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INSTITUTO VALE DO CRICARÉ

FACULDADE VALE DO CRICARÉ


CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

BRUNA ALVES AGUIAR


CAIQUE DE OLIVEIRA FERNANDES
PRISCYLA CELESTE GOMES FERREIRA
RONDNELLY FERNANDES DE OLIVEIRA

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA: PROPOSIÇÕES PARA


AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

SÃO MATEUS
2021
BRUNA ALVES AGUIAR
CAIQUE DE OLIVEIRA DOS SANTOS
PRISCYLA CELESTE GOMES FERREIRA
RONDNELLY FERNANDES DE OLIVEIRA

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA: PROPOSIÇÕES PARA


AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de licenciatura em Educação Física
da Faculdade Vale do Cricaré, como requisito
parcial para obtenção do grau de Licenciado
em Educação Física.

Orientador Prof. Me Dionny Felipe

SÃO MATEUS
2021
BRUNA ALVES AGUIAR
CAIQUE DE OLIVEIRA DOS SANTOS
PRISCYLA CELESTE GOMES FERREIRA
RONDNELLY FERNANDES DE OLIVEIRA

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA: PROPOSIÇÕES PARA


AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de licenciatura em Educação Física da


Faculdade Vale do Cricaré, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Educação
Física.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________
PROF. NOME COMPLETO
FACULDADE VALE DO CRICARÉ
ORIENTADOR
_____________________________
PROF. NOME COMPLETO
FACULDADE VALE DO CRICARÉ
_____________________________
PROF. NOME COMPLETO
FACULDADE VALE DO CRICARÉ

SÃO MATEUS
2021
Dedico primeiramente a Deus,
aos nossos pais, aos nossos
familiares e a todos que
colaboraram com esse
trabalho.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, а Deus, qυе fez com que nossos objetivos fossem alcançados,
durante todos os nossos anos de estudos. Agradecemos aos nossos familiares que
tiveram papeis fundamentais neste período.
Aos professores, pelas correções e ensinamentos que nos permitiram apresentar um
melhor desempenho no nosso processo de formação profissional ao longo do curso.
A todos que participaram, direta ou indiretamente do desenvolvimento deste trabalho
de pesquisa, enriquecendo o meu processo de aprendizado.
“Educação qualquer que seja ela, é
sempre uma teoria do conhecimento
posta em prática.”

Paulo Freire
RESUMO

As práticas corporais de aventuras é um tema muito abrangente em nossa


atualidade. A educação física escolar deve ser o norteador das práticas corporais de
aventuras na escola, contribuindo com a criação de uma educação mais abrangente
para outros temas e propostas da área, assim como orienta a BNCC (2017).
As discussões em torno dessa temática em questão são recorrentes de nossa
atualidade, tanto na comunidade acadêmica, quanto na comunidade científica, onde
grandes pesquisadores desenvolvem estudos, a fim de mostrar a realização das
práticas corporais de aventura na natureza dentro do contexto escolar, e seus
benefícios. Trazendo uma contribuição para formação profissional e acadêmica dos
professores da rede de ensino, enriquecendo seus conhecimentos e provocando
neles um planejamento interdisciplinar para as práticas profissionais no ambiente
escolar e acadêmico.
O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma metodologia de coleta de dados, com
intuito de mapearmos as principais dificuldades e obstáculos dos docentes da rede
de ensino do Município de Pinheiros – ES na aplicação de planejamentos voltados
às práticas corporais de aventuras na escola, e para que haja dentro do ambiente
escolar planos de ensino que abortem a temática.

Palavras-Chave: Natureza. Corporais. Educação. Práticas.

ABSTRACT
The corporeal practices of adventures is a topic that is very discussed nowadays.
Physical education at school should be the guide for bodily adventure practices at
school, contributing to the creation of broader education for other topics and
proposals in the área, as well as guides the BNCC (2017).
The conclusions around this theme in question are recurrent of our present time, both
in the academic community and in the scientific community, where major researches
are carried out in order to show the realization of corporeal adventure practices in
nature within the school context, and their benefits. Bringing a contribution to the
professional and academic training of teachers in the school system, enriching their
knowledge and provoking in them an interdisciplinary planning for professional
practices in the school and academic environment.
The objective of this work was to develop a methodology for data collection, in order
to map the main difficulties and consequences of the teachers of the teaching
network of the Municipality of Pinheiros - ES in the application of plans aimed at
corporate practices of adventures at school, and for what purpose there are teaching
plans within the school environment that abort the theme.

Palavras-Chave: Nature. Bodily. Education. Practices.


LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRAFICOS
LISTA DE ABREVIAÇÕES

PCA - Práticas Corporais De Aventuras

BNCC – Base Nacional Comum Curricular


SUMARIO

1 INTRODUÇÃO .......................................………....................................................
13
2 REFERENCIAL TEORICO ...................................................................................
15
2.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO ......................................................................
15
2.1.1 Modalidades Praticadas em Terra ...............................................................
15
2.1.2 Modalidades praticadas na água .................................................................
16
2.1.3 Modalidades praticadas no ar ......................................................................
16
2.2 PCA NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR .........................................................
17
3 METODOLOGIA....................................................................................................
19
7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................
20
INTRODUÇÃO

As práticas corporais de aventura são atividades relativamente novas na cultura


corporal de movimento, elas se difundiram e ganharam adeptos a partir da década
de 1990, especialmente devido à ampla divulgação pela mídia, à oferta como
atividade de lazer e turismo na natureza e à expansão globalizada do comércio em
torno delas. Dimitri Wuo (2017)

As práticas corporais de aventuras (PCA) é um dos temas da nossa atualidade,


assim torna-se viável investir em um debate e em uma reflexão para que haja cada
vez mais uma inserção destas práticas de aventura no âmbito das aulas escolares.
Sendo assim, a educação física escolar deve ser o norteador das práticas corporais
de aventuras na escola, contribuindo com todo o currículo proposto pela Base
Nacional Comum Curricular (BNCC).

A BNCC apresenta uma proposta de educação, onde visa promover a igualdade


nos sistemas de ensino, possibilitando o direito de aprendizagem e
desenvolvimento total a todos os alunos, de todas as redes de ensino. E se
efetivará como padrão obrigatório para todas as escolas do país.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter


normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados
seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o
que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). (BRASIL, 2017, p. 07)
Segundo o BNCC, a educação física trata-se da possibilidade de expressão dos
alunos por meio de práticas corporais que possibilitem as vivências sociais,
estéticas, emocionais e lúdicas essenciais para a Educação Básica. É um dos
componentes curriculares e uma das competências essenciais para o Ensino
Fundamental.

Na BNCC (2017), as práticas corporais de aventura na natureza apresentam-se


como a sexta unidade temática de ensino, e estão inclusas no 8º e 9° ano do ensino
fundamental. De acordo com a própria base para os alunos essas práticas permitem
explorar expressões e formas de experimentação centrada no corpo em habilidades
e talentos causados por situações imprevisíveis que surgem quando o praticante
interage com ambiente desafiador.

A BNCC (2017) diz que as competências associadas a essas práticas centram-se na


experimentação e proteção da integridade física e no respeito pelo património
público e natural. Além de poderem identificar as origens e tipos de práticas
aventureiras e suas mudanças históricas, os alunos também devem ser estimulados
a propor escolhas práticas em diferentes espaços dentro e fora do ambiente escolar.

As discussões em torno dessa temática em questão são recorrentes de nossa


atualidade, tanto na comunidade acadêmica, quanto na comunidade científica, onde
grandes pesquisadores desenvolvem estudos, a fim de mostrar a realização das
práticas corporais de aventura na natureza dentro do contexto escolar, e seus
benefícios. Trazendo uma contribuição para formação profissional e acadêmica dos
professores e acadêmicos, enriquecendo seus conhecimentos e provocando neles
um planejamento senso crítico sobre as suas práticas profissionais no ambiente
escolar e acadêmico.

Alves e Corsino afirmam que é necessário a inserção das PCA nos currículos
escolares, possibilitando uma maior diversificação nos conteúdos abordados: Os
esportes de aventura podem oferecer novos e significativos desafios tanto para os
alunos quanto para os professores, podendo ser compreendido como um esporte
capaz de contemplar os princípios norteadores da Cultura Corporal de Movimento,
apresentando-se como um tema de extrema relevância para o cotidiano da
Educação Física escolar.
De acordo com BNCC (2017):
Ao brincar, dançar, jogar, praticar esportes, ginásticas ou atividades de
aventura, para além da ludicidade, os estudantes se apropriam das lógicas
intrínsecas (regras, códigos, rituais, sistemáticas de funcionamento,
organização, táticas etc.) a essas manifestações, assim como trocam entre
si e com a sociedade as representações e os significados que lhes são
atribuídos. Por essa razão, a delimitação das habilidades privilegia oito
dimensões de conhecimento: Experimentação, uso e apropriação, fruição,
Reflexão sobre a ação, Construção de valores, análise, compreensão e
Protagonismo comunitário.

Nesse sentido, as práticas corporais de aventura na natureza concentram-se em três


habilidades que segundo a BNCC são:

(EF89EF19) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura


na natureza, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como
as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos
de degradação ambiental. (EF89EF20) Identificar riscos, formular
estratégias e observar normas de segurança para superar os desafios na
realização de práticas corporais de aventura na natureza. (EF89EF21)
Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos,
indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza,
bem como suas transformações históricas.

Esse conteúdo também pode ser trabalhado nas três dimensões de conhecimento,
que são conceitual, procedimental e atitudinal, e estão associados a todo o processo
de ensino e aprendizagem no ambiente escolar.

Para Tahara e Darido, Dentro da dimensão conceitual pode abordar os aspectos


históricos das modalidades, os equipamentos e demais apetrechos, os atletas
famosos, os principais locais de prática e seu contexto geográfico e histórico.

Na dimensão procedimental, pode-se dar ênfase nas técnicas de movimentos e de


segurança, adaptações necessárias das modalidades para cada faixa etária,
condições da escola para possíveis improvisos que possibilitem a prática, entre
outros. Por fim, quando se pensa na dimensão atitudinal, valores formativos como
respeito às normas de segurança, ética nas modalidades, relações sociais e
psicológicas inerentes às práticas (cooperação, coragem, liderança, gestão de
conflitos, etc.) vem à mente que os alunos possam compreender isto da maneira
mais crítica e reflexiva, realmente os benefícios advindos na vivência das PCA
possam vir de forma mais recorrente.
O objetivo deste trabalho é classificar os obstáculos que os professores da área de
Educação Física estão tendo para trabalhar as práticas corporais de aventura, e
desenvolver uma metodologia com essa de coleta de dados que possa proporcionar
a eles maneiras e métodos para diminuir esses obstáculos com aplicação de
planejamentos voltados às práticas corporais de aventuras na escola. E para que
haja uma oportunidade de aulas mais diversificadas, no intuito de orientar os
professores sobre como trazer as práticas corporais de aventura na natureza para
as aulas, levando em consideração a sua realidade, no contexto escolar,
proporcionando novas estratégias para serem trabalhadas com os alunos do Ensino
Fundamental II.

REFERÊNCIAL TEORICO

2.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO

Muitas são as nomenclaturas titulada para essa prática, o termo mais popular é
esporte de aventura, entretanto outros nomes são comuns: Esportes em Integração
com a Natureza, Esportes Selvagens, Esportes Radicais, Esportes de Aventura na
Natureza, Atividades Esportivas de Diversão e Turísticas de Aventura, Esportes em
Liberdade, Esportes Californianos, Atividades Deslizantes de Aventura e Sensação
na Natureza. Todos esses termos apontam alguma característica referente a prática
em questão.
Cantorani e Pilatti (2005) afirma que ao longo da evolução humana, sempre
existiram práticas que envolvessem desafios e aventuras em que fortes emoções.
Contudo, tais práticas não podem ser chamadas de "esportes de aventura", pelo
fato, é claro, de que não eram atividades esportivas, pelo menos não no sentido que
é atribuído hoje à expressão.

De acordo com Pereira (2010) A palavra aventura deriva do latim “adventura”,


significando: o que está por vir, com o sentido de desconhecido, incerto e
imprevisível. Esse sentido aproxima-se do sentimento de buscar algo que não é
tangível num primeiro momento, que é muito comum aos praticantes de
modalidades na natureza, principalmente aquelas onde a distância, o clima, o
esforço físico, a privação e a incerteza estão presentes.

Para Pimentel (2013) O conceito atividades de aventura parece resguardar a reconhecida


e problemática generalidade de experiências que podem estar ocorrendo no ambiente
natural (turismo, educação ambiental, esportes, rituais indígenas) e no citadino (esportes,
jogos, entre outros).
Segundo Franco, Cavassini e Darido (2014) as práticas de aventura são
classificadas em três modalidades praticadas em locais distintos, o que as difere
uma das outras que são:

2.1.1 Modalidades Praticadas em Terra


Caving - Exploração de diferentes tipos de cavernas que se empregam técnicas
variadas
Corrida de aventura - Prática competitiva que objetiva o deslocamento entre pontos
em locais naturais, contendo diversas modalidades de aventura encadeadas.
Corrida de orientação - Prática competitiva que emprega mapa específico e bússola
para navegar entre pontos determinados.
Arvorismo - Prática focada na superação de desafios e obstáculos, geralmente
construídos entre plataformas suspensas nas árvores
Escalada - Prática cujo objetivo é, normalmente, ascender em estruturas com
diferentes graus de dificuldade, como rochas e muros de escalada.
Mountain bike - Prática de ciclismo realizada em espaços naturais como trilhas.
Parkour - Deslocamento de um ponto para outro, usando habilidades corporais para
a superação de obstáculos.
Skate Prática que emprega equipamento, normalmente composto por prancha e
eixos com rodas, para a realização de diferentes movimentos e manobras.
Slackline - Deslocamento realizado sobre uma fita tubular presa entre pontos que
estão acima do solo.
Trekking - Prática centrada na caminhada, normalmente, em trilhas e espaços
naturais, podendo ser competitiva ou não.

2.1.2 Modalidades praticadas na água


Canoagem - Prática realizada em mares, lagos, rios, piscinas ou outros espaços e
que emprega caiaques, canoas ou botes.
Kitesurfe - Prática que emprega uma espécie de pipa e uma pequena prancha com
uma estrutura de suporte para os pés.
Mergulho - Práticaca subaquática que é realizada com ou sem equipamentos
específicos.
Rafting - Modalidade da canoagem que, normalmente, emprega botes infláveis para
a descida de corredeiras.
Stand up paddle ou SUP - Prática realizada com uma prancha, similar à usada no
surfe, que também emprega um remo.
Surfe Prática realizada com diferentes tipos de pranchas que objetiva deslizar sobre
ondas e realizar manobras.
Acqua ride ou bóia cross - consiste em descer corredeiras deitado ou sentado sobre
uma câmara de ar em formato ovalado.
Windsurfe - Prática realizada com uma prancha, similar à usada no surfe, que possui
mastro e vela.

2.1.3 Modalidades praticadas no ar


Asa delta - Prática de voo livre que emprega um tipo de asa feita de materiais
rígidos, como tubos de alumínio, e flexíveis, como tecidos.
Balonismo - Deslocamento realizado com balões.
Bungee jump Salto de estruturas elevadas, como plataformas e pontes, por meio de
cordas elásticas.
Paragliding - Prática de voo livre que emprega equipamento similar a um
paraquedas.
Paraquedismo - Saltar de aeronaves empregando paraquedas. Há o B.A.S.E. Jump,
cujo salto com paraquedas é realizado em pontes, prédios e penhascos.
Tirolesa Deslizamento realizado com equipamentos individuais, em um cabo de aço
fixado entre pontos de diferentes alturas.

2.2 PRATICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR


Em virtude das variedades de conteúdos da área de Educação Física, que pode ser
aplicada no desenvolvimento das aulas, compreendemos que os alunos tem o direito
em conhecer a cultura corporal, com suas multiplicas possibilidades de variedades e
abordagens.
Nesse sentido, Franco, Cavasini e Darido (2014) apresentam planos de aulas de
práticas corporais de aventura, como a corrida de orientação, parkour, slackline,
arvorismo, trekking, entre outros, sugerindo propostas de que os professores
possam fazer “... a contextualização das práticas corporais de aventura de algumas
modalidades na estrutura de escolas e espaços comuns, característicos da maioria
das regiões do Brasil”.

A participação das práticas, corporais de aventura podem representar uma


possibilidade maior de aproximação entre os alunos com o ameio ambiente.
Franco, Cavasini e Darido1 salientam que nenhum dos conteúdos da Educação
Física se aproxima tanto das abordagens relacionadas à educação ambiental quanto
as PCA. Evidencia-se uma oportunidade da utilização desses conteúdos para
inserção neste campo, uma vez torna-se possível relacionar as PCA com o tema
transversal meio ambiente. Estas práticas podem gerar discussões quanto à
sustentabilidade, reutilização de materiais, impactos ambientais, ações (in)
desejadas feitas pelo ser humano perante o meio ambiente, levando os alunos a
refletirem e debaterem sobre os preceitos da educação ambiental.

Franco (2010) explicita as atividades físicas de aventura como uma realidade em


nossos dias, ocupando um espaço considerável nos meios midiáticos, nos passeios
entre amigos e familiares, além das competições e reproduções lúdicas em parques
temáticos. Acrescenta que essa relação da aventura com os seres humanos faz
parte da nossa evolução histórica nas práticas corporais e, por isso, tal temática
poderia e deveria ser enfatizada dentro das aulas de Educação Física na escola.
Aplicando de forma adequada os conteúdos da educação física, em atividades
variadas, pautadas em propostas transversais, os professores podem atender às
expectativas dos alunos, oferecendo um conhecimento que irá além do
desenvolvimento de habilidades motoras (GUIMARÃES et al., 2007).
Para Franco (2010) há muitas as razões para incluirmos os esportes de aventura na
escola, dentre os quais, alinhar a Educação Física com as propostas de preservação
ambiental; expor um conteúdo pouco explorado na escola, mas bem difundido pela
mídia e presente na sociedade; tornar as aulas mais interessantes, haja vista a
situação atual das aulas de Educação Física na escola; ampliar a possibilidade de
trabalho dos cinco eixos pedagógicos preconizados pela Lei de Diretrizes e Bases
da Educação; tratar valores relacionados à Cultura Corporal de Movimento, tais
como: respeito às diferenças e limites do outro, cooperação, desenvolvimento de
diversas habilidades motoras, superação dos próprios limites, entre outros.

Os autores ainda relatam que o professor deve estar preparado para trabalhar de
forma interdisciplinar, deve assumir uma postura acessível a novos conhecimentos e
a novas abordagens.
Esse trabalho não só favorece os alunos, mas também o próprio profissional, dando
a ele a oportunidade de ampliar e relacionar os conteúdos de sua disciplina com
novos conhecimentos.
METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste estudo fundamenta-se na abordagem quali-


quantitativa, uma vez que procura enumerar e/o medir os dados pesquisado, além
de propor novas proposições para as aulas de educação física. FLICK (2009)
salienta que esse tipo de abordagem auxilia na obtenção de um conhecimento mais
amplo sobre o tema de pesquisa, principalmente em comparação ao conhecimento
fornecido por uma única abordagem.
Para LAVILLE & DIONNE (1999) as perspectivas quantitativas e qualitativas não se
opõem então e podem até parecer complementares, cada uma ajudando a sua
maneira o pesquisador a cumprir sua tarefa, que e a de extrair as significações
essenciais da mensagem.
A coleta de dados será através de um questionário estruturado, composto por nove
questões objetivas e uma discursiva, discutido os seguintes temas: Formação
acadêmica, Prática pedagógica e Formação continuada. Este questionário será
direcionado a 6 professores do ensino fundamental II da rede de ensino do
município de Pinheiros, a escolha por esses profissionais que atuam nessa fase de
ensino justifica-se devido suas aulas serem desenvolvidas onde, de acordo com a
BNCC, o tema práticas corporais de aventura se fazem presentes.
Os dados são analisados por meio programa EXCEL, onde serão direcionados para
gráficos, com isso, será realizada uma análise desses dados coletador e discutidos
por meio de um embasamento teórico sobre o tema. Os nomes desses professores
serão ocultados, se houver necessidade serão identificados através de nomes
fictícios.

REFERÊNCIAS

• THOMAS, J.R.; NELSON, J.K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3ª


edição – Porto Alegre: Artmed, 2002.
• PEREIRA, Dimitri Wuo; ARMBRUST, Igor. Pedagogia da aventura: os
esportes radicais, de aventura e de ação na escola. Jundiaí: Fontoura, 2010.
• TAHARA, Alexander Klein, DARIDO, Suraya Cristina, Práticas Corporais De
Aventura Em Aulas De Educação Física Na Escola, 02 nov. 2015.
• GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. Ed. Editora
Atlas, São Paulo, 2008.
• BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) – Educação Física.
Ministério da Educação / Secretaria do Ensino Fundamental. Brasília:
MEC/SEF.
• FRANCO, Laércio Claro Pereira; TAHARA, Alexander Klein; DARIDO, Suraya
Cristina. Práticas corporais de aventura nas propostas curriculares estaduais
de educação física: relações com a base nacional comum curricular. Corpo
consciência, v. 22, n. 01, p. 66-76, jan. / abr., 2018
• “SANTOS, Jarbas Pereira”, “NUNES, Rômulo Eduardo”, “SANTOS, José
Ricardo”, “REIS, Simone Pereira”, “MENDES, Marilda Teixeira”. Esportes e
atividades de aventura como conteúdo das aulas de Educação Física. Montes
Claros, MG. Efdeportes, Disponível em:
https://www.efdeportes.com/efd190/atividades-de-aventura-como-conteudo-
das-aulas.htm. Acesso em: 20/09/2021.
• FRANCO, Laercio Claro Pereira; CAVASINI, Rodrigo; DARIDO, Suraya
Cristina. Práticas corporais de aventura. In: GONZÁLEZ, Fernando Jaime;
DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de (Org.).
Lutas, capoeira e práticas corporais de aventura. Maringá: Eduem, 2014. p.
101-135.
• Flick, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa/ Uwe Flick; tradução Joice Elias
Costa. 3. ed. Porto Alegre, 2009.
• LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia da
pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: UFMG, 1999
• ALVES, Carla da Silva Reis; CORSINO, Luciano Nascimento. O Parkour como
possibilidade para a educação física escolar. Motrivivência, Florianópolis, p. 247-257,
2013.
• CANTORANI, José Roberto Herrera; PILATTI, Luiz Alberto. O Nicho Esportes de
Aventura: um processo de civilização ou descivilização? EFDeportes, Revista digital
Buenos Aires, ano 10, n.87, 2005. Disponível em:
https://www.efdeportes.com/efd87/aventur.htm . Acesso em: 02/11/2021.

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