
• Os patamares devem ter comprimento mínimo de 1,10 m medidos na direção
do trânsito e são obrigatórios nas mudanças de direção ou quando a altura a
ser vencida ultrapassar 3,70 m.
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Seguem abaixo algumas disposições da NBR 9077/93, que dispõe sobre os critérios
para escadas comuns.
Campo de Aplicação
Conceitos
a) Condição antiderrapante:
b) Largura:
• A largura da escada deve ser proporcional ao número de pessoas que por ela
devam transitar em caso de emergência, sendo o mínimo o previsto em
legislação municipal própria, podendo ter largura mínima de até 0,90 m se a
população usuária não exceder a 50 pessoas (de acordo com a IT-08, escadas
secundárias, não destinadas a saída de emergência atendendo a mezaninos e
áreas privativas de qualquer edificação, poderão ter no mínimo 80 cm de
largura, desde que a população seja inferior a 20 pessoas, com altura da
escada não superior a 3,70m);
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• Altura “h” compreendida entre 0,16 m e 0,18 m, com tolerância de 0,05 cm;
A largura será dimensionada pela fórmula de Blondel: 63cm ≤ (2h +b) ≤ 64cm,
onde, h = altura do degrau (entre 16 e 18cm)
b= largura do degrau
• Pisos dos degraus e patamares serão revestidos com materiais
incombustíveis e antiderrapantes.
• Quando o lanço da escada for curvo (escadas em leque) ou em espiral
(admitidas apenas como escadas secundárias, não destinadas a saída de
emergência), os degraus deverão ser balanceados e ingrauxidos, possuindo
em sua parte mais estreita largura não inferior a 0,15 m.
• As paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e das descargas
devem ter acabado liso;
• As caixas de escadas não podem ser utilizadas como depósitos, mesmo por
curto espaço de tempo, nem para a localização de quaisquer móveis ou
equipamentos, que não sejam os específicos de prevenção e combate a
incêndio;
Nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para tubulação de lixo,
passagem para rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medição
de gás e assemelhados.
As escadas devem ser projetadas conforme Norma Brasileira. Devem ser
construídas em concreto armado ou em material de equivalente resistência ao fogo.
(De acordo com a IT-08, escadas secundárias, não destinadas a saídas de
emergência, podem ser construídas de material combustível).
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11.5.1) Corrimãos
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11.5.2) Guarda-corpo
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A seleção do agente extintor apropriado para cada classe de fogo será feita segundo
a Tabela 1 abaixo.
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Água 2-A
Pó BC 20-B; C
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• Cada extintor será devidamente sinalizado com placa fixada na parede, cuja
altura da face inferior até o piso acabado deve ser de 180 cm. As placas de
sinalização estão apresentadas na IT-15.
• Os extintores devem possuir “selo de conformidade” do Instituto Nacional de
Metrologia e Normatização (INMETRO), ser periodicamente inspecionados
por pessoas habilitadas e ter a sua carga renovada nas épocas e condições
recomendáveis.
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um obturador ou sensor térmico que impede a saída de água quando a situação for
normal. Sob a ação do calor, o obturador constituído de uma ampola de quartzoid se
rompe, permitindo a aspersão de água sobre o local. A área molhada por cada bico de
sprinkler será função da pressão no local, não podendo ser inferior a 32 m².
Os sistemas de proteção por chuveiros automáticos serão elaborados de acordo
com critérios estabelecidos nas Normas Técnicas Brasileiras, sendo aceita a norma
NFPA –13 da Nacional Fire Protection Association, se o assunto não for por elas
contemplado. A classificação do risco, área de operação, tabelas e demais
parâmetros técnicos deverão seguir os critérios contidos nas Normas Técnicas.
Nas edificações onde houver exigência da instalação do sistema de chuveiros
automáticos, deve-se atender a toda a área da edificação, podendo deixar de
abranger certas áreas, como espaços ocultos, conforme o estabelecido na NBR –
10897/90.
Para edificações que possuam estoques de mercadorias, a distância livre
mínima do defletor do chuveiro ao topo do estoque deverá ser de 456 mm para
chuveiros standard e 916 mm para chuveiros especiais.
14) Simbologia
Os símbolos gráficos que devem constar nos projetos de segurança contra
incêndio nas edificações e áreas de risco e alguns detalhes de componentes e de
instalações estão apresentados nas páginas seguintes.
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SIMBOLOGIA
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O gás GLP não tem cheiro, mas por medida de segurança é adicionado a ele um
elemento odorizante, que lhe dá um cheiro característico. A finalidade deste
odorizante é fazer com que qualquer vazamento de gás possa ser sentido e, possam
ser tomadas as devidas providências.
Não fosse por motivo de ordem econômica e política governamental para a utilização
de combustíveis derivados de petróleo no país, o emprego como combustível para
motores a explosão seria altamente vantajoso, principalmente devido à preocupação
sempre crescente em se preservar o meio ambiente da poluição atmosférica causada
pelos gases de descarga dos veículos. Mesmo assim, tem largo emprego como
combustível para veículos que circulam em ambientes fechados com pouca
ventilação, como por exemplo, as empilhadeiras.
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1.2.2) O Produto
Cada vez mais empresas de todo o país começam a usar o Gás Liqüefeito de
Petróleo, o GLP (o gás de cozinha), em suas atividades comerciais, industriais e de
serviços. O GLP é uma das alternativas mais econômica e inteligente do nosso
tempo, além de prático, é também fonte limpa de energia.
Envasados (cilindros)
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evitando que, em caso de incêndio, a pressão interna atinja níveis críticos que
poderiam ocasionar uma explosão do recipiente.
Para aplicações onde o consumo é maior, as empresas colocam à disposição de
seus clientes os cilindros conhecidos com P-45 e P-90. Estes recipientes são
indicados para instalações centralizadas de gás. São especialmente indicados para
abastecimento de forno, fogão, aquecimento de água, máquinas de secar roupa, etc.
Podem ser utilizados em instalações centralizadas de restaurantes, hotéis,
condomínios residenciais ou para consumidores institucionais como hospitais,
quartéis, escolas e pequenos consumidores industriais.
Nesse tipo de recipiente há válvula de passagem de gás de fechamento manual
e válvula de segurança, que abre a passagem do gás em caso de aumento
inesperado de pressão. Os cilindros de 20 Kg são especiais para empilhadeiras e os
cilindros de 45 Kg e 90 Kg são largamente empregados em prédios e no comércio,
entre outras atividades.
Tanques
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2) Aplicação
Uso residencial
Na sua casa você usa o GLP para:
Fogões Lareiras
Churrasqueiras Aquecimento de piscina
Iluminação Geradores
Aquecedores/ Boilers
Aviários Geradores
Estufas Torrefação
Floriculturas Secagem de grãos
Fazendas para cultivo agrícola Secagem de tabaco
Fazendas para criação de animais Resfriamento de vegetais
Fazendas leiteiras Cocção
Encubadoras Esterilização de equipamentos e
Aquecedores tanques de leite
Estufas para criação de animais e
vegetais
Uso comercial
No comércio você usa GLP para:
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Uso industrial
Na indústria você usa GLP para:
3) Tipos de Instalações
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O conjunto técnico para uma instalação simples é definido por Normas da ABNT
e incluiu o botijão de 13 Kg, regulador de pressão, mangueira e abraçadeira.
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Válvula e mecanismo
de segurança
4.3) Baterias
As baterias são centrais de estocagem de gás com dois ou mais cilindros
interligados e conectados a um coletor central. A ligação entre os cilindros e o coletor
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é feita através do pig-tail, uma peça de borracha especial, resistente ao gás, com
terminais em latão.
Os coletores que conduzem o gás têm uma estrutura modular, o que permite a
montagem de baterias de diferentes tamanhos. Em cada módulo do coletor, exceto no
central, existem válvulas de retenção que impedem o retorno do gás em caso de
rompimento da mangueira e no momento da substituição.
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O local para leitura do consumo de gás deve ser construído em área de servidão
comum. Não pode ser localizado nas antecâmaras e/ou escadas de emergência
ou em locais com outros fins que não aquele a que se destina.
O abrigo para medição deve ser construído de material incombustível e ter
abertura para ventilação com no mínimo 10% da área de planta baixa. Os
equipamentos neles contidos devem ser protegidos contra choques, ação de
substâncias corrosivas e calor.
O abrigo para medição deve ter sua base distante de 0,30m do piso acabado.
Deverá permanecer limpo, sem depósito de qualquer tipo de material ao qual não
se destina.
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Não devem passar em locais onde possam confinar gás de eventual vazamento,
exceto em forro falso ou compartimento não ventilado, desde que complementado
por “tubo-luva” (tubo com extremidades abertas que permite a exaustão do gás
vazado para fora da edificação).
Não devem passar por locais que a sujeitem a tensões inerentes à estrutura da
edificação.
A tubulação da rede de distribuição não pode passar no interior de dutos de lixo ou
ar condicionado; poços de elevadores; reservatórios de água; cômodos de
equipamentos elétricos ou destinados a dormitórios.
6) Segurança
Instalações corretas e manuseios adequados garantem a segurança.
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A mangueira nunca pode passar por detrás do fogão. O calor danifica o plástico,
derretendo e/ ou provocando rachaduras e possíveis vazamentos.
Nunca deixe as instalações de gás nas mãos de pessoas não qualificadas, nem
permita que curiosos façam qualquer tipo de arranjo ou conserto.
Quando for necessário passar a tubulação de gás por detrás do fogão, ou
quando a distância entre o botijão e o fogão for maior que 90 cm, utilize tubo de cobre
em vez de mangueira de PVC.
As baterias de cilindro de GLP devem ficar sobre uma base firme e nivelada, em
local ventilado, de fácil acesso, protegido dos contatos com a terra, sol, chuva e
umidade.
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Nos apartamentos, toda atenção deve ser dada ao registro de gás. Ele precisa
ser fechado sempre que o gás não estiver em uso.
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2) Retire o lacre do botijão cheio. Para isso, primeiro puxe a aba do lacre e retire seu
anel externo.
3) Para retirar o disco central que cobre a válvula, use a própria aba do anel externo
do lacre. Introduza a aba do lacre na fenda do disco central como se fosse uma
chave de fenda. Gire o anel no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio até o
disco central sair completamente.
4) Retire o regulador do botijão vazio e encaixe-o verticalmente sobre a válvula do
botijão cheio. ao acertar a posição da borboleta, evite inclinar o regulador.
5) Gire a borboleta para a direita até que fique bem firme. Use apenas as mãos, e
nunca ferramentas, para atarraxar o cone-borboleta sobre a válvula do botijão.
É natural que escape um pouquinho de gás no momento em que o cone-borboleta
pressionar a válvula, antes de estar completamente conectado. A pressão de saída do
gás também provocará um pequeno chiado. Ele deve desaparecer assim que o
conector-borboleta estiver perfeitamente ajustado à válvula do botijão cheio. Na
maioria dos casos, os cilindros são de 45 Kg e 90 Kg são instalados pelos próprios
vendedores.
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empresa que lhe vendeu o gás – o nome da empresa deve estar gravado no lacre e
no recipiente. Ela é obrigada a substituí-lo. Se não souber o nome da empresa,
chame os bombeiros.
6.7) Asfixia
6.8) Queimaduras
6.9) Incêndios
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1) Sistemas Públicos
2.2) Inclinação
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2.4) Ventilação
2.5) Inspeções
Uma vez que as redes estão sujeitas a entupimentos, mesmo que muito bem
projetadas e executadas, é fundamental que sejam acessíveis, oferecendo ao usuário
facilidades nas operações de desobstrução e de manutenções em geral. Limpezas
para retiradas de sólidos depositados em caixas de gordura e sifonadas são
freqüentes. As tampas destas caixas devem ser portanto, facilmente removíveis.
Nos subcoletores de esgoto, devem ser instaladas caixas ou conexões de
inspeção (tês, curvas ou tubos operculados) em seqüência às curvas, inserções de
ramais, trechos muito longos, desvios, etc... Nas prumadas, é sempre bom prever
inspeções antes do desvio horizontal.
Toda a rede deverá estar acessível ao usuário. Caberá ao projetista prever os
acessos necessários, em função de seu próprio traçado.
3.1) Definição
V = 2N + 20 ,
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A ventilação do sistema poderá ser feita tanto nos ramais horizontais internos
como nas prumadas verticais. A Norma Brasileira define as condições mínimas
necessárias à ventilação das tubulações de esgoto sanitário, que não serão aqui
detalhadas por não ser este o objetivo de nosso trabalho. Do ponto de vista
arquitetônico, importa saber o seguinte:
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7) Dimensionamento
Nº de Unidades
Aparelho Sanitário Hunter de
Contribuição (UHC)
Bacia sanitária 6
Banheira 2
Bebedouro 0,5
Bidê 1
Chuveiro de residência 2
Chuveiro coletivo 4
Lavatório de residência 1
Lavatório de uso geral 2
Máquina de lavar louças 2
Máquina de lavar roupas 3
Mictório com válvula descarga 6
Mictório com registro de pressão 2
Pia de cozinha residencial 3
Pia de cozinha industrial 4
Tanque 3
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Diâmetro Nominal
do Tubo Número Máximo de Unidades de Hunter de
DN Contribuição
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Diâmetro
Nominal Número Máximo de Unidades de Hunter de Contribuição em
Do Tubo Função das Declividades Mínimas (%)
DN
0,5 1 2 4
8) Materiais Empregados
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1.4) Jardineiras:
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2.1) Prumadas
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3) Dimensionamento de Calhas
Q = vazão em l/s
3
R2 ⋅ I
Mas, v= onde,
n
R= Área molhada
Perímetro molhado a
b
R= a. b.
2a + b
Demonstra-se que a seção retangular mais favorável ao escoamento ocorre
quando b = 2a.
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Exercício :
Dimensionar a calha necessária para atender a uma área de 200 m² , para os
seguintes dados:
c = 0,80
i = 230 mm/h
I = 1%
N = 0,012
b = 2a
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